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132 (São Tomás de Aquino, Súmula contra os gentios, iniciada em 1265 e inacabada). Esses a quem São Tomás de Aquino faz restrições à sabedoria não podiam se esquivar do esforço intelectual para conhecer a natureza seja quanto aos materiais (pedra, madeira, metal, cerâmica), seja quanto ao ambiente (clima, subsolo, topografia, vegetação), ou ainda quanto aos aspectos da cultura humana. Por mais que houvesse a suposta garantia transcendente de sucesso da empreitada era preciso, e inevitável, edificar, e mais, edificar corretamente para garantir a perenidade de tanto esforço. O término de uma obra, então, poderia ser interpretado em dois sentidos: um transcendental, como prova da infalibilidade dos desígnios divinos enfim concretizados, e outro tangível, como atestado da competência arquitetônica dos mechanikos. Aproveitando a comparação de São Tomás de Aquino entre arquitetos e filósofos, diferente do que propõe Panofsky (1991 b), parece haver mais antítese do que consonância entre a escolástica e a arquitetura gótica francesa. Ao invés do idealismo e da retórica dos escolásticos, havia técnica e experiência prática na formação dos artesãos e arquitetos medievais. E esses não se limitavam a enfrentar discussões verbais – que certamente abundavam no seu dia-a-dia –, mas viviam o cotidiano implacável dos canteiros de obras. Enquanto a filosofia medieval dedicava-se às questões metafísicas os entalhadores, pedreiros, carpinteiros e arquitetos continuaram trabalhando, construindo e produzindo conhecimento sobre a matéria, o mundo sensível. Ao contrário da escolástica, a arquitetura em especial, mas em geral todas as atividades artísticas – aquelas a que Aristóteles denominava artes mecânicas – dedicaram-se ao exercício diário de enfrentamento da matéria. Nesta prática de lida com a natureza, que cede e resiste abrindo possibilidades e limitações ao desejo humano, constituíram-se então oportunidades

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(São Tomás de Aquino, Súmula contra os gentios, iniciada em

1265 e inacabada).

Esses a quem São Tomás de Aquino faz restrições à

sabedoria não podiam se esquivar do esforço intelectual para

conhecer a natureza seja quanto aos materiais (pedra, madeira,

metal, cerâmica), seja quanto ao ambiente (clima, subsolo,

topografia, vegetação), ou ainda quanto aos aspectos da cultura

humana.

Por mais que houvesse a suposta garantia transcendente de

sucesso da empreitada era preciso, e inevitável, edificar, e mais,

edificar corretamente para garantir a perenidade de tanto esforço.

O término de uma obra, então, poderia ser interpretado em dois

sentidos: um transcendental, como prova da infalibilidade dos

desígnios divinos enfim concretizados, e outro tangível, como

atestado da competência arquitetônica dos mechanikos.

Aproveitando a comparação de São Tomás de Aquino

entre arquitetos e filósofos, diferente do que propõe Panofsky

(1991 b), parece haver mais antítese do que consonância entre a

escolástica e a arquitetura gótica francesa. Ao invés do idealismo

e da retórica dos escolásticos, havia técnica e experiência prática

na formação dos artesãos e arquitetos medievais. E esses não se

limitavam a enfrentar discussões verbais – que certamente

abundavam no seu dia-a-dia –, mas viviam o cotidiano implacável

dos canteiros de obras.

Enquanto a filosofia medieval dedicava-se às questões

metafísicas os entalhadores, pedreiros, carpinteiros e arquitetos

continuaram trabalhando, construindo e produzindo

conhecimento sobre a matéria, o mundo sensível.

Ao contrário da escolástica, a arquitetura em especial, mas

em geral todas as atividades artísticas – aquelas a que Aristóteles

denominava artes mecânicas – dedicaram-se ao exercício diário

de enfrentamento da matéria. Nesta prática de lida com a

natureza, que cede e resiste abrindo possibilidades e limitações ao

desejo humano, constituíram-se então oportunidades

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experimentais sui-generis onde a filosofia natural, como

precursora da ciência moderna, enraizou-se. E a atividade da

arquitetura – trabalho coletivo articulado no diálogo entre projeto

e obra –, foi, sem dúvida, uma de suas raízes mais consistentes.

Pois, como já observara Aristóteles (981ª-5, 1998), a arte nasce

quando de muitas observações experimentais surge uma noção

universal sobre os casos semelhantes.

Em que lugar, afinal, senão nos grandes canteiros das

catedrais, mosteiros e fortificações, encontrava-se o melhor do

conhecimento da “mecânica terrestre” (Henry, 1998) no mundo

medieval?

A arquitetura européia do séc. XIII, abarcando todas as

obras hoje ditas de engenharia, constituía então a linha de frente

das tentativas medievais de compreensão do mundo físico;

terrenos, água, ventos, pedras, madeiras, cordas, metais, peso,

resistência, força, quedas, encaixes, roldanas, ferramentas e

máquinas.

Nos canteiros de obras da Idade Média a pouca teoria

punha-se à prova, e a prática bem sucedida gerava, lenta e

discretamente, novas teorias.

A confiança na capacidade humana de compreender a

natureza e valer-se desta compreensão para transformar o mundo

conferiu às artes mecânicas um novo campo de ação e,

conseqüentemente, um novo status social que tem expressão

gráfica na imagem em baixo-relevo da pedra lapidar de Hugues

Libergier (c. 1267). No entalhe mencionado, o arquiteto é

representado, de modo alegórico, em “vestes de uma espécie de

homem de letras” (Panofsky, 1991 b) com os emblemas de sua

profissão – a virga ou vara de medida, o esquadro, o compasso –

e um modelo da igreja nas mãos (Prancha 63).

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Na história do motivo do portador, a lápide de Hugues

Libergier marca uma mudança significativa. O modelo, que até

então estivera nas mãos de papas, reis, príncipes e santos,

aparece, pela primeira vez que se saiba, nas mãos de um

arquiteto. É a segunda metade do séc. XIII, apogeu do gótico

francês.

A autorictas de portador do modelo confere a Hugues

Libergier – como representante dos arquitetos das catedrais – o

reconhecimento social de seu papel como construtor competente

do projeto revelado pela inteligência divina.

O arquiteto, com seus instrumentos, seus modelos e seus

conhecimentos parecia então a mais nítida expressão da razão

humana: aquele que transfere para a realidade sensível o logos

divino como expressão artística em pedra, vitrais, vazios e luz. A

arte e a técnica desse mestre – a arquitetura – assumiu o caráter

metafórico de uma cosmogonia: uma arte inaugural, constitutiva,

organizadora, que modificava as formas da matéria bruta em

beleza, e introduzia na natureza novas obras concretas e

singulares que passavam, então, a existir no tempo e no espaço.

Seria esse reconhecimento social da posição do arquiteto

na França gótica uma pré-renascença do caráter vitruviano da

arquitetura?

Não seria a própria permanência da arquitetura medieval

até os dias de hoje, e a sofisticação das soluções estruturais

existentes nestas arquiteturas, um atestado da sobrevivência do

caráter tecnológico do projeto arquitetônico na Idade Média?

A imagem do arquiteto com seus instrumentos constituiria

então uma alegoria tão forte do logos criador que, quase

simultaneamente, se desdobraria na iconografia de Deus

arquiteto, e geraria imagens como a aplicada na folha de rosto de

um manuscrito francês da Bíblia de meados do séc. XIII, em uma

de suas primeiras expressões (Prancha 64).

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Neste contexto, do séc. XIII, as catedrais góticas

instituíram-se como expressão de fidelidade aos desígnios

divinos, e como expressão do domínio técnico e artístico da

cultura humana sobre a natureza dos materiais.

É certo que Hugues Libergier não se coloca como autor do

projeto. A participação divina ainda é indispensável no processo

de criação arquitetônica, e mesmo na garantia de sua

materialização. A necessidade desse acordo entre a divindade e o

sucesso do empreendimento arquitetônico, como visto, está

enraizada profundamente na cultura ocidental, e tem como

antagonista o mito bíblico da sabotagem divina ao ambicioso

projeto da torre de Babel (Gênesis, 11).

O que há de novo é o reconhecimento da competência

técnica do arquiteto para simbolicamente portar o modelo e

assumir o papel de “construtor de igrejas”, isto é, ser o

responsável pela edificação da casa do Senhor e,

conseqüentemente, da igreja como instituição. Responsabilidade

post morten eterna, pois o modelo na lápide prestará contas da

fidelidade do arquiteto ao projeto divino é será a chave para o

reino dos céus.

Mas, para além do paradigma celeste, como se colocava a

questão do projeto arquitetônico na Idade Média?

Antes de tudo é difícil supor uma homogeneidade do

projeto no mundo medieval. As variações dependiam da

formação pessoal do arquiteto, da cultura arquitetônica do lugar,

da escala da obra, da disponibilidade de material e do desafio

espacial-construtivo do edifício em questão.

Certos aspectos como: a presença freqüente do arquiteto

no canteiro, a divisão do trabalho, a fragilidade e o alto custo do

pergaminho, e as constantes alterações de planos reduziam

significativamente as representações gráficas da arquitetura no

canteiro. Definidas as fundações, o projeto e a obra confundiam-

se e, entremeados, dependiam constantemente de diálogo para

prosseguir.

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Não há base material na arqueologia medieval que

sustente a hipótese de um projeto fechado, como um conjunto de

definições inalteráveis ao longo da obra, e nem de um projeto

completo anterior ao início dos trabalhos, com um conjunto de

desenhos, plantas, cortes e elevações e todas as definições de

detalhes construtivos. Tudo indica que a partir de uma idéia, mais

ou menos vaga da arquitetura a ser construída, o canteiro de obras

medieval instituía-se como palco dos conflitos e soluções de um

projeto aberto e incompleto feito obra em construção. Nesse

canteiro, projeto e obra faziam-se mutuamente, dialeticamente,

isto é, a construção do conhecimento se fazia pelo confronto de

idéias, pelo diálogo.

Quanto à formação pessoal do arquiteto, também não

parece ter havido homogeneidade.

É certamente uma simplificação falar no arquiteto

medieval, afinal, como bem lembra Kostof (1986), trata-se de um

período de mais de mil anos, com variações e intercâmbios

consideráveis na atividade arquitetônica entre a Europa ocidental,

o mundo Bizantino e os domínios muçulmanos. E se há muitas

incertezas sobre a atividade dos arquitetos na Europa Ocidental,

há ainda mais sobre os arquitetos na Ásia Menor e no Oriente

Próximo.

Na Europa ocidental, entre o séc. V e o IX, architectus e

caementarius se confundem (Kostof, 1986). O arquiteto romano,

vitruviano, atua cada vez mais como um mestre-de-obras que

desenha a planta, e essencialmente determina, e conduz a

execução das fundações e elementos estruturais básicos da

arquitetura.

Até a segunda metade do séc. XII, o equilíbrio entre

conhecimento teórico (dos tratados antigos, especialmente de

Vitruvius), e conhecimento da prática construtiva, variava

enormemente entre aqueles que desempenharam o papel de

arquitetos nas terras ocidentais da Europa. Mas, entre os iletrados,

a prática se fazia com pouquíssima teoria. É provável que a

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retomada das referências da arquitetura romana e bizantina, pela

corte de Carlos Magno, tenha realimentado o vínculo da prática

arquitetônica medieval com os procedimentos romanos,

especialmente o conhecimento do uso da modulação, das

proporções, das referências de medida e das relações matemáticas

e escalas gráficas.

Desde a dissolução do império carolíngio, a atividade de

arquiteto, na Europa ocidental, havia se dispersado de tal forma

que seu papel foi assumido pelos próprios contratantes28 da mão-

de-obra. No caso das igrejas e mosteiros, o papel de arquiteto foi

desempenhado muitas vezes por bispos, arcebispos, abades e

monges. (Erlande-Brandenburg, 1995).

Assim, durante mais de 300 anos, entre o fim do séc. IX e

meados do séc. XII os papéis de arquiteto e contratante, muitas

vezes, se confundiram. Neste contexto parece mais apropriado

28 Neste estudo utilizou-se o termo contratante com o mesmo sentido que o termo francês patron

costuma ser usado nos estudos medievais. O termo contratante foi preferido à tradução literal

patrão considerando que seu emprego é muito mais comum entre os arquitetos contemporâneos.

tratar a arquitetura como uma atividade prática, exercida

esporadicamente por uns e mais freqüentemente por outros, do

que exatamente como profissão. O que quer dizer que, assumir

eventualmente o papel de arquiteto não significa praticar a

arquitetura sistematicamente, nem tirar seu sustento financeiro

dessa atividade.

Como exemplo desta prática medieval – deslocada no

tempo para a precária cidade de São Paulo do último quartel do

séc. XVIII – o frei franciscano Antônio de Sant’ana Galvão

assumiu a função de arquiteto, mestre-de-obras e construtor de

taipas à frente das obras do mosteiro e da igreja da Luz. As

limitações de recursos humanos e financeiros do Planalto Paulista

de então exigiram seu envolvimento direto na empreitada, desde

sonhar a obra, até riscá-la e construí-la, durante mais de 28 anos.

Segundo Du Colombier (1953)29, a própria designação

architectus ou architector foi aplicada muitas vezes nitidamente

29 As questões controversas em torno da designação do arquiteto na Baixa Idade Média foram

retomadas por Du Colombier (1953) a partir dos estudos de Nikolaus Pevsner de 1942, The term

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ao contratante, por vezes acompanhada dos qualificativos sapiens

ou prudens.

O mesmo ocorre com a designação magister operis,

traduzida, geralmente, como mestre-de-obras, que tem uma

aplicação tão ampla que pode ser empregada tanto para designar

um simples entalhador de pedras, quanto um mestre-artesãos, um

fornecedor de materiais, os arquitetos propriamente ditos, e até

mesmo o próprio contratante que administra os recursos

financeiros da obra.

O exemplo mais evidente desta sobreposição de funções é

o caso da reforma do deambulatório da abadia de S. Denis

conduzida pelo abade Suger entre 1140-1144, e que é a obra

inaugural do gótico.

Quem foi o arquiteto de S. Denis? Suger, que conseguiu

os recursos financeiros, contratou a mão-de-obra, e orientou

“architect” in the middle ages, publicado na revista Speculum, XVII, 549 e Terms of architectural

planning in the middle ages publicado no Journal of the Warburg and Courtauld Institutes, 232.

Estes estudos dão continuidade à pesquisa de Stein, Comment on désignait les architectes au

moyen âge publicada na Mém. Soc. Nat. Des Antiquaires de France, 81, de 1918.

esteticamente a reforma, ou os mestres-construtores que ele

relegou ao anonimato?

Tudo indica que na região da Inglaterra, França e

Alemanha, a figura do arquiteto se reconstituiu lentamente entre

850 e 1250 por meio de indivíduos que, possuindo o

conhecimento empírico dos construtores, passaram a dialogar

com a erudição teórica do clero.

A transformação destes artesãos em profissionais liberais

na França surpreende Nicolas de Biard (c.1250-1275) que em um

dos seus sermões registra:

“Qos grandes edifícios é comum haver um mestre principal que

ordena apenas pela palavra, e que não usa a mão senão raramente ou

nunca e, no entanto, recebe salários maiores que os demais...”

(tradução do autor, apud Du Colombier, 1953).

Como observou Nicolas de Biard, estes poucos arquitetos

estão presentes apenas nos grandes canteiros de obras do séc. XIII

nos quais são imprescindíveis, frente à complexidade da

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A Itália do séc. XIV e XV será por suas condições

políticas e econômicas o contexto ideal para a ascensão social

deste arquiteto que encontrará em Filippo Brunelleschi (1377-

1446) sua nova acepção. E o próprio Brunelleschi se fez

arquiteto, autodidata, a partir de sua formação como artista,

artesão, profissional formado na prática dos ateliês e das oficinas.

A grande referência espacial e construtiva para a Idade

Média foi, sem dúvida, a arquitetura romana, e por extensão, a

arquitetura helenística. Dessas vertentes antigas, conjugadas às

contribuições orientais, formaram-se a arquitetura bizantina, a

arquitetura islâmica, e o gótico.

A imitação foi um dos principais pontos de apoio do

projeto medieval. A imitação de soluções formais e construtivas

como as compiladas por Villard de Honnecourt em seu famoso

caderno (Bechmann, 1993).

A interpretação dos vestígios materiais permite supor que

da herança romana, vitruviana, os arquitetos medievais se

apropriaram do uso da régua, do compasso, do fio de prumo e do

esquadro, assim como das noções de modulação e composição do

todo a partir da construção de elementos e partes repetidas

(Conant, 1968).

A arqueologia da representação da arquitetura também

indica que os desenhos citados por Vitrúvio – especialmente a

iconografia e a ortografia, que se referem a plantas e elevações –

em escala reduzida e em escala real, 1:1, foram utilizados ao

longo de toda a Idade Média30. Croquis e cortes esquemáticos

também foram usados para a comunicação de soluções

construtivas (Bucher, 1968).

Da experiência construtiva grega e romana com a pedra

(que provavelmente foi desenvolvida pelos arquitetos armênios a

partir do séc. IV) preservou-se o uso de paradeigmas ou moldes

feitos em escala real, 1:1 (Helmann, 1992). Estes moldes

30 Quanto aos desenhos dos arquitetos medievais, Pierre du Colombier (1953) ressalta que a

quantidade de elevações conhecidas é infinitamente superior à de plantas e que estas elevações

raramente são projeções sem deformação e em escala correta e quase nunca são cotadas.

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individuais, associados, poderiam servir para compor um gabarito

de um elemento estrutural, como um arco, por exemplo. A

seriação, a repetição de elementos, e a pré-fabricação de peças

eram exigências de economia, de racionalidade do canteiro, frente

às restrições materiais e a pouca disponibilidade de recursos.

É bastante provável que o processo de projeto de

arquitetura, em sua configuração romana (desenhos e maquetes),

tenha sido preservado ao longo da Idade Média sobre três bases

principais:

I. As tradicionais famílias de construtores em atividade

em toda a extensão do antigo império romano31.

31 Esta estrutura familiar em torno da atividade da construção civil também está registrada nas

baladas folclóricas dos Bálcãs com o tema da “esposa emparedada” em diversas variantes como

“Struna, a noiva” na Bulgária, “A Ponte de Arta” na Grécia, “Mestre Manole” na Romênia, o

“Monastério de Arges” e a “A construção de Skadar” na Albânia, Sérvia e Montenegro (Dundes,

1996).

II. A prática construtiva interna às ordens religiosas,

especialmente entre os cistercienses, que envolvia

geralmente o alto clero no planejamento, e o baixo

clero no canteiro de obras.

III. Os quadros técnicos de mestres-de-obras e arquitetos

da estrutura militar e administrativa do império

bizantino.

Esta preservação do conhecimento arquitetônico do

Mundo Romano na Idade Média encontra respaldo em vários

aspectos que ainda demandam estudos mais aprofundados:

• A preservação dos textos de Vitrúvio Da Arquitetura,

de Frontino (35-103) De Aquis urbis Romae, de Heron

de Alexandria, de Arquimedes e Ctesíbio.

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• As descrições de técnicas construtivas de Procópio de

Cesaréia (490-507, c.561), suas menções a planos e

desenhos (Buildings, 1953, I.i.22-25; II.iii.8-10),

assim como suas menções a um suposto tratado escrito

pelo arquiteto Apolodorus de Damasco (Buildings,

1953, IV.vi.13-14).

• O desenho esquemático, em planta, para a abadia de S.

Gall, na Suíça, feito entre 819 e 826 (Kostof, 1986;

Erlande-Brandenburg, 2002).

• Fragmentos de um texto do monge Heiric d’Auxerre

(835-887) onde há menção a um concepti operis

exemplar, interpretado como uma maquete de cêra,

para a nova cripta da abadia de Saint-Germain

d’Auxerre na França (Du Colombier, 1953; Kostof,

1986; Schlosser, 1891 apud Millon, 1997).

• As menções de Asolik de Taron (X-XI) ao plano

(orinak sinuacoy) e modelo tridimensional (kalapar

kazmacoy) do arquiteto armênio Trdat (X-XI) na

recuperação da cúpula de Hagia Sophia após o

terremoto de 989 (Asolik de Taron, 1917;

Donabédian, 1991).

• O comentário de Nikolaus Pevsner de que Gervaise,

cronista da catedral de Canterbury teria registrado o

uso de modelos para o corte de pedras por parte do

arquiteto inglês William de Sens (c. 1174) (Pevsner,

1990).

• O uso de régua e compasso, e relações de proporção e

simetria no projeto dos arquitetos Gunzo e Hezelo

para a abadia de Cluny III (séc. XII) (Conant, 1968).

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• O caderno de croquis e anotações do arquiteto Villard

de Honnecourt (c. 1235). Neste caderno não há

referências a maquetes ou modelos tridimensionais em

escala reduzida. Há apenas a referência a “molles” que

são moldes, modelos em tamanho natural ou em escala

1:1, usados como referência para o corte das pedras:

estereotomia (Bechmann, 1993).

• Os desenhos em elevação de fachadas de catedrais,

como o de Estrasburgo (1250-60) (Erlande-

Brandenburg, 2002).

• A maquete em papel-machê da igreja gótica de Saint-

Maclou em Rouen, também na França, cuja datação,

mesmo controversa, remonta ao séc. XVI período em

que a obra foi concluída (Kostof, 1986; Lafond, 1974

e Bischoff, 1989 apud Millon, 1997). Pierre du

Colombier (1953) ressalta que o modelo parece

posterior e não anterior à obra. Trata-se, ao que tudo

indica, de um modelo de apresentação de uma

arquitetura do gótico tardio, com data posterior ao

Quatrocento, que não pode ser tomado como um

exemplar característico da modelagem medieval.

• As referências ao uso de maquetes no norte da Itália

no século XIV. Estas maquetes estariam relacionadas

às catedrais de Milão (Annali, 1877-1880 apud

Millon, 1997), Florença (Paatz and Paatz, 1952;

Saalman, 1980; Pietramellara, 1984 apud Millon,

1997) e Bolonha (Lorenzoni, 1983), e também a outras

estruturas urbanas não especificadas (Millon, 1997). A

maquete da catedral de Bolonha, por exemplo, datada

de 1390, representa este edifício por meio de pequenos

tijolos em escala 1:12 (Lorenzoni, 1983). Estes

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146

modelos, por sua datação e localização geográfica,

caracterizam-se muito mais como as primeiras

expressões da modelagem arquitetônica do

Quatrocento italiano do que precisamente como

maquetes medievais.

Conforme Giorgio Vasari (1511-1574), o próprio

Brunelleschi, ao ser convidado para assumir a obra do Duomo de

Florença teria comentado que por se tratar de um templo

consagrado a Deus, esse incutiria força, sabedoria e engenho em

quem a assumisse32.

Esse comentário de Vasari sobre Brunelleschi – que é o

arquiteto renascentista por excelência – ainda atribui à divindade

32 “Ma ricordandomi che questo è tempio sacrato a Dio, mi confido che, faccendosi in memoria

sua, non mancherà di infondere il sapere dov'e' non sia, et agiugnere le forze e la sapienza e

l'ingegno a chi sarà autore di tal cosa.” Vasari, VoL.III, p.154-155 Edição Torrentiana, 1550. <http://biblio.cribecu.sns.it/cgi-bin/vasari>

participação fundamental na concepção arquitetônica, mas trata

como autor o arquiteto. E aqui há uma mudança significativa.

No que diz respeito à criação arquitetônica, o pensamento

renascentista parece ainda firmemente vinculado ao

neoplatonismo cristão, mas a doutrina agostiniana da iluminação

divina foi suplantada pela idéia do dom. Deus subsidia a criação

ao conceder a capacidade criativa. O projeto divino agora é o

logos humano, a engenhosidade, a genialidade. E a obra de Vasari

ecoa essa filosofia do gênio, primeiro com Brunelleschi e depois

com Michelangelo Buonarotti.

A questão teológica parece encontrar repouso, afinal, a

capacidade humana de pensar-se criador da própria idéia da

divindade seria um dom cedido pela graça de Deus.

O aspecto novo do projeto renascentista – que revela o

humanismo do Quatroccento – diz respeito à valorização da

antevisão da arquitetura, isto é, de uma adequada e prudente

previsão da obra, com estudos, desenhos e modelos, como sugeria

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Alberti (1991). A teoria exposta em De Re Aedificatoria (1452-

1485) busca o método, se interessa pelos procedimentos, que não

são nem mágicos, nem trancendentais, mas técnicos e artísticos.

O texto de Alberti inaugura uma filosofia da técnica

arquitetônica, uma tecnologia filosófica, reflete sobre o fazer,

elucida, extrai recomendações e delineia um campo de

conhecimento: aedificatoria.

Se no mundo medieval, parecia haver uma passagem

mágica entre a revelação mística do projeto e o fazer construtivo

imbrincado nos mistérios da natureza, agora essa passagem é o

lugar da prudência, da previsão, como se aquela prefiguração

divina exposta por João Damasceno fosse humanizada como

representação.

E as imagens emergem no projeto renascentista com

cadernos de anotações, desenhos em perspectiva, maquetes e

modelos tridimensionais que gestam o projeto antes da obra. A

prefiguração não é mais trancendente, é material, e configura o

próprio processo projetual renascentista. Sendo assim, integra

pensamento e modelos em um procedimento integrado que tem

um compromisso construtivo, e é aproximativo, seqüencial,

agregador e sintético. Em meio a anotações, desenhos e maquetes,

neste escritório-atelier de projetos, na Florença do início do séc.

XV, Brunelleschi poderia antecipar Descartes, dizendo:

“Desenho, modelo, logo existo”.

Os procedimentos artísticos, e a teoria que começa a se

formar sobre esses procedimentos no séc. XV prenunciam o

método científico moderno. Esse prenúncio da revolução

científica, que só viria a se definir no séc. XVII, pode ser notado

nos seguintes aspectos da arquitetura:

I. O uso de uma geometria e de uma matemática

instrumentais que se apóiam em módulos, referências de

medida, ângulos e relações geométricas, proporção

matemática e relações entre diferentes escalas. Tratava-se

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148

de um conhecimento utilitário, que amparava o projeto e a

execução, mas que não constituía um corpo teórico coeso.

Esse conhecimento da arquitetura fundado na geometria

constituía o que o mestre-construtor francês Jean Mignot,

no final do séc. XV, denominava a scientia imprescindível

ao exercício da arte construtiva (Kostof, 1986).

II. O uso de recursos de representação do mundo no plano,

como a perspectiva, e no espaço, como as maquetes ou os

modelos tridimensionais. Esses modelos permitiam

antever soluções e testá-las no papel, ou no espaço, em

escala reduzida. Os modelos de Brunelleschi, em especial,

deixam claro que seu objetivo não era apenas formal ou

estético, mas construtivo. Essa simulação de fenômenos

físicos valendo-se de modelos reduzidos e montagens

experimentais que tinha, na arquitetura, um objetivo

pragmático claro, será incorporada aos procedimentos

científicos modernos, com objetivos explicativos muito

mais ambiciosos, isto é, como um recurso indispensável à

compreensão e à formulação de hipóteses universais sobre

a natureza.

III. O método experimental instaurado no imenso laboratório

experimental informal dos diversos canteiros de obras da

Europa, que punha à prova as novas soluções técnicas, e

atestava ou não sua eficiência na prática. O pragmatismo

da arquitetura resistia, e continua resistindo, a hipóteses a

priori que valem muito pouco antes de serem testadas nos

canteiros. Por outro lado, soluções testadas e aprovadas na

prática passam a ser novos paradigmas para o

conhecimento construtivo. Foi justamente essa

confiabilidade dos procedimentos experimentais, nas

ações sobre a natureza, e na formulação de teorias, que

caracterizou a renascença vitruviana da tecnologia da

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149

arquitetura a partir do séc. XIII. É nesse contexto que se

prenuncia o Empirismo, com a defesa da scientia

experimentalis por Roger Bacon (c.1214-1294) e o

nominalismo de William de Ockham (c.1288-c.1348) no

círculo aristotélico da Universidade de Oxford (Lamanna,

1960). Essas iniciativas anteciparam o pensamento

empirista do séc. XVII, decisivo para a formação da

ciência moderna.

IV. A teoria, como discurso reflexivo sobre o método, que

tem no texto de Alberti um modelo renovado e

aperfeiçoado do texto de Vitrúvio. Essa teoria, no entanto

– diferente do que proporá Descartes no séc. XVII –, não

pretende ter alcance universal, seu campo de ação é

restrito e está definido com precisão: a arquitetura.

É certo que o propósito explicativo – ainda mais com

pretensões universais – não fazia parte do escopo da arquitetura

medieval, e nem mesmo da arquitetura renascentista. Este

propósito parece ser exclusivamente científico, e se definiu mais

tarde, entre o séc. XVII e XVIII (Henry, 1998). Assim como o

caráter analítico – a desmontagem do mundo em busca de sua

lógica constitutiva – e o caráter não-utilitário da investigação

também são tipicamente científicos.

O propósito da arquitetura, desde sempre, assim como o

da alquimia e da tradição mágica, era a eficiência natural, a

utilidade das proposições. O que se esperava de que tais

procedimentos é que funcionassem, e isso bastava. Especialmente

em se tratando de fortificações e máquinas de guerra, como se

pode notar de Vitrúvio a Leonardo.

Talvez a falta desse propósito explicativo elucide, ao

menos em parte, porque as contribuições da arquitetura são

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150

consideradas na história da técnica e da tecnologia, e quase nunca

mencionadas na história da ciência.

Em um mundo iluminado pela ciência a imagem do

portador do modelo se diluiu e, aparentemente, restringiu-se à

iconografia dos santos.

O imaginário acerca do projeto de arquitetura, ao menos

aquele que resultou em expressões visuais geradas nos meios

desmistificados pela ciência, assumiu a caracterização do

arquiteto como intelectual, homem de letras e geômetra, tendo

como emblemas seus instrumentos de desenho e modelos

tridimensionais.

Entretanto, o projeto humanista de laicizar o entendimento

do ato criador, substituindo a necessidade das intervenções

divinas por uma consciência ética e histórica da cultura humana,

sempre coexistiu com a manutenção de vínculos, extremamente

arraigados nos costumes humanos, que continuam a entender o

ato criador como uma relação transcendente.

E como será que esse esforço de laicização, e a resistência

a ele, se entrelaçam com a imagem do portador do modelo de

arquitetura, e do imaginário em torno da criação arquitetônica nos

dias de hoje?

Na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa

Senhora de Nazaré – divindade feminina como Hera e Tyché – os

portadores do modelo arquitetônico ressurgem, provocativamente

(Prancha 65).

Tanto os que levam o modelo como ex-voto em ação de

graças pela casa construída, quanto os que o levam como

oferenda – pedindo auxílio para construir –, colocam-se como

parceiros da transcendência, e reafirmam a necessidade de

vínculos para além da materialidade da obra.

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151

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152

Todo mês de outubro, nas ruas de Belém, as figuras da

iconografia medieval do portador rompem os limites dos

mosaicos, relevos e afrescos, e ganham vida num rito feérico. A

sobrevivência da imagem em movimento, como performance,

traz à tona a sobrevivência de costumes remotos.

As origens arcaicas do vínculo entre arquitetura e

divindade afloram então, em pleno século XXI, com essas

pessoas anônimas que assumem a posição de portadores do

modelo. Esses são os interlocutores divinos contemporâneos, que

muitas vezes acumulam funções, sendo ao mesmo tempo:

arquitetos, contratantes, financiadores da obra e pedreiros. E

posam para a câmera fotográfica portando seus modelos de

arquitetura.

Nos bairros pobres de Belém, essas pequenas casas –

como oratórios – atestam materialmente a onipresença divina, e a

capacidade humana de superação. Ali, moram juntos, as pessoas e

os santos, as crianças, o Cristo e a Virgem. A poética desse

mundo sacralizado, com suas arquiteturas consagradas, parece se

sobrepor ao projeto humanista moderno. Ali a anti-torre de Babel

se materializa em arquiteturas imaginadas e construídas sem

arquiteto. Apartada do universo científico e laico do projeto

idealizado pelos esforços humanistas, essa autoconstrução, às

margens da oficialidade, se funda na aliança com a

transcendência e nas práticas arcaicas da oferenda arquitetônica.

Alheias ao trabalho dos arquitetos, essas arquiteturas perpetuam

nos canteiros de obras as dependências com o universo do

sagrado.

Desamparadas do saber arquitetônico que tanto desejam, e

necessitam, talvez por prudência – aquela mesma recomendada

por Alberti no âmbito da renascença – firmam laços de parceria

com a Virgem, o Cristo e os santos.

E é nesse contexto que uma trama de ambigüidades

emerge provocando questões:

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153

Em que medida a iconografia do portador do modelo não

tem sua força exatamente no paradoxo que carrega, como imagem

de submissão ao sagrado, ao mesmo tempo em que imagem de

afirmação pessoal sob a aparente submissão aos desígnios

divinos?

Até que ponto a arquitetura e a imagem da arquitetura não

desempenham um papel metafórico como representação artística

de uma cosmogonia humana, uma origem de um mundo

construído pelo próprio homem, que oscila conflituosa entre a

aceitação e a negação dessa consciência de criador?

Se essas questões estimulam um retorno aos ícones, isto é,

provocam um desejo de olhar novamente as imagens, então terá

valido a pena o esforço desse percurso.

Afinal, como propósito inicial, esse estudo pretendia

expor as imagens, e compartilhar o encantamento com a beleza e

a intensidade poética que afloram continuamente dessas figuras, e

nos fazem pensar, imaginar, construir interpretações.

A intenção desse estudo nunca foi encerrar essas

interpretações, mas sim sugerí-las e deixá-las em aberto – mais

como indagações do que afirmações – para que possam incitar

outras aproximações interpretativas.

Sendo assim, as interpretações aqui apresentadas

delinearam, com uma linha leve e pontilhada, significados

possíveis, mas não definiram os significados da imagem do

portador do modelo arquitetônico, entendendo o verbo definir

como marcar o fim, limitar, o que seria um contrasenso, por

restringir justamente a riqueza de sentidos que sugerem as

imagens.

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