semana ri o democrat i go alga r vio -...

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- Proprietário, director e ltedieffA c ii<lminislraçãfl=Kua Vasca da «ama, 27 SEMANA RI O DEMOCRAT I GO ALGA R VIO editor responsável GUSTAVO CABRITA Typofrrajiiiia Democrática Kiia Vasco da Gama. 27 O FW&EÔ fr«-ço da iinmIkhklura iFatfamentn adiantado) Continente e ilhas, anno, róis.. 14400 Colonia* e estrangeiro - 24000 Acoresee 70 réis nas assignafura» aendo a cobrança pela via postal. i*r«ço do* a ii nu ric ion Na 1.» pagina, linha. ..w, gy Na 2." e 3.- paginas L.. 40 becçao competente. 20 Annuncios permanente», ajuste espe- cial. origmae» enviado» A redacção não serão restituído». Publica se au- nuncio» litterarioa logo que se receba um exemplar. Us ara. aasiginuite» leeui direito u um abatimento de 25 nas suas publica- ções. MUllltO AVtLÇO 20 RJÉI* Mal nas vinhas Segundo nos informam pos^ sío.is competentes, é desgraça- díssimo o estado em que se en- contrain as vinhas ilo nosso con- celho, alliaiiçaiido-se-nos que proprietários lia que não mui- to pouco deverão chegar a colher, senão que também nada deverão colher no anuo futuro, em con- sequência de não ficarem as Vi- nhas com varas capazes para a poda. Dizem alguns ser o mildew o mal que por tal forma atacou as vinhas; outros, porém, opinam que o mal é novo e absoluta!- mente desconhecido, A requisição do ex. 01 ' sr. ad- ministrador do concelho esteve aqui, no sabbadoda semana pas- sada, o sr. agronomo dislficlal, que, depois de ler visitado algu- mas piopriedailes invadidas, opi- nou pelo mildew e recommeiulou o tratamento pelo sulfato de co- bre, o qual nos parece ser tarde para ser applicado. Segundo temos visto em al- guns oollegas de província, o mal não invadiu o Algarve. Em outras províncias leni Iam* bem apparecido o mildew em grande quantidade. 0 que é íáclo é (pie o vinho, que eslava sendo vendido eiilie 800 e 950 róis os 20 litros, Subiu ao preço de 1$200 réis, havendo vinicultures que não. •êem querido vendel-o a esse pre- ço e pedem por «lie 1$500 réis. Sobre o mal das vinhas eu- contra mos Wi um nosso college o Jornal tio Paços tio Ferreira», um artigo <lo dislinclo agronomy sr. Hoilrigues do Mmaes, y <jual, por o considoranmis de utilidade para os nossos leitores, passar- mos a transcrever. fcOs nosso» leitores tiveram co- nhecimento, por uma noticia quis publiquei no numero passado, d'uin mal que, este «anuo, se tem paten- teado de forma assustadora, fazen- do cahir oh painpayos e invadindo outros orgâos da cêpn. D essa doença disse eu que, pe- los caracteres, me parecia o white rot, mas que era cedo para o ata- que, e que o verdadeiro m-io de conhecer a doença era consultarem os interessados os gabinetes officiates de patliolbgia vegetal, porque ita doeirças que cm caracteres com- muns. Infelizím-nfe o mal atacou cem tanta intensidade e tão largamente que de toda a parte chegaram «xemplares para exame, quer ao gabinete de pathofogia vegetal do Instituto de agronomia e de vete- rinária, qu»T ao da direcção geral agricultura, e cm ambos se pa- tentearam os orgâos disliuctivos do botritis òinerea, ficando se assim a saber que nâo era o white rot ou o sen fungo, m comolyrum diplodiella, ocausador da nova doença. Estamos, pois, em presença de um forte ataque do bofa itis cinerea, o que 6 curioso, pois este fungo, desde ha muito, era conhecido e estudado botanicamente, mas era considerado comoSaprophita, i»to é. como pioprio para se implantar sobre tecidos alterados; era quando a pclle das uvas maduras começava a alterar se que se via implantar se o botritis, e neste ca so a sua acção era bmefioa, tor liando melhor o vinho d estas uvas. Tenho recebido noticia da exis- tência e amostras do botrifs desde Barcbllos até perto da Lisboa; na maior parte d«>8 casos manifesta se atacando os pâmpanos pela base, como o descrevi,* no numero pas- sado, tratando do white rat; de Bar cellos, porém, a amostra que rece- bi é um cacho, cujas ramificações se acham cobertas'de bolor branco, Como se nos ataque» mais in- tensos do mitdio. A confusão no diagnostico d'es- tas doenças ainda se torna mais fá- cil, poique os filamentos fructife- ros ou conidiferos podem confuit- dir-se em exame menos attento ou sem auxilio de microscópio; estes filamentos no botritis são mais finos que no plasmodiuforj (mildio) e os conidios mais pequenos e mais ten- dentes para espliericos; é, porém, lia exLteucia dos sefarotes nu me- dula do pampano que se encontra a principal base para diagnosticar a existência do boti-tis. Felizmente que u conselho que dei aos nossos leitores é o que ago- ra posso repetir; mio ha estudos completos para o tratamento, mas parece dará resultado o sulfato de cobre, e por isso boin é que tenham posto em pratica «quelle conselho: colhem se e queimam se todas as partes atacadas, e pulverisa-eo a I cepa intensamente com cairia bor- delezH a 3 0,0. Voltamos assim ao principio o nâo temos meio de nos iudeiuiiisftrmos da subida do preço do sulfato de cobre, como iainos fazendo, baixando doses contra o mildio.* . M. Kodkiquks DE MOUAES, Agrouooio. Prorogaçào das côrtes Apesar de Reis membi on do Con- selho de Estado terem votado Con- tra e ties a favor da proroga- çào das cftrtes, foram estas pioro- gadas «té ao dia 12 do proximo mez de jullm, havendo até quem diga que ainda hâo de ser prolo- gadas além d'aquella praso. Parope, portanto, que vamos a ter 'ôrtes indefinidamente. Mas por que dltbo i.ào hão de fechai' aquillo que para nada servi ? I 0 «Algarve e Alentejo» Par main voltas «pie dôinon ao miolo nau ,i#íUimom perceber o que e*te coflega quer. Se pretende que exponhamos as busca determinante» do nosso juízo relativamente ao local quo « arma- ção do Cobo de Santo Maria deve OCCupaV, expusemos no anuo passado, e por iit»o inútil é estar a n petir o que foi dito. A armação do Cabo foi deaigna- do, cmno a iodas hh armações, o local que ihsvin occupar. Depois d isso, foi lhe pennittido avançar mais 800 metros para o mar, mas com a condição de «er emquanto el'.a fosse u ultima da rect aguar da. Desde, porém, que elia deixou de o ser, em consequência de ter sido lançada nag costas delia a armação Rk<irol, nada mais logico e justo du qu*\ ella voltar a occu- par a sua primitiva posição. E foi a*sim que o governo n'este am.o o entendeu, não lhe permit- findo o avançaineiUo, e foi isso que levou a em,.reza das armações Ramalhete e Cabo a fundir se com a d.» Rkarol. E-tá satisfeito o College? Folhetim do FUTURO Analyse da ALMAS DO OUTRO MUNDO HELI0D0B0 SALGADO E logo iioh acercamos do cada- ver, anciosos, na esperança de que a morte tenlia sido apparente.. . Fôra porém uma simples «llueina- çào. SopponliHliios estas allucina- ç3es produzidas na ausência do ca- daver, o ahi temos as almas do-ou- tio mundo.. . Eu lembro me de ter ouvido meu pae chamar-use, u * uoiíe em <j Ue Novas notas de 500 réis A administração do BhiiCo de Forttlgal resolveu substituir o actual typo de notas de Õ00 ia, em cir- culação, por ontio typo do mtteiuo valor. As aCtuaes notas de 500 rói»- serão trocadas peias de novo typ. , t»Q por outras de valor superior, á vontade do portador, fias thesou- r a rias da séde, em Lisboa, Caixa Filial do Porto e nas agencias do Banco nas outras capitães do» dis- trictos do continente e do Funchal, até 31 de agosto proximo. Depois d aqiiella data, a troca das actnaes notas de 500 réis poderá effe- ctual se na thesouraria do Banco, em Lisboa. Na egreja de Cedofeita, no Porto, teve logar, no dia 27 de maio ul- timo, o enlace matrimonial do sr. h i Miicisco de Sampaio Guimarães com a sympathies e prendada me- nina Iranceza sr. 1 D. Adelina Au- gusta Aleno, filha do nosso finado amigo sr. Arthur Alcno, tils, di- rector, que foi, da fabrica de con- servas de VerdeMix Freio» & C. 1 , n esta villa, e sobrinha e enteada «lo sr. Affonso Aleno, actual dire- ctor de uma fabrica de conservas em Espinho e que por muitos ân- uos residiu nesta villa. Na qualidade de madrinha, acom- panhou a noiva a ex. 0,1 sr- a D. Maria Lina Aboim Mascarenhas, esposa do nosso velho amigo sr. Joaquim Soares Mascarenhas, al- feres reformado da guarda fiscal, residente n esta villa. Desejamos aos noivos uru futmo cheio de prosperidades. Por despacho do dia 8, foi con- cedida licença de trinta dias ao es- crivão «lo fazenda rio Concelho rio Vil Ih Real rle Santo Antonio, »r. José Lourenço de Matto» Leitão. Devemos lamentar ofc homens quando nascem e não quando mor- l'em, Montenquíeu. jazia morto no seu leito. Note-se que havia um mez que a paraly- sia o privara da fala. . . E todavia eu ouvi! K meu ir- mão, súggeHtiofiario pela pergunta que, a tremer, lhe fiz sobre se ti- nha ouvido. respondeu que sim. . . Supponham taes illusÕes dos sen- tidos em homens primitivos e di- gam que f nte de superstições ahi se encontra! E nos sonhos? Não vemos nós os mortos? Não falamos coiu ef- !e»?. . . «São elle» que nos visi- tam» pensa.á o selvagem. E, como ao despeitar os nâo v«, dirá que foi a sua sombra o que ali esteve, e que a luz dia a dissipou, como dissipa todas sombras, e com ellas todos os terrores. Ninguém as almas do-outro- inundo desde que não tenha a supersticiosa u* aua realidade. E' I Por decreto de 7 do corrente mez foi o irosso patricio e amigo, ar. Raphael da S.mza Lopes Re- vez, confirmado lio logar de ama- nuense de 1> classe da repartição de f«zenda provincial de Moçam- bique. Não espereis das creançã* íinra grande som ma de bondade moral. Durante os primeiros auiios todo d homem civilisado passa pelas pha- ses de caracter patenteadas pela raça barbara de que descende.. Speuceí'. Julguuiento lim tribunal colfectivo, deve ter logar, no dia 28 deste mez, o julgamento do propi ietario e dire- ctor d'este jornal e do sr. Sebas- tião Pedro dos Santos (Jruz, aquel- le como editor do jornal e este como aactór de \niia pequena local ha tempo aqui publii^ada e em que se julgou poder haver motivo para processo por abuso de liberdade cie imprensa. Em resultado do um antigo e cruciante padecimento, fallcceu, em Faro, no dia 11, o nosso ami- go »r. padre Francisco Pereira de Almeida, escrivão da ram&ra ec~- clesiastica deste bispado. A todo» os seus enviamos os nosso» sinceros pezames. i'elo tiosso prehado amigo e pa- trício, sr. João da Cruz Boquinhas, f«»i pedida «mi casamento, lia quin- ta feira, h intei esnante menina D, Zulmira Entrei la, filha do nosso es- timado amigo sr. J. ão Jo»ó Estrel- la. conceituado negociante, desta villa. O socialismo nàu é por emquan- to, senão uma ligeira Brisa, sa- cudindo ligeira meti te a foHiagemj não ha de,poiém, tardar muito que seja o cyclone que ha de arrastar tudo ua sua passagem. Disraeli, como nos milagres: so ob soffre t recebe queui n'clles crê. . . * * * MncVobio, tentando uma synthè- M! «lo espiritualismo antigo, diz, falando dos mortos, que & sua alma se librava da materia qoatld'd a vida tivi sRe sido de ir.olde a dis- pensar futuras purificações; no caso contrario, porém, a alma, emba- raçada pelo ar lunar que com ella »e misturara na sita migração para a terra, ficaria aqui, sob a íórma de sombra ou phantasma, imagem perfeita do defuncto. Os givgos chamavam -a crro phantasma á imagem da atina; os pythag«nícoa, o seu envolucro; e <»s rabbinos, o seu nacio\ ( Contimiàf. J #

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Page 1: SEMANA RI O DEMOCRAT I GO ALGA R VIO - purl.ptpurl.pt/29246/1/504914_1900-06-17/504914_1900-06-17_item2/504914... · abatimento de 25 nas suas publica- ções. MUllltO AVtLÇO 20

- Proprietário, director e

ltedieffA c ii<lminislraçãfl=Kua Vasca da «ama, 27

SEMANA RI O DEMOCRAT I GO ALGA R VIO

editor responsável GUSTAVO CABRITA

Typofrrajiiiia Democrática Kiia Vasco da Gama. 27

O FW&EÔ

fr«-ço da iinmIkhklura

iFatfamentn adiantado)

Continente e ilhas, anno, róis.. 14400

Colonia* e estrangeiro - 24000

Acoresee 70 réis nas assignafura»

aendo a cobrança pela via postal.

i*r«ço do* a ii nu ric ion

Na 1.» pagina, linha. ..w, gy

Na 2." e 3.- paginas L.. 40

becçao competente. 20

Annuncios permanente», ajuste espe-

cial. O» origmae» enviado» A redacção

não serão restituído». Publica se au-

nuncio» litterarioa logo que se receba

um exemplar.

Us ara. aasiginuite» leeui direito u um

abatimento de 25 nas suas publica-

ções.

MUllltO AVtLÇO 20 RJÉI*

Mal nas

vinhas

Segundo nos informam pos^

sío.is competentes, é desgraça-

díssimo o estado em que se en-

contrain as vinhas ilo nosso con-

celho, alliaiiçaiido-se-nos que

proprietários lia que não só mui-

to pouco deverão chegar a colher,

senão que também nada deverão

colher no anuo futuro, em con-

sequência de não ficarem as Vi-

nhas com varas capazes para a

poda.

Dizem alguns ser o mildew o

mal que por tal forma atacou as

vinhas; outros, porém, opinam

que o mal é novo e absoluta!-

mente desconhecido,

A requisição do ex.01' sr. ad-

ministrador do concelho esteve

aqui, no sabbadoda semana pas-

sada, o sr. agronomo dislficlal,

que, depois de ler visitado algu-

mas piopriedailes invadidas, opi-

nou pelo mildew e recommeiulou

o tratamento pelo sulfato de co-

bre, o qual nos parece já ser

tarde para ser applicado.

Segundo temos visto em al-

guns oollegas de província, o

mal não invadiu só o Algarve.

Em outras províncias leni Iam*

bem apparecido o mildew em

grande quantidade.

0 que é íáclo é (pie o vinho,

que eslava sendo vendido eiilie

800 e 950 róis os 20 litros, já

Subiu ao preço de 1$200 réis,

havendo vinicultures que não.

•êem querido vendel-o a esse pre-

ço e pedem já por «lie 1$500

réis.

Sobre o mal das vinhas eu-

contra mos Wi um nosso college

o • Jornal tio Paços tio Ferreira»,

um artigo <lo dislinclo agronomy

sr. Hoilrigues do Mmaes, y <jual,

por o considoranmis de utilidade

para os nossos leitores, passar-

mos a transcrever.

fcOs nosso» leitores tiveram co-

nhecimento, por uma noticia quis

publiquei no numero passado, d'uin

mal que, este «anuo, se tem paten-

teado de forma assustadora, fazen-

do cahir oh painpayos e invadindo

outros orgâos da cêpn.

D essa doença disse eu que, pe-

los caracteres, me parecia o white

rot, mas que era cedo para o ata-

que, e que o verdadeiro m-io de

conhecer a doença era consultarem

os interessados os gabinetes officiates

de patliolbgia vegetal, porque ita

doeirças que té cm caracteres com-

muns.

Infelizím-nfe o mal atacou cem

tanta intensidade e tão largamente

que de toda a parte chegaram

«xemplares para exame, quer ao

gabinete de pathofogia vegetal do

Instituto de agronomia e de vete-

rinária, qu»T ao da direcção geral

dô agricultura, e cm ambos se pa-

tentearam os orgâos disliuctivos do

botritis òinerea, ficando se assim a

saber que nâo era o white rot ou o

sen fungo, m comolyrum diplodiella,

ocausador da nova doença.

Estamos, pois, em presença de

um forte ataque do bofa itis cinerea,

o que 6 curioso, pois este fungo,

desde ha muito, era conhecido e

estudado botanicamente, mas era

considerado comoSaprophita, i»to é.

como pioprio para se implantar só

sobre tecidos alterados; era só

quando a pclle das uvas maduras

começava a alterar se que se via

implantar se o botritis, e neste ca

so a sua acção era bmefioa, tor

liando melhor o vinho d estas uvas.

Tenho recebido noticia da exis-

tência e amostras do botrifs desde

Barcbllos até perto da Lisboa; na

maior parte d«>8 casos manifesta se

atacando os pâmpanos pela base,

como o descrevi,* no numero pas-

sado, tratando do white rat; de Bar

cellos, porém, a amostra que rece-

bi é um cacho, cujas ramificações

se acham cobertas'de bolor branco,

Como se vê nos ataque» mais in-

tensos do mitdio.

A confusão no diagnostico d'es-

tas doenças ainda se torna mais fá-

cil, poique os filamentos fructife-

ros ou conidiferos podem confuit-

dir-se em exame menos attento ou

sem auxilio de microscópio; estes

filamentos no botritis são mais finos

que no plasmodiuforj (mildio) e os

conidios mais pequenos e mais ten-

dentes para espliericos; é, porém,

lia exLteucia dos sefarotes nu me-

dula do pampano que se encontra

a principal base para diagnosticar

a existência do boti-tis.

Felizmente que u conselho que

dei aos nossos leitores é o que ago-

ra posso repetir; mio ha estudos

completos para o tratamento, mas

parece dará resultado o sulfato de

cobre, e por isso boin é que tenham

posto em pratica «quelle conselho:

colhem se e queimam se todas as

partes atacadas, e pulverisa-eo a

I

cepa intensamente com cairia bor-

delezH a 3 0,0. Voltamos assim ao

principio o nâo temos meio de nos

iudeiuiiisftrmos da subida do preço

do sulfato de cobre, como iainos

fazendo, baixando a» doses contra

o mildio.* .

M. Kodkiquks DE MOUAES,

Agrouooio.

Prorogaçào das côrtes

Apesar de Reis membi on do Con-

selho de Estado terem votado Con-

tra e só ties a favor da proroga-

çào das cftrtes, foram estas pioro-

gadas «té ao dia 12 do proximo

mez de jullm, havendo até quem

diga que ainda hâo de ser prolo-

gadas além d'aquella praso.

Parope, portanto, que vamos a

ter 'ôrtes indefinidamente.

Mas por que dltbo i.ào hão de

fechai' aquillo que para nada servi ?

I

0 «Algarve e Alentejo»

Par main voltas «pie dôinon ao

miolo nau ,i#íUimom perceber o que

e*te coflega quer.

Se pretende que exponhamos as

busca determinante» do nosso juízo

relativamente ao local quo « arma-

ção do Cobo de Santo Maria deve

OCCupaV, já a» expusemos no anuo

passado, e por iit»o inútil é estar

a n petir o que já foi dito.

A armação do Cabo foi deaigna-

do, cmno a iodas hh armações, o

local que ihsvin occupar. Depois

d isso, foi lhe pennittido avançar

mais 800 metros para o mar, mas

com a condição de «er emquanto

el'.a fosse u ultima da rect aguar da.

Desde, porém, que elia deixou

de o ser, em consequência de ter

sido lançada nag costas delia a

armação Rk<irol, nada mais logico

e justo du qu*\ ella voltar a occu-

par a sua primitiva posição.

E foi a*sim que o governo n'este

am.o o entendeu, não lhe permit-

findo o avançaineiUo, e foi isso

que levou a em,.reza das armações

Ramalhete e Cabo a fundir se com

a d.» Rkarol.

E-tá satisfeito o College?

Folhetim do FUTURO

Analyse da Fé

ALMAS DO OUTRO MUNDO

HELI0D0B0 SALGADO

E logo iioh acercamos do cada-

ver, anciosos, na esperança de que

a morte tenlia sido apparente.. .

Fôra porém uma simples «llueina-

çào. SopponliHliios estas allucina-

ç3es produzidas na ausência do ca-

daver, o ahi temos as almas do-ou-

tio mundo.. .

Eu lembro me de ter ouvido meu

pae chamar-use, u* uoiíe em <jUe

Novas notas de 500 réis

A administração do BhiiCo de

Forttlgal resolveu substituir o actual

typo de notas de Õ00 ré ia, em cir-

culação, por ontio typo do mtteiuo

valor.

As aCtuaes notas de 500 rói»-

serão trocadas peias de novo typ. ,

t»Q por outras de valor superior, á

vontade do portador, fias thesou-

r a rias da séde, em Lisboa, Caixa

Filial do Porto e nas agencias do

Banco nas outras capitães do» dis-

trictos do continente e do Funchal,

até 31 de agosto proximo. Depois

d aqiiella data, a troca das actnaes

notas de 500 réis só poderá effe-

ctual se na thesouraria do Banco,

em Lisboa.

Na egreja de Cedofeita, no Porto,

teve logar, no dia 27 de maio ul-

timo, o enlace matrimonial do sr.

h i Miicisco de Sampaio Guimarães

com a sympathies e prendada me-

nina Iranceza sr.1 D. Adelina Au-

gusta Aleno, filha do nosso finado

amigo sr. Arthur Alcno, tils, di-

rector, que foi, da fabrica de con-

servas de VerdeMix Freio» & C.1,

n esta villa, e sobrinha e enteada

«lo sr. Affonso Aleno, actual dire-

ctor de uma fabrica de conservas

em Espinho e que por muitos ân-

uos residiu nesta villa.

Na qualidade de madrinha, acom-

panhou a noiva a ex.0,1 sr-a D.

Maria Lina Aboim Mascarenhas,

esposa do nosso velho amigo sr.

Joaquim Soares Mascarenhas, al-

feres reformado da guarda fiscal,

residente n esta villa.

Desejamos aos noivos uru futmo

cheio de prosperidades.

Por despacho do dia 8, foi con-

cedida licença de trinta dias ao es-

crivão «lo fazenda rio Concelho rio

Vil Ih Real rle Santo Antonio, »r.

José Lourenço de Matto» Leitão.

Devemos lamentar ofc homens

quando nascem e não quando mor-

l'em,

Montenquíeu.

jazia morto no seu leito. Note-se

que havia um mez que a paraly-

sia o privara da fala. . .

E todavia eu ouvi! K meu ir-

mão, súggeHtiofiario pela pergunta

que, a tremer, lhe fiz sobre se ti-

nha ouvido. respondeu que sim. . .

Supponham taes illusÕes dos sen-

tidos em homens primitivos e di-

gam que f nte de superstições ahi

se encontra!

E nos sonhos? Não vemos nós

os mortos? Não falamos coiu ef-

!e»?. . . «São elle» que nos visi-

tam» pensa.á o selvagem. E, como

ao despeitar os nâo v«, dirá que

foi a sua sombra o que ali esteve,

e que a luz dia a dissipou, como

dissipa todas a» sombras, e com

ellas todos os terrores.

Ninguém vê as almas do-outro-

inundo desde que não tenha a fé

supersticiosa u* aua realidade. E' I

Por decreto de 7 do corrente

mez foi o irosso patricio e amigo,

ar. Raphael da S.mza Lopes Re-

vez, confirmado lio logar de ama-

nuense de 1> classe da repartição

de f«zenda provincial de Moçam-

bique.

Não espereis das creançã* íinra

grande som ma de bondade moral.

Durante os primeiros auiios todo d

homem civilisado passa pelas pha-

ses de caracter patenteadas pela

raça barbara de que descende..

Speuceí'.

Julguuiento

lim tribunal colfectivo, deve

ter logar, no dia 28 deste mez, o

julgamento do propi ietario e dire-

ctor d'este jornal e do sr. Sebas-

tião Pedro dos Santos (Jruz, aquel-

le como editor do jornal e este

como aactór de \niia pequena local

ha tempo aqui publii^ada e em que

se julgou poder haver motivo para

processo por abuso de liberdade

cie imprensa.

Em resultado do um antigo e

cruciante padecimento, fallcceu,

em Faro, no dia 11, o nosso ami-

go »r. padre Francisco Pereira de

Almeida, escrivão da ram&ra ec~-

clesiastica deste bispado.

A todo» os seus enviamos os

nosso» sinceros pezames.

i'elo tiosso prehado amigo e pa-

trício, sr. João da Cruz Boquinhas,

f«»i pedida «mi casamento, lia quin-

ta feira, h intei esnante menina D,

Zulmira Entrei la, filha do nosso es-

timado amigo sr. J. ão Jo»ó Estrel-

la. conceituado negociante, desta

villa.

O socialismo nàu é por emquan-

to, senão uma ligeira Brisa, sa-

cudindo ligeira meti te a foHiagemj

não ha de,poiém, tardar muito que

seja o cyclone que ha de arrastar

tudo ua sua passagem.

Disraeli,

como nos milagres: so ob soffre t

recebe queui n'clles crê. . .

*

* *

MncVobio, tentando uma synthè-

M! «lo espiritualismo antigo, diz,

falando dos mortos, que & sua alma

só se librava da materia qoatld'd

a vida tivi sRe sido de ir.olde a dis-

pensar futuras purificações; no caso

contrario, porém, a alma, emba-

raçada pelo ar lunar que com ella

»e misturara na sita migração para

a terra, ficaria aqui, sob a íórma

de sombra ou phantasma, imagem

perfeita do defuncto. Os givgos

chamavam -a crro phantasma á

imagem da atina; os pythag«nícoa,

o seu envolucro; e <»s rabbinos, o

seu nacio\

( Contimiàf.

J #

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O FUTURO

*■

Em con8oqoencia de se lhe terera

aggravado antigos padecimentos,

tom passado bastante incominodado

desande o sr. Antonio Viegas Fuse-

ta, pae do nosso prosado amigo sr.

dr. Cariou Fuseta, d'esta villa.

D ífl.j.nnoò lhe prompt ao melho-

ra». •

PASSEIO .

Consta p.o nosso collega Elmano,

de Setúbal, que a classe dos sol-

dadores, daquella cidade, projecta

um passeio ao Algarve no dia de

S. João.

S'*jaiu bemviudo8.

0 Pndre Nosso de uin bêbado

Santo abafadinho, que estás na

qnartola, .purificado sejas sem agua;

venha a nós o vosso liquido para

ser bebido á minha vontade, as-

sim na taberna como em cuaa.

Ties quartilhos por cada hora nos

dae hoje; perdoae-me as vezes que

bebo menoe, assim como te perdôo

o mal que ás vezes me fazes, não

me deixes caliir atordoado, mas li-

vra-me da policia. Amen.

O nosso comprovincinno, sr. João

Silvestre Coelho da Matta, segun-

do aspirante do quadro dos cor-

■ reios, foi promovido, por antigui-

dade, ao logar de .primeiro aspi-

rante do mesmo quadro.

O soldado e o baralho de cartas

Era um doraigo. A companhia es-

tava ouvindo missa e um dos sol-

dados puxou de um baralho de

cartas e estava se divertindo cora

eUe. O sargento, vendo-o, mandou-

lhe guardar o baralho o, quando

regressaram ao quartel, fez queixa

ao capitão.

Chamado o soldado e pedindo-

se-lhe explicação da sua dal ta de

respeito, o finorio respondeu: —

Não ha falta de respeito, meu ca-

pitão, o baralho de cartas faz me

o effjito de uin livro de orações

3ue não posso ooraprar por falta de

ínhciro.

-—Como é isso?!

—Eu lhe explico. *Vou-o folhe-

ando e vejo n'ello todos os myste-

.-rios da nossa religião:

O az representa-rae um *6 Deus

verdadeiro e uma só Egreja. O

dois, as duas naturezas de Ohrieto,

a divina e a humana o até os dois

testamentos, o novo e o velho. O

tree, as pessoas da Santíssima Trin-

dade, as três potencias da alma.

A quadra, os quatro Evangelistas

e o» novíssimos do homem. A qui-

na, as cinco chagas de Christo e

• os cinco sentidos corporaes e as

cinco cidades abrazadas pelo fogo

do céo. A sena, os seis dias em que

Deu» fez o inundo. O sete, os sete

peceados mortaes, as obras de mi-

sericórdia, que são sete>corpurues

a sete espirituae» e a» sete dures

de Nossa Senhora. O oito, as

oito bemaventuranças e as oito

pessoas que se salvaram do dilu-

vio universal. O nove, as nove mu-

sas do Parnaso, com que os poetas

enganavam os povos. O dez, oe mau-

damontos da lei de Deus. E ag<»ra

o rei, é o rei do céo, a quem todos

devemos o ser. A dama, a Rainha

do céo o da terra, Nossa Senhora.

As doze figuras recordam me os

doze apostolo». E as 52 cartas do

baralho, as 52 semanas do anno.

Ora aqui tem, meu capitão, como

o baralho me 6erve de livro de

orações.

—Mas espera lá, tu não desi-

gnaste uma carta: o valete.

—Ah!' bem sei, o valete ou o

burro, cora vulgarmente lhe cha-

mara?. ..

—Isso mesmo O que significa

então «Ih?!

— Esm<% meu capitão, é.-.

— Dize tá.

—Se v. ex.* dá licença...

— Dou licença, aim. O que re-

presenta o burro!?

— Representa cá o m<-u sargento

que me trouxe á presença de v.

ex.*

.Vindo de Lisboa, onde pa«8-eu

mais de cinco ana » no Estoril;

chegou a ehta villa, na quinta feira

da semana passada, o nosso velho

amigo e patrício, sr. João Martins

Morgado.

Por decreto de 31 de maio ul-

timo, foi nomeado command an te

da canhoneira Zambeze o capitão

tenente Ha ai muda sr. Antonio Tor-

quato Borja de Araujo, nosso esti-

mado amigo.

Que Itous amigos

Na quarta-feira da semana passa

da, em Almada, cerca dan 3 hora» «

meia da tarde, houve scena de

pugilato entre o escrivão de fa-

zenda e o recebedor d'aquelle con-

celho quando o primeiro regres-

sava da repartição a sua casa.

Que bons amigos para o inverno!

O nosso velho e prosado amigo,

sr. Pedro Mendes, tem passado

bastante incommodado de saúde

com uma Canellada, guardando lia'

dia» o leito.

Desejamos que breve se restabe-

leça.

Em substituição de sou pae, foi

nomeado, por despacho de 31 He

maio ultimo, para o segundo officio

de escrivão do juizo de direito da

comarca de Tavira, o sr. Arthur

Neves Raphael.

Une bella camisa!

Contam os jornaes franceses que

ultimamente roubaram á princesa

Ratazzi uma camisa avaliada tu»

12 contos d« réis.

Aquella nào era, por certo, das

de onze vaias.

. Perigo em cheirar flòres

•Um jornal francês refere um

caso horroroso pelo qual se vê o

perigo que ha em cheirar flórea.

Uma menina de 19 ana. s, que

residia -em Naules, possuía um jar-

dim que ella propria cuidava.

Um dia em que colheu uma rosa,

cheirou a, e, ou porque a aspira-

ção fosse muito forte ou porque

approximou muito a rosa do liaria,

sentiu uma eapoCN? de titilaçao que,

infelizmente para ella, não foi suf-

ficientemente foi te para a fazer es-

pirrar.

O facto é que cila não fez caso,

porém alguns dia» depois queixa-

va-se de uma violenta Hôr de ca-

beça.

Começou a nào poder dormir,

soffrendo dores atrozes.

Foram chamados muitos medi

cos, dizendo uns que era uma con

gestão ocrebral e outros um d errai»

mento no oerebro.

Assim so passaram sei» me zee

ein cuidados inúteis da pai te da

família e de soffrimeiilo» da parte

da infeliz, qu«\ no fio» de seis Ine-

zes, perdeu o juizo.

Foi preciso forrar a» paredes e

o pavimento do seu quarto c«»m

colxões, porque ella, na sua de-

sesperação, queria quebrar a ca»

beça.

Afinal morreu, e um seu tio m«-

dico pediu e obteve de »eu irmão

a permissão de fazei' a autopsia do

cadaver.

Abrindo se a cabeça, onde resi-

dia o mal, obsei varam-se alguns

desarranjou, mas nada offeree ia os

signaes caracter is ticos da doença

que os medicos diziam ter sido a

causa da inerte.

Quebrou se o craneo!

Um grito de horror escajKlu de

f>»das as hoccas.

0 mysterio tão procurado, o mys-

terio que acabava de enlutar uma

família, estava alli... vivo, an-

dando e fugmdol

Era o que?

Uma aranha gorda, tinia negra,

cobeita de sangue e tendo ainda

nas peinus «estos dos miolos, ali-

mento de que se nutria desde que

paiietrára na cabeça da infeliz, no

dia fatal em que esta aspirou a

rosa que lhe devia causar a morto!

Saiu do nosso porto, na quarta-

feira, com destino a Génova, o

vapor italiano Amiciz'a, conduzin-

do um importante carregamento

de peixe ein conservas de «almonra

e de azeite, parte do qual perten-

cente á nova e considerada fabrica

«los nossos amigos srs. Gozo Amân-

cio e João Marçal da Fonseca.

Consta a am nosso collega por-

tuense que em Terras de Bouro

fôra envenenado um pAdre, pro-

pinando se lhe <i veneno no vinho

com que celebrára a ini»sa no do-

mingo, 3 do corrente mes.

Safa.

Foi concedido o titulo de vis-

conde de Franco» ao jniz de direi-

to na comarca do Albufeira, o ba-

charel sr. José Henriques de Cas-

tro Pereira e Solla.

Regressou de Lisbon, na quar-

ta feira, o nosso apreciável amigo

mr. Pierre Boucher, director da

fabrica Delory, n esta villa.

Acha se livre de perigo e entrou

já em fiança convalescença o nos-

r.o apreciável amigo sr. dr. José

Antonio Vasco Mascarenhas, illn»-

trado professor no lyceu do Faro.

As nosttas felicitações.

Na terça-feira, fez exame de

mechanic*, na escola naval, sendo

o primeiro classificado, o nosso pá-

trio e amigo sr. Manuel Alberto

Soares.

Parabéns.

Novíssimas beHwenturancas

1.* Bemaveiiiuradas as mães que

casain as filhas (antes que fujam

cerni o» noivos), porque d cilas é o

reino «la tranquilidade domestica.

2.* BemAvonturados os noivos

pobres que casam c«>m meninas ri-

cas, porque nunca lhes faltará

aquillo com que se compram os me-

I5''8.

3.* Bemaventuradas as meninas

namoradeiras, porque coutarão os

mdvos á» dúzias.

4.* Bemaventiirado o marido a

quem a mulher uão exige luxo,

porque terá a paz do matrimonio.

5.* Biunaveiiturada a mulher

f.-ia, porque está salva da calunmia.

6 a Bemaventurado o marido

não ciumento, porque não será

«*ego.

7 * Bemaventurada a menina

honesta, porque será respeitada.

8.a Bemaventurado o homem de

juízo, porque nuupa terá sogra.

Ode aos artistas

— Z3 — A • N

Vós já não sois aquella raça abjecta

Dos velhos tempos de feroz memoria

De raiva e de oppressão;

Vós já não Bois o réprobo grilheta

A mendigar pelos liurabraes da Historia

Um miserável pão.

Vós já não sois a féra encarcerada

De alma dorida e macerado olhar,

Humilde ho dornudor;

Vó» já não sois a victim* infamada

•Que vae caliir faminta, a soluçar,

• Aos pés do seu senhor.

Sumiram se nas trevas do passado

As muralhas brutaes do Preconceito

E a lei das Primasias.

Vós já nào soi» o escravo espesinliado.

Apresentando o ensanguentado peito

As velhas lyraunias.

Vós sois aquelle ousado navegante

Que foi no dorso do bravio mar,

Cantando alegremente,

Erguer a cruz altiva e treinulante,

O symbolo da Patria, sobre o altar

Das plagas do Oriente.

Vós sois «quelle mystico poeta,

De espada em riste, sobraçando a lyra,

Que a Historia nos nomeia,

Cantando ao mundo a lusa historia athleta

E tudo o mundo respeitoso admira

Tão celebre Epopêa.

Artistas d hoje: vós já não sois mais

A plebe amo»daçada a quem tyranno*

Lançaram ferros vis;

Vós sois oh baluartes que amparara

Com vosso bi&ço ha setecentos ânuos

A honra do Paiz.

Sois o soldado lieroico, audaz, obscuro,

Na fúria do ribombo da metralha,

Soberbo de anciedade,

"Que andastes a plantar para o Futuro

Este loireiro em flor que nada egualha

Chamado A Liberdudc.

-Sois vós a enpVança d'e»te solo amado

Ao qual parece que a Fortuna foge

E a Giona sua irmã;

Vale-lhe ainda o vosso nome honrado,

Artistas, corações amigos d hoje

E bravos d ámanhà!

Almas serena», lyliaes, provadas

No rude labutar das officinna,

Fortes como colossos,

Vós sois o coro das «canções sagradas

Inda a saudar o pavilhão «las Quinas

No meio dos destroços.

Pois quem és tu que vens roto, offegante,

Membros gelados e «le pés descalços

Sonhando maravilhas ?

— Tu és aquelle anonymo brilhante

-Que andaste a derribar os cadafalsos

E os muros «las bastilhas.-..

Tu és aquelle que em momentos de ira

Lunçou por terra o velho despotismo

Em ruínas e estilhaços,

E depois, doce, palpitando a Lyra,

Foste quebrar aos teus irmãos no abysm*

Cadeias e baraços. a

Tu és aquelle forte que enleaste

Desconhecidos mares na derrota

Sem bússola e sem guia ;

E's o guerreiro altivo que sellaste

Nos campos immortaes d'Aljubarrota

A nossa autonomia.

E, se alguin dia ás garras do estrangeire

Formos lançados como%raça escrava

Pela traição d alguém,

Serás ainda til que irás ligeiro

Trocando a blusa p«da velha clava

A libertai a ou a mon er «também !

• •

Obreiros do Progresso, a vós meus cairtoe.

As minhas saudações, o in« u sentir,'

O meu respeito e agrado :

E altista, como vÓ», vertendo prantos,

Eu quero um dia «Ifiin lambem cahir

Luctando uo vosso lado.

Rodktgces Davi*.,

... ■/. a •"Ur V —

'A»i tj W.4. U.

Page 3: SEMANA RI O DEMOCRAT I GO ALGA R VIO - purl.ptpurl.pt/29246/1/504914_1900-06-17/504914_1900-06-17_item2/504914... · abatimento de 25 nas suas publica- ções. MUllltO AVtLÇO 20

O FUTURO

DUAS QUADRAS

A'» veres seguem ou amplidão, suaves,

Buscando a aurora de ideaes encantos,

Os meus anceios, tiuiidos e santos

Batendo as acas,—pequeninas aves.

£ nos seus vôos infantis, singelos,

Ascendem sempre, as pobreaitaa aves,

A uin ninho feito de ideaes disvellos,

Que eu vi no atui das espaçosas naves...

Albertina Paraizo.

«GAZETA DE NOTICIAS.

Coin o seu numero do dia 5 en-

trou este nosso illustrado collega

portuense no decimo primeiro anno

de publicação.

Felicitando o, des.jainos lhe lon-

ga existência e muitas prosperida-

des.

Novas leis

A Bibliotheca Pojndtir de Legis-

loção, com séde em Lisboa, rua da

Atalaya, n.° 183, 2.°, Acoba de

editar os novos regulamentos so-

bre Imposto do SeUo (200 réis),

Contribuição de Registo (200 réis),

Renda de Çisns e Sumptuária (réis

150), Reorganitaçio do notariado

publico (200 réis).

Os tres primeiros regulamentos

afio acompanhados de repertórios

alphabetic»*, o que torna assás re-

commendaveis estas edições, pela

•facilidade com que o consulente

encontra a materia que deseja co-

nhecer.

Logo que no Diário do Governo

appareçam o Codigo Administrati

vo, o Regulamento da Contribuição

Predial, oti quaesquer outros di-

plomas legislativos, a Bibliotheca

d elles faiá edição, a preço modico,

com é costume d'esta empresa.

OS LUZIADAS

Recebemos os fusciculo 13 de

'Os Lusíadas, grande edição po-

pular illustrada que a Empreza da

Historia de Portugal começou a pu-

blicar em fascículos de 8 paginas

a 2 esplendidas gravuras pelo pre-

ço de 60 réis cada fascículo.

Preço da assignatura

Cada fascículo de 2 folhas, de

"8 paginas cada, in 4 °, grande for-

mato, contendo cada fascículo 2

esplendidas gravuras por 60 réis.

Cada tomo contendo 5 fascículos

ou 80 paginas, inserindo cada to-

mo 10 magnificas gravuras origi-

naes por 300 réis.

Kecomineiidamos aos nossos lei-

tores esta interessantíssima obra,

a qual podu ser adquirida sendo

os pedidos, acompanhados da res-

pectiva importância, dirigidos á

Livraria Moderna— Rua Augusta,

95 — Lisboa.

«Dicoionario das seis línguas»

Está publicada a 11.* série,

que alcança até ao fascículo 51 a

55 d este diccionario, que abrange

as palavras Sourd até Verter pelo

que mostra o adiantamento do

Diccionario das seis línguas, cuja

publicação segue coin toda a regu

laridade como todas as publicações

editadas pela Empreza do Occiden

tfi, de Lisboa.

A utilidade deste diccionario é

incontestável e bem se pôde consi-

derar universal.

Sendo a lingua francesa a base

d Vate diccionario, elle pôde ser con-

sultado por4 portugueses, ingleses,

allemãe», hespanhoes o italianos,

pois lio fim do diccionario ha um

índice ou vocabulário geral das sois

línguas, onde se encontram todas

as palavras com a sua correspondeu

to eiií francês o que perinitte facil-

mente saber qualquer palavra nas

seis ditas línguas.

Se esta obra se recommends pela

sua utilidade, não »e recommetida

menos pela barateza, 30 réis cada

fascículo de 16 paginas e para a

província irada série de 5 fascícu-

los 160 réis.

"À Saúde,,

«Alma Negra»

Publicou-se o 7.° volume d'estn

primorosa obra romântica de gran-

de sensação, devida A penna bri-

lhante de Xavier de Montépin.

E' o quarto romance da oolloc-

ção de obras baratas iniciada pela

Empreita da Historia de Portugal.

Cada volume, brochado, 60 réis;

para a província, 70 réis.

Pedidos à Eiupresa, rua Augusta,

9õ —Lisb«»a.

E' agente n'esta villa o nosso ami

go sr. José Marques CorpasCenteno.

Niippa de 1'orlugal Conlioculal

Nitidameuente imprenso a nove

côres, n'uma edição esmeradu,

pertencente á considerada livraria

ilo nosso amigo sr. Avellar Manha

d«», estabelecido na rua do Poço

<los Negros, 19, em Lisboa, acab.»

de publicar se este interessante

mappa, o tiabalho mais perfeito e

completo que conhecemos o'esta

genero e que muita recommenda-

iiios a<»0 col logins de instrucção. E'

tiabnilio do illostrado professor o

sr. B. A. Ligorne, baseado na

carta chorogi aphioa da comiuissão

geodésica, » comprehend* os dois

mappas-mudo e faliante, custando

cada exemplar 100 réis.

.A. SE3R.EXJV.

Romance histórico de Camillo Cas-

tello Branco, editado pela Empresa

da Historia de Portugal, Livraria

Moderna, rua Augusta, 95 — Lisboa.

Fascículos seiuKiiaes de 16 pagi-

nas in 4.'' coin 2 gravuras, ou to-

mos me110aes.de 80 p*g. e lOgiav.,

ao preço respectivamente de 50 e

250 réis cada uni.

A SEREIA—acha «e concluído

este famoso volume de 328 pagi-

nas, admiravelmente imprenso ein

tinissimo papel e illustrado com

40 estampas de pagina, photogra-

vadas segundo as artísticas agtia-

rellas de Manuel de Macedo e Ro

que Gameiro. Cada uma d essas es-

tampas é um inspirado quadro em

que a superioridade da concepção

se une ao acabado da execução.

A capa da brochura encerra um

bom modelo de trabalho typogra-

phic, a côres, ouro e prata. Ao

alto ha um medalhão dourado so-

bre o qual ae vê o busto de Camil-

lo, eu» photogravur«, iinpecaavel-

tneute impresso u tepia.

A capa d»» encadernação, em per

calina, a ouro c cores, é um tra-

balho esmerado, da mais alta no-

vidade e tino gosto, conn» todos os

trabalhos sabidos das officious de

Alfredo David, custando o livro

encadernado apenas 15500 e 15000

réis em brochura.

Emfim, o livro é sem éxagge-

ração um primôr, ou antes um coii-

juiicto de primores.

Agente n'esta villa, José Marques

Corpas Centeno.

Recebamos o n.° 20,corresponden-

te a março ultimo, d'esta magni-

fica revista mensal sobre tratamen-

tos naturae» —emprego do nr, da

agua, alimentes, luz, exercício, tem-

peratura e d outros meios tnnocen

tes com fins therapeuticoa pai a man-

ter, robustecer e restaurar a saúde

pelo» metlmdos de Priesuitz,Ki)«ippy

dr. Biv. Inner, etc., muito util aos

medicos e indispensável aos pães do

família, directores de collegios, hos-

pícios, azylos, etc.—sob a direcção

do nosso presado amigo ar. dr. João

Bentes Castel Branco, illustrado di-

rector do estabelecimento thermal

das Calda* de Monchique.

Assignatura, por anno, para o

reino e fiespanha, 15200 réi»; para

as colónias, 15800 réis; e para o

Brazil, 25400 réis.

R-eninmendamos a todos os nos-

sos leitores a acquisição d A Saúde.

Collecçâo PAULO DE KOCH

Recebemos a 16.* caderneta d'esta mo-

numental CoIUcçào de que a bem conhe-

cida empresa lisbonense dos srs. Guiina-

riles, Libanio & C.» acabam de abrir uina

assignatura extraordinária ao pr»»ço de

l»o réis por cada fascículo semanal de

*o puvlniist ou Tt paginas e

uma gravura,

A empress offerees aos novos asssig-

nante4 da Collecçâo de Paulo Koch urn

brftnift© mo %nlor do 4&ouo rs.,

á escolha doa assignantes, entre os se-

guintes objectos: «!m reiogl» «lo

aço. llni mHgiiiOco bfttmcnlo*

O c» Ime da Nocieilade(seusscio-

nal romance de João Chagas).

Com a certer.a de se adquirir qualquer

d'estes magníficos brindes, ninguém ha-

verá, de certo, que deixe de subscrever

na assignatura extraordinária da Collec-

çâo de PhuIo de Rock, o que todos po-

deiào fazer dirigindo-se, eu. LISBOA —

á Livraria Editora Guimarães, Libnnio

& C.% rua de 8. Roque, 110; no PORTO

—á Livraria E. Tavares Mart in*, 8, Clé-

rigos, 10.

E* age

. José Marques Corpas Centeno. L «* ente n esta viU» o nosso amigo

sr

Aos Agricultores Ij!

Está publicado o

AIinaRarh das Aldeias para 191)0

Abrange todos os elementos pró-

prios de livros d'esta ordem; insere

numerosos artigos sobre todos os

ramos de agricultura e industrias

ruraes. Além d isso trata assum-

ptos importantes da vida pratica,

p* h» que é um livro utilisMimo paia

toda u gente. 1 vol do 160 pagi-

na», illustrado coin 34 gravuras—

150 réis.

A venda nas prinoipae» livrarias

do

Rcmette-se, iminediatamente, pe-

lo correio, fianoo de porte, a quem

lemetter a respectiva importHiicia

ao director tia Gazeta das Aldeias,

rua do Costa Cabral, 1216— Porto.

{ FII.IU MLDITA

por Émilk Richeboukg

Adiando ae esgotada a 1.* odiçfto

d'este notabilissimo romance, uma

das cordas de gloria de Richebourg,

resolveu a respeotiva Empreza fa

zer 2.* edição em condições muito

VHIltajOHHH pnrn oh a»*ignant*-8, ao»

quaeM »«'iá « .fferecido, com o ultimo

faHcietl o <ia obra, tini BRINDE va-

lioso.

A obra compõe-se de 28 oader-

netas, cu sejam 3 volumes, com 24

hOberbas "fttainpuH. Onda caderneta

sema! al 50 réis; cada volume bro-

chado 450 ié'H. Pedidos A Knipr* za

E liter* Beletn & 0.A, rua Marechal

Saldanha, 26—L'sb«»a.

OS DOIS GillOTOS

A Empreza editora do romance

OS DOIS GAROTOS deve aos

seus estimáveis asdgnuntmi uma

explicação relativa á ou qual irre-

gularidade que se tom dado na

publicação d esta obra.

Em vez de diwliibuir toda» as

semanas tnn fascículo de tios fo-

lias coin ties gravuras, como es-

ava estabelecido, viu se a Empre-

za obrigada nos ultimes tempos a

fster essa distribuição quinzenal-

incute, o que tem retardado a con-

clusão do •'otitanoe, que muitos dos

seus leitores aguardam coin impa-

ciência, aiicioso* por conhecerem

o desfecho de tão dram st iça narra-

tiva. José Basto». R. Garrett, Í3,

e 75. Lisboa.

"Itovi Diccionario da

Lingua PorlugNcza.,

Publicou «e o 15.® tomo d'fitft in»-

portanto obra «lo sr. Candido de Fi-

gueiredo e da qual ȋo editores os

«is. Tavares Cerdoso A Irmão, lar-

go de Camões, 6—Lisboa.

O saber e illustinção do sr. Can-

dido de Figueiredo é garantia suffi-

cient» de que esta util publicução

será uma das primeiras e mais Cor-

recta» no seu genero que tem visto

a luz no nosso paiz.

O Novo diccionario com prebende

cerca do 30:000 vocábulos portu-

guezes, que ainda não estavam re-

gistados nos mais completos e me-

nos imperfeitos dicoionaiioa da nos-

sa lingitH.

Na i espectivá casa editora está

aberta a asM'gnatura para esta obra

que. conniaiá «»e 2 volumes de cer-

ca «lo 1:600 paginas, formato in 4.°

u duas c«>lninHag, dividido» em 11

tomo» de 9 tolhas de impressão, ou

sejam 144 paginas, que serão en-

tregues mensalmente ao» srs. as.iig-

naiitcs pelo preço do 600 réis cada

um, ficando este rico repositório dos

vocabuhis portugueses pela módica

quantia de 55500 rói», pois, se a

obra der mais dos 11 tomos, o ex-

cedente será peloe editores ofiWeci-

do ao» »»». a»8!guante».

o NOVO DICCIONtRVO Norá

h com pan lia cl o «le um rápido

ia a* ft nt ere ma ii tc appendftcn

gcoK>*apliico« com n mulociu

duo nouie» quo andam «cdialle-

radoM no» livras d© «eagra-

pBifta» no ensino publico* na

linguagem commum. etc*

N

Secção d'animncios

"TendI de casas

VcíhIh-sp tim prédio, compos-

to de d life rentes moradias, si-

tuado no Bairro do Gaibou, nú-

meros 8 a 16, d'esta villa.

Trata-se coin Manuel Pereira

Yaseo,

armaçAo nr; r.oJ4

Ha uma para vender, quasi

nova.

Quem pretender dirijn-.se a

Germano José Gaspar, n'eslavilla.

ARREMATAÇÃO

CnrCorio rlo I** officio

(2.* publicação)

O dia 1 de julho pi0xim0f

pelo ineio dia, 4 porta do tri-

bunal, »e hão do arrematar a quem

maior Ihiiço offeroeer sobre o »cu

preço e com a» coiidicçÕe» cons-

tantes dos editae», a» seguintes

pt opnVdadí g perteiiccnt.»»» no casal

inventariado de João Gago Ma-

deira Nobre, a saber:

1.* —^Propriedade denominada

QUINTA, no sitio dos Murtaes

freguesia de Moncarapacho, allo-

dial, avaliada em 1:3005000 réi» e

volta á praça no valor de 866 :666

téi»;

2.a — Piopriedade no hítio das

Pereii inhn», fp guezia de Moncara-

pacho, allodial, avaliada em réis

1:0005000 e volta á praça no va-

lor de 6665666 réi*;

3.1— Uma ca^a na rua da Fuzeta

na aldeia de Moncarapacho, fo-

reíra em 500 réis A Mesericordra

d«* Faro, avaliada livre eui 385500

réiM;

â — Uma horta denominada

GIÃO, no »itio do Gião, fieguezia

de Moncarapacho, foreira em réis

15000 á Fabrica d'squella aldeia,

«valiada livre eiu 1:3455500 réi»,

sendo esla ultima piopriedade só-

ineiite vendida depois de o terem

sido a» nutras e quando o seu pro-

dncto seja iuaufficii-nte para paga-

mento do pn8»ivo.

Pura a pi aça ficam citados os

cre«lcres incertos.

Olhão, 8 de junho do 1900.

O KSCHIVXO,

Miguel M. Ayres de Mendonça.

VEKIFiQUKt.

Liz Teixeira. •

0 mais energico

depurativo do sangue

Este medicamento, invenção d'un» celebre pharmaoeutico francês, pre-

parado escrupulosamente por J. J. Machado, pharmaoeutico pela Escola

Medica de Lisboa, é ootieiderado como o depurativo mais enérgico e radical

até hoje conhecido.

Na sua composição apenas entram vegetaes, por i§s»> pôde applicar-se

a oreanças e adultos.

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fascículo apenas — oo KÉI*< pagos no acto da entrega, preço mod"mis*Í-

mo, attcndendo a (pie é unia obra original, e que originaes são iodos os

trabalhos de desenho e gravura, feitos exclusivamente paia esta publicação,

e executado# no paiz. If to em LISBOA e no PORTO.

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Quando os assignantes ou correspondentes das províncias queiram

economisar portes do correio, poderão enviar quantias maiores que lhes

serão creditadas, ficando sempre o saldo á disposição d'esses assignantes

ou correspondentes. Quem enviar quantia superior a 1<$0Q0 réis, receberá

da administração da emprega, na volta do correio, aviso de recepção.

A quem se responsabiliaar por mais de 5 assign tfturas dará a emprega

20 °/o de commissão, caso se encarregue da distribuição dos fascículos e

da despeza a fazer com a remessa do dinheiro á empresa.

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se fbrem publicando Iodas as sema-

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