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Ergonomia, Sáude e Segurança do Trabalho Alunos: Pedro Henrique Raniel Lemos Renan Sousa Roberty Pires Rodrigo Magalhães

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Resumo Cap. 1, 2 e 3 do Livro Ergonomia, Segurança e Saúde do Trabalho. Histórico da Segurança do Trabalho, Gestão de Segurança BS8800 e ISO18001.

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Page 1: Segurança do trabalho

Ergonomia, Sáude e Segurança do Trabalho

Alunos: Pedro Henrique

Raniel Lemos Renan Sousa

Roberty PiresRodrigo Magalhães

Page 2: Segurança do trabalho

Higiene e Segurança do Trabalho

Cápitulo 1 O Acidente de Trabalho e seu impacto socioeconômico-ambiental

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O Acidetente de trabalho e seu impacto socieconômico -ambiental

Em 12 de dezembro de 1984, uma Nuvem de morte dentro da noite indiana. Vazamento de gás - em Bhopal India. Mais de 25.000 T de isocianato de metila escapou para a atmosfera, uma cidade de 900.000 habitantes do século XI, é palco da mais devastadora catástrofe já desencadeada por uma substância química em tempos de paz. Em menos de 48 horas, mais de 2.000 pessoas foram mortas por asfixia, a maioria enquanto dormia. Dos 50.000 feridos, quase a metade está cega, com as córneas ulceradas pelo gás e vagando pelas ruas da cidade à procura de socorro.

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Histórico da Higiene e Segurança do Trabalho

No Egito a 2360 a.C. o Papiro Seler II (relaciona o ambiente de trabalho e os riscos inerentes) e o Papiro Anastasi V, conhecido como “Satira dos Ofícios”, de 1800 a.C;

O Império babilônico, criou o Código de Hamurabi por volta de 1750 a.C. traduzidos 284 artigos a respeito da relação de trabalho, família, propriedade e escravidão;

Século IV a.C. - Hipócrates (Grécia, 460-375 a.C.) descreveu a “intoxicação saturnina” em um mineiro. O tratado de Hipocrates informava ao médico a relação entre ambiente e saúde;

Século I a.C. – Lucrécio tambem indagava acerca dos trabalhadores das minas. Plínio, o velho (23-79 a.C.) autor do tratado de Historia Naturalis, aspecto de trabalho exposto ao chumbo, mercúrio e poeiras. Fez a descrição do primeiro EPI (panos e bexiga de carneiro) usado contra poeiras e fumos.

Page 5: Segurança do trabalho

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII desencadeando transformações radicais na forma de produzir e de viver das pessoas e portanto de seu adoecer e morrer, deu novo impulso à Medicina do Trabalho. As condições de trabalho eram bastante degradadas com muitos acidentes graves, multilantes e fatais.

Bernardino Ramazzini, médico italiano nascido em Módena em 1633, é considerado o Pai da Medicina do Trabalho pela contribuição de seu livro: “As Doenças dos Trabalhadores”, publicado em 1700, nele o autor relaciona 54 profissões e descreve os principais problemas de saúde apresentados pelos trabalhadores, chamando a atenção para a necessidade dos médicos conhecerem a ocupação, atual e pregressa, de seus pacientes, para fazer o diagnóstico correto e adotar os procedimentos adequados.

Histórico da Medicina do Trabalho

Page 6: Segurança do trabalho

Condições de Trabalho durante a Revolução Industrial.

Page 7: Segurança do trabalho

Conceito de Saúde (medicina do trabalho, saúde ocupacional e do trabalhador)

A medicina do trabalho: surgiu no século XIX como pratica da relação saúde versus trabalho, com objetivo de melhorar a produtividade, por atos médicos dirigidos às patologias do trabalhadores.

A saúde ocupacional possui uma abordagem mais ampla com a teoria do risco profissional, essa abordagem é multiprofissional; com perfil tecnicista; valorização dos ambientes e agentes ambientais; multicausal e quantificação dos riscos.

Saúde do trabalhador, este modelo inclui novos valores como: participação do trabalhador; as questões sanitárias; introdução do desgaste; organização do trabalho; os espaços e os processos laborais.

Page 8: Segurança do trabalho

Os riscos à luz das teorias jurídicas e responsabilidade civil e social

Teoria da culpa: Essa teoria colocava o acidente em paridade com os crimes comuns, posto que a culpa era um comportamento ilícito que produz efeitos danosos, à semelhança dos princípios cíveis sobre o assunto.

Para ter direito o acidentado tinha que provar que a falha não era sua, mas do patrão ao oferecer-lhe condições de trabalho inseguras.

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Os riscos à luz das teorias jurídicas e responsabilidade civil e social

Teoria do risco profissional:

Surgiu na Alemanha 1883, onde o acidente era consequência do próprio trabalho. O lucro relacionava-se com o risco do negócio. Esta abordagem não eliminou o ato culposo.

Nesta teoria o custo das indenizações eram acrescidos nos preços dos produtos no item mão de obra e pagos por seguradoras.

Nasce a linha prevencionista formada por atos arriscados e condições inseguras.

Page 10: Segurança do trabalho

Os riscos à luz das teorias jurídicas e responsabilidade civil e social

Teoria do risco social: Parte do principio que cabe à sociedade arcar com o ônus das indenizações aos trabalhadores acidentados. Justifica-se porque é a sociedade que consome os bens e serviços e deve assumir a responsabilidade pelos riscos das atividades.

Essa teoria se encontra em vigor no Brasil, a cargo do INSS os pagamentos do seguro-acidente decorrentes de acidentes ou doenças.

Page 11: Segurança do trabalho

Os riscos à luz das teorias jurídicas e responsabilidade civil e social

Responsabilidade Civil: A responsabilidade é objetiva quando não precisa demonstrar a culpa

do empregador ou trabalhador. Não se pergunta se há culpa ou não. Havendo nexo, há obrigação de indenizar.

O pagamento do SAT é uma responsabilidade do empregador e um direito do trabalhador, amparado na Constituição Federal de 1988, no seu art. 7º.

Culpa é uma conduta positiva ou negativa segundo a qual alguém não quer que o dano aconteça, mas ele ocorre pela falta de previsão daquilo que é perfeitamente previsível.

O ato culposo é aquele praticado por negligencia, imprudencia ou imperícia.

Page 12: Segurança do trabalho

Os riscos à luz das teorias jurídicas e responsabilidade civil e social

Responsabilidade Social: É o cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e

empresas para com a sociedade em geral. Também pode ser definida como a forma de retribuir a alguém algo alcançado ou permitido, modificando hábitos e costumes do sujeito ou do local que recebe o impacto.

Abrange dois níveis: o interno está relacionado com o trabalhadores e demais grupos que influenciam nos resultados a empresa. Já o externo considera as consequências das ações sobre o ambiente, os parceiros de negocio e o meio ambiente.

(wikipedia.org).

Page 13: Segurança do trabalho

Comunicação e estatísticas sobre acidentes de trabalho

Importancia do acidente de trabalho:

Nas ultimas décadas do século XX houve uma explosão de acidentes e doenças em muitos países, chegando a um acidente fatal a cada duas horas e meia de trabalho no Brasil.

Nos países desenvolvidos, estima-se que 4% do PIB sejam perdidos por doenças e acidentes. Nos países em desenvolvimento pode chegar a 10% (Santana etal.,2006).

Por ser um problema de saúde publica que ocorre mundialmente, a OIT instituiu o dia 28 de Abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.

Page 14: Segurança do trabalho

Comunicação e estatísticas sobre acidentes de trabalho

Comunicação do Acidente de Trabalho:

O INSS é o orgão oficial responsável pelo recebimento e registro da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Neste documentos são notificados os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais.

A CAT deve ser registrada em 24h e pode ser emitida pela empresa, sindicato, médico que atendeu, autoridade pública e o próprio acidentado.

Page 15: Segurança do trabalho

Comunicação e estatísticas sobre acidentes de trabalho

Estatísticas de acidentes de trabalho:

O Brasil possui destaque negativo neste ponto, onde praticamente dobrou sua taxa de Letalidade nas décadas de 1970 - 2000.

A estatística de acidente é definida pela NBR 14280:2001, da ABNT. “Números relativos à ocorrência de acidentes.” Também pode ser definida como método de estudo do acidente enquanto fenômeno coletivo.

Page 16: Segurança do trabalho

Comunicação e estatísticas sobre acidentes de trabalho

Indicadores estatísticas na gestão de segurança do trabalho:

Dentre os mais utilizados, temos dois que são recomendados pela OIT e saúde pública:

Taxa de Frequência – TF é dada por (N.º Acidentes x 1.000.000)/HHT;

Taxa de Gravidade – TG é dada por (Dias perdidos + debitados x 1.000.000)/HHT;

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Comunicação e estatísticas sobre acidentes de trabalho

Indicadores estatísticas na gestão de segurança do trabalho:

A saude publica recomenda as taxas de mortalidade, letalidade e anos potenciais perdidos, nos estudos epidemiológicos.

Taxa de Mortalidade (M) é o número de óbitos por milhão de HHR em determinado período ( M = N.º óbitos / HHR ou NPE x 100.000);

Taxa de Letalidade (L) é o número de óbitos por número de acidentes em determinado período ( L = N.º óbitos / número de acidentes x 1.000 );

Anos potenciais perdidos (APP) é a soma das diferença entre a idade de aposentadoria e a idade do óbito do trabalhador.No Brasil (APP = ∑ 65 – idade do óbito).

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Higiene e Segurança do Trabalho

Cápitulo 2 Conceitos básicos sobre Segurança do Trabalho

Page 19: Segurança do trabalho

Segurança do Trabalho

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

Os acidentes de trabalho são eventos antigos, porem seu estudo pela Higiene e Segurança do Trabalho – HST, ganhou importância após a Revolução Industrial devido a necessidade de regulamentar as condições de trabalho e com isso prevenir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.

Page 20: Segurança do trabalho

Conceitos de Acidente de Trabalho

Legal: Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados previdenciários, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Científico: O acidente pode ser visto como “o resultado de todo um processo de desestruturação na lógica do sistema de trabalho que, nesta ocasião, mostra suas insuficiências ao nível de projeto, de organização e de modus operandi”. (Vidal, p.4-5, 1989).

Prevencionista:É todo evento inesperado e indesejável que interrompe a rotina normal de trabalho, podendo gerar perdas materiais, pessoas ou de tempo.

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Pirâmide de Acidente da Insurance Company of North America - ICNA

ICNA – 1969 - 297 Empresas- 1.750.000 Pessoas- 1.753.498 Relatos

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Dinâmica e Riscos de Acidente de Trabalho

Dinâmica do Acidente de Trabalho:

Atualmente entende-se que o acidente começa a ocorrer quanto algum elemento do processo deixa de funcionar como planejado, ou seja, apresenta uma disfunção (desvio);

Ex.: quando uma guilhotina, sem afiação da lâmina, corta de forma irregular, aconteceu uma disfunção. Mas, mesmo que corte de forma regular, o ruído, o calor, a vibração e outros, também constituem disfunções.

Page 23: Segurança do trabalho

Dinâmica e Riscos de Acidente de Trabalho

Riscos de Acidente de Trabalho:

O conceito de risco tem duas dimensões, ele pode ser visto sob o prisma quantitativo, e assim designar a probabilidade de ocorrência de um acidente, como pode ser analisado sob o aspecto qualitativo, e indicar o perigo criado pela disfunção.

A Legislação atual, na NR-09 PPRA, elencar três agentes de risco, os quais são: Físicos, Químicos e Biológicos. Mas a legislação trabalhista ainda acrescenta os agentes Ergonômicos (NR-17) e os Mecânicos ou de Acidentes (NR-5 e NR-18).

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Riscos de Acidente de Trabalho Riscos Mecânicos ou de Acidentes: são aqueles que demandam

o contato físico com a vítima para manifestar sua nocividade.

Riscos Físicos: são aqueles manifestados por diferente fontes de energia que modificam o ambiente de trabalho.

Riscos Químicos: são as substâncias químicas que podem penetrar nas pessoas por via cutânea, ingestão ou inalação.

Riscos Biológicos: são os micro-organismos em geral presentes nos ambientes de trabalho.

Riscos Ergonômicos: são agentes introduzidos por máquinas, métodos, etc. inadequados às limitações de seus usuários.

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Page 26: Segurança do trabalho

Metodologia da ação prevencionista

Em linhas gerais, seguimos a “metodologia de resolução de problemas”.

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Higiene e Segurança do Trabalho

Cápitulo 3 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

Page 28: Segurança do trabalho

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

Na década de 1980 e 1990 foram desenvolvido alguns modelos normativos para gestão de SST, mas sempre restrito a países ou atividades específicas. O Brasil iniciou em 1996 com a BS8800, mas sem certificação, a qual deixou de ser implantada a partir da edição da OHSAS 18001, que foi publicada em 1999.

Cada país mantém uma estrutura para validar as certificações dos sistemas de gestão, através dos Organismos de Certificação – OCs. A acreditação dos OCs garante o reconhecimento e a confiabilidade do certificado. No Brasil, o INMETRO é quem realiza essa acreditação, mas não existe OCs para a avaliação da OHSAS 18001.

Page 29: Segurança do trabalho

NORMA BS 8800

É uma norma sobre Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho publicada em maio de 1996.

Estruturada e de responsabilidade do órgão Britânico de Normas Técnicas denominado British Standards.

Base é a forma de implantação de um sistema de gerenciamento relativo à Segurança do Trabalho.

Principais Objetivos: Introdução da cultura de Segurança. Estudo, interpretação e

adaptação conceitual na empresa.

Minimizar os riscos dos colaboradores e melhorar o desempenho dos negócios.

Estabelecer uma imagem responsável da organização.

Page 30: Segurança do trabalho

OHSAS 18001

o Occupational Health and Safety Assessment Services (OHSAS)

o A OHSAS 18001 consiste em um Sistema de Gestão, assim como a ISO 9000 e ISO 14000, porém com o foco voltado para a saúde e segurança no trabalho. Também possui objetivos, indicadores, metas e planos de ação.

o A OHSAS 18001:2007 substitui a OHSAS 18001:1999. Foram introduzidas diversas mudanças significativas que refletem a vasta utilização e experiência com a OHSAS 18001 em mais de 80 países, através de 16.000 organizações certificadas.

Page 31: Segurança do trabalho

OHSAS 18001

Aspectos chaves da OHSAS

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OHSAS 18001Especificações/Aplicabilidade

1.Estabelecimento de sistema de gestão para a segurança e saúde ocupacional (SSO).

1.Eliminar ou minimizar os riscos do ambiente laboral.

1.Implementar, manter e melhorar continualmente o SSO.

2.Conformidades com uma política da SSO.

3.Certificação ou registro do SSO.

Page 33: Segurança do trabalho

Política de SSO

Ser apropriado à natureza e escala dos riscos da SSO.

Compromisso com a melhoria contínua.

Atendimento da legislação vigente e aplicável de SSO.

Ser documentado ,implementado e mantido.

Ser comunicado a todos os colaboradores.

Estar disponível às partes interessadas.

Ser periodicamente analisado criticamente.

Page 34: Segurança do trabalho

SGSST = mudança atuação

Acidente

Reativa

Investigação

Análise

Medidasde

controle

Mudança

Proativa

Identificação de perigos

Avaliação dos riscos

Medidas de controle

Acidente

Investigação

Page 35: Segurança do trabalho

Sistema Integrado de Gestão-SIG

Sistema que integra os processos de qualidade com os de saúde e segurança, gestão ambiental e responsabilidade social.

Page 36: Segurança do trabalho

Técnicas de identificação e Análise de Riscos

Técnica de Incidentes Críticos: é utilizada para identificar erros e as condições inseguras que contribuem para os acidentes, tanto reais como potenciais;

Análise Preliminar de Riscos – APR: utilizada para identificar fontes de perigo, consequências e medidas de corretivas simples.

“Walt-If?” – utilizada na fase de projeto, é uma técnica especulativa para buscar respostas para falhas.

Matriz de Riscos: busca verificar os efeitos da combinação de duas variáveis. Ex.: matriz de produtos químicos.

Page 37: Segurança do trabalho

Técnicas de identificação e Análise de Riscos

FMEA (Failure Mode and Effect Analysis): A Analise de Modos e Efeito de Falhas permite estudar como as falhas se distribuem ao longo do sistema, sendo utilizada a técnica de Árvore de Falhas.

Requisitos Legais do SIG Normas Regulamentadoras – NRs do Ministério do Trabalho,

atualmente são 35 Normas com foco em diversas áreas.

Como integrantes do SIG destacamos: NR – 09 (PPRA); NR – 07 (PCMSO); e NR – 18 (PCMAT).

Page 38: Segurança do trabalho

Espiral do Sistema de Gestão de

Page 39: Segurança do trabalho

Obrigado!!!