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Segurança. Nosso princípio, nosso futuro.

1927 1959

1991

2001

2013

1976

“Segurança é nosso valor fundamental.” - Gustav Larson,

fundador da Volvo.

Volvo desenvolve o cinto de segurança de três pontos.

Volvo Care Cab, eleita a cabine mais segura em equipamentos de construção.

ESP, controle eletrônico de estabilidade para caminhões e ônibus.

Mais inovações em segurança a caminho.

Crash test em caminhões é introduzido pela Volvo.

Vel

ocid

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ção

fattaa

ll.

Volvo. Líder absoluta em segurança.

2013

www.volvo.com.br

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FROTA&Cia - Maio 2013 - 3

DIRETORIADiretoresJosé Augusto Ferraz Solange Sebrian

REDAÇÃODiretor de Redação e Jornalista ResponsávelJosé Augusto Ferraz – (MTB 12.035)[email protected]

EditoraSônia [email protected] [email protected]

ColaboradoresBruno Aurélio – (MTB 69.116SP)[email protected]

ARTEEditorFábio Bortoloto (MTB 31.295)[email protected]

COMERCIALDiretoraSolange [email protected]

CIRCULAÇÃOGerenteJosé Carlos da [email protected]

ADMINISTRAÇÃOGerenteEdna [email protected]

Assinaturas e Alterações de Dados CadastraisServiço de Atendimento ao AssinanteFone/Fax (0**11) 3871-1313E-mail: [email protected] ANUAL - R$ 132,00 (12 edições)Preço do Exemplar Avulso: R$ 11,00REDAÇÃO, PUBLICIDADE,CIRCULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Ministro Godói, 507 (Água Branca)05015-000 – São Paulo – SP – BrasilFone/Fax (0**11) 3871-1313Home page: www.frotacia.com.brFROTA&Cia é uma publicação mensal da Editora Frota Ltda,de circulação nacional e controlada, enviada a empresários eexe cutivos em cargos de direção, de empresas de transportesde cargas e passageiros. Circula também junto a embarcado-res de cargas, compradores de serviços de transportes, frotis-tas em geral e fornecedores de produtos e serviços de trans-portes. Direitos autorais reservados. É proibida a reproduçãototal ou parcial de textos e ilustrações integrantes da ediçãoimpressa ou virtual, sem a prévia autorização dos editores. Ma-térias editoriais pagas não são aceitas e textos editoriais nãotem qualquer vinculação com material publicitário. Conceitosexpressos em artigos assinados e opiniões de entrevistadosnão são necessariamente os mesmos de FROTA&Cia.

Editoração eletrônica - Editora FrotaTratamento de imagens e Arquivos digitais - FênixImpressão - PROL Gráfica e EditoraLaboratório fotográfico - PH ColorTiragem - 13.000 exemplaresCirculação - Maio 2013Filiada ao Instituto Verificador de Circulação Dispensada de emissão de documentos fiscais conforme Regime Especial Processo SF-04-908092/2002

Foto de capa: Montagem sobre fotos: Divulgação/Randon

FROTA SERVIÇOS

✆ Fone/Fax: 11 3871-1313Internetwww.frotacia.com.brE-mail: [email protected]

Linha diretaAssinaturas/Alteração de CadastroJosé Carlos da Silva - [email protected]

Redação/Sugestões de PautaSônia Crespo - [email protected]

Publicidade/Reprintes de matériasSolange Sebrian - [email protected]

Diretoria/ReclamaçõesJosé Augusto Ferraz- Diretor de Redaçã[email protected]

EDITORIAL

Decorrido um ano da promulgação da Lei 12.169,que regulamentou a profissão dos motoristas pro-fissionais, FROTA&Cia aproveita para fazer um ba-

lanço dos efeitos da legislação em vigor, no dia-a-dia das em-presas de transportes. Sob certo aspecto, o resultado não po-deria ser mais promissor. Boa parte dos entrevistados admitea oportunidade da nova normativa legal, tendo em vista aimportância de se poder contar com regras claras, para nor-tear a relação entre transportadoras e seus motoristas, sejamfuncionários ou agregados.

Da mesma forma, os executivos não escondem o esforçoque vêm sendo dispendido por suas empresas, no sentido de ajustar as rotinas operacionaispara atender ao novo regulamento. A despeito dos percalços que continuam ocorrendo noprocesso natural de ajustamento, por conta da novidade, da falta de infraestrutura interna,da resistência dos clientes ou, então, em decorrência da mudança de cultura e comporta-mento das partes envolvidas na questão, entre outros motivos citados.

Contudo, em que pese tal empenho, é certo que nem tudo poderá ser resolvido à basedo decreto. A parada obrigatória de 11 horas para descanso, a cada 24 horas, bem comoas regras que regulam o tempo de direção encontram dificuldades para o seu cumprimen-to. Sobretudo, em função das particularidades da atividade, permanentemente em trânsitoe de caráter dinâmico e sujeitas à toda sorte de acasos.

Os empresários também reclamam da falta de infraestrutura nas rodovias brasileiras, pa-ra atender tais exigências. Bem como a dificuldade em conciliar a legislação em questão comas normas impostas pelos programas de gerenciamento de riscos, que priorizam a seguran-ça da carga e do motorista, em lugar da obrigação legal. Isso, sem contar, as exigências dospróprios clientes, associadas a prazos mais curtos de entrega, mais eficiência e segurançanas operações.

É certo que, com o tempo, tudo tende a se ajustar. Importante é aproveitar essa opor-tunidade histórica para uma séria revisão das práticas de gestão de cada empresa. E exigirdas autoridades competentes a mesma correspondência, na resolução dos entraves da Lei.Só assim, o setor como um todo sairá ainda mais fortalecido desse processo. Com fretes re-munerados por sua justa valia. E colaboradores motivados, em retribuição a sua importân-cia na cadeia produtiva..

José Augusto FerrazDiretor de Redação

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revista

Oportunidade histórica

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4 - FROTA&Cia - Maio 2013

SUMÁRIO

Edição nº 166 - Maio - 2013

03

Div

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ção

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ção

Seções

Editorial

06Transporte On-line

58Panorama

37pag.

32pag.

Lei que regulamenta a profissão de motorista altera rotina dasempresas de transportes e gera custos adicionais e novos desafios

Capa - Lei 12.619

14

Na Alemanha, Mercedes-Benz faz estreia mundial dos novoscaminhões Unimog e Econic, para atender a futura norma Euro 6

Lançamento Internacional

18

Mercedes-Benz aproveita a Bauma 2013 – a maior feira deequipamentos de construção do mundo - para mostrar novidades

Internacional - Bauma 2013

20

Uma rápida visita à fábrica da Iveco Veículos de Defesa, emBolzano, na Itália, mostra o domínio da empresa nessa área

Internacional - Iveco

22

A Volvo comemora os 85 anos de produção de seu primeirocaminhão e lança uma série especial para comemorar a data

Efeméridas

24

A TNT Express anuncia sua disposição de vender a TNT Mercurio,para se dedicar com mais atenção aos serviços de carga expressa

Empresas I

26

Duas empresas se lançam no mercado para disputar as cargas dealto valor agregado, utilizando sua frota de caminhões blindados

Empresas II

30

A MWM International completa 60 anos de produção e festeja amarca de 4 milhões de motores produzidos e a volta à Argentina

Empresas III

31

Uma festa grandiosa, realizada no Palácio dos Transportes, sede daNTC e do Setcesp marca os 20 anos de realização doo Prêmio Lótus

Eventos

32

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6 - FROTA&Cia - Ma o 2013

TRANSPORTE ON LINE

Mais que tardiaDepois de décadas de espera e milhares de vitimas, entre mortose feridos, tiveram início as obras de duplicação da Serra do Cafe-zal, último trecho de pista simples da Rodovia Régis Bittencourt(BR-116), que liga São Paulo ao Sul do País. Iniciada no começo demarço, ao custo estimado de R$ 700 milhões, a obra de 19 quilô-metros no trecho central da serra, deve ser concluída em 2017.

Medidas paliativasDepois de um mês de discussões internas, o governo federal desistiude anunciar em caráter nacional, um pacote de medidas para redu-zir o caos no escoamento da supersafra de grãos. O motivo foi aconstatação dos efeitos limitados das iniciativas que seriam propos-tas. De forma reservada, os próprios técnicos do governo considera-ram como paliativas tais medidas.

À espera deinvestidoresA Metro-Shacman anunciou que estábuscando investidores para a constru-ção da fábrica de caminhões que pre-tende erguer no terreno de 53 mil m2

que possui em Tatui (SP), às margensda rodovia Castelo Branco. O aporteestimado é da ordem de R$ 400 mi-lhões. Maurício Vieira, diretor de ope-rações da empresa, conta que a Shac-man ainda não decidiu qual será suaparticipação na nova fábrica, mas éesperado que parte do investimentoseja bancada pela fabricante chinesa.

À espera do localA Foton Aumark, importadora oficial dos caminhões da marca chi-nesa no Brasil, informou que o Rio Grande do Sul é o mais sério can-didato para abrigar a futura fábrica da empresa, anunciada em 2012mas, ainda, sem local definido. Se tudo der certo, a construção co-meça ainda este ano. Depois de concluída, a planta terá capacidadepara produzir 20 mil unidades por ano, em um turno.

■ IPI zeroO governo manteve a decisão de estender até 31 dezembro

o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero pa-

ra caminhões. O mesmo vale para os veículos comerciais

leves, que permanecem tributados em apenas 2%, contra

8% cobrados anteriormente.

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Escolha do clienteUm lote de 28 caminhões Scania G 47010x4*6 foi entregue à Ferrous Resources doBrasi, para operar no transporte de minériosna mina de Viga, em Congo-nhas (MG). Equipados comquatro eixos direcionais, cadacomposição pode tracionaraté 50 t de carga líquida, comuma caçamba de 22,5 m3 decapacidade. Os caminhõestrabalham em regime de 24horas, operados em três tur-nos, e percorrem cerca de150 Km por dia. “Saber que oconjunto 10x4 foi uma esco-lha do cliente comprova quedesenvolvemos veículos que

atendem às necessidades do segmento”,afirma Silvio Renan Souza, gerente de Ven-das de Veículos Off Road da Scania no Brasil.

■ Controle totalDesde o dia

29 de abril,

a Suspen-

sys, joint venture formada pe-

la Randon e a Meritor agora é

uma empresa 100% do grupo

Randon. A empresa fabrica

sistemas de suspensão, eixos,

vigas, cubos, tambores de

freio e suportes para veículos

comerciais e está instalada

em Caxias do Sul. As duas em-

presas - Randon e Meritor -

continuam sócias em partes

iguais na Freios Master.

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TRANSPORTE ON LINE

Fabricantes de caminhões aproveitaram aBauma 2013, a maior feira de equipamentospara construção e mineração do mundo, reali-zada em meados de abril em Munique, na Ale-manha, para lançar veículos adequados ao se-tor e já equipados com a tecnologia Euro 6,obrigatória na Europa a partir de janeiro de2014. Confira algumas dessas novidades.

● A Mercedes-Benz apresentou seu novocaminhão Arocs, com motorização Euro 6, ter-ceiro veículo especial pesado da Mercedes-Benz Trucks. Antes disso a empresa lançou oActros para operações de longo percurso, se-guido do Antos para serviços pesados de dis-tribuição. O novo caminhão já está sendo co-mercializado na Europa.

● A Scania mostrou uma gama completade caminhões com motorização Euro 6, in-cluindo a estreia mundial de uma robusta ver-são V8, para construção. O modelo vem equi-pado com sistemas inteligentes de apoio àcondução e câmbio Opticruise.

● A MAN fez a estreia mundial deseus veículos para construção comtecnologia Euro 6. O destaque ficoupara as novas versões de cabines comparachoques em aço. As gamas TGL eTGM ganharam novas versões de ca-bines duplas. Já as linhas TGS e TGXpara a construção apresentam novo designfrontal, mais robusto.

● A Fiat Industrial trouxe novi-dades da Iveco, como o caminhãoTrakker HiRoad, 4X4, com motorEuro 5 de seis cilindros e potênciade 450 cv. A Astra, outra montadorado grupo, não deixou por menos elançou o super-pesado HHD9.

● A Volvo Trucks jogou suasfichas no novo Volvo FMX Euro 6.O veículo traz um motor elétricoligado à caixa de direção, quesubstitui a força muscular do motorista emvelocidades baixas.

Metas de gestão IDurante a cerimônia de posse da novadiretoria da Anfavea para o triênio2013/2016, o presidente Luiz Moan Ya-biku Júnior destacou dois pontos cru-ciais que serão trabalhados em sua ges-tão: o novo mercado brasileiro, que em-bora ainda apresente bom potencialeconômico passou a ser um grande desafio; e produzir dentrode padrões internacionais, para incentivar as exportações.

Metas de gestão IIPara encarar o desafio, Moan aposta em dois programas: o Ino-varAuto e o ExportarAuto, esse último criado pela nova gestão,que projetam a produção de 5 milhões de veículos nos próximos5 anos. Entre 2013 e 2017, diz o executivo, as montadoras pre-tendem investir R$ 60 bilhões em modernização e novas tecno-logias, com reflexos positivos também para os fabricantes de au-topeças. Para o setor de caminhões, Luiz Moan projeta um cres-cimento de 8% na produção em 2013, o que totalizaria 150 milunidades no ano.

■ Linha Euro 6 invade Bauma 2013

FROTA&Cia - Maio 2013 - 11

Em busca de eficiênciaGoverno e fabricantes de veícu-los estudam a criação de umapolítica para melhorar a eficiên-cia energética dos veículos pesa-dos. A ideia é criar um programasemelhante ao Inovar-Auto, con-cedendo benefícios tributários àsmontadoras que investirem nabusca de mais eficiência energé-tica. De acordo com o diretor de

Relações Institucionais da Mer-cedes-Benz, Luiz Carlo Moraes,um dos pontos em discussão é arenovação da frota circulante decaminhões. "A renovação dafrota é necessária para substituirveículos ''gastões'' e inseguros",argumenta.

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12 - FROTA&Cia - Maio 2013

TRANSPORTE ON LINE

Na última horaA desoneração da folha de pagamento pa-ra o setor de transportes, autorizada pelaMedida Provisória nº 612/13, foi comemo-rada por representantes de todos os seg-mentos envolvidos, leia-se o aéreo, rodo-viário de carga, metro ferroviário, ferroviá-rio, portos e aeroportos. Tudo porque, ini-cialmente, o transporte não estava incluí-do na lista de setores beneficiados. Mas,tão logo deram conta do fato, dirigentes eempresários sindicais voaram às pressaspara Brasília e conseguiram reverter o qua-dro. O resultado apareceu em forma daedição extra do Diário Oficial da União, pu-blicado em 4 de março ultimo e vale de 1ºde janeiro a 31 de dezembro de 2014.

No final de 2012 o presidente da Veloce, Paulo Guedes,projetava boa expansão do setor de transporte de

cargas para este ano. Mas, hoje, admite que omercado não reagiu como era esperado no pri-meiro trimestre de 2013 e já revê algumas desuas previsões. “Para nós certamente será umano melhor que 2012, pois recentemente fecha-

mos dois importantes contratos, que nos darãoganhos de volume razoáveis, mas não haverá o tal

crescimento espetacular projetado inicialmente por di-versos setores produtivos e comerciais”, comenta. O exe-

cutivo justifica sua reavaliação por conta do aumento das taxas dejuros, o possível crescimento da inflação nos próximos meses e astímidas projeções de expansão da economia, que devem provocarrmenores demandas de transporte.

Ford lança Fleet ServiceNa hora de comprar ou efetuar a primeirarevisão de um caminhão Cargo ou umaTransit, da Ford, o empresário poderá optarpor um contrato de manutenção especialpara o veículo, chamado Fleet Service. Oserviço tem um valor mensal, com base naquilometragem acumulada e no custo porquilômetro definido no contrato. Sempre

que o veículo precisar de manutenção, bas-ta levá-lo a qualquer um dos 140 distribui-dores da Rede Ford Caminhões do Brasil.São oferecidos três tipos de plano: manu-tenção preventiva (Class), manutenção pre-ventiva mais peças de desgaste natural(Plus) e manutenção preventiva mais manu-tenção corretiva (Prime).

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Com os pés no chão■ Banda para VUC

De olho no aumento da frota em cir-culação dos VUCs (Veículo Urbano deCarga), a Vipal desenvolveu uma ban-da para reforma de pneus, concebidaespecialmente para uso em esse tipode veiculo. Batizada de VP430L, o pro-duto atende as necessidades de resis-tência e desempenho dos pneus utili-zados em vans, furgões e camionetasde carga que transitam nos centros ur-banos do país.

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Capa – Lei 12.619

14 - FROTA&Cia - 2013

Por Sônia Crespo

Ela chegou num momento econô-mico difícil e num período detransição tecnológica compli-

cado para o setor de transportes (mo-tores Euro III para Euro V). Desdemeados de 2012 a Lei 12.619, que regu-lamenta a profissão de motoristas decaminhões e ônibus, ronda as opera-ções das empresas de transporte de car-gas e custa a emplacar. Para atendersuas exigências, as transportadorascontinuam remontando periodica-mente suas equipes e rotas, e incorpo-rando custos adicionais de até 40% nasoperações. Por outro lado, embarcado-

res de carga se assombram ao se de-frontar com polpudos acréscimos novalor dos fretes. Enquanto isso, a Polí-cia Rodoviária Federal, encarregada decuidar do cumprimento da lei, só teveaval para iniciar a fiscalização em feve-reiro deste ano, quando o Contran fi-nalmente permitiu o inicio dessasoperações. A normativa atinge emcheio as transportadoras que operamem médias e longas distâncias.

A polêmica da lei – ressalvando suacoerência com a atividade do motorista– desvenda deficiências múltiplas. Porexigir mudanças de hábitos operacio-

nais, como o descanso obrigatório docondutor a cada 4 horas, a legislaçãotambém impõe mudanças estruturais,como a existência de pontos de paradaao longo das estradas seguros e conve-nientes – que na maioria das estradasdo país não existem.

Outra questão que vem preocu-pando empresários do setor é o períodode descanso de 11 horas, a cada oitohoras de viagem. É uma parada longa,se forem consideradas que as condiçõesdo local de estadia, via de regra, não sãofavoráveis nem para o motorista emuito menos para a carga transportada.

LEGAL, MAS PESADALEGAL, MAS PESADANova regulamentação da profissão de motorista

provoca reviravolta na rotina administrativae operacional das empresas de transportes

Maio

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As controvérsias da novanorma legal vêm gerando umasérie de debates entre todas aspartes envolvidas, que pedema flexibilização em alguns itens.Estas reuniões geraram atéuma proposta, encaminhada aoCongresso Nacional, a qual su-gere que o intervalo de des-canso de meia hora passe a serde seis e dez horas, e que otempo de descanso diário, esti-pulado inicialmente em 11horas, seja quebrado em oitohoras mais três horas. O textotambém sugere que o limite dehoras extras passe de duas paraquatro horas diárias.

HORA DA MUDANÇA –Para Ana Carolina Ferreira Jar-rouge, diretora de RH e do de-partamento Jurídico da Ajofer,é preciso administrar toda estasmudanças, contratando pessoalpara treinar, recolher e imputartodas as informações das pape-letas no sistema de ponto.“Muito embora a Lei admita ouso de instrumentos eletrônicosde controle de jornada, os mes-mos ainda não estão aptos e otempo que o motorista fica forado veículo, mas à disposição da

empresa, não é contemplado e contro-lado por estes sistemas, o que torna ocontrole ineficiente”, observa.

“Os principais impactos no mercadoidentificados foram a súbita diminuiçãoda oferta de mão-de-obra qualificada e aexigência de uma melhoria nos proces-sos de controle”, comenta Antonio Sid-nei Petruco, Diretor Adjunto deOperações da RTE Rodonaves. Deacordo com o dirigente, a ampliação doquadro de condutores, diz, foi pequena:“Visto que já respeitávamos a legislação,ampliamos nosso quadro de motoristasem 10%”, revela.

ROTINA ALTERADA – A Leipraticamente muda toda a rotina,interna e externa, das operações.“Muda nos aspectos de prazo, ho-rário de entrega no cliente final,risco com o motorista de transfe-rência, de não poder ficar em local se-guro, limpo e com chuveiros, atémesmo adequado para a alimentação,aumento de aquisição de veículos pró-prios e contratação de motoristas espe-cializados, algo que hoje em dia nãotemos disponível no mercado”, enu-mera Evaldo Araújo, Gerente de Trans-ferência e Manutenção de Frota daAtiva Logística. Além de adquirirnovos caminhões para atender as de-mandas, a transportadora adotou umamedida estimuladora e necessária: aformação de profissionais dentro daprópria organização, dando oportuni-dade para pessoas que já atuam na em-presa e queiram mudar a profissão.

Mais que atender adequadamente àsnormativas impostas pela lei, é precisocorresponder às expectativas dos clien-tes. “Eles estão exigindo, cada vez mais,melhores preços, menos prazo de en-trega, mais eficiência nas informações emais segurança das mercadorias”, lem-

bra Neri Lovato, di re tor-presidente daTranslovato. “Precisaremos reinventarboas estratégias”, acredita.

DORMINDO COM O INIMIGO – Aparada obrigatória de 11 horas, exigidapela lei, tem deixado os empresárioscom a pulga atrás da orelha, mesmoaqueles que antes da 12.619 já dispu-nham de locais definidos de paragem,como a RTE Rodonaves. “A atividade édinâmica e diariamente encontramosdificuldades em novas rotas devido àinfraestrutura do país”, retruca AntonioSidnei Petruco. A Ativa Logística, porexemplo, ampliou seu roteiro de para-das. “Já temos os locais definidos pornossa seguradora e, ainda assim, fize-mos um novo mapeamento e homolo-gamos mais alguns pontos de apoio”,diz Evaldo Araújo.

Mas o perigo permanente nas estra-das brasileiras, vira e mexe, assombra arotina desses empresários: “A falta de

FROTA&Cia - 2013 - 15

Frota terceirizada: alvo

Ana Ferreira, da Ajofer:instrumentoseletrônicos decontrole de jornadaainda não estão aptos

Para o presidente da Veloce, Paulo Guedes (foto), a regulamentação da

atividade de motorista traz um impacto direto no transporte rodoviário de

carga, principalmente nas operações com autônomos. “Para um operador lo-

gístico muda indiscutivelmente a rotina operacional, uma vez

que os novos horários a serem cumpridos limitam a fun-

ção desses profissionais e a essência de nosso serviço se

traduz em altíssima produtividade”, relata o executivo,

estimando que 2/3 das operações da empresa sofrerão

impactos de médios – com reajustes variando entre 10%

e 20% – a intensos – estes sim, com fortes im-

pactos entre 40% e 50%. “Estimo que na Ve-

loce o custo operacional deverá aumentar, em

média, uns 15%”, resume.

Foto

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Maio

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Capa – Lei 12.619

16 - FROTA&Cia - 2013

segurança nas rodovias no país é umfato latente e o roubo de cargas ainda éum grande problema a ser resolvido”,reclama Antonio Carlos Madureira, res-ponsável pelo departamento financeiroda RDA Transportes.

Na Veloce, os locais de paradas paradescanso são homologados pela em-presa. “Concentramos um volume con-siderável de operações entre o estado deMinas Gerais e a Argentina. Nesta rota

disponibilizamos de bons postos de pa-rada”, destaca o presidente da empresa,Paulo Guedes.

Da mesma forma acontece na JSL:“Além da rede de postos conveniados,que garantem paradas seguras para omotorista e a carga, temos uma rede de170 filiais em 15 estados, que servem deapoio ao motorista”, relata AdrianoThiele, Diretor de Operações e Serviçosda JSL, lembrando que o modelo opera-cional da empresa exige que o condutornão rode à noite. Thiele acrescenta,ainda, que toda a frota de 5,4 mil cami-nhões é monitorada 24 horas por dia.

REVISÃO NECESSÁRIA – A Lei des-venda ainda uma série de determinaçõesexageradas, sob o ponto de vista dostransportadores, que poderiam ser reava-liadas. Uma delas é a quantidade exces-siva de paradas e períodos de descanso.Evaldo Araújo, da Ativa, diz que implan-tar a norma somente em viagens muitolongas, onde se gasta de setenta e duas aténoventa e seis horas (de três a quatrodias), seria o ideal. “Viagens curtas, naminha opinião, não têm a mesma necessi-dade, uma vez que os motoristas sempredescansam ao final da jornada”, justifica.

Também o Diretor de Operações daCeva Logístics, Ricardo Melchiori, acre-dita que o que poderia ser revisto nas de-terminações da lei é o tempo de descansoao final da jornada. “A parada para osono de um caminhoneiro é diferente: elepousa em lugares dis-tantes, sem movimentoalgum. Ficar ali por 11horas pode ser umtédio, já que depois de 7ou oito horas de sono eleestará descansado e de-sejará seguir viagem,mas terá de aguardar nolocal até completar as 11horas”, observa.

A tendência é de queo setor vá se adaptando,

aos poucos, e as empresas de logísticabusquem soluções mais produtivas,acredita Paulo Guedes, da Veloce. “Háviagens que duram 10:30h. Nestes casos,o motorista tem de rodar 10 horas, pararpor 11 horas para no dia seguinte reto-mar a viagem de meia hora. Aqui a leipoderia ser mais flexível”, aponta.

CUSTOS – Capítulo a parte, a questãodos custos para as empresas de trans-portes, diz Ana Carolina Ferreira, vaialém das despesas operacionais, pois im-plica também em diversas mudanças derotinas administrativas e, a mais onerosadelas, sem dúvida, é um custo ‘invisível’ou ‘intangível’: o da mudança de com-portamento e cultura das empresas detransporte. “Na Ajofer, levantei impactode custo de forma muito simples, apli-cando a legislação dentro dos limitesdiários, ou seja, com 2 horas extras e 2horas de tempo de espera por dia, paracada motorista. O impacto chega a 45%de incremento na folha de pagamento daminha principal mão de obra. No en-tanto sabemos que esta não é a reali-dade, isso seria o melhor dos mundos.Fato é que as horas de espera com cer-teza serão muito superiores a 2 horas

diárias e, ainda, não consi-derei as hipóteses de adi-cional noturno”, relata. Emresumo, diz, o impacto po-derá ser muito maior.

Na RTE Rodonaves,segundo Petruco, estescustos servirão de exercí-cio para melhorar a ope-ração: “Trabalhamos nummodelo em que pretende-mos ‘tirar a diferença’ pormeio da produtividade”,revela.

Adriano Thiele (foto), Diretor

de Operações e Serviços da JSL –

Julio Simões Logística, relata que

2/3 das operações são dedicadas e

terão impactos na gestão. “Além

de cumprir a lei, é necessário com-

provar a execução”, lembra o exe-

cutivo, alertando para a ne ces sidade

de mais formulários e controles da

atividade. Thiele adianta que a JSL

já está desenvol-

vendo meios de

implantar uma

ferramenta ele-

trônica de gestão

de jornada, de-

vidamente cus-

tomizada.

Controle eletrônico

Ricardo Melchiori, da Ceva:revisão no tempo de descansoao final da jornada

Madureira, da RDA: falta de segurança nas rodovias no país é fato latente

Neri Lovato, daTranslovato:

clientes exigemcada vez mais

segurança paraas mercadorias

Maio

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FROTA&Cia - Abril 2013 - 17

Neri Lovato, da Translovato, tam-bém destaca o impacto que as empresassofrerão nos prazos de entrega.

“Para atender clientes que mantive-rem a exigência de prazo teremos de en-viar mais de um motorista, quandonecessário. Também será preciso adi-cionar o custo das paradas, pois agrande maioria dos locais cobra otempo de permanência do veículo nolocal”, exemplifica Antonio Carlos Ma-dureira, da RDA Transportes.

O RUIM PODE SER BOM – Em exer-cício, a Lei poderá representar uma evo-lução na rotina da cadeia logística,analisa o diretor da Ceva Logístics, Ri-cardo Melchiori. “Na prática, ajudará aatividade do condutor, mas por outrolado, abrirá oportunidades no segmento.Por exemplo, atrairá mais mão-de-obrapara a atividade, hoje tão escassa. Tam-bém criará uma disciplina nas operaçõese melhorará o desempenho em toda acadeia logística, pois o tempo de paradado condutor terá de ser muito bem con-trolado”, observa o executivo, lem-brando que hoje o motorista demora asair ou a chegar com a carga porque emalgum ponto da operação ele foi retido.

Ana Carolina Ferreira admite quenão é tarefa fácil mudar comporta-mento e cultura em pouco tempo. “Averdade pura e simples é uma só, estalegislação é uma grande oportunidadepara o transportador recompor seufrete, que é um dos menores praticadosno mundo. A responsabilidade é detodos, e os reflexos nos custos tambémdeverão ser suportados por todos, enão só pelo transportador”, opina.

Mudanças sempre tem seu lado bom,reconhece Petruco, da Rodonaves.

“Acreditamos que a constante regula-mentação do mercado irá sanear açõesque inibem a competição saudável, fatohoje muito comum em um mercadocomo o de transportes”, diz.

Paulo Guedes, da Veloce, enxergavantagens específicas da Lei para o operador logístico: “Vamos estabelecer controles para que transportadorascum pram devidamente seus contratos,assim como controlar melhor o trabalhodo motorista, através dos tacógrafos”,completa.

De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), "A regu-

lamentação da Lei 12.619 veio por meio da Resolução 405, de junho de 2012. Em

seguida foi publicada a resolução 417 que dava um prazo de 180 dias para o Mi-

nistério dos Transportes e do Trabalho divulgar uma lista com as rodovias que

poderiam ser fiscalizadas. A Justiça do Trabalho derrubou por meio de liminar

essa resolução, mas a AGU (Advocacia Geral da União) conseguiu reverter a de-

cisão. Resumindo: se a lei é federal, todas as rodovias têm de ser fiscalizadas, e

não só algumas. Com isso, a Resolução 405 (revalidada pela texto da Resolução

408) vigora em sua plenitude", informou o Denatran, avisando que a fiscaliza-

ção está sendo feita por agentes autuadores como Polícia Rodoviária Federal,

Polícias Rodoviárias estaduais e DER desde fevereiro deste ano.

Fiscalização ativa

Outro importante elo da

cadeia do transporte – a in-

dústria de seguros – tam-

bém sentiu os efeitos da

nova Lei dos Motoristas em

seus negócios. Em entre-

vista para FROTA&Cia, o

vice-presidente do Conselho

de Administração da Brasil

Insurance, Fábio Franchini

(foto), não escondeu que o

mercado segurador se mos-

tra bastante preocupado

com a implantação da nova

norma legal. “A obrigato-

riedade de parada em pe-

ríodos determinados obriga

a uma ampla revisão do

transit time das entregas”,

comenta o especialista.

“Porém, muitos transporta-

dores e embarcadores não

atentaram para o fato, com

riscos de criar um passivo

trabalhista ou então, serem

impedidos do ressarcimento

do seguro, pelo descumpri-

mento da legislação em

vigor”, completa. Hoje, na

visão de Franchini, o mer-

cado de transporte vive o

pior dos mundos: existe

uma legislação que criou

um problema para toda a

cadeia, mas não existe fisca-

lização. “Os maiores preju-

dicados são as empresas que

agem segundo a Lei, mas

arcam com custos maiores e

sofrem a concorrência des-

leal daquelas que a descum-

prem”, atesta Fanchini.

A lei e o seguro

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18 - FROTA&Cia - Maio 2013

internacional - lançamento

Mais ‘durões’ que nunca, os novos caminhões especiais daMercedes-Benz Unimog e Econic, agora com motorização Euro 6foram apresentados mundialmente em abril, na Alemanha

Por Sonia Crespo, de Wörth, Alemanha

to, os executivos da monta-dora alemã já avaliam proe-minentes polos de consumoem outras regiões do mundo– como o Brasil, por exemplo.Para o engenheiro H. Wolf-gang Mack, executivo devendas da Mercedes-Benzalemã, a montadora temgrande interesse em trazer

esses veículos para nosso país, aindamais neste período em que vêm sendodivulgadas realizações de grandesobras de infraestrutura. “Estamos ana-lisando as possíveis aplicações destesveículos no Brasil”, anuncia. Mas, seainda não temos o Unimog, temos uma“mão” brasileira neles: existem atual-mente 350 empresas brasileiras forne-cedoras de componentes e implemen-tos para as dez versões de Unimog pro-duzidas na Alemanha. Só a linha Uni-mog Porta-Implementos carrega 150peças fabricadas por aqui. Na Américado Sul, os principais mercados dessesveículos são o Chile e o Perú.

DESAFIO – Os novos caminhões espe-ciais Unimog e Econic adotaram a mo-torização Euro 6 sem perder sua capaci-dade e suas principais característicasfuncionais. “Foi um verdadeiro desafio

Eles estão mais parrudos, durões, eco-nômicos e mais ambientalmentecorretos. As novas séries de cami-

nhões especiais da Mercedes-Benz Unimog eEconic, com motorização Euro 6, fizeram suaestréia mundial no mês de abril, na planta damontadora em Wörth, naAlemanha, mos-trando uma série de inovações, tanto na po-tência quanto no conforto, para facilitar a ro-tina das operações. severas. A linha Unimog éutilizada em manutenções de grande porte e

conservação de estradas, enquanto a sé-rie de caminhões Econic atende deman-das em centros urbanos, como serviçosde administração municipal (coleta delixo, limpeza e corpo de bombeiros, porexemplo).

Mesmo sendo comercializados paramais de 80 países, os principais merca-dos desses veículos estão concentradosnas grandes capitais europeias. De olhoem novas oportunidades para o produ-

Novo Unimog U 5023: maisecológico e com a mesmacapacidade para transitarpor terrenos acidentados

Garra sustentávelGarra sustentável

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DNA FORTE – Ao todo são dez mo-delos de caminhões Unimog da série U– 216 e 218 (lançamentos), 318, 423, 427,430, 527, 530 (porta-implementos) e4023 e 5023 (linha off-road) – todos par-rudos e poderosos, que ganharam ino-vações. As versões básicas U 216 yU 218 foram totalmente remodeladas esubstituem a linha Unimog U 20. Já osmodelos Unimog U 318 até o U 530 fi-caram mais potentes, com melhor ma-nobrabilidade e aptos para mais aplica-ções. Os modelos Unimog U 4023 yU 5023 ficaram mais ecológicos e efi-cientes, com a mesma capacidade paratransitar por terrenos acidentados emergulhar em lagos e rios até altura deaproximadamente 1 metro.

A linha de caminhões Econic Euro6 manteve a cabine em alumínio, am-pla como na versão anterior, mais re-baixada (a 40 centímetros do solo, faci-litando o trabalho do condutor e desua equipe) e mais próxima do padrãodos caminhões da série A da montado-ra. O motor é de seis cilindros, compotências variando entre 299cv e 354cv. Na versão Econic a gás natural,mesmo com o equipamento de emis-sões Euro 6, a capacidade de carga útilnão foi alterada. A versão a gás circulana Alemanha desde 2002. “É o maiormercado para este produto: cerca de90% de nossa produção abastece os

para nós incorporarmos a tecnologiaEuro VI nesses veículos, porque quería-mos manter o Unimog compacto e ágil,preservando todo o espaço para a ins-talação de equipamento adicional, e to-das as vantagens da cabine rebaixadado Econic”, resume Yaris Pürsün, exe-cutivo da Mercedes-Benz SpecialTrucks da Alemanha, durante a apre-sentação mundial dos novos veículos.

ECONOMIA NA MARRA – Na apre-sentação do novo caminhão, StefanBuchner, principal executivo da Merce-des-Benz Trucks da Alemanha, desta-cou a nova linha de propulsores dequatro e de seis cilindros, com potên-cias que variam entre 156 CV e 354 CV.O dirigente comentou que uma dasprincipais diretrizes no desenvolvi-mento e aprimoramento dos novosprodutos, que absorveu 150 milhões deEuros, foi a redução de consumo decombustível. “para o Unimog conse-guimos uma economia de 3%. Já para oEconic essa redução chega a 4%”, van-gloria-se. Além disso, as novas versõesdo Unimog aumentaram os intervalosde manutenção, de 1,2 mil horas para1,4 mil horas. Já os intervalos de manu-tenção do Econic foram reduzidos em10%.

grandes centros urbanos da Alema-nha, como Berlim”, detalha, acrescen-tando que novos mercados estão sur-gindo para o produto, como Istambul,na Turquia, com quem a montadoraestá vem fechando novos contratos. OEconic será produzido nas versões4x2, 6x4 e 6x2/4.

(*) A jornalista Sonia Crespo viajou àAlemanha a convite da Mercedes-Benz

Econic a gás natural: mesmo com o equipamento de

emissões Euro 6, a capacidade de carga útil não foi alterada

FROTA&Cia - Maio 2013 - 19

Foto

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ivul

gaçã

o

Antes de serem lançados, as novas gerações

do Unimog e do Econic Euro 6 passaram por tes-

tes extremamente severos, dos quais saíram to-

talmente ilesos e prontos para outra. Foram se-

manas suportando intensas mudanças climáticas – como limpar a neve nos Al-

pes, em temperaturas que atingem menos 30 graus centígrados, assim como

consertar painéis solares no extremo calor de 40 graus do Sul da Espanha, no

verão. A meta da façanha era otimizar o funcionamento do veículo, sua efi-

ciência, ergonomia e conforto operacional.

Testes radicais

O novo Unimog Euro 6 será en-

tre 8% e 10% mais caro que a ver-

são anterior, cujo preço oscila hoje

entre 90 mil a 180 mil euros. Pelo

seu alto custo e empregabilidade

específica, os veículos especiais

têm produção restrita: desde 1951,

quando foi lançado, mais de 380

mil veículos Unimog foram fabrica-

dos pela Mercedes-Benz, sendo 10

mil unidades da série U 300, U 400

e U 500, introduzida em 2000. Idem

o Econic, que foi lançado em

1998, e desde então saíram da li-

nha de produção pouco mais que

12,5 mil veículos.

Custo parrudo

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20 - FROTA&Cia - Maio 2013

internacional – Bauma 2013

Na Bauma 2013, maior feira deequipamentos de construção do mundo, a Mercedes-Benz apresenta os novos caminhões Arocse lança a Linha Atego Euro 6, Novidades que ainda vão demorarum pouco para chegar ao Brasil

Por Sonia Crespo, de Munique, Alemanha (*)

no Atego Euro 6, que incluem a otimi-zação do chassi, do eixo traseiro, dossuportes da cabine e do sistema de di-reção. O caminhão está sendo lançadoem 42 versões de fábrica, com quatromodelos de cabina, três comprimentose diversas opções de entreeixos.

Os motores Euro 6 tem quatro ouseis cilindros, que cobrem um amploespectro de sete versões de potência,entre 115 kW (156 hp) e 220 kW(299 hp). E o melhor, seu desempenho:chegam a ser 5% mais econômicos queo de seus antecessores. O novo Ategotambém ganhou redução dos custosoperacionais, pois os intervalos de ma-nutenção aumentaram para 120.000km, dependendo da aplicação.

Olugar não podia ser maisapropriado – a maior feira deconstrução do mundo, que

acontece há cada três anos e conta com3,4mil expositores de 57 países e pertode 600 mil visitantes – para apresen-tar ao público a nova linha de cami-nhões Arocs, com vocação específicapara esse setor, e a Linha Atego Euro 6.Os caminhões foram lançados entre ja-neiro e março deste ano na Europa eambos já estão sendo produzidos naAlemanha. Começarão a ser comercia-lizados no mercado europeu aindaneste mês de maio. Com a iniciativa, amontadora se antecipa às exigênciaslegais de emissões na ComunidadeEuropeia, cujo início está previsto parajaneiro de 2014. A chegada destes doismodernos veículos aos Brasil, por en-quanto, não tem datas definidas.

O novo Arocs desponta como o ter-ceiro veículo especial pesado da Merce-des-Benz Trucks – o primeiro foi o Ac-tros, para operações de longo percurso,seguido pelo Antos para serviços detransporte pesado de distribuição e,

agora, o Arocs, para o segmento daconstrução pesada. A proposta da mon-tadora é usar uma plataforma comumpara desenvolver séries de veículos cus-tomizados, para segmentos individuais.

POTÊNCIA ESPETACULAR – Equipa-das com robustos motores BlueTec 6, asversões do novo Arocs contemplam 16categorias de potência. Quatro dessasopções (de 7,7 a 15,6 litros) permitemque o motor Euro 6 vá de 175 kW(238 hp) a 460 kW (625 hp) de potência.Outra novidade para um veículo damarca destinado à construção é a intro-dução da transmissão automatizada Po-wershift 3. A versão manual, que foi de-senvolvida com nova tecnologia, tam-bém está disponível, como opcional.

Com essas configurações, o veículoconsegue operar em duas linhas de ati-vidades: como “Loader", ele atende otransporte de carga útil otimizada, e co-mo "Grounder", nas operações mais se-veras dos canteiros de obras.

ATEGO REPAGINADO – Para con-ceber maior dinâmica na condução esegurança na operação, a Daimler esta-beleceu uma extensa lista de inovações

O caminhão

Zetros 1833 A

4X4, com motor

Euro 5 OM 926 LA,

de seis cilindros, não era lança-

mento mas roubou a cena na ala

externa do estande da Daimler,

entre os veículos fora de estrada

para uso em canteiros de obras

de difícil acesso. O principal

atual mercado do caminhão é a

África.

FORÇA CONCENTRADAFORÇA CONCENTRADA

Linha Atego Euro 6: 42 versões de fábrica

Nova Linha de caminhões Arocsvem equipada com robustos motores

BlueTec 6, em versões que contemplam 16 categorias de potência

O poder de Zetros

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22 - FROTA&Cia - Maio 2013

internacional - Iveco

A Iveco traz para o Brasil a sua divisão de veículos de defesa,com planos de produzir o BBTP Guarani, entre outros, paraservir de base de exportação para clientes do mundo todo

Por José Augusto Ferraz (*), de Bolzano

Força de paz

Uma rápida visita a principalplanta industrial da IvecoVeículos de Defesa, localiza-

da na cidade de Bolzano, no norte daItália, dá uma pequena mostra do do-mínio tecnológica da empresa nesse

ra uso no transpor-te de pessoal (VBTP),concebido em par-ceria com o Exérci-to Brasileiro (verquadro).

Inaugurada em1937, ainda com onome Lancia, a fá-brica de Bolzano

produz uma linha completa de veícu-los de defesa. De blindados a cami-nhões, até veículos multifuncionais;muitos deles derivados da vasta gamada família Iveco, como o Daily e o Tec-tor. Em 2012, a integrante da DivisãoIveco Industrial contabilizou um fatu-ramento de 624 milhões, dos quais 41 milhões foram investidos em pes-quisa e desenvolvimento. Até 2016, osplanos incluem totalizar receitas da or-dem de 1 bi. Para tanto, a empresaaposta em novos mercados, sobretudofora da Europa onde se concentram81% das vendas, a começar pelo Brasile ainda a Rússia, para ficar em doisexemplos apenas.

IMPORTÂNCIA BRASILEIRA - “So-mente o Brasil pode representar 30%do faturamento da Iveco Veículos deDefesa e a Rússia outros 15%”, obser-va Roberto Cibracio Assereto, vice-presidente Senior da empresa. No casobrasileiro, o executivo confia nas pers-pectivas positivas que se abrem para asubsidiária mineira, a partir do Guara-ni. Entre elas, o esperado reforço doLince, um veículo leve multipropósito(LMV), que integra o portfólio da mar-ca na Europa e tem tudo para tambémser fabricado no Brasil.

Sob a ótica da empresa, os veícu-los blindados de combate abrangemum amplo espectro de versões on eoff road para aplicações militares,com o objetivo de oferecer uma res-posta rápida e abrangente para asoperações de campo. Os engenheiros

campo. E revela parte do que será a li-nha de montagem que a subsidiáriabrasileira constrói junto à fábrica deSete Lagoas (MG), com inauguraçãoprevista para maio, para abricação doGuarani. O veículo é um blindado pa-

Fábrica da Iveco, em Bolzano:expertise em veículos de defesa

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FROTA&Cia - Maio 2013 - 23

essa razão, a Iveco Veículos de Defesaconta com mais de 4.800 pontos deatendimento em todo o mundo, queprestam serviços de apoio e manuten-ção para mais de 30 mil veículos atual-mente em uso, de quase 50 países. Ca-da unidade é capaz de identificar falhas

da Iveco Veículos de Defesa sabem daimportância de oferecer soluções cus-tomizadas, de acordo com as exigên-cias dos clientes. Porém, sem perderde vista as facilidades para manuten-ção e uso diário.

Tudo isso se traduz na oferta dacombinação ideal de potên-cia, proteção e carga útil, nafacilidade de introdução denovas tecnologias, ao longoda vida útil do veículo e namelhoria da capacidade demanutenção das unidadestáticas. Sem contar a flexibi-lidade de emprego do veícu-lo e um inventário comumde peças de reposição, parareduzir custos e permitir ogerenciamento eficiente dafrota.

REDE GLOBAL -Acrescente-se a essaextensa lista de exigências, a necessida-de de oferecer um permanente apoiolocal, apoiado em uma rede internacio-nal, para garantir uma assistência técni-ca permanente a todos os clientes. Por

Gama Iveco dedefesa inclui desde LMVs, como o Lince, até caminhõesmilitares como o Trakker 8x8

Base de exportação

Mais que servir apenas

para atender a demanda

interna, a nova planta de-

dicada da Iveco Veículos de

Defesa, que está sendo

construída em Minas Ge-

rais, pretende ser uma base

de exportação. “Somente

a plataforma do VBTP Gua-

rani permite formar uma

família inteira de blinda-

dos médios de rodas, com

mais de dez versões, in-

cluindo carros de combate

e reconhecimento, socorro,

morteiro leve e pesado,

oficina, ambulância e co-

municações, entre outros”,

explica o responsável pelo

projeto, o diretor de Veícu-

los de Defesa, Combate ao

Fogo e Ônibus da Iveco La-

tin America, Paolo Del No-

ce. “Por outro lado, o Gua-

rani só vai ser fabricado no

Brasil. Qualquer país do

mundo que estiver interes-

sado em um 6x6 anfíbio

vamos poder atendê-lo”,

completa o executivo.

Paolo conta ainda que,

no início, a linha terá capa-

cidade para produzir 100

veículos por ano ou uma

unidade a cada seis sema-

nas. Segundo ele, o Guara-

ni já superou os 60% de

conteúdo local, exigido

pelo Exército Brasileiro e

pode evoluir ainda mais

com a implantação do par-

que de fornecedores. No

momento, a empresa ne-

gocia com a Usiminas o de-

senvolvimento no país de

chapas de aço balístico,

atualmente importadas da

Itália. Nas contas do dire-

tor, a cadeia produtiva de-

verá abrigar mais de 100

fornecedores diretos e ou-

tros 600 indiretos.

e solucionar rapidamente o problema,para devolver o veículo ao serviço, notempo mais rápido possível.

Em que pese o aspecto bélico donegócio, Roberto Cibracio destaca quea empresa não fabrica armas. “Produ-zimos a mais completa gama de veícu-los de defesa do mundo, de acordocom as especificações dos clientes. Efazemos a integração com os arma-mentos solicitados, fabricados por ter-ceiros”, destaca o vice-presidente.

(*) O jornalista José Augusto Ferraz viajou aBolzano a convite da Iveco Latin America.

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busca pelo aumento da produtividadee rentabilidade nas operações de trans-porte, que envolvem esse importantebem de produção.

DNA DA VOLVO - Em sua apre-sentação no evento comemorativo àsoito décadas e meia de evolução dos ca-minhões da Volvo, o presidente doGrupo na América Latina, Roger Alm,enfatizou que a marca nunca descuidouda continua evolução. “A preocupaçãocom a segurança e o desenvolvimentotecnológico fazem parte do DNA da

Volvo, desde

comemorações

24 - FROTA&Cia - 2013

Por José Augusto Ferraz

Em fevereiro de 1928, o primeirocaminhão com a marca Volvosaia da linha de produção da fá-

brica de Gotemburgo, na Suécia. Bati-zado de Série 1, o veículo vinhaequipado com câmbio de três marchase um modesto motor a gasolina, dequatro cilindros em linha, que entre-gava míseros 28 cavalos de potência epodia transportar até 1.500 kg de carga.

Hoje, passados 85 anos daqueladata, a Volvo do Brasil lança uma sérieespecial que em nada lembra o modelopioneiro (ver quadro). Exceto, é claro,pelo nome do fabricante na frente docaminhão. Além do compromisso coma segurança, uma constante da marca.

Com efeito, desde os primórdios, aVolvo sempre investiu no desenvolvi-mento tecnológico de seus veícu-los, com foco permanente nasegurança no motorista. Aliada à

Melhoria contínuaA Volvo comemora os 85 anos de produção de seu primeiro caminhão,em 1928 na Suécia, e lança no Brasil uma série especial da linha FH,com várias inovações tecnológicas incorporadas aos veículos da marca

sua fundação”, repetiu o presidente. Tanto assim que nos anos 30 a em-

presa já produzia veículos equipadoscom freios hidráulicos e rodas de aço,em lugar da madeira. Bem como cabi-nes totalmente fechadas, evitando à ex-posição do condutor às variaçõesclimáticas. Já nos anos 50, a empresa in-troduziu as primeiras cabines leito noscaminhões da marca e a direção assis-tida hidraulicamente. Os motores a ga-solina e a diesel com câmaras depré-combustão, por sua vez, foramsubstituídos por engenhos a diesel cominjeção direta e turbo-compressão,muito mais eficientes.

Nos anos 60, os veículos ganharamcabines com sistemas de suspensão deborracha, assentos do motorista comsuspensão e maior visibilidade externa.

O Volvo Série 1 eo novo FH 16 lançado na Europa: salto de 28 para 750 cavalos de potência

Maio

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21, seus caminhões ganharam mais po-tência, eficiência e conforto, além de setornarem cada vez mais seguros e am-bientalmente limpos.

Um bom exemplo disso é o novoFH 16, de 750cv de potência, lançadona Europa e equipado com sistema I-See, que permite memorizar a topogra-fia e as condições da estrada, paraservir de referência ao motorista emsuas futuras viagens pela rota.

Prova dos muitos avanços incorporados

aos caminhões Volvo, pode ser conferida

nos veículos que integram a série limitada

e especial de aniversário. Serão oferecidos

apenas 85 caminhões da linha FH, deno-

minados de Time Machine (Máquina do

Tempo), que incorporam o topo da tecno-

logia veicular aplicada aos veículos da

marca. Apresentados com duas opções de

motorização – 460cv e 540cv (quase 20

vezes mais que os pioneiros da Série 1) – e

caixa de câmbio eletrônica I-Shift, o Time

Machine traz um extensa lista de itens de

segurança. Como o LKS (Lane Keeping Sys-

tem), que monitora as faixas de trânsito;

o DAS, ou detector de nível de atenção,

que acusa sinais de fadiga e sono do mo-

torista; o LCS (Lane Change Support) ou

sensor de ponto cego. Sem contar o freio

motor VEB500, com 500cv de potência e o farol de conversão, que direciona

o foco para o lado onde vira o caminhão, entre outros tantos dispositivos.

Prova de evolução

pensão a ar possibilitou, por outrolado, oferecer mais conforto aos moto-ristas e produtividade no transporte.

Nos anos 90 a Volvo agregou solu-ções de TI (Tecnologia da Informação)aos veículos, o que contribuiu para au-mentar a eficiência e a segurança nasviagens. Já os motores ficaram aindamais avançados com a ajuda da eletrô-nica. E, na primeira década do século

Em 1962, surge a primeira cabine bas-culante do mercado, que facilitou oacesso ao motor para manutenção.

TENDÊNCIAS EM DESIGN - Na dé-cada seguinte, com o lançamento doF10 e F12, a Volvo definiu as tendênciasem design de caminhões para os anosseguintes. Nos anos 80, os motores ga-nharam mais eficiência energética coma introdução do intercooler, entre ou-tras inovações. E se tornaram mais eco-lógicos, em respeito ao meio ambiente.O aumento do uso de sistemas de sus-

Foto

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gaçã

o

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Segundo ele, a empresa vai continuaroperando no transporte internacionalde encomendas e cargas expressas,vinculada a uma rede que atende maisde 200 países.

O fato relevante é a decisão da ma-triz de vender suas operadoras rodo-viárias domésticas nos mercados

emergentes (leia-se Ín-dia, China e Brasil). Co-mo resultado do vetoimposto em janeirodeste ano pela Comuni-dade Européia, à fusãoda empresa com outragigante do setor, a UPSamericana. No casobrasileiro, a decisãoafeta especificamente aTNT Mercurio, forma-da a partir da aquisiçãoda antiga Mercúrio e do

26 - FROTA&Cia - Maio 2013

Por José Augusto Ferraz

empresas I

Volta às origensA TNT Express anuncia sua disposição de vender a TNT Mercúrio, braço rodoviário no Brasil e Mercosul, para se concentrar no transporte aéreo de cargas expressas

Foto

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Com sede na Holanda, a TNT é

uma gigante mundial nos serviços

de entrega expressa. A compa-

nhia transporta, por semana, 4,7

milhões de documentos, amostras

e cargas em mais de 200 países,

utilizando uma rede de 2.653 ter-

minais, hubs e sorters. Em todo o

mundo, a TNT emprega mais de

83 mil funcionários e sua frota to-

taliza 30.239 veículos e 50 aerona-

ves. Em 2010 a receita da empresa

foi de 7,05 bilhões de euros.

Gigante mundial

Expresso Araçatuba, para atender aomercado brasileiro, além do Merco-sul, nas operações rodoviárias.

PLATAFORMA GRANDE - “É umprocesso que está apenas no início enão tem data para terminar, já que aplataforma doméstica é muito gran-de”, explica o diretor, em alusão aos8.200 funcionários da transportadora,128 filiais e uma frota operante demais 3.500 veículos, entre próprios eterceirizados.

Cristiano Koga aproveita paratranquilizar os clientes da TNT Ex-press e ainda da TNT Mercurio, emrelação à continuidade das operações.No caso da primeira, Koga explicaque a empresa vai manter o foco fir-me no pós-venda. Enquanto buscamelhorar ainda mais o nível de servi-ço no Brasil e ampliar a comunicaçãocom todos os seus colaboradores. “ATNT Mercúrio, por sua vez, vai conti-nuar atuando sob outra denomina-ção, tendo em vista a posição de des-taque que a empresa ocupa no merca-do rodoviário doméstico”.

ATNT Express não vai encer-rar sua atuação no Brasil,contrariando a nota publica-

do em FROTA&Cia de abril, na seçãoTransporte On Line. A informação éde Cristiano Koga, diretor corporativode Marketing e Vendas da subsidiáriabrasileira do conglomerado holandês.

Cristiano Koga:foco no pós venda

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28 - FROTA&Cia - Maio 2013

empresas II

Transportadoras apostam na blindagem de caminhõespara garantir a segurança de cargas com alto valor agregado

Por Bruno Aurélio

Um das maiores preocupa-ções dos embarcadores edos transportadores, na ho-

ra de transportar cargas de alto valoragregado pelas rodovias brasileiras,

é o alto risco de sinistros, peloassustador relatório de incidên-cias de roubos e furtos de cargas

nas estradas. Garantir a segurançatotal dos materiais transportados écondição essencial para fechar negó-cios – em alguns casos, com algumreforço extra. Algumas transporta-doras optam por contratar equipes

de escolta particulares, em comprimen-to aos requisitos básicos das segurado-ras, que estabelecem valores limite paraa apólice dessas mercadorias. Pensan-do em novas soluções para essas ques-tões, duas empresas brasileiras lança-ram no mercado uma maneira de trans-portar as mercadorias com a segurançanecessária e, ao mesmo tempo, prote-ger os motoristas responsáveis pela dis-tribuição destes bens. As companhiasGrupo Protege e Carga Blindada opta-ram por blindar alguns veículos da fro-ta dedicada às mercadorias mais visa-

das e já estão atendendo demandas, ini-cialmente para alguns estados das re-giões Sul e Sudeste do país.

PROTEÇÃO TOTAL – Com 40 anosde experiência no transporte de valo-res, o Grupo Protege lançou em abril oserviço Carga Segura Protege. Ele ofe-rece transporte de cargas de produtoseletroeletrônicos, que possuem alto va-lor agregado, por meio de um cami-nhão totalmente blindado e tripuladopor uma equipe de quatro vigilantes ar-mados e treinados pela companhia,atendendo as exigências legislativas.“O diferencial do Carga Segura Protegenão é somente a blindagem do cami-nhão, mas sim o treinamento da equi-pe, realizado por uma empresa comvasta experiência no transporte de va-lores”, explica Ricardo Gesse, gerentede novos negócios do Grupo Protege.Ricardo saliente a importância do trei-namento dos vigilantes perante situa-ções reais. “A maneira como os vigilan-tes operam o veículo e como irão reagirem eventualidades é de suma impor-tância para o negócio”, completa.

Para a movimentação e transportedas cargas a empresa pode utilizar ocarro forte ou um caminhão baú comcapacidade máxima de nove toneladase 22 metros cúbicos. Com isso, é possí-vel embarcar uma ampla gama de pro-

Empresa investirá R$ 10milhões na nova frotado serviço ProtegeCarga Segura

Driblando o perigo

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dutos, com valor aproximado aR$ 10 milhões. A Protege pre-tende investir cerca de R$ 10milhões em frota nos próximosdois anos, para que até 2015 aempresa possa contar com 25caminhões. “Geralmente, notransporte de produtos eletroe-letrônicos, a seguradora limita ovalor da carga e faz diversasexigências para a operação”,

afirma Gesse. O seguro oferecidopela empresa equivale ao valor to-tal da carga embarcada, um dife-

rencial bem visto pelos clientes queutilizam a solução.

Para embarcadores que operamcom esses materiais, transportando in-sumos eletrônicos para empresas pro-dutoras, o serviço oferecido é vantajo-so porque propicia maior valor trans-portado frente às transportadoras con-vencionais. Atualmente os veículos

que operam no serviço Carga SeguraProtege circulam pelos estados de SãoPaulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,Rio Grande do Sul e Paraná. Para ne-cessidades diferenciadas, a empresaoferece customização dos veículos, quevaria desde o cavalo mecânico a carro-ceria utilizada, de acordo com a de-manda dos clientes.

DE PONTO A PONTO – Também nomês de abril a operadora logística Car-ga Blindada entrou no mercado ofere-

Além da blindagem dos cami-

nhões, a empresa tem apoio de di-

ferentes sistemas de rastreamento,

como o Autotrack Prime, Lo Jack e

Easy Lock, com acompanhamento

em tempo real do posicionamento

das cargas. Operando inicialmente

em São Paulo e em algumas capi-

tais dos estados do Rio de Janeiro,

Belo Horizonte e Curitiba a empre-

sa oferece também consultoria em

gestão e logística.

Tempo real

Venneri, da Carga Blindada: apólice de seguro cobre até R$ 3 milhões

cendo transporte com máxima segu-rança para cargas com alto valor agre-gado. Além de eletroeletrônicos, a Car-ga Blindada movimenta cargas de me-dicamentos e insumos farmacêuticos,cosméticos, alimento, saneantes entreoutros, atuando de ponto a ponto, daindústria ao cliente ou via transit-point.Para a manipulação e transporte de me-dicamentos, os blindados estão certifi-cados e licenciados pelas autoridadessanitárias Municipal (Covisa) e Federal(ANVISA – Agência Nacional da Vigi-lância Sanitária). O grande diferencialanunciado pela empresa consiste nablindagem total dos veículos, tanto nacabine quanto no baú, além de sistemasde rastreamento (ver quadro).

A Carga Blindada possui atual-mente dez caminhões leves, veículosurbanos de carga (VUCs), todos pró-prios e específicos para o transporte demateriais por centros urbanos das ci-dades. Em breve, as operações dacompanhia abrangerão rotas paratransporte urbano e rodoviário, esta-dual e interestadual.

“Os clientes estão gostando do ser-viço, principalmente porque a apólicede seguro cobre até R$ 3 milhões”, re-vela Victor Venneri, diretor da empre-sa. A seguradora responsável pelasapólices da Carga Blindada é a Ace Se-guros, presente no Brasil desde 1999.

Victor destaca como uma das vanta-gens para o embarcador o fato de nãoprecisar de escolta para acompanhar osveículos, o que geralmente é comumno transporte de cargas com valor su-perior a R$ 1,5 milhão.

Mesmo recente no mercado, a Car-ga Blindada já traça planos para expan-dir sua atuação. “Projetamos aumentarnossa frota para 60 veículos, leves e pe-sados, configurados entre semirrebo-ques e carrocerias sobre chassis, até o fi-nal do ano, além de expandir nossaárea de atuação”, antecipa Venneri, quevisualiza nos blindados o futuro dostransportes seguros.

Caminhões da empresaCarga Blindada estão

certificados e licenciadospelas autoridades

sanitárias

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30 - FROTA&Cia - Maio 2013

implementos rodoviários

A Labor apresenta o novo semirreboque frigorifico da famíliaMaxloader, equipado com dois piso e porta basculante opcional,para o transporte de até 40 paletes em temperaturas variadas

Por José Augusto Ferraz

Depois de fazer sucesso nasversões sider, baú e julieta, afamília Maxiloader ganha um

novo agregado. A Labor Equipamen-tos Rodoviários, que produz essa linhade produtos, apresentou o novo semir-reboque de três eixos, na configuraçãofrigorífica, que traz o mesmo conceitodo restante da família. O equipamentoconta com dois pisos, com altura de1,90m cada, fato que permite transpor-tar 50% a mais do volume de carga, emcomparação a um semirreboque con-vencional. Com 14.875mm de comprimento,2.600mm de largura e4.350 mm de altura dosolo, o novo Maxiloa-der frigorífico podecarregar 40 paletes com1,80m de altura e 800kgde peso, distribuídosnos dois andares da

carreta. E, o que melhor: com tempera-turas diferentes em cada piso, de acor-do com a exigência das cargas.

CAVALO-MECÂNICO - Para tracio-nar esse gigante, a Labor acoplou umconfiguração 8x2 e com quatro eixos di-recionais.”Com isso, o conjunto podetracionar até 5 t a mais de carga, em to-tal harmonia com a Lei da Balança”, ex-plica Heberson Crosso, diretor comer-cial da empresa. A estabilidade do con-junto é garantida pelo baixo centro de

gravidade, enquanto asuspensão pneumáticaproporciona um rodarmais macio, à semelhançados ônibus rodoviários,completa o diretor. O novosemirreboque conta, ain-

da, com uma plataforma móvel, ofere-cida como opcional, para permitir o fá-cil acesso aos dois decks. Além de fun-cionar como porta do baú, o equipa-mento suporta cargas até 1.800 kg.

Hebersson: rodagemigual aos ônibusrodoviários

O conjunto de virtudes do

Maxiloader frigorífico estimulou

a Transcordeiro, com sede em

Araras (SP) e especializada no

transporte de produtos termos-

sensíveis, a adquirir o primeiro

da série fabricado pela Labor.

Com sete meses de operação, o

equipamento faz a rota São Pau-

lo – Vila Velha – São Paulo, trans-

portando produtos refrigerados

e congelados da Nestlé.

Eduardo Avileis, gerente de

negócios da Transcordeiro, co-

menta que dois semirreboques

Maxiloader fazem o trabalho de

três implementos convencionais.

“Além de proporcionar maior

produtividade, rentabilidade e

segurança, a adoção do imple-

mento reduz de forma sensível

os custos operacionais do trans-

porte, sem contar os ganhos am-

bientais”, atesta o gerente. Se-

gundo ele, com uma carreta ape-

nas, a empresa projeta uma re-

dução de 62 viagens/ano naque-

le trecho, 20 pneus, 26 mil litros

de diesel e 62 mil quilômetros a

menos em distância percorrida.

Junte-se a isso os 69.000 Kg de

CO2 que deixam de ser jogados

na atmosfera a cada ano, o que

constitui um saving ambiental.

Aprovado pelo cliente

Maxiloaderfrigorífico: 50%a mais de carga

Espaço de sobra

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FROTA&Cia - Maio 2013 - 31

empresas III

Ao comemorar 60 anos de produção no Brasil, a MWM International festeja a marca de 4 milhões de motores fabricadose a retomada da produção na planta de Córdoba, na Argentina

Por Sonia Crespo

Em 1953, a fabricante de motores ale-mã MWM Motores Diesel S/A ini-ciava a produção no Brasil com ín-

dice de nacionalização de 25% em seusprodutos. Período de efervescência econô-mica, quando muito se falava da constru-ção da capital no centro do país, a empresaacreditou no potencial regional e, em pou-co mais de 30 anos de produção, em 1985,atingiria a marca de 1 milhão de motoresfabricados. Em abril deste ano, quandocompletou seis décadas de atividades noBrasil, a hoje MWM In-ternational (formaçãocriada em 2005) anun-ciou a marca de 4 mi-lhões de motores pro-duzidos, com conteúdolocal variando entre70% e 90%. Com boasperspectivas comerciaispara os próximos 5anos, a empresa preten-de retomar, em maio, aprodução na planta de

Mesmo havendo registrado umaligeira queda na produção de prop-sulsores em 2012, no Brasil, Luzzimantém perspectivas otimistas paraeste ano: “Projetamos crescimento de11% na produção de motores diesel”,anuncia, pretendendo chegar à marcade 140 mil unidades. O dirigente co-menta que uma das grandes vertentescomerciais locais é a linha de motoresoff road, que cresceu 170% nos últi-mos 5 anos. “Este ano tivemos o me-lhor fevereiro da história”, regozija-se, antecipando que em 2013 a empre-sa anunciará o lançamento de 30 no-vos produtos. O atual portfólio deprodutos da MWM apresenta cincoversões de motores para o setor auto-motivo e quatro para o setor off-road,para atender clientes como a Randon(retroescavadeiras), Marcopolo (linhaVolare), Neobus ( linha de ônibusNeostar), Agrale (ônibus), e Marruá(jipes). Para clientes dedicados, comoa Volkswagen e a Ford, a MWM des-tina atualmente 55%do volume totalde ua produção.

As vendas externas de motores damarca também deverão crescer esteano: a projeção é de expansão de 8%,pontua Luzzi, e a versão 3.2 compõe90% dos volumes. No total de motoresproduzidos nas três plantas da empre-sa – em São Paulo(SP), em Canoas (RS)e em Córdoba, o negócio caminhãoresponde por 38% dos volumes, en-quanto picapes representam 17% daprodução, ônibus e mercado de reposi-ção respondem ,cada um, por 16%, e ea linha off- road, por 14%.

Córdoba, na Argentina, que estava de-sativada há nove anos. “A fábrica foiinaugurada há 19 anos e produziu pordez anos motores para a linha Ranger,da Ford, e para as Sprinter, da Merce-des-Benz. Por questões cambiais tevede ser desativada, e passou a funcionarapenas como centro de usinagem. Esta-mos transferindo uma linha de produ-ção da planta de Canoas (RS) para o lo-cal”, detalha José Eduardo Luzzi, presi-dente da MWM International, avalian-

do em 50 milhões de dólareso investimento previsto paraa retomada.

MOTORES AGRÍCOLAS- Inicialmente, Luzzi diz quea produção na Argentina seconcentrará em motoresagrícolas (linha 229), alémdas versões veiculares de 4.8e 7.2 litros. A projeção inicialé de chegar às mil unidadesainda em 2013 e saltar para 3mil unidades já em 2014.

início da produção 1 milhão 2 milhões 3 milhões (15 de abril) 4 milhões

Evolução da produção em seis décadas

Font

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Propulsor de negócios

Linha de montagem da MWM: 2013 teve

o melhor fevereiro da história

Linha de montagem da MWM: 2013 teve

o melhor fevereiro da história

Luzzi: boasperspectivascomerciaispara ospróximos 5 anos

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Por José Augusto Ferraz

eventos

No último dia 9 de abril, o Núcleo de Desenvolvimento Educa-cional Adalberto Panzan, anexo ao Palácio dos Transportes emSão Paulo, sede do Setcesp e ainda da NTC&Logística, foi in-

teiramente tomado para a realização do Prêmio Lótus 2013, que este anocomemorou sua 20ª edição.

Realizado logo após a reunião da diretoria plena do Setcesp (Sindi-cato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e região), pre-sidido por Manoel Souza Lima Jr, que tomou posse em janeiro desse ano,o evento reuniu um grande número de empresários de transportes e di-rigentes de entidades sindicais do setor, além de representantes da in-dústria automotiva.

Em seu discurso de boas vindas, o Diretor da Editora Frota,José Augusto Ferraz lembrou os 20 anos da premiação, ao comentarque a ideia surgiu de uma pauta jornalística, no idos de 1993, com o pro-

pósito de levantar os veículos comerciais mais vendi-dos no país, a partir de critérios acima de qualquer sus-peita. “A saída encontrada foi adotar como referência,

primeiro os números de vendas ao mercado interno queeram divulgados pela Anfavea. E, mais recentemente, os núme-

ros de licenciamentos com base no Renavam, fruto de uma parceriaestabelecida entre a Editora Frota e a Fenabrave”.

Para Manoel Souza Lima Jr, a escolha foi que mais acertada.“Não existe maneira mais transparente de mostrar ao mercado osveículos preferidos dos transportadores brasileiros”, reconheceu o

líder sindical, em seu pronunciamento no final do evento. “Porisso, o fato de vermos hoje em nossa casa, uma revista presti-giada e um prêmio respeitado prestando homenagem às mon-tadoras de veículos que produzem nossa principal ferramen-ta de trabalho torna esse dia muito especial”, destacou o pre-sidente do Setcesp.

Confira agora, nessa e nas páginas seguintes, alguns dos mo-mentos mais importantes da premiação.

Casa cheiaEmpresários do transporte rodoviário comparecem em peso nacerimônia dos 20 anos do Prêmio Lótus, realizada no Setcesp, emuma saudável confraternização com os fabricantes de veículos

32 - FROTA&Cia - Janeiro 2013

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FROTA&Cia - Julho 2012 - 33

Em sua estréia no Prêmio Lótus 2013, na con-

dição de Supervisor da Área de Caminhões da

Hyundai Caoa, Leonardo Carneiro não escondeu

sua satisfação pela vitória do modelo HR, eleito co-

mo “Camioneta de Carga do Ano”. “É uma honra

receber esse troféu pelo 6º ano consecutivo”, co-

mentou o supervisor, ladea-

do por Marcelo Rodrigues,

vice-coordenador da Com-

Jovem de São Paulo. Na fo-

to ao lado o executivo apa-

rece ao lado de Alex Santos,

consultor de vendas, Debo-

rah Encarnato, gerente de

comunicação e Amauri

Moura, assessor de impren-

sa da empresa.

Estreia premiada

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34 - FROTA&Cia - Julho 2012

Os dois troféus conquistados pela Vol-

vo, referentes à “Marca do Ano em Cami-

nhões Pesados” e “Caminhão Pesado do

Ano”, foram recebidos com alegria pelo

Gerente de Vendas Caminhões – Linha F,

Alexander Boni Junior e, também, por Ber-

nardo Fedalto, diretor comercial de cami-

nhões Brasil da montadora. (na foto 1, en-

tregue por Francisco Pelúcio, membro do

Conselho Superior do Setcesp e na outra, por

Flávio Benatti, presidente da NTC&Logística)

“É muito importante receber esse troféu,

porque representa o reconhecimento do tra-

balho de toda equipe da Volvo, em benefício

de nossos clientes”, comentou Fedalto.

Trabalho em equipe

A conquista de mais um título de “Caminhão Semi-

leve do Ano” atribuído ao Ford F-350, um ano depois

do modelo ter sido retirado de linha, foi motivo de co-

mentário do Diretor de Operações da Ford Caminhões,

Osvaldo Jardim. “Muitos na vida procuram se aposen-

tar no topo de sua carreira. Esse é o caso do F-350”, ob-

servou o executivo, depois de receber o prêmio das

mãos de Marco Rangel, diretor geral da Cummins Fil-

tration da América do Sul. Jardim aproveitou o mo-

mento para informar à

plateia que a empresa não

está se despedindo do

mercado de caminhões se-

mileves, em função da saí-

da de cena do modelo no-

ve vezes campeão de ven-

das. “Temos muitos pro-

dutos e muitos planos pa-

ra trabalhar esse segmen-

to”, garante o diretor.

No topo da carreira Sonhando com mais prêmios

O vigésimo aniversario do

Prêmio Lótus foi lembrado com

humor pelo Gerente de Vendas

São Paulo, da Fiat Automóveis,

Edgar de Oliveira Filho. “Em home-

nagem aos 20 anos da premiação, a

Fiat mandou um velhinho de 35

anos de empresa, para subir ao pó-

dio”, brincou Oliveira,

depois de re ceber os

prêmios con cedidos ao

Fio rino Fur gão e,

ainda, ao Du cato

Car go e o Duca-

to Minibus.

Velhinho no pódio

eventos

Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Iveco Latin

America, aproveitou a solenidade para agradecer a to-

dos os clientes que levaram a marca italiana retomar o

título de “Marca do Ano em Caminhões Semileves”.

“Esperamos continuar contando com essa preferência

para ganhar mais prêmios nos próximos anos. Não ape-

nas nessa categoria, mas em muitas outras que concor-

remos com nossos produtos”, afirmou o diretor, que re-

cebeu o Prêmio Lótus 2013 do vice-presidente do Set-

cesp, Tayguara Helou. A festa continuou fora do palco,

com a presença de Christian Gonzalez, diretor de Mar-

keting e Cláudio Rawicz, diretor de Comunicação.

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FROTA&Cia - Julho 2012 - 35

10 anos de liderança

A reconquista do título

de “Caminhão Leve do

Ano”, outorgado ao Acel-

lo, o novo “Mercedinho”,

foi destaque na fala de

Tânia Silvestri, Diretora de

Marketing e Vendas – Ca-

minhões, da Mercedes-

Benz. “Essa conquista sig-

nifica muito, pelo desafio

que o Acello representou

para a marca. Ao mesmo

tempo que representa um

ícone da forte renovação

que a marca imprimiu em

toda sua linha em 2012”,

ressaltou a executiva, após

receber o troféu das mãos

de Urubatan Helou, presi-

dente da Braspress.

Às vésperas da apo-

sentadoria, Eustáquio Si-

rolli, Gerente Sênior de

Pós-Venda, recebeu de

Fernando Guerald, Coor-

denador de Vendas O&M,

da RNA Automotive, o cobi-

çado troféu nas categorias

“Marca do Ano em Ônibus

Urbano” e “Marca do Ano

Última homenageada da tarde, a MAN Latin Americana

levou um total de 4 troféus do Prêmio Lótus 2013, corres-

pondendo a 7 categorias. Quem abriu o desfile foi o coor-

denador de propaganda da empresa, Rogério Sakurai, que

recebeu de José Manoel Fernandes, diretor de vendas e

marketing da Meritor a estatueta de “Caminhão Médio do

Ano”e “Caminhão Semipesado do Ano. Depois, foi a vez de

Ricardo Dantas, diretor comercial da Eaton entregar ao ge-

rente de administração de vendas da MAN, João Carlos de

Luca, o troféu referente à “Marca do Ano”, nas categorias

leves, médios e semipesados. Na sequência, o diretor supe-

rintendente da Fenabrave, Paulo Carvalho Engler Pinto Jr,

homenageou a empresa na pessoa do gerente de Marke-

ting do produto, João Guilherme Herrmann, referen-

te ao título de “Caminhão do Ano”, conquistado pelo VW

24.250 6x2 Constellation. Por fim, coube ao gerente execu-

tivo de marketing da MAN, Ricardo Barion receber das

mãos do presidente do Setcesp, Manoel Souza Lima

Jr, o mais cobiçado troféu da tarde: de “Marca de

Ano em Caminhões”. Em suas palavras, Barion

rememorou os desafios enfrentados pela

marca ao longo dos anos. “Por isso, esse prê-

mio em especial não vem coroar apenas

2012. Mas, também, os dez anos de lide-

rança da MAN Latin America, junto ao mer-

cado brasileiro de caminhões”, finalizou.

Duplo aniversário

premiação e, também, do

próprio escriba, comemora-

do no dia anterior.

em Ônibus Rodoviário”. Já a

estatueta representando o

título de “Marca do Ano em

Ônibus” foi entregue pelo

jornalista José Augusto Fer-

raz, diretor da Editora Frota,

ao diretor de Comunicação

Corporativa da empresa,

Mário Laffitte, que aprovei-

tou a deixa para enaltecer

em público o aniversário da

RicardoBarion

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58 - FROTA&Cia - Maio 2013

PANORAMAPANORAMA

crescimento de 41% no fatu-ramento em 2012, que alcan-çou 218 milhões, ante R$ 115

milhões do ano anterior. Para2013, a empresa projeta umaexpansão de 20%.

A Jamef Encomendas Urgentes inaugurou uma nova unidadeem Itajaí e mudou para novo endereço sua filial de Joinville. Aempresa também mudou de endereço em Maceió (AL) parauma área bem maior, em Rio Largo, ao lado Rodovia BR 104;

A Cargolift abriu uma nova filial em Piracicaba (SP). A uni-dade conta com um galpão coberto de 4.500 m², pátio para30 carretas, três docas e três pistas para carga e descarga, alémde escritório e dormitório para motoristas;

· A Braspress inaugurou anova filial de Barreiras (BA),a 111º de sua malha opera-cional. Ela conta com umaárea total de 6 mil m²,sendo 1.000 m² construídose exigiu investimentos deR$ 1 milhão.

A Ativa Logística investiu em melhorias no terminal deViana(ES). A empresa ampliou o terminal de cargas e o esta-cionamento de carretas. A unidade está equipada com con-trole de temperatura em todo o galpão, que conta com 120posições paletes.

O Expresso Jundiaí conta com uma nova unidade no RioGrande do Sul. A filial está Instalada no Distrito Industrial deCachoeirinha e conta com 13 mil m² de área construída, sendo9 mil m² de terminal e 54 docas.

O Grupo DPaschoal inaugurou oficialmente o Centro de Dis-tribuição de Peças de Pouso Alegre(MG). A unidade é a primeirados 18 complexos do Brasil a funcionar com as três divisões emum mesmo local: a loja e TruckCenter DPaschoal, a distribuidorade peças DPK e uma unidade de recapagem RecMAXX.

Inaugurações & expansões

Luciano Rocha foi nomeado como novo di-retor comercial para a região hispânica daVolvo Construction Equipment Latin America.Ele fica no lugar de Gilson Capato, indicadopara a diretoria comercial para o mercado bra-sileiro.

Ives Uliana é o novo diretor de operações da Total Express.Graduado em administração de empresas ele acumula passa-gens pela General Motors e PepsiCo do Brasil.

Vai e vem

Argius Transportes , 2º ExatoTransportes Urgentes e 3ºTransportadora Continental.

Nova fábricaA BorgWarner inaugurou

sua nova fábrica em Itatiba(SP),para produção de polias variá-veis, termoventiladores e tur-bos. A planta consumiuinvestimentos de R$ 70 milhõese substitui a antiga fábrica deCampinas, que estava no limiteoperacional. A planta contacom 20 mil m2 de de área cons-truída.

Projeto aprovadoA Comissão Nacional de In-

centivo à Cultura (CNIC) apro-vou o projeto de construçãodo Museu Brasileiro do Trans-porte, com base na Lei Roua-net. O Museu será erguido nokm 143 da rodovia Dom PedroI, próximo a Campinas (SP).

Expansão de 41%A ID Logistics anunciou

Aumento de frotaA Transjordano fechou a

compra com a Auto Sueco SãoPaulo de 84 caminhões Volvomodelo FH 460. Os veículos vãooperar no transporte de com-bustíveis e cargas em geral.

A empresa RTE Rodonaves,de Ribeirão Preto/SP, incorpo-rou 40 cavalos mecânicos IvecoStralis 460S36T à frota da em-presa, que agora totaliza 1800unidades.

Melhores da L’OrealA L’Oréal Brasil contemplou

3 fornecedores com o prêmioExcelência em Transportes2013. São eles, pela ordem: 1º

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