seleção andré capilé

7/21/2019 Seleo Andr Capil

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balaiopara Giu


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ALVA

O TECNOCRATA

matinada

desjejumlazeadopontorondavigilnciagravatas

O AMADOR

turnomscara allen

cimbrabregapalcobalaclava frankroahannya ed estlin

praiapedalinhopaga

MORALZINHA


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ALVA


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O narrador explodiu pelos ares esta noite ! plat"ia sabe #ue elestocaram o c"u aprenderam$ j" dia % toda hist&ria tem comeocom o suspiro dos apaixonados

" claro % sendo a cano sobre dois#ue se conhecem' e instantneo embrulhatipicamente a barriga' se o tempo'nesse suspiro' " congelado( ento'depois #ue se beijam pela primeiravez' o l"xico obceca % ouviremos'de novo' velhos casais #ue se amaram

)o h era uma vez' apenas fbula!credita ter sentido nos olhosdela' #ue tem o impacto do primeiroto#ue' o brilho colorido do in*cio

!prenderam de maneira dif*cilrir com sigilo' lembrando as passadasde cora+es partidos % assim foram!braaram,se firmes -s lembranas.ada frgil momento' ela sonhouconformada ao cavado do ombro dele

)o tinha medo )o #uando dizia#ue tudo ia dar certo se estivessem

juntos e o mundo era muito pouco!gora se perguntam/ se assim "'como o tudo ficou to ferrugento$% so o tema das can+es grifadas/o lugar comum' o sentimentaldo tom' motivos baratos de um gratoacidente' talvez algo mais 0'no momento de um sorriso' a aberturade um farol na noite$ 1o as can+es'tolas como so no feitio' #ue teimam

parecer nossas vidas$ % cantamospor #u2$ 3or #uem cantamos o nascerda aurora$ 42m as luzes 5epartimos

a alva % sob o sol' #ue se esparramal da barra da manh' fiz cantaras notas #ue largou,me em parceria


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I O TECNOCRATA


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matinada

rolava de um lado pro outrona cama batia um facho de sol

#ue se arrastava l dos vos da persianatudo estaria bem no fosse o inc6modode ainda estar vestido com as calasda noite anterior mais a dorm2nciados braos encolhidos sob o corpo#uando a apn"ia o acordou de um sonoconvulso levantou,se em passo curtoe tr6pego largou um rastro de roupas

pelo cho seguindo at" o banheirodeixou pra trs a alma o riso e a brisaantes de entrar no chuveiro mexeu

a pele acumulada na carcaacurva e o meneio da cabea seguiao pr&prio reflexo teimoso esticavano espelho as rugas com os dedos os mesmos#ue raspava as remelas depois coava o regoe ento media o cheiro finalmente foiao cagat&rio dar despacho e m"todo- manh como sempre boa e simples#ue aos dentes se resume - pasta na escovae ao corpo a s7mula de um banho #uenterepetio sem diferena como s&i

a m*mica de estar ali nas linhasda toalha onde enfia a fina fuana magra profecia de um dia sem crisediverso da#uela malha #ue no o secaa#uele felpudo sudrio desistidono raso do bid2 d o grosso do discursoesp"cie de matina sem m7sicaimagem calibrada em tom m"dio


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desjejum

deu curso - manuteno da manhcomeando o seu simples desjejum

desvendando no prato o mist"rio de gemasmoles umedecendo o po franc2s

bebeu ch de capim limo' comeuum brioche e sem susto' semi nu

enrolado - toalha' ligou a tev2para anotar receitas do bom dia

8a ateno dos vizinhos' - soleira

da porta' no o incomodava mais

desculpar dos ouvidos' o zelo( do farodas narinas' o afeto pelo ralo$

importa' de verdade' se algu"m vaireparar suas olheiras cativas$

s& interessa o #ue " do outro' claro( e as contasda comunidade pagas no prazo9


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lazeado

saiu de casa comum doce na boca

na cara o sorrisode um devotado

prtico se mescla ao barbanteda patul"ia no corpo as id"iasem gestos m"dios nos bolsos

a carteira e o analg"sico a #uese apega como o crente - cruz

deus falte em dobro/ a ladeira' a ladainha


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ponto

:aixo e cima( e os teus p"s ali no alto8no fosse atropelar o calendrio

ou suspender a febre dos rel&gios91e pertence ao varejo do cardume8somado um' na multido dos dentes'#uerias mesmo " te bastar ausente9'no ver sorrisos d o tom da s7mula% ento' suspende a peste dos rel&gios$4ou te dizer #ue pode at" ser vlido8no fosse atropelar o calendrio'teu dia valeria o mel do &cio91e tua vida seguisse a mi7do'o #ue esperar do coro dos contentes$

;oma tino 1e o mar deu peixe' pegue


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onda

criou fre#


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!i"il#n$ia

%stou plantado a#ui faz algum tempo=esmo #ue o muro nos divise' escuta(

" poss*vel %xige esforo m7tuo8no muito9 para ouvir cisnes e garas'patos e gansos -s vezes pessoas'#uem sabe$ O ar' a#ui' " bom O climavaria %u' no 1abe como "'ouo sem #ue me percebam 1ou pouconotvel 3ode ser o tom >ecerto'

peso no " O nome talvez sejapomposo' sim ?uesto de classe e noh diferena evidente( dependedo ponto onde se mira' claro 4eja

bem' porteiros h' por todo lugar

8>esculpa' voc2 no pode ficarmais nas depend2ncias do condom*nio(

j deu a hora 1& " consentidaa perman2ncia de espectros sabidos%stranhos no so permitidos' nemcrianas Oi$ )o( nem os mortos sabemao certo o #ue se passa l nos fundos9


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"a!atas

cada hist&ria' suas ranhuras nenhuma letra garrancha' se estiverem tran#uilos na baiaanota' guarda a nota esgarada nem todo rosto cabe em c"dulas' se trinca e h

#uem se trin#ue por trinta dinheiros

esgar' nenhum se passamos como #uem sabe o limpo da gua no barro

uma hist&ria se conta por d*vidas' no por ofender os dedos' e bisa a ma#uilagem decomp2ndios a mand*bula' por saber cem d7vidas' desafina o m*nimo del*rio #ueincendeia plantas baixas escaras por se esconder nos gravatas


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II O AMADOR


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tuno

muita vez " no in*cio a coisa tem de acontecer ali mas no de imediato na#ueleespao' no primeiro lance antes de tomar' absoluto' o e#uil*brio domar,se por domar'escolher um lado do giro


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m%s$aa allen

a#ueles olhos meigos' meio jururus'me embalam como as tetas r*gidas$ e eu pensoos nervos #ue eu rocei com as unhas destru*das(

#ue abocanhei' tocando a l*ngua' algumas vezes'o suave refugo da ossuda mand*bula$vale' a barriga' #uanto pesa ou " esc&ria$o #ue motiva o movimento da hist&ria/a gorjeta cacete de um velho avarento'ou o malho #ue encurva o caralho - punheta$ondula o duro p7bis/ o molejo largode coxas universitrias' ou rebu'#ue se mistura ao gabriela' mal pintadoem unhas gastas$ #uem me lambe a pele seca#uando em ru*nas me apresento pra rotina$


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$&imba

o #uanto durar um dirio de recusas' minha insist2ncia canina para uma vida menor'terei tempo de tomar tuas costas como convite - partida no sem antes lamber,lhe agua nas espaldas' meu monumento - cimbra


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be"a

no fira a tola telha oh@ bem talhado teu gesto de afago' na palma' " r*spidose a flama amansa' maneja escolado(

no v por ir' co fiel 8ento' fico$9se sussurro' ou suspiro' em teu ouvido'estranha( no diz nada eu nada falolido na lida e laboro no lido(no vem troar de mim' seno me rasgo

para expurgar tal gosto vil do amargo'abro o peito dentro j combatide um tudo #ue podia ter vivido/do amor mais extenso' o aceno mais largotoma' carrega de mim mais um tragoa cano " brega e a paixo' bandida$


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pal$o

foi de verdade #ue tremi' assim' um tipo de laje bamba de #uerer por #uerer' entregueidados' cartelas' os pinos a um fio de revirar todo tabuleiro' dei por cabelo e l*ngua emtodos os turnos ludo sem jogo' o palco " nosso vem #uerem,nos p& e luzes' vem

vem' dana comigo' mais uma vez' a pr&xima noite e nenhuma danao vai nos tiraro tino


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bala$la!a 'an(

estava a saltitar ao largo e s7bitocomeou a chover e ventar muitome disse/ Acanivetes te sa7damB

canivetes no so cordiais( furamas cabeas' mesmo as duras % veioo dil7vio 8tinha tufo e tudo9(#uando corri pra te encontrar' entrouem cena' assim' do nada' to sincr6nicocom o c"u' o engarrafamento foinum repente #ue vi uma manchete/

AO .!5)!4!C 4!D 1%5 E= !D F%1E1@B

8no h ciclones no rio' tampouco

dil7vios na bahia e so not*ciasruins #ue movimentam os bons diasse #uer saber' rendem assunto em festas'te enturma nos melhores grupos( tipoassim' impedem os maiores micos'mas do margem aos menores vexames

o #ue " importante' se humanizam9tive um colapso( leve' um breve surtocom amor' o mundo acaba em purpurina


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o)a

no s& por superf*cies' se arma - trana do arame' num varal de manhs e lminas' aangua - guarda do sol me espera te espero seco de sede e goma' no h guaia #ueampare um cambaio - contrativa do golpe lenos' #ue ar$


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*ann+a ed estlin

levo seu corao comigo 8o trago emmeu peito9 nunca estou sem ele 8onde#uer #ue eu v' voc2 vai junto' meu bem(

eu' por mim' faa o #ue fizer' te basta'meu dengo9 temo algum destino 8"minha sina' doura9 eu #uero mundoalgum 8h maravilha' " meu planeta'genu*na9 assim " voc2 " tudoo #ue a uma lua tenha sentido etudo o #ue um sol cantar ser voc2a#ui jaz' ningu"m sabe' o mais profundosegredo 8c est/ a raiz da raiz(e do broto o boto( e o firmamentodo c"u de uma rvore chamou,a vida'

tornou,se alta' al"m do #ue a alma esperaou a mente oculta9 e isto " de admiraro #ue sustenta estrelas apartadas$levo seu corao 8trago em meu peito9


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paiapara Mariano Marovatto

!manh pode dar sole n&s temos tudo a ver/

m7sica' livros' cinema'miniaturas de temas'entre n&s vai tudo bem%u no vou te aborrecercom a tv fora do arOs nossos melhores planos'eu te conto e voc2 ri;alvez d2 certo pra n&s'vamos ver no #ue vai dar4amos tentar outra coisa'mas isso vemos depois !

nossa praia " logo ali

8.oragem' meu bem( paci2ncia!s aves voam bem por l9


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pedalin*o

%stamos bem' no se ocupe)ossa sintonia " fina=etemos bronca 1incr6nicos/

as mos no volante e os p"snos pedais )o h enganosobre ser feliz G breve:reve e violento' o tempoinsiste ser em sil2ncio4ai' -s catadupas' vero #ue nos faz mais precrios/o sopro #ue' em pouco' expira.hega calma' como a barcarola( e ento' se ela te toca'lambe tua pe#uena Htaca


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pa"a

descobrir,nos pelo no' no nos diz( #uando muito' em cada caco de pele #ue sobrevive- faca' e comemos' nos d de achar vantagem no avesso o averso em descobrir,nos pelono' o #ue menos seduz' " nos dizer com o m*nimo' com o necessrio' e s& Em rol de

desastres j penduramos nenhum penhor vai perder,nos no pela paga - menor


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MORAZILNHA


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=e pego a pensar numa antiga fbula rabe ou seria malaia chinesa ou tupi( importa$% assim falava a velha fbula' o si#ue/

4inha a centopeia' #ue adorava os mais caros sapatos

mas nunca os usava 8)o #ue interesse o dado'pois' dotando a narrativa de elementos in7teis'o principal da #uesto' #uando revelado' torna,sesurpreendente e' seguindo as regras' pelo poderde conciso da imagem mental criada no fim'um dedo de prosa acaba valendo um brao9

>e volta aos sapatos Da a centopeia serelepe'#uando um orangotango para' olha e pergunta/

A>ona .entopeia' #uanta habilidade =e diga'

como faz para andar com tal charme e elegncia nos p"s$B

Iicou pregada a vida toda ao cho

seleção andré capilé

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