seleção de medicamentos e insumos farmacêuticos · ¾ seleção e padronização de medicamentos...

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Seleção de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos

DIRETORIA GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DE PERNAMBUCO GERÊNCIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

COORDENAÇÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AMBULATORIAL COORDENAÇÃO DA GARANTIA DA QUALIDADE

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Equipe

Mário Moreira – Diretoria Geral da Assistência Farmacêutica de Pernambuco Selma Lopes – Gerência de Operacionalização da Política da Assistência Farmacêutica Conceição Freitas – Coordenação de Assistência Farmacêutica Ambulatorial Flávio Lago – Coordenação da Garantia da Qualidade Mônica Souza – Edição

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Objetivo.........................................................................................................................

Apresentação.................................................................................................................

Tecnologia em Saúde.....................................................................................................

Avaliação de Tecnologia em Saúde................................................................................

Farmacoeconomia.........................................................................................................

Seleção de Medicamentos – Conceito, Objetivos e enefícios......................................

Medicamentos Essenciais – RENAME, REESME e REMUME.........................................

Comissão de Farmácia e Terapêutica – Organização da REMUME, Critérios e Anexos

ao Documento...............................................................................................................

Depoimentos Farmacêuticos.........................................................................................

Referências....................................................................................................................

Índice

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Material digital produzido com a finalidade de orientar farmacêuticos da atenção primária à saúde na formulação da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME).

Objetivo

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Vamos analisar a possibilidade de

incorporar um novo medicamento na nossa REMUME?

Este medicamento faz parte do CBAF

na RENAME?

Qual o impacto financeiro na

aquisição deste novo produto?

Este novo medicamento é

seguro e efetivo? Existem evidências que justifiquem?

Precisamos de uma melhor fundamentação

para o gestor poder tomar a decisão.

Qual a justificativa para incorporação?

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Quantos questionamentos! Olá pessoal, neste módulo abordaremos uma das etapas do Ciclo da Assistência Farmacêutica: a SELEÇÃO. Mas antes precisamos compreender alguns conceitos importantes, tais como: tecnologia em saúde, avaliação de tecnologia em saúde e farmacoeconomia que serão fundamentais para uma escolha adequada dos medicamentos que deverão está disponíveis em seu município.

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São todas as formas de conhecimento que podem ser aplicadas para a solução ou a redução dos problemas de saúde de indivíduos ou populações.

PANERAI;PEÑA-MOHOR, 1989.

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Processo contínuo de avaliação que visa ao estudo sistemático das consequências tanto a curto quanto a longo prazo da utilização de uma determinada tecnologia ou de um grupo de tecnologias ou de um tema relacionado à tecnologia.

PANERAI;PEÑA-MOHOR, 1989.

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O arsenal de intervenções na saúde é vasto, sendo continuamente ampliado com novos medicamentos, equipamentos , artigos e procedimentos médicos.

Avaliação de Tecnologias em Saúde – MS, 2009

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Idealmente, as inovações em saúde deveriam ser mais efetivas e seguras. Contudo, a literatura científica ilustra explicitamente que esse nem sempre é o caso. De fato, anualmente são lançadas e divulgadas no mercado inúmeras tecnologias novas, muitas das quais são inefetivas, igualmente efetivas (comparadas as já usadas) ou, ainda, cuja efetividade é minimamente superior à efetividade das tecnologias tradicionais. Em outras palavras, o ovo , inúmeras vezes, não é superior quando comparado ao que já utilizamos no cuidado em saúde.

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Muitas das novas tecnologias têm um perfil de segurança inferior, o que invariavelmente põe em questão a sua adoção em larga escala, especialmente em sistemas universais de saúde, como o do Brasil. Exemplos clássicos de tecnologias inicialmente promissoras, mas retiradas do mercado por questões de segurança, são os anti-inflamatórios não esteroidais rofecoxibe e valdecoxibe. Exemplos de tecnologias retiradas do mercado por ausência de efetividade são os fármacos gemtuzumabe ozogamicina (para tratamento de leucemias) e drotrecogina alfa (para manejo de sepse).

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Descrição e análise dos custos da terapia farmacêutica aplicada ao sistema de assistência à saúde e à sociedade como um todo, buscando identificar, medir e comparar os custos e as consequências de produtos farmacêuticos e serviços.

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Seleção e padronização de medicamentos para hospitais e serviços de saúde.

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Uma lista de medicamentos é a chave de todas as outras etapas e o primeiro passo para a promoção do uso racional de medicamentos (MSH,1981).

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Olha farmacêutico, preciso que você prepare a lista de medicamentos do nosso município! Mas tenha cuidado: os recursos são escassos!

EU? Sozinho? Vou ver o que consigo fazer!

FARMACÊUTICO SECRETÁRIO DE SAÚDE

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A SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS é um processo contínuo, multidisciplinar e participativo que deve desenvolver-se baseado na eficácia, segurança, qualidade e custo dos medicamentos a fim de assegurar o uso racional dos mesmos.

(ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 1987)

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Promover o uso racional de medicamentos e assegurar o acesso à medicamentos seguros, efetivos e com qualidade; Diminuição dos custos do tratamento; Maior controle do uso dos medicamentos e promover estudos de utilização de medicamentos; Seleção de medicamentos: critérios científicos e econômicos; Padronizar condutas terapêuticas com base em evidências científicas; Desenvolver mecanismos de gestão de risco que assegurem um aumento da segurança e

eficiência do plano terapêutico e garantam qualidade na assistência.

Objetivos da seleção de medicamentos

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Benefícios da lista de medicamentos, resultantes de um processo de seleção bem conduzido: Maior eficiência no gerenciamento dos serviços farmacêuticos; Racionaliza custos otimiza recursos, inclusive recursos humanos; Facilita o estabelecimento e ações educativas para prescritores, dispensadores e usuários com possibilidade de diminuição de erros e melhoria dos resultados dos tratamentos; Permite a uniformização de condutas; Melhora a qualidade de informação sobre o medicamento e facilita o fluxo de informação; Propicia melhores condições para a prática da farmacovigilância; Contribui para a promoção do uso racional de medicamentos.

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Cada município possui a prerrogativa de determinar quais os medicamentos serão selecionados para compor o seu elenco, com base na situação epidemiológica; nas melhores evidências em saúde; nas prioridades definidas pela gestão; nos recursos financeiros disponibilizados para esta finalidade; e na oferta de serviços de saúde.

A seleção de medicamentos é um processo que culmina na escolha de medicamentos a serem utilizados na assistência à saúde de determinada instituição ou serviço, com base em critérios farmacoepidemiológicos e farmacoeconômicos predefinidos (PERINI, 2003).

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Portanto, é importante que o farmacêutico conheça dados do município, tais como: • População, conforme IBGE • Perfil Epidemiológico • Organização sanitária • N° Unidade de Saúde da Família (USF) e número de equipes de saúde (ESF) • N° de profissionais por especialidade

A adoção de relação de medicamentos essenciais é uma das diretrizes definidas na Política Nacional de Medicamentos, sendo de responsabilidade do gestor municipal a definição da relação municipal de medicamentos essenciais, com base na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), a partir das necessidades decorrentes do perfil nosológico da população.

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Medicamentos Essenciais - servem para atender as necessidades de assistência à saúde da maioria da população; portanto, estes produtos devem estar disponíveis em qualquer momento, nas quantidades adequadas e nas formas farmacêuticas que sejam requeridas.

Listas de medicamentos: • No âmbito mundial – Comitê de Seleção e Uso de Medicamentos da Organização Mundial de Saúde. • No âmbito nacional – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Elabora a RENAME. • Estados e municípios – Utiliza a RENAME como norteador.

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A resolução CIT n°1/2012 traz que os estados e municípios podem definir medicamentos de forma suplementar à RENAME para atendimento de situações epidemiológicas específicas, respeitadas as responsabilidades dos entes federativos, conforme análise e recomendação da CONITEC.

O elenco da RENAME é estruturado da seguinte forma: • I – Relação de medicamentos do componente básico da assistência farmacêutica; • II - Relação de medicamentos do componente estratégico da assistência farmacêutica; • III - Relação de medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica; • IV - Relação Nacional de Insumos; e • V – Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar.

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Os medicamentos utilizados na Atenção Básica são os constantes da Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, acrescidos ou não de medicamentos selecionados pelos municípios em atenção à suplementaridade disposta nos incisos II e III do art. 19-P da Lei n°12.401/2011.

A seleção de medicamentos depende de dados epidemiológicos e da construção prévia de um perfil da população, que inclua faixa etária, sexo, atividade econômica, morbidade e mortalidade.

Deve levar também em conta as condições de organização dos serviços de saúde, a capacitação e experiência dos profissionais, a qualidade dos medicamentos registrados e disponibilizados no país e, ainda, os recursos financeiros para a saúde.

Observar a apresentação de uso mais racional, baseado em sua disponibilidade no mercado; número de fabricantes; custo; comodiade de administração; possibilidade de fracionamento das doses; e uso em diferentes faixas etárias, como idosos e crianças.

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REESME – Em 2015 a Diretoria Geral de Assistência Farmacêutica de Pernambuco (DGAF/PE) elaborou sua Relação Estadual de Medicamentos (REESME-PE) – versão ambulatorial com atualização em 2017. Este documento descreve todos os medicamentos, eletrólitos e insumos padronizados no âmbito da Secretaria Estadual de saúde de Pernambuco. As informações sobre os medicamentos foram descritas de modo a facilitar a consulta por equipes de profissionais da saúde e pela população em geral.

Disponíveis no Portal da DGAF/SES/PE – farmacia.saude.pe.gov.br

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Seu município já dispõe de uma padronização de medicamentos essenciais? A REMUME (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) é necessária para o bom planejamento das programações e aquisições e fundamental para o acesso aos medicamentos à população quando disponibilizada para os profissionais de saúde do território. Estruture e oficialize a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) no seu município para que a seleção de medicamentos seja coerente com as necessidades da população. A RENAME é a relação norteadora para esta etapa de escolha de medicamentos e insumos farmacêuticos.

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Vejam como é complexo o processo de escolha dos medicamentos e insumos de um município. Esta responsabilidade não é apenas do farmacêutico. Há uma necessidade de instituir á nível municipal uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT). A CFT tem como objetivo a promoção do uso racional de medicamentos.

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As CFT são instâncias responsáveis pela avaliação do uso clínico dos medicamentos, desenvolvendo políticas para gerenciar o uso, a administração e o sistema de seleção. Como um foro para avaliar e discutir todos os aspectos do tratamento medicamentoso, elas orientam os departamentos médicos, de enfermagem, administrativos e de farmácia sobre temas relacionados a medicamentos.

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As principais funções das Comissões de Farmácia e Terapêutica são: Avaliar e selecionar medicamentos para a padronização e promover sua revisão periódica. Isto inclui o desenvolvimento de critérios rigorosos, baseados em evidências, para a seleção de medicamentos, considerando a eficácia, segurança, qualidade e custo; Avaliar a utilização dos medicamentos para identificar problemas potenciais; Promover e realizar intervenções efetivas para melhorar a utilização de medicamentos (incluindo métodos educativos, gerenciais e normativos).

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Seleção: a escolha dos medicamentos básicos pelos municípios se dá através da RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – e diante desta definição a AF municipal deve divulgar sua padronização para gestores, profissionais da saúde e população do território no nível de atenção primária à saúde. Esta seleção deve ser revisada permanentemente pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) instituída no município.

CFT - responsáveis pela avaliação do uso clínico dos medicamentos, desenvolvendo políticas para gerenciar o uso, a administração e o sistema de seleção.

Esses recursos devem ser aplicados no custeio dos medicamentos destinados aos agravos prevalentes e prioritários da Atenção Básica, presentes na RENAME vigente nos anexos I e IV.

A REMUME é a Relação municipal de medicamentos essenciais, definidas pela CFT do município utilizando a RENAME como norteador.

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Composição de uma COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA – Deve ser, preferentemente, multiprofissional e multidisciplinar. A saúde baseada em evidências, aliada à vivência prática, à experiência profissional e a conhecimentos técnicos, como de farmacologia clínica, de farmacotécnica, de vigilância em saúde, de economia e de avaliação de tecnologias em saúde, é fundamental para o processo de análise e de decisão para selecionar um fármaco.

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Organização da Lista - REMUME

Classificação por classe farmacológica (anti-inflamatórios não esteróides, antidepressivos,

outros)

Disponibilidade de acordo com a oferta do serviço no município (USF / Policlínicas / unidades de

urgência / CAPS / outros)

Disponibilidade quanto a responsabilidade do gestor (federal, estadual ou municipal)

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Selecionar medicamentos baseados em eficácia e segurança comprovada, conveniência, custo-tratamento. Padronizar medicamentos pelo nome do princípio ativo: Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a Denominação Comum Internacional (DCI). Escolher, preferencialmente, substâncias com um único princípio ativo. Só aceitar associações de fármacos que apresentem significativa vantagem terapêutica sobre o uso dos produtos isolados. Escolher medicamentos com propriedades farmacocinéticas mais favoráveis, permitindo maior comodidade na administração e que resultem em melhor adesão ao tratamento.

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Forma farmacêutica que proporcione maior flexibilidade posológica, menor toxicidade relativa e maior comodidade ao usuário. Escolher entre os medicamentos de mesma ação farmacológica, categoria química ou característica farmacocinética, o que apresente maior vantagem terapêutica. Medicamentos com melhor relação custo-efetividade. Evitar inclusão de número excessivos de medicamentos. Evitar inclusão de associações.

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Formulário para inclusão e exclusão de medicamentos; Informações a respeito de estabilidade dos medicamentos selecionados, conservação, legislação pertinente, outros; Critérios utilizados na seleção; Normas e procedimentos para prescrição/dispensação; Normas de funcionamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica.

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"A implantação da REMUME tende a incrementar a qualidade da prescrição, além de facilitar o processo de escolha

do medicamento e da dispensação, favorecendo o uso racional de medicamentos."

Maurilúcio Apolinário – Farmacêutico do município de Ipojuca que implantou em 2016 a REMUME municipal.

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"A importância da REMUME é mais ampla do que aparenta simplesmente uma lista de medicamentos

padronizados. Assim como a RENAME e a REESME, a REMUME cumpre um papel estratégico nas políticas de saúde, auxiliando a

organização das etapas de aquisição, distribuição, prescrição e dispensação, contribuindo para a promoção do acesso aos medicamentos, sua utilização racional e o fortalecimento da Assistência Farmacêutica no âmbito municipal. Sendo,

portanto, uma conquista do SUS e da sociedade."

Evanilson Alves – Coordenação de Farmácia e Terapêutica da Diretoria Geral de Assistência Farmacêutica de Pernambuco (CFT/DGAF/PE).

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O Brasil é u dos aiores ercados farmacêuticos do mundo, com uma parcela da população

com dificuldades no acesso aos medicamentos, enquanto outros utilizando-os de forma irracional. A RENAME é um importante

instrumento para nortear a gestão da assistência farmacêutica subsidiando os municípios na seleção e na aquisição de medicamentos

baseados na melhor evidência disponível. Estes têm elaborado suas listas de medicamentos essenciais, incluindo a atenção ambulatorial

e hospitalar, respeitando as normas que definem os elencos e a pactuação de responsabilidades entre os entes

federativos.

Conceição Freitas – Coordenação de Assistência Farmacêutica Ambulatorial da Diretoria Geral de Assistência Farmacêutica de Pernambuco (CAFA/DGAF).

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Com este módulo apresentamos uma etapa crucial para o acesso de medicamentos de forma racional - a seleção - visando a garantia do abastecimento de medicamentos sob responsabilidade do gestor municipal. Esperamos que este material sirva de subsídio para que os colegas farmacêuticos possam trabalhar internamente em seus municípios. Forte abraço a todos e saudações farmacêuticas!

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Referências

• PANERAI, R. B. & PEÑA-MOHR, J. Health Technology Assesment Methodologies for Developing Coun;

• Avaliação de Tecnologias em Saúde Ferramentas para a Gestão do SUS, Ministério da Saúde, 2009;

• Organizacíon panamericana de la salud, 1987;

• Portal da DGAF/SES/PE – farmacia.saude.pe.gov.br;

• MSH/WHO (Management Sciences for Health / World Health Organization),1981;

• RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais;

• REESME – Relação Estadual de Medicamentos Essenciais;

• REMUME – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais.

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Realização

SES/ SEAS / DGAF / GEPAF / CGQ