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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Especialização Profissional de Nível Técnico em Enfermagem em Urgência e Emergência Segurança nas Ações de Saúde MÓDULO I Tatuí-SP 2018

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Especialização Profissional de Nível Técnico em Enfermagem em Urgência e Emergência

Segurança nas Ações de Saúde

MÓDULO I

Tatuí-SP

2018

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I - INTRODUÇÃO

Profissionais da enfermagem devem exercer a profissão de modo ético e respeitoso,

esmerando-se para oferecer ao paciente e a sua família o melhor cuidado possível, que atenda às suas necessidades de saúde, respeitando seus valores e suas crenças pessoais, para alcançar a recuperação de agravos, o alívio do sofrimento e a promoção da saúde.

A preocupação em não causar danos ao paciente durante a realização de cuidados à saúde, remete a antiguidade, quando Hipócrates declarava Primum non noscere ou “Em primeiro lugar, não cause dano”. Contudo a falha é uma característica intrínseca e imutável do ser humano, por isso erros podem acontecer durante a prestação de assistência à saúde.

Uma das características do erro é a não intencionalidade. Assim, é importante esclarecer que condutas premeditadamente imprudentes, imperitas e negligentes não decorrem de erros, mas resultam em ações ou planos incorretos.

Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

A biossegurança estabelece as estratégias para proteger o paciente e o profissional de saúde da proliferação e transmissão de microorganismos causadores de infecção, diminuindo assim os erros para a melhoria substancial da assistência a saúde.

II - OS GERMES E A ORIGEM DAS INFECÇÕES O nosso contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que desenvolveremos

doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as plantas não apenas convivem com os germes, mas dependem direta ou indiretamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, são habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde eles auxiliam na proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos. Estes seres vivos minúsculos decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais do qual homem e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. Somente a quebra desta relação harmoniosa poderá causar a doença infecção.

A doença infecciosa é uma manifestação clínica de um desequilíbrio no sistema parasito-hospedeiro-ambiente, causado pelo aumento da patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa antiinfecciosa do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relação harmoniosa entre as defesas do nosso corpo e o número e virulência dos germes, propiciando a invasão deles nos órgãos do corpo. Alguns microrganismos possuem virulência elevada podendo causar infecção no primeiro contato, independente das nossas defesas. Outros, usualmente encontrados na nossa microbiota normal, não são tão virulentos, mas podem infectar o nosso organismo se diminuímos a nossa capacidade de defesa.

A capacidade de defesa antiinfecciosa é multifatorial, pois é influenciada pela nossa idade (bebês e idosos), estado nutricional, doenças e cirurgias, stress, uso de corticóides,

quimioterapia, radioterapia, doenças imunossupressoras (HIV, leucemia), fatores climáticos e precárias

condições de higiene e habitação. Na natureza, o estado de esterilidade, definido como ausência de microrganismo vivo, é

excepcional e transitoriamente encontrado no feto durante a gestação, excluindo os casos de bebês contaminados via placentária pela mãe. O contato com os microrganismos começa com o nascimento, durante a passagem pelo canal vaginal do parto, onde a criança se contamina com os germes da mucosa vaginal e então se coloniza mantendo-se por toda a sua existência, até a decomposição total do organismo após a sua morte.

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III - TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) 1. Riscos de Acidentes 2. Riscos Ergonômicos 3. Riscos Físicos 4. Riscos Químicos 5. Riscos Biológicos 3.1 Riscos de Acidentes Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação

de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

3.2 Riscos Ergonômicos Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características

psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc.

3.3 Riscos Físicos Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam

estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e ponteagudos, etc.

3.4 Riscos Químicos Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que

possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

3.5 Riscos Biológicos Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre

outros.

VI – PRECAUÇÕES PADRÃO As infecções relacionadas à assistência a saúde constituem um problema grave e um

grande desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. As infecções nesses serviços ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais e podem acarretar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. Ainda, podem resultar em processos e indenizações judiciais, nos casos comprovados de negligencia durante a assistência prestada.

As precauções padrão (PP) constituem estratégias efetivas para a prevenção e controle

das infecções, em Serviços de Assistência à Saúde.

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4.1 Higienização das Mãos A higienização rotineira das mãos com água e sabão, elimina

além da sujidade (sujeira) visível ou não,todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. A higienização das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes.

Devemos higienizar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes.

Existe uma gama enorme de momentos, durante o nosso trabalho, que a higienização das

mãos está indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas sejam utilizadas, após a retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. A luva irá nos proteger de uma contaminação grosseira de matéria orgânica, porém a microporosidade da luva, a sua fragilidade que ocasiona furos e a possível contaminação na sua retirada, indica que ocorreu contato de microrganismos na pele de nossas mãos. Sendo assim, mesmo com o uso de luvas, as mãos devem ser lavadas após a sua retirada. Vamos as indicações dos momentos em que as mãos são lavadas:

- após tocar fluidos, secreções e itens contaminados; - após a retirada das luvas; - antes de procedimentos no paciente; - entre contatos com pacientes; - entre procedimentos num mesmo paciente; - antes e depois de atos fisiológicos; - antes do preparo de soros e medicações. Para a realização da higienização das mãos necessitamos das seguintes instalações

físicas: - pia; - saboneteira suspensa e vazada para sabonete em barra ou dispensador de sabonete líquido. No caso de dispensador, se não for descartável, estabeleça uma rotina de limpeza semanal; - toalheiro com toalhas de papel; - torneira com fechamento automático, preferivelmente. 4.1.1 Técnica Ao higienizarmos as mãos estabelecemos uma sequência de esfregação das partes da

mão com maior concentração bacteriana que são: as pontas dos dedos, meio dos dedos e polegares.

Vejamos a técnica de higienização das mãos:

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É importante lembrar que para melhor remoção da flora microbiana as mãos devem estar

sem anéis e com as unhas curtas, caso contrário, uma carga microbiana ficará retida nestes locais sendo passíveis de proliferação e transmissão. Na higienização rotineira das mão o uso de sabão neutro é o suficiente para a remoção da sujeira, da flora transitória e parte da flora residente. O uso de sabões com antissépticos devem ficar restritos a locais com pacientes de alto risco e no desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e invasivos ou em situações de surto de infecção hospitalar.

4.1.2 Uso de álcool glicerinado Geralmente as instalações físicas no ambiente de trabalho tem

poucas pias e temos uma demanda grande de trabalho, de forma que lavamos pouco as mãos comparado ao número de vezes em que a lavagem das mãos está indicada. Para substituir a lavagem das mãos, indicamos a aplicação de um antisséptico de ampla e rápida ação microbiana que é o álcool glicerinado. O álcool glicerinado é composto de álcool 70% mais 2% de glicerina para evitar o ressecamento das mãos.

Ele irá destruir a flora aderida nas mãos no momento da aplicação, porém as mãos não devem apresentar sujidade visível. Neste caso indica-se a lavagem das mãos com água e

sabão. Vejamos como usar o álcool grlicerinado: - aplicar o álcool glicerinado (3 a 5 ml) nas mãos e friccionar em todas as faces da mão até

secar naturalmente; - não aplicar quando as mãos estiverem visivelmente sujas.

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O álcool glicerinado também pode ser usado como antisséptico após a lavagem das mãos.

Neste caso, a lavagem das mãos e posterior antissepsia está indicada antes de procedimentos invasivos como punções, sondagens, cateterizações e entubações. Outra indicação de aplicação do álcool glicerinado após a lavagem das mãos é em caso de exposição da pele ao contato direto com sangue e secreções.

4.2 Uso de Luvas

As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta

concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente.

4.3 Uso de Máscaras, Óculos de Proteção ou Escudo Facial

A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nas superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais,

secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de uso único, mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis.

4.3.1 Protetor respiratório (respiradores)

Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar, sarampo, varicela, gripe H1N1, etc. doenças que são transmitidas via aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do protetor respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado,

desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura).

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Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável.

É de uso individual, intransferível e reutilizável. Tem vida útil variável dependendo do tipo de contaminante, sua concentração, da freqüência respiratória do usuário e da umidade do ambiente. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado (entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto, ou quando o usuário perceber o cheiro ou gosto do contaminante. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo. Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo.

Instruções de uso do protetor respiratório: - Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz. - Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas.

Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-o na nuca. - Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do nariz. - Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre fortemente. O

ar não deve vazar pelas laterais. - Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro. - Profissionais imunizados por sarampo e varicela não necessitam de proteção

respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes portadores destas doenças infecciosas.

4.4 Uso de Avental O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e

prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido).

4.5 Uso de Gorro O gorro estará indicado especificamente para profissionais que

trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único.

4.6 Uso de Calçados Os calçados indicados para o ambiente com sujeira

orgânica são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo anti-

derrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha.

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4.7 Vacinação Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados

contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de doenças. Previna-se!

V - MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA MINIMIZAR OS INCIDENTES

5.1 Questões de Segurança A maioria dos socorristas mortos ou feridos todos os anos está envolvida em incidentes

relacionados com veículos motorizados. Embora a maior parte desses incidentes esteja relacionada com colisões diretas de ambulâncias durante a ocorrência, um subconjunto dessas fatalidades e lesões ocorre durante a atuação na cena de uma colisão com veículos motorizados.

Muitos fatores podem fazer com que os socorristas sejam feridos ou mortos na cena de uma colisão com veículos motorizados. Alguns fatores, como condições climáticas (chuva, nevoeiro, etc) e o design da rodovia não podem ser alterados; no entanto, o socorrista deve estar ciente da existência dessas condições e deve atuar de forma apropriada para minimizar a situação.

5.2 Avaliação da Cena A avaliação da cena inclui dois componentes principais: 5.2.1 Segurança A primeira preocupação ao aproximar-se de qualquer cena é a segurança da equipe.

Ninguém deve tentar um salvamento a menos que esteja treinado para fazê-lo. Quando o socorrista se torna uma vítima, ele não estará mais apto a atender outras

pessoas e aumaentará o número de vítimas, diminuindo o número de socorristas. O atendimento ao paciente deve aguardar até que a cena esteja segura. A segurança da cena não diz respeito apenas à segurança do socorrista, mas também à

do paciente. Todo paciente em situação perigosa deve ser retirado para uma área segura antes de se iniciarem a avaliação e o tratamento. Os riscos para a segurança de paciente ou socorrista incluem fogo, fios elétricos caídos, explosivos, materiais perigosos, incluindo sangue e fluidos corporais, tráfego de veículos, inundações, armas (revólveres e facas) e condições ambientais. Além disso, pode haver ainda um agressor no local e ele pode interferir, ameaçando o paciente, os socorristas ou outras pessoas.

5.2.2 Situação A avaliação da situação vem depois da avaliação da segurança. O que realmente aconteceu? Por que foi solicitada ajuda? Qual foi o mecanismo do

trauma? Quantas pessoas estão envolvidas? Etc. 5.3 Estratégias para minimizar os incidentes Seria mais seguro prestar socorro somente à luz do dia e em dias claros; infelizmente os

socorristas precisam atuar em todas as horas do dia e em qualquer condição climática. No entanto, podem ser adotadas medidas pra reduzir os riscos de se tornar uma vítima quando se atua em uma colisão com veículos motorizados.

5.3.1 Uniformes Refletores Na maioria dos casos em que os socorristas são atingidos por veículos próximos, os

motoristas afirmam que não viram o socorrista na estrada. O uso de uniformes refletores é de suma importância na prevenção de acidentes.

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Uniformes refletivos

5.3.2 Posicionamento do veículo e Dispositivos de Sinalização O posicionamento do veículo no local de uma colisão é de fundamental importância. O

comandante do atendimento ou policial encarregado deve assegurar que os veículos de atendimento estejam colocados nas melhores posições para proteger os socorristas.

É importante que os primeiros veículos de emergência ao chegarem ao local “assumam a pista” do acidente (Figura 1). O posicionamento da ambulância atrás do local, embora não facilite a remoção do paciente, protege os socorristas e pacientes do tráfego local.

Figura 1 – Cena segura

5.3.3 Regras de Segurança em uma Cena Violenta Em muitas situações onde há tensão e ansiedade, elas são reduzidas imediatamente

quando um socorrista atencioso começa a interagir com o paciente e avaliá-lo. No entanto, se ambos os socorristas tiverem sua atenção focada no paciente a cena pode tornar-se rapidamente ameaçadora e algumas dicas precoces (além da oportunidade de retirada) podem ser perdidas.

a) Fique fora - Ao atender a uma cena sabidamente violenta, fique em um local seguro

até que a cena seja considerada segura pelos policiais e o atendimento seja liberado. b) Retire-se do local – Caso existam ameaças ao chegar ao local, retorne à viatura e saia

do local. Permaneça em um lugar seguro e avise os profissionais adequados. c) Quebre a tensão – Caso a cena fique perigosa durante o atendimento, utilize técnicas

de comunicação verbal para reduzir a tensão e a agressividade do ambiente (enquanto se prepara para deixar o local).

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d) Defenda-se – Como último recurso, o socorrista pode achar necessário defender-se. É importante que o objetivo seja desvencilhar-se e sair do local. Não tente perseguir ou dominar a parte agressora. Assegure-se de que as forças policiais tenham sido avisadas e de que estejam a caminho. Novamente a segurança do socorrista é prioritária.

5.4 Prevenção de ferimentos perfurocortantes Os socorristas têm um risco significativo de ferimentos por agulhas e outros objetos

perfurocortantes. As estratégias para a redução da incidência dessas lesões incluem as seguintes medidas:

a) Utilize dispositivos de segurança, como agulhas e bisturis protegidos ou retráteis e lancetas que se retraem automaticamente. b) Utilize sistemas sem agulhas que permitem a injeção de medicações em conexões sem agulhas. c) Evite recolocar as tampas em agulhas ou outros objetos perfurocortantes. d) Descarte imediatamente agulhas contaminadas em recipientes rígidos para objetos perfurocortantes, em vez de colocá-las de lado. e) Utilize seringas pré-preencidas com medicação, em vez de aspirar a medicação de uma ampola. f) Tenha um plano escrito de controle de exposição a perfurocortantes e assegure-se de que todos os funcionários o conheçam. g) Mantenha um registro dos ferimentos por objetos perfurocortantes.

5.5 Modelo de protocolo de exposição

MODELO DE PROTOCOLO DE EXPOSIÇÃO

1 –Prevenção de Infecção Bacteriana

Limpe a pele exposta cuidadosamente com sabão germicida e água; as mucosas expostas (boca, olhos) devem ser irrigadas com grande quantidade de água.

Administre uma dose de reforço de toxóide tetânico, se não tiver sido feito nos cinco anos anteriores.

2 – Devem ser feitos exames laboratoriais basais, tanto no profissional de saúde exposto quanto no paciente-fonte, se conhecido.

No profissional de saúde: anticorpo de superfície da hepatite B (anti-HBS), testes para vírus da hepatite C (VHC) e da imunodeficiência humana (HIV).

No paciente-fonte: sorologia para hepatite B e C e para HIV.

3 – Prevenção da infecção pelo vírus da Hepatite B (VHB).

Se o profissional de saúde não tiver sido imunizado contra hepatite, deve ser administrada a primeira dose da vacina contra hepatite VHB, junto com a imunoglobulina para hepatite B (HBIG).

Se o profissional de saúde tiver iniciado, mas não completado a série de vacinas da VHB, ou se tiver completado todas as imunizações contra VHB, é administrada HBIG se o anti-HBS não demonstrar a presença de anticorpos protetores e os exames do paciente-fonte demonstrarem infecção ativa pelo VHB. A HBIG pode ser administrada até sete dias após a exposição e ainda ser eficaz.

4 – Prevenção da infecção por HIV

Para lesões percutâneas: - Se o paciente-fonte for HIV negativo, não se justifica nenhuma PPE. - Se o paciente-fonte tiver sorologia para HIV desconhecida ou tiver HIV assintomático e a exposição for superficial, normalmente é prescrito um esquema de 28 dias de duas medicações*. - Se a exposição for mais grave (profunda, sangue evidente no dispositivo) ou se o paciente-fonte for HIV sintomático (AIDS), normalmente é prescrito um regime de três drogas por 28 dias∞.

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4 – Prevenção da infecção por HIV

Para exposições mucocutâneas: - Se o paciente-fonte for HIV negativo, não se justifica nenhum PPE. - Se o paciente-fonte tiver sorologia para HIV desconhecida, geralmente não se justifica nenhuma PPE, a menos que haja fatores de risco importantes pra HIV, quando então normalmente é prescrito um esquema de 28 dias de duas medicações*. - Se o paciente-fonte tiver infecção assintomática por HIV, ou se a exposição tiver sido uma pequena quantidade (poucas gotas) de sangue de um paciente com HIV sintomático, normalmente é prescrito um esquema de 28 dias de duas medicações*. - Se a exposição envolver um grande volume de sangue de um paciente com HIV sintomático, normalmente é prescrito um regime de três fármacos por 28 dias∞.

Exames laboratoriais de seguimento: - Se for prescrita PPE pra HIV, um hemograma completo e exames de bioquímica do sangue são realizados com 14 dias para verificar a presença de efeitos adversos. - Se o paciente-fonte for HIV negativo, o profissional de saúde não precisa mais fazer testes para HIV. - Se o paciente-fonte tiver HIV, ou se a sorologia para HIV for desconhecida, o profissional de saúde deve realizar um teste para HIV de acompanhamento com seis semanas, três meses, seis meses e 12 meses após a exposição.

*O regime PPE de duas drogas tipicamente consiste em zidovudina e lamivudina (as medicações devem ser

suspensas se o teste para HIV no paciente-fonte for negativo). ∞O regime de PPE de três drogas tipicamente consiste em zidovudina, lamivudina e um inibidor de protease.

VI -– SEGURANÇA DO PACIENTE

“Talvez pareça estranho enunciar como primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente.” Florence Nightingale

6.1 Introdução Antes da saúde, outras áreas de atividade humana começaram a investigar as características dos erros humanos que aconteciam durante a realização de diferentes atividades, criaram estratégias e desenvolveram infraestrutura, processos e tecnologias capazes de maximizar a ação humana e prevenir erros e acidentes. Essas mudanças foram possíveis ao se identificar a necessidade de aprender com os erros e mudar a cultura de interpretação e de análise de acidentes. Como pode ser visto nos quadros abaixo, as diferentes abordagens do erro na indústria e na saúde produzem efeitos diferentes. Conhecer a necessidade de mudar esses conceitos e esses comportamentos é o primeiro passo para desenvolvimento de uma cultura de segurança ao paciente.

ABORDAGEM DO ERRO

Indústria Profissional entende o erro como algo passível de acontecer

Profissional é treinado para lidar com erros

Criam-se mecanismos capazes de prevenir ou detectar precocemente o erro

A visão do erro é construtiva

Produto isento de falhas

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Eventos adversos podem ocorrer durante a prestação de cuidados à saúde, mas quando decorrem de erros humanos, por ser passíveis de prevenção, devem ser definidos como eventos adversos evitáveis. Hoje, a premissa é que sempre devemos realizar práticas em saúde baseadas em conhecimento científico. Instituições de saúde que não ofereçam condições de trabalho adequadas e permitam realizar tais práticas precisam ser reestruturadas para promover a segurança de seus pacientes Assim, efermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem não devem continuar a acreditar que não podem exercer a enfermagem que aprenderam e idealizaram para seus pacientes. Não podemos nos conformar em trabalhar com número insuficiente de pessoas, de forma que não consigamos cuidar adequadamente do paciente. Da mesma forma, não devemos mais realizar atividades que não são de nossa competência profissional, pois não contamos com outra pessoa na instituição para fazê-lo. De maneira reflexiva, ponderada e crítica, temos de repensar a prática de enfermagem para cuidar do paciente e de sua família de modo ético, respeitoso e baseado em conhecimento científico e técnico, promovendo a segurança e a satisfação deles com o cuidado de enfermagem recebido.

6.2 Práticas baseadas em evidências que promovem a segurança do paciente

Intervenções Resultados Utilização de protocolos de antibioticoterapia profilática pré-operatória.

93% de redução em infecção de ferida operatória – mudança na prática de enfermagem quanto a necessidade de realização de curativos em ferida operatória.

Uso de prescrição informatizada

81% de redução de erros de prescrição – permite que a enfermagem não cometa erros por dificuldade de interpretação da caligrafia do profissional médico.

Uso obrigatório de protocolos de cuidados de pacientes portadores de cateteres venosos centrais

92% de redução de infecção relacionada ao uso de cateteres – promove cuidado de enfermagem uniforme e baseado em evidências.

Equipes de resposta rápida para atendimento de emergências

15% na redução de eventos de parada cardiorrespiratória (PCR) – profissionais com mais conhecimento em determinada especialidade melhoram os resultados do cuidado.

Emprego de protocolos de cuidados de pacientes em ventilação pulmonar mecânica

62% de redução de pneumonia associada a ventilação – promove cuidado de enfermagem uniforme e baseado em evidências.

Área de saúde Profissional não erra ou não pode errar

Formação profissional não discute a questão do erro

Ausência ou poucos mecanismos de prevenção

A visão do erro é punitiva

Prejuízo consumidor final - paciente

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Utilização de dosagem padrão de insulina na instituição 63% de redução de episódios de hipoglicemia – promove a prevenção de erros de cálculo.

Visita clínica de farmacêuticos

66 a 78% de redução de erros com medicação – profissionais com mais conhecimento sobre determinada especialidade melhoram os resultados do cuidado.

Equipes treinadas em assistência ao parto

50% de redução de eventos adversos com recém-nascidos pré-termo – profissionais com mais conhecimento em determinada especialidade melhoram os resultados do cuidado.

Descrição e padronização práticas com medicação 60% de redução de eventos adversos – promove uniformização e simplifica as práticas de enfermagem na realização da medicação.

6.3 Era da segurança Desde 2002, a OMS vem se preocupando com o tema da segurança dos pacientes. Em 2004, criação da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, para facilitar o desenvolvimento de práticas e de políticas de segurança ao paciente. 6.4 Estratégias para a segurança dos pacientes

6.4.1 Cuidado limpo, cuidado seguro:

Higienização das mãos.

6.4.2 Cirurgia segura:

Checklist para cirurgia segura. 6.4.3 Segurança na medicação:

Conhecimento dos tipos de erros.

Utilização dos 7 certos: Paciente, Medicamento, Dose, via, Horário, Orientação,

Documentação/registro. 6.4.4 Comunicação segura:

Passagem de plantão, registro.

6.4.5 Informe de erros adversos:

Informações sobre o paciente; sobre o erro; hora, local, tipo, sobre o profissional, etc.

Prevenção da resistência antimicrobiana.

6.5 Soluções para a segurança dos pacientes

A OMS em 2007 relacionou 9 intervenções para reduzir os problemas relativos à segurança dos pacientes:

1. Medicamentos com nome e som do nome semelhante; 2. Identificação do paciente; 3. Comunicação na passagem de plantão e na transferência de paciente; 4. Realização de procedimentos corretos nos locais corretos; 5. Controle de soluções concentradas de eletrólitos; 6. Segurança da medicação nas transcrições de cuidados;

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7. Conexões corretas de cateteres e sondas; 8. Uso de dispositivos injetáveis únicos; 9. Higiene das mãos para prevenir infecção associada ao cuidado.

VII – INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA – “IRAS”

As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), principalmente as adquiridas no ambiente hospitalar, estão entre as principais causas de morbidade e de mortalidade e, conseqüentemente, da elevação de custo para o tratamento do doente. Parte considerável das infecções hospitalares pode ser evitada com a aplicação de medidas de prevenção baseadas em conhecimento técnico adequado e apoio administrativo. Apesar da legislação vigente - que determina que todos os hospitais possuam Programas de Controle de Infecção Hospitalar - tem sido observado nos hospitais brasileiros, principalmente longe dos grandes centros, o descumprimento destas normas. 7.1 Definição Considera-se IRAS a infecção adquirida durante a hospitalização e que não estava presente, e nem em período de incubação por ocasião da admissão do paciente. São diagnosticadas, em geral, A PARTIR DE 72 HORAS após a internação. Também são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas de internação quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos realizados depois da mesma. 7.2 Leis e Portarias referentes ao Controle de Infecção Hospitalar

DECRETO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE N° 77.052 de 19 de janeiro de 1976: Em seu Artigo 2°, Item IV, determinou que NENHUMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR PODE FUNCIONAR NO PLANO ADMINISTRATIVO SE NÃO DISPUSER DE MEIOS DE PROTEÇÃO CAPAZES DE EVITAR EFEITOS NOCIVOS À SAÚDE DOS AGENTES, PACIENTES E CIRCUNSTANTES.

PORTARIA 196 -24 JUNHO DE 1983 TODOS OS HOSPITAIS DO PAÍS DEVERÃO MANTER COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) INDEPENDENTE DA ENTIDADE MANTENEDORA! Com a promulgação da LEI FEDERAL N° 9431, DE 6 DE JANEIRO DE 1997: Obrigatoriedade da CCIH!

PORTARIA 2.616/98 - 13 DE MAIO DE 1998 Esta Portaria é composta por CINCO ANEXOS. O primeiro trata da ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CCIH E DO PCIH. No anexo II, temos CONCEITO E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES. No anexo III, ORIENTAÇÕES SOBRE A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E SEUS INDICADORES.. Nos anexos IV e V, observamos RECOMENDAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS MÃOS e outros temas - como o uso de germicidas, microbiologia, lavanderia e farmácia, dando ênfase à OBSERVÂNCIA DE PUBLICAÇÕES ANTERIORES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Os hospitais deverão constituir CCIH para produzir normas para orientar a execução do PCIH. A CCIH - É UM ÓRGÃO DE ASSESSORIA À AUTORIDADE MÁXIMA DA INSTITUIÇÃO E DE PLANEJAMENTO E NORMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, QUE SERÃO EXECUTADAS PELO SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH). A CCIH DEVERÁ SER COMPOSTA POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE DE NÍVEL SUPERIOR.O PRESIDENTE OU COORDENADOR DEVERÁ SER FORMALMENTE DESIGNADO PELA DIREÇÃO DO ÁREA DA SAÚDE DE NÍVEL SUPERIOR.

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PCIH - É UM CONJUNTO DE AÇÕES DESENVOLVIDAS, DELIBERADAS E SISTEMATIZADAS,COM VISTAS À REDUÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL DA INCIDÊNCIA E DA GRAVIDADE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 7.3 A situação do controle de infecção no Brasil Apesar de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatório: CARÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS nas instituições de saúde (principalmente nas públicas), AUSÊNCIA DE CCIHS ATUANTES em grande parte dos hospitais, ou ainda, PROFISSIONAIS exercendo a função SEM CONHECIMENTO ADEQUADO DA ATIVIDADE - o que resulta em elevadas taxas de infecção hospitalar, ocorrência de surtos não detectados em berçários e unidades de terapia intensiva, ESTA REALIDADE PRECISA DE MUDANÇAS! 7. 4 Causas da Infecção Hospitalar A IH pode ser atribuída às condições próprias do paciente com dificuldade em conviver com as bactérias que lhe COLONIZAM A PELE E AS MUCOSAS, pois sua microbiota endógena é importante na aquisição desta infecção. As IH podem decorrer de falhas no processo de assistência, que elevem o risco de aquisição de infecções para os pacientes: falhas no processo de esterilização, falhas no preparo de medicações parenterais, falhas na execução de procedimentos invasivos etc. 7. 5 Classificação das IRAS por topografia 7.5.1 Infecção do Trato Urinário 7.5.1.1 Definição Qualquer infecção do trato urinário relacionada a procedimentos urológicos e ITU não relacionada a procedimento urológico diagnosticada após a admissão em serviço de saúde e para a qual não são observadas quaisquer evidências clínicas e não está em seu período de incubação no momento da admissão. 7.5.1.2 Classificação As infecções do trato urinário relacionadas à assistência à Saúde (ITU-RAS) podem ser classificadas em: a) ITU relacionada a procedimento urológico, mais frequentemente cateterismo vesical; b) ITU não relacionada a procedimentos urológicos; c) ITU sintomática; d) ITU assintomática, também chamada de bacteriúria assintomática. 7.5.2 Infecção de Sítio Cirúrgico 7.5.2.1 Definição As infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) são as maiores fontes de morbidade e mortalidade entre os pacientes submetidos a cirurgias. Estima-se que as ISC prolonguem o tempo de internação em média mais de sete dias e consequentemente o custo do procedimento. Diversos fatores aumentam a incidência de ISC: alguns tipos de cirurgias, como cirurgias cardíacas e queimados; cirurgias realizadas em grandes hospitais, pacientes adultos em comparação com pediátricos e a quantidade de inóculo bacteriano introduzido no ato cirúrgico. 7.5.2.2 Diagnóstico Clinicamente, a ferida cirúrgica é considerada infectada quando existe presença de drenagem purulenta pela cicatriz, esta pode estar associada à presença de eritema, edema, calo, rubor, deiscência e abscesso.

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7.5.2.3 Fatores de Risco a) Diabetes mellitus b) Tabagismo c) Obesidade d) Perda rápida e recente de peso e) Desnutrição f) Idade avançada g) Imunossupressão h) Infecção de sítios distantes i) Tempo de internação pré-operatório j) Tricotomia extensa k) Tempo intra-operatório prolongado l) Técnica cirúrgica m) Uso de drenos 7.5.2.4 Prevenção São três as principais estratégias para reduzir e prevenir as ISC: 1 – Diminuir o montante e o tipo de contaminação. 2 – Melhorar as condições. 3 – Melhorar as defesas do hospedeiro 7.5.3 Infecção do Trato Respiratório A pneumonia relacionada à assistência à saúde é geralmente de origem aspirativa, sendo a principal fonte, as secreções das vias aéreas superiores, seguida pela inoculação exógena de material contaminado ou pelo refluxo do trato gastrintestinal. 7.5.3.1 Fatores de risco 1 – Fatores que elevam a colonização da orofaringe e/ou estômago por microorganismos (tais como, administração de antimicrobianos, admissão em terapia intensiva ou presença de doença pulmonar crônica). 2 – Condições que favorecem a aspiração do trato respiratório ou refluxo do trato gastrintestinal (exemplos: intubação endotraqueal, ou intubações subseqüentes, utilização de sonda nasogástrica, posição supina, coma, cirurgias envolvendo a cabeça, pescoço, tórax e abdome superior, mobilização devido a trauma ou outra doença). 3 – Condições que requerem uso prolongado da ventilação mecânica, exposição a dispositivos ou mãos dos profissionais de saúde contaminadas. 4 – Fatores do hospedeiro, tais como extremos da idade, desnutrição, doenças de base, imunossupressão. 7.5.3.2 Medidas de Prevenção Gerais 1 – Higiene das Mãos 2 – Treinamento da equipe multiprofissional 3 – Profilaxia da úlcera de estresse e a profilaxia da trombose venosa profunda – diminuição do tempo de internação. 7.5.3.3 Medias de Prevenção Específicas 1 – Manter o paciente com a cabeceira elevada entre 30° e 45°. 2 – Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível. 3 – Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica). 4 – Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral). 5 – Frequencia da troca do circuito do ventilador. 6 – Troca de umidificadores passivos (HME) entre 5 a 7 dias. 7 – Aspiração de secreção subglótica contínua para pacientes que irão permanecer sob ventilação mecânica acima de 48h. 8 – Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação. 9 – Monitorizar a pressão do cuff.

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10 – Utilização de ventilação mecânica não-invasiva (VMNI). 11 – Traqueostomia precoce. 12 – Sonda enteral na posição gástrica ou pilórica. 13 – Executar preferencialmente intubação orotraqueal. 14 – Troca de inaladores a cada procedimento. 15 – Nebulizadores – fazer a desinfecção diariamente. 7.5.4 Infecção de Corrente Sanguínea A via mais freqüente de infecção de cateteres inseridos perifericamente e de curta duração é a migração de microorganismos da pele ao redor do sítio de inserção para dentro do trajeto subcutâneo do cateter com a colonização da ponta do cateter. A contaminação da conexão do cateter é um importante fator para a ocorrência de colonização intra-luminal para cateteres de longa permanência. Ocasionalmente os cateteres podem se tornar colonizados por via hematogênica, isto é, pela presença de outro foco infeccioso. Raramente a contaminação da infusão leva à infecção da corrente sanguínea. Importantes determinantes patogênicos das infecções associadas a cateteres são: 1 – O material do cateter. 2 – A virulência do microorganismo infectante. 7.5.4.1 Estratégias para a prevenção de infecções relacionadas a cateteres em pacientes adultos e pediátricos. 1 – Qualidade assegurada e educação continuada – balanço entre a segurança do paciente e o custo-efetividade do material. 2 – Local de inserção do cateter – inserção em extremidades inferiores aumenta o risco de flebites. 3 – Tipo de material do cateter – cateteres de teflon ou poliuretano parecem estar associados com menor ocorrência de infecção 4 – Higiene da mãos e técnica asséptica – em cateteres periféricos curtos e cateteres venosos centrais. 5 – Uso de gorro,máscara, luvas, campos e materiais estéreis durante a inserção de cateter venoso central. 6 – Antisepsia adequada da pele antes da inserção do cateter. 7 – Curativo do local de inserção do cateter – curativos transparentes são seguros e permitem a contínua inspeção do local do cateter. 8 – Heparinização ou salinização freqüente dos cateteres. 9 – Troca do cateter venoso periférico a cada 72 – 96 horas para evitar flebite e reduzir o risco de infecção. 10 – Troca de cateter central de inserção periférica (PICC) – quando necessária. 11 – Trocar o equipo frequentemente. 7.5.4.2 Cateteres usados para acesso venoso e arterial

TIPOS DE CATETER

LOCAL DE INSERÇÃO

EXTENSÃO

COMENTÁRIOS

FIGURA

Cateter venoso periférico

(curto) Abocath

Veias dos antebraços e mãos

< 8 cm

Flebite por uso prolongado. Raramente associado à infecção da corrente sanguínea.

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Cateter arterial periférico

Artéria radial, mas pode ser inserida na femoral, braquial ou tibial posterior

< 8 cm

Baixo risco de infecção. Raramente associado a infecção da corrente sanguínea

Cateter da artéria

pulmonar Swan Ganz

Inserido com um introdutor de Teflon em veia central: Jugular interna, femoral ou subclávia.

> 30 cm, de acordo com o paciente

Geralmente impregnado com heparina. Taxa de infecção similar ao cateter venoso central. A subclávia é preferível para o risco de infecção.

Cateter venoso central inserido perifericamente

PICC

Inserido na veia basílica, cefálica ou braquial, e entra na veia cava superior.

> 20 cm, de acordo com o paciente.

Menor taxa de infecção que os cateteres venosos centrais não tunelizados.

Cateter Venoso Central não tunelizado

Inserido percutaneamente em veias centrais (jugulares internas, femorais ou subclávias); é o tipo de CVC mais utilizado.

> 8 cm, de acordo com o paciente

Envolvido na maioria das infecções da corrente sanguínea

Cateter Venoso Central

tunelizado

Implantado cirurgicamente (cateter de Hickman, Broviac, Groshong ou Quinton) com um túnel subcutâneo e um cuff de dracon próximo ao sítio de exteriorização, que inibe a migração de microorganismos e estimula a aderência ao tecido subjacente selando o túnel.

> 8 cm, de acordo com o paciente

“Cuff” impede a migração de microorganismos do trajeto do cateter. Indicado para pacientes que necessitam de acesso vascular prolongado (quimioterapia, infusão domiciliar ou hemodiálise).

Cateter totalmente implantado

Cateter Totalmente Implantável (CAT): implantado cirurgicamente e acessado por punção através da pele íntegra; possui um reservatório subcutâneo com septo auto-selante em um túnel abaixo da pele.

> 8 cm, de acordo com o paciente

Menos risco de infecção da corrente sanguínea. Melhora a auto-imagem. Não necessita de cuidado no local de inserção. Requer cirurgia para a remoção do cateter.

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Cateter Umbilical

Inserido na veia ou artéria umbilical em recém-nascidos nos primeiros dias de vida.

< 6 cm, de acordo com o paciente

O risco de infecção da corrente sanguínea associada a cateter é similar na veia e na artéria umbilical.

VIII TERMINOLOGIA

AGENTE: substância ou entidade que causa uma reação ou resposta AGENTE ETIOLÓGICO: agente causador de uma doença. AGENTE INFECCIOSO: agente que pode invadir os tecidos do corpo e se multiplicar causando infecção. ANTISSÉPTICO: germicida químico formulado para ser usado na pele ou tecido. ANTISSEPSIA – É o procedimento que visa o controle da infecção a partir do uso de substâncias biocidas de uso na pele ou mucosas. ASSEPSIA – É o conjunto de métodos empregados para impedir que determinado local, superfície, equipamento e/ou instrumental seja contaminado. ARTIGOS – São instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação. ARTIGOS CRÍTICOS – São os artigos que penetram através da pele e mucosas adjacentes, atingindo tecidos subepiteliais e sistema vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartável). ARTIGOS SEMICRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização. ARTIGOS NÃO CRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com apenas a pele íntegra do paciente, como refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário em geral. Exigem limpeza e desinfecção de atividade biocida intermediária. BIODIVERSIDADE: variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e demais ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; abrange também a variabilidade dentro de espécies, entre espécies e ecossistemas. BIOSSEGURANÇA: conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes à atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou qualidade dos trabalhos desenvolvidos. DESCONTAMINAÇÃO – É o método de eliminação parcial ou total de microrganismos dos artigos e superfícies. DESINFECÇÃO – Processo físico ou químico que elimina as formas vegetativas de micro-organismos, exceto os esporulados. DESINFETANTE: agente químico com o propósito de destruir ou inativar irreversivelmente todos os microrganismos, mas não necessariamente seus esporos, em superfícies inanimadas.

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DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA ALTA – Quando os desinfetantes são eficazes contra todas as formas vegetativas bacterianas e destroem parcialmente os esporos. DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA BAIXA – Quando os desinfetantes têm somente ação contra as vegetativas bacterianas. DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA INTERMEDIÁRIA – Quando os desinfetantes não destroem esporos, têm ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos, porém não destroem todos eles. ESTERILIZAÇÃO – é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as esporuladas, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos. MATERIAL BIOLÓGICO INFECCIOSO: material que se sabe conter microrganismos viáveis ou outros agentes transmissíveis (ex. príons), conhecidos ou suspeitos de causar doenças no homem. MATERIAL RECICLÁVEL: qualquer material que após receber tratamento ou beneficiamento, possa ser reutilizado para obtenção de novos produtos. PÉRFURO-CORTANTES: materiais resultantes dos serviços de saúde, capazes de ferir quem os manipula, oferecendo riscos de contaminação. RESÍDUO COMUM: resíduo de serviço de saúde que não apresenta risco adicional à saúde pública. RESÍDUO: qualquer material para o qual não há mais uso futuro. Pode resultar de produtos ou materiais biológicos e químicos ou de atividade institucional ou doméstica (ex. lixo). RESÍDUO CLASSE I: resíduos classificados com perigosos pela norma 10004 da ABNT, por apresentarem riscos à saúde pública e ao meio ambiente. RESÍDUO CLASSE II : resíduos compostos por materiais classificados como perigosos, porém em concentrações que o coloque abaixo do limite de periculosidade estabelecido. RESÍDUO ESPECIAL: resíduo de serviço de saúde do tipo farmacêutico, químico perigoso e radioativo. RESÍDUO BIOLÓGICO: resíduo que contém ou pode conter patógenos de virulência e quantidade suficientes, de modo que a exposição ao resíduo por um hospedeiro suscetível possa resultar em uma doença. Escola de Enfermagem Dr. Gualter Nunes. RESÍDUO INFECTANTE: resíduo de serviço de saúde que, por suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresenta risco potencial adicional à saúde pública. RESÍDUO RADIOATIVO: substância radioativa a níveis acima dos limites de segurança. REJEITO RADIOATIVO: material radioativo ou contaminado com radionuclídeos, proveniente de laboratório de pesquisa, de ensino, de serviços de medicina nuclear e de radioterapia. VALA SÉPTICA: vala escavada no solo obedecendo a critérios técnicos específicos que a torne adequada para receber resíduos dos serviços de saúde. Local para disposição final dos resíduos classe A. VEÍCULO COLETOR: veículo utilizado para a coleta externa e o transporte de resíduos de serviços de saúde.

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IX BIBLIOGRAFIA TRABULSI, L.R. Microbiologia. 2.ed., São Paulo: Atheneu, 1996. BIER, T. Bacteriologia e imunologia. 19.ed., São Paulo, Melhoramentos, 1978. VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de infectologia. Vol. 1 e 2. São Paulo, Atheneu, 1996. HIRATA, M. H.; MANCINI FILHO, J. Manual de Biossegurança. Barueri, Manole, 2002. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (MINISTÉRIO DA SAÚDE). Manual de Segurança do Paciente – Higienização das Mãos. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/index.htm. Acesso em 23 de ago. 2011. COREN SP. Manual da Norma Regulamentadora nº 32 (NR 32).São Paulo, 2009. 30 p. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA Nº 005, de 05 de ago. de 1993. Disponível em http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res93/res0593.html. Acesso em 24 de Out. 2011. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dísponível em www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta...20...967. Acesso em 24 de Out. 2011. PRESIDENCIA DA REPÚBLICA (CASA CIVIL). Decreto Nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4281.htm. Acesso em 24 de Out. 2011. PORTAL DA PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde LIMPURB. Município de São Paulo. Dísponível em www.limpurb.sp.gov.br/. Acesso em 24 de Out.2011 CENEN. Apostila Educativa Radioatividade. Dísponível em www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/radio.pdf. Acesso em 24 de Out.2011 AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA. Infecções relacionadas a assistência a Saúde (IRAs). Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/index.htm