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- Proprietário, director e
ltedieffA c ii<lminislraçãfl=Kua Vasca da «ama, 27
SEMANA RI O DEMOCRAT I GO ALGA R VIO
editor responsável GUSTAVO CABRITA
Typofrrajiiiia Democrática Kiia Vasco da Gama. 27
O FW&EÔ
fr«-ço da iinmIkhklura
iFatfamentn adiantado)
Continente e ilhas, anno, róis.. 14400
Colonia* e estrangeiro - 24000
Acoresee 70 réis nas assignafura»
aendo a cobrança pela via postal.
i*r«ço do* a ii nu ric ion
Na 1.» pagina, linha. ..w, gy
Na 2." e 3.- paginas L.. 40
becçao competente. 20
Annuncios permanente», ajuste espe-
cial. O» origmae» enviado» A redacção
não serão restituído». Publica se au-
nuncio» litterarioa logo que se receba
um exemplar.
Us ara. aasiginuite» leeui direito u um
abatimento de 25 nas suas publica-
ções.
MUllltO AVtLÇO 20 RJÉI*
Mal nas
vinhas
Segundo nos informam pos^
sío.is competentes, é desgraça-
díssimo o estado em que se en-
contrain as vinhas ilo nosso con-
celho, alliaiiçaiido-se-nos que
proprietários lia que não só mui-
to pouco deverão chegar a colher,
senão que também nada deverão
colher no anuo futuro, em con-
sequência de não ficarem as Vi-
nhas com varas capazes para a
poda.
Dizem alguns ser o mildew o
mal que por tal forma atacou as
vinhas; outros, porém, opinam
que o mal é novo e absoluta!-
mente desconhecido,
A requisição do ex.01' sr. ad-
ministrador do concelho esteve
aqui, no sabbadoda semana pas-
sada, o sr. agronomo dislficlal,
que, depois de ler visitado algu-
mas piopriedailes invadidas, opi-
nou pelo mildew e recommeiulou
o tratamento pelo sulfato de co-
bre, o qual nos parece já ser
tarde para ser applicado.
Segundo temos visto em al-
guns oollegas de província, o
mal não invadiu só o Algarve.
Em outras províncias leni Iam*
bem apparecido o mildew em
grande quantidade.
0 que é íáclo é (pie o vinho,
que eslava sendo vendido eiilie
800 e 950 róis os 20 litros, já
Subiu ao preço de 1$200 réis,
havendo vinicultures que não.
•êem querido vendel-o a esse pre-
ço e pedem já por «lie 1$500
réis.
Sobre o mal das vinhas eu-
contra mos Wi um nosso college
o • Jornal tio Paços tio Ferreira»,
um artigo <lo dislinclo agronomy
sr. Hoilrigues do Mmaes, y <jual,
por o considoranmis de utilidade
para os nossos leitores, passar-
mos a transcrever.
fcOs nosso» leitores tiveram co-
nhecimento, por uma noticia quis
publiquei no numero passado, d'uin
mal que, este «anuo, se tem paten-
teado de forma assustadora, fazen-
do cahir oh painpayos e invadindo
outros orgâos da cêpn.
D essa doença disse eu que, pe-
los caracteres, me parecia o white
rot, mas que era cedo para o ata-
que, e que o verdadeiro m-io de
conhecer a doença era consultarem
os interessados os gabinetes officiates
de patliolbgia vegetal, porque ita
doeirças que té cm caracteres com-
muns.
Infelizím-nfe o mal atacou cem
tanta intensidade e tão largamente
que de toda a parte chegaram
«xemplares para exame, quer ao
gabinete de pathofogia vegetal do
Instituto de agronomia e de vete-
rinária, qu»T ao da direcção geral
dô agricultura, e cm ambos se pa-
tentearam os orgâos disliuctivos do
botritis òinerea, ficando se assim a
saber que nâo era o white rot ou o
sen fungo, m comolyrum diplodiella,
ocausador da nova doença.
Estamos, pois, em presença de
um forte ataque do bofa itis cinerea,
o que 6 curioso, pois este fungo,
desde ha muito, era conhecido e
estudado botanicamente, mas era
considerado comoSaprophita, i»to é.
como pioprio para se implantar só
sobre tecidos alterados; era só
quando a pclle das uvas maduras
começava a alterar se que se via
implantar se o botritis, e neste ca
so a sua acção era bmefioa, tor
liando melhor o vinho d estas uvas.
Tenho recebido noticia da exis-
tência e amostras do botrifs desde
Barcbllos até perto da Lisboa; na
maior parte d«>8 casos manifesta se
atacando os pâmpanos pela base,
como o descrevi,* no numero pas-
sado, tratando do white rat; de Bar
cellos, porém, a amostra que rece-
bi é um cacho, cujas ramificações
se acham cobertas'de bolor branco,
Como se vê nos ataque» mais in-
tensos do mitdio.
A confusão no diagnostico d'es-
tas doenças ainda se torna mais fá-
cil, poique os filamentos fructife-
ros ou conidiferos podem confuit-
dir-se em exame menos attento ou
sem auxilio de microscópio; estes
filamentos no botritis são mais finos
que no plasmodiuforj (mildio) e os
conidios mais pequenos e mais ten-
dentes para espliericos; é, porém,
lia exLteucia dos sefarotes nu me-
dula do pampano que se encontra
a principal base para diagnosticar
a existência do boti-tis.
Felizmente que u conselho que
dei aos nossos leitores é o que ago-
ra posso repetir; mio ha estudos
completos para o tratamento, mas
parece dará resultado o sulfato de
cobre, e por isso boin é que tenham
posto em pratica «quelle conselho:
colhem se e queimam se todas as
partes atacadas, e pulverisa-eo a
I
cepa intensamente com cairia bor-
delezH a 3 0,0. Voltamos assim ao
principio o nâo temos meio de nos
iudeiuiiisftrmos da subida do preço
do sulfato de cobre, como iainos
fazendo, baixando a» doses contra
o mildio.* .
M. Kodkiquks DE MOUAES,
Agrouooio.
Prorogaçào das côrtes
Apesar de Reis membi on do Con-
selho de Estado terem votado Con-
tra e só ties a favor da proroga-
çào das cftrtes, foram estas pioro-
gadas «té ao dia 12 do proximo
mez de jullm, havendo até quem
diga que ainda hâo de ser prolo-
gadas além d'aquella praso.
Parope, portanto, que vamos a
ter 'ôrtes indefinidamente.
Mas por que dltbo i.ào hão de
fechai' aquillo que para nada servi ?
I
0 «Algarve e Alentejo»
Par main voltas «pie dôinon ao
miolo nau ,i#íUimom perceber o que
e*te coflega quer.
Se pretende que exponhamos as
busca determinante» do nosso juízo
relativamente ao local quo « arma-
ção do Cobo de Santo Maria deve
OCCupaV, já a» expusemos no anuo
passado, e por iit»o inútil é estar
a n petir o que já foi dito.
A armação do Cabo foi deaigna-
do, cmno a iodas hh armações, o
local que ihsvin occupar. Depois
d isso, foi lhe pennittido avançar
mais 800 metros para o mar, mas
com a condição de «er emquanto
el'.a fosse u ultima da rect aguar da.
Desde, porém, que elia deixou
de o ser, em consequência de ter
sido lançada nag costas delia a
armação Rk<irol, nada mais logico
e justo du qu*\ ella voltar a occu-
par a sua primitiva posição.
E foi a*sim que o governo n'este
am.o o entendeu, não lhe permit-
findo o avançaineiUo, e foi isso
que levou a em,.reza das armações
Ramalhete e Cabo a fundir se com
a d.» Rkarol.
E-tá satisfeito o College?
Folhetim do FUTURO
Analyse da Fé
ALMAS DO OUTRO MUNDO
HELI0D0B0 SALGADO
E logo iioh acercamos do cada-
ver, anciosos, na esperança de que
a morte tenlia sido apparente.. .
Fôra porém uma simples «llueina-
çào. SopponliHliios estas allucina-
ç3es produzidas na ausência do ca-
daver, o ahi temos as almas do-ou-
tio mundo.. .
Eu lembro me de ter ouvido meu
pae chamar-use, u* uoiíe em <jUe
Novas notas de 500 réis
A administração do BhiiCo de
Forttlgal resolveu substituir o actual
typo de notas de Õ00 ré ia, em cir-
culação, por ontio typo do mtteiuo
valor.
As aCtuaes notas de 500 rói»-
serão trocadas peias de novo typ. ,
t»Q por outras de valor superior, á
vontade do portador, fias thesou-
r a rias da séde, em Lisboa, Caixa
Filial do Porto e nas agencias do
Banco nas outras capitães do» dis-
trictos do continente e do Funchal,
até 31 de agosto proximo. Depois
d aqiiella data, a troca das actnaes
notas de 500 réis só poderá effe-
ctual se na thesouraria do Banco,
em Lisboa.
Na egreja de Cedofeita, no Porto,
teve logar, no dia 27 de maio ul-
timo, o enlace matrimonial do sr.
h i Miicisco de Sampaio Guimarães
com a sympathies e prendada me-
nina Iranceza sr.1 D. Adelina Au-
gusta Aleno, filha do nosso finado
amigo sr. Arthur Alcno, tils, di-
rector, que foi, da fabrica de con-
servas de VerdeMix Freio» & C.1,
n esta villa, e sobrinha e enteada
«lo sr. Affonso Aleno, actual dire-
ctor de uma fabrica de conservas
em Espinho e que por muitos ân-
uos residiu nesta villa.
Na qualidade de madrinha, acom-
panhou a noiva a ex.0,1 sr-a D.
Maria Lina Aboim Mascarenhas,
esposa do nosso velho amigo sr.
Joaquim Soares Mascarenhas, al-
feres reformado da guarda fiscal,
residente n esta villa.
Desejamos aos noivos uru futmo
cheio de prosperidades.
Por despacho do dia 8, foi con-
cedida licença de trinta dias ao es-
crivão «lo fazenda rio Concelho rio
Vil Ih Real rle Santo Antonio, »r.
José Lourenço de Matto» Leitão.
Devemos lamentar ofc homens
quando nascem e não quando mor-
l'em,
Montenquíeu.
jazia morto no seu leito. Note-se
que havia um mez que a paraly-
sia o privara da fala. . .
E todavia eu ouvi! K meu ir-
mão, súggeHtiofiario pela pergunta
que, a tremer, lhe fiz sobre se ti-
nha ouvido. respondeu que sim. . .
Supponham taes illusÕes dos sen-
tidos em homens primitivos e di-
gam que f nte de superstições ahi
se encontra!
E nos sonhos? Não vemos nós
os mortos? Não falamos coiu ef-
!e»?. . . «São elle» que nos visi-
tam» pensa.á o selvagem. E, como
ao despeitar os nâo v«, dirá que
foi a sua sombra o que ali esteve,
e que a luz dia a dissipou, como
dissipa todas a» sombras, e com
ellas todos os terrores.
Ninguém vê as almas do-outro-
inundo desde que não tenha a fé
supersticiosa u* aua realidade. E' I
Por decreto de 7 do corrente
mez foi o irosso patricio e amigo,
ar. Raphael da S.mza Lopes Re-
vez, confirmado lio logar de ama-
nuense de 1> classe da repartição
de f«zenda provincial de Moçam-
bique.
Não espereis das creançã* íinra
grande som ma de bondade moral.
Durante os primeiros auiios todo d
homem civilisado passa pelas pha-
ses de caracter patenteadas pela
raça barbara de que descende..
Speuceí'.
Julguuiento
lim tribunal colfectivo, deve
ter logar, no dia 28 deste mez, o
julgamento do propi ietario e dire-
ctor d'este jornal e do sr. Sebas-
tião Pedro dos Santos (Jruz, aquel-
le como editor do jornal e este
como aactór de \niia pequena local
ha tempo aqui publii^ada e em que
se julgou poder haver motivo para
processo por abuso de liberdade
cie imprensa.
Em resultado do um antigo e
cruciante padecimento, fallcceu,
em Faro, no dia 11, o nosso ami-
go »r. padre Francisco Pereira de
Almeida, escrivão da ram&ra ec~-
clesiastica deste bispado.
A todo» os seus enviamos os
nosso» sinceros pezames.
i'elo tiosso prehado amigo e pa-
trício, sr. João da Cruz Boquinhas,
f«»i pedida «mi casamento, lia quin-
ta feira, h intei esnante menina D,
Zulmira Entrei la, filha do nosso es-
timado amigo sr. J. ão Jo»ó Estrel-
la. conceituado negociante, desta
villa.
O socialismo nàu é por emquan-
to, senão uma ligeira Brisa, sa-
cudindo ligeira meti te a foHiagemj
não ha de,poiém, tardar muito que
seja o cyclone que ha de arrastar
tudo ua sua passagem.
Disraeli,
como nos milagres: so ob soffre t
recebe queui n'clles crê. . .
*
* *
MncVobio, tentando uma synthè-
M! «lo espiritualismo antigo, diz,
falando dos mortos, que & sua alma
só se librava da materia qoatld'd
a vida tivi sRe sido de ir.olde a dis-
pensar futuras purificações; no caso
contrario, porém, a alma, emba-
raçada pelo ar lunar que com ella
»e misturara na sita migração para
a terra, ficaria aqui, sob a íórma
de sombra ou phantasma, imagem
perfeita do defuncto. Os givgos
chamavam -a crro phantasma á
imagem da atina; os pythag«nícoa,
o seu envolucro; e <»s rabbinos, o
seu nacio\
( Contimiàf.
J #
O FUTURO
*■
Em con8oqoencia de se lhe terera
aggravado antigos padecimentos,
tom passado bastante incominodado
desande o sr. Antonio Viegas Fuse-
ta, pae do nosso prosado amigo sr.
dr. Cariou Fuseta, d'esta villa.
D ífl.j.nnoò lhe prompt ao melho-
ra». •
PASSEIO .
Consta p.o nosso collega Elmano,
de Setúbal, que a classe dos sol-
dadores, daquella cidade, projecta
um passeio ao Algarve no dia de
S. João.
S'*jaiu bemviudo8.
0 Pndre Nosso de uin bêbado
Santo abafadinho, que estás na
qnartola, .purificado sejas sem agua;
venha a nós o vosso liquido para
ser bebido á minha vontade, as-
sim na taberna como em cuaa.
Ties quartilhos por cada hora nos
dae hoje; perdoae-me as vezes que
bebo menoe, assim como te perdôo
o mal que ás vezes me fazes, não
me deixes caliir atordoado, mas li-
vra-me da policia. Amen.
O nosso comprovincinno, sr. João
Silvestre Coelho da Matta, segun-
do aspirante do quadro dos cor-
■ reios, foi promovido, por antigui-
dade, ao logar de .primeiro aspi-
rante do mesmo quadro.
O soldado e o baralho de cartas
Era um doraigo. A companhia es-
tava ouvindo missa e um dos sol-
dados puxou de um baralho de
cartas e estava se divertindo cora
eUe. O sargento, vendo-o, mandou-
lhe guardar o baralho o, quando
regressaram ao quartel, fez queixa
ao capitão.
Chamado o soldado e pedindo-
se-lhe explicação da sua dal ta de
respeito, o finorio respondeu: —
Não ha falta de respeito, meu ca-
pitão, o baralho de cartas faz me
o effjito de uin livro de orações
3ue não posso ooraprar por falta de
ínhciro.
-—Como é isso?!
—Eu lhe explico. *Vou-o folhe-
ando e vejo n'ello todos os myste-
.-rios da nossa religião:
O az representa-rae um *6 Deus
verdadeiro e uma só Egreja. O
dois, as duas naturezas de Ohrieto,
a divina e a humana o até os dois
testamentos, o novo e o velho. O
tree, as pessoas da Santíssima Trin-
dade, as três potencias da alma.
A quadra, os quatro Evangelistas
e o» novíssimos do homem. A qui-
na, as cinco chagas de Christo e
• os cinco sentidos corporaes e as
cinco cidades abrazadas pelo fogo
do céo. A sena, os seis dias em que
Deu» fez o inundo. O sete, os sete
peceados mortaes, as obras de mi-
sericórdia, que são sete>corpurues
a sete espirituae» e a» sete dures
de Nossa Senhora. O oito, as
oito bemaventuranças e as oito
pessoas que se salvaram do dilu-
vio universal. O nove, as nove mu-
sas do Parnaso, com que os poetas
enganavam os povos. O dez, oe mau-
damontos da lei de Deus. E ag<»ra
o rei, é o rei do céo, a quem todos
devemos o ser. A dama, a Rainha
do céo o da terra, Nossa Senhora.
As doze figuras recordam me os
doze apostolo». E as 52 cartas do
baralho, as 52 semanas do anno.
Ora aqui tem, meu capitão, como
o baralho me 6erve de livro de
orações.
—Mas espera lá, tu não desi-
gnaste uma carta: o valete.
—Ah!' bem sei, o valete ou o
burro, cora vulgarmente lhe cha-
mara?. ..
—Isso mesmo O que significa
então «Ih?!
— Esm<% meu capitão, é.-.
— Dize tá.
—Se v. ex.* dá licença...
— Dou licença, aim. O que re-
presenta o burro!?
— Representa cá o m<-u sargento
que me trouxe á presença de v.
ex.*
.Vindo de Lisboa, onde pa«8-eu
mais de cinco ana » no Estoril;
chegou a ehta villa, na quinta feira
da semana passada, o nosso velho
amigo e patrício, sr. João Martins
Morgado.
Por decreto de 31 de maio ul-
timo, foi nomeado command an te
da canhoneira Zambeze o capitão
tenente Ha ai muda sr. Antonio Tor-
quato Borja de Araujo, nosso esti-
mado amigo.
Que Itous amigos
Na quarta-feira da semana passa
da, em Almada, cerca dan 3 hora» «
meia da tarde, houve scena de
pugilato entre o escrivão de fa-
zenda e o recebedor d'aquelle con-
celho quando o primeiro regres-
sava da repartição a sua casa.
Que bons amigos para o inverno!
O nosso velho e prosado amigo,
sr. Pedro Mendes, tem passado
bastante incommodado de saúde
com uma Canellada, guardando lia'
dia» o leito.
Desejamos que breve se restabe-
leça.
Em substituição de sou pae, foi
nomeado, por despacho de 31 He
maio ultimo, para o segundo officio
de escrivão do juizo de direito da
comarca de Tavira, o sr. Arthur
Neves Raphael.
Une bella camisa!
Contam os jornaes franceses que
ultimamente roubaram á princesa
Ratazzi uma camisa avaliada tu»
12 contos d« réis.
Aquella nào era, por certo, das
de onze vaias.
. Perigo em cheirar flòres
•Um jornal francês refere um
caso horroroso pelo qual se vê o
perigo que ha em cheirar flórea.
Uma menina de 19 ana. s, que
residia -em Naules, possuía um jar-
dim que ella propria cuidava.
Um dia em que colheu uma rosa,
cheirou a, e, ou porque a aspira-
ção fosse muito forte ou porque
approximou muito a rosa do liaria,
sentiu uma eapoCN? de titilaçao que,
infelizmente para ella, não foi suf-
ficientemente foi te para a fazer es-
pirrar.
O facto é que cila não fez caso,
porém alguns dia» depois queixa-
va-se de uma violenta Hôr de ca-
beça.
Começou a nào poder dormir,
soffrendo dores atrozes.
Foram chamados muitos medi
cos, dizendo uns que era uma con
gestão ocrebral e outros um d errai»
mento no oerebro.
Assim so passaram sei» me zee
ein cuidados inúteis da pai te da
família e de soffrimeiilo» da parte
da infeliz, qu«\ no fio» de seis Ine-
zes, perdeu o juizo.
Foi preciso forrar a» paredes e
o pavimento do seu quarto c«»m
colxões, porque ella, na sua de-
sesperação, queria quebrar a ca»
beça.
Afinal morreu, e um seu tio m«-
dico pediu e obteve de »eu irmão
a permissão de fazei' a autopsia do
cadaver.
Abrindo se a cabeça, onde resi-
dia o mal, obsei varam-se alguns
desarranjou, mas nada offeree ia os
signaes caracter is ticos da doença
que os medicos diziam ter sido a
causa da inerte.
Quebrou se o craneo!
Um grito de horror escajKlu de
f>»das as hoccas.
0 mysterio tão procurado, o mys-
terio que acabava de enlutar uma
família, estava alli... vivo, an-
dando e fugmdol
Era o que?
Uma aranha gorda, tinia negra,
cobeita de sangue e tendo ainda
nas peinus «estos dos miolos, ali-
mento de que se nutria desde que
paiietrára na cabeça da infeliz, no
dia fatal em que esta aspirou a
rosa que lhe devia causar a morto!
Saiu do nosso porto, na quarta-
feira, com destino a Génova, o
vapor italiano Amiciz'a, conduzin-
do um importante carregamento
de peixe ein conservas de «almonra
e de azeite, parte do qual perten-
cente á nova e considerada fabrica
«los nossos amigos srs. Gozo Amân-
cio e João Marçal da Fonseca.
Consta a am nosso collega por-
tuense que em Terras de Bouro
fôra envenenado um pAdre, pro-
pinando se lhe <i veneno no vinho
com que celebrára a ini»sa no do-
mingo, 3 do corrente mes.
Safa.
Foi concedido o titulo de vis-
conde de Franco» ao jniz de direi-
to na comarca do Albufeira, o ba-
charel sr. José Henriques de Cas-
tro Pereira e Solla.
Regressou de Lisbon, na quar-
ta feira, o nosso apreciável amigo
mr. Pierre Boucher, director da
fabrica Delory, n esta villa.
Acha se livre de perigo e entrou
já em fiança convalescença o nos-
r.o apreciável amigo sr. dr. José
Antonio Vasco Mascarenhas, illn»-
trado professor no lyceu do Faro.
As nosttas felicitações.
Na terça-feira, fez exame de
mechanic*, na escola naval, sendo
o primeiro classificado, o nosso pá-
trio e amigo sr. Manuel Alberto
Soares.
Parabéns.
Novíssimas beHwenturancas
1.* Bemaveiiiuradas as mães que
casain as filhas (antes que fujam
cerni o» noivos), porque d cilas é o
reino «la tranquilidade domestica.
2.* BemAvonturados os noivos
pobres que casam c«>m meninas ri-
cas, porque nunca lhes faltará
aquillo com que se compram os me-
I5''8.
3.* Bemaventuradas as meninas
namoradeiras, porque coutarão os
mdvos á» dúzias.
4.* Bemaventiirado o marido a
quem a mulher uão exige luxo,
porque terá a paz do matrimonio.
5.* Biunaveiiturada a mulher
f.-ia, porque está salva da calunmia.
6 a Bemaventurado o marido
não ciumento, porque não será
«*ego.
7 * Bemaventurada a menina
honesta, porque será respeitada.
8.a Bemaventurado o homem de
juízo, porque nuupa terá sogra.
Ode aos artistas
— Z3 — A • N
Vós já não sois aquella raça abjecta
Dos velhos tempos de feroz memoria
De raiva e de oppressão;
Vós já não Bois o réprobo grilheta
A mendigar pelos liurabraes da Historia
Um miserável pão.
Vós já não sois a féra encarcerada
De alma dorida e macerado olhar,
Humilde ho dornudor;
Vó» já não sois a victim* infamada
•Que vae caliir faminta, a soluçar,
• Aos pés do seu senhor.
Sumiram se nas trevas do passado
As muralhas brutaes do Preconceito
E a lei das Primasias.
Vós já nào soi» o escravo espesinliado.
Apresentando o ensanguentado peito
As velhas lyraunias.
Vós sois aquelle ousado navegante
Que foi no dorso do bravio mar,
Cantando alegremente,
Erguer a cruz altiva e treinulante,
O symbolo da Patria, sobre o altar
Das plagas do Oriente.
Vós sois «quelle mystico poeta,
De espada em riste, sobraçando a lyra,
Que a Historia nos nomeia,
Cantando ao mundo a lusa historia athleta
E tudo o mundo respeitoso admira
Tão celebre Epopêa.
Artistas d hoje: vós já não sois mais
A plebe amo»daçada a quem tyranno*
Lançaram ferros vis;
Vós sois oh baluartes que amparara
Com vosso bi&ço ha setecentos ânuos
A honra do Paiz.
Sois o soldado lieroico, audaz, obscuro,
Na fúria do ribombo da metralha,
Soberbo de anciedade,
"Que andastes a plantar para o Futuro
Este loireiro em flor que nada egualha
Chamado A Liberdudc.
-Sois vós a enpVança d'e»te solo amado
Ao qual parece que a Fortuna foge
E a Giona sua irmã;
Vale-lhe ainda o vosso nome honrado,
Artistas, corações amigos d hoje
E bravos d ámanhà!
Almas serena», lyliaes, provadas
No rude labutar das officinna,
Fortes como colossos,
Vós sois o coro das «canções sagradas
Inda a saudar o pavilhão «las Quinas
No meio dos destroços.
Pois quem és tu que vens roto, offegante,
Membros gelados e «le pés descalços
Sonhando maravilhas ?
— Tu és aquelle anonymo brilhante
-Que andaste a derribar os cadafalsos
E os muros «las bastilhas.-..
Tu és aquelle que em momentos de ira
Lunçou por terra o velho despotismo
Em ruínas e estilhaços,
E depois, doce, palpitando a Lyra,
Foste quebrar aos teus irmãos no abysm*
Cadeias e baraços. a
Tu és aquelle forte que enleaste
Desconhecidos mares na derrota
Sem bússola e sem guia ;
E's o guerreiro altivo que sellaste
Nos campos immortaes d'Aljubarrota
A nossa autonomia.
E, se alguin dia ás garras do estrangeire
Formos lançados como%raça escrava
Pela traição d alguém,
Serás ainda til que irás ligeiro
Trocando a blusa p«da velha clava
A libertai a ou a mon er «também !
• •
Obreiros do Progresso, a vós meus cairtoe.
As minhas saudações, o in« u sentir,'
O meu respeito e agrado :
E altista, como vÓ», vertendo prantos,
Eu quero um dia «Ifiin lambem cahir
Luctando uo vosso lado.
Rodktgces Davi*.,
... ■/. a •"Ur V —
'A»i tj W.4. U.
O FUTURO
DUAS QUADRAS
A'» veres seguem ou amplidão, suaves,
Buscando a aurora de ideaes encantos,
Os meus anceios, tiuiidos e santos
Batendo as acas,—pequeninas aves.
£ nos seus vôos infantis, singelos,
Ascendem sempre, as pobreaitaa aves,
A uin ninho feito de ideaes disvellos,
Que eu vi no atui das espaçosas naves...
Albertina Paraizo.
«GAZETA DE NOTICIAS.
Coin o seu numero do dia 5 en-
trou este nosso illustrado collega
portuense no decimo primeiro anno
de publicação.
Felicitando o, des.jainos lhe lon-
ga existência e muitas prosperida-
des.
Novas leis
A Bibliotheca Pojndtir de Legis-
loção, com séde em Lisboa, rua da
Atalaya, n.° 183, 2.°, Acoba de
editar os novos regulamentos so-
bre Imposto do SeUo (200 réis),
Contribuição de Registo (200 réis),
Renda de Çisns e Sumptuária (réis
150), Reorganitaçio do notariado
publico (200 réis).
Os tres primeiros regulamentos
afio acompanhados de repertórios
alphabetic»*, o que torna assás re-
commendaveis estas edições, pela
•facilidade com que o consulente
encontra a materia que deseja co-
nhecer.
Logo que no Diário do Governo
appareçam o Codigo Administrati
vo, o Regulamento da Contribuição
Predial, oti quaesquer outros di-
plomas legislativos, a Bibliotheca
d elles faiá edição, a preço modico,
com é costume d'esta empresa.
OS LUZIADAS
Recebemos os fusciculo 13 de
'Os Lusíadas, grande edição po-
pular illustrada que a Empreza da
Historia de Portugal começou a pu-
blicar em fascículos de 8 paginas
a 2 esplendidas gravuras pelo pre-
ço de 60 réis cada fascículo.
Preço da assignatura
Cada fascículo de 2 folhas, de
"8 paginas cada, in 4 °, grande for-
mato, contendo cada fascículo 2
esplendidas gravuras por 60 réis.
Cada tomo contendo 5 fascículos
ou 80 paginas, inserindo cada to-
mo 10 magnificas gravuras origi-
naes por 300 réis.
Kecomineiidamos aos nossos lei-
tores esta interessantíssima obra,
a qual podu ser adquirida sendo
os pedidos, acompanhados da res-
pectiva importância, dirigidos á
Livraria Moderna— Rua Augusta,
95 — Lisboa.
«Dicoionario das seis línguas»
Está publicada a 11.* série,
que alcança até ao fascículo 51 a
55 d este diccionario, que abrange
as palavras Sourd até Verter pelo
que mostra o adiantamento do
Diccionario das seis línguas, cuja
publicação segue coin toda a regu
laridade como todas as publicações
editadas pela Empreza do Occiden
tfi, de Lisboa.
A utilidade deste diccionario é
incontestável e bem se pôde consi-
derar universal.
Sendo a lingua francesa a base
d Vate diccionario, elle pôde ser con-
sultado por4 portugueses, ingleses,
allemãe», hespanhoes o italianos,
pois lio fim do diccionario ha um
índice ou vocabulário geral das sois
línguas, onde se encontram todas
as palavras com a sua correspondeu
to eiií francês o que perinitte facil-
mente saber qualquer palavra nas
seis ditas línguas.
Se esta obra se recommends pela
sua utilidade, não »e recommetida
menos pela barateza, 30 réis cada
fascículo de 16 paginas e para a
província irada série de 5 fascícu-
los 160 réis.
"À Saúde,,
«Alma Negra»
Publicou-se o 7.° volume d'estn
primorosa obra romântica de gran-
de sensação, devida A penna bri-
lhante de Xavier de Montépin.
E' o quarto romance da oolloc-
ção de obras baratas iniciada pela
Empreita da Historia de Portugal.
Cada volume, brochado, 60 réis;
para a província, 70 réis.
Pedidos à Eiupresa, rua Augusta,
9õ —Lisb«»a.
E' agente n'esta villa o nosso ami
go sr. José Marques CorpasCenteno.
Niippa de 1'orlugal Conlioculal
Nitidameuente imprenso a nove
côres, n'uma edição esmeradu,
pertencente á considerada livraria
ilo nosso amigo sr. Avellar Manha
d«», estabelecido na rua do Poço
<los Negros, 19, em Lisboa, acab.»
de publicar se este interessante
mappa, o tiabalho mais perfeito e
completo que conhecemos o'esta
genero e que muita recommenda-
iiios a<»0 col logins de instrucção. E'
tiabnilio do illostrado professor o
sr. B. A. Ligorne, baseado na
carta chorogi aphioa da comiuissão
geodésica, » comprehend* os dois
mappas-mudo e faliante, custando
cada exemplar 100 réis.
.A. SE3R.EXJV.
Romance histórico de Camillo Cas-
tello Branco, editado pela Empresa
da Historia de Portugal, Livraria
Moderna, rua Augusta, 95 — Lisboa.
Fascículos seiuKiiaes de 16 pagi-
nas in 4.'' coin 2 gravuras, ou to-
mos me110aes.de 80 p*g. e lOgiav.,
ao preço respectivamente de 50 e
250 réis cada uni.
A SEREIA—acha «e concluído
este famoso volume de 328 pagi-
nas, admiravelmente imprenso ein
tinissimo papel e illustrado com
40 estampas de pagina, photogra-
vadas segundo as artísticas agtia-
rellas de Manuel de Macedo e Ro
que Gameiro. Cada uma d essas es-
tampas é um inspirado quadro em
que a superioridade da concepção
se une ao acabado da execução.
A capa da brochura encerra um
bom modelo de trabalho typogra-
phic, a côres, ouro e prata. Ao
alto ha um medalhão dourado so-
bre o qual ae vê o busto de Camil-
lo, eu» photogravur«, iinpecaavel-
tneute impresso u tepia.
A capa d»» encadernação, em per
calina, a ouro c cores, é um tra-
balho esmerado, da mais alta no-
vidade e tino gosto, conn» todos os
trabalhos sabidos das officious de
Alfredo David, custando o livro
encadernado apenas 15500 e 15000
réis em brochura.
Emfim, o livro é sem éxagge-
ração um primôr, ou antes um coii-
juiicto de primores.
Agente n'esta villa, José Marques
Corpas Centeno.
Recebamos o n.° 20,corresponden-
te a março ultimo, d'esta magni-
fica revista mensal sobre tratamen-
tos naturae» —emprego do nr, da
agua, alimentes, luz, exercício, tem-
peratura e d outros meios tnnocen
tes com fins therapeuticoa pai a man-
ter, robustecer e restaurar a saúde
pelo» metlmdos de Priesuitz,Ki)«ippy
dr. Biv. Inner, etc., muito util aos
medicos e indispensável aos pães do
família, directores de collegios, hos-
pícios, azylos, etc.—sob a direcção
do nosso presado amigo ar. dr. João
Bentes Castel Branco, illustrado di-
rector do estabelecimento thermal
das Calda* de Monchique.
Assignatura, por anno, para o
reino e fiespanha, 15200 réi»; para
as colónias, 15800 réis; e para o
Brazil, 25400 réis.
R-eninmendamos a todos os nos-
sos leitores a acquisição d A Saúde.
Collecçâo PAULO DE KOCH
Recebemos a 16.* caderneta d'esta mo-
numental CoIUcçào de que a bem conhe-
cida empresa lisbonense dos srs. Guiina-
riles, Libanio & C.» acabam de abrir uina
assignatura extraordinária ao pr»»ço de
l»o réis por cada fascículo semanal de
*o puvlniist ou Tt paginas e
uma gravura,
A empress offerees aos novos asssig-
nante4 da Collecçâo de Paulo Koch urn
brftnift© mo %nlor do 4&ouo rs.,
á escolha doa assignantes, entre os se-
guintes objectos: «!m reiogl» «lo
aço. llni mHgiiiOco bfttmcnlo*
O c» Ime da Nocieilade(seusscio-
nal romance de João Chagas).
Com a certer.a de se adquirir qualquer
d'estes magníficos brindes, ninguém ha-
verá, de certo, que deixe de subscrever
na assignatura extraordinária da Collec-
çâo de PhuIo de Rock, o que todos po-
deiào fazer dirigindo-se, eu. LISBOA —
á Livraria Editora Guimarães, Libnnio
& C.% rua de 8. Roque, 110; no PORTO
—á Livraria E. Tavares Mart in*, 8, Clé-
rigos, 10.
E* age
. José Marques Corpas Centeno. L «* ente n esta viU» o nosso amigo
sr
Aos Agricultores Ij!
Está publicado o
AIinaRarh das Aldeias para 191)0
Abrange todos os elementos pró-
prios de livros d'esta ordem; insere
numerosos artigos sobre todos os
ramos de agricultura e industrias
ruraes. Além d isso trata assum-
ptos importantes da vida pratica,
p* h» que é um livro utilisMimo paia
toda u gente. 1 vol do 160 pagi-
na», illustrado coin 34 gravuras—
150 réis.
A venda nas prinoipae» livrarias
do
Rcmette-se, iminediatamente, pe-
lo correio, fianoo de porte, a quem
lemetter a respectiva importHiicia
ao director tia Gazeta das Aldeias,
rua do Costa Cabral, 1216— Porto.
{ FII.IU MLDITA
por Émilk Richeboukg
Adiando ae esgotada a 1.* odiçfto
d'este notabilissimo romance, uma
das cordas de gloria de Richebourg,
resolveu a respeotiva Empreza fa
zer 2.* edição em condições muito
VHIltajOHHH pnrn oh a»*ignant*-8, ao»
quaeM »«'iá « .fferecido, com o ultimo
faHcietl o <ia obra, tini BRINDE va-
lioso.
A obra compõe-se de 28 oader-
netas, cu sejam 3 volumes, com 24
hOberbas "fttainpuH. Onda caderneta
sema! al 50 réis; cada volume bro-
chado 450 ié'H. Pedidos A Knipr* za
E liter* Beletn & 0.A, rua Marechal
Saldanha, 26—L'sb«»a.
OS DOIS GillOTOS
A Empreza editora do romance
OS DOIS GAROTOS deve aos
seus estimáveis asdgnuntmi uma
explicação relativa á ou qual irre-
gularidade que se tom dado na
publicação d esta obra.
Em vez de diwliibuir toda» as
semanas tnn fascículo de tios fo-
lias coin ties gravuras, como es-
ava estabelecido, viu se a Empre-
za obrigada nos ultimes tempos a
fster essa distribuição quinzenal-
incute, o que tem retardado a con-
clusão do •'otitanoe, que muitos dos
seus leitores aguardam coin impa-
ciência, aiicioso* por conhecerem
o desfecho de tão dram st iça narra-
tiva. José Basto». R. Garrett, Í3,
e 75. Lisboa.
"Itovi Diccionario da
Lingua PorlugNcza.,
Publicou «e o 15.® tomo d'fitft in»-
portanto obra «lo sr. Candido de Fi-
gueiredo e da qual ȋo editores os
«is. Tavares Cerdoso A Irmão, lar-
go de Camões, 6—Lisboa.
O saber e illustinção do sr. Can-
dido de Figueiredo é garantia suffi-
cient» de que esta util publicução
será uma das primeiras e mais Cor-
recta» no seu genero que tem visto
a luz no nosso paiz.
O Novo diccionario com prebende
cerca do 30:000 vocábulos portu-
guezes, que ainda não estavam re-
gistados nos mais completos e me-
nos imperfeitos dicoionaiioa da nos-
sa lingitH.
Na i espectivá casa editora está
aberta a asM'gnatura para esta obra
que. conniaiá «»e 2 volumes de cer-
ca «lo 1:600 paginas, formato in 4.°
u duas c«>lninHag, dividido» em 11
tomo» de 9 tolhas de impressão, ou
sejam 144 paginas, que serão en-
tregues mensalmente ao» srs. as.iig-
naiitcs pelo preço do 600 réis cada
um, ficando este rico repositório dos
vocabuhis portugueses pela módica
quantia de 55500 rói», pois, se a
obra der mais dos 11 tomos, o ex-
cedente será peloe editores ofiWeci-
do ao» »»». a»8!guante».
o NOVO DICCIONtRVO Norá
h com pan lia cl o «le um rápido
ia a* ft nt ere ma ii tc appendftcn
gcoK>*apliico« com n mulociu
duo nouie» quo andam «cdialle-
radoM no» livras d© «eagra-
pBifta» no ensino publico* na
linguagem commum. etc*
N
Secção d'animncios
"TendI de casas
VcíhIh-sp tim prédio, compos-
to de d life rentes moradias, si-
tuado no Bairro do Gaibou, nú-
meros 8 a 16, d'esta villa.
Trata-se coin Manuel Pereira
Yaseo,
armaçAo nr; r.oJ4
Ha uma para vender, quasi
nova.
Quem pretender dirijn-.se a
Germano José Gaspar, n'eslavilla.
ARREMATAÇÃO
CnrCorio rlo I** officio
(2.* publicação)
O dia 1 de julho pi0xim0f
pelo ineio dia, 4 porta do tri-
bunal, »e hão do arrematar a quem
maior Ihiiço offeroeer sobre o »cu
preço e com a» coiidicçÕe» cons-
tantes dos editae», a» seguintes
pt opnVdadí g perteiiccnt.»»» no casal
inventariado de João Gago Ma-
deira Nobre, a saber:
1.* —^Propriedade denominada
QUINTA, no sitio dos Murtaes
freguesia de Moncarapacho, allo-
dial, avaliada em 1:3005000 réi» e
volta á praça no valor de 866 :666
téi»;
2.a — Piopriedade no hítio das
Pereii inhn», fp guezia de Moncara-
pacho, allodial, avaliada em réis
1:0005000 e volta á praça no va-
lor de 6665666 réi*;
3.1— Uma ca^a na rua da Fuzeta
na aldeia de Moncarapacho, fo-
reíra em 500 réis A Mesericordra
d«* Faro, avaliada livre eui 385500
réiM;
â — Uma horta denominada
GIÃO, no »itio do Gião, fieguezia
de Moncarapacho, foreira em réis
15000 á Fabrica d'squella aldeia,
«valiada livre eiu 1:3455500 réi»,
sendo esla ultima piopriedade só-
ineiite vendida depois de o terem
sido a» nutras e quando o seu pro-
dncto seja iuaufficii-nte para paga-
mento do pn8»ivo.
Pura a pi aça ficam citados os
cre«lcres incertos.
Olhão, 8 de junho do 1900.
O KSCHIVXO,
Miguel M. Ayres de Mendonça.
VEKIFiQUKt.
Liz Teixeira. •
0 mais energico
depurativo do sangue
Este medicamento, invenção d'un» celebre pharmaoeutico francês, pre-
parado escrupulosamente por J. J. Machado, pharmaoeutico pela Escola
Medica de Lisboa, é ootieiderado como o depurativo mais enérgico e radical
até hoje conhecido.
Na sua composição apenas entram vegetaes, por i§s»> pôde applicar-se
a oreanças e adultos.
As suae vantagen» são incontestáveis na syphilis, escrófulas, moléstias
de pelle, rheumatism» e prisão de ventre. Frasco, 800 réis.
Rmietto-s* para a província a quem fizer a» requisições, acompanha-
da* da respectiva importandia, á
Pharmacia Machado, 7, Largo do Rato, 8—Lisboa
TVPOGBAPHIá ADSILIAR DE E3CMPT0R10
toM UEPOSITO Di: IMPRESSOS
de Manuel Caetano da Silva
Successor, Albino Caetano da Silva
MEDALHAS DE PRATA na exposição de Manufactura» do Districto de Coimbra,
em 1884, c na Exposição Industrial Portugueza, cm Lisboa, em 188b
COIMBRA —fraca do Comnicrcio, II
Impressos para repartições, commercio e particulares
Impressão rapida de rMatorios, compromisso», estatutos,
facturas, mappa», diplomas, talões, officio», recibo», editae», avisos, estampa»,
lOtulos para pliarinacia, pro*» anima», «nveloppee, etc., etc.
Trabalhou de pbunUiAla. SrapreqiaíçB » eitereoiypía
' j :
W — ... »>
O FUTURO
[ANUEL PINHEIRO CHAGAS
Historia de Portugal
Popular e ílllustraáa
Esplendidamente illustraila no texio sob ndirecça# M<» iiofavcl arllslá
ROQUE GAMEIRO
Como é feita a distribuição
Constará «le 6 volumes, aproximadamente, esta, a todos 08 respeitos,
TOporfantissima obra, tendo cadft volume cerca de 600 paginas illustradas
com CENTENARES DE GRAVURAS, e será publicada aos fascículos se-
manais, em 4.° grande, de 16 paginas « 4 ou 5 gravuras, custando, cada
fascículo apenas — oo KÉI*< pagos no acto da entrega, preço mod"mis*Í-
mo, attcndendo a (pie é unia obra original, e que originaes são iodos os
trabalhos de desenho e gravura, feitos exclusivamente paia esta publicação,
e executado# no paiz. If to em LISBOA e no PORTO.
Nas PROVÍNCIAS, a assignatura será paga adianiadamente á razão de
300 IIÉI# CADA FASCldiXO, FlIAXCO DE INMITE, cont-ndo 10 fo-
lhas com mais de 20 gravuras, ou em Tono* DE 20 FOI-II t* COM 114 1$
DE 40 GRAVCBA* ISO TEXTO. POU OOO RÉIS. FKAXCO DE PO«TE.
Quando os assignantes ou correspondentes das províncias queiram
economisar portes do correio, poderão enviar quantias maiores que lhes
serão creditadas, ficando sempre o saldo á disposição d'esses assignantes
ou correspondentes. Quem enviar quantia superior a 1<$0Q0 réis, receberá
da administração da emprega, na volta do correio, aviso de recepção.
A quem se responsabiliaar por mais de 5 assign tfturas dará a emprega
20 °/o de commissão, caso se encarregue da distribuição dos fascículos e
da despeza a fazer com a remessa do dinheiro á empresa.
Dirigir os pedidos da assignatura á
Livraria Antonio Maria Pereira,
—LISBoi .=No FoltTO, Ciunldlno «l«* Campos, rua de4). Fedro, 116—2®
E A TOKt# AM I-IVIMKIA# DD PAIZ
Empresa Litteraria Lisbonense
MJIHMÃES, IJIUNIO £ c.a
C0LLECÇÃ0 PAULO DE K0CK
i]in começo de deslribuiçã»:
irrr
llltl.ll 1 lJ IJ:l LI .
13J° noMA^ce COKXKCÇAO
ISAtUSWRAU© COM WCAa&XVXCJLS SRAWRAS
4o réiii por Remauii em Lisboa e Porto.
Nas províncias, faseie, de 96 pap. 12o, rtt* 3 em 3 «em o na ft.
A oliru lerá I toliiiue e o seu prero não eicederá a 4oo réift.
CRIME DA SOCIEDADE
Romau.ee de palpitaute actualidade, original de
illustrado com perto de 200 gravuras e chromos
Desenhos e aguarellas originaes de ANTONIO BlK I A
60 RÉIS CADA SEMANA
'Editores: .LXBAKCXO &.• GílJSSEÁ- — li,IH' 145. L»sl.««
CON0XCÕES »A ASSIGN ATUX» A: ScrSo distribuídas cada semana :» fo-
lliaft in-4.% com 3 grii%urav. ou 2 folhas, com íi gravuras e I oliro-
moem separado pelo preço de 6o rélft* ou em tomos dc 14 ToIIiom com 'SH gra-
vuras e I c tiro mi o pelo preço de 3oo rCIs. Purs n província «»x »fidir-sè-hão
quinzenalmente 6 follian ou *» roll» •««. e uni clirwmo nolo preço de 19o
rCI«. mas não se satisfazem pedidos que mu» yciiíi n <t*u npmihàdos lia iinportaiKjia.
Assigna-se ein Lisboa no escriptorio da Empresa, rua d.» N«»rl«', 145, nas principals
livrarias, na Galeria Monaco e nos estabelecimentos onde estiver o eartaz-annuncio.
(Jousiderain-se correspondentes as pessoas das províncias e ilhas que se responsabili-
zarem por 3 ou agMgatii lura*.
Pedidos á Ell Fit EZ A LIT'IKIUUIA I.IMBOXEXME tliiimnrÃes. Li*
liiauio A €.'• rua Larga dp S.iRoqutt, 108 a 110 -Lisboa.
NiO FDD TO —Centro «le |>ial>l i«-n<-õ«-». rua de Santa Cafharina. 229 e 281
Eli ColllltitA—Agencia de Negócios líniverbitariòs de A. de Paulo e Silv»» rua
do Infante D. Augusto.
!\ Anno ©
iv m
SEMANÁRIO DEMOCRÁTICO ALGA IIVI O
Proprietária, director e editor resjumsavel = (Justavo abril»
fí> mo (j7 <b(c. èsi.
c
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7
■> y : a a r
i} r \ COLfEfCK) POPULAR
ADOLPHE D'ENNEHY
A FILHA DO C0NDEMNAD0
GraiuliuMO romance cie «i veil luro ft e «te lagrimam. illiimtrndo com 2oo gra%uraft
UHIM5K 4 TODO* O# A**U»\ 4 XTK#
t-5
•'0 mais trágico e emocionante dos romances até hoje publicados por esta empieza ! Entrecliò digno dó auctor
famoso de An Duitft OrpliâM. da d unsplriiilnrii. da Li«i«la «le Cliamoinaii e da Uuriyi*. etc.
Aventuras e peripécias extraordinárias. Grande drama de amor e d»» ciúme, de abnegação e de heroiaino ! Luctao
terríveis com a natureza e com os homens atravez de paizes longiquos e invsteriosos! Uma figura admirável de
mulher conduz a acção, ascendendo enthusiasmo pela sua coragom, arrancando lagrimas pelos seus infortúnios!
Desfecho surprehendente !
Duamif «»m m»l proftpCeloft il l«fl*|ra «lomriiMtrfilMi i«Io* gratis. Estão impressas as primeiras
folhas da obra. Recebeui-se desde já assignaturas iih livraria editora
AIVI'lfcA CAMA BEHTKAKD Jíofté Ha ft lo IÉ
9 3» Hun tiarrelt. í« — Lisboa
ECO
fo
lj3
Ig
H
C/D
C/J
ZS
2L2 &
*r
Novo-o sensacional romance de
Xavier de Montépin
Vemuode J. «le MiigalbãeK
Cada semana serão distribui das 3 fo-
lhas (grande formato) iIlustradas com 3
gravuras e uma capa pelo preço d« 60
réis, pagos no acto «la entrega.
Cada série de 15 folhus illustrudas, em
brochura, 300 réis, .pagos também no
acto <la entrega.
2 br&n<leN a enilrt nnidtiiiaiité
Editores— BELEM & C.', rua oo Ma-
rechal SaIdutiIn», 26 — Lisboa.
Oiccionario de Tecnologia
Aduaneira
• 4# * I• • t i I
Para Portugal e Brazil
Foi-dl. A. iln Klhii ^ninpaie
I \ A Obia ín<lespeiisHvel ao
ooininén io, á rirdltsti ia e aos 4tntc-
, . cionaiios das alfandegas
p . W W 0
Plano approvndo pela x
AsàíffclaçfiO (j'liMiici'Ciai dí' Lisboa,
Centro Oominclctal do Porto,
Associação Imlustiial Poi luguezn,
etc., etc.
Em 8.° grand*», bom papel, impres-
são nítida
Folha do 16 paginas. 100 réis forks
Representante da Em preza e único
agente em Portugal,
ilhas adjacentes e Ultramar
R. AUREA 243—LISBOA
m
M\i\
Tor ALBERTO PIHENTEL
llliisliacòcs de <!»nceiçila Silva
j1 purte=0 lloiiicm Fnfnl
2.» parte»A llullnr Falai
120 réis cada fascículo quinzenal
de 48 pnginas
Assigna-se em Lisboa no escriptorio
da Enipr«*za T»«44eiariu List>ynonH«'= Li-
banio & Cwtif.iT^ífua do Norte, 145. uns
principals livrarias, na Galeria Monaco
e nos estabelecimentos onde estiver o
eartaz-annuncio.
Agente no Porto==Centro de publica-
ções, 125, praça de D. Pedro, 126.
Km 'Coimbra = Agencia de negocios
univursatarinp. rua <lo Infante D. Augus-
to, e "Livraria França Amado.
o o
■ Biblrollrer» xrroiellia—n:'° I
João t llllUIIM
Na Brecha
£ t d (I! 1 biHlo-Volume com pn-faeio
<d e (I° áóejtor, )iro r«kA« r& ih Kdi(4<» iruignifica :da
. í Aqnina Úniversal ãe PwitioacÒe.8
o f\( jÉi. da Victoria, 38, Io, Lisboa
a
^ IjJ^Ein Olhão,encarrega-se de man
'■ dai vir, Sebastião P. S. Cruz.
OS AVENTUREIROS °° CRIME
POR JULES MAURY
Grande romance de aventuras amorosas, com maghificasillirstraçoes
30 réis por semana
c*í1FiVsía I"" í'" , i)3 l«i rclogio tle desperlailor!
• • i i.» % . i ' » . • .
Está publicado o 1.® tomo da 2 a edicção
Bibliolheca Sócial Operaria, rua Saraiva de Carvalho, 129. í.°— Lisboa
E ageute em Olhão o sr. Manuel Gonçalves Valentino—Typ. 0Íhxxne)i*e
SIAXIVIE vAliOIIIK
Assigimlura pcrinaiieiile
Novo romance de grande sensa-
ção; edição de luxo, em papel de
grand» formato,iIlustrada com tini*,
sumis gravuras francezas.—3 folliaB
ilhtsirndis com 3 gravuras e uma
capa. 60 réis por «çiuana;'ca<la sc^
ne 'de 15 f ÍIiom, o. hi 15 gravuias
em hn chuia, 300 léis.
Dois mugniticos brindes a cada aesig
nante—Whijeui «le Vm*cu «la Aia-
«•« á I■!«liit —Grau<liorno pano.
rapta «Ir Belein.
Pedidos «os editore.» B«dem & 0:% rua
do Marechal Saldenha, 26—Lisboa.
mm DIGCIONABIO
Enciclopédico Universal
Portuguez (Illustrado)
POK
Joaquim Õihiraives Pereira Juuior
(Professor t Jornalista)
Esta importante obra, iiiiích no
seu genero no nosso paiz, veio pre-
henelier Muna grande lacuna no n«<s-
so meio iitterario e scientitico. En-
cerra grande e variadíssima U«rpia
«le matérias e é prolusameiite iílns-
tr.ado.
E' distribuído aos fascículos se-
manaes de 100 réis, pagos no acto
ila « ntrega. Cada fascículo consta
(te 16 paginas, formato grande e
•esplendido papel, a 3 columnas,
bom typo. A obra conterá mais do
'6:000 magnificas gravuras inteical-
ladas no texto, como: mappas geo-
graphies, typos duutças, vistas de
cidailes, plantas, mouiiuientos, etc.
A distribuição do 1.° fascicuel
começou em 10 de março ultimo, o
regularmente será feita a dos «pie
se fbrem publicando Iodas as sema-
na»; devendo os pedidos de assigna-
tura, acompanhados da respectiva
iinpoi lanei», ser dirigidos á Empre
za Editora do Mestre. Popular Aper-
feiçoado, calçada de S. João <la
Praça, 17, 2.° —Lisbon.*
Indicador pra-
ctico de Pa-
ris
i: da
EXPOSIÇÃO DE 1900
POR
« M
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Preço 200 reis
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Tiaco— I£«* rélft—Editores: CSiiftmn-
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PARA AS CREANÇAS
VOLbMKS 8».MANAK8 DE CONTOS
Cada inez sae Um volume de con-
tos. E' auetoia d 'esta útil publica-
ção a ex.,UA sr.a 1>. Anna de Castro
Osorio.
O preço da assignst(rra é o se-
giiiuteo sendo o pagamento adianta-
do e por'6 inezes pelo menos :
Semestre em ;Portiígal 340
Anne, '680
Numero aVfilso 60
, Para o estrangeiro acresce o por-
te do correio.
A cobrança é feita por conta dofe
81*8. assignantes.
Ioda a Correspondência deve sei*
dirigida á auctora I). Anna de Cas-
tro Ooorio. — Sétuhal.
REMÍNISCENCÍAS
DO ALGARVE
por Pedro Tavares
Curioso e- inlerestaute livro de
3;>0 paginas sobre assumptos algar-
vios editado pela acreditada livra-
ria editora Tavares Cardoso & Ir-
mão, largo de- Can o- s, 5 « 6 —Lis-
boa.Preço 6(>0.réia
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