seletividade de herbicidas na cultura do amendoim · ii zanardo, henrique gonzalez z27s...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS PARA CULTIVARES DE AMENDOIM
Henrique Gonzalez Zanardo
Jaboticabal – SP
julho/2015
i
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS PARA CULTIVARES DE AMENDOIM
Henrique Gonzalez Zanardo
Orientador: Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves
Coorientador: Ms. Willians César Carrega
Trabalho apresentado à Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias –
UNESP, Câmpus de Jaboticabal,
para graduação em AGRONOMIA.
Jaboticabal – SP
julho/2015
ii
Zanardo, Henrique Gonzalez
Z27s Seletividade de herbicidas para cultivares de amendoim / Henrique Gonzalez Zanardo. – – Jaboticabal, 2015
vi, 24 f. : il.; 28 cm Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias – UNESP, Câmpus de Jaboticabal para graduação em Agronomia, 2015
Orientador: Pedro Luís da Costa Aguiar Alves Banca examinadora: Andreísa Flores Braga, Leonardo José
Petean Gomes Bibliografia 1. Arachis hypogaea L. 2. Fitointoxicação. I. Título. II. Jaboticabal-
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 632.954:633.368 Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer à Deus por estar sempre me guiando
e me dando forças para enfrentar novos desafios.
Aos meus pais, Hermínio e Benita, por todo apoio, educação, dedicação e
amor desde que nasci.
À toda minha família por todos os ensinamentos e amor transmitidos
durante toda minha vida.
Ao meu orientador Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves e meu
coorientador Ms. Willians César Carrega por toda orientação e apoio durante o
desenvolvimento deste trabalho. Agradeço também à todas as pessoas do
Laboratório de Plantas Daninhas (LAPDA), principalmente Foca, Kbide, Mariluce,
Anne, Thiago, Nelson, Neriane, Ana e Fiapo, por toda ajuda, conhecimentos
fornecidos e amizade.
À todos os professores e funcionários da Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquisa Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Câmpus
de Jaboticabal, principalmente os professores Arthur Bernardes Cecílio Filho,
Marcílio Vieira Martins Filho, Ricardo Andrade Reis, Maria Imaculada Fonseca,
Fabíola Vitti Moro e Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, que serviram de alicerce
em minha formação, sendo exemplos de profissionais e amigos. Também
agradeço aos Professores Dr. Clarence Swanton, Dr. François Tardif e ao
funcionário Peter Smith por toda orientação e ensinamentos durante meu estágio
no Canadá.
iv
Aos meus irmãos da República In-Dependência: Mafalda, Ta-phoda,
Pintinho, Íngua, Caetano Velloso, Ti-porrei, Travado, Vitelo, Lanterna, Refruxo,
Dejavu, Sukita, Galope, Farço, Enviado, Mirosmar, Vaimuda, Frupico, Batoré,
Cubiraci e Pilar por todos esses anos de convivência e amizade que nunca serão
esquecidos.
Ao Programa de Educação Tutorial, PET Agro, e todos os petianos que
convivi, trabalhei e fiz amizade, principalmente meus companheiros Malako,
Guandú, Salame e Dengue.
À todos os meus amigos e companheiros da Agro010 que fizeram toda
diferença nesses anos de faculdade.
Aos meus amigos Zubalândia, Black, Destemida, Fuxika, Giovani, Fabrícia,
Tonussi, Strumi, Bizarra,Tirinha, Laka, Lola, Biskoita, Pega-leve, Siribim,
Garrafinha, Ale, Luna, Benjamin, Robbie, Emma, Elena, Pallak, Conrad e,
especialmente Barbecue, por terem sido presentes em momentos importantes
durante minha trajetória estudantil e terem me ajudado sempre que precisei.
v
SUMÁRIO
RESUMO .............................................................................................................. vii
SUMMARY........................................................................................................... viii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 4
2.1. Origem da Cultura ...................................................................................... 4
2.2. Aspectos Botânicos do Amendoim .......................................................... 5
2.3. Importância Econômica ............................................................................. 6
2.3.1. Produção Mundial .................................................................................... 7
2.3.2. Produção Nacional .................................................................................. 7
2.4. Plantas Daninhas ........................................................................................ 9
2.5. Interferência das Plantas Daninhas .......................................................... 9
2.6. Interferência das Plantas Daninhas na Cultura do Amendoim ............. 11
2.7. Manejo Integrado de Plantas Daninhas .................................................. 12
2.8. Controle Químico na Agricultura e Seletividade em Amendoim .......... 14
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 17
3.1. Local dos Experimentos .......................................................................... 17
3.2. Delineamento Experimental ..................................................................... 17
3.3. Descrição dos Genótipos ........................................................................ 18
3.4. Obtenção das Sementes .......................................................................... 19
3.5. Montagem dos Vasos, Tipo de Solo, Análise Química e Manejo das
Pragas e Doenças ............................................................................................ 20
3.6. Descrição dos Produtos .......................................................................... 21
3.7. Aplicação dos Produtos ........................................................................... 25
3.8. Irrigação .................................................................................................... 26
3.9. Avaliações ................................................................................................. 26
vi
3.10. Análise Estatística .................................................................................. 27
4. RESULTADOS ................................................................................................. 28
4.1. Pré-emergência ......................................................................................... 28
4.1.1. Fitointoxicação ..................................................................................... 30
4.1.2. Massa Seca ......................................................................................... 37
4.1.3. Morfologia ............................................................................................ 41
4.2. Pós-emergência ........................................................................................ 51
4.2.1. Fitointoxicação ..................................................................................... 51
4.2.2. Massa Seca ......................................................................................... 58
4.2.3. Morfologia ............................................................................................ 62
5. DISCUSSÃO ..................................................................................................... 72
6. CONCLUSÕES ................................................................................................. 75
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 76
8. APÊNDICE ........................................................................................................ 85
vii
RESUMO
Dentre os fatores que interferem no desenvolvimento da cultura do amendoim, a competição com as plantas daninhas é considerada de grande importância e o principal meio de controle é o uso de herbicidas. Para a cultura do amendoim existem poucos produtos registrados junto ao MAPA. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a seletividade de herbicidas em pré e pós-emergência na cultura do amendoim. Foram realizados dois experimentos (pré e pós-emergência) no delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema fatorial 11x5, tendo como tratamentos, 10 herbicidas e 1 testemunha sem tratamento químico e cinco cultivares, com quatro repetições. Foram realizadas avaliações visuais de fitointoxicação, morfologia e determinação da massa seca. Para o experimento em pré-emergência, determinou-se a porcentagem de emergência. Verificou-se resposta diferencial entre os genótipos e herbicidas em relação à fitointoxicação, morfologia, massa seca e porcentagem de emergência. Com base nos resultados, constatou-se que 2,4-D, Mesotrione, Saflufenacil, Imazapic e S-metolachlor são seletivos para as cinco cultivares de amendoim estudadas em pré emergência e, em pós-emergência, 2,4-D, Mesotrione, Saflufenacil, Imazapic e S-metalachlor são seletivos para todas as cultivares, com exceção da cultivar IAC 503 e da Linhagem '870' para S-metolachlor.
Palavras-chave: Arachis hypogaea L., fitointoxicação, herbicidas, injúria, plantas daninhas.
viii
SUMMARY
Among the factors that affect the development of peanut crop, competition with weeds is considered to have great relevance. The primary method of weed control in peanut crop production is the application of herbicides. There are only a few products registered for application in peanut crops. Due to this fact, this study intended to evaluate the phytotoxic and morphological effects of herbicides in pre and post-emergence in the peanut crop. Two experiments, pre-emergence application and post-emergence application, were performed with randomized blocks in a factorial of 11x5. 11 herbicides were applied to 5 peanut cultivars with 4 replications.The plants were evaluated for phytointoxication, morphology and dry mass. For the pre-emergence experiment, the emergence percentage was also evaluated. A differential response was found between genotypes and herbicides. In pre-emergence application, it was determined that 2,4-D, mesotrione, saflufenacil, imazapic and S-metolachlor were selective for the 5 peanut cultivars. In post-emergence application, it was determined that 2,4-D, mesotrione, saflufenacil, imazapic and S-metalachlor were selective for 4 peanut cultivars but not for ‘IAC 503.’ Additionally, S-metolachlor was not selective to lineage ‘870’ in post-emergence application.
Keywords: Arachis hypogaea L., herbicides, injury, phytointoxication, weeds.
1
1. INTRODUÇÃO
O amendoim (Arachis hypogaea L.) é originário da América do Sul e
atualmente pode ser encontrado em diversas partes do mundo. De acordo com o
último levantamento realizado pela Agrianual (2015), a produção mundial é
estimada em 40,2 milhões de toneladas, sendo que os principais produtores são
China, com 13 milhões de toneladas, em primeiro lugar; Índia em segundo lugar,
com 6,8 milhões de toneladas; e Nigéria em terceiro lugar, com 2,8 milhões de
toneladas. No Brasil, o cultivo de amendoim está entre as principais culturas
oleaginosas e, no mundo, ocupa o quarto lugar de importância (SANTOS et al.,
2012). Segundo a Conab (2015), a produção nacional de amendoim é de 288,4 mil
2
toneladas, sendo que, o principal estado produtor é São Paulo, com 253,8 mil
toneladas em uma área de 81,1 mil hectares.
Atualmente, o país não possui grande expressão no mercado internacional,
produzindo menos de 1% do total mundial (AGRIANUAL, 2015). Contudo, tem
sofrido um considerável aumento devido à alta demanda do setor produtivo e da
expansão e transformação tecnológica.
A expansão no cultivo de amendoim por meio da sucessão de culturas,
principalmente em áreas canavieiras, tem se destacado como principal fator para
o aumento da produção nacional (MARTINS; PITELLI, 1994). A sucessão de
cana-de-açúcar e amendoim é uma prática comum e uma alternativa para os
produtores obter renda extra (AZANIA et al., 2004). Entretanto, devido ao aumento
das áreas de cana sem queima prévia do canavial, tem ocorrido modificações
importantes em relação às plantas daninhas (KUVA et al., 2008). De acordo com
estudos, nesse sistema de cana crua tem surgido uma grande quantidade de
plantas daninhas e tem causado muitas preocupações para os agricultores, visto
que, essas plantas competem por água, luz e nutrientes. Com a sucessão de
amendoim em áreas canavieiras, é importante ressaltar que o banco de sementes
das plantas daninhas presentes nos canaviais podem causar interferência na
cultura do amendoim. Pesquisas realizadas em regiões produtoras de amendoim
indicaram que a interferência das plantas daninhas com a cultura pode acarretar
perdas na produção superiores a 50% (SOUZA JUNIOR et al., 2006; DIAS et al.,
2009).
3
Uma alternativa encontrada para reduzir as perdas na produção
ocasionadas pela interferência das plantas daninhas é o uso do controle químico,
que é uma das opções mais eficaz e econômica (ALVINO et al., 2011).
Para a cana-de-açúcar, diversos herbicidas são recomendados com
diferentes formulações e ingredientes ativos (RODRIGUES; ALMEIDA, 1998), mas
existem poucos relatos sobre o efeito fitotóxico desses produtos na cultura do
amendoim.
Tendo em vista que a cultura de amendoim é utilizada em sucessão em
áreas canavieiras e a quantidade de herbicidas registrados para a cultura é
pequena, é de grande importância avaliar os efeitos residuais no banco de
sementes dessas áreas, bem como, a seletividade de herbicidas em pré e pós-
emergência. Diante disso, objetivou-se avaliar a seletividade de herbicidas
aplicados em pré e pós-emergência para cinco cultivares de amendoim.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Origem da Cultura
centro de origem da cultura a Am rica do Sul, especialmente o rasil,
pr imo aos vales dos rios aran e araguai, e importante economicamente
pelo fato de seus gr os apresentarem sabor caracter stico agrad vel e possu rem
elevada quantidade de óleo e proteína (LOURENZANI, 2009; WALLS, 1983).
O amendoim passou a ser difundido pelos índios para regiões da América
Central e México. A introdução do amendoim na Europa ocorreu no século XVIII e
no século XIX houve difusão da cultura para a África, Filipinas, China, Japão e
Índia (GODOY et al., 1998).
5
2.2. Aspectos Botânicos do Amendoim
O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma planta que pertence ao grupo
das dicotiledôneas, família Fabaceae, subfamília Papilonoideae, gênero Arachis.
As espécies mais importantes são A. hypogaea L., A. prostrata Benth e A.
nhambiquarae Hoehne. A espécie de maior destaque é a primeira, sendo cultivada
em grande escala em vários países (NEVES, 2007).
Existem três grupos botânicos de grande importância na cultura do
amendoim: o al ncia, o irg nia e o Spanish, que apresentam diferen as
vegetativas e reprodutivas, como h bito de crescimento, tamanho da semente,
dura o do ciclo, tipo de ramifica o, n mero vagens por planta e de sementes
por vagem, entre outros (NAKAGAWA; ROSOLEM, 2011).
Os dois principais grupos de cultivares de amendoim utilizado no Brasil são
Virgínia e Valência. O primeiro grupo apresenta características como porte
rasteiro, ramificações alternadas, maior dormência em relação ao outro grupo,
tamanho de semente maior, menor perecibilidade e ciclo vegetativo mais longo. O
grupo Valência dispõe de características como porte ereto, tamanho de semente
menor, ramificações sequenciais, menor taxa de dormência, maior perecibilidade e
ciclo vegetativo mais curto (CAMARA et al., 1982). O grupo Spanish apresenta
pouca relevância no Brasil (SANTOS et al., 1997). Suas características marcantes
são porte ereto, ciclo curto, sementes de pequeno tamanho, coloração vermelha,
na maioria das vezes apresenta duas sementes por vagem, possui nós produtivos
na haste principal e nas ramificações (GODOY et al., 2005).
6
As plantas de amendoim possuem parte aérea com haste principal pela
qual se originam ramificações primárias, secundárias e terciárias, que medem de
0,20 m a 0,70 m de comprimento; esse tamanho varia de acordo com o grupo
botânico, cultivar e condições ambientais (TASSO JUNIOR et al., 2004). As
ramificações primárias das plantas do subgrupo "Runner" tem hábito de
crescimento horizontal e se espalham pelo solo emitindo alternadamente gemas
reprodutivas ou ramificações secundárias e terciárias, formando uma arquitetura
mais espessa do que a de plantas de porte ereto (GODOY et al., 2005).
2.3. Importância Econômica
A cultura do amendoim é uma das mais importantes oleaginosas cultivadas
no território nacional e no mundo. Essa importância advém da possibilidade de
utilizar as sementes diretamente na alimentação (indústria alimentícia,
confeitarias), biodiesel, alimentação animal, entre outros (GRACIANO, 2009). O
óleo extraído pode ser utilizado na nutrição humana ou na indústria, compondo
tintas, produtos farmacêuticos e biodieseis (GODOY et al., 2005). O subproduto
obtido pela e tra o do leo chamado “torta” e rica em prote na (45%),
podendo ser fornecido aos animais (CARNEIRO, 2006).
Estima-se que cerca de 8 milhões de toneladas anuais de grãos destinam-
se ao consumo "in natura" ou industriali ado e 5 a 8 milh es s o esmagados
para a produ o de leo comest vel (A A ; SOBREIRA, 2008).
7
2.3.1. Produção Mundial
Com relação à produção mundial, os valores são maiores que os
encontrados no Brasil. Na safra de 2014/15, a produção mundial foi de 40,
milh es de toneladas em 3, milh es de hectares, resultando em produtividade
média de 1.704 kgha-1. Atualmente, o Brasil não possui grande expressão no
mercado internacional, produzindo 316.000 toneladas na safra de 2013/14, que
corresponde a menos de 1% do total mundial (AGRIANUAL, 2015).
2.3.2. Produção Nacional
A produ o brasileira de amendoim na safra 0 4 5 foi de 88,4 mil
toneladas. principal estado produtor S o aulo, responsável pela produção de
253,8 mil toneladas, ou seja, cerca de 90% da produção nacional (CONAB, 2015).
No estado de São Paulo, se destacada duas regi es produtoras de
amendoim devido s reas de renova o de canaviais e pastagens a Alta
ogiana ( ibeir o reto e aboticabal) e a Alta aulista ( ar lia e up )
(NAKAGAWA; ROSOLEM, 2011; BARBOSA, 2011). A área total destinada à
produção no Brasil foi de 95,9 mil hectares, sendo 81,1 mil hectares localizado no
Estado de São Paulo (CONAB, 2015).
A alta produção de amendoim no Estado de São Paulo se deve às
condições de solo e clima que são apropriados para o cultivo da cultura em duas
pocas “safra das guas”, durante o ver o, e “safra de inverno”, no inverno. A
8
safra das águas proporciona melhor produtividade em relação à outra, devido às
condições climáticas favoráveis. (NAKAGAWA; ROSOLEM, 2011).
No Estado da Paraíba, a cultura do amendoim foi plantada em uma área de
1.212 hectares e foram colhidas 810 toneladas, proporcionando produtividade de
668 kgha-1 e retorno financeiro de 900 mil reais (IBGE, 2009). Comparativamente,
a produtividade do Estado de São Paulo, que gira em torno de 3131 kgha-1, é
radicalmente maior do que na região nordeste, que apresenta produtividade média
de 783 kgha-1 (CONAB, 2015).
Em outras regiões a escassez de genótipos mais adaptados a outras
condições (solo e clima) faz com que a produção seja inferior. Contudo,
experimentos realizados na Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe evidenciaram
que a cultivar Amendoim BR-1 possui capacidade para produzir 1.700 kgha-1 de
amendoim com casca, no período das águas. Já com irrigação, a cultivar
apresentou produtividade de 3.800 kgha-1 com casca (SANTOS et al., 2009).
Outros estudos vêm sendo realizados pelo Instituto Agronômico de Campinas
(IAC), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e outras instituições de ensino e
pesquisa, visando selecionar genótipos mais adaptados a outras regiões.
Novas tecnologias e formas de cultivar o amendoim foram surgindo e, junto
com elas, houve a adoção de cultivares rasteiros sobre os de porte ereto e, aos
poucos passaram a ser utilizados corriqueiramente em áreas de reforma de
canavial (BARBOSA, 2011).
9
2.4. Plantas Daninhas
A presença de plantas daninhas está entre os principais fatores que podem
comprometer e causar reduções significativas na produtividade das culturas. A
denomina o de “plantas daninhas” atribu da para determinadas esp cies cuja
presença é considerada indesejável nos ambientes de produção agrícola. Lorenzi
(2006) relata que qualquer vegetal que cresce onde não é desejado, inclusive
“tigueras” de culturas que vegetam espontaneamente em lavouras subsequentes
s o consideradas como plantas daninhas. A defini o de “plantas daninhas” para
Pitelli e Pitelli (2004) são aquelas que infestam espontaneamente áreas de
ocupação humana e que não são utilizadas como alimentos, fibras ou forragem,
sendo assim classificadas como indesejadas.
As plantas daninhas possuem grande importância na agricultura, pois
quando em competição com plantas cultivadas (cana, milho, soja, amendoim e
etc.), interferem no crescimento e desenvolvimento das culturas e,
consequentemente, afetam a economia agrícola. De acordo com Fontes et al.
(2003), a presença de plantas daninhas em áreas agrícolas pode causar redução
da produtividade das culturas e, quando não controladas adequadamente, podem
ocasionar prejuízos que podem acarretar perda total da lavoura.
2.5. Interferência das Plantas Daninhas
A interferência das plantas daninhas está relacionada à competição das
plantas por recursos do meio ambiente, como água, luz, nutrientes e espaço; além
10
disso, pode haver liberação de substâncias alelopáticas e atuar como hospedeiras
de pragas e doenças (VARGAS; ROMAN, 2008; PITELLI, 1985)
Os danos que as plantas daninhas podem provocar estão relacionados ao
nível de infestação, composição específica e distribuição que é encontrado no
campo. Além disso, os danos também estão ligados às características
apresentadas pela espécie, cultivar, espaçamento, densidade de plantas e período
de convivência, que podem ser modificadas dependendo das condições climáticas
e pelos tratos culturais utilizados (PITELLI, 1985).
O sucesso adquirido pelas plantas daninhas na interferência se deve à
agressividade em relação às culturas que, geralmente são selecionadas
geneticamente para apresentarem alta produtividade e uniformidade de
características morfológicas e agronômicas. Dessa maneira, a variabilidade
genética é reduzida e a agressividade é menor, tornando essas plantas cultivadas
mais sensíveis às plantas daninhas (BLANCO, 1972).
Quando há competição entre plantas cultivadas e daninhas, as cultivadas
podem responder de duas formas: tolerância, que nada mais é do que a planta
manter a produtividade em situações de competição, ou supressão, que está
ligada à capacidade da cultura em reduzir o crescimento de plantas invasoras por
efeito de interferência (JANNINK, 2000).
Dessa forma, deve-se escolher com cautela a cultivar mais indicada para as
condições da área que será plantada, apresentando maior habilidade competitiva
em relação às plantas daninhas. A habilidade competitiva não está relacionada
apenas a uma característica, mas sim um conjunto de fatores que estão
11
associados ao recurso pelo qual há competição e as características da espécie
competidora. Por exemplo, na competição por luz, estão envolvidas características
como altura e características foliares da planta; na competição por recursos do
solo, ou seja, água e nutrientes, além de características da parte aérea, o sistema
radicular tem extrema importância (LEMERLE et al., 2001).
De acordo com a Embrapa (2005), dependendo da espécie de planta
daninha, da infestação e densidade, as perdas na agricultura podem ser
significativas, podendo comprometer a colheita e promover menor produção de
vagens.
2.6. Interferência das Plantas Daninhas na Cultura do Amendoim
A cultura do amendoim sofre interferência das plantas daninhas durante
todo o ciclo, mas o hábito de crescimento dos genótipos pode ter influência no
grau de interferência. Plantas que apresentam porte ereto possuem vantagem
sobre as de porte rasteiro quando competem com plantas daninhas, podendo ser
explicado por apresentar uma parte aérea maior e provocar maior sombreamento
nas entrelinhas. Deste modo, pode-se inferir que cultivares de porte prostrado são
mais afetadas pela interferência de plantas daninhas (FEAKIM, 1973;
AGOSTINHO et al, 2006).
A redução do espaçamento das entrelinhas é um método eficiente para
aumentar a competitividade da cultura com as plantas daninhas, pois promove o
fechamento mais rápido das entrelinhas, sombreamento das mesmas e,
consequentemente, menor interferência de daninhas (MARTINS; PITELLI, 1994).
12
Há diferentes espécies de plantas daninhas conhecidas como infestantes
da cultura do amendoim, cada uma apresenta variações em relação à forma e
intensidade de interferência. Além disso, quanto maior a semelhança fisiológica
entre a cultura e a planta daninha, maior será a competição pelos mesmos
recursos e, desta forma, a competição interespecífica será maior (CLARKE, 1971).
Uma planta daninha que serve como exemplo desse fato é Portulaca oleraceae L.,
que possui hábito de crescimento semelhante ao do amendoim (HOLM et al.,
1977).
Os fatores que exercem influência sobre o grau de interferência das plantas
daninhas são: espécie de planta, nível de infestação e banco de sementes
encontrado no solo da área, dentre outros. As principais plantas daninhas podem
variar em cada região, porém na maioria das vezes incluem: Xanthium
strumarium, Cenchrus echinatus, Indigofera hirsuta, Portulaca oleracea e Digitaria
horizontalis, podendo ocasionar perda de 92% da produção na cultivar IAC Runner
886 (DIAS et al., 2005); também pode-se encontrar Cyperus rotundus, Commelina
benghalensis e Euphorbia heterophylla, ocasionando perda de produtividade de
76% (NEPOMUCENO et al., 2005).
2.7. Manejo Integrado de Plantas Daninhas
Para o controle de plantas daninhas na agricultura, o uso do Manejo
Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) é fundamental para minimizar ou anular os
efeitos ocasionados pela interferência dessas plantas com as culturas. O MIPD
consiste na adoção de um conjunto de métodos e técnicas para prevenção e
13
controle de espécies de plantas não desejadas em um determinado local. De
acordo com DEUBER (1992), o MIPD tem como objetivo manter as plantas
daninhas dentro de limites de crescimento, ou eliminá-las de tal forma que não
causem qualquer prejuízo, dano ou inconveniência. Entre os principais métodos
de controle de plantas invasoras que proporcionam redução do período de
convivência e dos danos são: preventivo, manual, mecânico, cultural, biológico e
químico.
No controle preventivo agregam-se todas as medidas de prevenção a fim
de evitar as possibilidades de introdução e disseminação de plantas daninhas.
Entre as medidas, destaca-se a limpeza de equipamentos, uso de sementes
certificadas.
O controle manual e mecânico são as formas mais antigas para reduzir ou
eliminar as plantas daninhas de uma determinada área. Esse método consiste na
limpeza por meio de catação de plantas daninhas (é muito eficiente, mas esse
método torna-se inviável em grandes áreas agrícolas) e uso de equipamentos que
eliminem as plantas por meio do efeito físico, como a enxada e os cultivadores.
Dentre os métodos culturais, recomenda-se o uso de cultivares mais
adaptadas às determinadas regiões (solos e climas), adubação correta,
adequação da densidade, profundidade e espaçamento entre linhas e épocas de
semeadura/plantio, visando o melhor estabelecimento das culturas a fim de
promover maior competição com as plantas daninhas. Outro método bastante
utilizado pelos agricultores para minimizar os impactos causados pelas plantas
daninhas é o uso da rotação de culturas.
14
O método de controle biológico no Brasil ainda é pouco explorado;
entretanto, é algo que ocorre naturalmente ou por meio da ação humana nos
campos agrícolas. Quando naturalmente, ocorre por meio da interação inseto-
planta ou da liberação de compostos do metabolismo secundários oriundos da
interação entre plantas de uma mesma espécie ou de espécies diferentes
(alelopatia). Quando ocorre por ação humana, geralmente é por meio da liberação
de parasitas e predadores nas áreas agrícolas, utilizando-se insetos e
microrganismos que atacam as plantas e reduzem a comunidade infestante.
Entre os métodos mais adotados na agricultura, o controle químico é o mais
utilizado. Esse método proporciona muitas vantagens, entre elas: é de grande
eficiência no controle, dessa forma, evita a interferência das plantas daninhas com
a cultura; controla plantas daninhas em épocas seca e chuvosa; não revolve o
solo; e é de rápida operação. De acordo com Alvino et al. (2011), o uso do
controle químico é a opção mais eficaz e econômica.
2.8. Controle Químico na Agricultura e Seletividade em Amendoim
O controle químico de plantas daninhas teve início em 1950, com a
utilização de herbicidas seletivos, por exemplo, o Dinoseb. Logo em 1960 houve o
lançamento de herbicidas do grupo das dinitroanilinas que trouxe a trifuralina para
o mercado. Mais adiante, herbicidas do grupo das cloroacetanilidas, como
exemplo o alachlor e metolachlor, passaram a ser utilizados na cultura do
amendoim (BRIDGES et al., 1984).
15
Herbicidas como alachlor, trifluralina, pendimentalina, fenoxaprop-etil e
bentazon já foram testados em amendoim para controle de plantas daninhas como
Cenchrus echinatus, Cyperus rotundus, Croton sp., Merremia aegyptia,
Desmodium sp. e Blainvillea sp., mas nenhum destes produtos proporcionou
controle satisfatório sobre as plantas na dose utilizada; além disso, não houve
efeito tóxico para o amendoim (AGUIAR et al., 1997).
Por outro lado, estudos utilizando trifluralina em campos experimentais há
algum tempo, tem apresentado seletividade à cultura do amendoim sem causar
perda de produtividade e com controle eficiente de monocotiledôneas, tais como
Cenchrus echinatus L. (capim-carrapicho), Digitaria sanguinalis (L.) Scop (capim-
colchão) e Eleusine indica (L.) Gaertn (capim-pé-de-galinha) (GRASSI et al., 1970;
GRASSI & LEIDERMAN, 1974).
O herbicida mais indicado recentemente para a cultura é o imazapic, que
pertence ao grupo químico das imidazolinanas, na dosagem 98 g i.a. (ingrediente
ativo) por hectare, em pré e pós-emergência. Este produto é eficaz no controle de
monocotiledôneas e dicotiledôneas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005). Além do
imazapic, existem estudos que evidenciam controle eficiente de plantas daninhas
quando se utiliza imazethapyr (72 g i.a. ha-1) e, também, quando associado
imazethapyr com imazapic (36 + 36 g i.a. ha-1), mas pode-se verificar maior
produtividade quando utilizado imazapic em aplicação em pós-emergência
(RICHHBURG et al.,1995; GRICHAR; NESTER, 1997).
16
Para o controle de Cyperus rotundus, o imazapic possui eficiência de 93%,
enquanto sulfentrazone apresenta 70% e outros herbicidas testados apresentam
porcentagens menores de controle (GREY, 2004).
A aplicação de imazapic em pré-emergência na cultivar IAC Runner 886
reduz o tamanho das plantas de amendoim quando comparada à aplicação em
pós-emergência. Isso permite afirmar que Imazapic é mais indicado em pós-
emergente para essa cultivar (MATTOS, 2004).
As formas possíveis de se utilizar herbicidas na cultura do amendoim são:
aplicação em pré-plantio incorporado (PPI), pré-emergência e pós-emergência da
cultura. A forma mais adequada depende do nível de infestação na área, produto
disponível e equipamento existente na lavoura para aplicação (DEUBER, 1997).
Existem poucos herbicidas registrados pelo Ministério da Agricultura com
diferentes formulações e ingredientes ativos que permitem controle eficiente para
cada caso (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005). Diante disso, há uma grande
necessidade de maiores informações a respeito do efeito de diferentes produtos
sob a cultura do amendoim.
17
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Local dos Experimentos
Os experimentos foram conduzidos em área anexa ao Laboratório de
Plantas Daninhas (LAPDA), pertencente ao Departamento de Biologia Aplicada à
Agropecuária da FCAV – UNESP - Câmpus de Jaboticabal, São Paulo.
3.2. Delineamento Experimental
O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em
esquema fatorial 11x5, tendo como tratamentos, 10herbicidas aplicados em pré e
pós-emergência, 1 testemunha sem tratamento químico e cinco cultivares de
amendoim, com quatro repetições. Os tratamentos químicos estão dispostos na
18
Tabela 1. As doses utilizadas são recomendadas para a cultura da cana-de-
açúcar, segundo o Guia de Herbicidas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011)
Tabela 1. Descrição dos herbicidas e das doses utilizadas nos experimentos de pré
e pós-emergência.
Tratamentos Ingrediente ativo
Nome comercial
Doses (p.c.ha-1)
Doses (kg ha-1)
1 2,4-D Aminol® 1,50 L ha-1 1,209 i.a.ha-1 2 Sulfentrazone Boral® 1,20 L ha-1 0,600 i.a.ha-1 3 Hexazinone Broker® 2,50 kg ha-1 1,875 i.a.ha-1 4 Clomazone Gamit® 2,00 L ha-1 0,720 i.a.ha-1 5 Mesotrione Callisto® 0,30 L ha-1 0,144 i.a.ha-1 6 Saflufenacil Heat® 0,75 g ha-1 0,0525 i.a.ha-1 7 Tebuthiuron Combine® 2,00 L ha-1 1,000 i.a.ha-1 8 Imazapic Plateau® 175 g ha-1 0,122 i.a.ha-1 9 S-metolachlor Dual-Gold® 1,75 L ha-1 1,680 i.a.ha-1
10 Amicarbazone Dinamic® 2,0 kg ha-1 1,400 i.a.ha-1 11 Testemunha: sem aplicação
3.3. Descrição dos Genótipos
IAC Tatu-ST:
A cultivar IAC atu S , pertence ao grupo al ncia, considerada precoce
(90 a 100 dias de ciclo), apresenta porte ereto, com vagens granadas com duas a
tre s sementes de tegumento avermelhado (GODOY et al., 2003).
IAC 505:
A cultivar IAC 505, grupo irg nia, possui h bito de crescimento rasteiro,
ciclo de 130 a 135 dias, é moderadamente suscetível à mancha castanha, mancha
preta e ferrugem, possui elevado teor de óleo (49 a 50%) e é classificada como
19
cultivar com "alto oleico" (70 a 80% de ácido oleico no óleo), propiciando validade
prolongada ao produto em prateleiras (IAC, 2015).
IAC 503:
A cultivar IAC 503, semelhante à anterior, apresenta diferenças apenas
quanto ao ciclo da cultura que pode durar até 140 dias e é moderadamente
resistente à mancha preta e ferrugem (IAC, 2015)
Granoleico:
A cultivar Granoleico possui ciclo de crescimento indeterminado, de 130 a
140 dias, da semeadura à colheita (GODOY et al., 2005).
Linhagem 870:
Essa é uma linhagem que está em desenvolvimento pelo IAC e de acordo
com os pesquisadores, apresenta hábito de crescimento indeterminado, porte
rasteiro e resistência a pragas e doenças.
3.4. Obtenção das Sementes
Para a realização dos experimentos, as sementes dos genótipos (Cultivares
e Linhagens) utilizados no presente trabalho foram cedidas pelo Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), sendo estas as cultivares mais adotadas pelos
agricultores, com exceção da linhagem 870 que não encontra-se disponível
comercialmente.
20
3.5. Montagem dos Vasos, Tipo de Solo, Análise Química e Manejo das
Pragas e Doenças
Para os experimentos em pós e pré-emergência, a semeadura foi realizada
nos dias 19/12/14 e 19/01/15, respectivamente. Para ambos os experimentos,
cada vaso foi considerado uma parcela experimental. Foram utilizados vasos com
capacidade volumétrica para 2,5L, com substrato composto por mistura de terra e
areia (2:1 v/v).
Para os experimentos, utilizou-se o solo da região de Jaboticabal,
classificado como Latossolo Vermelho Escuro, de textura média (EMBRAPA,
1999). Na Tabela 2, é possível verificar a análise química do solo utilizado no
presente trabalho. Em cada vaso foram semeadas 15 sementes das cultivares IAC
Tatu ST, Linhagem 870, IAC 505, IAC 503 e Granoleico, após a emergência das
plântulas foi feito desbaste deixando somente duas plantas. As sementes foram
previamente tratadas com inseticida Tiametoxan (Cruiser®) e o fungicida
Carboxina + Tiram (Vitavax®) para evitar interferência de insetos e patógenos.
Como tratamento preventivo ao ataque de pragas e doenças, aos 35 dias após a
semeadura (DAS) e semanalmente durante todo o experimento realizou-se a
aplicação do inseticida Engeo Pleno® na dose de 200 mL ha-1 e o fungicida
Opera® na dose de 600 mL ha-1.
21
Tabela 2. Resultado da análise química do solo utilizado como substrato.
H + Al Soma Bases Sat.
pH M.O. P. resina K Ca Mg SMP S.B. T Bases
CaCl2 g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 V%
5,6 13 34 1,8 24 6 15 31,8 46,8 68
3.6. Descrição dos Produtos
2,4-D:
Nome comercial do produto: Aminol 806
Composição: 806 g/l (80,6% m/v) sal de dimetilamina do Ácido 2,4-
diclorofenoxiacético (2,4- D Amina) + 670 g/l (67,0% m/v) equivalente ácido + 429
g/l (42,9% m/v) ingredientes inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: encurtamento do tecido internerval das folhas e
epinastia são os sintomas mais evidentes nas dicotiledôneas (RODRIGUES;
ALMEIDA, 2011).
Sulfentrazone:
Nome comercial do produto: Boral 500 SC
Composi o 50,0% m v (500,00 g L) ’,4’-dichloro-5-(4-difluoromethyl-4,5-
dihydro-3-methyl-5-oxo-1H-1,2,4-triazol-1-yl) methanesulfonanilide
(SULFENTRAZONA) + 72,16% m/v (721,60 g/L) ingredientes inertes
(RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Sintomas de fitotoxicidade: plantas emergem do solo tratado tornando-se
necróticas e morrendo em seguida quando expostas à luz.
22
Hexazinone:
Nome comercial do produto: Broker 750 WG
Composição: 250 g/L (25% m/v) 3-cyclohexyl-6-dimethylamino-1-methyl-
1,3,5-triazine-2,4(1H,3H)-dione (Hexazinona)+ 729 g/L (72,9% m/v) outros
ingredientes.
Sintomas de fitotoxicidade: provoca manchas cloróticas nas folhas,
seguidas de necrose e morte das plantas (RODRIGUES ; ALMEIDA, 2011).
Clomazone:
Nome comercial do produto: Gamit 360 CS
Composição: 36,0 % m/v (360 g/l) 2-(2-clorofenil)metil-4,4-dimetil-3-
isoxazolidinona (CLOMAZINE) + 78,6 % m/v (786 g/l) inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: as plantas emergem brancas por falta de
clorofila e acabam morrendo em pouco tempo (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Mesotrione:
Nome comercial do produto: Callisto
Composi o 480 g L (48 % m v) −(4−mesyl− −nitroben oyl)
cyclohe ane− ,3−dione ( ES I NA) + 7 ,5 g L (7 , 5 % m v) outros
ingredientes.
23
Sintomas de fitotoxicidade: os sintomas envolvem branqueamento das
plantas infestantes sensíveis com posterior necrose e morte dos tecidos vegetais
em cerca de 1 a 2 semanas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Saflufenacil:
Nome comercial do produto: Heat
Composi o 700 g kg (70% m m) N′-{2-chloro-4-fluoro-5-[1,2,3,6-
tetrahydro-3-methyl-2,6-dioxo-4-(trifluoromethyl)pyrimidin-1-yl]benzoyl}-N-
isopropyl-N-methylsulfamide (SAFLUFENACIL) + 300 g/kg (30% m/m) outros
ingredientes.
Sintomas de fitotoxicidade: pode provocar encarquilhamento de folhas,
presença de coloração roxa ou clorose, necrose, enrolamento de folhas e nanismo
(esses danos não ocorrem todos ao mesmo tempo, depende de cada planta)
(RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Tebuthiuron:
Nome comercial do produto: Combine 500 SC
Composição: 500 g/L(50% m/v) 1- (5- tert- butyl- 1,3,4- thiadiazol- 2- yl)-
1,3- dimethylurea (TEBUTIUROM)+ 633 g/L (63,3% m/v) ingredientes inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: provoca manchas cloróticas nas folhas,
seguidas de necrose e morte das plantas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Imazapic:
24
Nome comercial do produto: Plateau
Composição: 700 g/kg (70% m/m)
( S)− −(4−isopropyl−4−methyl−5−o o− −imida olin− −yl)−5−methylnicotinic acid
(IMAZAPIC) + 300 g/kg (30% m/m) ingredientes inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: provoca clorose seguida de necrose para
plantas suscetíveis. O imazapic é seletivo à cultura do amendoim (RODRIGUES;
ALMEIDA, 2011).
S-metolachlor:
Nome comercial do produto: Dual Gold
Composição: 960 g/L (96%m/v) mistura de 80− 00%
(a S, S)− −chloro− '−ethyl−N−( −metho y− −methylethyl)acet−o−toluidide e
0−0%(a S, )− −chloro− '−ethyl−N−( −metho y− −methylethyl)acet−o−toluidi
de (S− E LACL ) + 40 g L ( 4% m v) ingredientes inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: provoca entumecimento dos tecidos e
enrolamento do caulículo nas monocotiledôneas. Nas folhas largas observa-se
clorose, necrose e morte. A maioria das plantas morrem antes de emergirem na
superfície do solo (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
Amicarbazone:
Nome comercial do produto: Dinamic
25
Composição: 700g/kg (70% m/m) 1H- 1,2,4-triazole-1-carboxamide,4amino-
N-(1,1dimethyl-ethyl)-4,5-dihydro-3-(1- methylethyl)-5 oxo (AMICARBAZONE) +
300 g/kg (30% m/m) ingredientes inertes.
Sintomas de fitotoxicidade: em Brachiaria decumbens provoca clorose nas
folhas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).
3.7. Aplicação dos Produtos
Para os experimentos (pré e pós-emergência), realizou-se a aplicação dos
herbicidas utilizando um pulverizador costal pressurizado por CO2, munido de
barras com quatro bicos com pontas tipo leque (TTJ60-11002 VP), espaçadas de
0,5 m, o qual, regulado com pressão constante de 2,3 kgfcm-2, proporcionou
volume de calda correspondente a 200 L ha-1, com deslocamento a 1 ms-1, barra a
0,5 m de altura em relação ao alvo. Para o experimento em pré-emergência, a
aplicação dos tratamentos foi realizada logo após a semeadura, enquanto para o
experimento em pós-emergência, realizou-se a aplicação após 30 dias após a
semeadura. No momento da aplicação, foram registrados os dados de
temperatura do ar (33ºC) e umidade relativa do ar (68%), porém fatores como
nebulosidade e vento são desconsiderados, pois as aplicações ocorreram em sala
de pulverização.
26
3.8. Irrigação
Para os dois experimentos (pré e pós-emergência), os subtratos foram
mantidos úmidos durante o decorrer dos experimentos por meio de irrigações
periódicas, sempre que visualmente necessárias.
3.9. Avaliações
Foram realizadas avaliações visuais de fitotoxicidade aos 7, 14, 21 dias
após a aplicação (DAA) em pós-emergência e aos 16, 23 e 30 DAA para o
experimento em pré-emergência. Para a avaliação de fitotoxicidade utilizou-se a
escala proposta pela European Weed Research Council (1964), que varia de 1 a
9, onde nota 1 corresponde à ausência de sintoma fitotóxico e nota 9, morte da
planta. Aos 21 DAA (pós-emergência) e 30 DAA (pré-emergência) desmontou-se
os experimentos e avaliaram-se os seguintes parâmetros morfológicos:
comprimento da haste principal, comprimento do ramo primário mais
desenvolvido, número de ramos primários, números de nós e comprimento dos
entrenós. Após as avaliações morfológicas, determinou-se a massa seca da parte
aérea e das raízes, obtidas por meio de secagem em estufa com circulação de ar
a 65° - 70°C por 76 horas. Para o experimento em pré-emergência, realizou-se
ainda a contagem diária de plântulas emergidas até os 15 DAA e determinou-se a
porcentagem de emergência.
27
3.10. Análise Estatística
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e
as médias, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As análises
foram processadas pelo programa estatístico ESTAT.
28
4. RESULTADOS
4.1. Pré-emergência
Analisando a porcentagem de emergência, observou-se que todos os produtos
promoveram reduções significativas quando comparados com a testemunha para
as cultivares IAC 505 e Granoleico. Observou-se que para ‘IAC Tatu-ST’, todos os
produtos ocasionaram redução na emergência, exceto para saflufenacil e S-
metolachlor. Para a linhagem 870 verificou-se que sulfentrazone, clomazone,
mesotrione e S-metolachlor não interferiram na emergência das plantas. Para
‘IAC 503’, o sulfentrazone, mesotrione e amicarbazone não diferiram da
testemunha, não afetando a emergência.A linhagem 870 apresentou maior
porcentagem de emergência quando comparada com as demais cultivares, exceto
para ‘IAC Tatu-ST’ para 2,4-D, saflufenacil, tebuthiruon e imazapic(Figura 1).
29
Figura 1. Porcentagem de emergência de genótipos submetidos a aplicações de herbicidas aplicados em pré-emergência. IAC Tatu-ST (F: 4 ,08**); Linhagem ‘870’ (F: 86,27**); IAC 505 (F: 29,26**); IAC 503 (F: 19,93**) e Granoleico (F: 40,16**) e C.V. (%), 14,09. Letras maiúsculas comparam herbicidas e minúsculas, genótipos.
30
4.1.1. Fitointoxicação
Com base na análise realizada, verificou-se interação entre os fatores
cultivares versus herbicidas paras as avaliações realizadas aos 16, 23 e 30 DAA.
Analisando a interação entre os herbicidas para cada cultivar, observou-se
que para ‘IAC Tatu-ST’, o uso de hexazinone causou a morte das plantas a partir
dos 16 DAA. Os herbicidas tebuthiuron, amicarbazone e sulfentrazone,
apresentaram alto nível de fitotoxicidade aos 16 DAA, sem causar a morte das
plantas (Tabela 3). Aos 23 e 30 DAA, verificou-se que além do hexazinone, o
tebuthiuron também causou a morte das plantas e, amicarbazone e sulfentrazone
continuaram com altos níveis de intoxicação, sem proporcionarem a recuperação
das plantas. Para o clomazone observou-se fitointoxicação média, de acordo com
a EWRC (1964) (Tabelas 4 e 5).
Para a linhagem 870, sulfentrazone e tebuthiuron causaram fortes sintomas
de intoxicação aos 16 DAA. Além desses, hexazinone, clomazone e amicarbazone
tamb m proporcionaram into ica o, sendo esses efeitos considerados “m dios”
(Tabela 3). A partir dos 23 DAA, tebuthiuron causou a morte das plantas e
hexazinone, sulfentrazone e amicarbazone apresentaram altos níveis de
fitotoxicidade (Tabela 4). Aos 30 DAA, além do tebuthiuron, o hexazinone
provocou a morte das plantas. Nessa época, as plantas tratadas com
sulfentrazone e clomazone apresentaram leve recuperação, mas a fitointoxicação
foi considerada mediana. O amicarbazone manteve-se com forte intoxicação para
a linhagem 870 até os 30 DAA (Tabela 5).
31
A cultivar IAC 505 apresentou maior intoxicação com o uso de
sulfentrazone aos 16 DAA, mas não se verificou plantas mortas nessa época
(Tabela 3). Aos 23 DAA, constatou-se que hexazinone e amicarbazone
proporcionaram intoxicação muito forte e tebuthiuron e sulfentrazone
apresentaram efeito médio de fitointoxicação (Tabela 4). Aos 30 DAA, hexazinone
e amicarbazone causaram a morte das plantas e o uso de tebuthiuron e
sulfentrazone causou aumento da intoxicação até os 30 DAA (Tabela 5).
Para ‘IAC 503’, hexazinone causou a morte das plantas aos 16 DAA e
amicarbazone e sulfentrazone demonstraram alto nível de fitotoxicidade (Tabela
3). Aos 23 DAA, além dos produtos mencionados aos 16 DAA, verificou-se que o
tebuthiuron também causou intoxicação das plantas (Tabela 4). Aos 30 DAA,
hexazinone, tebuthiuron e amicarbazone não diferiram entre si e, os dois primeiros
causaram a morte das plantas (Tabela 5).
Amicarbazone, tebuthiuron, sulfentrazone e clomazone apresentaram
fitotoxicidade considerada “quase forte” para ‘Granoleico’ aos 16 DAA (Tabela 3).
Aos 23 e 30 DAA, sulfentrazone, clomazone, amicarbazone e hexazinone
demonstraram aumento nos níveis de intoxicação e tebuthiuron provocou a morte
das plantas aos 23 DAA (Tabelas 4 e 5).
32
Tabela 3. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitoinxoticação
realizada aos 16 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,75 DEb 2,00 CDb 5,00 ABa 1,75 Fb 3,25Cb 12,74**
Sulfentrazone 7,25 Aa 7,00 Aa 6,00 Aa 6,00 BCa 6,00 Aa 2,50ns
Hexazinone 9,00 Aa 6,00 ABb 4,75 ABb 9,00 Aa 5,00 ABCb 28,72**
Clomazone 4,00 BCd 5,00 Bab 4,75 ABab 3,75 DEb 5,75 Aa 4,18**
Mesotrione 5,00 Ba 1,75 CDbc 3,25 Bb 2,25 EFbc 1,25 Dc 14,24**
Saflufenacil 3,00 CDa 2,75 CDa 3,25 Ba 3,75 DEa 4,25 ABCa 2,35 ns
Tebuthiuron 8,75 Aa 7,00 Ab 5,00 ABc 4,75 BCDc 6,00 Abc 17,27**
Imazapic 2,00 DEb 2,00 CDb 3,75 Ba 1,75 Fb 3,75 BCa 6,59**
S-metolachlor 5,00 Ba 3,00 Cb 5,00 ABa 4,25 CDab 3,75 BCab 4,73**
Amicarbazone 7,50 Aa 6,25 ABab 3,25 Bc 6,25 Bab 6,25 ABb 16,26**
Testemunha 1,00 Ea 1,00 Da 1,00 Ca 1,00 Fa 1,00 Da 0,00 ns
F 53,00** 34,10** 12,15** 36,88** 19,93** -----
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
33
Comparando o efeito de cada produto entre as cultivares aos 16 DAA,
observou-se que sulfentrazone e saflufenacil não apresentaram diferença
significativa entre as cultivares. Para o 2,4-D, ’IAC 505’ foi mais sensível. As
cultivares IAC Tatu-ST e IAC 503 foram as mais susceptíveis ao uso de
hexazinone. O uso de clomazone afetou negativamente principalmente
’Granoleico’. Para mesotrione, tebuthiuron e amicarbazone verificou-se que ‘IAC
Tatu-ST’ foi mais sensível. Entre as cultivares, as mais susceptíveis ao imazapic
foram a ‘IAC 505’ e ‘Granoleico’. As cultivares IAC Tatu-ST e IAC 505 foram mais
sensíveis ao S-metolachlor (Tabela 3).
Na comparação entre as cultivares para cada produto aos 23 DAA,
verificou-se que o uso de 2,4-D, S-metolachlor e amicarbazone provocou maior
fitointoxicação da‘IAC 505’. O amicarbazone também promoveu efeito fitotóxico
para ‘IAC 503’. O uso de sulfentrazone, mesotrione e tebuthiuron causou maior
intoxicação nas plantas da ‘IAC Tatu-ST’. O tebuthiuron, além de afetar ’IAC Tatu-
ST’, também afetou a linhagem 870 e ‘Granoleico’. Entre as cultivares,
‘Granoleico’ foi mais sensível ao clomazone e imazapic, mas demonstrou maior
tolerância ao hexazinone quando comparado com os demais cultivares (Tabela 4).
34
Tabela 4. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitointoxicação
realizada aos 23 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,50 Dc 1,75 DEbc 4,00 CDa 1,25 EFc 3,25 Cab 8,18**
Sulfentrazone 7,75Aa 7,25 ABab 5,75 BCb 6,75 Cab 7,00 Bab 3,09*
Hexazinone 9,00 Aa 8,75 ABa 8,25 Aa 9,00 Aa 6,00 Bb 9,03**
Clomazone 5,25 Bab 4,75 Cb 4,25 Cb 3,75 Db 6,50 Ba 6,25**
Mesotrione 3,75 BCa 1,25 DEb 2,25 DEab 2,25 DEFab 1,00 Db 6,60**
Saflufenacil 2,50 CDa 2,25 DEa 2,00 Ea 2,00 DEFa 2,25 CDa 0,25 ns
Tebuthiuron 9,00 Aa 9,00 Aa 7,25 ABb 7,00 BCb 9,00 Aa 5,97**
Imazapic 2,50 CDab 1,25 DEab 1,00 Eb 1,00 Fb 2,75 CDa 4,11**
S-metolachlor 2,50 CDb 3,00 CDb 4,75 Ca 3,00 DEb 2,00 CDb 6,04**
Amicarbazone 8,25 Aab 7,00 Bbc 8,75 Aa 8,75 ABa 6,25 Bc 7,09**
Testemunha 1,00 Da 1,00 Ea 1,00 Ea 1,00 Fa 1,00 Da 0,00 ns
F 55,29** 56,18** 54,81** 54,81** 42,53** ----
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
35
Comparando as cultivares para cada produto, aos 30 DAA (Tabela 5),
observou-se que o uso de 2,4-D, saflufenacil e tebuthiuron não demonstraram
diferença significativa entre as cultivares em relação ao efeito fitotóxico. Entre as
cultivares, ‘IAC Tatu-ST’ foi a mais susceptível aos produtos hexazinone,
sulfentrazone, clomazone, mesotrione e imazapic. A linhagem 870 demonstrou
maior sensibilidade ao hexazinone, clomazone e S-metolachlor. As cultivares IAC
503 e IAC 505 foram mais sensíveis ao hexazinone e amicarbazone. A
‘Granoleico’ apresentou maior intoxicação com o clomazone.
36
Tabela 5. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitointoxicação
realizada aos 30 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,25DEa 2,00 Ea 2,25 DEa 1,75 CDa 2,00 Da 1,03 ns
Sulfentrazone 7,75 Aa 5,75 BCb 7,75 Bb 7,00 Bab 6,00 Cb 5,71**
Hexazinone 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 5,00 Cb 23,03**
Clomazone 5,25 Ba 5,25 CDa 3,75 CDb 3,25 Cb 6,25 BCa 10,80**
Mesotrione 3,75 BCa 2,25 Eb 1,75 Eb 1,75 CDb 1,25 Db 6,76**
Saflufenacil 2,75 CDa 2,25 Ea 1,75 Ea 2,25 CDa 2,00 Da 0,10 ns
Tebuthiuron 9,00 Aa 9,00 Aa 8,75 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 0,09 ns
Imazapic 3,00 Ca 2,00 Eab 1,00 Eb 1,00 Db 1,75 Dab 4,95**
S-metolachlor 2,25 CDEbc 4,00 Da 4,00 Ca 3,00 Cab 1,00 Dc 11,60**
Amicarbazone 8,50 Aab 7,75 Bb 9,00 Aa 8,75 Aa 7,75 ABab 3,82**
Testemunha 1,00 Da 1,00 Ea 1,00 Ea 1,00 Da 1,00 Da 0,00 ns
F 71,92** 61,40** 75,88** 81,36** 63,10** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
37
4.1.2. Massa Seca
Comparando-se os produtos para cada cultivar, observou-se que todos, à
exceção do 2,4-D e imazapic proporcionaram redução na massa seca da raiz das
cultivares IAC Tatu-ST, IAC 503 e linhagem ‘870’. ara ‘IAC 505’, todos
herbicidas, exceto saflufenacil e imazapic,resultaram em menor massa seca em
relação à testemunha. Para ’Granoleico’, houve menor massa seca radicular em
todos os tratamentos, com exceção dos tratamentos com clomazone e
mesotrione. Analisando as cultivares para cada herbicida, verificou-se que a
linhagem 870, ‘IAC 505’ e ‘Granoleico’ sob o efeito do 2,4-D e Imazapic
apresentaram menor massa seca radicular. Para o sulfentrazone, verificou-se
redução na massa seca das cultivares IAC Tatu-ST e Granoleico, quando se
comparou com os demais genótipos. Clomazone afetou todos os genótipos,
quando comparado com o Granoleico. Para o mesotrione, ‘IAC Tatu-ST’ e ‘IAC
505’ foram as mais sensíveis. saflufenacil e S-metolachlor proporcionaram
redução para ’ Granoleico’ e linhagem 870, respectivamente (Tabela 6).
38
Tabela 6. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para a massa seca da raiz de
genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pré-emergência aos 30 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,37 Aa 0,89 ABb 0,53 Dc 1,18 Aa 0,69 Cc 46.04**
Sulfentrazone 0,36 Eb 0,61 Ca 0,69 BCDa 0,66 CDa 0,40 Db 8.74**
Hexazinona 0,00 Fa 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ea 0.00 ns
Clomazone 0,49 DEb 0,60 Cb 0,66 CDb 0,66 CDb 0,98 ABa 12.73**
Mesotrione 0,66 CDb 1,03 Aa 0,59 Db 1,04 ABa 0,94 ABa 17.63**
Saflufenacil 0,89 BCa 0,75 BCab 0,89 ABa 0,88 BCab 0,69 Cb 3.69**
Tebuthiuron 0,00 Fa 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ea 0.00 ns
Imazapic 1,47 Aa 0,88 ABb 0,91 ABb 1,05 ABb 0,61 CDc 38.73**
S-metolachlor 0,77 Cab 0,63 Cb 0,66 CDab 0,64 Dab 0,83 BCa 3.16*
Amicarbazone 0,00 Fa 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ea 0.00 ns
Testemunha 1,41 Aa 0,90 ABc 0,97 Abc 1,15 Ab 1,17 Ab 28.25**
F 110.35** 57.32** 52.83** 74.10** 68.27** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
39
Para a massa seca da parte aérea da ‘IAC Tatu-ST’, verificou-se que
sulfentrazone, clomazone, saflufenacil e S-metolachlor foram os que
proporcionaram menor massa. Para a linhagem 870, constatou-se efeito similar ao
observado no‘IAC Tatu-ST’, contudo, plantas tratadas com saflufenacil
apresentaram massa seca igual ao tratamento testemunha. A cultivar IAC 505
demonstrou menor massa seca quando as plantas foram submetidas ao 2,4-D,
clomazone, mesotrione e S-metolachlor. Para ‘IAC 503’, todos os herbicidas à
exceção do 2,4-D e imazapic reduziram a massa seca da parte aérea.
A‘Granoleico’ foi afetada por todos os produtos, exceto clomazone e mesotrione.
Comparando o efeito de cada herbicida entre os genótipos, observou-se que o
2,4-D e imazapic proporcionaram menor massa seca para ‘IAC 505’ e ‘Granoleico’.
Sulfentrazone afetou a massa de‘IAC Tatu-ST’ e ‘Granoleico’. Clomazone afetou
negativamente todos os genótipos quando comparado com ‘Granoleico’.
Mesotrione proporcionou menor massa para ’IAC 505’ e ‘IAC 503’. O uso de
saflufenacil afetou todos os gen tipos, quando comparado com a linhagem ‘870’ e,
S-metolachlor causou menor massa seca da parte aérea da I’AC 503’ (Tabela 7).
40
Tabela 7. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para a massa seca da parte aérea
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pré-emergência aos 30
DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,04 Aa 1,03 ABa 0,47 Cc 0,92 ABa 0,71 CDb 22.44**
Sulfentrazone 0,42 Cc 0,75 Cab 0,81 ABa 0,72 BCDab 0,59 Dbc 9.27**
Hexazinona 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Fa 0,00 Ea 0.00 ns
Clomazone 0,56 BCb 0,76 Cb 0,69 BCb 0,63 DEb 0,97 ABa 9.42**
Mesotrione 1,04 Aab 1,12 Aa 0,57 Cc 0,88 ABCb 1,00 ABab 17.55**
Saflufenacil 0,79 Bb 1,14 Aa 0,91 ABb 0,71 BCDb 0,76 BCDb 10.91**
Tebuthiuron 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Fa 0,00 Ea 0.00 ns
Imazapic 1,10 Aa 1,09 Aa 0,85 ABb 1,08 Aa 0,65 CDb 15.56**
S-metolachlor 0,69 Bab 0,80 BCab 0,68 BCab 0,64 CDEb 0,86 BCa 3.21*
Amicarbazone 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Fa 0,00 Ea 0.00 ns
Testemunha 1,08 Aa 1,21 Aa 1,02 Aa 1,04 Aa 1,21 Aa 1.51 ns
F 76.50** 89.50** 54.96** 57.25** 69.90** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
41
4.1.3. Morfologia
Comparando os herbicidas para cada cultivar e entre os genótipos para
cada herbicida, observou-se que hexazinona, tebuthiuron e amicarbazone
causaram a morte das plantas de todos os genótipos estudados e dessa forma,
não houve plantas para avaliar os parâmetros morfológicos. Contudo, abaixo são
mencionados os efeitos de outros herbicidas sob os caracteres morfológicos das
plantas de amendoim.
Para o comprimento da haste principal (altura), verificou-se que apenas o
sulfentrazone e s-metolachlor reduziram a altura das plantas de‘IAC Tatu-ST’ e
‘IAC 505’, e 2,4-D para ‘Granoleico’. Comparando cada herbicida dentrodos
genótipos, observou-se que 2,4-D e imazapic afetaram todos os genótipos,
quando comparados com ’IAC Tatu-ST’. sulfentrazone e clomazone reduziram a
altura de‘IAC Tatu-ST’ e ‘IAC 505’. Os herbicidas mesotrione e S-metolachlor
resultaram em menor desenvolvimento de‘IAC 505’ e ‘IAC 503’ (Tabela 9).
42
Tabela 9. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento da haste
principal de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pré-emergência
aos 30 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 3,02 ABa 2,26 Ab 2,03 ABb 2,20 Ab 1,76 Bb 9.53**
Sulfentrazone 1,41 Db 2,05 Aa 1,37 BCb 2,02 ABa 2,32 ABa 7.55**
Hexazinona 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Clomazone 1,89 CDb 2,38 Aab 2,00 ABb 2,06 ABab 2,64 Aa 4.11**
Mesotrione 2,73 ABa 2,25 Aab 2,06 ABb 2,06 ABb 2,60 Ab 4.11**
Saflufenacil 2,56 ABCa 2,57 Aa 2,24 Aa 2,06 ABa 2,20 ABa 2.25 ns
Tebuthiuron 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Imazapic 3,13 Aa 2,20 Abc 1,80 ABbc 2,31 Ab 1,69 Bc 13.67**
S-metolachlor 2,38 BCa 2,12 Aab 0,89 Cc 1,77 ABb 2,40 ABa 20.03**
Amicarbazone 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Testemunha 2,84 ABa 2,58 Aab 2,24 Ab 2,38 Ab 2,59 Aab 13.93**
F 68.22** 50.42** 37.91** 38.93** 52.25** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
43
Analisando os dados referentes ao desdobramento para o comprimento do
ramo primário mais desenvolvido, verificou-se que o S-metolachlor causou
reduções significativas quando comparado com a testemunha para as cultivares
IAC Tatu-ST e IAC 505. Para ‘Granoleico’, verificou-se que o 2,4-D e imazapic
reduziram significativamente, em relação à testemunha. Para ’IAC 503’ e
Linhagem 870, não se constatou efeitos significativos, além dos produtos que
promoveram a morte das plantas. Comparando-se as cultivares dentro de cada
tratamento herbicida, observou-se que ’Granoleico’ apresentou menor
desenvolvimento do ramo primário mais desenvolvido quando as plantas foram
submetidas à aplicação de 2,4-D e imazapic. O uso de sulfentrazone e mesotrione
afetou o desenvolvimento para da‘IAC Tatu-ST’ e o clomazone e S-metolachlor
promoveram reduções nas cultivares IAC Tatu-ST e IAC 505. Para essa
característica, não se constatou diferença entre as cultivares estudadas, para o
tratamento testemunha e saflufenacil (Tabela 10).
44
Tabela 10. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento do ramo
primário mais desenvolvido de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas
em pré-emergência aos 30 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 2,21 Aab 2,57 Aa 1,73 Aab 2,20 Aab 1,62 Bb 3,15*
Sulfentrazone 1,21 ABb 2,06 Aab 1,45 ABab 1,90 ABab 2,23 ABa 3,74**
Hexazinona 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Clomazone 1,37 Ab 2,16 Aab 1,66 ABb 1,99 ABab 2,59 ABa 4,55**
Mesotrione 1,80 Ab 2,51 Aab 2,16 Aab 2,15 Aab 2,94 Aa 3,82**
Saflufenacil 2,09 Aa 2,73 Aa 2,21 Aa 2,21 Aa 2,06 ABa 1,53 ns
Tebuthiuron 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Imazapic 2,18 Aab 2,28 Aab 1,93 Aab 2,56 Aa 1,69 Bb 3,27 **
S-metolachlor 0,00 Cb 2,04 Aa 0,66 BCb 1,68 ABa 2,20 ABa 15,76**
Amicarbazone 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Testemunha 2,01 Aa 2,71 Aa 2,29 Aa 2,18 Aa 2,87 Aa 2,24 ns
F 18,49** 26,65** 18,25** 20,23** 26,75** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
45
Analisando os herbicidas para cada genótipo, observou-se que além dos
tratamentos que promoveram a morte das plantas, apenas o clomazone reduziu o
número de ramos primários de‘IAC Tatu-ST’ e ‘IAC 505’ e, para ‘Granoleico’, o uso
de imazapic resultou em menor número de ramos. Comparando os herbicidas
dentrodas cultivares, observou-se que sulfentrazone e S-metolachlor afetaram
‘IAC Tatu-ST’ e ‘IAC 505’, quando comparado com os demais genótipos.
Clomazone e mesotrione foi mais prejudicial para ‘IAC Tatu-ST’ e, imazapic para
‘IAC Tatu-ST’ e ‘Granoleico’ (Tabela 11).
46
Tabela 11. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o número de ramos primários
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pré-emergência aos 30
DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,58 Aa 2,06 Aa 1,52 Aa 1,87 Aa 1,58 ABa 2.54*
Sulfentrazone 1,22 Ac 1,87 Aab 1,37 Abc 1,90 Aab 2,12 Aa 6.71**
Hexazinona 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Clomazone 1,00 Ab 1,90 Aa 1,72 Aa 1,72 Aa 1,95 ABa 6.80**
Mesotrione 0,99 Ab 1,91 Aa 1,53 Aab 2,00 Aa 2,06 ABa 9.39**
Saflufenacil 1,63 Aa 2,00 Aa 1,94 Aa 1,95 Aa 1,58 ABa 1.85 ns
Tebuthiuron 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Imazapic 1,41 Ab 1,47 Aab 1,72 Aab 2,00 Aa 1,41 Bb 3.03*
S-metolachlor 0,24 Bb 1,67 Aa 0,50 Bb 1,47 ABa 1,72 ABa 24.07**
Amicarbazone 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0.00 ns
Testemunha 1,41 Ab 1,87 Aab 2,00 Aa 1,90 Aab 2,08 ABa 9.67**
F 20.94** 35.70** 31.74** 34.61** 35.80** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
47
Clomazone e mesotrione reduziram o número de nós de‘IAC Tatu-ST’. O
2,4-D e imazapic reduziram o número de nós de‘Granoleico’ e S-metolachlor
da‘IAC 505’. Comparando cada herbicida dentro das cultivares, verificou-se, de
modo geral, redução no número de nós da ‘IAC Tatu-ST’. Além disso, constatou-
se que 2,4-D resultou em menor número de nós do‘Granoleico’ e o sulfentrazone
para a ‘IAC 505’. Saflufenacil e imazapic não demonstraram diferença significativa
entre as cultivares (Tabela 12).
48
Tabela 12. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o número de nós de
genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pré-emergência aos 30
DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,95 Aab 2,24 Aa 1,93 Aab 2,11 Aa 1,41 Cb 4,17**
Sulfentrazone 1,72 ABb 2,40 Aa 1,69 Ab 2,15 Aab 2,18 ABab 4,10**
Hexazinona 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 ns
Clomazone 1,21 Bb 2,16 Aab 1,82 Aa 1,72 ABa 2,23 ABa 6,97**
Mesotrione 1,21 Bb 2,26 Aa 1,84 Aa 2,06 Aa 2,35 Aa 8,78**
Saflufenacil 1,91 ABa 2,18 Aa 2,06 Aa 2,04 Aa 1,93 ABa 0,49 ns
Tebuthiuron 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 ns
Imazapic 1,91 ABa 1,92 Aa 1,82 Aa 1,99 ABa 1,58 BCa 1,11 ns
S-metolachlor 0,00 Cb 1,90 Aa 0,50 Bb 1,91 ABa 2,11 ABa 41,44**
Amicarbazone 0,00 Ca 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 ns
Testemunha 1,85 ABb 2,27 Aa 2,08 Aa 2,11 Aa 2,45 Aa 2,30ns
F 33,20** 44,19** 35,71** 36,03** 42,00** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
49
Comparando-se o efeito dos herbicidas em cada genótipo, observou-se que
o S-metolachlor reduziu o comprimento dos entrenós da‘IAC Tatu-ST’ e ‘IAC 505’.
Analisando-se o efeito de cada herbicida nos genótipos, constatou-se diferença
significativa e redução do comprimento dos entrenós apenas para as cultivares
IAC Tatu-ST e IAC 505 (Tabela 13).
50
Tabela 13. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento dos
entrenós de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados
em pré-emergência aos 30 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,13 Aa 1,15 Aa 0,91 Aa 1,04 Aa 1,14 Aa 1,13 ns
Sulfentrazone 0,71 Aa 0,86 Aa 0,84 Aa 0,89 Aa 1,02 Aa 1,34 ns
Hexazinona 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Clomazone 1,15 Aa 1,00 Aa 0,91 Aa 1,22 Aa 1,16 Aa 1,70 ns
Mesotrione 0,99 Aa 1,12 Aa 1,15 Aa 1,04 Aa 1,25 Aa 1,05 ns
Saflufenacil 1,09 Aa 1,25 Aa 1,07 Aa 1,08 Aa 1,07 Aa 0,65 ns
Tebuthiuron 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Imazapic 1,14 Aa 1,16 Aa 1,06 Aa 1,28 Aa 1,07 Aa 0,78 ns
S-metolachlor 0,00 Bb 1,07 Aa 0,33 Bb 0,88 Aa 1,04 Aa 24,66 **
Amicarbazone 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Testemunha 1,08 Aa 1,19 Aa 1,10 Aa 0,86 Aa 1,17 Aa 1,83 ns
F 30,38** 28,74** 24,86** 26,32** 28,85** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
51
4.2. Pós-emergência
4.2.1. Fitointoxicação
Com base na análise realizada, verificou-se interação entre os fatores
cultivares versus herbicidas paras as avaliações realizadas aos 7, 14 e 21 DAA.
Analisando a interação entre os herbicidas para cada cultivar, observou-se
que para ‘IAC Tatu-ST’, o hexazinona, sulfentrazone e amicarbazone
apresentaram as maiores fitointoxicações, quando comparado com o tratamento
testemunha aos 7 DAA (Tabela 16). Aos 14 DAA, verificou-se que o
comportamento dessa cultivar foi mais susceptível ao uso de hexazinona,
amicarbazone e tebuthiuron, sendo que, os dois primeiros causaram a morte das
plantas nessa data. Ainda aos 14 DAA, constatou-se forte intoxicação para as
plantas submetidas às aplicações de sulfentrazone e clomazone (Tabela 17). Para
a avaliação aos 21 DAA, verificou-se efeito similar aos 14 DAA, contudo,
constatou-se que o tebuthiuron provocou a morte das plantas (Tabela 18).
Para a linhagem 870, verificou-se que os produtos que apresentaram maior
fitointoxicação foram hexazinona, clomazone e amicarbazone aos 7 DAA, além
destes, o tebuthiuron demonstrou nota média de fitointoxicação, quando
comparado com a testemunha, por meio da escala proposta pela EWRC(1964)
(Tabela 16). Aos 14 DAA verificou-se que os três produtos (hexazinona,
clomazone e amicarbazone) levaram as plantas à morte e o uso de tebuthiuron
demonstrou aumento da fitointoxicação, sendo este sintoma, considerado muito
52
forte (Tabela 17). Aos 21 DAA, observou-se que o uso desses produtos promoveu
a morte das plantas dessa linhagem (Tabela 18).
A cultivar IAC 505 foi mais sensível quando as plantas foram submetidas às
aplicações de hexazinona, amicarbazone e sulfentrazone aos 7 DAA, nessa
avaliação as plantas apresentaram fitointoxicação considerada média (Tabela 16).
Contudo, aos 14 DAA, observou-se que houve aumento da fitointoxicação com o
uso de hexazinona, amicarbazone, causando a morte das plantas, O sulfentrazone
apresentou recuperação aos 14 DAA, entretanto, o tebuthiuron apresentou forte
fitointoxicação, quando comparado com o tratamento testemunha (Tabela 17). Aos
21 DAA, além dos produtos que causaram a morte das plantas, o tebuthiuron
apresentou sintomas fitotóxicos muito forte, afetando assim, o desenvolvimento
das plantas (Tabela 18).
Aos 7 DAA, observou-se que os produtos hexazinona, tebuthiuron e
clomazone promoveram maior fitointoxicação para ‘IAC 503’ aos 7 DAA (Tabela
16). Aos 14 DAA, verificou-se que além desses três produtos, o uso de
amicarbazone, causou aumento muito forte da fitointoxicação (Tabela 17). Na
avaliação aos 21 DAA, observou-se que hexazinona e amicarbazone provocaram
a morte das plantas, enquanto, os produtos tebuthiuron e clomazone
apresentaram intoxicação altamente prejudicial ao desenvolvimento das plantas,
vale ressaltar que, se houvesse outra avaliação as plantas submetidas a esses
dois produtos, provavelmente também teriam provocado a morte das plantas
(Tabela 18).
53
Para ‘Granoleico’ aos 7 DAA (Tabela 16), observou-se que hexazinona e
tebuthiuron, apresentaram maior fitointoxicação, quando comparado com o
tratamento testemunha. Aos 14 DAA, constatou-se que o uso de hexazinona levou
as plantas à morte, enquanto, tebuthiuron e amicarbazone apresentaram
intoxicação muito forte nas plantas dessa cultivar (Tabela 17). Na Tabela 18,
observou-se que os três produtos (hexazinona, tebuthiuron e amicarbazone)
causaram a morte das plantas.
Comparando as cultivares para cada herbicidas aos 7 DAA, verificou-se
que o uso de 2,4-D, saflufenacil e S-metolachlor não causou danos severos de
fitointoxicação, não diferindo estatisticamente entre as cultivares. Para o
sulfentrazone observou-se que ‘IAC Tatu-ST’ foi mais afetada. O uso de
hexazinona apresentou os maiores valores de fitointoxicação para todas as
cultivares, contudo, ‘IAC Tatu-ST’ foi mais susceptível. O clomazone apresentou
maior fitointoxicação para a linhagem 870. O uso de tebuthiuron causou maiores
sintomas de intoxicação nas plantas de‘Granoleico’ e linhagem ‘870’. s maiores
índices de fitointoxicação causado pelo amicarbazone foram com‘IAC Tatu-ST’,
‘IAC 505’ e linhagem ‘870’ ( abela ).
54
Tabela 16.Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitointoxicação realizada aos 7 DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 2,50 DEFa 2,50CDEa 1,25 DEa 1,75 BCDa 2,25 DEa 2,38ns
Sulfentrazone 4,50 BCa 3,75 BCab 4,00 ABab 3,00 ABCb 4,25 BCab 2,68*
Hexazinona 6,50 Aa 6,25 Aab 5,00 Abc 4,50 Ac 6,25 Aab 6,42**
Clomazone 3,25 CDEb 6,25 Aa 3,50 ABCb 4,00 Ab 3,50 CDb 12,29**
Mesotrione 1,75 EFab 1,50 DEb 2,00 CDEab 1,25 Db 3,00 CDa 3,69**
Saflufenacil 2,75 DEa 2,75 CDa 2,75 BCDa 2,25 BCDa 3,25 CDa 1,01ns
Tebuthiuron 3,75 BCDbc 5,25 Aba 2,75 BCDc 4,25 Aab 5,50 Aba 10,21**
Imazapic 1,00 Fb 2,50 CDEa 1,25DEab 1,50 CDab 1,25 Eab 2,78*
S-metolachlor 1,75 EFa 2,00 DEa 1,00 Ea 1,25 Da 1,25Ea 1,37ns
Amicarbazone 5,00 ABa 5,75 Aa 5,00 Aa 3,25 ABb 3,50 CDb 9,36**
Testemunha 1,00 Fa 1,00 Ea 1,00 Ea 1,00 Da 1,00 Ea 0,00ns
F 24,69** 30,97** 18,92** 13,84** 23,67** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey, Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
55
Analisando o efeito de cada herbicida entre as cultivares para as avaliações
realizadas aos 14 e 21 DAA, observou-se que o uso de 2,4-D, hexazinona,
mesotrione, saflufenacil, tebuthiuron, amicarbazone e o tratamento testemunha,
não apresentaram diferença significativa entre as cultivares, demonstrando assim,
comportamento similar entre os genótipos. Para o sulfentrazone, constatou-se que
‘IAC Tatu-ST’ foi mais susceptível, demonstrando maior nota de fitointoxicação,
quando comparado com as demais cultivares. A linhagem 870 foi mais sensível ao
uso de clomazone e imazapic. Para o S-metolachlor, observou-se que entre os
genótipos, ’IAC 503’ foi mais prejudicada, sofrendo maior intoxicação nas plantas
(Tabelas 17 e 18).
56
Tabela 17. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitointoxicação
realizada aos 14 DAA.
Tratamentos Genótipos
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico F
2,4-D 2,00 CDa 3,00 Ca 1,75 DEa 2,00 EFa 2,25 DEFa 1,54 ns
Sulfentrazone 7,25 ABa 5,00 Bb 3,75 BCb 4,00 CDb 4,50 BCb 13,01**
Hexazinona 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 8,50 Aa 9,00 Aa 0,33 ns
Clomazone 6,00 Bbc 9,00 Aa 5,25 Bc 7,00 ABb 5,50 Bbc 15,47**
Mesotrione 2,75 CDa 2,00 CDa 2,50 CDEa 2,25 DEFa 3,00 CDEa 1,04 ns
Saflufenacil 3,25 Ca 2,50 CDa 3,50 BCDa 3,75 CDEa 4,00BCDa 2,20 ns
Tebuthiuron 8,50 Aa 8,25 Aa 7,75 Aa 8,25 Aa 8,50 Aa 1,37 ns
Imazapic 2,25 CDb 5,00 Ba 2,00 CDEb 2,00 EFb 2,25 DEFb 11,10**
S-metolachlor 3,00 Cb 3,50 BCb 2,25 CDEb 5,50 BCa 2,00 EFb 12,89**
Amicarbazone 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00Aa 8,75 Aa 8,75 Aa 0,12 ns
Testemunha 1,00 Da 1,00 Da 1,00 Ea 1,00 Fa 1,00 Fa 0,00 ns
F 63,14** 66,98** 58,57** 56,47** 57,41** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey, Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
57
Tabela 18. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para avaliação de fitointoxicação
realizada aos 21 DAA.
Tratamentos Genótipos
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico F
2,4-D 2,50 CDa 3,00 Ca 3,00 CDa 2,00 DEa 2,75 CDEa 1,06 ns
Sulfentrazone 7,25 ABa 5,75 Bab 4,50 BCb 4,25 BCb 4,50 BCb 9,70**
Hexazinona 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 0,00 ns
Clomazone 6,00 Bc 9,00 Aa 6,25 Bbc 7,75Aab 6,25 Bbc 10,15**
Mesotrione 2,50CDa 2,75CDa 2,50 DEa 1,75 DEa 3,00 CDa 1,33 ns
Saflufenacil 3,25 Ca 3,25 Ca 3,50 CDa 3,50 CDa 4,00CDa 0,57 ns
Tebuthiuron 9,00 Aa 9,00 Aa 8,25 Aa 8,75 Aa 9,00 Aa 0,65 ns
Imazapic 2,25 CDb 6,25 Ba 3,50 CDb 2,25 DEb 2,50DEb 17,60**
S-metolachlor 2,75 CDb 4,50 BCa 2,50 DEb 5,75 Ba 2,25 DEb 13,95**
Amicarbazone 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 9,00 Aa 0,00 ns
Testemunha 1,00 Da 1,00 Da 1,00 Ea 1,00 Ea 1,00 Ea 0,00 ns
F 59,74** 54,36** 49,27** 60,90** 54,38** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey, Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
58
4.2.2. Massa Seca
Comparando os herbicidas para cada cultivar e entre os genótipos para
cada herbicida, observou-se que hexazinona, tebuthiuron e amicarbazone
causaram a morte das plantas de todos os genótipos estudados, dessa forma, não
houve plantas para avaliara massa seca da raiz, parte aérea e total. Contudo,
abaixo são mencionados os efeitos de outros herbicidas sob os caracteres
morfológicos das plantas da cultura do amendoim.
Para a massa seca radicular, observou-se que todos os produtos, exceto
2,4-D promoveram redução de‘IAC Tatu-ST’. Comparando os produtos para ‘IAC
505’ e ‘IAC 503’, verificou-se que todos os produtos reduziram a massa seca em
relação à testemunha, com exceção do S-metolachlor e
mesotrione,respectivamente. Para a linhagem 870, verificou-se que todos os
produtos causaram redução na massa seca, quando comparado com a
testemunha. Para ‘Granoleico’, além dos produtos que promoveram a morte das
plantas, o clomazone foi o único que apresentou redução na massa seca
radicular.Analisando a interação de cada herbicida entre as cultivares, observou-
se que o 2,4-D e saflufenacil promoveram redução de todos os genótipos, quando
comparado com ‘IAC Tatu-ST’. O sulfentrazone, clomazone, imazapic e S-
metolachlor apresentaram maior redução para a linhagem 870, ‘IAC 503’ e
‘Granoleico’. O mesotrione promoveu redução em todos os genótipos, quando
comparado com ‘IAC 503’ (Tabela 19).
59
Tabela 19. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para a massa se ca radicular de
genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados em pós-emergência
aos 21 DAA.
Tratamentos Genótipos
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico F
2,4-D 4,01 Aa 1,34 BCc 1,58 Dc 2,33 Bb 1,02 ABc 55.49**
Sulfentrazone 1,99 Ca 1,04 BCb 1,94 CDa 2,35 Ba 1,31 ABb 11.15**
Hexazinona 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ca 0.00 ns
Clomazone 1,86 Ca 0,84 Cbc 1,26 Dab 1,12 Dbc 0,59 BCc 8.94**
Mesotrione 2,31 BCb 1,61 Bc 2,69 Bb 3,77 Aa 1,03 ABc 42.72**
Saflufenacil 3,03 Ba 0,91 BCb 1,43 Db 1,49 CDb 0,98 ABb 28.61**
Tebuthiuron 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ca 0.00 ns
Imazapic 3,02 Ba 0,85 Cd 2,66 BCab 2,37 Bb 1,53 Ac 30.32**
S-metolachlor 2,87 Ba 1,25 BCb 3,27 ABa 1,23 Db 1,38 Ab 38.14**
Amicarbazone 0,00 Da 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Ea 0,00 Ca 0.00 ns
Testemunha 4,03 Aa 2,48 Ac 3,49 Aa 3,17 Ab 1,37 Ad 25.65**
F 78.05** 22.41** 64.40** 57.25** 13.75** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
60
Para a massa seca da parte aérea, observou-se que todos os produtos,
com exceção do 2,4-D, promoveram redução de peso na ‘IAC Tatu-ST’. Já na
linhagem 870, todos os produtos promoveram diminuição da massa seca, exceto o
clomazone quando comparados à testemunha. Analisando ‘IAC 505’, os únicos
produtos que não provocaram redução de massa foram mesotrione e S-
metolachlor. Para ‘IAC 503’, os produtos aplicados provocaram diminuição de
peso, exceto o mesotrione. Para ‘Granoleico’, os produtos que não
provocaramredução de massa seca quando comparados à testemunha foram 2,4-
D, sulfentrazone, saflufenacil, imazapic e S-metolachlor. Comparando o efeito de
cada herbicida entre os genótipos, observou-se que o 2,4-D provocou redução da
massa seca de todas os genótipos quando comparados com‘IAC Tatu-ST’.
Analisando sulfentrazone, mesotrione e S-metolachlor, pode-se dizer que todos os
genótipos utilizados apresentaram menor peso em comparação com ‘IAC 505’.
Para o clomazone, todas as cultivares tiveram redução de massa quando
comparadas à linhagem 870. Saflufenacil e imazapiccausaram redução da massa
seca de‘IAC 503’,‘Granoleico’ e linhagem 870 quando comparadas à ‘IAC Tatu-ST’
e ‘IAC 505’ (Tabela 20).
61
Tabela 20. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para a massa seca da parte aérea
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pós-emergência aos 21
DAA.
Tratamentos Genótipos
F IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 4,89 Aa 2,30 BCDb 2,46 Cb 2,39 BCb 2,34 Ab 40.68**
Sulfentrazone 2,27 Ebc 2,02 CDc 4,02 Ba 2,95 Bb 2,42 Abc 20.13**
Hexazinona 0,00 Fa 0,00 Ea 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Da 0.00 ns
Clomazone 2,56 Eb 4,00 Aa 2,41 Cb 1,94 CDbc 1,36 Cc 31.01**
Mesotrione 2,96 CDEc 1,94 CDd 5,17 Aa 3,77 Ab 1,46 BCd 70.32**
Saflufenacil 3,77 BCa 2,43 BCDb 3,16 Ca 1,48 Dc 1,97 ABCbc 26.91**
Tebuthiuron 0,00 Fa 0,00 Ea 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Da 0.00 ns
Imazapic 3,58 BCDa 1,64 Dc 3,00 Cab 2,54 BCb 1,69 ABCc 22.45**
S-metolachlor 2,90 DEb 2,59 BCbc 5,83 Aa 1,43 Dd 2,12 ABCc 91.61**
Amicarbazone 0,00 Fa 0,00 Ea 0,00 Da 0,00 Ea 0,00 Da 0.00 ns
Testemunha 4,83 Aa 3,97 Ab 5,42 Aa 3,73 Ab 2,27 ABc 59.91**
F 96.06** 56.20** 150.77** 51.45** 30.40** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
62
4.2.3. Morfologia
Comparando os herbicidas para cada cultivar e entre os genótipos para
cada herbicida, observou-se que hexazinona, tebuthiuron e amicarbazone
causaram a morte das plantas de todos os genótipos estudados, dessa forma, não
houve plantas para avaliar os parâmetros morfológicos. Para a linhagem 870 o
clomazone também promoveu a morte das plantas. Contudo, nas tabelas abaixo
são mencionados os efeitos de outros herbicidas sob os caracteres morfológicos
das plantas da cultura do amendoim.
Entre os herbicidas para cada cultivar, observou-se que os produtos
mesotrione, saflufenacil, imazapic e S-metolachlor não apresentaram diferença
significativa em relação ao comprimento da haste principal. Os demais produtos
apresentaram interferência no desenvolvimento de‘IAC Tatu-ST’, quando
comparado com à testemunha. Para as outras cultivares, além dos produtos que
causaram a morte das plantas, não se constatou diferença significativa.
Comparando os genótipos para cada herbicida, observou-se que todos os
tratamentos apresentaram menor desenvolvimento da haste principal (altura),
quando comparado com ‘IAC Tatu-ST’ (Tabela 22).
63
Tabela 22. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento da haste
principal de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados em pós-
emergência aos 21 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 22,00 BCDa 8,50 Ab 8,33 Ab 7,67 Ab 10,75 Ab 22,71**
Sulfentrazone 16,50 Da 11,17 Ab 9,83 Ab 8,67 Ab 12,58 Aab 5,78**
Hexazinona 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Clomazone 20,50 Cda 0,00 Bc 9,17 Ab 8,00 Ab 8,67 Ab 33,63**
Mesotrione 28,25 Aa 10,83 Ab 10,83 Ab 9,42 Ab 11,33 Ab 39,46**
Saflufenacil 25,83 ABCa 10,33 Ab 8,83 Ab 9,00 Ab 9,75 Ab 33,85**
Tebuthiuron 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Imazapic 25,83 ABCa 11,25 Ab 9,00 Ab 8,33 Ab 12,67 Ab 32,17**
S-metolachlor 27,50 ABa 11,08 Ab 9,00 Ab 9,67 Ab 10,17 Ab 38,95**
Amicarbazone 0,00 Ea 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Testemunha 23,17 ABCa 10,92 Ab 9,33 Ab 10,42 Ab 10,33 Ab 21,18 **
F 83,88** 18,27** 12,09** 11,22** 16,77** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
64
Na comparação entre os herbicidas para cada genótipo, observou-se que
os produtos sulfentrazone, clomazone, imazapic e S-metolachlor promoveram
menor comprimento dos ramos de‘IAC Tatu-ST’. Para ‘IAC 505’ e linhagem 870,
observou-se redução significativa quando realizou-se aplicação de 2,4-D,
clomazone e imazapic. ‘IAC 503’ apresentou menor desenvolvimento com a
aplicação de 2,4-D e clomazone. Para ‘Granoleico’, o clomazone foi prejudicial,
afetando assim, seu desenvolvimento. Comparando cada herbicida entre os
genótipos, observou-se redução no comprimento dos ramos primários para os
tratamentos com 2,4-D, mesotrione, saflufenacil e sem aplicação (testemunha)
quando comparou-se os genótipos com ‘IAC Tatu-ST’ (Tabela 23).
65
Tabela 23. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento do ramo mais
desenvolvido de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas em pós-
emergência aos 21 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 19,00 Aa 10,92 Bb 11,50 Bb 9,75 Bb 10,50 ABb 15,27**
Sulfentrazone 7,00 Db 14,00 ABa 12,17 Ba 10,83 ABa 11,33 ABa 7,07**
Hexazinona 0,00 Ea 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Clomazone 10,17 CDa 0,00 Cb 12,17 Ba 9,33 Ba 9,33 Ba 23,88**
Mesotrione 19,67 Aa 14,83 ABb 13,83 ABb 14,92 Ab 12,00 ABb 8,59**
Saflufenacil 16,50 ABa 12,50 ABb 12,83 ABab 11,75 ABb 10,17 ABb 5,82**
Tebuthiuron 0,00 Ea 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Imazapic 13,83 BCa 10,83 Ba 12,00 Ba 12,50 ABa 14,33 Aa 2,13 ns
S-metolachlor 12,83 BCab 15,83 Aa 14,33 ABab 10,58 ABb 11,67 ABb 4,66 **
Amicarbazone 0,00 Ea 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Testemunha 20,67 Aa 16,17 Abc 16,83 ABb 11,92 ABd 12,83 ABcd 13,01**
F 69,84** 53,31** 42,96** 32,89** 32,82** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
66
Entre os herbicidas para cada cultivar (Tabela 24), verificou-se que todos os
produtos, com exceção do 2,4-D e S-metolachlor promoveram menor número de
ramos primários para ‘IAC Tatu-ST’. Para a linhagem 870, ‘IAC 503’ e ‘IAC 505’,
observou-se que além dos produtos que causaram a morte das plantas, o
clomazone também foi prejudicial e promoveu redução no número de ramos
primários. Para ‘Granoleico’, verificou-se que todos os produtos, com exceção do
sulfentrazone e saflufenacil reduziram o número de ramos primários, em relação à
testemunha. Comparando cada herbicida entre os genótipos, verificou-se que o
sulfentrazone, mesotrione e a testemunha promoveram menor número de ramos
primários. O ‘Granoleico’ foi o mais afetado pelo uso de 2,4-D. Com exceção
de‘IAC 503’ e ‘Granoleico’, verificou-se redução no número de ramos, quando os
genótipos foram submetidos ao uso de clomazone. Para imazapic e S-metolachlor,
observou-se que ‘IAC Tatu-ST’ e ‘Granoleico’ foram os mais afetados e, o uso de
saflufenacil afetou quase todos os genótipos, exceto a linhagem 870 e
‘Granoleico’.
67
Tabela 24. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o número de ramos primários
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados em pós-
emergência aos 21 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 4,67 Aa 5,00 Aa 5,17 ABa 4,33 Aab 3,50 Bb 5,72**
Sulfentrazone 1,50 Cb 4,50 Aa 4,83 ABa 4,00 ABa 4,67 ABa 24,88**
Hexazinona 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Clomazone 2,50 BCb 0,00 Bc 4,17 Ba 3,00 Bb 3,50 Bab 33,40**
Mesotrione 3,17 Bb 4,67 Aa 4,50 ABa 4,83 Aa 4,17 Bab 5,76**
Saflufenacil 3,33 Bc 4,83 Aab 4,17 Bbc 4,00 ABbc 5,50 Aa 9,00**
Tebuthiuron 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Imazapic 3,17 Bc 4,83 Aab 5,67 Aa 4,50 Ab 4,00 Bbc 11,40**
S-metolachlor 3,50 ABc 4,67 Aab 5,33 ABa 4,00 ABbc 3,83 Bbc 7,03**
Amicarbazone 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 Ca 0,00 ns
Testemunha 3,50 ABb 4,83 Aa 4,67 ABa 4,67 Aa 4,69 ABa 4,19**
F 36,19** 75,89** 68,99** 52,66** 53,21** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
68
Para o número de nós, na comparação entre herbicidas para cada cultivar,
verificou-se que para ‘IAC Tatu-ST’, o uso de sulfentrazone e clomazone
promoveram menor número de nós, quando comparados com a testemunha. Para
a linhagem 870 não houve diferença estatística entre os tratamentos, além
daqueles que promoveram a morte das plantas. Para ‘IAC 505’, observou-se que
2,4-D, clomazone e saflufenacil, reduziram o número de nós das plantas. Para
‘IAC 503’ e ‘Granoleico’, com exceção os tratamentos que causaram a morte das
plantas, não se verificou diferença significativa, em relação ao tratamento da
testemunha. Comparando cada herbicida entre os genótipos, constatou-se que
sulfentrazone promoveu menor número de nós de ‘IAC Tatu-ST’ e ‘Granoleico’, em
relação às demais. A linhagem 870, foi mais sensível ao uso de clomazone e, ‘IAC
Tatu-S ’ e ‘IAC 503’ foram mais afetadas pelo S-metolachlor, em relação aos
demais genótipos (Tabela 25).
69
Tabela 25. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o número de nós primários
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados em pós-
emergência aos 21 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 6,67 Aa 6,17 Aa 5,33 Ca 6,00 Aa 5,67 Aa 1,33 ns
Sulfentrazone 3,00 Cc 7,50 Aab 8,00 Aa 7,17 Aab 5,83 Ab 20,98**
Hexazinona 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Clomazone 4,17 BCa 0,00 Bb 4,83 Ca 5,17 Aa 5,50 Aa 26,32**
Mesotrione 5,83 ABa 6,33 Aa 6,83 ABCa 6,67 Aa 5,17 Aa 2,38 ns
Saflufenacil 5,83 ABa 6,50 Aa 5,67 BCa 5,83 Aa 5,83 Aa 0,55 ns
Tebuthiuron 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Imazapic 6,83 Aa 6,17 Aa 6,17 ABCa 6,83 Aa 6,00 Aa 0,84 ns
S-metolachlor 5,50 ABb 7,67 Aa 7,50 ABa 5,17 Ab 6,00 Aab 6,87**
Amicarbazone 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ba 0,00 Ba 0,00 ns
Testemunha 6,67 Aa 7,17 Aa 6,33 ABCa 6,00 Aa 6,17 Aa 1,11 ns
F 41,58** 62,04** 49,57** 44,12** 38,03** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
70
A interação entre herbicidas para cada genótipo mostrou que para ‘IAC
Tatu-ST’ e ‘IAC 505’, todos os produtos com exceção do sulfentrazone,
clomazone, imazapic e S-metolachlor promoveram redução no comprimento dos
entrenós. Para ‘IAC 503’, 2,4-D e sulfentrazone promoveram maior redução e,
para ‘Granoleico’ essa redução ocorreu quando as plantas foram submetidas a
aplicação de 2,4-D, sulfentrazone, clomazone e saflufenacil. Observando a
interação dos produtos entre os genótipos, verificou-se que o uso de 2,4-D,
clomazone e mesotrione afetaram todos os genótipos, quando comparados com
‘IAC Tatu-ST’. Clomazone e imazapic promoveram menor comprimento dos
entrenós da linhagem 870 e ‘IAC 503’. O uso de sulfentrazone proporcionou
redução em‘IAC Tatu-ST’, quando comparado com os demais genótipos (Tabela
26).
71
Tabela 26. Desdobramento referente à interação entre cultivares versus produtos para o comprimento dos entrenós
de genótipos de amendoim submetidos a diferentes tratamentos herbicidas aplicados em pós-
emergência aos 21 DAA.
Tratamentos
Genótipos F
IAC Tatu-ST Linhagem 870 IAC 505 IAC 503 Granoleico
2,4-D 1,72 ABCa 1,32 Abc 1,47 ABb 1,27 Bc 1,37 BCbc 13.75**
Sulfentrazone 1,00 Eb 1,37 Aa 1,24 Ca 1,23 Ba 1,38 BCa 10.33**
Hexazinona 0,00 Fa 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Da 0.00 ns
Clomazone 1,55 BCDa 0,00 Bc 1,58 ABa 1,36 ABb 1,31 Cb 195.61**
Mesotrione 1,83 Aa 1,54 Abc 1,42 ABCc 1,50 Abc 1,61 Ab 11.21**
Saflufenacil 1,68 ABCa 1,39 Ab 1,50 ABab 1,42 ABb 1,32 Cb 8.75**
Tebuthiuron 0,00 Fa 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Da 0.00 ns
Imazapic 1,43 Dab 1,33 Ab 1,39 BCab 1,36 ABb 1,55 ABa 3.31*
S-metolachlor 1,53 CDa 1,44 Aa 1,38 BCa 1,43 ABa 1,39 ABCa 1.57 ns
Amicarbazone 0,00 Fa 0,00 Ba 0,00 Da 0,00 Ca 0,00 Da 0.00 ns
Testemunha 1,76 ABa 1,50 Abc 1,64 Aab 1,41 ABc 1,44 ABCc 9.61**
F 261.21** 230.00** 211.82** 186.94** 201.88** -------
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey. Pelo teste F, ** significativo a 1% e * significativo a 5% de probabilidade,
ns não significativo.
72
5. DISCUSSÃO
Luvezuti (2006), ao avaliar a seletividade de herbicidas em pré e pós-
emergência para o amendoim ‘IAC Runner 886’, obteve baixa fitotoxicidade do
imazapic em pré e pós-emergência (25,53% e 24,53%, respectivamente). Esse
resultadocorrobora a informação obtida no presente trabalho. Os sintomas de
fitointoxicação observados para o imazapic em pré-emergência foram má
formação e encarquilhamento de algumas folhas das plantas de amendoim.
Por outro lado, Azania et al. (2004), trabalhando com as cultivares Tatu
vermelho e IAC 5 utilizando o mesmo produto em pré-emergência, constataram
que em sobre palha de cana-de-açúcar ou não, nas doses de 150 e 210 g p.c.ha-
1ocorreram injúrias nas plantas de amendoim de ambas as cultivares. Esse
resultado contrapõe o que foi observado no presente trabalho, mas pode ser
73
justificado principalmentepelo fato de serem outras cultivares e por se tratar de
diferentes condições climáticas.
Richhburg et al. (1996), estudando a fitotoxicidade de imazapic,
constataram que a aplicação de 150 g p.c. ha-1 em pós-emergência não provoca
sintomas de intoxicação, mas pode reduzir em até 15% a produtividade da cultura
quando aplicado em pré-emergência. Resultados semelhantes foram obtidos por
Mattos (2004) que observou redução de tamanho das plantas de amendoim
quando comparadas à aplicação em pós-emergência.
O produto 2,4-D também foi testado por Luvezuti (2006) em mistura com
trifluralina (em pré e pós-emergência) e resultou em murcha das plantas de
amendoim, fato justificado pela presença de 2,4-D. No presente trabalho, foi
observado fato semelhante nas plantas de amendoim tratadas com esse produto,
mas além do murchamento, houve epinastia em todas as cultivares. Os sintomas
apresentados são justificados da seguinte maneira: após ser absorvido e
translocado, esse produto concentra-se nas raízes, bloqueando o transporte de
água e nutrientes para outras partes da planta (2,4-D: FACT SHEET, 2000).
Segundo Sanchez (1986), o herbicida tebuthiuron é utilizado comumente na
cultura de cana-de-açúcar, mas sua utilização em áreas de reforma de canavial,
principalmente com a cultura do amendoim, pode provocar efeitos de
fitointoxicação, mesmo não aplicando diretamente na cultura, ou seja, resíduos de
produto no solo podem provocar sintomas como clorose nas folhas
predominantemente internerval, seguida de necrose e secamento das folhas. No
74
presente experimento,puderam ser observadosesses sintomascom a dose de 2,00
L ha-1 e, em sequência do processo de intoxicação, as plantas morreram.
O efeito do hexazinona, segundo Baumann et al. (1999) é semelhante ao
do tebuthiuron, sendo que ambos atuam inibindo a fotossíntese. Em aplicações de
pré-emergência ou injúrias causadas por deriva ou por carry over, os sintomas
relatados são clorose ou amarelecimento nas nervuras e entre elas (intranerval e
internerval) e / ou amarelecimento das margens foliares, que podem chegar a
necrosar. Em pós-emergência, os sintomas são amarelecimento das folhas ou
bronzeamento, podendo chegar ao aspecto de queimadura. Durante o decorrer do
experimento, pode ser observado que para a dose utilizada (2,50 kg ha-1) todas as
características citadas se manifestaram e, ao final do experimento, as plantas não
resistiram e morreram.
Um produto utilizado no experimento que possui como modo de ação a
inibição do pigmento fotossintético é o clomazone. Segundo Baumann et al.
(1999), sintoma característico desse produto é o desenvolvimento de folhas com
coloração branca e estruturas albinas. Esta coloração branca se faz presente na
parte internerval das folhas. Na pesquisa realizada o branqueamento das folhas e
outras partes da planta pode ser notado em todas as cultivares, tanto com a
aplicação em pré como em pós-emergência.
75
6. CONCLUSÕES
Os produtos hexazinone, tebuthiuron e amicarbazone, pré e pós-
emergência, não são seletivos para os genótipos de amendoim IAC Tatu-ST,
linhagem 870, IAC 505, IAC 503 e Granoleico.
76
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8. APÊNDICE
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