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Relatório Anual 2004Relatório Anual 2004
Sem fronteiras para o crescimento
1 Destaques 01
2 Mapa das operações 02
3 Marcas 04
4 Mensagem aos Acionistas 06
5 Gente e Cultura 11
6 Cerveja Brasil 15
7 Refrigerantes Brasil 21
8 América Latina Hispânica (HILA) 25
9 América do Norte 31
10 Sustentabilidade do Negócio 35
10.1 Responsabilidade Social 36
10.2 Meio Ambiente 40
10.3 Governança Corporativa 42
11 Alternativas de Investimento 45
12 A Equipe 46
13 Seção Financeira 47
Destaques
2003 2004 % 2004R$m R$m Variação US$m
Demonstração de Resultados Receita Líquida 8.684 12.007 38,3% 4.103
Lucro Bruto 4.640 7.226 55,8% 2.470
Despesas Gerais e Administrativas 2.334 3.611 54,8% 1.234
EBIT 2.306 3.615 56,8% 1.235
Lucro Líquido 1.412 1.162 -17,7% 397
Balanço Patrimonial Ativo Total 14.830 33.017 122,6% 12.438
Caixa e Equivalentes 2.534 1.505 -40,6% 567
Dívida Total 5.980 7.811 30,6% 2.943
Patrimônio Líquido 4.363 16.976 289,1% 6.395
Fluxo de Caixa e Rentabilidade EBITDA 3.072 4.537 47,7% 1.551
Margem EBITDA 35,4% 37,8% - -
Investimentos de Capital 862 1.267 47,0% 433
Retorno sobre o Patrimônio (%)* 32,7% 10,8% - -
Dados por ação ($/1.000 ações) Valor Patrimonial 115,07 310,76 170,0% 117,07
Lucro por Ação 37,23 21,26 -42,9% 7,27
Dividendos (ON) 23,14 20,86 -9,8% 7,92
Dividendos (PN) 25,45 22,95 -9,8% 8,71
Payout dividendos 71% 114% - -
Capitalização Capitalização de Mercado (R$ milhões) 26.392 40.424 53,2% 15.229
Dívida Líquida 3.447 6.305 82,9% 2.375
Participações Minoritárias 196 219 11,2% 82
Ações em Circulação (000) 37.913 54.627 44,1% -
ADRs Equivalentes (000) 379,1 546,3 44,1% -
*Lucro Líquido/Patrimônio Líquido (média trimestral).Valores em US$ foram convertidos a uma taxa média de câmbio de R$2,93 ou taxa de final do ano de R$2,65.Dividendos incluem distribuição de dividendos regulares e juros sobre capital próprio (valor líquido).Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos.
Receita líquida% total
Cerveja Brasil
RefrigeNanc Brasil
Outros Brasil
HILA
América do Norte*
*América do Norte consolidada apartir de 27/08/04.
Evolução do EBITDAR$ bilhões
20012000 2002 2003 2004
4,5
3,12,7
2,01,5
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0
30/1
2/04
30/0
6/04
30/1
2/03
30/0
6/03
30/1
2/02
28/0
6/02
28/1
2/01
29/0
6/01
28/1
2/00
15/0
9/00
38%35%37%
31%29%
Desempenho das açõesAmBev PN Bovespa
64%2%
12%
13%
9%
EBITDA Margem EBITDA
01
*Anúncio da aliança estratégica com Interbrew.Nota: Séries indexadas. 15/09/2000 = 100 (data do lançamento de ADRs na NYSE).
*
Mapa das Operações
02 AmBev Relatório Anual 2004
América do Norte
22 milhões HL mercado de cerveja canadense2 milhões HL exportações para EUA4 milhões HL vendidos*US$208 milhões EBITDA* 37% margem EBITDA**4 meses de consolidação em 2004.Nota: margem EBITDA para o ano fiscal 2004 em torno de 30%.
Brasil
85 milhões HL mercado de cerveja58 milhões HL cerveja vendidos19 milhões HL refrigerantes vendidosUS$1.162 milhões EBITDA40% margem EBITDA
América Latina Hispânica(HILA)
51 milhões HL mercado de cerveja*18 milhões HL cerveja vendidos**10 milhões HL refrigerantes vendidos**US$189 milhões EBITDA29% margem EBITDA *Considerando apenas os países atuais.** Considerando 100% dos volumes de Quinsa.
03
Com operaçõesem 13 paísesatravés dasAméricas, somosuma genuínacompanhia debebidas dasAméricas.
Do Alasca à
Patagônia
ArgentinaMercado de cerveja (m HL) 13,2 Consumo per capita (litros) 34 Capacidade instalada (m HL) 16,1
BolíviaMercado de cerveja (m HL) 1,9 Consumo per capita (litros) 21 Capacidade instalada (m HL) 2,8
BrasilMercado de cerveja (m HL) 84,5 Consumo per capita (litros) 47 Capacidade instalada (m HL) 98,3
CanadáMercado de cerveja (m HL) 21,7 Consumo per capita (litros) 69 Capacidade instalada (m HL) 15,0
ChileMercado de cerveja (m HL) 4,3 Consumo per capita (litros) 27 Capacidade instalada (m HL) 0,8
EquadorMercado de cerveja (m HL) 3,2 Consumo per capita (litros) 24 Capacidade instalada (m HL) 1,0
GuatemalaMercado de cerveja (m HL) 1,7 Consumo per capita (litros) 14 Capacidade instalada (m HL) 1,4
NicaráguaMercado de cerveja (m HL) 0,7 Consumo per capita (litros) 13 Capacidade instalada (m HL) -
ParaguaiMercado de cerveja (m HL) 1,6 Consumo per capita (litros) 27 Capacidade instalada (m HL) 2,2
PeruMercado de cerveja (m HL) 6,4 Consumo per capita (litros) 24 Capacidade instalada (m HL)* 1,0
República DominicanaMercado de cerveja (m HL) 2,7 Consumo per capita (litros) 31 Capacidade instalada (m HL)* 1,0
UruguaiMercado de cerveja (m HL) 0,5 Consumo per capita (litros) 14 Capacidade instalada (m HL) 1,1
VenezuelaMercado de cerveja (m HL) 14,8 Consumo per capita (litros) 57 Capacidade instalada (m HL) 2,2
* Corresponde a fábrica de cerveja em construção, com conclusãoprevista para o 2º trimestre de 2005.
Nota: Capacidade instalada refere-se apenas a cerveja (excluindorefrigerantes).
Fonte: AmBev (capacidade) e Canadean (estimativas de mercadoe de consumo per capita).
Bebidas para todas as ocasiões
Marcas
04 AmBev Relatório Anual 2004
e a República Dominicana. O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de refrigerantes, atrás somente dos Estados Unidos e do México, sendo que a
Serramalte e Polar, do sul do Brasil; e Kronenbier e Líber, cervejas não-alcoólicas. Somos também um dos maiores fabricantes e distribuidores
segundo refrigerante não-carbonatadas nas Américas. Nosso portfólio inclui o Guaraná Antarctica, o de refrigerantes e bebidas
adicionais, incluindo a Original, que mantém o sabor característico da Antarctica; Caracu, uma cerveja preta e nutritiva, originária da Irlanda;
mais consumido no mercado brasileiro e um dos 15 mais vendidos no mundo, cuja principal característica é um sabor único e diferenciado, derivado
Fratelli Vita.Além disso, a AmBev é a segunda maior engarrafadora do fruto do guaraná. Nosso portfólio no Brasil inclui também a água
da PepsiCo no mundo e distribui refrigerantes em vários países de todas as Américas, incluindo o Cone Sul, o norte da América do Sul, a América Central
com a PepsiCo, iniciada em 1997, tornou possível a integração da AmBev é a segunda maior produtora de refrigerantes do país.A parceria
de classe mundial, além de viabilizar o acesso a um portfólio mais nossa linha de produtos de refrigerantes com uma bebida de sabor cola
amplo, know-how e tecnologia para inovação em sabores e desenvolvimento de novas bebidas. Também envolve o
engarrafamento e a distribuição de produtos da Pepsi no Brasil e em outros países das Américas, com marcas destacadas, como Pepsi-Cola, Pepsi-
Twist e Pepsi X. Também fabricamos e comercializamos a Sukita, a Soda Limonada e a Tônica Antarctica, entre outras. Mais um resultado da
aliança com a Pepsi é a produção e a comercialização no Brasil da bebida isotônica esportiva mais vendida do mundo, a Gatorade.
beber.o Lipton Iced Tea no Brasil, o líder global do segmento de chás prontos paraComercializamos também
05
Uma genuínacompanhia de bebidasdas Américas
Em 2004, consolidamos nossa posição como Companhia de
Bebidas das Américas, estabelecendo operações nas três regiões
do continente, entendendo-nos da Patagônia até o Alasca.
Mantivemos uma atuação dinâmica e crescente na produção,
distribuição e comercialização de cerveja em todos os países
onde operamos.
Somos líderes no mercado de cerveja no Brasil, Canadá, Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Cumprimos o
objetivo consagrado em nosso nome, assim como o sonho estabelecido quando a Brahma e a Antarctica
formaram a AmBev, há cinco anos.
Depois de um ano de bons resultados, encerramos o exercício com um crescimento orgânico real do EBITDA
de 22%. Demonstramos que nossa companhia conta com cultura, pessoas e processos direcionados para
resultados, como forma de ser bem-sucedida tanto no Brasil como além de suas fronteiras. Desenvolvemos
processos proprietários e meios eficazes de replicar melhores práticas - que têm funcionado tão bem no
mercado brasileiro - em nossa crescente rede de unidades industriais, sistemas de distribuição e negócios de
bebidas em todas as Américas. Isso tem exigido um esforço de toda a companhia, em todos os níveis, para
garantir que tenhamos as melhores pessoas e políticas em cada uma de nossas operações, nos preparando para
competir pela liderança de mercado em todos os segmentos e países em que quisermos atuar.
Mensagem aos Acionistas
06 AmBev Relatório Anual 2004
Além de crescer em participação de mercado,
os volume de vendas, margens e lucros foram
mais altos em todos os países nos quais
operamos - e em alguns casos excepcionais.
Carlos Alves de BritoDiretor Geral
Juan Manuel Vergara GalvisDiretor de Operações Internacionais
Hoje a AmBev é a segunda maior cervejaria nas Américas em termos de volume e geração de caixa, além de segunda
maior fabricante da Pepsi no mundo. Excelência em operações e execução no ponto-de-venda, marcas fortes e rígida
disciplina financeira estão entre os fatores que permitiram à companhia arquitetar uma consistente recuperação de
market share de cerveja no Brasil, expandir os negócios de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas e ampliar ou
manter a participação em cada um dos mercados da América Latina Hispânica em que atuamos.Associados a um
aumento geral de participação de mercado, o volume de vendas, as margens e os lucros foram maiores – em alguns
casos benchmark internacional – nos países em que operamos. De especial importância foi o desempenho do nosso
parceiro estratégico Quinsa, que novamente obteve um crescimento excepcional no Cone Sul.
Esse crescimento foi coroado de êxito com a incorporação, em 27 de agosto de 2004, da base de operações
na América do Norte. A AmBev e a belga Interbrew (agora InBev), selaram uma aliança que incluiu a
incorporação da Labatt Brewing Company Limited, uma das maiores cervejarias do Canadá, como unidade da
07
Mensagem aos Acionistas
AmBev. A combinação com a Interbrew significou uma aliança global extremamente valiosa com uma das
maiores cervejarias internacionais. Ela nos proporcionou uma plataforma ampliada de exportação para os
Estados Unidos e outros mercados internacionais, enquanto a Labatt nos garantiu uma participação de 41%
no mercado canadense de cerveja. Estamos muito otimistas com as nossas perspectivas na América do Norte
e trabalhando na troca das melhores práticas entre Inbev e AmBev. O foco está em desenvolvermos uma
estratégia vitoriosa nessa nova e importante operação para acelerar nossa curva de aprendizado.
A incorporação da Labatt também influenciou positivamente os ratings de crédito corporativo da AmBev. Em
dezembro, a agência Standard & Poor’s elevou o rating da AmBev em moeda estrangeira para Grau de
Investimento, de BB- para BBB-, refletindo a forte solidez de nosso balanço patrimonial e transformando-nos
na primeira companhia brasileira a atingir esse status. Com isso, teremos maior acesso a financiamentos com
custos mais competitivos.
Esse reconhecimento não chega a ser uma surpresa para nós. Na AmBev, todos trabalhamos para alcançar
resultados sustentáveis e de longo prazo. Isso faz parte da nossa cultura orientada para o desempenho, da
energia e da capacidade de liderança do nosso pessoal. Também devemos destacar que, apesar de nos
concentrarmos agora na melhoria das nossas operações em todo o hemisfério, continuaremos a avaliar
novas oportunidades em mercados e países onde ainda não estamos presentes.
08 AmBev Relatório Anual 2004
Como atingimos nossas metas
Nossa expansão para fora do Brasil nos últimos anos combinou alianças, projetos greenfield e aquisições. Para
aproveitar integralmente as oportunidades que estão surgindo com esse processo, decidimos estabelecer uma
nova estrutura administrativa em 2004. Assim, designamos um Diretor Geral para cada uma das nossas novas
unidades de negócios: Brasil, América Latina Hispânica (que chamamos de HILA) e América do Norte. Essa
reestruturação incrementará substancialmente nossa habilidade de gerenciar de forma eficiente os nossos
negócios, ultrapassando fronteiras.
A AmBev é uma companhia que desafia a si própria diariamente. Sonhamos com o que parecem ser sonhos
impossíveis – e a nossa equipe altamente preparada e motivada arregaça as mangas para transformar seus
sonhos em realidade. Tornamo-nos hoje uma genuína companhia de bebidas das Américas, fruto de
incessante trabalho nos últimos cinco anos. Não esperamos menos no futuro. Buscamos alcançar margens
cada vez melhores, procurando sempre agregar valor econômico para os nossos acionistas. Aqui,
simplesmente, essa é a regra!
Disciplina financeira
1Gente &cultura
2Crescimentode receitas
3Melhora emexecução eeficiência emdistribuição
4Redução decustos edespesas
5Rentabilidade
09
A motivação, energia e capacidade de liderança das pessoas transformam nossos ambiciosos objetivos em
realizações. Somos uma companhia jovem (aproximadamente 80% dos nossos funcionários têm 35 anos ou
menos, enquanto a média de idade dos executivos é de 42 anos), integrada por batalhadores – todos com
vários anos de experiência na casa - que dedicam longas horas para alcançar ou ultrapassar as desafiadoras
metas que estabelecemos.
A nossa cultura de “Querer Sempre Mais” nos motiva e impulsiona o negócio. Cada um de nós é o seu
guardião, responsável pela sua preservação e disseminação. Ela é amplamente compreendida e aceita em todo
o sistema AmBev, no Brasil e nas Américas, e nos garante um diferencial competitivo ainda maior para manter
posições de liderança de mercado, maiores ganhos e custos reduzidos.
Pessoas talentosas euma cultura sólidaimpulsionam o negócio
Pessoas talentosas são uma das nossas maiores vantagens
competitivas. Os profissionais que recrutamos, com ativa
participação da diretoria, são os melhores do mercado.
Gente e Cultura
Nossa cultura nos
ajuda a manter a
liderança de
mercado
Gente AmBev
Industrial 15.670
Vendas e distribuição 14.739
Administrativo 3.965
Total 34.374
Funcionários em dezembro de 2004, incluindo Quinsa.
11
Principais elementos da nossa cultura
Gente e Cultura
Sonhar grandeNós alcançamos o inalcançável “sonhando grande”, sonhando o impossível. É tão fácil sonhar grande quanto
pequeno. Por isso, nós sonhamos grande. Encorajamos e desafiamos cada funcionário AmBev a buscar
mudanças, procurar melhores resultados e aperfeiçoar processos que atendam à nossa a urgência de atingir
metas ambiciosas. Nós acreditamos que as pessoas obtêm um melhor desempenho quando se sentem
desafiadas – então nós nos desafiamos o tempo todo.
Foco em resultadosAumentos consistentes e sustentáveis nos lucros são o único caminho para crescermos e criarmos oportunidades
para os nossos colaboradores. Cada um de nós tem uma série de metas ligadas aos objetivos corporativos da
AmBev, e todos temos de achar a melhor forma de alcançá-las – sempre baseados em comportamentos éticos
e na transparência, sem sacrificar a qualidade dos nossos produtos e marcas.
Uma empresa de donos remuneradoscomo donosNosso pessoal é estimulado a trabalhar como donos da AmBev – não como funcionários. Recompensar talentos
e bons resultados está no coração da nossa cultura, pautada na meritocracia. Assim, adotamos um estimulante
programa de remuneração variável, enquanto os funcionários de desempenho excepcional integram um plano
de participação acionária.
Atrair e reter as melhores pessoasRecrutar, educar, motivar e reter os melhores profissionais do mercado é um processo-chave na nossa cultura
e para o alcance de bons resultados. Os executivos são envolvidos no recrutamento, que inclusive conta com
a participação do CEO no final do processo de seleção.
12 AmBev Relatório Anual 2004
Trabalhar duro e com entusiasmoNós estabelecemos objetivos ambiciosos. Eles não somente pressionam a concorrência, mas resultam em mais
oportunidades, projetos e sucesso em um período mais curto de tempo. Cada um de nós deve estabelecer
prioridades e desenvolver nossas próprias vantagens competitivas.
Liderar a partir de exemplos pessoaise ver de perto como as coisasacontecemIsso significa despender muito tempo “no campo”, falando com clientes e com as nossas próprias equipes de
frente. Queremos ver as coisas com os próprios olhos, para termos uma melhor idéia de como elas realmente
acontecem. Não há paredes internas dentro dos nossos escritórios – um reflexo da forma simples, aberta e
informal com que fazemos negócios.
Tolerância zero para preservação danossa culturaTemos a clara compreensão de que a nossa cultura é o que realmente nos faz diferentes. Por essa razão,
estamos totalmente comprometidos com a sua manutenção, respeitando-a e praticando-a dentro de uma
política de tolerância zero. A paixão pela nossa cultura é que nos leva a conseguir o que outros poderiam
considerar impossível.
ÉticaA AmBev pratica sua singular cultura de uma forma que gera valor para os acionistas, executivos, clientes,
funcionários, fornecedores, governo e sociedade, sempre com base na rígida observação dos princípios e
padrões descritos no seu Código de Ética.
13
68%marketshare
Apesar desse mix estar mudando, como
resultado do nosso crescimento por todo o
hemisfério – a receita da Cerveja Brasil passou
de 81% do EBITDA em 2003 para 64% no final
de 2004 – Cerveja Brasil ainda é a nossa
principal divisão de negócios e continuamos
sendo líderes absolutos no mercado brasileiro,
com um forte portfólio que inclui as três maiores
marcas no país.
Ficamos especialmente satisfeitos com a
habilidade que demonstramos, durante o ano,
para recuperar consistentemente a fatia de
mercado perdida em 2003, que havia recuado
para 62,5%. Naquele momento, enfrentamos
uma agressiva guerra de preços e maiores
investimentos em marketing por parte da
nossa concorrência. Nossa divisão de Cerveja
Brasil reagiu, durante 2004, posicionando-se
em pé-de-guerra, voltando ao básico, com
foco na disciplina e execução de vendas
e distribuição. E obtivemos resultados
animadores: no final do ano, os volumes
aumentaram 4,6% e nossa participação no
mercado brasileiro voltou a subir para 68%.
Alcançamos um EBITDA de R$2.911 milhões, o
que representa um crescimento orgânico
substancial.
A bem-sucedida volta por cima em 2004 deve-se
a uma combinação de iniciativas agressivas que
foram conduzidas durante o ano. O fato é que
nós adoramos competição: ela revela o melhor
no nosso pessoal. Campanhas de marketing
reforçaram a preferência e a lealdade às nossas
principais marcas, programas comerciais focaram
na alta qualidade de atendimento nos pontos-
de-venda e garantiram a disciplina e excelência
da execução nesses locais, entre outras práticas.
Apesar de os esforços pela participação de
mercado em 2004 gerarem mais gastos com
vendas e marketing, nós fomos capazes de
Capacidade derecuperação comprovada
Mesmo com a nossa expansão pelas Américas, o enorme,
diversificado e desafiador mercado de cerveja brasileiro
permanece sendo a maior fonte de lucros da AmBev.
Cerveja Brasil
1de pontos-de-venda
15
milhão
ampliar em 1 ponto percentual o benchmarking
de margens operacionais de Cerveja Brasil. Isso
foi possível pelo foco no controle de custos e
de despesas administrativas não-estratégicas, e
da melhoria da eficiência nas fábricas.
Depois da recuperação em 2004, estamos
muito bem-posicionados para aproveitar o
reaquecimento da economia brasileira iniciado
durante o ano. O crescimento do mercado deve
ajudar a impulsionar vendas e expandir
margens. Nesse sentido, esperamos que um
maior poder aquisitivo estimule as vendas de
cerveja acima do ritmo do crescimento
econômico orgânico. Não há dúvidas de que a
recuperação da economia brasileira e a
confiança do consumidor finalmente chegaram
ao mercado de cervejas.
Mas não pretendemos trabalhar passivamente:
cada funcionário da AmBev no Brasil está
sendo desafiado a tornar-se parte do esforço
contínuo de aumentar ainda mais o mercado
de cerveja no país, e adotamos iniciativas
específicas para garantir que esse objetivo seja
alcançado. Isso significa que devemos
continuar a superar o desempenho da
concorrência em todos os níveis, desde o
posicionamento da marca à execução no
ponto-de-venda.
Continuamos a implementar consistentemente
nosso programa de instalação de coolers,
refrigeradores especiais que mantêm a cerveja
na temperatura ideal para o consumo, e ao
final do ano já estávamos próximos de
alcançar nossa meta de número de unidades
em pontos-de-venda no Brasil.
Também reestruturamos a maior parte da força
de vendas do nosso sistema de distribuição
direta, com a mudança do antigo critério
baseado em equipes distintas para cada marca.
Agora contamos com equipes de vendas
Habilidade em superarcondições adversas
Temos a certeza de que a recuperação da economia
brasileira e a confiança do consumidor finalmente
chegaram ao mercado de cerveja
Cerveja Brasil
Volume por marca
Skol
Brahma
Antarctica
Bohemia
Outras
54%
27%
15%
2% 2%
16 AmBev Relatório Anual 2004
42%margemEBITDA
EBITDA
bilhão
multimarcas, para cada região onde atuamos
com distribuição direta. A nova estratégia de
portfólio garante forte apoio para as nossas
iniciativas de gerenciamento de receita.
Essa estratégia também está sendo expandida
para a nossa rede de distribuidores
terceirizados, transformando antigos
operadores de marcas únicas em distribuidores
multimarcas. Nossa rede de distribuidores
representa uma fonte de know-how de
marketing e de distribuição extremamente
importante, com a qual pretendemos
compartilhar e trocar melhores práticas de uma
maneira mais estruturada.
Em 2004 atingimos centenas de milhares de
pontos-de-venda e uma audiência na casa dos
milhões de pessoas com a nossa campanha de
consumo responsável de álcool, quando
demonstramos a nossa responsabilidade social
ao mesmo tempo em que melhorávamos a
percepção das marcas.
Outro motivador dos bons resultados em 2004
foi a nossa habilidade de inovação, sempre um
importante diferencial competitivo da AmBev.
Lançamos marcas e embalagens diferenciadas,
com o objetivo de criar um portfólio de cerveja
mais diversificado no Brasil, agregando valor ao
mercado. Os lançamentos incluíram:
SKOL BIG NECK: Lançamos essa marca popular
em uma nova garrafa long neck de 500 ml, com
tampa de rosca e boca mais larga especialmente
desenvolvida para consumidores que procuram
praticidade e prazer na hora de beber.
BOHEMIA ESCURA: Incrementamos a
distribuição sazonal dessa cerveja escura, para
manter uma operação contínua durante o ano
inteiro, em resposta à demanda popular. Ela
também passou a ser engarrafada em uma versão
long neck de 355 ml.
BOHEMIA WEISS: Essa cerveja especial,
produzida sazonalmente, à base de trigo,
US$1,0
Evolução do EBITDAR$ bilhões
2002 2003 2004
2,9
2,52,43,0
2,0
1,0
0
17
adicionais de impostos por ano, ao mesmo tempo
em que elimina descontos artificiais no segmento
das cervejas, subsidiados pela evasão fiscal.
Estamos otimistas com a recuperação econômica
do Brasil iniciada em 2004 e com as perspectivas
de crescimento sustentável nos próximos anos,
favorecendo o mercado de cerveja. A infra-
estrutura atual da AmBev sustenta volumes
maiores: se nós aumentarmos os volumes de
vendas nos níveis projetados, isso não implicará
crescimento significativo nos custos fixos,
permitindo, assim, uma ampliação das nossas
margens. Com o apoio de melhor atendimento e
mais eficiência na execução no ponto-de-venda,
além de estratégias de preços mais específicas,
direcionadas a melhorar o desempenho das
nossas marcas, acreditamos que são melhores do
que nunca as perspectivas de aumentar a
participação de mercado no Brasil, o resultado
final e a agregação de valor para AmBev.
tornou-se tão popular – vendeu um estoque
de quatro meses em apenas 15 dias – que
decidimos produzi-la durante o ano inteiro.
BOHEMIA ROYAL ALE: Nossa cerveja ale é
resultado de uma mistura única de maltes
especiais importados da Europa e é a primeira
cerveja tipicamente inglesa produzida em
larga escala no Brasil.
ILHA DO CHOPP: Desenvolvemos uma
franquia de chopp especialmente para shopping
centers, aeroportos e outras áreas públicas.
LIBER: Primeira e única cerveja sem álcool do
país, com odor e sabor aprovados pelos
consumidores, a Líber é mais do que o
lançamento de um produto: ela abre um novo
segmento de mercado.
Encontramos um ambiente de preços mais
saudável no Brasil em 2004. Ficamos
particularmente satisfeitos com a iniciativa de
longo prazo que desenvolvemos em conjunto
com o governo federal e que culminou, durante o
ano, com a bem-sucedida implementação de
medidores de vazão no mercado brasileiro de
cerveja. Essa medida deve permitir que o governo
federal arrecade cerca de R$700 milhões
Lançamento de produtosinovadores e excepcionais
Uma iniciativa de longo prazo, em conjunto com
o governo brasileiro, resultou na instalação
bem-sucedida de medidores de vazão na
indústria de cerveja
Cerveja Brasil
Market share (Dez 2004)
AmBev
Molson
Schincariol
Outros
Fonte: ACNielsen
68%
10%
12%
10%
18 AmBev Relatório Anual 2004
Carlos Brito
“Estamos orgulhosos com a nossa vigorosarecuperação de market share. Essa vitória
foi resultado da dedicação de nossa equipe,que demonstrou verdadeiro compromisso
e excelente capacidade de execução.”
19
60%
62%
64%
66%
68%
70%
dez/
04
set/0
4
jun-
04
mar
-04
dez
/03
set/0
3
Market Share
Fon
te:A
CN
iels
en
Foco Gerando Resultados
17%marketshare
19hectolitrosvendidos
milhões
21
Temos um portfólio completo de bebidas
não-alcoólicas, incluindo o guaraná mais
vendido do país e a segunda marca de sabor
cola, além de água mineral, bebidas isotônicas
e chás gelados.
Obtivemos R$425,1 milhões de EBITDA, ante
R$245,9 milhões no ano anterior, e alcançamos
margens de 30%, nunca antes vistas na
indústria de refrigerantes.Aumentamos a receita
líquida por hectolitro e os volumes de venda,
enquanto a participação de mercado subiu
0,3 ponto percentual, reforçando o potencial de
crescimento das nossas marcas em 2005.
Eficiência operacional foi essencial para esses
resultados. Os custos fixos permaneceram
estáveis, enquanto nós restringimos os custos
variáveis, ajudando substancialmente o resultado
final da companhia. Outro fator importante foi o
desempenho da nossa mesa de operações, com
a contratação de oportunas operações de hedge
durante o ano que contrabalançaram a elevação
de preços de algumas commodities utilizadas
nos nossos processos de fabricação,
especialmente açúcar e alumínio.
Os segmentos de bebidas carbonatadas (CSD) e
de bebidas não-alcoólicas e não-carbonatadas
(NANC) continuam a ser importantes
componentes da nossa estratégia de crescimento
sustentável em longo prazo, aproveitando
significativas sinergias com o nosso negócio
principal de cerveja. A proposta básica é
complementar o intenso foco da AmBev nas
vendas de cerveja. Nessa linha, os negócios CSD
e NANC lucraram diretamente com a aplicação
bem-sucedida das nossas técnicas de fixação de
preços do mercado de cerveja.Além disso, cerca
de 50% dos produtos da divisão vêm de fábricas
mistas, que engarrafam cerveja e refrigerantes,
Margens recordes em nossaunidade de refrigerantes no Brasil
2004 foi um ano em que tudo correu bem para a nossa
unidade de negócios de refrigerantes no Brasil, onde somos o
segundo maior participante desse mercado, que é o terceiro
maior de refrigerantes do mundo, atrás somente dos Estados
Unidos e do México.
Refrigerantes Brasil
refrigerante energético que combina a fórmula
original do nosso refrigerante mais famoso
com um conteúdo energético especial extraído
do fruto do guaraná, e Pepsi X, o novo
refrigerante energético tipo cola da Pepsi.
Estamos constantemente buscando formas de
melhorar a distribuição de refrigerantes e a
execução no ponto-de-venda. Um exemplo é a
campanha do Clube dos Craques, criada para
estimular vendas em pequenos supermercados.
Nossa força de vendas e equipes de
merchandising visitaram milhares de
estabelecimentos durante o ano para estimular
uma melhor exposição das marcas da AmBev e
criar relacionamentos mais fortes com os varejistas
Os laços operacionais que mantemos desde
1997 com a PepsiCo, para a distribuição dos
seus produtos em todo o país, também foram
fortalecidos em 2004. A parceria, que
onde há muitas oportunidades para aproveitar
sinergias de produção.
A melhora no posicionamento de preços,
associada à ênfase em produtos de margem
mais alta no portfólio principal de refrigerantes
– como Guaraná Antarctica, Pepsi-Cola, Pepsi
Twist e Gatorade – levaram a um aumento de
vendas líquidas de quase 10% em 2004 e a uma
expansão da margem EBITDA de 11 pontos
percentuais em relação a 2003.
Conseguimos obter um bom aproveitamento
das nossas economias de escala e da execução
consistente de melhores práticas de
distribuição, com atendimento a 1 milhão de
pontos-de-venda no Brasil. Um exclusivo e
sofisticado sistema de distribuição garante que
consumidores possam sempre encontrar o
nosso diversificado portfólio de marcas de
refrigerantes, que inclui Guaraná Antarctica,
Pepsi-Cola e Gatorade, em qualquer local do
país, que é de proporções continentais.
Como no caso da cerveja, a divisão de
refrigerantes também apresentou inovações
em 2004. O principal exemplo foi o
lançamento do Guaraná Antarctica Zon, um
Refrigerantes Brasil
Economias de escala emelhor distribuição
Nossa força de vendas visitou milhares de
estabelecimentos durante o ano para
estimular uma melhor exposição das
marcas e aprofundar o relacionamento
com os varejistas
Market share (Dez 2004)
AmBev
Coca-Cola
Outros
Fonte: ACNielsen
52%
17%
31%
22 AmBev Relatório Anual 2004
viabilizou a integração do nosso portfólio de
refrigerantes com uma bebida tipo cola de
renome mundial, proporciona à AmBev acesso
a um portfólio mais amplo, tecnologia e
know-how de inovação em sabores e
desenvolvimento de novas bebidas.
Nossos negócios de refrigerantes estão se
beneficiando de forma evidente com a tendência
dos consumidores brasileiros de procurar estilos
de vida mais saudáveis e ativos e a maior renda
disponível. O mercado de refrigerantes no Brasil
é ainda maior que o de cerveja, e a retomada do
crescimento econômico nos deixa confiantes de
que a AmBev fará importantes incursões no
futuro próximo.
margemEBITDA
EBITDA
milhõesUS$147
Evolução do EBITDAR$ milhões
2002 2003 2004
429
246
189
500
400
300
200
100
0
23
29%
11
Cada um dos 11 países da divisão contribuiu
para o seu sucesso geral. A Divisão HILA
obteve um crescimento de 83,7% nas receitas
e de 114,7% no EBITDA, que representou
10% do total da AmBev.
Maiores ganhos e vendas em toda a região da
HILA durante o ano também podem ser
atribuídos à implementação do programa
para replicar em outros países as lições do
nosso sucesso brasileiro. Isso incluiu o projeto
para introduzir melhores práticas de
gerenciamento em todas as operações da HILA
extra-Quinsa, a partir da checagem de pontos
tipo “plano de vôo” que procurou assegurar o
alinhamento com processos e práticas
selecionados a partir de um benchmarking
com as nossas experiências brasileiras. Também
começamos a centralizar as funções
administrativas da HILA, com a integração das
suas unidades à rede central da AmBev, por
meio do sistema de gestão SAP/R3. Mantendo
a simplicidade, atendo-se ao básico e
reproduzindo o que realmente funciona, o
programa começou a mostrar resultados: em
2004, nós ganhamos ou mantivemos
participação de mercado em cada um dos
países da Divisão HILA.
QUINSA: Nosso parceiro estratégico desde
2002, a Quinsa foi o principal gerador de lucros
da divisão, aumentando volumes e
apresentando uma excepcional margem EBITDA
de 39% para o ano, além de superar as metas
pré-acordadas de melhores práticas e sinergias
capturadas com a aliança Quinsa-AmBev. A
Quinsa fortaleceu a sua posição como a
cervejaria número 1 na Argentina, Bolívia,
Crescimento sólido e consolidação regional
Abrangendo uma população total equivalente à do Brasil,
a Divisão América Latina Hispânica (HILA) apresentou
resultados excelentes em 2004, principalmente em razão
do crescimento orgânico da Quinsa, nosso parceiro
estratégico para o Cone Sul, e de resultados sólidos e
constantes no norte do continente sul-americano.
América Latina Hispânica (HILA)
28hectolitrosvendidos
milhões
países
25
portfólio da InBev. A margem de EBITDA
cresceu 3,6 pontos percentuais para 37,8%.
� Bolívia: Os volumes dessa operação
altamente rentável cresceram aproximadamente
16% em 2004, colocando a infra-estrutura
industrial na Bolívia na capacidade máxima.
O ano foi notável pela implementação de um
Plano Master de Vendas e Distribuição e pela
padronização de processos e práticas
administrativas. A Bolívia é uma importante
parte na composição de lucros da Quinsa,
representando aproximadamente um terço da
contribuição da Argentina.
� Chile: As iniciativas nesse país, em 2004,
tiveram como objetivo o aumento sustentável
da participação de mercado da Cervecería Chile,
para um nível de dois dígitos, mesmo após a
perda da marca Heineken. A cerveja Becker foi
relançada em uma nova garrafa retornável com
Uruguai e Paraguai e buscou o aumento da sua
participação no mercado do Chile.
Os principais resultados das operações da
Quinsa são os que se seguem:
� Argentina: O mercado de cerveja cresceu
3% em 2004, atingindo um recorde histórico
no país. Pela primeira vez em muitos anos, o
consumo per capita de cerveja ultrapassou o
de vinho de mesa. A substituição de vinho por
cerveja se acelerou durante o ano como
resultado de um preço relativo favorável à
cerveja. Durante o ano a Cervecería y Maltería
Quilmes (“CMQ”) completou a fusão de suas
divisões de cerveja e refrigerantes e consolidou
com sucesso três sistemas de distribuição em
um único, sem perda de market share. A CMQ
também continuou a centralizar as funções
administrativas do Paraguai, Uruguai e Chile,
sem aumentar o número de funcionários. Por
meio de benchmarking internacional com a
AmBev, a CMQ foi capaz de continuar
reduzindo custos de matéria-prima,
melhorando qualidade e eficiências. Uma
importante iniciativa em novembro de 2004 foi
o lançamento da marca Stella Artois, do
América Latina Hispânica (HILA)
Desempenho marcante nasoperações da Quinsa
Com a adoção de melhores práticas,
a Quinsa ultrapassou os objetivos
preestabelecidos de captura de sinergias
a partir da aliança Quinsa-AmBev
Volume por país
ArgentinaBolíviaVenezuelaParaguaiPeruRepública Dominicana UruguaiChileGuatemalaEquador
Nota: Considerando 100%dos volumes de Quinsa.
1%1%1%3%
5%
8%
6%
7%
8%
60%
26 AmBev Relatório Anual 2004
tampa de rosca, o que deve permitir a conquista
de participação de mercado.
� Paraguai: Os volumes de vendas da
Cervepar subiram aproximadamente 14% em
2004, recuperando-se de um marasmo no
mercado em 2003. A fábrica de Ypane operou
com capacidade máxima durante a maior parte
do ano. A segmentação da força de vendas
entre a Brahma e a Pilsen permitiu que a
primeira ganhasse maior distribuição e se
tornasse líder de mercado no país. A geração
de caixa operacional subiu aproximadamente
45% em relação ao ano anterior, e foram
aprovados US$10 milhões em investimentos
para a construção de uma nova fábrica de
garrafas de vidro, com capacidade para
100 toneladas/dia, com o objetivo de fornecer
mais de 20% da demanda total da Quinsa.
� Uruguai: Em 2004, as operações da
Quinsa no país recuperaram-se de dois anos
difíceis, em 2002 e 2003. Os efeitos da virada
trouxeram resultados marcantes: o fluxo de
caixa operacional aumentou aproximadamente
150%, bem acima da meta original, tornando-
se o desempenho de destaque no portfólio da
Quinsa durante o ano. Os volumes de cerveja
foram aproximadamente 30% maiores,
revertendo a tendência de queda observada
desde 1997. Um agressivo programa de
redução de custos e significativa melhoria nos
refrigerantes também foram agentes desses
resultados excepcionais.
AMÉRICA CENTRAL: A nossa estratégia na
região consiste em combinar a experiência
da AmBev em produzir cerveja de alta
qualidade – aos menores custos possíveis –
com a nossa tecnologia de vendas de
cerveja e o apoio da sólida plataforma de
distribuição de nosso parceiro CabCorp
(a primeira engarrafadora da PepsiCo na
América Central), com quem constituímos
US$657receitalíquida
milhões
US$37líquidapor HL
receita
Evolução do EBITDAR$ millhões
2002 2003 2004
552
257
135
600
400
200
0
27
posição de liderança no mercado de
refrigerantes. O projeto integra o plano de
investimento de US$100 milhões em três anos,
que inclui também a construção de uma
cervejaria greenfield, com início da produção
previsto para meados de 2005.
EQUADOR: Depois de entrarmos no mercado
de cerveja equatoriano, em novembro de 2003
– por meio da aquisição de 80% da Cervecería
Sulamericana, com uma cervejaria estado da
arte em Guayaquil – lançamos a marca Brahma
no início de outubro de 2004 e estamos
bastante otimistas com os primeiros resultados.
As vendas da Brahma deslancharam, apoiadas
por um plano de marketing bem-executado.
Acima de tudo, a demanda de clientes e
consumidores está sendo atendida por um
sistema de distribuição direta da AmBev
Equador totalmente reestruturado, baseado em
uma joint venture. E essa estratégia está
funcionando. Na Guatemala, a cerveja
Brahva obteve uma participação de mercado
de mais de 20% e forte reconhecimento de
marca em menos de um ano desde o início
da operação greenfield da Cervecería Rio.
Foram obtidos lucros desde os seus
primeiros meses. Nos expandimos para a
Nicarágua a partir dessa unidade,
conquistando mais de 10% de participação
de mercado em menos de seis meses.
REPÚBLICA DOMINICANA: Em fevereiro,
inspirados na operação com a CabCorp na
Guatemala, anunciamos a aquisição de 51%
da Embotelladora Dominicana (EmboDom).
A empresa é a principal engarrafadora da
PepsiCo no Caribe e a maior fabricante de
refrigerantes da República Dominicana, com
capacidade para produzir 2,5 milhões de
hectolitros por ano. A unidade está gerando
importantes resultados financeiros para a
companhia, com margens EBITDA
consistentemente em torno de 25%.
Atualmente, está expandindo o sistema de
distribuição, para dar mais suporte à sua
Novas unidades já geram bons resultados
No final do ano, a Brahma já havia alcançado
market share de dois dígitos no Equador,
enquanto melhorávamos rapidamente o sistema
de distribuição de refrigerantes no Peru
América Latina Hispânica (HILA)
91%
9%
EBITDA de HILA
Quinsa
HILA-ex*
*Excluindo Quinsa.
28 AmBev Relatório Anual 2004
Guayaquil e Quito e nos mercados mais
relevantes do interior. No final do ano, a
Brahma já havia conquistado dois dígitos de
participação de mercado no país.
PERU: Uma melhoria no sistema de
distribuição de refrigerantes foi realizada
rapidamente durante o ano. Introduzimos
algumas ferramentas de venda da AmBev no
nosso sistema de distribuição direta em Lima,
iniciando por áreas-chave no norte do país,
anteriormente atendidas por um distribuidor
terceirizado. A transição ocorreu normalmente
e a cobertura e os volumes reagiram
favoravelmente. A construção de uma nova
fábrica de cerveja em Lima continua a pleno
vapor; as vendas devem começar já na primeira
29%margemEBITDA
US$189EBITDA
milhões
Evolução do volumemilhões HL
2002 2003 2004
28,4
20,619,3
30
20
10
0
metade de 2005, com o apoio do nosso
sistema de distribuição de refrigerantes, que
está em franca expansão.
VENEZUELA: Ficamos entusiasmados com os
grandes progressos registrados na Venezuela.
Para impulsionar as vendas em Caracas,
colocamos nosso foco na excelência no
atendimento ao cliente, desenvolvimento de
marca e propaganda. A estratégia resultou em
um aumento de 44% nos volumes de venda
de cerveja e bebidas maltadas. Em outubro,
reposicionamos a imagem da Brahma Light,
nosso principal produto, obtendo um impacto
positivo nas vendas: no final do ano a sua
participação de mercado atingiu o nível
recorde de 14%.
29
42%marketshare
Como a indústria de cerveja canadense não era
originalmente uma meta de expansão, a fusão
com a Labatt é outro exemplo de que sermos
ágeis, criativos e sabermos aproveitar as
oportunidades permite cria valor para a AmBev.
Estamos muito animados com a Labatt. A
companhia, que tem um histórico de
crescimento consistente em volumes e preços,
fabrica e distribui um amplo portfólio de
marcas, com cervejas especiais produzidas no
país e importadas, marcas premium e de
segmentos de preço. A Labatt também fabrica
e distribui a Budweiser, a marca nº 1 e de
crescimento mais veloz do Canadá, sob licença
efetiva da Anheuser-Busch por um prazo de
mais de 90 anos. Toda a cerveja da companhia,
exceto as especialidades importadas, é
produzida no Canadá em oito fábricas
espalhadas pelo país.
Para nós, a Labatt apresentou algumas
significativas vantagens e oportunidades:
Acesso a uma importante fonte de
receitas, com uma grande participação
imediata no mercado canadense. Com 22
milhões de hectolitros, o Canadá é maior do
que qualquer outro dos nossos atuais mercados
na América Latina, com exceção do Brasil. É um
mercado em que o poder de compra do
consumidor é muito alto: as vendas líquidas por
hectolitro no Canadá, de mais de US$160, são
quatro vezes maiores do que no Brasil.
Controle de um grande negócio.A margem
EBITDA da Labatt em 2004 foi de quase 30%.
Ela foi a marca nº 1 e co-líder do mercado
Preparada para maioresmargens após aincorporação da Labatt
Ingressamos diretamente no mercado da América do Norte
em 2004, ao concluirmos, no terceiro trimestre, a
incorporação da Labatt Brewing Company Limited, uma das
duas maiores cervejarias do Canadá, como parte da nossa
aliança estratégica com a belga Interbrew (agora InBev).
América do Norte
22milhõeshectolitrosmercado
31
Unidos, Europa e Ásia, a Brahma está agora
preparada para se tornar uma forte marca
global. Também estudaremos como
incrementar as exportações da Labatt para os
Estados Unidos: apesar de um desempenho
tímido em 2004, esse é um negócio de
tamanho considerável, envolvendo mais de 1,5
milhão de hectolitros, o que nos leva a
reavaliar a estratégia para uma retomada.
A integração da Labatt e da AmBev está sendo
executada suavemente. Designamos Carlos
Brito, um dos nossos mais destacados
executivos, para supervisionar as operações
enfrentar marcas de desconto no Canadá,
reforçando o desempenho da Labatt.
Além do Canadá, a combinação com a InBev
proporciona à AmBev uma plataforma mundial
para estabelecer um negócio de exportação.
Por meio das operações da InBev nos Estados
canadense de cerveja, com 42% de participação
em volume, e tem um sólido portfólio de
marcas, incluindo as campeãs de venda Labatt
Blue, Alexander Keith’s, Kokanee e Budweiser.
Oportunidades consideráveis de redução
de custos e de melhoria de receitas.
Impulsionando técnicas de vendas
desenvolvidas no Brasil, identificamos e
prevemos US$60 milhões em redução de custos
a serem alcançados nos próximos três anos.
Um mix de receitas mais equilibrado em
diferentes moedas. Esse fator já nos levou a
uma elevação para Grau de Investimento nos
ratings de crédito em moeda estrangeira da
companhia pela Standard & Poor’s, que passou
para BBB-, facilitando o acesso a
financiamentos mais baratos.
Reconhecemos que o crescimento recente no
segmento de preços do mercado de cerveja em
Ontário representa uma preocupação, mas
essa não é uma situação nova para nós: a
AmBev enfrentou lacunas de preços similares
em nosso principal mercado. Em 2005,
aplicaremos a nossa comprovada experiência,
desenvolvida especificamente no Brasil, para
Foco em capturar sinergiase aumentar as margens
Utilizaremos a comprovada experiência
desenvolvida pela AmBev no Brasil para
combater as marcas de desconto no
Canadá e tornar a execução mais eficiente
América do Norte
32 AmBev Relatório Anual 2004
norte-americanas e a qualificada equipe
gerencial canadense. Estamos agora
começando a implementar cuidadosamente
nossas melhores práticas, metodologias de
estabelecimento de metas, avaliação de
desempenho e políticas de remuneração de
funcionários, trazendo para a Labatt a cultura,
a experiência e os valores da AmBev. Nosso
foco tem sido efetivar o processo de integração
das pessoas na Labatt com as operações da
AmBev no Brasil e na América Latina,
estendendo efetivamente nossa cultura para
todas as Américas.
EBITDA emquatromeses
líquida porhectolitro
US$153receita
US$ 208milhões
Volume por região
Oeste
Quebec
Ontário
Atlântico
30%
28%
31%
11%
33
A responsabilidade
voluntária está no
topo da pirâmide
e guia nossas
ações com as
comunidades e
organizações
Um imperativo moral eempresarial
Temos certeza de que, como uma das maiores companhias de
bebidas do mundo e a única cobrindo todas as Américas,
praticar a responsabilidade social, respeitar e preservar o meio
ambiente e a boa governança corporativa não são apenas um
dever – são um imperativo moral e empresarial.
Acreditamos que um compromisso sério com a nossa responsabilidade social e corporativa está diretamente ligado
ao nosso propósito essencial como companhia. Por isso, trabalhamos para incutir esses valores em toda a rede
internacional da AmBev, encorajando cada afiliada a ir além dos requerimentos e padrões mínimos legais exigidos.
Para garantir a sustentabilidade do nosso negócio, assumimos quatro níveis de responsabilidade:
a necessidade de sermos lucrativos, porque a AmBev deve ser lucrativa para perpetuar sua filosofia geral
e principais crenças, que é gerar empregos e renda, melhorar a qualidade de vida nas comunidades onde
atuamos, ser responsável para com o seu capital humano. É isso, no fim das contas, que nos permitirá crescer
e criar valor para os acionistas.
Há também a necessidade de responsabilidade legal, que significa pagarmos todos os nossos impostos
pontualmente, obedecermos às regulamentações e legislações ambientais e todas as outras obrigações legais
nos países e comunidades onde atuamos.
Um terceiro nível da nossa responsabilidade inclui a necessidade de responsabilidade ética: isso é
refletido diariamente nas atitudes dos funcionários da AmBev, que se comprometem com os padrões
enunciados em nosso Código de Ética.
No topo da pirâmide está a necessidade de responsabilidade voluntária. Essa categoria demonstra que
consideramos seriamente o nosso dever de ser uma boa empresa-cidadã e membro pró-ativo da sociedade.
É essa responsabilidade que guia as nossas ações dirigidas a comunidades locais e organizações.
Sustentabilidade do Negócio
35
Sustentabilidade do NegócioResponsabilidade Social
Ir além do esperado
36 AmBev Relatório Anual 2004
Nosso programa
de consumo
responsável é
pioneiro no Brasil
e alinhado a
iniciativas
internacionais
No Brasil, as ações sociais da AmBev estão focadas em três
projetos principais: promover o consumo responsável de bebidas
alcoólicas; ampliar a reciclagem de embalagens; e estimular o
cultivo do fruto do guaraná, para colaborar com o
desenvolvimento econômico e social da Região Amazônica.
Além disso, como uma das maiores companhias de bebidas do mundo, entendemos que devemos ir além do que é
esperado de nós para fomentar a responsabilidade social. Nesse sentido, a AmBev é um membro ativo do Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), organização que tem como principal objetivo
contribuir ativamente para uma sociedade economicamente desenvolvida, mais justa e ambientalmente sustentável
no Brasil.Também somos associados ao Instituto Ethos, uma reconhecida organização não-governamental brasileira
que ajuda as companhias a administrarem os seus negócios de uma maneira socialmente responsável.
Consumo responsável de álcool: Nosso programa de Consumo Responsável é um projeto pioneiro no
Brasil, que está alinhado a iniciativas similares promovidas por outras grandes companhias de bebidas. Ele
procura conscientizar os consumidores sobre os perigos de beber e dirigir e implementar medidas para proibir
a venda de bebidas alcoólicas para menores.
Em 2004, a principal ação do projeto foi o lançamento do programa de Consumo Responsável nas estradas,
por meio de um projeto-piloto na Rodovia Presidente Dutra, que liga os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Além da colocação de outdoors e banners comunicando a principal mensagem sobre os riscos de beber e
dirigir, o projeto treinou funcionários de cerca de 400 restaurantes e bares ao longo da estrada sobre técnicas
para educar motoristas quanto a esse perigo. Novos lotes de kits de bafômetros foram doados à Polícia Federal,
em complemento aos 14 mil modelos descartáveis e digitais oferecidos em 2003.
Em abril, cerca de 10 mil funcionários da AmBev distribuíram material sobre consumo responsável em 35 mil
pontos-de-venda em todo o Brasil, dando início a uma campanha encorajando os comerciantes a examinarem
carteiras de identidade para garantir que seus clientes não eram menores. Ao final do ano, 250 mil
estabelecimentos em todo o país haviam recebido o material, que também foi distribuído durante festivais de
música e em universidades, além de divulgado na TV e no rádio.
37
Reciclagem de embalagens: Desde 2002, conduzimos no Brasil um programa de estímulo à reciclagem de
lixo reutilizável, que ajuda comunidades de catadores de lixo a melhorarem a sua geração de renda. Em 2004,
o programa beneficiou 27 cooperativas em cinco estados e no Distrito Federal. Entre outras ações, a AmBev
fornece prensas hidráulicas para comprimir embalagens e orienta sobre técnicas de reciclagem.
Na mesma linha, continuamos a apoiar a Recicloteca, a maior biblioteca sobre reciclagem da América Latina.
Localizada no Rio de Janeiro, a Recicloteca é gerenciada para ONG Ecomarapendi.
O Projeto Maués: Com esse projeto, temos incentivado a plantação do guaraná – a principal matéria-prima
do refrigerante Guaraná Antarctica. Localizado no coração da Amazônia, o município de Maués é considerado
a capital do plantio de guaraná no Brasil. Todas as frutas utilizadas pela AmBev para fabricar o Guaraná
Antarctica vêm dessa região.
Iniciado em 2002, o Projeto Maués beneficia cerca de 2 mil famílias, que vivem em uma área de 44 mil
quilômetros quadrados. Treinamos produtores locais para o cultivo e manejo dos guaranazais, incluindo a
substituição de plantas por novas mudas mais produtivas e de maior resistência a pragas e doenças. A AmBev
financiou a criação de 12 pólos agrícolas e a Prefeitura Municipal de Maués contratou técnicos agrícolas para
o serviço de assistência aos produtores.
Entre outros resultados, as nossas contribuições ajudaram a financiar a construção de 600 casas na zona rural,
a fundar uma cooperativa de costureiras, com a criação de 300 postos de trabalho, e a desenvolver projetos
de avicultura e ovinocultura.
Fundação Antonio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência (FAHZ): A FAHZ
administra hospitais, escolas e creches e proporciona assistência médica, educacional e social gratuita para os
funcionários da companhia, seus dependentes e outros. Um exemplo é a Escola Técnica Walter Belian, em São
Paulo, que oferece educação primária e secundária, além de cursos de secretariado, técnico em eletrônica, artes
gráficas e tecnologia de informação industrial. A escola, que reserva parte das suas vagas para estudantes que
residem das comunidades de seu entorno, tem uma média anual de mil alunos matriculados.
Apoiamos a
reciclagem de
embalagens,
projetos de
plantio do
guaraná e ações
para a
comunidade
Sustentabilidade do NegócioResponsabilidade Social
38 AmBev Relatório Anual 2004
O Projeto Maués, na Região Amazônica, beneficia
cerca de 2 mil famílias de produtores, provendo
treinamento para o cultivo e manejo dos frutos do
guaraná, contribuindo para a geração de renda e
melhoria de sua qualidade de vida.
39
Tecnologias limpas, pesquisaconstante
Sustentabilidade do NegócioMeio Ambiente
40 AmBev Relatório Anual 2004
Nos últimos anos, investimos recursos substanciais em
projetos de preservação e controle ambiental em nossas
operações. Somos pró-ativos quando se trata de controle
ambiental, aderindo aos princípios de desenvolvimento
sustentável.
Um exemplo é o uso intenso de tecnologias limpas, com a operação de máquinas e equipamentos que geram
menos dejetos e resíduos industriais. Nossos avanços tecnológicos, colocados em prática nas instalações da
AmBev no Brasil, eliminaram o descarte pós-engarrafamento de resíduos tóxicos, químicos e metais pesados.
Também conduzimos pesquisas contínuas de novas tecnologias para a melhoria dos processos de fabricação
e de utilização de matérias-primas, superando as exigências de proteção ambiental.
Um dos nossos principais objetivos é reduzir continuamente o consumo de água nos nossos processos
industriais. Em 2004, diminuímos ainda mais o volume médio de água necessário para produzir um litro de
cerveja: de 4,9 litros em 2003 para 4,4 litros. Há não muito tempo, eram necessários 8,0 litros.
Todas as nossas fábricas estão equipadas com modernas estações de tratamento de efluentes. Juntas, elas têm
a capacidade de tratar 230 mil metros cúbicos por dia, o que é equivalente a uma estação de tratamento de
uma cidade com 5 milhões de habitantes. Além disso, cinco das nossas unidades utilizam biogás como fonte
de energia, o que reduz as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Também reciclamos cerca de 95% dos subprodutos das nossas operações industriais. A polpa dos rótulos é
utilizada para fazer papelão. O bagaço de malte e outros produtos empregados no processo de fermentação
são posteriormente utilizados em rações para animais.
Um dos principais
objetivos é reduzir
continuamente o
consumo de água
41
Sustentabilidade do NegócioGovernança Corporativa
Transparência, tratamento justo erespeito à Lei Sarbanes-Oxley
42 AmBev Relatório Anual 2004
Aplicar práticas seguras e reconhecidas de governança
corporativa é de suprema importância para nós. Na AmBev, isso
significa oferecer ao mercado o máximo de transparência e
divulgação, comunicação bilateral eficiente com os públicos
interessados na companhia (stakeholders) e manter adequados
processos de tomada de decisão e controle.
Também buscamos assegurar tratamento e remuneração justos para os acionistas, garantindo que os lucros gerados
sejam eqüitativamente distribuídos – durante o ano, distribuímos R$2,9 bilhões para todas as classes de acionistas.
Em 2004, como uma companhia que negocia American Depositary Receipts (ADRs) na Bolsa de Valores de
Nova York, procuramos adaptar o modelo de governança corporativa da AmBev à Lei Sarbanes-Oxley, dos
Estados Unidos, que tem como objetivo proteger investidores ao exigir maior precisão e confiabilidade das
divulgações empresariais. Essa lei determina que as companhias internacionais listadas nas bolsas de valores
norte-americanas adaptem-se a uma série de medidas, que incluem conselheiros independentes, rotatividade
de auditorias externas, comitê de auditoria e estrutura de controles internos, entre outras. Estamos totalmente
comprometidos em nos adaptarmos a essa lei e tomando as medidas administrativas e gerenciais apropriadas
para atender às suas exigências.
Alguns elementos importantes da nossa governança corporativa são:
ESTRUTURA ACIONÁRIA: Como resultado da associação AmBev/InBev, em 2004, o bloco controlador de
acionistas da AmBev é formado por duas entidades que, juntas, possuem – em 31 dezembro de 2004 - 84,5%
de capital votante e 56,4% do capital total da companhia: a InBev, com 68,4% do capital votante e 48,9%
do capital total; e a Fundação Antonio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência (FAHZ), com
16,1% de capital votante e 7,5% do capital total.
Estamos
comprometidos em
adaptar nossas
práticas às
exigências da
Sarbanes-Oxley
43
Os dois acionistas do bloco de controle firmaram um Acordo de Acionistas válido até 2019 que,
independentemente da diferença substancial nos seus direitos de voto, proporciona um poder de decisão
bastante equilibrado: a FAHZ tem direito a veto em qualquer questão relacionada a um amplo conjunto de
assuntos relevantes, como aquisições e emissões de novas dívidas.
Na próxima Assembléia Geral de Acionistas, o Conselho de Administração deverá propor a indicação de
membros independentes para integrar o Conselho Fiscal da companhia, que se tornaria uma estrutura
permanente. Além das funções atribuídas ao Conselho Fiscal, de acordo com a legislação brasileira, esse órgão
também assumiria as responsabilidades do Comitê de Auditoria exigidas pela Lei Sarbanes-Oxley, já que as
nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
DECISÕES E CONTROLES SEGUROS: O Conselho de Administração, apoiado por vários comitês e conselhos
específicos, utiliza a longa experiência de seus membros para garantir que a AmBev alcance seus objetivos de
longo prazo e mantenha a sua competitividade em curto prazo, ao mesmo tempo em que assegura que os
valores corporativos da companhia sejam praticados e disseminados. Além disso, utilizamos intensamente a
metodologia de avaliação de Valor Econômico Agregado (Economic Value Added - EVA®) para amparar nossas
decisões. Adicionalmente, a política de rotatividade de funções da AmBev permite que os gerentes tenham uma
ampla e profunda compreensão sobre as principais áreas do negócio de bebidas. E nossa equipe é muito
experiente – nossos executivos seniores estão na companhia em média há mais de dez anos.
EXECUTIVOS ALINHADOS AOS ACIONISTAS: Comprometemo-nos com uma política firme de pagamento de
dividendos e de recompra de ações - nenhum excesso de caixa é mantido no balanço. E para assegurar que os
interesses da administração e dos acionistas mantenham-se alinhados, nossos 200 principais empregados
participam de um programa de aquisição de ações, no qual investem a maior parte de seus bônus, assumindo a
obrigação de manter seus papéis por pelo menos cinco anos. Adicionalmente, mais de 4 mil empregados fazem
parte de um agressivo sistema de remuneração variável, cujos bônus dependem do cumprimento de metas ousadas.
COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE: Acreditamos que uma política de comunicação aberta e transparente é um
excelente meio de criar valor para o acionista.Com esse fim,seguimos uma política de divulgação que é considerada uma das
melhores no setor.Oferecemos ao mercado análises detalhadas e relatórios trimestrais,com o objetivo de garantir que as pessoas
entendam nossos fundamentos e principais diretrizes de negócios. Realizamos teleconferências a cada trimestre, freqüentes
apresentações externas e centenas de reuniões com analistas a cada ano.
Nossa política
de comunicação
com o mercado é
reconhecida
como uma das
melhores da
indústria
Sustentabilidade do NegócioGovernança Corporativa
44 AmBev Relatório Anual 2004
Códigos da AmBev na Bovespa:
DívidaAções
Alternativas de Investimento
Rating de longo prazoem moeda estrangeirapela S&P
AmBev
AAAAA+AAAA-A+AA-BBB+BBBBBB-BB+BBBB-B+BB-CCC+CCCCCC-CCCD
Brasil Soberano
Uma opção deinvestimento deprimeira linha
Grau deinvestimento
Dividendos payoutR$ millhões
20012000 2002 2003 2004
114%
71%
43%
62%
998
337
292
1.500
1.000
500
0
Dividendos Payout (%)
45
32%
502
1.327
Diretores Executivos 2004
01 / Carlos Alves de BritoDiretor Geral
02 / Juan Manuel Vergara GalvisDiretor de Operações Internacionais
03 / Luiz Fernando EdmondDiretor de Vendas
04 / Bernardo Pinto PaivaDiretor de Logística
05 / Claudio Braz FerroDiretor Industrial
06 / Claudio GarciaDiretor de TI e Serviços Compartilhados
07 / João Castro NevesDiretor de Refrigerantes
08 / José Adilson MiguelDiretor de Revendas
09 / Luis Felipe Pedreira DutraDiretor Financeiro e de Relações comInvestidores
10 / Miguel Nuno da Mata PatrícioDiretor de Marketing
11 / Milton SeligmanDiretor para Assuntos Corporativos
12 / Pedro de Abreu MarianiDiretor Jurídico
13 / Ricardo WuerkertDiretor de Gente e Gestão
Agustín García MansillaDiretor Geral da Quinsa
Conselho Fiscal 2004
Antonio Luiz Benevides XavierEverardo de Almeida MacielJosé Fiorita
Conselho de Administração2004
Co-PresidentesA / Victório Carlos De MarchiB / Marcel Herrmann Telles
ConselheirosBrent David WillisCarlos Alberto da Veiga SicupiraDiego Fernando Miguens BembergJohn Franklin Brock IIIJosé Heitor Attilio GraciosoRoberto Herbster GusmãoVicente Falconi Campos
A Equipe
46 AmBev Relatório Anual 2004
01
04
08 0907 10
1112
05 0603
02
13
AB
Seção Financeira
1 Relatório da Administração 48
2 Parecer dos Auditores Independentes 59
3 Balanço Patrimonial 60
4 Demonstração de Resultados 61
5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 62
6 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 63
7 Notas Explicativas 64
8 Informações Suplementares – Fluxo de Caixa 85
9 Informações aos Investidores 86
47
48 AmBev Relatório Anual 2004
Visão Geral daCompanhia deBebidas das Américas– AmBev
Com operações em 13 países das Américas, a AmBev é a
quinta maior cervejaria do mundo e líder do mercado latino-americano. Em
27 de agosto de 2004 a AmBev concluiu uma aliança estratégica com a
cervejaria belga Interbrew (agora InBev); como parte da transação, a
Labatt Brewing Company Limited (Labatt), cervejaria líder no Canadá, foi
incorporada pela AmBev.
As operações da AmBev, que consistem na produção e
comercialização de cervejas, chopes, refrigerantes, outras bebidas
não-alcoólicas e malte, dividem-se em três segmentos de negócios:
Operações Brasil, que consiste nos segmentos de Cerveja
Brasil, Refrigerantes e Nanc (RefrigeNanc) e Outros;
América Latina Hispânica (HILA), que corresponde à
participação atual de 54,8% da AmBev em Quinsa (Argentina, Bolívia,
Chile, Paraguai e Uruguai), bem como as outras operações da companhia
na América Latina (Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República
Dominicana e Venezuela); e
América do Norte, que corresponde às operações da Labatt,
incluindo vendas domésticas no Canadá e exportações para os EUA.
As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira
cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia,
Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a
AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Por meio de um
acordo de franchising, a companhia vende e distribui os produtos Pepsi
no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, Lipton Ice
Tea e o isotônico Gatorade.
Em dezembro de 2004 a companhia recebeu da Standard and
Poor’s uma elevação de sua classificação de risco corporativo em moeda
estrangeira de BB- para BBB-, ficando três degraus acima do risco
soberano do governo brasileiro e sendo a primeira empresa brasileira a
atingir o status de Grau de Investimento.
Destaques financeiros2004
As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto
onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada e em
milhares de reais, de acordo com a Legislação Societária; as comparações
referem-se ao ano de 2003.
• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$4.537,2 milhões
no ano, crescendo 47,7%. O crescimento orgânico do EBITDA foi de 22,2%.
• Em dezembro a AmBev atingiu 68,1% de participação no
mercado brasileiro de cerveja, segundo a ACNielsen. O volume do segmento
Cerveja Brasil cresceu 4,6%, e a receita por hectolitro atingiu R$119,6.
• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou
29,3%, crescendo 1,080 pontos base e definindo um novo benchmark para
a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$429,1 milhões,
74,5% acima de 2003.
• A divisão HILA registrou EBITDA de R$551,7 milhões,
refletindo o forte crescimento de Quinsa e das demais operações AmBev
no norte da América Latina. Destaque para o turnaround na Venezuela e o
lançamento de Brahma no Equador.
• A Labatt, cujos resultados foram consolidados a partir de
27 de agosto de 2004, contribuiu com um EBITDA de R$584,3 milhões,
em linha com as expectativas pré-aliança.
Destaques Financeiros Consolidados2004 2003 Variação(em milhões de R$, exceto quantidades devolumes, porcentagens e valores por ação)
Volume de Vendas (000 hl) (1) 98.272 84.310 16,6%Receita Líquida por hectolitro - R$/hl 122,2 103,0 18,6%
Receita Líquida 12.006,8 8.683,8 38,3%
Lucro Bruto 7.226,3 4.639,6 55,8%Margem Bruta (%) 60,2% 53,4%
EBIT 3.615,0 2.306,1 56,8%Margem EBIT (%) 30,1% 26,6%
EBITDA 4.537,2 3.072,4 47,7%Margem EBITDA (%) 37,8% 35,4%
Lucro Líquido 1.161,5 1.411,6 -17,7%LPA - R$/000 ações (2) 21,26 37,23 -42,9%
(1) Volumes de vendas incluem cerveja e refrigenanc. Consolidação dos volumes de Quinsa feitapela participação proporcional da companhia em cada trimestre.(2) Calculado com base no número de ações em circulação, excluindo ações em tesouraria, aofinal de cada ano.
Nota: Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos
Relatório da Administração
Destaques Financeirospor Segmento deNegócios
A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados
por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos
períodos de 12 meses findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003.
49
Destaques Financeiros por Segmento2004 2003
Brasil HILA Am. Norte (2) Brasil HILA Am. Norte
Volume de Vendas (000 hl) (1) 76.885 17.765 3.622 74.058 10.252 n.a.Receita Líquida por hectolitro - R$/hl 110,9 108,2 430,3 103,1 102,0 n.a.
Receita Líquida 8.525,9 1.922,1 1.558,8 7.637,7 1.046,1 n.a.Custos dos Produtos Vendidos (3.368,6) (909,5) (502,4) (3.509,4) (534,7) n.a.
Lucro Bruto 5.157,3 1.012,5 1.056,4 4.128,3 511,3 n.a.Margem Bruta (%) 60,5% 52,7% 67,8% 54,1% 48,9% n.a.
Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (2.416,8) (638,4) (556,1) (1.957,5) (376,0) n.a.
EBIT 2.740,5 374,1 500,3 2.170,7 135,3 n.a.Margem EBIT (%) 32,1% 19,5% 32,1% 28,4% 12,9% n.a.
Depreciação Total 660,8 177,5 83,9 644,8 121,5 n.a.
EBITDA 3.401,3 551,7 584,3 2.815,6 256,8 n.a.Margem EBITDA (%) 39,9% 28,7% 37,5% 36,9% 24,6% n.a.
(1) - Volumes de vendasincluem cerveja e refrigenanc.Consolidação dos volumes deQuinsa feita por meio daparticipação proporcional dacompanhia em cada trimestre.
(2) - Resultados de America doNorte referem-se a aprox. 4meses de consolidação.
Nota: Os somatórios podemnão conferir devido aarredondamentos.
Nota: Os somatórios podemnão conferir devido aarredondamentos.
Operações Brasil2004 2003
Cerveja RefrigeNanc Outros Cerveja RefrigeNanc Outros
Volume de Vendas (000 hl) 57.777 19.108 NA 55.260 18.798 NA Receita Líquida por hectolitro - R$/hl 119,6 76,6 NA 110,7 70,9 NA
Receita Líquida 6.907,4 1.462,8 155,8 6.114,6 1.332,1 190,9 Custos dos Produtos Vendidos (2.467,0) (820,5) (81,1) (2.503,6) (887,3) (118,6)
Lucro Bruto 4.440,3 642,2 74,7 3.611,0 444,9 72,3 Margem Bruta (%) 64,3% 43,9% 48,0% 59,1% 33,4% 37,9%
Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (2.058,0) (355,8) (2,9) (1.624,1) (330,8) (2,6)
EBIT 2.382,3 286,4 71,8 1.987,0 114,0 69,7 Margem EBIT (%) 34,5% 19,6% 46,1% 32,5% 8,6% 36,5%
Depreciação Total 518,1 142,7 - 513,0 131,8 -
EBITDA 2.900,4 429,1 71,8 2.500,0 245,9 69,7 Margem EBITDA (%) 42,0% 29,3% 46,1% 40,9% 18,5% 36,5%
Análise doDesempenhoFinanceiro em 2004
Receita Líquida
A receita líquida aumentou 38,3% em 2004, atingindo
R$12.006,8 milhões. O resultado positivo apresentado foi conseqüência de
um crescimento orgânico de 12,0% e de uma contribuição de R$2.278,7
milhões de novos investimentos realizados ao longo de 2004. O quadro a
seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para a receita
líquida consolidada da AmBev.
Receita Líquida2004 2003
R$ milhões % Part. R$ milhões % Part.
Operações Brasil 8.525,9 71,0% 7.637,7 88,0%Cerveja Brasil 6.907,4 57,5% 6.114,6 70,4%RefrigeNanc Brasil 1.462,8 12,2% 1.332,1 15,3%Outros Brasil 155,8 1,3% 190,9 2,2%
HILA 1.922,1 16,0% 1.046,1 12,0%Quinsa 1.153,0 9,6% 773,7 8,9%Não-Quinsa 769,1 6,4% 272,4 3,1%
América do Norte 1.558,8 13,0% - -
Consolidado 12.006,8 100,0% 8.683,8 100,0%
Brasil
A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da
AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantes e
bebidas não-carbonatadas no Brasil, cresceu 11,6%, chegando a
R$8.525,9 milhões. O desempenho de cada operação é apresentado a seguir.
Cerveja A receita líquida proveniente das vendas de
cerveja no Brasil em 2004 subiu 13,0%, acumulando R$6.907,4 milhões.
Os principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram:
• Crescimento de 4,6% no volume venda, refletindo (i) a
bem-sucedida recuperação de market share ao longo de 2004 (dez/04:
68,1% x dez/03:63,2%) e (ii) o crescimento do mercado, estimado pela
ACNielsen em 1,8%.
• Crescimento de 8,0% da receita por HL, a qual chegou a
R$119,6. Esse aumento foi conseqüência (i) do reposicionamento geral
de preços realizado em junho e julho de 2003, (ii) de reajustes de preços
pontuais implementados ao longo de 2004 e (iii) da maior participação
no mix de vendas de nossa operação de venda direta (2004: 40,7%;
2003: 32,4%).
Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas e
Não-Carbonatadas (RefrigeNanc) A receita líquida gerada
pela operação de RefrigeNanc em 2004 cresceu 9,8%, atingindo
R$1,462.8 milhões. Os principais elementos que contribuíram para essa
expansão foram:
• Crescimento de 4,4% no volume de refrigerantes,
compensando a queda nos volumes de não-carbonatados decorrente da
decisão da AmBev de descontinuar em várias regiões do Brasil a não
rentável operação de água mineral. O volume consolidado de RefrigeNanc
cresceu 1,6% em 2004. Segundo ACNielsen, o market share da
companhia oscilou entre 16% e 17%, terminando o ano em 17,2%.
• Aumento de 8,0% da receita por HL, a qual chegou a
R$76,6. Esse aumento foi conseqüência (i) de reposicionamentos de
preços implementados ao longo de 2004, e (ii) do foco disciplinado em
embalagens e marcas de maior rentabilidade.
Outras Operações A venda de subprodutos no Brasil,
designada por “Outras Operações”, apresentou uma redução de receita de
18,4%, acumulando R$155,8 milhões.
América Latina Hispânica (HILA)
As operações da AmBev na América Latina registraram em 2004
um aumento de receita substancial de 83,7%, atingindo R$1.922,1 milhões.
A análise mais detalhada desse desempenho é apresentada a seguir.
Quinsa A participação da AmBev na Quinsa, cervejaria
líder nos países do Cone Sul, contribuiu com R$1.153,0 milhões para a
receita consolidada da companhia, representando um crescimento de
49,0%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da
receita foram:
• Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de
18,3% e 23,1% respectivamente; o volume consolidado cresceu 19,7%.
Os destaques foram as operações de cerveja da Bolívia, Paraguai e
Uruguai, assim como as operações de refrigerante da Argentina
e do Uruguai.
• Crescimento em dólares americanos de 9,7% na receita por
HL, atingindo US$34,5; destaque para o processo de recuperação de
preços na Argentina após o impacto da crise econômica em 2001.
• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa
(dez/04: 54,8%; dez/03: 49,7%).
Operações Norte da América Latina As
operações da AmBev no norte da América Latina, representadas pelas
operações no Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana
e Venezuela, apresentaram um significativo aumento de receita em 2004
de 182,4%, acumulando R$769,1 milhões. Os principais elementos que
contribuíram para o aumento da receita foram:
50 AmBev Relatório Anual 2004
• Significativa redução de 12,4% na taxa efetiva de câmbio
utilizada pela companhia na compra de seus insumos sensíveis à flutuação
do dólar americano. A taxa efetiva de câmbio em 2004 foi de R$2,94/US$,
comparada a R$3,35/US$ em 2003.
• Maior diluição de custos fixos viabilizada pelo aumento de
4,6% no volume de vendas.
• Redução nos preços de adjuntos de matéria-prima para
elaboração de cerveja.
• Os fatores acima descritos compensaram a pressão sobre
os custos de embalagem da operação causada pela alta do preço do
alumínio ao longo de 2004.
Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas e
Não-Carbonatadas (RefrigeNanc) O custo dos produtos
vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil caiu 7,5%, chegando a
R$820,5 milhões. O custo dos produtos vendidos por HL decresceu 9,0%,
contabilizando R$42,9. A redução no custo unitário foi viabilizada pelos
seguintes fatores:
• Significativa redução de 12,4% na taxa efetiva de câmbio
utilizada pela companhia na compra de seus insumos sensíveis à flutuação
do dólar americano. A taxa efetiva de câmbio em 2004 foi de 2,94R$/US$,
comparada a R$3,35/US$ em 2003.
• Menor custo de abastecimento de açúcar. A companhia se
beneficiou de menores preços de mercado durante o primeiro semestre de
2004 e implementou um hedging bastante oportuno para sua exposição
em açúcar no segundo semestre do ano.
• Aumento da particição da embalagem PET 2L no mix de
vendas; o custo de produção dessa embalagem é inferior ao custo médio
do mix da companhia. Esse efeito, no entanto, é prejudicial à rentabilidade
do negócio de RefrigeNanc, pois a margem de contribuição de PET 2L é
inferior à média da operação.
Outras Operações A venda de subprodutos no Brasil,
designada por “Outras Operações”, apresentou uma redução do custo dos
produtos vendidos de 31,6%, acumulando R$81,1 milhões.
América Latina Hispânica (HILA)
O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA
aumentou 70,1%, atingindo R$909,5 milhões. A análise mais detalhada
da evolução do custo é apresentada a seguir.
Quinsa A consolidação em AmBev do custo dos produtos
vendidos da Quinsa acumulou em 2004 R$510,3 milhões, representando
um crescimento de 31,8%. Os principais efeitos que explicam esse
aumento são:
• Crescimento em dólares americanos de 14,9% do custo
dos produtos vendidos da Quinsa; o custo dos produtos vendidos por HL
caiu 4,0%, ficando em US$15,3.
• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa
(dez/04: 54,8%; dez/03: 49,7%).
• Crescimento de 43,9% nos volumes da Venezuela.
• Primeiro ano completo de operação no Equador,
Guatemala e Peru.
• Ingresso bem-sucedido no mercado da Nicarágua.
• Grande sucesso no lançamento de Brahma no Equador,
com market share estimado em 17,9% em dezembro de 2004, terceiro
mês após o lançamento.
• Investimento na Embotelladora Dominicana (Embodom)
em fevereiro de 2004; a Embodom é engarrafadora-âncora da Pepsi Cola
no Caribe e é o competidor número 1 no mercado de refrigerantes da
República Dominicana, com 59,7% de participação.
América do Norte
As operações da AmBev na América do Norte, representadas
pela Labatt Brewing Company Limited (Labatt), contribuíram com
R$1.558,8 milhões para a receita consolidada da companhia, o que
representa o resultado gerado entre 27 de agosto e 31 de dezembro de
2004. Os destaques operacionais da Labatt para os meses de setembro a
dezembro, não incluindo o período de 27 a 31 agosto de 2004, foram:
• 3,02 milhões de HL de cerveja vendidos no mercado
canadense, com uma receita por HL de CAD$208,1.
• Market share de Budweiser (vendida sob licença pela
Labatt), a marca número 1 do Canadá, chegou em dezembro de 2004 a
12,3%, de acordo com estimativas da própria Labatt.
• 0,60 milhão de HL de cerveja exportados para os Estados
Unidos, com uma receita por HL de CAD$61,7.
Custo dos Produtos Vendidos
O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2004 cresceu
18,2%, acumulando R$4.780,5 milhões. O detalhe da evolução do custo dos
produtos vendidos para cada unidade de negócios é apresentado a seguir.
Brasil
O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil
acumulou R$3.368,6 milhões, decrescendo 4,0%.
Cerveja O custo dos produtos vendidos da operação de
venda de cerveja no Brasil diminuiu 1,5%, chegando a R$2.467,0 milhões.
O custo dos produtos vendidos por HL apresentou uma queda de 5,8%,
somando R$42,7. A redução no custo unitário foi viabilizada pelos
seguintes fatores:
51
Operações Norte da América Latina O custo
dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América
Latina cresceu 170,7%, chegando a R$399,3 milhões. O principal efeito
que levou a esse aumento foram os diversos investimentos realizados pela
AmBev em seu processo de expansão. Entre setembro de 2003 e
dezembro de 2004 a AmBev iniciou operações no Equador, Guatemala,
Nicarágua, Peru e República Dominicana. Paralelamente, a operação da
AmBev na Venezuela alcançou um significativo crescimento de volume em
2004 (+43,9%), também contribuindo para o aumento do custo dos
produtos vendidos.
América do Norte
O custo dos produtos vendidos da Labatt, no período de
27 de agosto a 31 de dezembro de 2004, contabilizou R$502,4 milhões.
Lucro Bruto
A AmBev alcançou em 2004 um lucro bruto de
R$7.226,3 milhões, representando um crescimento de 55,8%. O resultado
positivo atingido foi conseqüência de um crescimento orgânico de 37,9%
e de uma contribuição de R$1.423,4 milhões de novos investimentos
realizados ao longo de 2004. O quadro a seguir ilustra a contribuição de
cada unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.
52 AmBev Relatório Anual 2004
Lucro Bruto2004 2003
R$ milhões % Part. Margem R$ milhões % Part. Margem
Operações Brasil 5.157,3 71,4% 60,5% 4.128,3 89,0% 54,1%Cerveja Brasil 4.440,3 61,4% 64,3% 3.611,0 77,8% 59,1%RefrigeNanc Brasil 642,2 8,9% 43,9% 444,9 9,6% 33,4%Outros Brasil 74,7 1,0% 48,0% 72,3 1,6% 37,9%
HILA 1.012,5 14,0% 52,7% 511,3 11,0% 48,9%Quinsa 642,7 8,9% 55,7% 386,4 8,3% 49,9%Não-Quinsa 369,9 5,1% 48,1% 124,9 2,7% 45,9%
América do Norte 1.056,4 14,6% 67,8% - - -
Consolidado 7.226,3 100,0% 60,2% 4.639,6 100,0% 53,4%
Despesas com Vendas e Marketing
As despesas com vendas e marketing da AmBev totalizaram
R$1.582,8 milhões em 2004, crescendo 86,9%. A análise da evolução
dessas despesas em cada unidade de negócios é exposta a seguir.
Brasil
As despesas com vendas e marketing no Brasil somaram
R$833,7 milhões em 2004, aumentando 32,8%. Esse resultado excedeu a
projeção preliminar da companhia, a qual estimava que o aumento das
despesas com marketing em 2004 seria de 20% a 25%. Entretanto, a
AmBev acredita que o valor investido representa o montante adequado
para assegurar a saúde de suas marcas frente a um mercado tão
competitivo quanto o mercado brasileiro de cervejas.
Cerveja As despesas com vendas e marketing da operação
de cerveja atingiram R$736,5 milhões, crescendo 37,9%. A elevação do
nível de despesas foi conseqüência (i) de maiores gastos com publicidade
e promoção, visando a um maior apelo das marcas da companhia entre os
consumidores, assim como (ii) da ampliação dos programas de trade
marketing da AmBev, buscando fortalecer o relacionamento da companhia
junto aos pontos-de-venda.
Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas e
Não-Carbonatadas (RefrigeNanc) Despesas com vendas e
marketing para RefrigeNanc acumularam R$97,2 milhões, aumentando
3,4%. Os principais focos dos gastos de promoção dessa operação foram
(i) o desenvolvimento da marca Guaraná Antarctica, o carro-chefe do
portfólio de RefrigeNanc da companhia, e (ii) a implementação de novos
programas de trade marketing, buscando aprimorar a qualidade do
trabalho da companhia nos pontos-de-venda.
Outras Operações Assim como em 2003, a venda de
subprodutos não gerou despesas de vendas e marketing para a
companhia.
América Latina Hispânica (HILA)
As despesas com vendas e marketing da unidade de negócios
HILA somaram R$337,9 milhões, aumentando 54,2%. A análise mais
detalhada da evolução dessas despesas é apresentada a seguir.
Quinsa As despesas com vendas e marketing consolidadas
em AmBev em razão de sua participação na Quinsa acumularam
R$210,8 milhões, crescendo 31,9%. Esse aumento pode ser explicado
pelos seguintes efeitos:
• Crescimento em dólares americanos de 15,1% das
despesas com vendas e marketing das operações da Quinsa
• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa
(dez/04: 54,8%; dez/03: 49,7%).
Operações Norte da América Latina As
despesas com vendas e marketing das operações da AmBev no norte da
América Latina somaram R$127,2 milhões, crescendo 114,5%. A principal
causa do aumento observado são (i) a consolidação das novas operações
iniciadas pela AmBev em seu processo de expansão e (ii) os investimentos
em promoção do lançamento de Brahma no Equador.
América do Norte
As despesas com vendas e marketing da Labatt acumuladas
no perído de 27 de agosto a 31 de dezembro de 2004 somaram
R$411,2 milhões.
Despesas com Distribuição Direta
As despesas com distribuição direta atingiram
R$869,0 milhões, um aumento de 34,0%. A evolução dessas depesas por
unidade de negócios é comentada a seguir.
Brasil
As despesas com distribuição direta nas operações do Brasil
somaram R$753,2 milhões, crescendo 24,5%. A elevação dessas despesas
é explicada (i) pelo aumento de 23,0% do volume vendido pela operação
de distribuição direta da companhia, representando em 2004 43,7% do
volume total de vendas (2003: 36,9%); e (ii) pelo crescimento de 1,1%
nas despesas de distribuição direta por HL (considerando apenas o volume
da operação de distribuição direta), as quais contabilizaram R$22,4.
Conforme já comentado anteriormente pela companhia, os gastos
adicionais incorridos na implementação da distribuição direta são mais do
que compensados pelo aumento alcançado nas vendas.
América Latina Hispânica (HILA)
As despesas com distribuição direta nas operações de HILA
acumularam R$88,3 milhões, crescendo 103,4%. Essas despesas referem-
se exclusivamente às operações da AmBev no norte da América Latina.
Embora haja distribuição direta nas operações da Quinsa, estas são
contabilizadas como despesas com vendas e marketing.
No caso das operações do norte da América Latina, o
aumento observado nas despesas com distribuição direta é conseqüência
(i) do aumento de 48,4% nos volumes de distribuição direta na Venezuela
e (ii) da implementação de distribuição direta na operação do Peru.
América do Norte
As despesas com distribuição direta na operação da Labatt
acumularam R$27,5 milhões.
53
Despesas Administrativas
As despesas administrativas da AmBev totalizaram
R$617,9 milhões, aumentando 47,9%. O detalhamento das despesas
administrativas por unidade de negócio é exposto a seguir.
Brasil
As despesas administrativas das operações do Brasil somaram
R$389,6 milhões, um crescimento de 10,8%. Esse aumento é explicado
pelos maiores honorários pagos à diretoria da companhia, parte integrante
do sistema de remuneração variável.
América Latina Hispânica (HILA)
As despesas administrativas das operações de HILA atingiram
R$130,1 milhões, aumentando 96,4%. O detalhamento dessas despesas
por operação é apresentado a seguir.
Quinsa As despesas administrativas consolidadas em
decorrência da participação da AmBev em Quinsa foram de
R$50,0 milhões, crescendo 30,0%. A elevação dessas despesas é explicada
pelos seguintes fatores:
• Aumento em dólares americanos de 3,9% das despesas
administrativas da Quinsa.
• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa
(dez/04: 54,8%; dez/03: 49,7%).
Operações Norte da América Latina As
despesas administrativas das operações da AmBev no norte da América
Latina somaram R$80,2 milhões, um aumento de 188,0%. As maiores
despesas são integralmente explicadas pela consolidação das novas
operações, iniciadas entre setembro de 2003 e dezembro de 2004.
América do Norte
As despesas administrativas da Labatt somaram
R$98,2 milhões.
Depreciação e Amortização
As despesas totais com depreciação e amortização
acumularam R$922,2 milhões, um aumento de 20,3%. O montante
contabilizado em cada unidade de negócio, assim como a variação
observada e suas respectivas causas são apresentados a seguir.
Brasil: R$660,8 milhões (+2,5%)
• Embora o valor tenha se mantido praticamente estável, vale
observar que houve uma redução de -18,9% na depreciação relacionada
aos custos de produção e um aumento de 18,1% na depreciação
relacionada às despesas operacionais. Esse aumento é conseqüência da
continuação do programa da AmBev de instalação de refrigeradores em
pontos-de-venda.
América Latina Hispânica (HILA): R$177,5 milhões (+46,1%)
• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa
(dez/04: 54,8%; dez/03: 49,7%).
• Consolidação das despesas com depreciação e amortização
das novas operações iniciadas entre setembro de 2003 e dezembro de
2004 no norte da América Latina.
América do Norte: R$83,9 milhões
54 AmBev Relatório Anual 2004
Resultado Operacional antes dasReceitas e Despesas Financeiras,Provisões e Contingências, eOutras Receitas e DespesasOperacionais
A companhia apresentou forte desempenho operacional
em 2004, evidenciando não somente o expressivo crescimento
orgânico das operações mas também ganhos adicionais de eficiência
que se traduziram em expansão de margens para além dos níveis já
exemplares da companhia.
Em 2004 a AmBev registrou um crescimento de EBIT1 de
56,8% para R$3.615,0 milhões. A margem de EBIT sobre a receita líquida
atingiu 30,1%, 350 pontos-base maior do que em 2003.
O EBITDA2 da companhia alcançou R$4.537,2 milhões, um
aumento de 47,7%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi de
37,8%, 250 pontos-base maior do que em 2003.
Os quadros a seguir apresentam os dados de EBIT e EBITDA
para cada unidade de negócios.
55
EBIT2004 2003
R$ milhões % Part. Margem R$ milhões % Part. Margem
Operações Brasil 2.740,5 75,8% 32,1% 2.170,7 94,1% 28,4%Cerveja Brasil 2.382,3 65,9% 34,5% 1.987,0 86,2% 32,5%RefrigeNanc Brasil 286,4 7,9% 19,6% 114,0 4,9% 8,6%Outros Brasil 71,8 2,0% 46,1% 69,7 3,0% 36,5%
HILA 374,1 10,3% 19,5% 135,4 5,9% 12,9%Quinsa 339,1 9,4% 29,4% 156,6 6,8% 20,2%Não-Quinsa 35,0 1,0% 4,6% (21,2) -0,9% -7,8%
América do Norte 500,3 13,8% 32,1% - - -
Consolidado 3.615,0 100,0% 30,1% 2.306,1 100,0% 26,6%
EBITDA2004 2003
R$ milhões % Part. Margem R$ milhões % Part. Margem
Operações Brasil 3.401,3 75,0% 39,9% 2.815,6 91,6% 36,9%Cerveja Brasil 2.900,4 63,9% 42,0% 2.500,0 81,4% 40,9%RefrigeNanc Brasil 429,1 9,5% 29,3% 245,9 8,0% 18,5%Outros Brasil 71,8 1,6% 46,1% 69,7 2,3% 36,5%
HILA 551,7 12,2% 28,7% 256,9 8,4% 24,6%Quinsa 452,3 10,0% 39,2% 257,0 8,4% 33,2%Não-Quinsa 99,3 2,2% 12,9% (0,0) 0,0% 0,0%
América do Norte 584,3 12,9% 37,5% - - -
Consolidado 4.537,3 100,0% 37,8% 3.072,5 100,0% 35,4%
1 Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes,equivalente ao resultado operacional antes das receitas edespesas financeiras, provisões e contingências, e outrasreceitas e despesas operacionais.
2 Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes,Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT antesdas despesas com depreciação e amortização.
Contingências Tributárias,Trabalhistas e Outras
Despesas líquidas com provisões para contingências
contabilizaram R$260,2milhões, um aumento de 38,4%. O detalhamento
das despesas com provisões por unidade de negócios, incluindo a variação
em relação a 2003, é exposto a seguir:
Brasil: R$258,7 milhões (+11,6%)
Os principais componentes das despesas provisionadas são:
• Trabalhistas: R$141,6 milhões
• Tributárias: R$74,5 milhões
• Revendedores: R$21,2 milhões
• Demais provisões: R$21,3 milhões
América Latina Hispânica (HILA): R$1,5 milhão
(-R$45,3 milhões)
• Em 2003 houve um saldo líquido em despesas com
provisões para contingências equivalente a R$43,8 milhões.
América do Norte: não houve despesas com provisões
contabilizadas na Labatt.
Outras Receitas e DespesasOperacionais
O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em
2004 representou uma perda de R$420,8 milhões, 75,3% mais alta em
relação à perda registrada em 2003. O detalhamento por unidade de
negócio do resultado líquido de outras receitas e despesas operacionais é
apresentado a seguir.
Brasil
Ganho de R$115,5 milhões, comparado a uma perda em
2003 de R$230,7 milhões. Os principais componentes desse resultado
foram:
• Ganho de R$193,3 milhões referente a incentivos fiscais
concedidos à companhia.
• Ganho de R$163,5 milhões derivado do impacto da
variação cambial sobre investimentos da companhia no exterior. O impacto
da variação cambial do investimento em Labatt foi de R$259,4 milhões;
impactos negativos decorrentes de variação cambial em outros
investimentos perfizeram o valor de R$163,5 milhões.
• Perda de R$210,7 milhões relacionada à amortização de ágio.
• Perda de R$67,7 milhões decorrente da incidência de
PIS/Cofins sobre outras receitas operacionais.
América Latina Hispânica (HILA)
Perda de R$88,2 milhões, comparada a uma perda de
R$9,4 milhões registrada em 2003.
América do Norte
Perda de R$448,2 milhões, explicada primordialmente pela
amortização do ágio incorrido na incorporação de Labatt pela AmBev.
Resultado Financeiro
O resultado financeiro da companhia em 2004 foi negativo
em R$776,3 milhões, comparado a um ganho em 2003 de
R$93,1 milhões. Esse resultado é explicado pela variação no resultado
financeiro das operações no Brasil, o qual contabilizou uma perda de
R$654,4 milhões em 2004 ante um ganho de R$107,7 milhões em 2003.
A volatilidade entre os dois períodos não está relacionada a
osciliações nas despesas de endividamento da companhia, mas sim na
norma de contabilização do valor de instrumentos derivativos usados em
operações de hedging. Como a AmBev deve marcar os seus ativos
financeiros pelo mínimo entre o valor contábil e o valor de mercado, a
queda significativa no cupom cambial e no risco país entre o quarto
trimestre de 2002 e o segundo trimestre de 2003 (conforme ilustrado no
gráfico a seguir) fez com que a companhia registrasse nesses três períodos
significativos ganhos não-realizados. Dessa maneira, o resultado financeiro
positivo alcançado em 2003 não reflete o dia-a-dia das operações da
companhia, mas sim a volatilidade provocada no mercado de capitais
brasileiro pelas eleições presidenciais em 2002.
56 AmBev Relatório Anual 2004
Risco Brasil
Cupom Cambial
Em relação às demais unidades de negócio, o resultado
financeiro das operações na América Latina Hispânica representou uma
perda de R$84,5 milhões, ante um perda em 2003 de R$14,7 milhões. Na
unidade da América do Norte o resultado financeiro registrou uma perda
de R$37,4 milhões.
Outras Receitas e Despesas Não-Operacionais
O saldo líquido de outras receitas e despesas
não-operacionais resultou em 2004 em uma perda de R$333,8 milhões,
comparada a uma perda em 2003 de R$100,7 milhões. O detalhamento
desse resultado por unidade de negócio é mostrado a seguir.
Brasil
Perda de R$129,6 milhões, comparada a uma perda de
R$80,4 milhões em 2003. Os principais efeitos que contribuíram para esse
resultado foram:
• Perda de participação em investimentos de R$86,7 milhões,
a qual é explicada pela recompra de suas próprias ações feita pela Quinsa
na Bolsa de Valores de Luxemburgo. Como as ações foram recompradas a
um valor acima do seu valor contábil, a AmBev teve de reconhecer uma
perda em seu investimento inicial em Quinsa (a perda registrada por
AmBev foi de R$92,8 milhões; no entanto, foi compensada por outros
ganhos de participação em investimentos, perfazendo o total líquido de
R$86,7 milhões).
• Perda de R$37,0 milhões referente à venda de ativos
do imobilizado.
América Latina Hispânica
Perda de R$5,5 milhões, comparada a uma perda de
R$20,2 milhões em 2003.
América do Norte
Perda de R$198,7 milhões, conseqüência das despesas de
desligamento de pessoal relacionadas à reestruturação das atividades
administrativas da Labatt. 240 posições de trabalho foram eliminadas nas
operações do Canadá.
Imposto de Renda e Contribuição Social
O valor provisionado para Imposto de Renda e Contribuição
Social em 2004 foi de R$511,7 milhões. À alíquota nominal de 34%, a
provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de
R$570,2 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à
aliquota nominal é apresentada na nota explicativa 16 referente às
demonstrações financeiras do exercício fiscal de 2004.
Participações de Empregados e Administradores
O montante distribuído em 2004 a título de participação nos
lucros aos empregados e administradores foi de R$152,4 milhões. Esse valor
faz parte da política de remuneração variável da companhia, segundo a qual
aproximadamente 4 mil empregados têm uma parte significativa de sua
remuneração sujeita ao cumprimento de agressivas metas de performance.
Em 2003, como a AmBev não atingiu suas metas de
performance, a participação dos empregados e administradores nos lucros
da companhia foi de R$23,7 milhões.
Participações Minoritárias
As participações minoritárias em subsidiárias da AmBev
acumularam em 2004 R$3,8 milhões, 31,7% superior a 2003.
57
Lucro Líquido
O lucro líquido alcançado pela AmBev em 2004 foi de
R$1.161,5 milhões, 17,7% inferior ao de 2003. O lucro por lote de 1.000
ações foi de R$21,26, representando uma queda de 42,9%. A queda no
lucro da companhia, no entanto, não foi consequência de uma
deterioração de suas atividades regulares, mas sim de uma série de fatores
não-operacionais e/ou não-caixa, os quais já foram abordados ao longo da
análise do desempenho da companhia, e são sumarizados a seguir.
• Uma redução de R$869,4 milhões no resultado financeiro
líquido consolidado de 2004 em relação a 2003, conseqüência
primordialmente da redução de R$762,2 milhões no resultado financeiro
líquido das operações brasileiras. Conforme comentado, longe de
representar uma elevação do custo de endividamento no Brasil, esse
resultado reflete um ganho não-realizado extraordinário em 2003,
decorrente da queda significativa do cupom cambial (set/02: 27,0%;
jul/03: 8,0%) e do risco Brasil (set/02: 2.400; jul/03: 800) no primeiro
semestre daquele ano. Esses eventos levaram a um aumento expressivo do
valor dos instrumentos derivativos utilizados pela AmBev em suas
operações de hedging, os quais são contabilizados pelo mínimo entre o
valor contábil e o valor de mercado. Tais ganhos, no entanto, não estavam
relacionados às operações regulares da companhia.
• Uma despesa não-operacional e não-caixa de
R$92,8 milhões contabilizada no terceiro trimestre de 2004, referente a
uma perda de participação em investimento, provocada pela oferta de
recompra de suas próprias ações implementada pela Quinsa na Bolsa de
Luxemburgo. Como o preço de aquisição do leilão foi superior ao
valor de livro das ações, AmBev teve de registrar uma perda contábil em
seu resultado.
• Um aumento de 52,8% na quantidade total de ações em
circulação da companhia, resultado principalmente da emissão em 27 de
agosto de 2004 de 19.264 milhões de novas ações em favor da Interbrew
SA (hoje InBev SA); em contrapartida a AmBev incorporou 100% do
capital da Labatt Brewing Company Limited (essa transação é descrita na
nota explicativa 1b das demonstrações financeiras do exercício de 2004).
• Um impacto negativo não-caixa de R$188,8 milhões,
registrado no resultado da companhia durante o período de 27 de agosto
a 31 de dezembro de 2004. Esse montante reflete o resultado líquido da
variação cambial sobre o investimento da AmBev em Labatt e da
amortização do ágio gerado na transação.
• Uma despesa não-operacional e não-recorrente de
R$198,7 milhões registrada no quarto trimestre de 2004 referente à
reestruturação das funções administrativas da Labatt (despesas de
desligamento relacionadas à redução de 240 postos de trabalho) e do
fechamento de uma de suas fábricas de elaboração de cerveja.
Apenas como referência para análise, os impactos acima
mencionados sobre o resultado da AmBev em 2004 representam um valor
consolidado de R$1.242,5 milhões, equivalente a 67,9% do resultado da
tributação e de participações.
Dividendos
A distribuição de resultado aos acionistas referentes ao
resultado de 2004, representando a soma de dividendos e juros sobre o
capital próprio, foi de R$1.327,1 milhões, 32,9% superior a 2003. O valor
distribuído representa 114,3% do lucro líquido reportado.
Adicionalmente à distribuição de lucros, a companhia
devolveu a seus acionistas R$1.609,1 milhões por meio de seu programa
de recompra de ações, perfazendo um payout total de R$2.936,2 milhões.
Relacionamento com auditoresindependentes
A política de atuação de nossos auditores independentes na
prestação de serviços não-relacionados à auditoria externa se substancia nos
princípios que preservam a independência do auditor.
Estes princípios compreendem:
(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;
(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais; e
(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.
A independência dos nossos auditores externos é assegurada
em cada serviço eventualmente prestado por eles, por procedimentos
específicos como o envolvimento de pessoal independente da auditoria,
quando os serviços contratados não requerem os conhecimentos
acumulados dos auditores ou não se refere à própria contratação de
serviços de auditoria regidos, nesse caso, por procedimentos específicos de
independência profissional ou ainda pelo envolvimento de outros
profissionais independentes (denominada “segunda opinião”), entre
outras ações executadas. Adicionalmente, todos os serviços prestados, que
não vinculados à auditoria externa, são supervisionados pela
administração, ficando a autoria das decisões sempre reservada aos órgãos
da administração, conforme os níveis de aprovação requeridos pelos
estatutos da companhia.
No exercício em questão, os auditores independentes que
prestaram serviços para a companhia e suas subsidiárias foram
contratados para serviços adicionais ao exame das demonstrações
financeiras. É entendimento tanto da companhia quanto de seus auditores
externos, que tais serviços não afetam a independência dos auditores
externos. Os serviços adicionais, contratados no montante aproximado de
R$410 mil, são superiores a 5% do valor total dos honorários relativos aos
serviços de auditoria externa.
58 AmBev Relatório Anual 2004
Aos Administradores e Acionistas
Companhia de Bebidas das Américas - AmBevSão Paulo - SP
1. Examinamos os balanços patrimoniais individual
(controladora) e consolidado da Companhia de Bebidas das Américas -
AmBev (“companhia”) e controladas em 31 de dezembro de 2004 e as
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio
líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício
findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua
Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004: (a) da
controlada Labatt Brewing Company Limited, cujo saldo do passivo a
descoberto totalizando R$1.848 milhões, ativos totais de
R$2.835 milhões, equivalente a 8,59% dos ativos totais consolidados da
companhia, receita líquida no montante de R$1.559 milhões, equivalente
a 13% da receita líquida de vendas consolidadas e lucro líquido no
montante de R$54 milhões, equivalente a 4,65% do lucro líquido da
companhia; e (b) da controlada em conjunto Quilmes Industrial S.A., cujo
investimento líquido soma R$721 milhões, ativos totais de
R$1.799 milhões, equivalente a 5,45% dos ativos totais consolidados da
companhia, receita líquida no montante de R$1.153 milhões, equivalente
a 9,60%, da receita líquida de vendas consolidadas e lucro líquido no
montante de R$86 milhões, equivalente a 7,41% do lucro líquido da
companhia, foram examinadas por outros auditores independentes, e a
nossa opinião, no que se refere aos valores desses investimentos, dos
ativos e passivos dessas controladas e dos resultados por elas gerados,
está baseada nos pareceres desses outros auditores.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas
brasileiras de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema
contábil e de controles internos das companhias; (b) a constatação, com
base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e
as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração
das companhias, bem como da apresentação das demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, com base em nosso exame e no parecer
de outros auditores independentes, as demonstrações financeiras referidas no
parágrafo (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,
a posição patrimonial e financeira individual e consolidada da Companhia de
Bebidas das Américas - AmBev e controladas em 31 de dezembro de 2004, o
resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as
origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela
data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. O balanço patrimonial individual (controladora) e
consolidado da Companhia Bebidas das Américas - AmBev e controladas,
as respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio
líquido, das origens e aplicações de recursos e demonstração do fluxo de
caixa consolidado correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro
de 2003, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por
outros auditores independentes, que emitiram parecer de auditoria,
em 12 de fevereiro de 2004 e em 1° de março de 2004, no que diz
respeito ao assunto abordado na explicativa n° 21 àquelas demonstrações
financeiras, sem ressalvas.
5. Conforme mencionado na nota explicativa nº 1(b) às
demonstrações financeiras, 27 de agosto de 2004, os acionistas da
companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária, a conclusão
das operações com a InBev S.A. (anteriormente denominada Interbrew
S.A), anunciadas em 3 de março de 2004. A transação entre duas
companhias resultou, entre outras, na incorporação da Labatt Brewing
Canadá Holding Ltd, subsidiária integral da InBev S.A, pela companhia.
6. Nosso exame foi conduzido com o objetivo de
expressarmos uma opinião sobre demonstrações financeiras referidas no
parágrafo (1), tomadas em conjunto, demonstração do fluxo de caixa
consolidado, apresentada com o propósito de permitir análises adicionais
sobre a companhia e suas controladas, não é requerida como parte
integrante das demonstrações financeiras básicas, elaboradas em
conformidade com práticas contábeis adotadas no Brasil. A demonstração
do fluxo de caixa consolidado, elaborada sob a responsabilidade da
Administração da companhia, foi por examinada de acordo com os
procedimentos de auditoria mencionados no parágrafo (2) e, em nossa
opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos
relevantes, em relação às demonstrações financeiras consolidadas
tomadas conjunto.
São Paulo, 14 de fevereiro de 2005
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Altair Tadeu Rossato
Auditores Independentes Contador
CRC 2 SP 011609/O-8 CRC 1 SP 182515/O-5
59
Parecer dos Auditores Independentes
Controladora ConsolidadoATIVO 2004 2003 2004 2003
CIRCULANTECaixa e equivalentes 1,6 1.290,9 1.196,1Aplicações financeiras 214,5 1.338,1Ganho não-realizado sobre derivativos 258,7Contas a receber de clientes 1.360,1 725,7Estoques 1.380,9 954,6Impostos a recuperar 71,8 68,9 654,3 771,4Dividendos e/ou juros Cap. Próprio 709,1 Outros 1,0 0,4 478,9 255,9
783,5 69,3 5.379,6 5.500,5
REALIZÁVEL A LONGO PRAZODepósitos compulsórios e judiciais 44,9 43,8 419,1 365,9Venda financiada de ações 162,9 182,1 175,2 234,7Imposto de renda e contribuição social diferidos 447,6 239,0 2.216,6 1.831,8Imóveis destinados à venda 113,9 144,1Outros 85,0 78,0 681,7 616,1
740,4 542,9 3.606,5 3.192,6
PERMANENTEInvestimentos
Participação em sociedades controladas diretas e Coligadas,incluindo ágio e deságio, líquida 20.059,3 5.765,9 18.158,1 1.687,3Outros investimentos 65,5 16,2 46,5 24,1
20.124,8 5.782,1 18.204,6 1.711,4
Imobilizado 5.531,7 4.166,3Diferido 294,1 259,3
20.124,8 5.782,1 24.030,4 6.137,0
TOTAL DO ATIVO 21.648,7 6.394,3 33.016,5 14.830,1
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
PASSIVO E Controladora ConsolidadoPATRIMÔNIO LÍQUIDO 2004 2003 2004 2003
CIRCULANTEFornecedores 1.047,7 800,3Financiamentos 3.443,1 1.976,1Perda não-realizada sobre derivativos 409,1 11,7Salários, participações e encargos sociais a pagar 4,5 251,9 94,1Dividendos a pagar 995,4 290,8 998,9 293,9Imposto de renda e contribuição social a pagar 650,6 543,2Demais tributos e contribuições a recolher 66,9 0,2 983,3 758,3Contas a pagar a partes relacionadas 3.336,1 1.544,1 1,2 0,8Outros 4,8 985,9 241,6
4.407,7 1.835,1 8.771,7 4.720,0
EXIGÍVEL A LONGO PRAZOFinanciamentos 4.367,6 4.004,3Diferimento de impostos sobre vendas 275,7 235,2Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências 140,1 146,0 1.471,0 1.232,9Outros 936,3 133,1
140,1 146,0 7.050,6 5.605,5
PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 198,3 196,4
PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social realizado 4.742,8 3.124,1 4.742,8 3.124,1Reserva de capital 12.149,3 16,6 12.149,3 16,6Reservas de lucroLegal 208,7 208,7 208,7 208,7Futuro aumento de capital 26,1 26,1Estatutária 225,0 1.271,2 225,0 1.271,2Ações em tesouraria (224,9) (233,5) (329,9) (338,5)
17.100,9 4.413,2 16.995,9 4.308,2
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21.648,7 6.394,3 33.016,5 14.830,1
Balanço Patrimonial
60 AmBev Relatório Anual 2004
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 (Expressos em milhões de reais)
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Vendas de produtos 23.297,6 17.143,5
DEDUÇÕES DE VENDASImpostos sobre vendas, descontos e devoluções (11.290,8) (8.459,7)
RECEITA LÍQUIDA 12.006,8 8.683,8Custo dos produtos vendidos (4.780,5) (4.044,2)
LUCRO BRUTO 7.226,3 4.639,6
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAISCom vendas (1.582,8) (847,1) Com distribuição direta (868,9) (648,6) Administrativas (3,2) (1,9) (590,7) (412,0) Contingências tributárias, trabalhistas e outras (1,6) (26,5) (260,2) (187,9) Honorários da diretoria e do conselho de administração (6,9) (1,0) (27,2) (5,9) Depreciação e amortização (541,5) (420,0) Receitas financeiras 43,3 35,8 339,2 601,8 Despesas financeiras (260,4) (66,7) (1.115,6) (508,7) Equivalência patrimonial 1.065,1 1.665,1 5,6 (6,2) Outras operacionais, líquidas 122,6 (85,7) (420,9) (240,1)
958,9 1.519,1 (5.063,0) (2.674,7)LUCRO OPERACIONAL 958,9 1.519,1 2.163,3 1.964,9
Despesas não operacionais, líquidas (1,3) (215,5) (333,9) (100,7)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 957,6 1.303,6 1.829,4 1.864,2Redução (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 208,6 100,4 (511,8) (426,1)
LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 1.166,2 1.404,0 1.317,6 1.438,1Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (4,7) 7,6 (152,4) (23,6)
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 1.161,5 1.411,6 1.165,2 1.414,5Participação dos acionistas minoritários (3,7) (2,9)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.161,5 1.411,6 1.161,5 1.411,6
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) 56.277.742 38.537.333
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício,em reais - R$ 20,64 36,63
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ 21,26 37,23
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
61
Demonstração de Resultados
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADORA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 (Expressas em milhões de reais)
Reservas de lucrosCapital social Reserva Futuro Reserva
subscrito e de aumento estatutária Ações em Lucrosintegralizado capital Legal de capital Investimentos tesouraria acumulados Total
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 3.046,2 16,6 138,1 1.033,9 75,4 (78,1) 4.232,1Exercício de opções do plano de ações 77,4 77,4Aumento de capital por subscrição de bônus 0,5 0,5Recompra de ações (310,0) (310,0)Cancelamento de ações em tesouraria (154,6) 154,6 -Transferência de reservas (853,2) 853,2 -Lucro líquido do exercício 1.411,6 1.411,6
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício -
Reserva legal 70,6 (70,6) -Dividendos antecipados (717,7) (717,7)Dividendos complementares (280,7) (280,7)Reserva estatutária 342,6 (342,6)
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 3.124,1 16,6 208,7 26,1 1.271,20 (233,5) 4.413,2 Exercício de opções do plano de ações 18 18,0Aumento de capital por subscrição de açõesna incorporação de Labatt 1.600,7 12.840,3 14.441,0
Recompra de ações (710,1) (899,5) (1.609,6)Prêmio sobre opção de recopmra de ações 2,5 2,5Cancelamento de ações em tesouraria (26,1) (882,0) 908,1 - Transferência de reservas -Lucro líquido do exercício 1.161,50 1.161,5
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício (164,2) 164,2 -
Reserva legal -Dividendos antecipados (344,4) (344,4)Dividendos complementares (982,7) (982,7)Reserva estatutária -
Dividendos e JCP Prescritos 1,4 1,4
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 4.742,8 12.149,3 208,7 - 225,0 (224,9) - 17.100,9
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
62 AmBev Relatório Anual 2004
ORIGENS Controladora Con solidadoDE RECURSOS 2004 2003 2004 2003
Das operações sociaisLucro líquido do exercício 1.161,5 1.411,6 1.161,5 1.411,6Despesas (receitas) que não afetam o capital circulanteEquivalência patrimonial (1.065,1) (1.665,1) (5,6) 6,2Imposto de renda e contribuição social diferidos (208,6) (99,2) (228,8) (198,3)Deságio na liquidação de incentivos fiscais (21,9) (16,6)Reversão de provisão para perdas sobre passivo a descoberto, líquidoÁgio amortizado, líquido de deságio realizado 84,8 84,8 803,6 252,4Depreciação e amortização 922,2 766,3Contingências tributárias,trabalhistas e outras 3,2 26,5 260,1 187,9Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 49,8 59,8Provisão para perdas sobre ativos permanentes (6,7) 58,7Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (28,1) (41,9) (47,7)Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo 278,0 (496,6)Participação dos acionistas minoritários 3,8 2,9Variação cambial sobre controladas no exterior (259,4) (213,8) 367,3Perda de participação em controladas 215,4 80,7 33,3
Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 168,7 73,8Restituição de capital pela controladaDividendos recebidos e a receber 1.389,1 1.386,0
1.105,5 1.331,9 3.209,7 2.461,0
Dos acionistasAumento de capital 14.461,5 77,9 18 77,9Prêmio na colocação de opções de ações 2,6Variação no capital de minoritários 4,8Venda financiada de açõesÁgio na transferência de ações em tesouraria vinculadas a financiamentos
De terceirosVariações no realizável a longo prazoContas a receber de sociedades ligadasVenda Financiada de Ações 101,2 91,3Outras contas a receber 44,1
Variações no exigível a longo prazoFinanciamentos 295,7Diferimento de impostos sobre vendas 167,9 57,3Outros 17,3
TOTAL DAS ORIGENS 15.567,0 1.409,8 3.516,7 3.032,1
APLICAÇÕES Controladora Con solidadoDE RECURSOS 2004 2003 2004 2003
Variações no realizável a longo prazoDepósitos compulsórios e judiciais 1,0 2,3 52,7 84,0Venda financiada de ações (19,1) 8,5Contas a receber de sociedades ligadas 5,9 14,5Outros impostos e taxas a recuperar 7,0 20,7 11,5Outros 52,6 9,7
Variações no exigível a longo prazoDemais contas a pagar 19,3 98,3Contingências tributárias, trabalhistas e outras 9,1 5,6 87,0 123,8No ativo permanenteInvestimentos, inclusive ágios e deságios 14.492,0 1.212,2 345,9 2.100,6Imobilizado 1.267,2 862,2Diferido 101,9 91,2Em transações de capitalRecompra de ações 1.609,6 310,0 1.609,6 311,9Dividendos propostos e pagos 1.325,8 998,4 1.394,1 1.004,0Capital circulante líquido de controlada incorporada / adquirida 114,8 277,6Variação no capital de minoritários 31,9Financiamentos 2.585,7
Total das aplicações 17.425,4 2.537,0 7.602,3 4.989,3
REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (1.858,4) (1.127,2) (4.172,6) (1.957,2)
VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTEAtivo circulanteNo fim do exercício 783,5 69,3 5.379,6 5.500,5No início do exercício 69,3 53,7 5.500,5 5.571,4
714,2 15,6 (120,9) (70,9)
Passivo circulanteNo fim do exercício 4.407,7 1.835,1 8.771,7 4.720,0No início do exercício 1.835,1 692,3 4.720,0 2.833,7
2.572,6 1.142,8 4.051,7 1.886,3
REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (1.858,4) (1.127,2) (4.172,6) (1.957,2)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
63
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003(Expressas em milhões de reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
a) Considerações gerais A Companhia de Bebidas
das Américas - AmBev (referida como “companhia” ou “AmBev”), com
sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou mediante
participação em outras sociedades, no Brasil e em outros países nas
Américas, produzir e comercializar cervejas, chopes, refrigerantes, outras
bebidas não-alcoólicas e malte.
A companhia mantém acordo de franchising com a PepsiCo
International, Inc. (“PepsiCo”) para engarrafar, vender e distribuir os
produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo o
Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade. Há, também, acordo com a PepsiCo
para engarrafamento, venda e distribuição em âmbito internacional do
“Guaraná Antarctica”.
A AmBev tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de
São Paulo - BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova York - NYSE, na forma
de Recibos de Depósitos Americanos (ADRs).
b) Principais atividades no exterior em
2004 e em 2003
i. Acordo com InBev Em 27 de agosto de 2004, os
acionistas da companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária,
a conclusão das operações com InBev S.A. (“InBev”, anteriormente
denominada Interbrew S.A.) anunciadas em 3 de março de 2004, as quais
envolveram:
• A incorporação da Labatt Brewing Canada Holding Limited,
por parte da companhia, empresa com sede nas Bahamas e que
indiretamente possuía 100% da Labatt Canadá, mediante a emissão pela
AmBev de 19.264.363.201 novas ações, sendo 7.866.181.882 ações
ordinárias e 11.398.181.319 ações preferenciais, representando
aproximadamente 33,5% e 34,4% do capital votante e total da AmBev,
respectivamente.
• Na mesma data, as ações da Tinsel Investment S.A.
(“Tinsel”), holding que era controladora indireta da AmBev, foram
contribuídas para a InBev. A InBev emitiu 141,712 milhões de novas ações
para a BRC S.à.r.l (“BRC”), em troca da totalidade do capital da Tinsel. A
Tinsel, por sua vez, por meio da InBev Holding Brasil S.A. (antiga Braco
Investimentos S.A. (“Braco”)) e da Empresa de Administração e Participações
S.A. – ECAP (“ECAP”), detém indiretamente 15,1% do capital total e
35,1% do capital votante de AmBev em 31 de dezembro de 2004.
• A BRC contribuiu todas as suas ações da InBev recebidas
em decorrência do aumento de capital mencionado acima à Stichting
Interbrew (“Stichting”), controladora da InBev, em troca de 141.712.000
certificados da Stichting. As 321.712.000 ações da InBev hoje
pertencentes à Stichting representam aproximadamente 56% de todas as
ações emitidas e em circulação da InBev, e estão sujeitas a um acordo de
acionistas assinado entre Stichting e seus sócios (BRC, Eugénie Patri
Sébastien “EPS”), e uma afiliada da EPS, Rayvax Société d’Investissements
S.A.), que trata, entre outras coisas, de certos aspectos relacionados à
governança e gestão da Stichting e InBev, e à transferência de
participações em Stichting e InBev.
Conforme mencionado na Nota explicativa 21, dando
seqüência à conclusão da operação, e de acordo com a legislação
brasileira, a InBev realizará uma oferta pública obrigatória de compra das
ações ordinárias remanescentes da AmBev em 29 de março de 2005,
conforme deferimento da CVM ocorrido em 14 de fevereiro de 2005.
A Fundação Antonio e Helena Zerrenner manterá sua
participação acionária na AmBev e teve estendidos até 2019 os termos do
acordo de acionistas de que era signatária, por meio de aditivo que foi
objeto de arquivamento na CVM.
ii. Incorporação da Labatt Canadá O valor total da
Incorporação, em 27 de agosto de 2004, no montante de R$14.441.024,
foi registrado da seguinte forma: (i) aumento no capital social da AmBev
no montante de R$1.600.748; e (ii) aumento da reserva de ágio, reserva
de capital, no montante de R$12.840.276.
O efeito da consolidação da Labatt Holding ApS (“Labatt
ApS”), empresa com sede na Dinamarca e controladora direta da Labatt
Canadá, e da Labatt Canadá nas demonstrações da AmBev está
apresentado a seguir:
Notas Explicativas
64 AmBev Relatório Anual 2004
Ativo31 de dezembro de 2004
Labatt Canadá Labatt ApS Combinado Eliminações Consolidado
Caixa e equivalentes 125.415 60 125.475 125.475Contas a receber de clientes, líquido 213.598 213.598 213.598Contas a receber de partes relacionadas (*) 323.826 323.826 323.826Estoques 333.348 333.348 333.348Impostos a recuperar 6.521 6.521 6.521Outros 80.244 80.244 80.244
Ativo circulante 1.082.952 60 1.083.012 1.083.012
Imposto de renda diferido 256.295 256.295 256.295Investimentos 1.775 (1.848.158) (1.846.383) 1.848.158 1.775Ágio na aquisição de empresas, líquido 230.467 16.271.911 16.502.378 16.502.378Outros investimentos 21.147 21.147 21.147Imobilizado 1.240.064 1.240.064 1.240.064Diferido 3.070 3.070 3.070
Total 2.835.770 14.423.813 17.259.583 1.848.158 19.107.741
Passivo31 de dezembro de 2004
Labatt Canadá Labatt ApS Combinado Eliminações Consolidado
Fornecedores 198.138 60 198.198 198.198Contas a pagar a partes relacionadas 14.144 14.144 14.144Salário e encargos 113.726 113.726 113.726Empréstimos e financiamentos 1.914.677 1.914.677 1.914.677Imposto de renda a pagar 192.967 192.967 192.967Provisões para reestruturações 220.781 220.781 220.781Outros impostos 192.044 192.044 192.044Outros 338.287 338.287 338.287
Passivo circulante 3.184.764 60 3.184.824 3.184.824
Imposto de renda diferido 100.295 100.295 100.295Empréstimos e financiamentos de longo prazo 831.223 831.223 831.223Provisão para benefícios pós-aposentadoria 567.646 567.646 567.646
Exigível a longo prazo 1.499.164 1.499.164 1.499.164
Patrimônio líquido (*) (1.848.158) 14.423.753 12.575.595 1.848.158 14.423.753
Total 2.835.770 14.423.813 17.259.583 1.848.158 19.107.741
ResultadoPeríodo de 27 de agosto de 2004 a 31 de dezembro de 2004
Labatt Canadá Labatt ApS Combinado Eliminações Consolidado
Receita líquida de vendas e serviços 1.558.816 1.558.816 1.558.816Custo dos produtos e serviços vendidos (502.367) (502.367) (502.367)
Lucro bruto 1.056.449 1.056.449 1.056.449Despesas operacionais (710.182) (276.678) (986.860) (54.012) (1.040.872)
Lucro operacional 346.267 (276.678) 69.589 (54.012) 15.577
Resultado não-operacional (198.683) (198.683) (198.683)Provisão para imposto de renda (93.572) (93.572) (93.572)
Lucro (prejuízo) do período 54.012 (276.678) (222.666) (54.012) (276.678)
(*) Foi contabilizado saldo de conta a receber equivalente a R$274.605 em 31 de dezembro de 2004, decorrente de ajuste de consolidação conforme descrito abaixo.
65
Ajuste inicial no investimento da Labatt
Canadá Foram efetuados os seguintes ajustes no investimento e no ágio
inicial apurados na Incorporação da Labatt Canadá (valores convertidos
para Reais com base na taxa de câmbio de 27 de agosto de 2004):
Investimento inicial Labatt Canadá (passivo a descoberto) (2.134.799)Ajustes registrados:Gastos com reestruturação 27.754Provisão para imposto de renda a pagar (Femsa) (80.554)Lucros não-realizados nos estoques (31.118)Outros ajustes (950)Efeito de imposto de renda 1.467Contas a receber InBev, reembolso da InBev 274.605
Total dos ajustes no patrimônio líquido da Labatt Canadá 191.204
Investimento ajustado Labatt Canadá (passivo a descoberto) (1.943.595)Ágio inicial Labatt Canadá 16.574.507Total de ajustes no patrimônio líquido da Labatt Canadá (191.204)
Ágio ajustado Labatt Canadá em 27 de agosto de 2004 16.383.303
Tais ajustes referem-se a eventos ocorridos anteriormente à
data da Assembléia Geral Extraordinária que aprovou a operação com a
InBev e que, portanto, deveriam estar refletidos no balanço inicial da
Labatt Canadá.
Como parte do acordo de Incorporação da Labatt Canadá, a
InBev se comprometeu a reembolsar a AmBev de qualquer desembolso
fiscal, tributário ou contingencial, decorrente de fato ocorrido
anteriormente à Incorporação. Assim, a Labatt já havia contabilizado
provisões, equivalentes em dólares canadenses, no montante de
R$193.537 em 27 de agosto e contabilizou um adicional de R$80.340 no
quarto trimestre, referente a imposto de renda a pagar que, ao serem
desembolsados, serão reembolsados pela InBev.
Dessa forma, no processo de elaboração de suas
demonstrações financeiras consolidadas, a AmBev registrou saldo de
contas a receber da InBev, no montante de R$273.877.
iii. Embotelladora Dominicana, C. por A. (“Embodom”)
Em fevereiro de 2004, a companhia adquiriu 51% do capital social da
Embodom, localizada na República Dominicana, apurando um ágio no
montante de R$173.363, fundamentado em expectativa de resultados
futuros, a ser amortizado em até dez anos, a partir de março de 2004.
Essa subsidiária integra as demonstrações financeiras consolidadas
da companhia.
Em dezembro de 2004, a companhia efetuou um recálculo do
ágio devido a ajustes no patrimônio líquido base para aquisição, por
perdas de participação decorrentes de capitalizações efetuadas pela
companhia e previstas no contrato de aquisição, gerando um ajuste líquido
de amortização no montante de R$24.036.
iv. Cerveceria Suramericana (“Cervesursa”) Em dezembro
de 2003, a companhia adquiriu 80% do capital social da Cervesursa,
localizada no Equador, apurando um deságio no montante de R$18.484,
fundamentado em expectativa de resultados futuros, a ser amortizado em
até dez anos. Essa subsidiária integra as demonstrações financeiras
consolidadas da companhia.
v. Compañia Cervecera AmBev Peru S.A.C. (“AmBev
Peru”) Em outubro de 2003, a companhia adquiriu, pelo montante de
R$86.714, máquinas e equipamentos, estoques e a franquia da PepsiCo
para produzir, comercializar e vender os produtos Pepsi em Lima e na
Região Norte daquele país. Esses ativos foram incorporados à subsidiária
pela AmBev Peru que integra as demonstrações financeiras consolidadas
da companhia.
vi. Industrias del Atlántico (“Atlântico”) A
companhia e a Central American Bottling Corporation (“CabCorp”)
iniciaram suas operações nos mercados cervejeiros da América Central
e do Caribe em setembro de 2003, por meio da subsidiária Atlântico,
localizada na Guatemala, que integra as demonstrações financeiras
consolidadas da companhia.
vii. Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”) Durante 2003, a
AmBev e a Quinsa integraram suas operações, principalmente no
Mercosul. A transação, autorizada com certas restrições pela Comisión
Nacional de Defensa de la Competencia (“CNDC”), teve o prazo de
cumprimento das restrições suspenso, em decorrência de interposição
judicial feita por empresa pertencente ao grupo Compañía Cervecerías
Unidas S.A. (“CCU”) em abril de 2003, na qual foi solicitada habilitação
para participar do processo de aquisição dos ativos mencionados no
parágrafo a seguir. O resumo das principais restrições impostas pela CNDC
é o seguinte:
• A Quinsa e a AmBev (as “Partes”) devem vender as marcas
Bieckert, Palermo, Imperial e Norte, assim como a cervejaria localizada em
Lujan, onde era produzida a marca Brahma, para uma cervejaria
independente, financeiramente capaz e que não produza cerveja no
mercado argentino (o “Comprador”).
• As Partes devem submeter documentação à CNDC, na qual
evidencia o compromisso de permitir ao Comprador, por um período de
sete anos a partir da data da venda dos ativos mencionados no parágrafo
acima, acesso à rede de distribuição da Quinsa na Argentina, para as
marcas vendidas ao Comprador.
• As Partes devem se comprometer com o Comprador a
produzir as marcas Bieckert, Palermo e Imperial, por um período de dois
anos, a partir da data em que esses ativos forem vendidos.
66 AmBev Relatório Anual 2004
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS E PRINCIPAISPRÁTICAS CONTÁBEIS
As demonstrações financeiras consolidadas da companhia e
controladas foram elaboradas e estão sendo apresentadas em
conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil,
Lei nº 6.404/76 e orientações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM,
aplicadas de forma consistente entre os exercícios.
As principais práticas contábeis adotadas são:
a) Estimativas contábeis Na elaboração das
demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para
contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Sendo assim, nas
demonstrações financeiras são incluídas várias estimativas referentes às
vidas úteis do ativo imobilizado, às provisões necessárias para reduzir
ativos ao valor de realização e para passivos contingentes e à
determinação de provisão para Imposto de Renda, as quais, apesar de
refletirem a melhor estimativa possível por parte da administração da
companhia, podem apresentar variações em relação aos dados e valores
reais. A administração da companhia revisa periodicamente essas
estimativas e é de opinião que não deverão existir diferenças significativas.
b) Apuração do resultado As receitas e despesas
são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de
vendas e os correspondentes custos são registrados na entrega dos
produtos aos correspondentes clientes.
c) Ativos circulante e realizável a longo
prazo O caixa e equivalentes a caixa (apresentado no nosso balanço
patrimonial como caixa e bancos), representado por valores de liquidez
imediata e com vencimento original de até 90 dias, está apresentado ao
custo de aquisição, mais juros incorridos até a data do balanço e
ajustados, quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.
As aplicações financeiras, substancialmente representadas por
títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de
depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são
apresentados ao valor de custo, adicionando, quando aplicável, dos
rendimentos auferidos “pro rata temporis”; se necessário, é constituída
provisão para redução aos valores de mercado. Adicionalmente, as cotas
de fundos de investimentos são avaliadas a valor de mercado, e quando
aplicável constituída provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não
realizados de natureza variável.
O saldo de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de
2004, inclui depósitos em conta-corrente e aplicações financeiras,
concedidos a título de garantia vinculada com a emissão de títulos da dívida
externa de controladas, no montante de R$2.432 (R$29.884 em 2003).
A provisão consolidada para créditos de liquidação duvidosa
é constituída em montante considerado suficiente pela administração para
cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos e totaliza
R$175.953 em 31 de dezembro de 2004 (R$182.368 em 2003).
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras
ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão para redução
aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2004, a provisão
consolidada para perdas, com o objetivo de reduzir os estoques aos seus
valores de realização soma R$17.551 (R$33.716 em 2003).
Os gastos com publicidade e marketing são diferidos dentro
de cada exercício social e sistematicamente apropriados ao resultado
de cada período, de acordo com o volume de vendas projetado,
respeitando-se, dessa forma, a sazonalidade mensal das vendas.
Os demais ativos circulantes e do realizável em longo prazo
são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável, os
rendimentos auferidos até a data do encerramento do exercício. Se
necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado.
d) Permanente Os investimentos em controladas e em
controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas contábeis adotadas
são uniformizadas àquelas adotadas pela companhia, bem como inclui
desdobramento dos custos de aquisição em valor patrimonial, ágio ou
deságio. O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do
imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida útil do
imobilizado da controlada, enquanto o ágio (deságio) atribuído à
expectativa de resultados futuros é amortizado no prazo de cinco a dez
anos e registrado na rubrica “Outras despesas operacionais”. O deságio
em investimento, atribuído a razões econômicas diversas, somente será
amortizado na eventual alienação do investimento.
O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui os juros
incorridos no financiamento durante a fase de construção de certos ativos
assim qualificados. Os gastos com manutenção e reparos, quando
incorridos, são registrados em contas de despesas. As perdas com a quebra
de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos
produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são
tempestivamente avaliadas pela administração da companhia e, quando
aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A
depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil-
econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas na Nota 7.
O ativo diferido consolidado é composto principalmente por
gastos incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na aquisição de
controladas incorporadas pela companhia e gastos com implantação e
ampliação, ver Nota 8. A amortização do diferido é calculada pelo
método linear, no prazo máximo de até dez anos, a partir do início das
atividades operacionais.
67
e) Conversão das demonstrações
financeiras das controladas sediadas no exterior Com
exceção das operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai, nas
quais o dólar dos Estados Unidos é considerado moeda funcional, pois
suas receitas e seus fluxos de caixa estão atrelados substancialmente a
essa moeda, as demonstrações financeiras das controladas sediadas no
exterior são elaboradas com base na moeda local como a funcional, isto é,
a moeda principal do sistema econômico em que a entidade opera, e
ajustadas pela inflação, quando aplicável, de acordo com a variação de
índices de preços locais. Dessa forma, os seus ativos, passivos e patrimônio
líquido são convertidos em reais às taxas de câmbio vigentes na data das
demonstrações financeiras. Por sua vez, as contas do resultado são
convertidas e mantidas em reais às taxas médias de câmbio do período. A
diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentes
na data das demonstrações financeiras e aquele apurado às taxas médias
de câmbio do período é ajustada na conta “Outras receitas operacionais”.
f) Passivos circulante e exigível a longo
prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos,
quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias
incorridos até a data de encerramento das demonstrações financeiras.
g) Operações de forward e swap de
moedas e juros A companhia mantém instrumentos derivativos com
o objetivo de efetuar hedge da sua exposição consolidada de riscos de
moedas e juros. Dessa forma, em atendimento às normas da CVM, as
operações “não designadas contabilmente” são mensuradas ao menor
valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições
contratuais entre a companhia e terceiros (“curva do papel”), e o seu valor
de mercado, e registradas contabilmente nas contas “Ganho não-realizado
sobre derivativos” ou “Perda sobre derivativos não-realizada”.
h) Operações de forward e swap de
commodities Os valores nominais das operações de forward e swap
de moedas e juros não são registrados no balanço patrimonial.
A companhia mantém instrumentos derivativos com o
objetivo de efetuar hedge de sua exposição consolidada de custos de
matérias-primas em moeda estrangeira, a serem adquiridas.
Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos,
designados contabilmente como objeto de hedge, são mensurados ao
valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado), diferidos e
contabilizados no balanço patrimonial da companhia em “Outros”, e
reconhecidos no resultado quando houver a venda do produto na conta
“Custo dos produtos vendidos”.
i) Provisão para contingências e passivos
associados a questionamentos fiscais A provisão para
contingências é estabelecida por valores atualizados referentes a questões
trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas instâncias
administrativas e judiciais, com base nas estimativas de perdas estabelecidas
pelos consultores jurídicos externos da companhia e suas controladas, para
os casos em que essas perdas são consideradas prováveis.
As reduções de impostos, obtidas com base em decisões
judiciais resultantes de ações movidas pela companhia e suas controladas
contra as autoridades tributárias, caso lançadas ao resultado, são objeto
de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em última
instância em favor da companhia e suas controladas.
j) Subvenção para investimentos Algumas
controladas da companhia têm determinados programas de incentivos
fiscais estaduais na forma de diferimento do pagamento de impostos, com
reduções parciais ou totais desses. Em alguns Estados, os prazos de
carência e as reduções não são condicionais. Todavia, quando existentes,
as condições referem-se a fatos sob controle da companhia. O benefício
relativo à redução no pagamento desses impostos é tratado como reserva
para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido das
controladas, com base no regime de competência de registro desses
impostos, ou no momento em que as controladas cumprem com as
principais obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o benefício
concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da companhia
esse benefício é registrado como “Outras receitas operacionais”
(R$193.276 em 31 de dezembro de 2004 e R$175.974 em 2003).
k) Imposto sobre a Renda e Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido O Imposto de Renda e a
Contribuição Social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas
estabelecidas na legislação aplicável. O encargo referente ao Imposto de
Renda e à Contribuição Social é registrado em regime de competência de
exercícios, com a adição do Imposto de Renda diferido calculado sobre
as diferenças temporárias entre as bases contábeis e tributáveis de
ativos e passivos.
Registra-se também o Imposto de Renda diferido ativo
correspondente ao benefício tributário futuro de prejuízos fiscais e bases
negativas de cálculo de Contribuição Social para as controladas em que
haja expectativa de realização provável desses benefícios, no prazo
máximo de dez anos, com base em projeções de resultados futuros,
descontados ao seu valor presente.
l) Ativos e passivos atuariais relacionados
a benefícios a empregados A companhia e suas controladas
reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a
empregados de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM
n° 371, de 13 de dezembro de 2000.
68 AmBev Relatório Anual 2004
Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos em
montante excedente ao maior valor entre (a) 10% do valor presente da
obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos do plano, amortizado
pelo tempo de serviço médio futuro dos participantes do plano.
m) Demonstrações financeiras
consolidadas Para as controladas, foi consolidada a totalidade de
seus ativos, passivos e resultados, com destaque para as participações dos
acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado dos exercícios.
Na consolidação, os investimentos nas controladas e a
parcela correspondente de seus patrimônios líquidos, os saldos ativos e
passivos e receitas e despesas, decorrentes de transações realizadas entre
as empresas consolidadas, foram eliminados. Adicionalmente, exclui-se a
parcela dos resultados não-realizados decorrente de compras de insumos e
produtos de controladas e coligadas, incorporada ao saldo dos estoques
no fim de cada período, assim como de outras transações entre
controladas da companhia.
As demonstrações financeiras consolidadas abrangem, em
datas coincidentes, as demonstrações financeiras das controladas pela
companhia, direta ou indiretamente.
n) Demonstrações financeiras consolidadas
proporcionalmente Para as controladas em conjunto, mediante
acordo de acionistas, a consolidação incorpora as contas de ativo, passivo
e resultado, proporcionalmente à participação total detida pela companhia
no capital social da respectiva controlada em conjunto. Na consolidação
proporcional, foram eliminadas as parcelas correspondentes dos saldos
proporcionais de ativos e passivos, bem como as receitas e despesas
proporcionais, decorrentes de transações realizadas entre as controladas.
A Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”) vem adquirindo ações de
sua própria emissão, alterando, dessa forma, o percentual de participação
econômica da companhia na Quinsa, que em 31 de dezembro de 2004
chegou a 54,80%. Essas aquisições geraram uma perda sem efeito de caixa
no resultado da companhia no montante de R$80.764 no exercício findo
em 31 de dezembro de 2004 (R$10.958 em 31 de dezembro de 2003),
devido ao montante pago ser superior ao valor patrimonial das ações.
Os controladores da Quinsa têm o direito de permutar seus
373,5 milhões de ações classe A da Quinsa por ações ordinárias e
preferenciais da AmBev, em abril de cada ano, ou a qualquer momento em
que haja mudança na estrutura de controle da AmBev. A AmBev também
têm o direito de determinar a permuta de ações classe A da Quinsa por
ações da AmBev a partir do fim do sétimo ano (a contar de abril de 2003).
Em qualquer das hipóteses, o número de ações da AmBev a ser emitido
para os controladores da Quinsa será determinado por uma fórmula pré
acordada baseada no EBITDA das duas companhias.
Em 28 outubro, de 2004 a AmBev anunciou que foi
informada por Beverage Associates (BAC) Corp. de que esta decidiu não
acelerar o exercício de sua opção de troca da íntegra das ações Classe A
de Quilmes Industrial (Quinsa), Société Anonyme atualmente em seu
poder, por ações de AmBev. A mudança na estrutura de controle da AmBev
resultante da conclusão da aliança estratégica com InBev deu à BAC o
direito de acelerar o exercício de sua opção de acordo com as condições
previstas nos contratos mencionados. Dada a decisão de BAC de não
acelerar sua opção em função da mudança na estrutura de controle, a
opção de BAC será novamente exercível em abril de 2005.
Os ativos líquidos da Quinsa, Agrega Inteligência em Compras
Ltda. (“Agrega”) e da Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), consolidados
proporcionalmente nas demonstrações financeiras da companhia, são
como segue:31 de dezembro de 2004
Quinsa (i) Agrega (ii) ITB (iii) Total
Ativo circulante 418.762 1.003 338 420.103Ativo realizável a longo prazo 242.622 - 6.338 248.960Ativo permanente 1.138.002 491 898 1.139.391Passivo circulante (436.347) (1.112) (1) (437.460)Passivo exigível a longo prazo (440.774) - (11.629) (452.403)Participação de minoritários (201.624) - - (201.624)
Total ativos (passivos) líquidos 720.641 382 (4.056) 716.967
(i) 54,80% de participação.
(ii) 50% de participação.
(iii) 50% de participação.
31 de dezembro de 2003Quinsa (i) Agrega (ii) ITB (iii) Total
Ativo circulante 513.415 1.286 325 515.026Ativo realizável a longo prazo 132.431 - 7.121 139.552Ativo permanente 1.156.275 455 1.149 1.157.879Passivo circulante (382.382) (1.149) (1.236) (384.767)Passivo exigível a longo prazo (401.913) - (10.804) (412.717)Participação de minoritários (199.621) - - (199.621)
Total ativos (passivos) líquidos 818.205 592 (3.445) 815.352
(i) 49,66% de participação.
(ii) 50% de participação.
(iii) 50% de participação.
Os resultados da Quinsa, Agrega e da ITB, consolidados proporcionalmente nasdemonstrações financeiras da companhia, são como segue:
Exercício findo em 31 de dezembro de 2004Quinsa Agrega ITB Total
Receita líquida 1.152.970 821 1.153.791Custo dos produtos e serviços vendidos (510.296) - (510.296)
Lucro bruto 642.674 821 643.495Despesas operacionais (432.786) (2.858) (925) (436.569)
Lucro (prejuízo) operacional 209.888 (2.037) (925) 206.926Resultado não-operacional 2.433 2.433Provisão para imposto de renda (77.006) 315 (76.691)Participações estatutárias (19.682) (19.682)Participações minoritárias (29.196) (29.196)
Lucro (prejuízo) do exercício 86.437 (2.037) (610) 83.790
69
Exercício findo em 31 de dezembro de 2003Quinsa Agrega ITB Total
Receita líquida 773.706 556 12.723 786.985Custo dos produtos e serviços vendidos (387.258) (9.192) (396.450)Lucro bruto 386.448 556 3.531 390.535Despesas operacionais (210.626) (2.480) (4.525) (217.631)Lucro (prejuízo) operacional 175.822 (1.924) (994) 172.904Resultado não-operacional (11.295) (11.295)Provisão para imposto de renda 27.495 338 27.833Participações estatutárias (9.283) (9.283)Participações minoritárias (33.046) (33.046)
Lucro (prejuízo) do exercício 149.693 (1.924) (656) 147.113
Destacamos na tabela a seguir as principais participações da
Quinsa em controladas, consolidadas integralmente às suas
demonstrações financeiras e ajustadas de forma proporcional nas
demonstrações financeiras consolidadas da AmBev:
Total de participaçãoem 31 de dezembro
de 2004 (%)
Cerveceria y Malteria Quilmes S.A.I.C.A. y G. 87,36Cerveceria Boliviana Nacional La Paz 74,61Cerveceria Chile S.A. 87,63Cerveceria Paraguay S.A. 76,54Fábrica Paraguaya de Vitrios S.A. 87,38Fábricas Nacionales de Cerveza S.A. 85,09QIB 87,63
3. ESTOQUES
Consolidado
2004 2003
Produtos acabados 396.792 145.557Produtos em elaboração 62.827 63.883Matérias-primas 606.738 564.204Materiais de produção 199.309 112.943Almoxarifado e outros 132.846 101.740Provisão para perdas (17.551) (33.716)
1.380.961 954.611
4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
Principais transações com partes relacionadas estão
demonstradas conforme tabelas abaixo:2004
Saldos TransaçõesResultado
Contas a Contas a Contratos Vendas financeiroEmpresas receber pagar de mútuos líquidas líquido
AmBev (2.057) (3.333.993) (219.745)CBB 24.445 1.789.702 234.745 168.201IBA-Sudeste 3.226 1.125.540 29.853Jalua 11.892 (55.556)Monthiers 1.242.236 68.950Arosuco 5.252 336.343 416.592Dunvegan (873.018) 45.302Cympay (12.412) 21 116.158 (298)Malteria Pampa 5.959 152.268Aspen (197.059) (1.681)Labatt Canadá (i) (ii) 323.826 (14.144) 85.741 25Outras nacionais 74.268 (78.932) (89.977) 64.734 (9.098)Outras internacionais 5.378 (24.428) (7.703) 152.024 1.162
2003Saldos Transações
ResultadoContas a Contas a Contratos Vendas financeiro
Empresas receber pagar de mútuos líquidas líquido
AmBev (8.523) (1.535.544) (44.651)CBB 11.940 218.135 166.770 277.454IBA-Sudeste (1.693) 977.907 4.396 18.530Jalua (55.493) (35.516)Monthiers 1.226.550 (250.220)Arosuco 3.818 246.127 334.438 6.010Dunvegan (802.000) 30.816Cympay (4.128) 315 76.852 2Malteria Pampa 7.413 115.732 13.998Aspen (173.009) (19.250)Outras nacionais 41.800 (55.686) (39.308) 241.786 1.101Outras internacionais 19.785 (12.041) (59.992) 112.000 (779)
70 AmBev Relatório Anual 2004
(i) Transações efetuadas com outrasempresas relacionadas à InBev,
principalmente Labatt USA, que não sãoeliminadas nas demonstrações financeiras
consolidadas da companhia.(ii) Adicionalmente, existem contratos de
prestação de serviços entre a LabattCanadá e a InBev pelos quais são
reembolsados os serviços prestados oudespesas incorridas em benefício da outra
parte. Em 31 de dezembro de 2004, aLabatt Canadá tem um contas a receber
de aproximadamente R$6,6 milhões e umcontas a pagar de aproximadamente
R$2,4 milhões junto à InBev como partedos referidos contratos.
Denominações utilizadas:
Indústria de Bebidas Antarctica doSudeste S.A. (“IBA-Sudeste”)
Jalua Spain S.L. (“Jalua”)
Monthiers S.A. (“Monthiers”)
Arosuco Aromas e Sucos Ltda.(“Arosuco”)
Dunvegan S.A. (“Dunvegan”)
Cervecería y Maltería Paysandú - Cympay(“Cympay”)
Maltería Pampa S.A. (“Maltería Pampa”)
Aspen Equities Corporation (“Aspen”)
Labatt Brewing Company Limited(“Labatt Canadá”)
As transações com partes relacionadas são realizadas em
condições usuais de mercado e envolvem, entre outras operações, a
compra e a venda de matérias-primas como malte, concentrados, rótulos,
rolhas e produtos acabados diversos, eliminadas nas demonstrações
financeiras consolidadas da companhia, com exceção da parcela
não-consolidada das operações com empresas controladas em conjunto
(contabilização com base no critério de consolidação proporcional) e
partes relacionadas.
Os contratos de mútuo firmados entre as controladas da
companhia no Brasil têm prazo de vencimento indeterminado e sofrem a
incidência de encargos financeiros de mercado, exceto por alguns
contratos com controladas que não incidem encargos. Os contratos que
envolvam as controladas da companhia sediadas no exterior são
geralmente atualizados monetariamente com base na variação da taxa do
dólar dos Estados Unidos, acrescidos de juros de 10% ao ano.
5. OUTROS ATIVOS
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Ativo circulanteResultado líquido diferido de operações deforward, swap ecommodities 54.958 76Despesas antecipadas 215 242.183 123.333Adiantamentosa fornecedores e outros 42.762 26.562Demais contas a receber 828 424 139.058 105.962
1.043 424 478.961 255.933
Realizável a longo prazoAplicações financeiras de longo prazo 147.430 77.004Outros impostos e taxas a recuperar (*) 85.034 77.985 362.278 348.365Despesas antecipadas 111.691 119.268Superávit de ativos – Instituto AmBev (Nota 123.a) 20.646 22.030Demais contas a receber 39.686 49.460
85.034 77.985 681.731 616.127
(*) Os saldos consolidados contemplam créditos de IPI – alíquota zero não utilizados pelascontroladas da companhia, conforme mencionado na Nota 11 (b). Para o saldo referente a essecrédito foi registrado o passivo correspondente na conta “provisão para contingências”.
6. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETAS
a) Movimentação da participação em
controladas diretas, incluindo ágio e deságio
71
Controladora – Movimentação em 2004 Descrição CBB Arosuco Agrega Hohneck(i) Labatt ApS(i) Total
Saldos em 31 de dezembro de 2003 5.541.201 224.083 619 12 5.765.915Aquisição de investimento 14.441.024 (iii) 14.441.024Dividendos recebidos e a receber (1.189.675) (199.446) (1.389.121)Aumento de capital 1.800 1.800Variação cambial s/ investimentos no exterior 259.407 259.407Equivalência patrimonial 1.035.305 308.549 (2.036) (1) (276.678) 1.065.139Amortização do (ágio) deságio (84.841) (84.841)
Saldos em 31 de dezembro de 2004 5.301.990 (ii) 333.186 383 11 14.423.753 20.059.323
Controladora – Movimentação em 2003Descrição CBB Arosuco Agrega Hohneck(i) Eagle Total
Saldos em 31 de dezembro de 2002 1.158.249 543 215.456 3.215.566 4.589.814Aquisição de investimento 85.763 (iv) 85.763Dividendos recebidos e a receber (1.351.823) (v) (34.207) (1.386.030)Aumento de capital 3.660.820 (v) 2.000 (2.551.275) 1.111.545Perda de participação em controlada (215.443) (vi) (215.443)Equivalência patrimonial 2.158.693 172.527 (1.924) (1) (664.291) 1.665.004Amortização do (ágio) deságio (84.738) (84.738)
Saldos em 31 de dezembro de 2003 5.541.201 224.083 619 12 5.765.915
(i) Sediada no exterior.(ii) Saldo composto pelos montantes de ágio aamortizar, no montante de R$384.088, dedeságio a amortizar em R$149.946 e deinvestimento avaliado pelo método deequivalência patrimonial em R$5.067.848.(iii) Em agosto de 2004, a companhiaincorporou os ativos da Labatt Brewing CanadaHolding Limited, sendo R$1.600.748 comoaumento do capital social e R$12.840.276como reserva de ágio.(iv) Em maio de 2003, a controlada CBBalienou seu investimento na Arosuco àcompanhia, pelo valor de livros no montante deR$85.763.(v) Em julho de 2003, a companhia aportoucapital na controlada CBB, sendo parte com seuinvestimento na Eagle Distribuidora de BebidasS.A. (“Eagle”), pelo valor de livros no montantede R$2.551.275, e outra parte com parcela dosaldo de dividendos a receber da CBB nomontante de R$1.109.545.(vi) Em janeiro de 2003, a companhia registrouperda de participação na Hohneck resultante decapitalização feita pela Skol e CBB, sem arespectiva participação proporcional da AmBev,no montante de R$215.443, eliminada nasdemonstrações consolidadas da companhia.
b) Ágio e deságio
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Ágio CBB - fundamentado em:Mais-valia do imobilizado 144.579 144.579 144.579 144.579Expectativa de rentabilidade futura 702.760 702.760 702.760 702.760
847.339 847.339 847.339 847.339
Expectativa de rentabilidade futura:
Labatt Canadá (i) 16.677.719Quinsa 1.123.224 1.123.224Cympay 26.557 34.177Embodom 214.851Malteria Pampa 28.101 28.101Indústrias Del Atlântico 5.116 5.116Cervejaria Miranda Corrêa S.A. 5.514 5.514Subsidiárias Labatt Canadá (i) 3.648.637Quinsa e subsidiárias (consolidadasproporcionalmente) 547.613 510.360
Total de ágio 847.339 847.339 23.124.671 2.553.831
Amortização acumulada (463.251) (378.411) (4.779.123) (689.597)
Total de ágio, líquido 384.088 468.928 18.345.548 1.864.234
DeságioCBB (149.946) (149.946) (149.946) (149.946)Cerversursa (16.431) (18.485)Incesa (subsidiária da Quinsa) (8.760) (8.506)
Total de deságio (149.946) (149.946) (175.137) (176.937)
234.142 318.982 18.170.411 1.687.297
(i) O saldo da amortização acumulada referente aos ágios existentes na Labatt Canadá totalizaR$3.418.170 em 31 de dezembro de 2004.
c) Informações sobre as controladas diretas2004Descrição CBB Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS
Quantidade de ações/cotas possuídas - em milharesAções ordinárias/cotas 19.881.631 0,3 6.510 10.000 1.000.017Ações preferenciais 35.206.009
Total de ações/cotas 55.087.640 0,3 6.510 10.000 1.000.017
Percentual de participação direta no capital socialEm relação às ações preferenciais 99,9Em relação às ações ordinárias/cotas 99,9 99,7 50 0,009 100Em relação ao total de ações/cotas 99,9 99,7 50 0,009 100
Informações sobre as demonstrações financeirasdas controladas diretas:
Patrimônio líquido ajustado 5.067.853 334.181 765 1.245.551 14.423.753Lucro (prejuízo) líquido ajustado 948.322 219.832 (4.073) (69.600) (276.678)
2003Descrição CBB Arosuco Agrega Hohneck
Quantidade de ações/cotas possuídas - em milharesAções ordinárias/cotas 19.881.631 0,3 1.375 10.000Ações preferenciais 35.206.009
Total de ações/cotas 55.087.640 0,3 1.375 10.000
Percentual de participação direta no capital socialEm relação às ações preferenciais 100,0Em relação às ações ordinárias/cotas 99,9 99,7 50 0,009Em relação ao total de ações/cotas 99,9 99,7 50 0,009
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:
Patrimônio líquido ajustado 5.222.245 224.752 1.237 1.315.152Lucro (prejuízo) líquido ajustado 2.046.687 176.291 (3.848) (67.111)
72 AmBev Relatório Anual 2004
Em virtude de resultados intercompanhias, de lucros
não-realizados e de incentivos fiscais, o resultado de equivalência
patrimonial, obtido em algumas controladas, conforme demonstrado na
Nota 6 (a), pode não corresponder à aplicação do percentual de participação
sobre o resultado da controlada no período, apresentado nessa nota.
d) Principais participações indiretas
relevantes em controladas
Total de participação indireta (%)Denominação da empresa 2004 2003
BrasilEagle 100 100IBA-Sudeste 99,3 99,3
ExteriorJalua Spain S.A. 100 100Lambic S.A. 87,3 87,3Monthiers (i) 100 100Aspen 100 100
(i) Subsidiária integral da Jalua Spain S.A.
7. IMOBILIZADO
a) Composição do imobilizado
As controladas mantêm bens imóveis destinados à venda, em
31 de dezembro de 2004, cujo valor residual totaliza R$113.849
(R$144.079, em 2003), que estão classificados no realizável a longo
prazo, líquido de provisão para perda potencial na realização, no montante
de R$69.087 (R$89.146 em 2003).
Durante o ano, foi constituída provisão para perdas potenciais
na realização de imóveis e máquinas e equipamentos, no montante de
R$10.388 (R$58.673, em 2003), perda essa reconhecida nas
demonstrações financeiras consolidadas da companhia no grupo
“Despesas não-operacionais”.
b) Bens dados em garantia Em razão de
empréstimos bancários e arrendamentos mercantis assumidos pela
companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2004 existem bens
móveis e imóveis dados em garantia, no montante residual de
R$781.420 (R$909.317 em 31 de dezembro de 2003). Tal restrição não
impacta o uso desses bens e as operações da companhia.
8. DIFERIDO
Consolidado2004 2003
CustoPré-operacionais 208.628 190.643Gastos com implantação e ampliação 53.918 55.697Rentabilidade futura (*) 109.097 146.323Outros 162.600 71.435
534.243 464.098Amortização acumulada (240.098) (204.771)
294.145 259.327
(*) Refere-se a ágio na aquisição de controladas, incorporadas pela Controladora em anosanteriores, reclassificado de “Investimentos” para o “Diferido” e amortizado com base nasprojeções de resultados futuros dessas controladas.
Consolidado2004 2003 Taxas
Depreciação Valor Valor anuais deCusto acumulada residual residual depreciação
Terrenos 328.641 328.641 244.560Prédios e construções 2.578.191 (1.192.012) 1.386.180 1.187.306 4%Máquinas e equipamentos 7.968.212 (5.973.273) 1.994.939 1.350.144 10% a 20%Bens móveis de uso externo 1.550.966 (674.251) 876.714 606.816 10% a 20%Outros bens e intangíveis 1.241.957 (665.012) 576.945 623.779 4% a 20%Imobilizado em andamento 368.246 368.246 153.700
14.036.213 (8.504.548) 5.531.665 4.166.305
73
9. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
ConsolidadoCirculante Longo Prazo
Modalidade Encargos financeiros e finalidade médios ao ano Vencimento final 2004 2003 2004 2003
Moeda localIncentivos fiscais de ICMS 4,99% Junho de 2013 93.476 34.603 288.163 340.507Investimentos no permanente 2,40% acima da TJLP Outubro de 2009 135.201 227.150 209.499 298.587Outros 104% do CDI Abril de 2005 274.554 167 412
503.231 261.920 497.662 639.506
Moeda estrangeiraCapital de giro (i) 4,3% Dezembro de 2005 2.619.479Empréstimo sindicalizado 2,4% acima da Libor trimestral Agosto de 2004 1.062.959“Bonds” 9,63% Setembro de 2013 46.680 53.656 2.654.400 2.889.200Importação de matéria-prima 6,43% Maio de 2005 112.639 183.650 22.103Investimentos no permanente (i) 6,53% Junho de 2010 140.997 303.502 1.102.383 418.437Outros 5,9% Outubro de 2008 20.098 110.372 113.153 35.089
2.939.893 1.714.139 3.869.935 3.364.829
3.443.124 1.976.059 4.367.598 4.004.335
74 AmBev Relatório Anual 2004
(i) Essas linhas de financiamentosofreram alteração em relação aoúltimo ano, basicamente devido aoseventos de consolidação da LabattApS, conforme apresentado na Nota1 (b).
Abreviaturas utilizadas:
TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo
LIBOR - “London Interbank OfferedRate”
ICMS - Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços
a) Garantias Os empréstimos e financiamentos tomados
para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão
garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de
equipamentos, vide nota 7 (c). Os empréstimos para compra de matéria-
prima, substancialmente malte e emissão de dívida no mercado
internacional, estão garantidos por avais da AmBev e suas controladas.
b) Vencimentos Em 31 de dezembro de 2004, os
financiamentos ao longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:
2006 257.4722007 428.2512008 658.0482009 10.3892010 74.5362011 1.523.2992012 em diante 1.415.603
4.367.598
c) Incentivos fiscais de ICMS
2004 2003
Saldos circulante e longo prazoFinanciamentos 381.639 375.110Diferimento de impostos sobre vendas 330.162 393.604
711.801 768.714
Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por
determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do
ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado,
geralmente por cinco anos a partir da data do vencimento.
O montante de R$330.162 (R$393.604, em 31 de dezembro
de 2003) de “Diferimento de impostos sobre vendas” contém parcela
circulante de R$54.465 (R$161.816 em 31 de dezembro de 2003)
classificada na rubrica “Demais tributos e contribuições a recolher”.
Os valores restantes referem-se a diferimento financiado do
ICMS devido, por prazos de até 12 anos, como parte de programas de
incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo
do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a
40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por
60% até 80% de um índice geral de preços.
d) Empréstimo sindicalizado Em 28 de julho de
2004, a companhia efetuou a liquidação integral de seu empréstimo
sindicalizado no montante de R$974.663, líquido do efeito do hedge de
dívida do montante correspondente.
e) Emissão de dívida no mercado
internacional Em setembro de 2003, com garantia oferecida pela
AmBev, a CBB efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2013”)
no montante equivalente a US$500 milhões, com a incidência de juros de
8,75% ao ano, amortizados semestralmente a partir de março de 2004, e
vencimento final em setembro de 2013. A companhia registrou o Bond
2013 em 10 de agosto de 2004 na Securities and Exchange Commission
– SEC, conforme o U.S. Securities Act de 1933 e suas alterações
subseqüentes. Além disso, o Bond 2013 foi registrado na Bolsa de Valores
de Luxemburgo para liquidação por meio da Depository Trust Company
(“DTC”), Euroclear e Clearstream.
Em dezembro de 2001, com garantia oferecida pela AmBev, a
CBB efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2011”) no
montante equivalente a US$500 milhões, com a incidência de juros de
10,5% ao ano, amortizados semestralmente desde junho de 2002, e com
vencimento final em dezembro de 2011. A companhia registrou o Bond
2011 em 4 de outubro de 2002 na SEC.
f) Labatt Canadá Com vigência a partir de 25 de maio
de 2004, a Labatt Canadá firmou um contrato de crédito principal a termo
no valor de CAD$700.000 com um consórcio de bancos com data de
vencimento em 12 de dezembro de 2005.
Sobre os empréstimos sujeitos ao contrato de crédito incidem
juros à taxa bankers acceptance mais a margem aplicável cujo teto é de
0,9% ao ano. Em 31 de dezembro de 2004, a taxa média bankers
acceptance sobre a dívida era 2,765% ao ano e a margem aplicável era
de 0,55% ao ano.
Com vigência a partir de 12 de dezembro de 2002, a Labatt
Canadá firmou um contrato de crédito a termo no valor de CAN$ 600.000
com um consórcio de bancos. Este contrato tem duas parcelas distintas: (a)
uma linha de crédito pré-aprovada para utilização de recursos quando
necessário de CAN$ 30.000; e (b) um empréstimo a termo de CAN$
300.000 com amortizações semestrais de CAN$ 50.000. Em 31 de
dezembro de 2004, a Labatt tinha registrado como passivo: (i) CAN$
60.000 referentes à parcela utilizada da linha de crédito pré-aprovada; e
(ii) duas parcelas remanescentes do empréstimo, totalizando CAN$
100.000, com vencimento final em 12 de dezembro de 2005.
Os empréstimos feitos sob as duas modalidades incidem juros
à taxa bankers acceptance mais a margem aplicável cujo teto é 0,95%
ao ano para a linha de crédito e 0,90% ao ano para o contrato a termo.
Em 31 de dezembro de 2004, a taxa média bankers acceptance sobre a
dívida era de 2,636% ao ano e a margem aplicável era de 0,60% ao ano.
Com vigência a partir de 23 de julho de 1998, a Labatt
Canadá firmou um contrato para empréstimo de dólares dos Estados
Unidos, no montante de US$162 milhões em Notas Bancárias da Série A e
de dólares canadenses CAN$ 50 milhões em Notas Bancárias da Série B
(“Notas”), tomado de um grupo de investidores institucionais. As Notas
estão sujeitas a taxas fixas de juros de 6,56% ao ano sobre a parte em
dólares dos Estados Unidos e de 6,07% ao ano sobre a parte em dólares
canadenses, com vencimento em 23 de julho de 2008.
g) Cláusulas contratuais
Em 31 de dezembro de 2004, a companhia e suas
controladas encontram-se adimplentes quanto aos índices de
endividamento e liquidez compromissados em decorrência da obtenção
dos empréstimos, com exceção do mencionado no parágrafo seguinte.
Durante 2003, certas subsidiárias da Quinsa na Argentina
finalizaram um processo de renegociação de dívidas, abrangendo,
inclusive, os prazos de pagamentos dos financiamentos. Em 31 de
dezembro de 2004, a parcela da dívida no montante de US$4,7 milhões,
está apresentada no passivo circulante em razão do não atendimento de
determinados índices de liquidez compromissados.
10. OUTROS PASSIVOS
Consolidado2004 2003
Passivo circulanteParticipações a empregados e administradores 126.284 11.537Depósitos para vasilhames (i) 84.367Provisão para reestruturação (ii) 183.019Provisão para contingência de imposto de renda (Nota 11 (h)) 189.916Resultado líquido diferido de operações de forward e swapde commodities 12.724 2.979Contas a pagar de marketing 101.117 24.540Provisão para pagamento de royalties 37.064Demais contas a pagar 251.383 202.603
985.874 241.659
Exigível a longo prazoProvisão para benefícios de assistência médica e outros (Nota 132.b) 646.049 72.893Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 167.c) 138.458 26.161Resultado líquido diferido de operações de swap de dívida 90.261Demais contas a pagar 61.544 34.020
936.312 133.074
(i) Esses depósitos são efetuados pelos pontos de venda no Canadá, no momento da venda dacerveja, como forma de garantia pelos vasilhames, e devolvidos quando tais vasilhames sãoretornados.(ii) A Labatt anunciou em 8 de setembro de 2004 o fechamento de sua fábrica em NewWestminster, British Columbia. Essa unidade deve ser operada até o final de março de 2005 efechada em 22 de abril de 2005, quando do término do acordo com o sindicato dostrabalhadores. Como o plano de fechamento dessa fábrica já estava aprovado no momento daIncorporação, provisões para demissões no montante de CAN$ 9,9 milhões (equivalente a R$21,9 milhões em 31 de dezembro de 2004) foram registradas em 27 de agosto de 2004.Durante o quarto trimestre de 2004, a Labatt provisionou CAN$ 12,3 milhões (equivalentes aR$27,2 milhões em 31 de dezembro de 2004) de complemento das provisões iniciais comoparte de um acordo fechado com o sindicato dos trabalhadores. Adicionalmente, em dezembrode 2004 a Labatt anunciou uma reestruturação da força de trabalho com o objetivo de reduzir ocusto fixo de pessoal em 20%. Com isso, a Labatt registrou uma provisão no montante deCAN$ 60,7 milhões (equivalente a R$134,0 milhões em 31 de dezembro de 2004) para cobriros gastos com demissões, além de CAN$ 17,0 milhões (equivalente a R$37,5 milhões em 31 dedezembro de 2004) referentes a benefícios pós aposentadoria e de previdência privada dosfuncionários a serem demitidos. Essas provisões totalizaram R$198.682 no resultado de 2004 eforam contabilizadas em “Resultado não-operacional”.
75
11. CONTINGÊNCIAS
Consolidado2004 2003
Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para O Financiamento da Seguridade Social - Cofins 383.537 339.152ICMS e Imposto sobre Produto Industrializado - IPI 540.446 532.135Imposto de renda e contribuição social 71.292 50.186Processos trabalhistas 323.986 211.080Processos envolvendo distribuidores e revendedores 47.156 28.592Outros 104.534 71.730
1.470.951 1.232.875
Em 31 de dezembro de 2004, a companhia e suas
controladas mantinham ainda em andamento outros processos, cuja
materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é possível de
perda, mas não provável, no valor aproximado de R$1.241.105
(R$1.266.600 em 31 de dezembro de 2003), para as quais a
administração da companhia entende não ser necessária a constituição
de provisão para eventual perda.
Natureza dos principais passivos associados a
questionamentos fiscais e provisões para contingências:
a) PIS e Cofins
i. PIS – A companhia e suas controladas possuem liminar,
obtida no primeiro trimestre de 1999, liminar esta que foi confirmada por
sentença de 1º instância que lhes garantiam o direito de recolher o PIS
(até 31 de dezembro de 2002) sobre o faturamento, desonerando-a do
recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas. Com o advento da
Lei nº 10.637 de 31 de dezembro de 2002, que estabeleceu novas regras
para a apuração do PIS, com efeitos a partir de 1° de dezembro de 2002,
a companhia e suas controladas passaram a proceder ao recolhimento
dessa contribuição sobre outras receitas nos moldes previstos na
legislação em vigor.
ii. Cofins – A companhia e suas controladas possuem
decisão de mérito confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3º Região,
que lhes permitiam pagar a Cofins sobre o faturamento, desonerando-as
do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas. Considerando-se
a promulgação da Lei 10.833/03 de 29 de dezembro de 2003 com efeitos
a partir de 1° de fevereiro de 2004, a companhia e suas controladas
passaram a recolher a referida contribuição nos moldes previstos na
legislação em vigor.
b) ICMS e IPI Provisão relacionada principalmente a
questionamentos fiscais sobre créditos presumidos do IPI à alíquota zero e
à tomada de créditos extemporâneos de ICMS sobre aquisições de bens
para o imobilizado, realizadas anteriormente a 1996.
Os créditos de IPI à alíquota zero, nunca utilizados pela
companhia, no montante de R$228.056 em 31 de dezembro de 2004,
encontram-se registrados na conta “Outros impostos e taxas a recuperar”
do ativo realizável a longo prazo.
c) Imposto de renda e contribuição social
sobre o lucro líquido A provisão decorre substancialmente da
tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da
contribuição social de 1996.
d) Processos trabalhistas Provisão relacionada a
reclamações de ex-empregados. Em 31 de dezembro de 2004, os
depósitos judiciais vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela
companhia e suas controladas, atualizados conforme índices oficiais,
totalizam R$129.615 (R$111.601 em 2003) e se encontram registrados na
rubrica “Depósitos Judiciais, Compulsórios e Incentivos Fiscais”.
e) Processos de distribuidores e
revendedores São decorrentes, principalmente, de rescisões de
contratos entre controladas da companhia e certos distribuidores, por força
do não-cumprimento, por parte dos distribuidores, de diretrizes contratuais.
f) Outras provisões Decorrem de processos
relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, a produtos e a fornecedores.
g) Lucros auferidos no exterior Em dezembro de
2004 e janeiro de 2005, duas subsidiárias da companhia receberam autos
de infração no montante de R$52 milhões e R$458 milhões,
respectivamente, referentes a exigência de tributação no Brasil de lucros
gerados no exterior.
A companhia, por intermédio de seus advogados, contesta a
validade dos referidos autos de infração e irá defender vigorosamente este
caso. A probabilidade de perda nesses casos é considerada pelos
consultores jurídicos externos como possível, mas não provável. Dessa
forma, não foi contabilizado nenhum valor referente a esses autos em 31
de dezembro de 2004.
h) Labatt Canadá Alguns produtores de cerveja e
bebidas alcoólicas dos Estados Unidos, do Canadá e da Europa, foram
citados em cinco ações coletivas de perdas e danos impetradas sob a
alegação de marketing de bebidas alcoólicas para consumidores menores
de idade. A Labatt Canadá foi citada em um desses processos. Tal ação
será vigorosamente defendida, sendo que nesse momento não é possível
estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante.
A Labatt foi autuada pelo governo canadense em relação à
taxa de juros utilizada em certos contratos com partes relacionadas que
existiram no passado. O montante total autuado pelo governo pode
chegar a CAN$ 200 milhões, equivalente a R$490 milhões em 31 de
dezembro de 2004. Caso a Labatt seja obrigada a pagar esse valor, a
AmBev será integralmente reembolsada. Até o momento, a Labatt
registrou passivo no montante de R$189.716 (equivalente a
76 AmBev Relatório Anual 2004
CAD$86.000 em 31 de dezembro de 2004) como “Provisão para
contingência de Imposto de Renda”, e a AmBev registrou um contas a
receber no mesmo montante, como um ajuste na consolidação da Labatt.
12. PROGRAMAS SOCIAIS
a) Instituto AmBev de Previdência Privada
– Instituto AmBev (“IAPP”) A CBB e suas controladas têm dois
planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição
definida (aberto a novas adesões) e outro no modelo de benefício definido
(fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a
possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de
contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e
pela patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é
complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados e
administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2004, a
companhia e suas controladas contribuíram com R$3.889 (R$4.384, em
2003) ao IAPP.
Com base no relatório do atuário independente, a posição
dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:
2004 2003
Valor justo dos ativos 633.344 501.471Valor presente da obrigação atuarial (438.096) (334.375)Superávit de ativos - IAPP 195.248 167.096
O superávit de ativos do IAPP está reconhecido contabilmente
pela companhia em suas demonstrações financeiras consolidadas no
montante de R$20.646 (R$22.030 em 2003), na conta “Superávit de
ativos - Instituto AmBev”, valor estimado como o limite máximo da sua
utilização futura, considerando também as restrições legais que impedem
o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do
encerramento do IAPP, e para o qual não houve o uso por meio do
pagamento de benefícios previdenciários.
b) Benefícios pós-aposentadoria e outros A
CBB provê, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de
gastos com medicamentos e outros para aposentados.
A Labatt Canadá, controlada indireta da companhia, oferece
planos de benefícios previdenciários no modelo de contribuição definida e
no modelo de benefício definido a seus funcionários, bem como certos
benefícios pós-aposentadoria. A Labatt Canadá também oferece certos
benefícios previdenciários de pós-aposentadoria a certos distribuidores.
Em 31 de dezembro de 2004, o passivo decorrente dessas
obrigações está registrado nas demonstrações financeiras da companhia
na conta “Provisão para benefícios a empregados” nos seguintes
montantes:
Labatt (i) Labatt (ii) AmBev (ii) Total
Valor presente da obrigação atuarial 2.209.720 239.821 105.214 2.554.755Valor justo dos ativos (1.597.602) (1.597.602)
Déficit do plano 612.118 239.821 105.214 957.153Ajustes atuariais não amortizados (320.482) (60.616) (26.811) (407.909)Outros benefícios Labatt Canadá 278Planos de distribuidores (iii) 96.527
Total passivo reconhecido 291.636 179.205 78.403 646.049
(i) Plano de pensão;(ii) Benefício pós aposentadoria;(iii) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata daLabatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão custeadas pela Labatt Canadá pormeio da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.
Movimentação da provisão para benefícios a empregados,
conforme relatório do atuário independente:
AmBev Labatt Total
Saldo em 31 de dezembro de 2003 72.893 72.893Incorporação da Labatt 611.041 611.041Encargos financeiros incorridos 11.892 37.033 48.925Variação cambial (13.910) (13.910) Contribuições recebidas (62.415) (62.415)Pagamento de benefícios (6.382) (4.103) (10.485)
Saldo em 31 de dezembro de 2004 78.403 567.646 646.049
c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner
Instituição Nacional de Beneficência – Fundação
Zerrenner Entre as principais finalidades da Fundação Zerrenner está a
de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras,
representadas por AmBev e certas controladas, assistência médico-
hospitalar e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e
superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos,
entre outros, por meio de ações diretas ou mediante convênios de auxílios
financeiros a quaisquer entidades.
A movimentação do passivo atuarial da Fundação Zerrenner,
conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:
Saldo em 31 de dezembro de 2003 163.552Encargos financeiros incorridos 30.640Amortização da perda atuarial 3.308Pagamento de benefícios (20.415)
Saldo em 31 de dezembro de 2004 177.085
O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela
Fundação Zerrenner em 31 de dezembro de 2004 foi integralmente
compensado por seus ativos na mesma data. O excesso de saldo de ativos
não foi reconhecido pela companhia em suas demonstrações financeiras
em virtude da possibilidade de seu uso para outros fins que não
exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.
77
d) Premissas atuariais As premissas médias e de
longo prazo, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de
obrigação atuarial foram as seguintes:
Percentual anual (em termos nominais)AmBev Labatt
2004 2003 2004 2003
Taxa de desconto 10,9 10,9 5,7 6,0Taxa de retorno esperado dos ativos 15,4 16,6 8,0 8,0Crescimento do componente de remuneração 7,3 7,3 3,0 3,0Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,3 7,3 4,0 4,0
13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social subscrito e integralizado
Em 31 de dezembro de 2004, o capital social da companhia, no montante
de R$4.742.804 (R$3.124.059, em 2003), estava representado por
56.277.742 mil ações (38.537.333 mil ações, em 2003), sendo
23.558.245 mil ações ordinárias e 32.719.497 mil ações preferenciais
(15.735.878 mil e 22.801.455 mil, respectivamente, em 2003), todas
nominativas e sem valor nominal.
Em 6 de dezembro de 2004, a companhia comunicou ao
mercado que pretende aprovar a distribuição de uma bonificação a seus
acionistas na forma de uma ação ordinária para cada cinco ações
preferenciais ou ordinárias em circulação. A bonificação pretendida será
implementada mediante a capitalização de reservas de capital existentes
no balanço de 30 de setembro de 2004. O objetivo dessa bonificação é o
de manter a liquidez das ações ordinárias após a oferta pública de
aquisição de ações ordinárias da AmBev pela InBev, independentemente
do nível de aceitação da mesma. Eventuais frações de ações serão tratadas
na forma prevista no artigo 169 da Lei no. 6.404/76.
A bonificação pretendida será submetida aos órgãos
societários competentes e, uma vez aprovada, ocorrerá apenas quando
concluída a liquidação da oferta pública de InBev S.A. a fim de não alterar
os efeitos econômicos desta.
A Assembléia Geral Extraordinária de 27 de agosto de 2004
aprovou a emissão, pela companhia, de 19.264.363 mil novas ações,
sendo 7.866.182 mil ações ordinárias e 11.398.181 mil ações
preferenciais, e deliberou a destinar à conta de capital social o montante
de R$1.600.748 e à reserva de capital, R$12.840.276 a título de ágio na
subscrição de ações, as quais foram integralmente subscritas pelos
representantes legais da Labatt ApS.
Em abril de 2004, a companhia deliberou aumentar o capital
social em R$17.997, com a utilização de adiantamento para futuro
aumento de capital no valor de R$9.030, originalmente classificado no
exigível a longo prazo, e o restante integralizado no próprio mês, mediante
subscrição privada de 55.727.205 ações preferenciais, exclusivamente para
atender ao disposto no Plano de Compra de Ações, comentado na Nota 14.
b) Destinações do lucro do exercício e
constituição de reservas estatutárias O estatuto social da
companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após
as deduções previstas em lei:
i. Percentual de 35,0% para pagamento de dividendos
obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as
ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior em relação às
ações ordinárias.
ii. Importância não inferior a 5% e não superior a 61,75% do
lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o
objetivo de financiar a expansão das atividades da companhia e de suas
controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a
criação de empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar 80% do
capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar
sobre o saldo, procedendo à sua distribuição aos acionistas ou ao aumento
de capital.
iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido
do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos diretores é
atribuída uma participação de até 5% do lucro líquido, limitada ao
montante equivalente à sua remuneração anual, prevalecendo sempre o
menor desses dois valores. A participação nos lucros está condicionada ao
alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo
Conselho de Administração no início do exercício.
c) Dividendos propostos Cálculo do percentual dos
dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro
líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:
2004 2003
Lucro líquido do exercício 1.161.533 1.411.570Constituição da reserva legal (5%) (i) (70.579)Base de cálculo dos dividendos 1.161.533 1.340.991Dividendos antecipados 108.375 495.154Dividendos antecipados na forma de juros sobre o capital próprio 236.083 222.594Dividendos complementares na forma de juros sobre o capital próprio 558.101 226.015Dividendos complementares 424.590 54.561
Subtotal 1.327.149 998.324Imposto de Renda incidente sobre os dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio (119.251) (67.291)Total dos dividendos propostos 1.207.898 931.033Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % 102,22 69,43
Dividendos líquidos de Imposto de Renda por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício - R$
Ordinárias 20,86 (ii) 23,15Preferenciais 22,95 (ii) 25,46
(i) A reserva legal deixou de ser constituída em 2004, considerando-se o disposto na legislaçãosocietária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída quando, somada àsreservas de capital, for superior a 30% do capital social da companhia.(ii) Dividendos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim doexercício, antes do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF: ordinárias - R$22,92 epreferenciais - R$25,21.
78 AmBev Relatório Anual 2004
d) Juros sobre o capital próprio As companhias
têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na
Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP sobre o patrimônio líquido, que são
dedutíveis para fins tributários, podendo ser computados nos dividendos
obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados em conta de
resultado para fins tributários, esses juros são reclassificados para o
patrimônio líquido e demonstrados como dividendos.
e) Conciliação entre o patrimônio líquido
da companhia e o patrimônio líquido consolidado
em 31 de dezembro de 2004
Patrimônio líquido da controladora 17.100.970Ações em tesouraria adquiridas pela controlada CBB (104.991)
Total do patrimônio líquido consolidado 16.995.979
f) Ações em tesouraria A movimentação das ações
em tesouraria da companhia durante o exercício foram as seguintes:
Quantidade de ações – lotes de mil Emmilhares
Descrição Preferenciais Ordinárias Total de reais
Em 31 de dezembro de 2003 368.259 43.815 412.074 233.549
Aquisições 2.605.318 2.605.318 1.609.611Cancelamentos (1.535.867) (43.815) (1.579.682) (908.054)
Em 31 de dezembro de 2004 1.437.710 1.437.710 935.106
Adicionalmente, a CBB possui 60.731 mil ações ordinárias e
151.894 mil ações preferenciais de emissão da companhia, no montante
de R$104.991. Dessa forma, em 31 de dezembro de 2004, o saldo de
ações em tesouraria totaliza R$1.040.097 nas demonstrações financeiras
consolidadas da companhia.
14. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES
A AmBev tem um plano de aquisição de ações pelos
funcionários qualificados, visando alinhar os interesses dos acionistas e
executivos. Conforme definido no estatuto, o Plano é administrado por um
comitê que inclui membros não-executivos da companhia. Esse comitê
cria, periodicamente, programas de compra de ações, ordinárias ou
preferenciais, definindo os termos e as categorias dos funcionários a serem
beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão adquiridas,
cujo valor não poderá ser menor do que 90% do preço médio das ações
negociadas na Bovespa nos três dias úteis anteriores à data da concessão
dos direitos, indexado pela inflação até o exercício destas. O número de
ações concedidas em cada exercício não pode exceder 5% do número
total de ações de cada espécie naquela data (1,0% e 0,03% em 2003 e
2002, respectivamente).
Por ocasião da compra das ações, a companhia tem a
faculdade de emitir novas ações, ou utilizar eventuais saldos de ações
existentes em tesouraria. As opções concedidas não apresentam data
final para exercício. Na hipótese de término da relação de emprego, os
direitos às opções de compra de ações são extintos; quanto às ações
adquiridas pelo empregado, a companhia tem o direito de recomprá-las
por preço igual:
i. ao preço pago pelo funcionário, atualizado monetariamente
pela inflação, na hipótese da venda das ações, se este vender as ações
durante os primeiros 30 meses após a compra;
ii. a 50% do lote ao preço pago, atualizado monetariamente
pela inflação, e os demais 50% do lote a preço de mercado, caso o
funcionário venha a vender as ações depois dos primeiros 30 meses, mas
antes do 60° mês após a compra;
iii. ao preço de mercado, caso a venda venha a ocorrer 60
meses após a compra.
O beneficiário do direito que não utilizar na subscrição de
ações pelo menos 70% do valor da participação nos lucros anual a ele
atribuída (líquido do Imposto de Renda e de outros encargos
incidentes), terá a quantidade de ações a que tem direito, reduzida pelo
mesmo número de ações que poderia ter subscrito, com o valor
correspondente à diferença entre esse percentual de participação nos
lucros e o valor efetivamente subscrito, salvo se já tiver subscrito com
recursos próprios anteriormente.
A companhia e suas controladas podiam financiar as compras
de ações para os planos concedidos até o exercício de 2002. Esses
financiamentos normalmente não ultrapassam quatro anos e são
remunerados a juros anuais de 8% acima do Índice Geral de Preços -
Mercado - IGP-M. Os financiamentos são garantidos pela ação emitida por
ocasião da compra. Em 31 de dezembro de 2004, o saldo em aberto
desses financiamentos no consolidado totaliza R$175.181 (R$234.677,
em 31 de dezembro de 2003). Para os planos concedidos a partir de 2003,
deixou de ser facultado pela companhia e suas controladas a opção pelo
financiamento das compras de ações pelos beneficiários, devendo-se as
mesmas serem adquiridas à vista, pelos beneficiários, no ato de subscrição
das ações.
O resumo da movimentação das opções de compra de ações
para os exercícios findos em 31 de dezembro é o seguinte:
Opções de compra de ações – milhares2004 2003
Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício 733.689 640.800
Movimentação ocorrida durante o exercícioExercidas (55.727) (259.007)Canceladas (35.926) (34.104)Concedidas 9.000 386.000
Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício 651.036 733.689
79
15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
a) Considerações gerais A companhia e suas
controladas mantêm determinados valores de caixa e equivalentes a caixa
em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de swap de
moedas, juros e commodities e operações de forward de moeda, com o
objetivo de protegerem-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio
sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em
taxas de juros e das oscilações dos custos de matérias-primas,
principalmente alumínio, açúcar e trigo.
Os instrumentos financeiros acima mencionados são
contratados com a finalidade de hedge, o que não impede que seus
resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora seja real a intenção
de a companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.
b) Instrumentos derivativos Composição da
exposição líquida marcada a mercado em 31 de dezembro:
Descrição 2004 2003
“Hedge” de moedasUS$/R$ 3.929.630 4.686.542Yen/US$ 775.699Peso/US$ 132.933 152.430CAD/US$ 298.956
“Hedge” de jurosLIBOR flutuante/LIBOR fixa 55.742 944.562CDI x Pré (201.831)Juros Pre / BA Canadense 943.184
“Hedge” de “commodities”Alumínio 13.167Açúcar 60.263 22.310Trigo 2.285
5.436.160 6.379.712
i. Hedge de moedas e taxa de juros Em 31 de dezembro
de 2004, ganhos não-realizados sobre rendimentos de natureza variável
em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela legislação
societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a “curva” dos
instrumentos ou o respectivo valor de mercado.
Caso a companhia tivesse registrado contabilmente seus
instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao
resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2004 um ganho
adicional no montante de R$188.990 (R$205.969 em 31 de dezembro de
2003), conforme demonstrado na tabela a seguir:
Ganhos não- realizados
de naturezaInstrumentos financeiros Contábil Mercado variável
Títulos públicos 130.986 148.663 17.677Swaps / forwards (421.670) (264.607) 157.063Cross Currency Swap (*) (40.873) (26.623) 14.250
(331.557) (142.567) 188.990
(*) Swaps da Labatt Canadá para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dosEstados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses.
ii) Hedge de commodities e moedas Os resultados
líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado)
dessas operações, com o propósito específico de minimizar a exposição da
companhia à flutuação de custos de matérias-primas denominadas em
moeda estrangeira a serem adquiridas, são diferidos e reconhecidos no
resultado, quando houver a venda do produto correspondente.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foi
registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações hedge de
moedas e commodities, na conta “Custos dos produtos vendidos”:
Redução líquida no custoDescrição dos produtos vendidos
Hedge de moedas (9.123)Hedge de alumínio 10.898Hedge de açúcar 6.645Hedge de Trigo e Milho (128)
8.292
Em 31 de dezembro de 2004, uma perda no montante de
R$45.276 foi diferida e será reconhecida no custo, quando houver a venda
do produto acabado correspondente e R$328 foi diferido e será
reconhecido concomitante à respectiva despesa objeto do hedge.
c) Passivos financeiros Os passivos financeiros da
companhia, representados principalmente pelas operações de emissão de
títulos de dívida externa e financiamentos à importação, estão
contabilizados a valor de custo, atualizados às taxas iniciais dos juros
contratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme
índices de fechamento de cada período.
Caso a companhia pudesse ter adotado o critério de
reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria
apurado uma perda adicional, antes do imposto de renda e da
contribuição social, de R$602.619, em 31 de dezembro de 2004,
conforme demonstrado na tabela a seguir:
(Perdas) ganhos
Passivo financeiro Contábil Mercado não-realizados
“Bonds” 2.701.080 3.265.691 (564.611)Notas Série A (i) 434.268 466.123 (31.855)Notas Série B (ii) 111.672 117.825 (6.153)
3.247.020 3.849.639 (602.619)(i) Notas Série A firmadas pela Labatt Canadá em dólares dos Estados Unidos.(ii) Notas Série B firmadas pela Labatt Canadá em dólares canadenses.
O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos
títulos de dívida foi realizado com base em cotações de corretores de
investimento, em cotações dos bancos que prestam serviços à AmBev e a
Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de
31 de dezembro de 2004. Nos Bonds, aproximadamente 125,25% do valor
de face para o Bond 2011 e 117,2% para o Bond 2013 e as Notas Série A e
Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados com base no fluxo
de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas de mercado
disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares.
80 AmBev Relatório Anual 2004
d) Receitas e despesas financeiras
Consolidado2004 2003
Receitas financeirasGanhos líquidos sobre instrumentos derivativos 128.951 319.779Variação cambial sobre aplicações financeiras (49.686) (97.233)Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 175.187 233.670Encargos financeiros sobre impostos e contribuições e depósitos judiciais 11.593 77.472Outras 73.158 68.137
339.203 601.825
Despesas financeirasVariação cambial sobre financiamentos 258.294 524.276Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (541.295) (298.219)Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira (474.205) (344.570)Encargos financeiros sobre dívidas em reais (118.368) (129.885)Impostos sobre transações financeiras (121.262) (90.934)Encargos financeiros sobre contingências e outros (53.962) (95.395)Outras (64.732) (73.987)
(1.115.530) (508.714)
e) Concentração de risco de crédito Parte
substancial das vendas da companhia é feita a distribuidores, supermercados
e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de crédito é
reduzido em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de
controle que o monitoram. Historicamente, as controladas não registram
perdas significativas nas contas a receber de clientes.
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a
companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando
em consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras,
não permitindo concentração, ou seja, o risco de crédito é monitorado e
minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto
grupo de contrapartes altamente qualificadas. Na Labatt Canadá, são
firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem
liquidar ativos e passivos financeiros derivativos em caso de inadimplência.
81
16. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃOSOCIAL
a) Reconciliação da despesa consolidada
do Imposto de Renda e da Contribuição Social com
seus valores nominais
Consolidado2004 2003
Lucro consolidado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 1.829.454 1.864.198Participações estatutárias e contribuições (152.409) (23.673)
Lucro consolidado, antes do Impostode Renda, da Contribuição Social e da participação dos acionistas minoritários 1.677.045 1.840.525
Despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social a alíquotas nominais (570.195) (625.778)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva – Efeito do Imposto de Renda sobre:
Prejuízos fiscais de exercícios anteriores, cujo crédito não havia sido registrado 147.964Juros sobre capital próprio 270.022 152.725Efeito na baixa de ágio na incorporação de controlada (12.380) 37.093Amortização do ágio, parcela indedutível (59.475) (21.152)Ganhos de participações decorrentes de reestruturações societárias (6.987)Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação (204.116) (176.090)Ganhos patrimoniais em sociedades controladas 65.713 59.822Perdas em fundos de investimentos exclusivos (39.530)Variação cambial sobre investimentos 85.036 (6.811)Adições e exclusões permanentes e outros (46.817) 13.124
Despesa de Imposto de Renda e da Contribuição Social (511.742) (426.090)
b) Composição da despesa (benefício) com
Imposto de Renda e Contribuição Social
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Corrente 1.216 (709.064) (624.437)Diferido 208.602 99.198 197.322 198.347
Total 208.602 100.414 (511.742) (426.090)
c) Composição dos impostos diferidos
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
No realizável em longo prazoPrejuízos fiscais a compensar 210.216 111.739 1.090.917 1.163.467Diferenças temporárias
Provisões não-dedutíveis 47.323 49.633 491.279 410.002Provisão de juros sobre capital próprio (*) 190.035 76.845 190.035 76.707Provisão para perdas sobre incentivos fiscais 19.680 19.511Provisão para benefícios de assistência médica e outros 194.847 24.784Provisão para reestruturação 62.226Outros 755 167.589 137.353
447.574 238.972 2.216.573 1.831.824
No exigível em longo prazo
Diferenças temporáriasDepreciação acelerada 100.493 17.861Outros 37.965 8.300
138.458 26.161
(*) Os juros sobre capital próprio são considerados dedutível apenas quando efetivamentecreditado aos acionistas.
Com base nas projeções de geração de resultados tributáveis
futuros da controladora e de controladas localizadas no Brasil e no
exterior, a estimativa de recuperação do saldo ativo consolidado de
Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos sobre prejuízos fiscais
encontra-se demonstrada a seguir:
Em valores nominais (milhões de reais)
2006 542007 3092008 1502009 2282010 2962011 54
1.091
O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é
amparada por projeções de lucros tributáveis, descontados ao seu valor
presente, realizados pela companhia até os próximos dez anos,
considerando, também, que a compensação dos prejuízos fiscais é limitada
a 30% do lucro tributável do exercício, determinado de acordo com a
legislação fiscal brasileira.
O Imposto de Renda diferido ativo em 31 de dezembro de
2004 inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras,
que são imprescritíveis, compensáveis à razão de 30% sobre lucros
tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos
fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como ativo, uma vez
que a administração não está segura de que sua realização seja provável.
Estima-se que o saldo referente aos impostos diferidos
decorrentes das diferenças temporárias em 31 de dezembro de 2004 será
realizado até o exercício de 2010, contudo não é possível estimar com
razoável precisão os anos em que essas diferenças temporárias serão
realizadas, pois grande parte delas está sujeita a decisões judiciais sobre
as quais a companhia não detém nenhum controle, tampouco sabe prever
quando haverá a decisão em última instância.
As projeções de geração de resultados tributáveis futuros
incluem várias estimativas referentes à performance da economia brasileira
e da internacional, seleção de taxas de câmbio, volume de vendas, preços
de vendas, alíquotas de impostos, entre outros, que podem apresentar
variações em relação aos dados e aos valores reais.
Como o resultado do Imposto de Renda e da Contribuição
Social decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura
tributária e societária da companhia, da existência de receitas
não-tributáveis, despesas não-dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de
diversas outras variáveis, não existe uma correlação relevante entre o lucro
líquido da companhia e o resultado do Imposto de Renda e da Contribuição
Social. Portanto, recomendamos que a evolução da utilização dos prejuízos
fiscais não seja considerada um indicativo de lucros futuros da companhia.
17. COMPROMISSOS ASSUMIDOS COMFORNECEDORES
A companhia dispõe de contratos com determinados
fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes
para os processos de produção e embalagem, como malte, plásticos para
garrafas PET, alumínio e gás natural.
A companhia tem compromissos assumidos com fornecedores
para 2005 e 2006, já contratados em 31 de dezembro de 2004, no
montante aproximado de R$1.320.000 e R$390.000, respectivamente.
82 AmBev Relatório Anual 2004
18. RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS,LÍQUIDAS
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Receitas operacionais
Ganhos e acréscimos patrimoniaisde controladas 193.276 175.974Variação cambial de investimentosno exterior 259.407 (i) 255.359Deságio na liquidação de incentivos fiscais 21.926 16.572Recuperação de impostos e contribuições 14.201 24.648Outras receitas operacionais 1 413 22.867 23.381
259.408 413 507.629 240.575
Despesas operacionaisVariação cambial de investimentos no exterior (2.901) (142.384)Amortização de ágio (ii) (84.841) (84.738) (803.619) (252.394)Impostos sobre outras receitas (46.606) (67.507) (31.232)Outras despesas operacionais (5.357) (1.350) (54.443) (54.691)
(136.804) (86.088) (928.470) (480.701)
Receitas (despesas) operacionais, líquidas 122.604 (85.675) (420.839) (240.126)
(i) Efeito da variação cambial sobre o investimento na Labatt ApS.(ii) O ágio da Labatt Canadá resultou em uma despesa de amortização de R$409.714 noperíodo de 27 de agosto de 2004 a 31 de dezembro de 2004.
19. RECEITAS (DESPESAS) NÃO-OPERACIONAIS,LÍQUIDAS
Controladora Consolidado2004 2003 2004 2003
Receitas não-operacionaisReversão de provisão para perda sobre imobilizado 13.260Ganho na alienação de bens do imobilizado 53.534 12.748Outras receitas não-operacionais 9.050 5.632
75.844 18.380
Despesas não-operacionaisProvisão para perda sobre ativos permanentes (10.388) (58.673)Perda de participação em controladas (215.443) (80.764) (33.262)Perda na alienação de bens do imobilizado (97.858)Provisão para reestruturação (198.682)Outras despesas não-operacionais (1.359) (70) (21.994) (27.109)
(1.359) (215.513) (409.686) (119.044)
Total das despesas não-operacionais, líquidas (1.359) (215.513) (333.842) (100.664)
20. SEGUROS
Em 31 de dezembro de 2004, os principais ativos da
companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do estoque,
estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos
respectivos valores de reposição. O valor de cobertura das apólices é
superior aos valores registrados contabilmente, observado o risco máximo
provável de sinistro.
21. EVENTOS SUBSEQÜENTES
Em 7 de janeiro de 2005, o Conselho de Administração da
companhia deliberou sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio,
no montante de R$9,6800 por lote de mil ações ordinárias e
R$10,6480 por lote de mil ações preferenciais. Foi deliberado também
o pagamento de dividendos complementares, a serem imputados nos
dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2004, no valor de
R$7,3600 por lote de mil ações ordinárias e R$8,0960 por lote de mil
ações preferenciais.
Em 14 de fevereiro de 2005, a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) deferiu o registro da Oferta Pública de Aquisição de
Ações Ordinárias e Preferenciais (OPA) de emissão da companhia, nos
termos do artigo 29 da Instrução CVM n° 361/02. A OPA, que será
realizada em 29 de março de 2005, terá as seguintes características:
a) Ofertante: InBev AS/NV.
b) Objeto da oferta:
i. até 100% das ações ordinárias em circulação no mercado
na data do leilão, que totalizavam, em 31 de dezembro de 2004,
3.577.208.360 ações, ou 15,2% do capital votante e 6,3% do capital
total da companhia;
ii. até 67.730.600 ações ordinárias da companhia em
propriedade da CBB, que representavam em 31 de dezembro de 2004,
0,3% do capital votante e 0,1% do capital total da companhia; e
iii. até 6.006.448 ações ordinárias de propriedade dos
membros da administração da AmBev que representavam em 31 de
dezembro de 2004, 0,02% do capital votante e 0,1% do capital total
da companhia.
c) Preço da oferta: O pagamento do preço de
aquisição das ações ordinárias dar-se-á, à opção de cada acionista detentor
de ações ordinárias objeto dessa Oferta, de uma das seguintes formas:
i. Pagamento em ações ordinárias da InBev (“Opção de
Pagamento em Ações”), na proporção de 13,827166 ações ordinárias da
InBev por cada lote de 1.000 ações ordinárias da AmBev; ou
ii. Pagamento em dinheiro, em reais (“Opção de Pagamento
83
em Dinheiro”), correspondentes a 353,28 euros, convertidos em dólares
dos Estados Unidos e então em reais, nos termos definidos no Edital de
Oferta Pública. A conversão de euros para dólares dos Estados Unidos e
destes para reais será realizada em decorrência da baixa liquidez do
mercado de câmbio de Euros para Reais.
d) Forma de pagamento: Aos detentores de ações
ordinárias de emissão da AmBev que optarem pelo pagametno em ações,
a liquidação financeira ocorrerá o mais breve possível, em até 30 dias após
a data final de habilitação, determinada no Edital de Oferta Pública em 60
dias após a data do Leilão. Àqueles que optarem pela negociação em
dinheiro, o pagamento pelas ações negociadas será realizado em cinco
dias úteis após a data do Leilão, nos termos do Edital de Oferta Pública.
e) Referência para preço: O laudo de avaliação da
AmBev, elaborado por Instituição Financeira independente, na data-base
de 30 de junho de 2004, nos termos da Instrução CVM n° 361/02, que
contém o cálculo do preço das ações da AmBev, levou em consideração as
seguintes metodologias:
i. Valor contábil: o valor contábil em 30 de junho de 2004
era R$104,90 por lote de mil ações ordinárias;
ii. Média ponderada de preço de cotação: a média
ponderada de preço de cotação das ações ordinárias da AmBev na
BOVESPA entre 1º de setembro de 2003 e 30 de agosto de 2004
corresponde a R$952,80 por lote de mil ações ordinárias; e
iii. Valor econômico (não-auditado): o valor econômico
da AmBev, calculado de acordo com a metodologia de fluxo de caixa
descontado, resultou no intervalo de valor de R$819,00 e R$901,00 por
mil ações ordinárias em 30 de junho de 2004.
84 AmBev Relatório Anual 2004
2004 2003
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício 1.161,5 1.411,6
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciação e amortização 922,2 766,3Contingências tributárias,trabalhistas e outras 260,2 187,9Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 49,8 59,8Deságio na liquidação de incentivos fiscais (21,9) (16,6)Provisão para perdas em estoques e ativos permanentes (6,4) 64,6Provisão para reestruturação 182,7
Prêmio de recompra de ações (41,9) (47,7)Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições (5,1) (43,5)Perda na alienação de bens do permanente 116,3 41,3Variação cambial e encargos sobre financiamentos 329,2 (40,1)Variação cambial e ganhos não-realizados sobre ativos financeiros 37,1 183,3Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos (228,8) (198,3)Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa (355,6) 203,5Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 803,6 252,4Participação de acionistas minoritários 3,7 2,9Equivalência patrimonial (5,6) 6,2Perdas não-realizadas sobre derivativos 407,3 46,9Perda de participação em controladas 80,7 33,3
Redução (aumento) nas contas do ativo Contas a receber de clientes (141,4) (12,8)Impostos a recuperar (241,8) (253,2)Estoques (199,1) (48,6)Depósitos judiciais (50,7) (102,9)Outros (105,9) (167,2)
Aumento (redução) nas contas do passivoFornecedores 110,0 (14,1)Salários, participações e encargos sociais 188,5 (86,4)Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 175,3 491,3Desembolsos vinculados à provisão contingencial (88,0) (104,8)
Outros 82,7 (87,3)
GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 3.418,6 2.527,6
2004 2003
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias 1.322,2 423,1Títulos e depósitos em garantia 27,2 228,6Alienação de investimentos 0,5 Aquisição de investimentos (170,2) (1.745,3)Alienação de bens do imobilizado 52,3 32,4Aquisição de bens do imobilizado (1.273,7) (862,2)Dispêndios na formação do diferido (101,9) (91,3)Recompra de ações próprias por coligada (179,2)Caixa na consolidação inicial da controlada 433,6
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 110,8 (2.014,7)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
FinanciamentosCaptação 6.152,1 3.359,2Amortização (7.466,5) (2.510,1)
Variação no capital de minoritários (28,4) 4,8Aumento de capital 15,6 4,6Venda financiada de ações 103,2 130,2Recompra de ações (1.609,6) (308,5)Pagamento de dividendos (602,9) (1.026,9)Prêmio de recompra de ações 2,6
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3.433,9) (346,7)
EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA (0,7) (101,7)
AUMENTO NO CAIXA E EQUIVALENTES 94,8 64,5
Saldo inicial de caixa e equivalentes 1.196,1 1.131,6Saldo final de caixa e equivalentes 1.290,9 1.196,1
AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 94,8 64,5
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Informações Suplementares - Fluxo de Caixa
85
INFORMAÇÃO SUPLEMENTAR PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 (Expressas em milhões de reais)
Ações em circulação (31/12/04)
54.627 milhões de ações
546,2 milhões de ADRs equivalentes
Bolsa de Valores
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)
Principais índices dos quais as ações da AmBev participam:
IBX e IBOVESPA
Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)
Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)
Política de dividendos
O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios
correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme
estabelecido nos princípios contábeis da Legislação Societária Brasileira.
O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o
capital próprio. Isso equivale a um dividendo, porém, é uma forma mais
eficiente de distribuir lucros, pois a companhia pode tratar esse pagamento
como uma despesa para fins fiscais. Entretanto, os acionistas (incluindo os
detentores de ADRs) pagam o Imposto de Renda brasileiro retido na fonte
sobre as quantias recebidas a título de juros sobre o capital próprio, ao
passo que a distribuição de dividendos é isenta de imposto para o
acionista. O Imposto de Renda Retido na Fonte normalmente é pago pelas
empresas brasileiras em nome de seus acionistas.
A AmBev tem duas classes de ações: ordinária (ON) e
preferencial (PN). Os detentores de ações ordinárias têm direito de voto,
enquanto os detentores de ações preferenciais têm prioridade no caso de
liquidação da companhia. De acordo com a Legislação Societária Brasileira,
os pagamentos de dividendos aos acionistas preferenciais devem ser 10%
maiores do que os pagamentos feitos a detentores de ações ordinárias.
Informações aos Investidores
86 AmBev Relatório Anual 2004
Dividendos declaradosLucros gerados Data do primeiro Tipo de ação R$ por Equivalente em
pagamento mil ações US$ por mil ações
Segundo semestre 2004 15-fev-2005 preferencial 17,15 6,66ordinária 15,59 6,05
Primeiro semestre 2004 8-out-2004 preferencial 5,80 2,05ordinária 5,28 1,87
Segundo semestre 2003 25-mar-2004 preferencial 6,75 2,30ordinária 6,14 2,09
Primeiro semestre 2003 13-out-2003 preferencial 18,70 6,59ordinária 17,00 5,99
Segundo semestre 2002 28-fev-2003 preferencial 9,27 2,60ordinária 8,43 2,37
Primeiro semestre 2002 25-nov-2002 preferencial 4,37 1,15ordinária 3,97 1,04
Desempenho do preço das ações% Variação % Variação
31-Dez-2002 31-Dez-2003 31-Dez-2004 03 x 02 04 x 03
AMBV4 (PN) - R$ 540,0 739,0 740,0 36,9% 0,1%AMBV3 (ON) - R$ 478,0 635,0 1.368,0 32,8% 115,4%IBOVESPA - R$ 11.268,0 22.236,0 26.196,0 97,3% 17,8%ABV (PN) - US$ 15,6 25,5 28,3 63,9% 11,1%ABVc (ON) - US$ 13,0 20,5 52,0 57,7% 153,9%S&P 500 - US$ 879,8 1.111,9 1.211,9 26,4% 9,0%
Classificação de riscoAgência Rating Rating Perspectiva
Moeda Local Moeda Estrangeira
Fitch BBB BB+ EstávelMoody’s Baa3 B1 EstávelS&P BBB BBB- Estável
Nota: em março de 2005.
Atendimento aos acionistas
Para encaminhar mudanças de endereço, cheques de
dividendos, consolidações de contas, depósito direto de dividendos,
mudanças de registro, certificados de ações perdidos, participações
acionárias e plano de Investimento, Dividendos e Capital, entre em contato
com:
Acionistas de varejo no Brasil
Nilson Casemiro
Tel.: 11 2122-1402
E-mail: [email protected]
Banco depositário no Brasil
Banco Itaú
Tel.: 11 5029-7780
Banco depositário e agente de transferência nos EUA
Bank of New York
101 Barclay Street
New York, NY 10286
Tel.: 1 888 269-2377
E-mail: [email protected]
Auditores independentes
Deloitte Touche Tohmatsu
Rua Alexandre Dumas, 1.981
São Paulo, SP 04717-004
Brasil
Tel.: 11 5185-2444
AmBev – Administração central
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
São Paulo, SP 04530-000
Brasil
Tel.: 11 2122-1200
Fax: 11 2122-1526
Informações adicionais
Favor encaminhar solicitações de informações para:
AmBev – Departamento de Relações com Investidores
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
São Paulo, SP 04530-000
Brasil
Tel.: 11 2122-1414/1415
E-mail: [email protected]
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Nosso site para investidores contém informações financeiras
e operacionais adicionais sobre a companhia, bem como transcrições de
teleconferências. Investidores também podem se cadastrar para receber
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sobre eventos e apresentações da companhia.
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O Relatório Anual da companhia, a Declaração de Fatos
Relevantes e o Formulário 20-F estão disponíveis gratuitamente no
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88 AmBev Relatório Anual 2004
Texto Steve Yolen, Christina Brentano Projeto Gráfico Designa-bda Fotografias João Musa, Sergio Santorio Impressão Gráficos Burti