semanário a manhã

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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 2 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2012 Governo desiste de mega-comarca Caldo de nabos volta à ementa das festas do concelho PÁG. 7 PÁG. 16 Sortes diferentes para equipas de Gondomar na Taça de Portugal Ministra da Justiça retirou proposta para a criação da comarca Porto Este. E agora ninguém sabe como será integrada a de Gondomar. No limite, até pode vir a perder autonomia e funcionar como uma extensão de outras comarcas. PÁG. 2 J. PAULO COUTINHO Valentim Loureiro não perde mandato PÁG. 4 Um ano sem Trânsito no acesso ao Centro Escolar da Lourinha entope Rio Tinto PÁG. 5 PÁG. 12

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Jornal de informação local/regional

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Page 1: Semanário A Manhã

JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 2 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2012

Governo desistede mega-comarca Caldo de nabosvolta à ementadas festasdo concelho

PÁG. 7

PÁG. 16

Sortes diferentespara equipasde Gondomar naTaça de Portugal

Ministra da Justiça retirou proposta para a criação da comarca Porto Este. E agora ninguém sabe como será integrada a de Gondomar. No limite, até pode vir a perder autonomia e funcionar como uma extensão de outras comarcas. PÁG. 2

J. PAULO COUTINHO

Valentim Loureiro não perde mandato PÁG. 4

Um ano sem

Trânsito no acessoao Centro Escolar da Lourinhaentope Rio Tinto

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A comarca de Gondomar pode vir a ser uma extensão do Porto ou de Gaia

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

3A chefe de secretaria do Tribunal de Gondomar considera as instalações “acolhedoras”. “Já trabalhei em muitos tribunais e em alguns até chovia lá dentro” disse, ao “A Manhã”, Rosa Maria Ribeiro. Sobre o novo mapa judicial referiu apenas que tem “memória de muitas alterações que nunca levaram a nada”, por isso aguarda com serenidade.

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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Ministério da Justiça desisteda mega-comarca•• PAULO ALMEIDA [Textos]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

O Ministério da Justi-ça desistiu da ideia de criar em Gondomar um

grande tribunal que agregasse as comarcas de Valongo e do Vale do Sousa. Esta nova co-marca, que era designada por Porto Este, colocaria em Gon-domar uma instância central, com as secções cíveis e crimi-nais, e as secções de competên-cia especializada de Família e Menores, Comércio e Instrução Criminal.

Até Setembro do próximo ano, a comarca de Gondomar (Porto Este) passaria dos actu-ais 14 juízes para 29, de 19 ma-gistrados do Ministério Público para 23, e dos actuais 70 funcio-nários judiciais para 142.

O ministério de Paula Tei-xeira da Cruz, no entanto, re-tirou a proposta para a criação da comarca Porto Este ain-da em Julho, depois de apre-sentar, a 15 de Junho, o docu-mento “Linhas Estratégicas da Reforma da Organização Judi-ciária”, um estudo com mais de 500 páginas, onde propõe um

ACTUALReforma judiciáriaa:

Actualmente a comarca de Gondomar, integrada no distrito judicial do Porto, coincide com o território municipal, abrangendo as 12 freguesias gondomarenses, com um juízo de competência ge-nérica e um Tribunal do Trabalho. Entre 2008 e 2010 movimentou mais de nove mil processos.

A nova comarca Porto Este (Gondomar), entretanto abando-nada, integrava as comarcas de Amarante, Baião, Felguei-ras, Gondomar, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferrei-ra, Paredes, Penafiel e Valongo. Gondomar ficaria com uma sec-ção Cível, uma secção Criminal, uma secção de Comércio e uma secção de Instrução Criminal com competência sobre estes dez mu-nicípios. A nova comarca passaria a ter uma secção de Família e Me-nores com competência territorial sobre Gondomar, Lousada, Paços de Ferreira e Valongo e permane-ceria com as actuais secções Cível e Criminal, com competência ter-ritorial sobre o município.

PORTO ESTE

novo mapa judiciário. O docu-mento, que ainda pode ser con-sultado no portal do governo, propõe a extinção de vários tri-bunais, sobretudo no interior do país, e uma redefinição das competências dos tribunais de primeira instância e da Rela-ção. Mas agora ninguém sabe como será integrada a comar-ca de Gondomar, se permane-cerá um tribunal autónomo, ou se passará a uma delegação dos tribunais do Porto ou de Gaia.

Reforma fundamentalO presidente da Associação Sin-dical dos Juízes Portugueses, José Moraz Lopes, disse ao “A Ma-nhã” que os tribunais de Gon-domar e Valongo deverão ser in-tegrados no Porto, “de acordo com o que tínhamos proposto ao ministério. Não se justificava a divisão dos tribunais do Gran-de Porto”. Moraz Lopes estra-nhou a indecisão do ministério, ao propor um novo mapa judici-ário, que é retirado cerca de um mês depois, “dois dias antes de receber a nossa análise ao docu-mento (26 de Julho)”.

O presidente da ASJP refe-re, no entanto, que a “reforma é fundamental”, embora diga que deve ser consensual e exequível: “Uma reforma como esta não se faz de um dia para outro, não se muda num ano quase dois mi-lhões de processos. É necessá-rio alguma calma e meios sufi-cientes. O prazo indicado pelo ministério, Setembro de 2013, é impossível de cumprir”.

O presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Advo-gados, Guilherme Figueiredo, refere que a criação da comar-ca Porto Este “era um dispara-

te, não resultava”. Revela que o ministério acabou por sepa-rar Gondomar e Valongo, mas não sabe como serão articula-dos estes tribunais, já que pode-rão perder a sua autonomia e funcionar como uma extensão de outras comarcas.

“Vem aí um novo documen-to”, indica Guilherme Figueire-do, criticando o ministério pela ausência de discussão com os agentes judiciários. “Isto é um problema de cultura, não sei se esta decisão é do ministério ou do governo, há uma falta de co-ordenação a este nível, até por-que já foi assumido que este novo mapa judiciário não re-presenta uma redução de cus-tos. Não se pode continuar a fa-zer ensaios, sobretudo quando se mexe nas comunidades e nas povoações”, refere o advogado.

O representante da Or-dem considera que o Tribunal de Gondomar deve manter as competências actuais. Da mes-ma forma, entende que o tribu-nal não deve ser transformado numa “delegação” de outros tribunais.

Em entrevista ao semanário “A Manhã” (que publicámos na semana passada), o presi-dente da Câmara de Gondo-mar, Valentim Loureiro, mani-festou-se favorável à criação do Tribunal Porto Este. Mas aler-tou: “Há uma coisa que lá em Lisboa não devem ter percebi-do: é que aqui não há instala-ções”.

Num artigo publicado na revista da Ordem dos Advo-gados, na edição Junho/Ju-lho, escreve-se que a comarca de Gondomar não tem condi-ções físicas para albergar qual-quer alargamento, por falta de espaço para acomodar não só um aumento de pessoal, como um aumento de pendência processual. Só na instância Cí-vel existe uma pendência de 25 mil processos, distribuídos por três secções.

“Não há instalações”O tribunal da comarca de

Gondomar está instalado num edifício cedido pela autarquia que foi construído para alojar um lar de idosos ou uma cre-che. Valentim Loureiro lamen-ta que o Ministério da Justiça não pague qualquer renda à Câmara pela utilização do edi-fício.

O semanário “A Manhã” procurou ouvir o Ministério da Justiça sobre a reforma ju-diciária e sobre o recuo na ins-tituição da nova comarca Porto Este, mas não obteve resposta até à hora do fecho desta edi-ção. Também se tentaram ou-vir as opiniões da juiz presiden-te do tribunal, Sandra Rocha, e do procurador coordenador do Ministério Público, Carlos Tei-xeira, mas também não houve quaisquer respostas por parte daqueles magistrados.Tribunal tem uma elevada pendência processual

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Page 3: Semanário A Manhã

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

5A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

Valentim Loureiro não perdemandato autárquico

•• PAULO ALMEIDA [Textos]

O presidente da Câmara de Gondomar não vai perder o mandato au-

tárquico a que fora condenado, no âmbito do chamado proces-so “Apito Dourado”.

Valentim Loureiro confir-mou ao “A Manhã” que o pro-cesso, depois de vários recursos na Relação do Porto e no Tri-bunal Constitucional, regressou à comarca de Gondomar. “Fui eu que requeri ao Tribunal de Gondomar que o processo fos-se analisado para ver quais fo-ram os crimes que prescreve-ram, porque já passaram sete anos e meio”, adiantou o autar-ca, admitindo que dos 30 mil euros de multa a que foi conde-

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GONDOMARPoder Local | Sociedade

Valentim Loureiro aguarda pelo Tribunal de Gondomar para saber que crimes prescreveram

Valentim Loureiro manifestou al-guma surpresa por a questão do recurso do Tribunal Constitucio-nal ter vindo agora a público.

O autarca admitiu que as no-tícias que dão como iminente a perda de mandato podem ter “motivações políticas”, uma vez que surgem depois de ter anun-ciado, a semana passada, em entrevista ao “A Manhã”, que o movimento “Valentim Loureiro/ Gondomar no Coração” vai par-ticipar nas autárquicas de 2013. Não quis, no entanto, fazer mais comentários.

Valentim Loureiro continua a declarar a sua inocência e lamen-ta que o colectivo de juízes que o condenou entenda de outra for-ma. “Eu queria falar no tribunal, mas a estratégia do meu advoga-do era que eu não falasse, acho que foi errado”, referiu.

Vice-presidente também recorreuO vice-presidente da Câma-ra, José Luís Oliveira, também recorreu para o Tribunal Cons-titucional, mas os pedidos de inconstitucionalidade foram ne-gados, tanto em Abril, como em Junho.

José Luís Oliveira, que na altura dos factos, em 2003, também era presidente do Gon-domar S.C., foi condenado, em 2008, a uma pena suspensa de três anos de prisão, por crimes de corrupção desportiva activa e abuso de poder. Após o recurso no Constitucional pediu igual-mente a análise do processo na comarca de Gondomar, para sa-ber que crimes prescreveram.

MOTIVAÇÕES POLÍTICAS

Horas de entrada e saída no Centro Escolar da Lourinha são muito agitadas

Caos no trânsito marcaregresso às aulas

Presidenteda Câmara pediu a prescrição dos crimes e espera redução da multa

judicado a produção de uma revista municipal à empresa Global Design, de José Antó-nio Ferreira, acedendo ao pedi-do feito pelo pai do empresário. O concurso estava adjudicado a outra empresa, mas depois de um telefonema de António Fer-reira, o pai do empresário, a de-cisão foi alterada.

O autarca foi também con-denado, como cúmplice, por 25 crimes de abuso de poder, cuja prescrição estará a ser analisa-da. Pelo crime de prevaricação e pelos crimes de abuso de po-der foi condenado a três anos e dois meses de prisão, com pena suspensa, que acabou por ser re-duzida após recurso na Relação.

Pena inútilValentim Loureiro negou assim recentes notícias que davam conta que iria perder o manda-to, depois de esgotados os recur-

sos no Constitucional. O autar-ca perdeu nesta instância uma primeira acção, em Abril, e ou-tra em Junho, onde pedia a nu-lidade de parte do acórdão da Relação e a inconstitucionalida-de da perda de mandato.

O advogado do autarca, Tiago Bastos, disse ao “A Ma-nhã” que as notícias eram “um disparate sem sentido”. “O ma-jor foi condenado por factos an-teriores ao mandato que exer-cia à data da sentença e a única coisa que o tribunal considerou foi que a perda de mandato não era inconstitucional”, referiu.

A perda de mandato reve-lou-se uma pena inútil, uma vez que teria que ser cumprida no mandato 2005-2009, apesar de se referir a factos ocorridos no mandato anterior, mas só po-deria ser aplicada após trânsi-to em julgado, o que ainda não sucedeu.

•• PAULO F. SILVA

Não é um pandemónio, mas o regresso às aulas, no novo Centro Escolar da Lourinha, em Rio Tinto, está a ser mais agitado do que seria desejável. Tudo por causa de uma linha contínua, no eixo da via, na Rua da Estrada Nova, que blo-queia o trânsito em alguns dos principais acessos da cidade.

Para já, diz o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tin-to, está lá a Polícia a resolver as questões mais prementes. “O problema é que a Polícia não vai ficar lá o ano lectivo inteiro a orientar o trânsito”, sublinha Marco Martins. “E depois? O que acontecerá?”.

A escola da Lourinha ti-nha, até agora, 150 estudan-tes. Com a criação dos centros

J. PAULO COUTINHO

Sociedade :g

J. PAULO COUTINHO

Formadesaída - Consultoria e Gestão LdaRua D. Afonso Henriques, n.º 16864435-003 Rio Tinto

Email: [email protected]. 224 075 480/81/82Fax 224 934 532Tlms. 917 528 896 / 919 355 599

Praça Manuel Guedes, 240 R/C – GondomarTel. 22 463 57 32 – email: [email protected]

Largo do Centenário, 28 R/C – ValongoTel. 22 422 11 83 – email: [email protected]

escolares, a “velha” (agora re-novada) escola passou a rece-ber 650, 150 dos quais do pré-escolar.

Localização polémica Na prática, isto significa que muitos dos alunos (sobretudo os tais em idade pré-escolar) são naturalmente acompanha-dos até ao interior das instala-ções pelos respectivos pais ou encarregados de educação, al-guns dos quais se deslocarão em veículo automóvel (numa zona onde o estacionamento… não é possível!). Felizmente, as car-rinhas de transporte de crianças podem avançar até ao interior do centro escolar. Mas o caos na estrada fica instalado. Sobre-tudo à tarde, quando os adultos vão buscar as suas crianças.

“Este é mais um dos assun-tos que, sinceramente, me re-

volta, e que era perfeitamente evitável. Não foi por falta de aviso”, afirma Marco Martins. “Sempre defendi que o centro escolar não deveria ser naque-le sítio. A Câmara quis apro-veitar um terreno que era seu e construiu ali. No decurso da obra, a Junta de Freguesia um projeto para um parque de es-tacionamento, num terreno ao lado. Nunca tivemos resposta! Antes do Verão, e após uma curta reunião com o vice-pre-sidente e com o vereador da Educação, os próprios serviços da Câmara fizeram um pro-jecto de reordenação de trân-sito, já para não envolver cus-tos. Mas também isso não foi contemplado…”

Ficou a linha contínua. E, para isso, reclama o presiden-te da Junta, “mais valia estar como estava!”

FLASH

Mostra Medieval de sucesso. A Mostra Medieval de Rio Tinto, que segue em terceira edição, superou, no fim-de-semana passado, todas as expectativas da organização, a cargo da Junta de Freguesia e da ARGO--Associação Artística de

Gondomar, e com o apoio da Câmara Municipal.A afluência do público à Quinta das Freiras revelou-se muito superior ao que se esperava. A avaliar pelo balanço efectuado pela Junta de Freguesia, a quarta edição já está garantida…

nado por abuso de poder, como cúmplice, venha a pagar 12 mil.

Valentim Loureiro foi con-denado, em 2008, a perda de mandato autárquico, por um crime de prevaricação (abuso no exercício de funções). Em concreto, o presidente da Câ-mara foi condenado por ter ad-

90 anos. Os Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto assinalaram, no passado fim-de-semana, o 90.º aniversário. Além da missa campal, da homenagem devida aos que completaram 25 e 50 anos de vida associativa e do juramento de bandeira de 12 novos elementos da corporação, destaque para um simulacro de acidente de viação, no terreno do antigo mercado da cidade, que conquistou a atenção de largas centenas de cidadãos.

Terapia Ocupacional· Recuperação funcional · Mobilidade· Integração sensorial e motora

Acompanhamento Psicológico· Estimulação Global· Intervenção Precoce · Orientação Vocacional· Testes psicotécnicos para condutores· Avaliação para entrada escolar antecipada

Terapia da Fala· Intervenção em dif iculdades de comunicação, gaguez, linguagem, fala e voz · Estimulação sensorial e motora· Intervenção terapêutica motora oral e facial

Apoio a crianças com NEE· Dif iculdades de aprendizagem· Sobredotação· Dislexia· Acompanhamento de Pais e Professores

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Page 4: Semanário A Manhã

Os nabos do nosso contentamento

Sociedade :g

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

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•• ORLANDO CASTRO

Longe vão os tempos, se é que alguma vez existiram, em que os portugueses colocaram na linguagem popular o provér-bio “não comas caldo de nabos nem o dês aos teus criados”.

De há muito que a gastro-nomia portuguesa, em geral, e a de Gondomar, em particular, colocou os nabos nas ementas. Primeiro, nas da sobrevivên-cia (um pouco à semelhança do que hoje acontece) e, depois, nas das originalidades vendá-veis e procuradas pelo exotismo.

Os nabos competem hoje com outros alimentos, muitos deles nascidos no rio Douro, casos da lampreia e do sável.

Tomaz Baltazar, sociólogo de Gondomar e emigrado em Espanha desde “os tempos em que o nabo estava à mesa da fa-mília todos os dias”, conta ao ‘A Manhã’ que “os gondomarenses souberam aproveitar bem as ter-ras férteis do concelho, poten-ciando uma série de produtos agrícolas procurados pelas clas-ses abastadas, nomeadamente do Porto, reservando para si o que, por regra, não entrava nos desejos gastronómicos dos “se-nhores”, ou seja, o nabo”.

Acresce, conta Tomaz Balta-zar, “que nos tempos em que a dureza da subsistência obrigava os gondomarenses a trabalhar de sol a sol, o nabo era o ali-mento de todos os dias, até por-que era fácil de cozinhar e tinha potencialidades importantes”.

E é assim que o nabo tem lugar cativo em diversos rotei-ros gastronómicos, como este ano volta a acontecer na XXI edição do Festival Gastronómi-co “Hoje há Caldo de Nabos”, evento integrado nas Festas em Honra de Nossa Senhora do Rosário.

Estudioso das coisas da sua terra (“estou a preparar um ro-mance histórico centrado em Gondomar em que a gastrono-

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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g: Sociedade

Antigo pão nosso de todos os dias dos pobres volta em festival com 21 edições

mia, sobretudo o nabo, tem pa-pel de relevo”), Tomaz Balta-zar conta que o nabo partiu da Europa Oriental para conquis-tar o mundo e que, “como mui-tas outras coisas gastronómicas, primeiro estranha-se e depois entranha-se”.

“Como familiar próximo da batata, o nabo é um bom ali-mento, tem poucas calorias e está a somar pontos juntos das classes que, até há bem pouco tempo, o consideravam um pro-duto menor, um produto dos pobres”, diz Tomaz Baltazar.

Por sua vez, a nutricionista Amélia Resende entende que, do ponto de vista histórico, “a desvalorização do nabo tinha a ver com o facto de, por ser de cultivo simples, quase se diria selvagem, ser o pão nosso de to-dos os dias dos pobres”.

Ora, explica, os ricos nun-ca aceitariam ter algo simples como o nabo nas suas mesas. Preferiam a batata. Mas o gos-to popular até tinha razão, pese embora fossem razões de sub-sistência, de fracos rendimen-tos, que estavam na origem des-sa preferência. Isto porque os

Autarcas acreditam que a edição deste ano voltará a ser bastante concorrida

J. PAULO COUTINHO Até domingo a freguesia de Melres continua em fes-ta. Durante toda a semana e até amanhã, os Bombeiros le-vam a cabo diversas iniciati-vas em parceria com as esco-las da freguesia.

Hoje, a partir das 19 ho-ras, abrem portas as tasqui-nhas, estando a animação musical a cargo de diversas tunas universitárias.

Amanhã, arranca a Fei-ra das Nozes, registando-se uma desfolhada às 20.30 ho-ras e a actuação da Associa-ção Cultural e Recreativa da Fanfarra de Melres. Sábado, com as tasquinhas sempre

em funcionamento, terá lu-gar o XXI Festival Nacional de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico Senhora da Piedade de Melres, com a presença, para além do ran-cho organizador, do Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”, do Rancho Folcló-rico “Vale do Lis” e do Ran-cho Folclórico e Etnográfico de Ponte da Barca.

Contra o cancroDomingo, último dia das fes-tas, haverá uma caminha-da solidária, em colabora-ção com o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa

Contra o Cancro (às 10 ho-ras), com saída do largo em frente à Junta.

Seguir-se-á, no espaço das tasquinhas e em toda a zona envolvente, a encenação de uma aldeia gaulesa, pela As-sociação de Solidariedade de Melres. Um concerto da Ban-da Musical de Melres encer-rará a XI Semana Cultural de Melres.

Melres, a freguesia mais oriental do concelho, foi con-celho com câmara e justiça própria, tendo recebido car-ta de foral de D. Manuel I em 1514. Tinha nessa altura 24 casais.

Melres continua em festa

A Câmara Municipal de Gondomar, através do Pe-louro do Turismo, apre-sentou na sexta-feira, no Muliusos, a XXI edição do Festival Gastronómico “Hoje há Caldo de Nabos”, evento que decorre até ao dia 7 de Outubro.

Este ano haverá Cal-do de Nabos para provar e chorar por mais em 22 res-taurantes e, já no fim-de-se-mana, haverá lugar à oferta de “Caldo de Nabos para todos”, no Largo do Souto.

Como referiu o verea-dor Castro Neves, na apre-sentação do Festival, para além de preservar e valo-rizar a gastronomia como a identidade cultural – que torna Gondomar um mu-nicípio com forte atractivi-dade turística –, a Câmara também pretende dinami-zar o tecido sócio-económi-co do município (sobretu-do, mas não só, na área da restauração).

“Os nabos de Gondo-mar têm uma qualidade su-perior”, acrescentou o vere-ador, desafiando os agentes económicos a mostrar que, mais uma vez, Gondomar pode ser um exemplo de como vencer e ultrapassar a crise.

Provas dadas

Restaurantes concorren-tes à XXI edição do Festival Gastronómico “Hoje há Caldo de Nabos”, evento que decor-re até ao dia 7 de Outubro:

3 MMM, A Reserva, Aliança “O Aníbal”, Bom Re-tiro, Cantinho das Manas, Casa Amarela, Casa do Lo-pes, Choupal dos Melros, Dom Brasas, Dubai, Estrelas do Douro, Flôr do Nilo, Kim-Kim, O Cardeal, O Freitas, O Trombinhas, Ouro, Ponte do Freixo, Porto Rio, Prestige, Quinta D. José e Ritual Prova.

CONCORRENTESnabos têm mais cálcio e menos calorias do que a batata. Ou seja, 100 gramas de batata têm cerca de 85 calorias e 11 gra-mas de cálcio, enquanto para a mesma quantidade, o nabo tem 35 calorias e 56 gramas de cálcio.

Mas, também nessa maté-ria, nabos há muitos. Amélia Resende acrescenta que, ape-sar disso, “todas as espécies têm fibras, facilitam o trânsito intes-tinal, contêm vitaminas B e C e ajudam os sistemas imunológi-co e nervoso”.

Feira das Nozes rivaliza com encenação de aldeia gaulesa Realiza-se, este sábado, a

3.ª Caminhada da Associação Mutualista dos Trabalhadores (AMUT) da Câmara Municipal de Gondomar, que se propõe explorar a serra da Freita, em Arouca. Nesta terceira edição, com um nível de exigência supe-rior às anteriores, os caminhei-ros poderão deslumbrar-se com a paisagem da serra da Freita, principalmente com a vista da cascata da Frecha da Mizarela e das pedras parideiras.

Tal como nas anteriores, esta caminhada está aberta a associados e não associados, bastando para o efeito a rea-lização da inscrição até às 15 horas de amanhã.

Mutualistas caminham na serra da Freita

Em parceria com as Águas do Porto e o Projecto Rios, vários voluntários do Núcleo Regional do Porto da Quer-cus juntaram-se no fim-de-semana para limpar um troço do rio Tinto. Foram re-tirados dezenas de quilos de lixo, sobretudo pneus e gar-rafas de vidro, os “achados” habituais, mas foram tam-bém encontrados alguns im-prováveis, como pára-cho-ques, mesas e computadores.

A iniciativa enquadra-se na “Clean up the World”, uma campanha mundial que inspira as comunidades a limpar, recuperar e conser-var o ambiente.

Quercus ajuda a limparo rio Tinto

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A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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g: Sociedade

O homem que em Junho se barricou em Valbom, e que chegou a estar internado compulsivamente num hospi-tal psiquiátrico, foi anteontem encontrado morto.

António Armando Duar-te, de 38 anos, motorista de táxi, afirmou à mãe, sexta-fei-ra, que ia ter com amigos da freguesia de Campanhã, no Porto, e nunca mais foi visto.

“Nem sequer levou car-teira, nem telemóvel. Pro-curámos por todo o lado e participámos à PSP, mas continuamos sem qualquer notícia”, disse a irmã, Sónia Duarte, pouco antes de se sa-ber que tinha sido encontra-do morto, e quando se pre-parava para fazer um apelo público de localização do ir-mão .

Em 6 de Junho, Arman-do envolveu-se em discussão com familiares, agrediu dois com uma faca e barricou-se em casa, acabando por se en-tregar às autoridades quatro horas depois.

Por determinação judi-cial, foi internado compulsi-vamente no hospital psiqui-átrico de Magalhães Lemos, no Porto.

Teve “alta” mês e meio após o internamento e con-tinuou a ser medicado, mas, segundo a família, não bene-ficiou do apoio de psicólogos ou psiquiatras.

“Era bastante extrovertido mas desde que regressou os seus dias eram passados em casa, deitado, sempre sem fa-lar e invulgarmente calmo”, contou a irmã.

Homem que se barricouem Valbom foi encontrado morto

Seca minimiza riscos de aterroAgência Portuguesa do Ambiente sustenta que em S. Pedro da Covanão há sistemas aquíferos “afectados/contaminados”

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirmou, no fi-nal da semana passada, que a seca registada este ano “mini-miza bastante o pequeno risco de dispersão de poluentes no meio hídrico” de S. Pedro da Cova, freguesia na qual estão depositados resíduos perigosos. Em resposta enviada à Agência Lusa, a APA adianta que “não há sistemas aquíferos que pos-sam ser afectados/contamina-dos” no local onde estão depo-sitados resíduos perigosos em S. Pedro da Cova.

A Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova exigiu, no início do ano, a realização de análi-ses à qualidade da água subter-rânea, bem como a divulgação dos seus resultados, devido à deposição, entre Maio de 2001 e Março de 2002, de 320 mil toneladas de resíduos perigo-sos nas antigas minas de car-vão ali existentes. Ali deposita-dos a céu aberto e sem qualquer tratamento, os resíduos perigo-sos têm teores elevadíssimos de chumbo, cádmio, crómio, ar-sénio e zinco. Nas imediações dos resíduos, localizados junto às piscinas e ao estádio de fute-bol da freguesia, passam cursos

de água, como o rio Ferreira e a ribeira da Parada.

Também em Janeiro, a Au-toridade da Região Hidrográ-fica do Norte (ARHN), que se encontra agora em processo de extinção/fusão, anunciou que a primeira fase de avaliação do estado da qualidade da água subterrânea, deveria estar con-cluída em finais de Março.

73 mil eurosNa resposta enviada à Lusa, a APA afirma que “todo o tipo de intervenção prevista e pro-jectada de acordo com os estu-dos realizados, incluindo a mo-nitorização, será concretizada logo que todas as condições se-jam asseguradas”. Sem referir quais as condições necessárias para assegurar essa interven-ção, a APA apenas refere que “o programa de monitorização está definido” e que “a situa-ção em S. Pedro da Cova está

exaustivamente estudada e é so-bejamente conhecida”. “Sem-pre que se justifique serão ela-borados e divulgados relatórios de ponto da situação”, conclui.

Em Janeiro, a ARHN dis-se que aprovou uma candida-tura, no valor de 73 mil euros, para realizar o estudo da quali-dade da água no local. Afirmou que estava prevista uma deslo-cação ao aterro “para aferir a viabilidade ou não da recolha de amostras, isto porque alguns piezómetros (furo vertical que possibilita o acesso à massa de água subterrânea) podem não estar acessíveis ou mesmo em condições para utilização”.

A par da monitorização da qualidade da água na freguesia, os resíduos serão removidos do local, no âmbito do lançamento de um concurso internacional.

Em Agosto, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Duarte Viei-ra, afirmou que o concurso se-ria lançado este mês, acrescen-tando que, “em princípio, ainda este ano, vai ser possível cum-prir o objectivo de levar a cabo a operação” de remoção dos re-síduos.

Presidente da CCDR-N acredita que ainda este ano será feita a remoção dos resíduos

Antigas minas de carvão receberam 320 mil toneladas de resíduos perigosos, entre Maio de 2001 e Março de 2002

ARQUIVO ”A MANHÔ

Page 6: Semanário A Manhã

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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g: Sociedade

Gondomar tem uma nova “Manhã”

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

•• J. PAULO COUTINHO

e HERNÂNI PEREIRA [Fotos]

Gondomar tem… uma nova manhã. Desde a semana pas-sada, às quintas-feiras, come-çou a ser distribuído, por todo o concelho, o “Semanário A Manhã”, este mesmo jornal que tem em mãos, agora em segunda edição.

Na sessão de apresentação, realizada ao final da tarde do passado dia 12 e que lotou o auditório da Biblioteca Muni-cipal, marcaram presença, en-tre outras personalidades, Va-lentim Loureiro, presidente da autarquia, Matias Alves, presi-dente da Assembleia Munici-pal, e Manuel Carvalho, sub-director do jornal “Público”.

O director do “A Manhã” apresentou as linhas gerais do novo jornal. De seguida, Ma-nuel Carvalho, abordou as tendências de evolução da Im-prensa, focando, em particular, o futuro da Imprensa regional. Por sua vez, Matias Alves dei-xou aos presentes uma mensa-gem de esperança.

Valentim Loureiro, encer-rou as intervenções, debruçan-do-se, essencialmente, sobre as-pectos ligados à entrevista que concedeu ao nosso semanário e que, de resto, foi a “manche-te” da primeira edição.

“A Manhã” orientará a sua afirmação dentro de uma ló-gica local e regional, em Gon-domar. O semanário, com 24 páginas a cores e uma tiragem de três mil exemplares (à ex-cepção dos dois primeiros nú-meros, de que serão impressas cinco mil cópias para distribui-ção gratuita), terá um preço de capa simbólico: 50 cêntimos, menos do que um café… O seu café da manhã de cada quin-ta-feira!

Apresentação do novo jornal lotou o auditório da Biblioteca Municipal

CASOSPolíciac:

Diz-se julgado duas vezespelos mesmos factos

A defesa de um membro do chamado “gangue de Valbom” queixou-

-se na semana passada, nas Varas Criminais do Porto, de que o seu cliente é incrimina-do duas vezes pelos mesmos factos, numa alusão ao homi-cídio tentado do inspector da Polícia Judiciária (PJ), Carlos Castro.

O homicídio tentado do inspector, ocorrido em 2008, na Maia, integrava a acusação do processo original do “gan-gue de Valbom”, dele tendo sido retirado num despacho sa-neador da 4.ª Vara Criminal, já em 2010. Do despacho re-sultou que, nesse mesmo ano, apenas foi julgado o crime de roubo do automóvel do polícia, pelo método de “carjaking”.

Perante a 2.ª Vara Crimi-nal, no início do julgamento dos factos retirados do ante-rior processo, em que consta também a alegada tentativa de matar o inspector, a defesa do arguido Fábio Silva, também conhecido por “Fábio Gordo”, argumentou que o Ministério Público descrevia exactamen-te os mesmos factos para uma imputação diferente. “O Fá-bio já foi condenado e cum-pre pena [superior a 14 anos de cadeia]. Não deve ser julga-

do neste processo, pelo menos quanto ao homicídio na forma tentada”, sublinhou a advoga-da Poliana Pinto Ribeiro, num requerimento que ainda não mereceu despacho do colecti-vo de juízes.

Atingido por “shotgun”O inspector baleado confir-mou ao tribunal que um en-capuzado o atingiu a tiro de “shotgun”, em 16 de abril de 2008, quando chegava a casa, na viatura pessoal, com os seus dois filhos menores. Ficou fe-rido no rosto, no pescoço e numa mão, tendo sido subme-tido a diversas cirurgias esté-ticas.

Num reconhecimento pos-terior efectuado na própria PJ, também com pessoas encapu-zadas, incluindo o principal

suspeito, Carlos Castro asso-ciou o autor do disparo a uma pessoa que, ao caminhar, fazia um movimento “sui generis” de calcanhar. A acusação va-lorizou esse reconhecimento e atribuiu um crime de homicí-dio tentado a Fábio.

Para baralhar o processo, soube-se, na semana passada, no tribunal, que outro argui-do, a quem não era imputado qualquer envolvimento no caso do inspector, foi depor à PJ, já depois de encerrado o inquéri-

to, para assumir a tentativa de homicídio.

Além do homicídio tentado do inspector, o processo agora em julgamento, com um total de 11 arguidos (um 12.º mor-reu entretanto), reporta-se a di-versos episódios violentos ocor-ridos em 2008, nomeadamente assaltos a ourives, alguns dos quais descreveram ao tribunal a forma como foram atacados. Nenhum dos arguidos quis fa-lar agora. Alguns admitem fa-zê-lo mais tarde.

O “gangue de Valbom” tem o nome associado a uma loca-lidade do concelho de Gon-domar e foi desarticulado na “Operação Charlie”, realizada por 150 elementos da PJ, em Setembro de 2008.

O julgamento prossegue na quarta-feira.

Ao longo de seis meses, o “gangue de Valbom” praticou assaltos à mão armada, num to-tal avaliado em cerca de 700 mil euros. Há dois anos, ficaram provados em tribunal quatro as-saltos a ourivesarias, casos de “carjacking” e ainda tentativas de homicídio.

As penas decididas pelos juí-zes das Varas Criminais do Porto oscilam entre 15 anos e nove meses de cadeia, com pena sus-pensa. Dos 15 arguidos, fora da prisão ficam apenas três – dois com penas suspensas e um com multa.

“Não estão preparados para viver em sociedade”, sentenciou Maria José Matos, presiden-te do colectivo de magistrados, que teve de mandar dois ar-guidos à força para as celas. Daniel “Cubillas” e António Car-los Semedo não se contiveram ao ouvir as penas: “Quem ga-nhou dinheiro está lá fora e eu é que levo sete anos!”, insurgiu-se António Carlos, conhecido por “Toni Preto”, envolvido num ca-so de roubo de um Audi A8, em Julho de 2008, de que os argui-dos disseram ter-se tratado de uma simulação de crime, para enganar a seguradora.

No total, foram dadas como provadas 13 situações crimino-sas, que incluíram os assaltos à “Feira do Ouro”, na Rua de San-ta Catarina, Porto, que rendeu 228 mil euros, a 25 de Junho de 2008; a um ourives ambulante, a 26 de Julho de 2008, no va-lor de 250 mil euros; à “Joalharia Machado”, em Vila das Aves, a 6 de Agosto, que gerou prejuízo de 32 mil euros; e à “Ourivesaria Lote”, em Fornos de Algodres, em Agosto de 2008, que rendeu 124 mil euros.

Além disso, há casos de “car-jacking”, cujos carros serviram para outros assaltos. O caso de que foi vítima, em Abril de 2008, o inspector da PJ, Carlos Castro, referente ao tiro de que foi al-vo, foi tratado como tentativa de roubo, tendo sido punido o autor identificado do disparo.

700 mil euros em seis meses

Autor do disparotinha um movimento “sui generis” de calcanhar ao caminhar

Membro do “gangue de Valbom” alega estar a ser de novoincriminado por morte de agente da PJ

1. Manuel Carvalho, sub-director do jornal “Público”, defendeu na sua intervenção o futuro da Imprensa regional

2. Gondomarenses satisfeitos com o seu novo semanário “A Manhã”

3. O director do jornal à conversa com Valentim Loureiro

4. No auditório da Biblioteca es-tiveram personalidades de vários quadrantes da sociedade.

5. Valentim Loureiro à conversa com Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas

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A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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REPORTAGEMJúlio Resender:

Um ano depois,Júlio Resende

A Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) inaugura amanhã, na Galeria dos Leões (Reitoria), uma exposição evocativa do mestre Júlio Resende, que ali foi aluno (entre 1937 e 1945) e professor (entre 1962 e 1987), com diversas obras cedidas pelo Lugar do Desenho.

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

O Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende vai abrir ao público, dentro de um mês, a casa-atelier do pin-tor, para assinalar o nascimen-to de Resende e os 19 anos da fundação.

O Lugar do Desenho pas-sará a contar com três núcleos distintos: a sede da fundação, com diversos espaços para ex-posições, um auditório e loja; a oficina, onde se encontram os fornos para produção de cerâ-mica, arquivo e acervo e que passará a ter uma biblioteca; e a casa-atelier de Resende. Es-tes três núcleos estão ligados por um circuito através do jar-dim que, por sua vez, pode ser considerado para exposições ao ar livre.

O presidente do Lugar do Desenho, Guilherme Figuei-redo (à esquerda na foto aci-ma), explicou que o conselho de fundadores decidiu come-morar em Outubro, dia 23, o nascimento do mestre e, por-que a data é a mesma, o 19.º aniversário do Lugar do Dese-nho. “A comemoração da data de nascimento realça a pers-pectiva da presença e da vida. Para nós, que convivemos du-rante anos com o mestre Re-sende, é evidente que a come-moração do nascimento é uma continuação e uma presença”, salientou.

O momento alto dessa efe-

méride será precisamente a abertura, em permanência, da casa do pintor. Esta abertura “não é para se ver como ele vi-via, não é essa a ideia, mas para ser mostrada como um espa-ço de criação” adiantou, por sua vez, Zulmiro de Carvalho, membro da direcção do Lugar do Desenho, escultor e amigo do pintor.

Património classificado“A casa do mestre pode servir para muitas coisas, exposições, projecção de vídeo, pequenas conferências e até, uma ou ou-tra vez, como residência artís-tica” explicou o escultor.

Júlio Resende foi viver para Valbom, junto ao rio Douro, no início da década de 1960, por insistência do arquitecto Carlos Loureiro. “Ele procurava uma casa na Apúlia, gostava muito dessa zona, mas o Carlos Lou-reiro convenceu-o a vir para aqui e desenhou-lhe a casa”, revelou Zulmiro de Carvalho.

Com a criação da funda-ção, em 1993, foi construída a sede, que abriga o núcleo ex-positivo, ligando-se a um ou-tro edifício que já estava cons-truído, onde se encontram as oficinas. A casa do mestre fica a poucos metros deste corpo e foi classificada pelo Ministério da Cultura, em Junho de 2011, como “património de interesse público”.

Uma continuaçãoe uma presença

lidades escuras associadas ao movimento neo-realista. Mas Resende segue o seu caminho, avesso a militâncias e distan-te já dos movimentos artísti-cos contestatários que foram emergindo na década anterior. E, como muitos dos seus con-temporâneos, da pintura à ar-quitectura, foi aceitando enco-mendas de murais, em pintura e cerâmica, de muitos edifícios públicos.

Lugar do artistaEm 25 de Abril de 1974, Júlio Resende é um artista consagra-do, detentor de vários prémios internacionais, estando repre-sentado nos principais museus de arte contemporânea do mundo. Nesta altura dedica-se por inteiro à gestão da Escola de Belas Artes, época de gran-de agitação política nas insti-tuições de ensino.

Em 1984, o município do Porto encomenda-lhe o pai-nel “Ribeira Negra”. O mu-ral, que Resende transforma

no grande “opus” da sua obra, sintetiza o seu percurso, do de-senho à pintura, do painel ce-râmico ao azulejo, invocando os seus temas de eleição, a po-pulação laboriosa marítima e ribeirinha.

Em 1993, então com 76 anos, o mestre avança para ou-tra das suas grandes obras, mas agora na perspectiva de legado à sociedade: em Valbom, funda o Lugar do Desenho – Funda-ção Júlio Resende.

“Confesso que na minha mente era consistente o dese-jo de manter o conjunto ínte-gro [desenhos, pinturas, livros, utensílios de pintura], e isso me bastava. Não entenderam assim o grupo de amigos com quem convivo normalmente, acordando que aquele material poderia constituir um exemplo. Daí, o surgir o Lugar do Dese-nho” justificou o artista no lan-çamento da fundação.

Júlio Resende faleceu no dia 21 de Setembro de 2011, faz amanhã um ano.

•• PAULO ALMEIDA [Textos]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

É no Portugal cinzen-to de Salazar, e no res-trito meio de contesta-

ção e resistência artística, que começa a ser notado um jo-vem pintor da Escola de Belas Artes do Porto, que participa, em 1943, na série de “expo-sições dos Independentes”. Nesse pequeno movimento de afirmação são lançados nomes como Fernando Lanhas, Na-dir Afonso, Júlio Pomar, Mar-tins da Costa, Pereira da Silva. E também Júlio Resende, en-tão com 26 anos.

Oriundo de uma famí-lia com ligações às artes, Júlio Martins Resende da Silva Dias, nasceu no Porto a 23 de Outu-bro de 1917, filho de um co-merciante e de uma professora de música. Começou a interes-sar-se muito cedo pela pintura e pela ilustração, chegando a colaborar com os grandes peri-

ódicos da época, como o “Jor-nal de Notícias” e “O Primei-ro de Janeiro”, no princípio da década de 1930. Aprendiz de desenho e pintura na Acade-mia Silva Porto, ingressa na Es-cola de Belas Artes da cidade, em 1937.

Cadernos de ViagensTerminado o curso, em 1945, Resende segue rumo à Europa em reconstrução, com passa-gens por Madrid e Paris, con-tactando com novas correntes, copiando os grandes mestres. São desta época alguns dos de-senhos e ensaios que podem ser vistos agora no Lugar do De-senho, na exposição “Cader-nos de Viagens – Júlio Resende em Paris 1946/1947”, paten-te ao público até ao dia 14 de Outubro.

Regressa a Portugal em 1949, fixando-se no Porto dois anos depois. São deste perí-odo as suas obras “Regresso ao Trabalho” e “Mulheres de Pescadores”, pinturas de tona-Lugar do Desenho abre, em permanência, casa-atelier do mestre

Auto-retrato Resende recebeu inspiração em Paris

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Page 8: Semanário A Manhã

Adrenalina em S. Pedro da Cova

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

DESPORTOSMotores | Futebol | Modalidadesd:

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•• PAULO F. SILVA [Texto e foto]

U ns gostam de motores “musculados”. Outros preferem o último gri-

to do som dentro de um habi-táculo com quatro rodas. Ou-tros, ainda, só mesmo em duas rodas. São muitos os que se di-vertem no “tuning”. No fim-de-semana passado, milhares de pessoas assistiram, em S. Pe-dro da Cova, à primeira edição do Gondomar Tuning Motor Show. Mas, afinal, o que os une a todos? Adrenalina!

O cheiro a borracha de

Gondomar Tuning Motor Show juntou milhares de fãs na sua primeira edição

pneu derretido no asfalto não incomoda. Os “woofers” a de-bitarem potência ao mesmo nível de motores com 800 ou 900 cavalos também não. Por isso, ninguém se espanta com a prova do escape mais ruido-so. Nem com o “freestyle”, que para os menos habituados fun-ciona como um grão de sal e pi-menta extra no bife já tempera-do. Cerveja fresca nos stands e, claro!, um “show” de lingerie a anteceder o “striptease” pela noite dentro, depois da prova de “néon”.

João Gonçalves, também co-nhecido por “Mota”, anda há 18 anos a fabricar motores para

todas as necessidades. Muitos dos automóveis que alinham ou já alinharam pelo “Nacio-nal” de Ralis passaram-lhe pe-las mãos, em Barcelos.

Hoje, “Mota” está voltado para o “drift”, técnica de con-dução que, basicamente, con-siste em deixar deslizar a trasei-ra do automóvel mantendo as

rodas dianteiras viradas na di-recção oposta… “Este desporto é muito mais técnico do que os ralis ou a velocidade, não tem comparação”, garante sem pes-tanejar, pouco antes de ter “der-retido” (literalmente!) um pneu traseiro do seu BMW há segun-da ou terceira aceleração assim que entrou em pista, tal a força (a rondar os 800 cavalos de po-tência!) do “seu” motor.

“Seu” motor sim, porque do original só aproveitou o bloco, aquilo que é visível quando se abre o “capôt”. “Tudo o resto é feito por mim ou encomenda-do com todas as especificações decididas por mim. As peças

destes motores [diz, apontan-do para três belos exemplares de “drift”] são únicas, nenhu-ma fábrica as produz em série”.

Imaginam-se de imediato os custos de realização de um so-nho… “Depende do que se qui-ser”, explica “Mota”, que aca-ba por dar um exemplo: “Um carro como o do André Silva, o Nissan, é coisa para chegar aos 30 mil euros”. Até parece pou-co, mas “Mota” esclarece que apenas está a falar do desenvol-vimento do motor… “Não es-tou a falar do resto, do carro em si, da manutenção, só falo da preparação do motor. O res-to é sempre a somar”.

Cerveja, “show” de lingerie e “striptease” rivalizaram com os automóveis

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Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

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A União Desportiva Sou-sense foi afastada da Taça de Portugal pelo Sporting Clube de Coimbrões, com uma der-rota por 2-0, no jogo realiza-do em casa, no domingo.

A equipa treinada por Pau-lo Menezes começou o jogo algo nervosa e acabou por ce-der um golo, por Nuno Pinto, logo aos dez minutos, no de-correr de uma bola lançada da linha lateral. A partir daí o Coimbrões foi-se fechando junto à sua baliza, tornando mais difícil o jogo da equipa de Jancido, Foz do Sousa.

Mesmo assim o Sousense construiu uma boa mão cheia de oportunidades, que termi-naram em remates sem direc-ção. A reacção da equipa da casa foi boa, mas pareceu fal-tar ainda alguma rodagem.

No regresso ao relvado sin-tético do estádio 1.º de De-zembro, a equipa da casa continuou a pressionar, com menos consistência e perigo, mas foi dando espaços ao ad-versário, que nunca logrou

Sousense afastado da Taça

aproveitá-los, criando perigo. Surgiram alguns casos de in-disciplina e o árbitro, que até aí vinha poupando os cartões, acabou por distribuí-los repe-tidamente. Foram mostrados cinco amarelos ao Coimbrões e três ao Sousense.

DesacatosCom dificuldades na concre-tização, o Sousense foi permi-tindo o avanço do adversário.

Aos 77 minutos o Sousen-se salva um golo certo com uma cabeçada em cima da li-nha de baliza, após uma jo-gada a partir de um lance de bola lateral. Logo a seguir, aos 81 minutos, numa joga-da de insistência que até pare-cia dominada pela equipa da

casa, os jogadores do Coim-brões conseguem uma tabela frente à área sousense e Nan-do remata para golo, acaban-do com as aspirações gondo-marenses.

A partir daqui tudo se precipitou. A claque de Vila Nova de Gaia continuou com as provocações aos adeptos da casa e agora também à GNR. O árbitro acaba por expulsar o n.º 10 do Coimbrões, no úl-timo minuto do tempo regu-lamentar, por agressão, e de-pois, já nos descontos, foi a vez da expulsão de um joga-dor do Sousense, por um en-trada dura por trás, mesmo em frente ao banco visitante.

O jogo acabou pouco de-pois com o Coimbrões a fa-zer a festa. A GNR acabou por deter um adepto dos visi-tantes, para identificação, por desacatos.

Sousense e Coimbrões, que já se tinham defrontado em jogo amigável, irão jogar mais duas vezes esta época, para a II Divisão zona centro.

Apesar dos esforço dos seus jogadores, o Sousense não conseguiu derrotar o Coimbrões

J. PAULO COUTINHO

O Gondomar Sport Club segue em frente na Taça de Portugal, depois de derrotar, no domingo, o Sport Clube Praiense, de Praia da Vitória, Açores, por 0-1. O Praien-se, que joga na III Divisão, começou bem, mas o Gon-domar foi equilibrando. Na segunda parte, o Gondo-mar foi superior, mas tardou em marcar o golo da vitória, ao minuto 87, por Júlio Cé-sar. O brasileiro foi expulso por acumulação de amare-los. Do lado do Gondomar, saíram ainda amarelos para Luís Neves e Bruno Mendes.

Gondomarsegueem frente

Claque do Sporting de Coimbrõesteimou em provocaradeptos da equipa de Gondomar

O Campeonato Nacio-nal da II Divisão, onde mi-litam o Sousense e o Gon-domar, regressa no próximo domingo.

A equipa da Foz do Sou-sa (Zona Centro) recebe o Bustelo, e o Gondomar (Zona Norte) recebe o Vila-verdense.

Após a primeira jornada, a União Desportiva Sousen-se ainda não regista nenhu-ma vitória, segue nos últimos lugares, enquanto o Gondo-mar Sport Club, depois de um empate em Famalicão, segue em quinto lugar.

II Divisãoregressadomingo

Futebol :d

As equipas gondomaren-ses da 1.ª Divisão-Honra protagonizaram resultados expressivos na primeira jor-nada, que decorreu no do-mingo.

A Associação Desportiva S. Pedro da Cova ganhou em casa ao S. Martinho por 3-1, enquanto o Sport Club de Rio Tinto perdeu por 3-0, em Perafita.

O número de golos mar-cados e sofridos coloca as duas equipas em extremos opostos da tabela; o S. Pedro da Cova ocupa o segundo lugar, a seguir ao Perafita, e o Rio Tinto ocupa a últi-ma posição da tabela classi-ficativa.

A segunda jornada do

Resultados expressivostorneio da Associação de Fute-bol do Porto, no próximo do-mingo, será marcada pelo pri-meiro derby concelhio, com o Rio Tinto a receber o S. Pedro da Cova.

1.ª DivisãoO início da 1.ª Divisão, série 2, ficou marcado pelos empates a zero do Atlético de Rio Tinto com o Vilarinho (em casa), do Recrea-tivo Ataense com a Mocidade de S. Gemil (fora), e a derrota por 3-1 do Gens S.C. na visita ao Folgo-sa da Maia.

Na próxima jornada, tam-bém no domingo, o Rio Tinto vai ao campo do Pedrouços, o Ataense recebe o Gondim da Maia e o Gens a Mocidade de S. Gemil.

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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d: Futebol

•• ORLANDO CASTRO

Pedro Barbosa, o “poeta do futebol”, voltou sábado ao Atlé-tico de Rio Tinto, onde come-çou a dar os primeiros pontapés na bola. Foi grande a festa. Era um filho da terra e do clube que regressava.

“Já há muitos anos, muitos mesmos, que não vinha a esta minha casa”, afirmou o fute-bolista nascido em Gondomar em 1970, acrescentando que, “apesar dessa longa ausência, continuo a ter muita estima por este clube onde me iniciei e de onde parti para as cama-das jovens do F. C. do Porto”.

Rodeado pelos putos que, como ele, querem ser craques do futebol, Pedro Barbosa não se cansou de dar autógrafos e de tirar fotografias.

A meninada, equipada a rigor porque era um momen-to de festa, estava, apesar de tudo, pouco motivada com a

Pedro Barbosaregressa às origens

J. PAULO COUTINHO

Pedro Barbosa foi efusivamente recebido pelos jovens do Clube Atlético de Rio Tinto

presença de um desportista que hoje pouco lhes diz. Mas, é cla-ro, os pais encarregavam-se de os sensibilizar e foram muitos os que se sentiram meninos e foram eles próprios tirar fotos com aquele que foi internacio-nal 22 vezes.

“O importante é que os mi-údos tenham gosto e prazer em jogar futebol”, dizia Pedro Barbosa, visivelmente anima-do por este regresso às origens. “Se para mim tudo começou aqui, para eles também pode começar”, acrescentava.

Pedro Barbosa, depois de dois anos de rodagem no Fre-amunde, foi para o Vitória de Guimarães, de onde deu um salto de leão… para o Spor-ting, onde esteve dez anos, al-guns deles como capitão.

Pedro Barbosa conquistou dois campeonatos nacionais e duas Supertaças Cândido de Oliveira (épocas de 1999/2000 e 2001/2002) e uma Taça de Portugal (2001/2002). Foi pe-

dra fundamental na caminha-da europeia, em 2005, que só terminou com uma derrota na final da Taça UEFA.

A 11 de Agosto de 2005, com 35 anos, pendurou as chu-teiras.

Contam os arquivos ou a memória dos mais velhos que Pedro Barbosa era dotado de um raro talento, razão pela qual os especialistas o travam muitas vezes com um génio do futebol. No campo possuía quase tudo o que era necessá-rio para ser um ídolo. Técnica e visão estratégica do jogo bro-tavam nos campos por onde passava. Só lhe faltava a velo-cidade, daí muitos lhe chama-rem Pedro Vagarosa.

A esses respondia com o seu brilhantismo, sendo memorá-vel o jogo contra o Maccabi Haifa, de Israel, a contar para a Taça UEFA, a 14 de Setem-bro de 1995, que o Sporting venceu por 4-0 com três golos de… Pedro Barbosa.

Page 10: Semanário A Manhã

Prémio Onda-Boavista para Livramento

d: Ciclismo

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

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Autarquia homenageou André Cardoso, 21.º classificado da “Vuelta”, presente no próximo “Mundial” de Estrada

David Livramento (Carmin-Prio) geriu da melhor forma os 60 segundos de vantagem que conquistou na primeira etapa do Prémio Onda-Boavista, nos 118 quilómetros com partida e chegada à Póvoa de Lanhoso, doseando o esforço a seu con-tento na terceira e última eta-pa, disputada no domingo, nos quatro quilómetros em contra-relógio individual de Gondo-mar. No final, a autarquia ho-menageou André Cardoso, 21.º classificado na “Vuelta”, que também irá representar a Selec-ção Nacional, no próximo dia 23, na prova de fundo do Cam-

peonato do Mundo de Estrada (em Limburgo, Holanda).

O momento-chave de toda a prova acabou por ocorrer logo na primeira etapa, com um ata-que decisivo de Livramento, a dez quilómetros do final, que lhe permitiu cortar a meta na Póvoa de Lanhoso com um minuto de avanço sobre a concorrência. Na segunda etapa, de 125 quilóme-tros, entre Gondomar e Jovim, Sérgio Ribeiro (Efapel-Glassdri-ve) venceu a tirada, com seis se-gundos de avanço, deixando a decisão sobre o triunfo final nas mãos de Livramento, que não desbaratou a vantagem.

Classificações finais

Individual Tempo1.º D. Livramento (Carmim-Prio) 5:34.37 h2.º H. Sabido (LA-Antarte) a 0.31 min.3.º D. Hernandez (Onda-Boavista) a 0.434.º Sérgio Sousa (Efapel-Glassdrive) a 0.545.º J. Montenegro (Loul.-D.D.) a 1.356.º M. Barbosa (LA-Amtarte) a 1.577.º L. Silva (Carmim-Prio) a 2.358.º D. Silva (Onda-Boavista) a 4.21 9.º José Mendes (LA-Antarte) a 3.2410.º S. Ribeiro (Efapel-Glassdrive) a 3.25

Equipas Tempo (horas)1.º LA-Antarte 16:49.142.º Onda-Boavista 16:51.093.º Efapel-Glassdrive 16:51.374.º Mortágua 17:03.475.º Louletano-Dunas Douradas 17:04.33

Montanha Pontos1.º José Mendes (LA-Antarte) 82.º Hugo Sabido (LA-Antarte) 63.º David Livramento (Carmim-Prio) 5David Livramento assumiu a “amarela” na primeira etapa e não a largou

J. PAULO COUTINHO

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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Pequenas grandes coisas que fazem toda a diferença:

passeios

N uma primeira crónica é de es-perar textos muito gerais, so-bre coisas muito faladas. Por isso, esperaria o leitor talvez

que escrevesse sobre corações e apitos dourados e o modo como se faz política em Gondomar, como se sacrifica a ética e as boas práticas aos votos, ao sectaris-mo partidário e às vantagens pessoais e de familiares e amigos.

Poderia escrever sobre Gondomar como o município que apresenta os pio-res indicadores de desenvolvimento de todos os que são vizinhos do Porto, ou sobre uma política de bairros sociais que melhorou as condições de habitação de muitas famílias mas ao mesmo tempo que promoveu a criação de guetos e o aumento da insegurança.

Poderia falar de promessas por cum-prir… ou de grandes estratégias metro-politanas.

RIO FERNANDES

bém porque a maioria prefere o conforto de médias e grandes superfícies comer-ciais, ou a ida ao centro do Porto ou até a Gaia, Maia ou Matosinhos.

Os quilómetros de ruas sem passeio ou a sua largura média poderiam servir de indicador de suburbanidade do nosso concelho, de falta de qualidade de vida e falta de cuidado dos que elegemos, mas, nos tempos que correm, deve servir tam-bém para refletirmos sobre o seu contri-buto para o número de lojas que fecham ou que vivem em grande dificuldade.

Preferiu-se fazer chafarizes, multiu-sos demasiado caros para tão pouco uso, bairros e mais bairros… No lugar de ha-ver preocupação com pequenas coisas que acrescentam urbanidade e qualida-de de vida, fez-se grandes obras. E subur-banizou-se Gondomar!

OPINIÃORio Fernandes | Cartoono:

Fica para uma próxima vez.Hoje, por ser a primeira vez, que-

ro falar de uma “coisa pequena”: pas-seios. Não me refiro a viagens a Fáti-ma, de avião a Lisboa, ou de exibição de obras em ano de eleições. Falo dos passeios que temos (ou não temos) nas nossas ruas. Já compararam os passeios na Avenida Marechal Gomes da Cos-ta ou na Rua Tristão da Cunha, onde mora o nosso Presidente da Câmara, ou a maioria dos que existem nas ruas das cidades de Matosinhos, Maia, Gaia ou Valongo, com os passeios das ruas 5 de Outubro e 25 de Abril (na cida-de de Gondomar) ou da Rua Padre Jo-aquim Manuel da Neves (na cidade de Valbom) ou em tantas ruas na cidade de Rio Tinto, onde a largura é por ve-zes de menos de meio metro, há postes no meio e quando chove a água dos te-lhados cai diretamente no pavimento?

Estes micro-passeios, quando os te-

mos, são por vezes em pedrinha de gra-nito (como na cidade de Gondomar), desconfortáveis para todos, sobretudo para os mais idosos, para não falar de pais com carro de bebé (quase ausentes das nossas ruas), ou portadores de defici-ência (obrigados a ficar em casa)!

Pode pensar o leitor, como a nossa Câmara, que os passeios interessam pou-co, mas gostava que considerasse que isso não é verdade. Porque afeta de facto a vida de muitos (que se “habituam”), mais ainda quando chove e os guarda chuvas não se cruzam. E afeta sobretudo o dia-a-dia dos que não têm carro ou querem poupar o dinheiro do transporte público nas compras ou na ida a serviços mais perto de suas casas. Além disso, em tem-po de crise e desgoverno, afeta também as pequenas empresas de comércio e ser-viços, cujos clientes são cada vez menos, não só porque o dinheiro falta, mas tam-

A MANIF EXPONTÂNEA E APARTIDÁRIA DO DIA 15 SERVIU PARA DIZER

QUE OS POLÍTICOS COM CARGOS GOVERNATIVOS NOS ROUBAM O MELHOR QUE SONHAMOS E TEMOS:

O FUTURO, O PRESENTE E O PASSADO. #

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Geógrafo / Professor Universitário

Page 11: Semanário A Manhã

DANÇA. Realiza-se o XXII Encontro de Dan-ça, integrado nas festas do concelho, com a par-ticipação de vários gru-pos. Às 21 horas, no Lar-go do Souto.

DANÇA. XXII Encontro de Dança. Às 14 e às 21 horas, no Largo do Souto.

TRADIÇÃO. Iniciativa “Caldo de nabos para todos”: oferta desta es-pecialidade gastronómi-ca à população. Sábado e domingo, às 19 horas, no Largo do Souto.

SETE DIASSugestões para a semana • 20 a 26 de Setembros:

O Lugar do Desenho/Fundação Júlio Re-sende inaugurou, no sábado, a exposição “Make Belive”, de Jo-ana Jorge.

Nascida no Porto, em 1973, a autora li-cenciou-se em Artes Plásticas/Pintura, na FBAUP. Central à sua prática está o ensaio e a exploração de estra-tégias de identificação simbólica às imagens mediatizadas, através da apropriação e ma-nipulação de bases de dados visuais e arqui-vos fotográficos.

“Os caprichos de Joana Jorge são estra-

nhamente familiares, apesar da origem das imagens nos ser ne-gada pelo seu efeito cumulativo. Transitam da apropriação indevi-da de imagens em ba-ses de dados disponí-veis na internet, como inventários perpétu-os à espera de serem escolhidos para ilus-trar um artigo”, escre-ve, no catálogo, Paulo Luís Almeida.

A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 14.30 horas às 18.30 horas (aos fins-de-semana só até às 17.30 horas), até 21 de Outubro.

ExposiçãoTEATRO. Os Plebeus Avintenses, de V. N. Gaia, apresentam o es-pectáculo “O desejo agarrado pelo rabo”, de Pablo Picasso. Salão Pa-roquial de Fânzeres, às 21.30 horas. Entrada li-vre.

DIA EUROPEU SEM CARROS. Integrada na Semana Europeia da Mobilidade, realização de um Mobipaper Inter-municipal, com partida da Biblioteca Municipal. Das 10 às 13 horas.

FOLCLORE. XXI Festi-val Nacional de Folclo-re de Melres. Participa-ção do Rancho Folcló-rico Sr.ª da Piedade de Melres, Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tan-cos”, Rancho Folclórico “Vale do Lis” e Rancho Folclórico e Etnográfico de Ponte da Barca. Mel-res, 21.30 horas.

MÚSICA. Comediante João Seabra antecede a actuação da Bandalusa, no Parque de Jogos do

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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UTILIDADES Curiosidades Acessórios Telefones úteis

Ontem, dia de fecho desta edição, deitámo-nos fora de horas. Resultado: acordámos com umas respeitáveis olheiras, aquelas marcas escuras debaixo dos olhos que nos envelhecem e dão um ar de cansaço. Os mais preocupados com estas coisas têm os seus próprios truques – loções ou cremes miraculosos, que disfarçam as noites mal dormidas –, apurados e refinados ao longo dos anos e de acordo com as posses de cada carteira. Mas há “remédios caseiros”, simples e baratos, que ajudam a vencer a

maleita. Junte quantidades iguais de batata e pepino e triture-as até obter um líquido. Espalhe-o à volta dos olhos, deixe secar 15 a 20 minutos e, depois, lave os olhos com água abundante. Alternativa: corte duas rodelas de pepino (com casca) e deposite-as nos olhos, sobre as olheiras, os mesmos 15 a 20 minutos. Em ambos os casos, depressa perceberá que a circulação sanguínea em redor dos olhos melhorou consideravelmente e que aquele ar pesado e cansado se eclipsou!

Curiosidades

Para as olheiras, batata e pepino

Acessórios

Mais tarde, ou mais cedo, os dias vão começar a arrefecer. E o frio vai “puxar” uma bebida quente, sobretudo aos que ficam sentados longos períodos de tempo enquanto trabalham.Acreditamos que foi a pensar nessas pessoas que foi desenvolvida esta caneca, já que passa a ser possível tomar um café quente, feito por nós, inclusive, e sem sair do seu posto de trabalho. Basta ligar a dita cuja à porta USB… e já está!A caneca, que é vendida por cerca de 20 euros e tem capacidade para 16 cafés , também pode ser utilizada no automóvel, através do isqueiro do automóvel, naquelas terríveis deslocações

casa-emprego e emprego-casa que, muito frequentemente, se transformam em viagens de pura irritação.Numa época em que o tempo é coisa cada vez menos abundante, convenhamos que é capaz de dar muito jeito.

Um café sem deixar de trabalhar

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012 | A Manhã

21u:

GABINETE DE PSICOLOGIADRA. MARINA CARNEIRO COELHO

Programação Neurolinguística. Hipnose Terapêutica. Regressão (Método Brian Weiss e outros)

Tratamentos:

Depressão, ansiedade, perturbações alimentares,dificuldades de concentração/aprendizagem,

fobias, traumas e outros

Pós-Graduada em Tratamento PsicológicoLicenciada em Psicologia

Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos nº 83

Rua Júlio Dinis, 728-5º sala 518 Porto | Tlm. 916680712www.hipnose-regressao.com.pt

Clube Recreativo Ata-ense (Jovim), às 22 horas, no âmbito das comemo-rações do 79.º aniversá-rio daquela colectivida-de. Entrada: 5€.

MERCADO BIOLÓGICO. Todos os sábados, das 9 às 13 horas, no Mercado de S. Cosme.

PALESTRA. “Alimenta-ção saudável em idade escolar” é o tema da ses-são orientada pela nu-tricionista Joana Bar-roso, destinada a pais e encarregados de educa-ção. Na Biblioteca Mu-nicipal, às 10.30 e às 13 horas, sujeito a inscrição (gratuita).

COLHEITA DE SANGUE. Na Escola E.B. 2/3 de S. Pedro da Cova, entre as 9 e as 12.30 horas. Domin-go à mesma hora.

BTT. Demonstração de BTT pela Associação de Ciclismo do Porto/Os Demolidores. Bibliote-ca Municipal de Gondo-mar, às 9 horas.

PINTURA. Último dia para poder ver a expo-sição “Alice e o sabor a laranja”, de Sameiro Se-queira, patente no Audi-tório Municipal.

GASTRONOMIA. Con-curso gastronómico “Ho-je há caldo de nabos”. No Auditório Municipal, às 12 horas. Pelas 17 horas, tem lugar a cerimónia de entrega de prémios.

MISSA. Padre António Augusto Azevedo presi-de à missa solene do Dia dos Padroeiros S. Cos-me e S. Damião. Igreja Matriz de S. Cosme, às 21.30 horas.

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Telefones úteis

Câmara Municipal 224660500 Forças de segurançaPSP Gondomar 224663370PSP Rio Tinto 224853850 GNR 224830858Polícia Mun. 224662710 BombeirosAreosa 229732009Gondomar 224830001

Melres 224760640

S. Pedro Cova 224833118

Valbom 224830041

Juntas de FreguesiaBaguim Monte 224899666Covelo 224760850Fânzeres 224853480Foz do Sousa 224542709Gondomar 224833552 Jovim 224500387Lomba 255766346Medas 224760676Melres 224760275Rio Tinto 224890287S. Pedro Cova 224663990Valbom 224648760

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A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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CARNEIRO. Oportunidade de descoberta de novos caminhos profissionais que lhe trarão maior prazer e alegria. Não exponha a sua vida privada a pessoas es-tranhas. O lado emocional está firme. Os seus desejos têm tudo para se realizar, lute!

TOURO. No campo afectivo poderá ter uma grande atracção por pessoa mais velha. Avalie os sentimentos e lute pelo que quer. É hora de lutar pela sua estabili-dade nas áreas amorosa e profissional. Procure traba-lhar em equipa. Seja mais tolerante.

GÉMEOS. Tente compreender a posição dos seus co-legas de trabalho. Uma conversa franca entre todos vai dar-lhe a possibilidade de os compreender. Não se iluda com o que está fora do seu alcance. Estimule a sua vida amorosa com um pequeno gesto.

CARANGUEJO. Semana radiosa para os nativos des-te signo. Possibilidade de encontro ou reencontro com pessoa muito importante na sua vida. Não deixe pas-sar a ocasião. Aproveite para conquistar ou recon-quistar a sintonia que deseja.

LEÃO. Se acordar de mau humor, faça o esforço que for necessário para o mudar. Tristezas não ajudam em nada. O dia está à espera que lhe indique que desejos quer ver realizados. Aproveite essa alegria de viver.

VIRGEM. A sua carreira laboral está num impasse. Faça uma retrospectiva e prepare novas vitórias. Os astros auxiliam os seus passos. Não entre em discus-sões com o seu chefe. A sua saúde necessita de aten-ção redobrada. Altere os seus hábitos.

BALANÇA. A sua estrela está em alta. Novos projec-tos serão favorecidos, assim como as questões de cora-ção. Mágoas e ressentimentos não ajudam ninguém. Tenha muita paciência com o seu amado e use todo o seu charme para não esmorecer.

ESCORPIÃO. O conformismo pode travar as suas decisões. Seja mais activo e lute pelo que quer. No amor, a sedução fará parte do seu jogo. Cuidado com a dosagem que lhe pretende dar! Quando se empe-nha, nada nem ninguém o consegue parar!

SAGITÁRIO. Finalmente chegou a semana certa pa-ra se destacar no trabalho e no amor. Acredite em si e siga o melhor caminho para colocar em práti-ca os seus objectivos. Não se deixe levar pela roti-na e preguiça.

CAPRICÓRNIO. Euforia no sector profissional com notícia inesperada. Não desaproveite os seus talentos que lhe parecem insignificantes. Inicie a semana com uma saída nocturna com amigos ou com o seu amor. Relaxe e divirta-se. Assim tudo correrá melhor.

AQUÁRIO. Pode ter que passar alguns momentos menos bons. Contudo, se não se deixar influenciar, poderá acabar a semana em grande alegria e felicida-de. Os seus amigos ou parceiro aguardam um convi-te. Os astros ajudarão.

PEIXES. Dentro das possibilidades, reserve esta se-mana para o lazer. Invista em si. Vá passear, encon-tre amigos e beneficie do seu bom humor. Boa opor-tunidade de conhecer pessoa mais velha que o atrai-rá bastante. O amor está a precisar de ser estimulado.

Horóscopo 20 a 26 de Setembro

HORIZONTAIS

1 - Compare (abreviatura). Feminino de ele. Autores. 2 - Africano (abreviatura). Belo, (raramente usado, como em à vontade). 3 - Abreviatura. Gé-nero de aracnídeos. 4 - Porção de terreno liso e duro, ou lage, em que se secam cereais e le-gumes, e em que se malham ou trilham e limpam. Cano, que conduz para o molde o me-tal fundido. 5 - O mesmo que eiró. Fileira, renque de árvo-res. 7 - Buraco, na quilha dos barcos de pesca, pelo qual cai a água, com que eles se lavam. Roupa ou peles, que servem de agasalho. 8 - Solução alcoólica de mentol, salol, etc., para tra-tamento dos dentes e da boca. O mesmo que çabri. 9 - Peque-na aba. O mesmo que venta-rola. 10 - Casa. Citado (abre-viatura). 11 - Nota musical. Espécie de jacaré das margens do Amazonas. Artigo antigo.

VERTICAIS

1 - Uma. Nome. Alemão (abrev). 2 - Governador de al-gumas províncias muçulma-nas. Cada uma das travessas que limitavam os bancos dos remadores. 3 - Dar à luz. O que compra e vende fato e ou-tros objectos, usados. 4 - Fe-roz. Nome de letra. 5 - Mato, em que predomina a congo-nha. Leque, com que os acó-litos, nas festas de igreja, en-xotavam as moscas da cabeça e da cara dos celebrantes. 7 - Espécie de pinheiro. Árvo-re das margens do Amazonas. 8 - Pobre (forma antiga). Sec-tário do babismo. 9 - Peque-no cabo náutico, para alar. O mesmo que abatimento. 10 - Dor. País nórdico (abrev). 11 - Palavra composta da prepo-sição ‘a’ e do artigo ‘o’. Está encarregado de educar crian-ças ilustres ou filhos de gente rica. Eles.

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Palavras cruzadas Sudoku Difícil ***Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

7 4 2 5

5 3 4

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9 5 8 3 4 2

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8 2 7

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Soluções

HORIZONTAIS: 1 - CP. ELA. AA. 2 - AFR. BEL. 3 - ABREV. IXODO. 4 - EIRA. GITO. 5 - EIROL. ALEIA. 7 - AJAJA. ABAFO. 8 - ODOL. ÇABI. 9 - ABETA. ABANO. 10 - LAR. CIT. 11 - DO. AÇU. EL.

VERTICAIS:1 - UA. EÇA. AL. 2 - BEI. JOB. 3 - PARIR. ADELO. 4 - FERO. JOTA. 5 - ERVAL. ALARA. 7 - ABIGA. AÇACU. 8 - EXIL. BABI. 9 - ALO-TE. ABATE. 10 - DOI. FIN. 11 - AO. AIO. OS

ÓCIO Passatempos Horóscopo :

1 83742965

269581374

547 396 82 1

4 21975 683

956 813 74 2

378 624 519

615 238 497

892 4 5 7136

7341 6925 8

PU

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Page 13: Semanário A Manhã

Declaraçãode interesses

Confesso, nesta minha primeira crónica para o se-manário “A Manhã”, a di-ficuldade que senti na hora da escolha da qualificação profissional com que quero apresentar-me aos leitores.

Fui jornalista com car-teira passada (de acordo com a legislação em vigor), mas já este ano, após mais de trinta anos de aventura pelos jornais, deixei de po-der assumir-me como tal, desagradando-me o título de ex-jornalista.

Em rigor, esta é uma das profissões, entre algumas tanto ou tão pouco presti-giadas, que exclui a qua-lidade de “ex”. Não sen-do possível apresentar-me como jornalista na pleni-tude desse estatuto, a solu-ção encontrada – jornalista com actividade suspensa – obriga-me a uma verdadei-ra declaração de interesses, ao ocupar este espaço.

Tenho andado a dizer e a escrever que o meu currí-culo está cada vez mais pe-queno, numa renovação de referências que dá mais va-lor à identificação dos ami-gos (incluindo os que dei-xaram de o ser) do que a outras misérias e a outros esplendores passados.

Daí julgar que, por hoje e como justificação possí-vel, talvez baste a clara de-claração de interesses que se segue – sou amigo e, nes-ta qualidade, cúmplice dos profissionais que integram o núcleo duro deste projec-to.

Jornalista com actividade suspensa

A Manhã | Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012

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Europeus debatem emprego juvenil

•• ORLANDO CASTRO

C om a presença de 12 países decorre hoje, no Auditório da Lipor, em

Baguim do Monte, o 2º Inter-national Meeting Jobtown: A European Network of Local Partnerships for the Advance-ment of Youth Employment and Opportunity. Este segun-do encontro europeu premeia a candidatura portuguesa da Jun-ta de Freguesia de Gondomar.

Gondomar era, antes da cri-se dos últimos 18 meses, o ter-ceiro concelho dos 16 da Área Metropolitana do Porto com a maior taxa de desemprego a ní-vel das pessoas com menos de 25 anos, com 13,4%, sendo que 33,7% desses desempregados ti-nham baixa escolaridade.

Para combater essa reali-dade, a Junta de Freguesia de Gondomar propõe-se criar si-nergias com os parceiros locais no sentido de, tão rapidamen-te quanto possível, promover a educação e a cultura empre-endedora, melhorar as compe-tências no âmbito da formação profissional, promover a criação do autoemprego e o empreen-dedorismo entre os jovens.

José António Macedo, presi-dente da autarquia, afirma que o projecto Jobtown é importan-te porque permite “criar atra-vés do Grupo de Suporte Local uma política coesa de combate

EM CIMA DA HORA

ATÉ QUINTAa5:

ao desemprego juvenil, apren-der a partilhar as boas práticas, adaptar à realidade do conce-lho o que a Comissão Europeia designa por ‘competências es-senciais para a aprendizagem ao longo da vida’, sensibilizar os empresários para melho-rar os seus recursos humanos e fortalecer a rede de agentes locais”.

Ian Goldring, director-geral dos Projectos Europeus, estará também hoje em Gondomar para acompanhar o encontro em que estarão representantes das autoridades de gestão e dos

Impressão: Empresa do Diário do MinhoRua Santa Catarina, 4A · 4710-306 BragaDistribuição: Folhas&Papelotes Tiragem: 5000 exemplaresPeriodicidade: SemanalReg. ERC: 126269Depósito legal: 348531/12

JÚLIO ROLDÃO

Propriedade: IR - Imprensa Regional, CRLSede e Redacção: Rua Dr José Mª Santos Moura, 114, 4º D – 4435-483 Rio TintoNIPC 510 263 542Tlm. 968 563 361 · [email protected]

Director: Paulo F. SilvaDirector-adjunto: Paulo AlmeidaRedacção: Cândido Xavier (Infografia), J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro (Editor), Paulo Almeida e Paulo F. SilvaDirector Comercial: Luiz Miguel Almeida (Tlm. 917 300 338)

Projecto da Junta de Freguesia de Gondomar foi escolhido entre diversas candidaturas

municípios de países europeus, entre os quais Alemanha, Fran-ça, Itália, Espanha, Reino Uni-do, Polónia, Chipre e Hungria.

José António Macedo afir-ma que “os representantes dos municípios e autoridades de gestão irão assegurar o desen-

volvimento de parcerias efica-zes, sobretudo em relação ao desemprego dos jovens”.

Do lado português são par-ceiros deste evento a CCDR-N, Centro de Emprego de Gon-domar, Associação Comercial e Industrial de Gondomar, Li-por, Escola de Formação Pro-fissional ActualGest, Centro de Formação Profissional da In-dústria de Ourivesaria e Relo-joaria (Cindor), Agrupamento de Escolas, Agência para o De-senvolvimento das Indústrias Criativas e a Santa Casa da Mi-sericórdia de Gondomar.

Especialistas tentam assegurar desenvolvimentode parcerias locaiseficazes

Técnicos europeus procuram soluções para combater o desemprego entre os jovens