seemg – curso de exercícios português e interpretação de ......

33
SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário www.prolabore.com.br 1 PROVA 1 TRT/14ªR/Técnico Judiciário área Administrativa/2011 Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte. Isolados por opção Imagens inéditas de índios supostamente isolados em meio à floresta amazônica recentemente chamaram a atenção de todo o mundo. O flagrante dos indígenas vivendo de forma primitiva na região fronteiriça entre o Brasil e o Peru foi divulgado como o novo registro visual de uma população que estaria até hoje sem contato direto com o homem branco. Porém, uma observação mais atenta das fotos deixou evidente a presença de utensílios modernos, como facões e panelas, entre as ferramentas usadas pelos índios. Logo, a polêmica estava criada. Segundo Elias Bigio, responsável pela coordenação de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a tribo em questão não pode ser descrita como intocada. “Não sabemos exatamente se eles adquiriram aqueles objetos por meio de coleta ou escambo com outros indígenas, mas certamente são índios com um passado traumático de confrontos com o homem branco”, diz Bigio. “O que nós podemos afirmar é que eles estão isolados por opção e provavelmente fugiram do território peruano para se proteger do crescente avanço dos madeireiros”. A exploração da madeira no país vizinho carece de fiscalização e é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região. (Adaptado de artigo de Paula Rocha. ISTOÉ, 9 de fevereiro de 2011, p. 67) 1. De acordo com o texto, a) a tribo indígena recentemente encontrada está correndo grande risco ao ter os seus hábitos expostos e divulgados pelos meios de comunicação. b) o conflito com madeireiros peruanos é a provável causa de uma tribo indígena, flagrada em posse de utensílios modernos, estar isolada na floresta amazônica. c) o desmatamento excessivo da floresta amazônica fez com que certas tribos migrassem para regiões com mais disponibilidade de alimentos. d) a preocupação constante de organizações não governamentais tem evitado a extinção de algumas culturas indígenas que habitam a Amazônia. e) a floresta cerrada que separa os territórios brasileiro e peruano dificulta o acesso de algumas tribos à ajuda humanitária oferecida por organizações não governamentais. 2. ... uma observação mais atenta das fotos deixou evidente... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em: a) ... que estaria até hoje ... b) A exploração da madeira (...) carece de fiscalização ... c) ... vivendo de forma primitiva ... d) ... provavelmente fugiram do território peruano ... e) ... certamente são índios com um passado traumático ... 3. A exploração da madeira (...) é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região. Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a frase resultante será: a) A exploração da madeira sendo uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região aponta organizações não governamentais internacionais. b) O bem-estar dos povos indígenas da região apontam a exploração da madeira como uma das maiores ameaças pelas organizações não governamentais internacionais. c) A exploração da madeira aponta uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região por organizações não governamentais internacionais. d) Uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região, pelas organizações não governamentais internacionais, apontam a exploração da madeira. e) Organizações não governamentais internacionais apontam a exploração da madeira como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região.

Upload: vunhu

Post on 13-Feb-2018

227 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 1

PROVA 1 TRT/14ªR/Técnico Judiciário área Administrativa/2011 Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.

Isolados por opção

Imagens inéditas de índios supostamente isolados em meio à floresta amazônica recentemente chamaram a atenção de todo o mundo. O flagrante dos indígenas vivendo de forma primitiva na região fronteiriça entre o Brasil e o Peru foi divulgado como o novo registro visual de uma população que estaria até hoje sem contato direto com o homem branco. Porém, uma observação mais atenta das fotos deixou evidente a presença de utensílios modernos, como facões e panelas, entre as ferramentas usadas pelos índios. Logo, a polêmica estava criada.

Segundo Elias Bigio, responsável pela coordenação de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a tribo em questão não pode ser descrita como intocada. “Não sabemos exatamente se eles adquiriram aqueles objetos por meio de coleta ou escambo com outros indígenas, mas certamente são índios com um passado traumático de confrontos com o homem branco”, diz Bigio. “O que nós podemos afirmar é que eles estão isolados por opção e provavelmente fugiram do território peruano para se proteger do crescente avanço dos madeireiros”. A exploração da madeira no país vizinho carece de fiscalização e é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região.

(Adaptado de artigo de Paula Rocha. ISTOÉ, 9 de fevereiro de 2011, p. 67) 1. De acordo com o texto, a) a tribo indígena recentemente encontrada está correndo grande risco ao ter os seus hábitos expostos e

divulgados pelos meios de comunicação. b) o conflito com madeireiros peruanos é a provável causa de uma tribo indígena, flagrada em posse de utensílios

modernos, estar isolada na floresta amazônica. c) o desmatamento excessivo da floresta amazônica fez com que certas tribos migrassem para regiões com mais

disponibilidade de alimentos. d) a preocupação constante de organizações não governamentais tem evitado a extinção de algumas culturas

indígenas que habitam a Amazônia. e) a floresta cerrada que separa os territórios brasileiro e peruano dificulta o acesso de algumas tribos à ajuda

humanitária oferecida por organizações não governamentais. 2. ... uma observação mais atenta das fotos deixou evidente... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em: a) ... que estaria até hoje ... b) A exploração da madeira (...) carece de fiscalização ... c) ... vivendo de forma primitiva ... d) ... provavelmente fugiram do território peruano ... e) ... certamente são índios com um passado traumático ... 3. A exploração da madeira (...) é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região. Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a frase resultante será: a) A exploração da madeira sendo uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região aponta

organizações não governamentais internacionais. b) O bem-estar dos povos indígenas da região apontam a exploração da madeira como uma das maiores ameaças

pelas organizações não governamentais internacionais. c) A exploração da madeira aponta uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região por

organizações não governamentais internacionais. d) Uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região, pelas organizações não governamentais

internacionais, apontam a exploração da madeira. e) Organizações não governamentais internacionais apontam a exploração da madeira como uma das maiores

ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região.

Page 2: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 2

4. É difícil ficar indiferente ...... causa defendida por algumas organizações não governamentais que ajudam ...... captar recursos para preservar ...... cultura de tribos da floresta amazônica. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: a) a – à – à b) à – a – a c) à – a – à d) à – à – a e) a – à – a 5. Porém, uma observação mais atenta das fotos deixou evidente a presença de utensílios modernos, como facões e panelas, entre as ferramentas usadas pelos índios. (1º parágrafo) A frase acima introduz a) uma oposição ao que vinha sendo afirmado. b) a conclusão dos argumentos anteriormente apresentados. c) uma explicação que complementa a afirmação anterior. d) a síntese da ideia principal do texto. e) a opinião do autor a respeito do assunto tratado. 6. Algumas organizações não governamentais têm o objetivo de defender a preservação de territórios indígenas.

Algumas organizações não governamentais captam recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva. As organizações não governamentais não participam das expedições de monitoramento de tribos isoladas.

As frases acima se articulam com correção e lógica APENAS em: a) Embora não participem das expedições de monitoramento de tribos isoladas, algumas organizações não

governamentais, cujo objetivo é defender a preservação de territórios indígenas, captam recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva.

b) Apesar de não participar das expedições de monitoramento de tribos isoladas, algumas organizações não governamentais defendem a preservação de territórios indígenas, esses o objetivo delas, e captam recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva.

c) Algumas organizações não governamentais, cujas as quais não participam das expedições de monitoramento de tribos isoladas, possue o objetivo de defender a preservação de territórios indígenas e captar recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva.

d) Algumas organizações não governamentais, que não participam das expedições de monitoramento de tribos isoladas, possue o objetivo de defender a preservação de territórios indígenas e tem captado recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva.

e) Como o objetivo de algumas organizações não governamentais são de defender a preservação de territórios indígenas, que não participam das expedições de monitoramento de tribos isoladas, são captados recursos para a compra de equipamentos necessários para incursões pela selva.

Atenção: As questões de números 7 e 8 referem-se ao texto seguinte.

Aos óculos

Só fingem que põem o mundo ao alcance dos meus olhos míopes.

Na verdade me exilam dele com filtrar-lhe a menor imagem.

Já não vejo as coisas como são: vejo-as como eles querem que as veja.

Logo, são eles que veem, não eu que, mesmo cônscio do logro, lhes sou grato

por anteciparem em mim o Édipo curioso de suas próprias trevas.

José Paulo Paes

Page 3: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 3

7. Leia atentamente as afirmações abaixo:

I. No segmento lhes sou grato, o pronome grifado substitui corretamente, no contexto, a expressão Aos óculos do título. II. Na frase vejo-as como eles querem que as veja, ambos os pronomes grifados evitam a repetição da palavra coisas. III. O segmento mesmo cônscio do logro poderia ser substituído, com correção e lógica no contexto, por portanto, ciente do enigma.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 8. por anteciparem em mim O segmento acima introduz no contexto noção de a) condição. b) consequência. c) ressalva. d) causa. e) temporalidade. 9. A fonte de mais disposição pode estar perto / cientistas de várias partes do globo estão empenhados na tarefa de formular uma espécie de cardápio ideal que forneça a energia de que o organismo necessita / esses pesquisadores estão em busca dos melhores combustíveis para mantê-lo em atividade e garantir menor desgaste e melhor desempenho.

(Adaptado de "O cardápio certo para ganhar energia". Rachel Costa. ISTOÉ, 9 de fevereiro de 2011, p. 77)

As frases acima se articulam em um único parágrafo, corretamente pontuado, em: a) A fonte de mais disposição pode estar perto, cientistas de várias partes do globo estão empenhados na tarefa de

formular uma espécie de cardápio ideal, que forneça a energia de que o organismo necessita; esses pesquisadores, estão em busca dos melhores combustíveis para mantê-lo em atividade − e garantir menor desgaste e melhor desempenho.

b) A fonte de mais disposição pode estar perto. Cientistas de várias partes do globo, estão empenhados na tarefa de formular uma espécie de cardápio ideal − que forneça a energia de que o organismo necessita. Esses pesquisadores estão em busca dos melhores combustíveis para mantê-lo em atividade e garantir menor desgaste e melhor desempenho.

c) A fonte de mais disposição pode estar perto; cientistas de várias partes do globo estão empenhados na tarefa de formular uma espécie de cardápio, ideal, que forneça a energia de que o organismo necessita: esses pesquisadores estão em busca dos melhores combustíveis para mantê-lo em atividade e garantir menor desgaste e melhor desempenho.

d) A fonte de mais disposição pode estar perto. Cientistas, de várias partes do globo estão, empenhados na tarefa de formular uma espécie de cardápio (ideal) que forneça a energia de que o organismo necessita: esses pesquisadores estão em busca dos melhores combustíveis, para mantê-lo em atividade, e garantir: menor desgaste e melhor desempenho.

e) A fonte de mais disposição pode estar perto: cientistas de várias partes do globo estão empenhados na tarefa de formular uma espécie de cardápio ideal que forneça a energia de que o organismo necessita. Esses pesquisadores estão em busca dos melhores combustíveis para mantê-lo em atividade e garantir menor desgaste e melhor desempenho.

GABARITO

001 - C 002 - B 003 - E 004 - A 005 - D 006 - E 007 - C 008 - A 009 - B

Page 4: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 4

PROVA 2 TRE/AMAPÁ/Técnico Judiciário área Administrativa/2011

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 12, considere o texto abaixo.

1

5

10

15

20

25

30

35

40

A França, berço da tríade de valores modernos de li- berdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário ao proibir o uso, em espaços públicos, de véus que cubram totalmente o rosto. Trata-se de uma manifestação de into- lerância difícil de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo.

Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumen- tárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos, como o niqab (que deixa só os olhos à mostra) e a burca (que os mantém cobertos por uma tela). A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana e já motivou a apli- cação de uma multa de cerca de R$ 340.

A lei interdita o uso de vestimentas que impeçam a identificação da pessoa, sob o pretexto de que essa dissi- mulação pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública. Vale para ruas, parques, esco- las, repartições, bibliotecas, hospitais, delegacias e giná- sios de esporte. Domicílios, veículos particulares e locais de culto ficam excetuados.

Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qual- quer acessório − como máscaras ou capacetes − que ocul- te o rosto. A intenção de discriminar muçulmanas transpa- rece quando se considera a exceção feita na lei: máscaras usadas no contexto de festas, manifestações artísticas ou procissões religiosas, "desde que se revistam de caráter tradicional".

Cristãos, portanto, podem cobrir o rosto no Carnaval, no Halloween ou em procissões. Muçulmanas, no dia a dia, não − ainda que a peça seja de uso tradicional. O ar- gumento da obrigatoriedade de identificação é ponderável. A própria legislação admite que a identidade seja confir- mada em recinto policial. A imposição de multa, porém, pa- rece abusiva.

A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte in- tegrante do direito à expressão da personalidade, o que in- clui a fé. Decerto que em muitos casos o uso do véu é im- posto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos.

A medida extrema só encontra explicação no senti- mento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a ca- lhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece dis- posto a tudo para melhorar seus índices de popularidade.

(Folha de S.Paulo. Opinião. 13 de abril de 2011) 1. O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é: a) Privilégios dos cristãos. b) Intolerância à francesa. c) Datas religiosas e pagãs. d) Índices de popularidade de Nicolas Sarkozy. e) Lugares públicos e privados.

Page 5: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 5

2. O autor do editorial, ao a) referir-se a berço (linha 1), reconhece a França como origem de valores fundamentais, mas, ao mencionar

modernos (linha 1), critica o anacronismo da tríade (linha 1). b) falar em intolerância (linhas 4 e 5), toma como ponto de referência a cultura europeia contemporânea, que ele

considera nada dever à tradição francesa. c) caracterizar passo (linha 2), manifesta uma avaliação pessoal sobre a lei francesa, passando a fundamentar sua

apreciação ao longo do texto. d) mencionar niqab e burca (linha 9), defende que, na realidade, essas indumentárias são símbolos dos crimes

praticados por certos grupos muçulmanos. e) citar a legislação adotada em 2010 (linhas 10 e 11), inicia a argumentação que desabonará totalmente a lei que

trata do uso de véus, visto que essa lei não preceitua nada que mereça séria consideração. 3. No aproveitamento que o autor fez da ideia, o grau de generalidade citado (linha 20) remete mais especificamente à não a) citação do número da lei (linha 13). b) identificação da pessoa (linha 14). c) caracterização da forma como a lei interdita (linha 13). d) definição do pretexto (linha 14). e) especificação de vestimentas (linha 13). 4. A expressão do texto que está corretamente entendida é: a) (linhas 4 e 5) manifestação de intolerância difícil de reconciliar / forma de repressão que se manifesta pela

dificuldade de conciliação com as pessoas. b) (linhas 5 e 6) valores que a nação francesa veio a representar no mundo / qualidades francesas que poderiam se

tornar símbolos mundiais. c) (linhas 7 e 8) a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais / a interdição acaba produzindo o

crime de porte ilegal de indumentárias tradicionais. d) (linhas 14 e 15) sob o pretexto de que essa dissimulação / com a alegação de que essa ocultação. e) (linhas 15 e 16) pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública / favoreceria

comportamentos passíveis de atentar contra regimes democráticos. 5. A própria legislação admite que a identidade seja confirmada em recinto policial. A imposição de multa, porém, parece abusiva. Propõe-se a organização das frases acima num só bloco, iniciado por “A imposição de multa parece abusiva”. Para que o sentido original se mantenha, as frases terão de ser conectadas por meio de a) ainda que. b) mas. c) dado que. d) contanto que. e) visto que. 6. É correto afirmar: a) Os parênteses (linhas 9 e 10), nos dois casos, acolhem retificação do significado comumente atribuído às

palavras niqab e burca. b) Os termos separados por vírgulas e unidos pelo e (linhas 16 a 18) − Vale para ruas [...] e ginásios de esporte −

formam sequência que vai do ambiente menor para o maior. c) As aspas (linhas 25 e 26) indicam que o autor do segmento não é o editorialista. d) O travessão depois da palavra não (linha 29) é exigência, pois ele sinaliza que a expressão podem cobrir foi

suprimida. e) Os travessões (linhas 34 e 35) isolam uma comparação, alojando os termos considerados superiores aos demais. 7. O segmento que expressa ponto de vista normativo por parte do editorialista é: a) A França, berço da tríade de valores modernos de liberdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário... b) Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos... c) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana... d) A imposição de multa, porém, parece abusiva. e) A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte

integrante do direito à expressão da personalidade...

Page 6: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 6

8. Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos. Considerado o trecho acima, em seu contexto, é legítimo afirmar: a) O emprego de “Certamente”, no lugar de Decerto, expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho. b) Transpondo o uso do véu é imposto pela família para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”. c) A ausência de vírgula após muitos casos constitui deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é

obrigatória. d) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mulheres”, o segmento estaria correto assim “mas basta duas

que os faça...”. e) A expressão para que introduz a finalidade de uma ação, finalidade que o autor considera desejável. 9. O modo verbal que faz referência a um evento incerto está presente em a) (linhas 22 e 23) transparece. b) (linha 23) considera. c) (linha 25) revistam. d) (linhas 36 e 37) inclui. e) (linha 39) basta. 10. A medida extrema só encontra explicação no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a calhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece disposto a tudo para melhorar seus índices de popularidade. No que se refere ao trecho acima, em seu contexto, é correto afirmar: a) Substituindo só encontra explicação no sentimento xenófobo por “só se explica pelo sentimento xenófobo”, o

sentido e a correção originais são preservados. b) A palavra xenófobo está grafada corretamente, assim como ocorre com “xecar”. c) O segmento que se dissemina pela França corresponde à formulação “que a França dissemina”. d) O pronome seus remete à França. e) Se em vez de para melhorar fosse usada a forma “para que melhore”, a correção da frase estaria garantida. 11. A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé. Outra redação para o segmento acima destacado, clara, e que preserva o sentido e a correção originais, é: a) admitidos como interagindo com o direito que se tem à exprimir a personalidade. b) analisados como sendo do direito de cada um de expressar-se enquanto personalidade, configurando parte

integrante daquele. c) vistos como parte da personalidade que se exprime em suas partes integrantes. d) tidos como inerentes ao direito de expressão da personalidade. e) defendidos fazendo parte do direito da pessoa de exprimir sua personalidade, parte esta integrante desse direito. 12. Alterada a pontuação original, a frase que mantém a correção é: a) Trata-se: de uma manifestação de intolerância difícil, de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a

representar no mundo. b) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana; e já motivou a aplicação de uma multa de cerca

de R$ 340. c) Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qualquer acessório como máscaras, ou capacetes que oculte o

rosto. d) A própria legislação, admite: − que a identidade seja confirmada, em recinto policial. e) A medida extrema só, encontra explicação, no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. 13. Entre as frases que seguem, a única correta é: a) Ele se esqueceu de que? b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários. e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 14. Está corretamente empregada a palavra destacada na frase a) Constitue uma grande tarefa transportar todo aquele material. b) As pessoas mais conscientes requereram anulação daquele privilégio. c) Os fiscais reteram o material dos artistas. d) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto. e) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente.

Page 7: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 7

15. A palavra destacada que está empregada corretamente é: a) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação. b) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto. c) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. d) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos.

16. A alternativa que apresenta frase correta é: a) Houvessem conseguido os ingressos para o espetáculo, não se incomodariam com a previsão de excesso de público. b) É útil, dado a quantidade de máquinas avariadas, as constantes revisões feitas pelos especialistas, com o que

evita-se muitas contrariedades. c) Últimas pesquisas de importante veículo de comunicação apontou que a juventude, sejam quais for a

motivação, passa cada vez mais tempo na internet. d) Encaminhando a correspondência aos moradores do edifício, avisou-lhes de que estavam recebendo importante

comunicação do síndico. e) Não lhe pareciam muito cabível as recomendações do assessor, por isso resolveu não seguir-lhes totalmente à

risca, mas não deixou de desculpar-se por fazê-lo.

17. O segmento grifado está empregado corretamente em: a) A incompatibilidade da encomenda e a prestação de serviços gerou o conflito. b) A curiosidade é inata do ser humano. c) Foi sempre devotado pela ciência. d) A sua declaração o indispôs com os colegas. e) Compenetrou-se sobre a necessidade de estudar.

18. Os pais do estudante na matrícula devem apresentar seus documentos, e que as fotos devem, obrigatoriamente, estarem nítidas. A redação que torna o aviso acima claro e correto é: a) Os pais do estudante, no ato da matrícula, devem apresentar seus documentos cujas fotos devem

obrigatoriamente, estar nítidas. b) Ao fazer a matrícula do estudante, os pais devem apresentar seus documentos, cujas as fotos devem ser nítidas,

obrigatoriamente. c) No ato da matrícula, os pais devem apresentar os documentos do estudante, obrigatoriamente com fotos nítidas. d) As fotos que devem ser nítidas, devem ser apresentadas pelos pais do estudante ao fazer a matrícula. e) É obrigatório tanto que os pais do estudante, na matrícula, apresentem os documentos dele e também com fotos nítidas.

19. Deixando o porto, o motor quebrou; ao examinar seu defeito, ele voltou a funcionar. Considere que a frase acima se refere ao motor de um barco. Levando em conta a correção e a clareza, assinale o legítimo comentário. a) Está redigida de modo claro e também correto; quanto a não se mencionar “barco”: é irrelevante, pois a

proximidade entre “motor” e “porto” evidencia que se trata de um “barco”. b) Necessita de uma única correção, no início da frase: “Quando o barco deixou o porto”. c) Necessita destas únicas correções: a substituição do ponto e vírgula pelo ponto final e o consequente emprego

da letra maiúscula em "ao". d) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais de cada uma de suas partes, respectivamente: “Quando o

barco deixou o porto” e “ao ter seu defeito examinado”. e) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais de cada uma de suas partes, respectivamente: “Ao deixar o

porto” e “quando examinou seu defeito”.

20. Eles avançavam cautelosamente. Quanto mais avançavam, mais cautela eles tinham. Eles temiam as zonas escuras da grande floresta. As três frases acima estão reorganizadas, de modo claro e correto, em: a) Eles avançavam mais cautelosamente, pois era o temor de zonas escuras da grande floresta, que nela se adentrava. b) À medida que avançavam na grande floresta, tornavam-se mais e mais cautelosos, pois lhe temiam as zonas escuras. c) Era por causa das zonas escuras que avançavam cautelosamente, e mais ainda, era o temor da grande floresta. d) Avançando na grande floresta, que tinham temor de suas zonas escuras, eram cautelosos cada vez mais. e) Por temer a grande floresta e suas zonas escuras, era com cautela, e sempre mais que eles avançavam passo à passo.

GABARITO 001 - E 003 - B 005 - D 007 - C 009 - A 011 - B 013 - C 015 - E 017 - D 019 - B 002 - E 004 - A 006 - D 008 - C 010 – B 012 - B 014 - D 016 - C 018 - A 020 – E

Page 8: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 8

PROVA 3 TRF/1ªR/Analista Judiciário Área Judiciária/2011

Nesta prova, considera-se uso correto da língua portuguesa o que está em conformidade com o padrão culto escrito.

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 6, considere o texto abaixo.

Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver.

Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.

C.D.A. (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3)

1. Nas palavras que prefaciam sua obra, Carlos Drummond a) compara-se aos antigos moralistas por também preconizar, em seus escritos, normas de comportamento. b) desqualifica a produção de antigos moralistas ao chamar de “mínimas” o que eles denominavam “máximas”. c) assume, bem humorado, não ter a sabedoria de traduzir em palavras a sua experiência, que, em si, gera

conhecimento elevado. d) deixa entrever seu entendimento de que qualquer vivência produz justo conhecimento, até as tímidas ou

desajeitadas, até as não convencionais. e) defende a exploração de ângulos obscuros da vida, lugar em que, de modo secreto, se agasalham as verdades

que constituem a legítima sabedoria.

2. Está traduzida corretamente a seguinte expressão do texto: a) os antigos moralistas escreviam máximas / os filósofos da Antiguidade compunham poemas didáticos. b) alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho / algo que se ajustasse exclusivamente à minha

capacidade criativa. c) em que estas anotações vadias foram feitas / nos quais estes breves e casuais escritos foram registrados. d) sem que pretenda convencê-lo do que penso / negando que ele aceite meus pensamentos. e) São palavras que [...] aspiram a enveredar pelo avesso das coisas / são termos que concretizam o desejo de

desnudar só o lado nocivo das coisas.

3. Sobre o que se tem no texto, afirma-se com correção: a) o emprego de Andei colabora para que se imprima à frase um aspecto durativo, tal como ocorre em “Anda a

reclamar de tudo, depois que ele viajou”. b) a expressão ou seja introduz explicação acerca do que seria a vontade de escrever. c) o segmento o que se poderia chamar de mínimas expressa possibilidade bastante improvável, dado o caráter

aleatório do nome proposto. d) se a expressão pedacinhos de papel fosse substituída por uma única palavra, estaria correto o emprego de

“papelzinhos”. e) reorganizando a frase ajustada às limitações do meu engenho, ela estaria correta assim “ajustada à mim, se for

levado em conta as limitações do meu engenho”.

4. ... que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver. Iniciando o segmento acima com “que, de qualquer modo, é resultado de viver”, a sequência que preserva o sentido original e a correção é: a) porém não chega a alcançar a sabedoria. b) ainda que não chegue a alcançar a sabedoria. c) e não chega assim a alcançar a sabedoria. d) considerando que não chega a alcançar a sabedoria. e) sendo o caso que não chegue a alcançar a sabedoria.

5. ...em que estas anotações vadias foram feitas... Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal: a) fizeram-se. b) tinha feito. c) fiz. d) faziam. e) poderia fazer.

Page 9: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 9

6. ...admitindo-se que elas tenham um avesso... Respeitando a situação em que foi empregada a frase acima, a ÚNICA reformulação INCORRETA para o segmento destacado é: a) no caso de se admitir que. b) caso se admita que. c) tomando-se como pressuposto que. d) visto que é patente que. e) aceitando como hipótese que. Atenção: As composições a seguir estão entre as “anotações” de Carlos Drummond de Andrade na mesma obra de que se extraiu o texto anterior. Considera-as para responder às questões de números 7 e 8.

Rei O rei nunca está nu no banho; cobre-se de adjetivos.

* Ao tornar-se carta de baralho, e não o baralho inteiro, o rei propicia o advento da República.

(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 193) 7. Sobre as composições acima, é plausível a seguinte interpretação: a) a palavra Rei, que significa “ chefe de Estado investido de realeza; príncipe soberano de um reino; monarca”,

sinaliza que as sentenças do autor, exclusivamente de sentido literal, expressam pensamentos restritos a esse tipo de soberano.

b) o emprego de cobre-se impõe o entendimento de que o rei é sempre o agente da ação em que está envolvido, cabendo à corte contemplá-lo, inclusive na intimidade.

c) a palavra adjetivos remete às qualificações elogiosas que revestem a figura dos que detêm o poder, sugerindo tanto que o poderoso se afasta de sua real natureza, quanto a prática da bajulação.

d) a consideração da carta de baralho, em oposição ao baralho inteiro, conduz ao entendimento de que a renúncia à realeza é encarada como a perda máxima da dignidade.

e) a frase o rei propicia o advento da República é de teor hipotético, equivalendo a forma verbal a “propiciaria”, visto que Ao tornar-se corresponde a “Caso se tornasse”.

8. Contribuem para que as “anotações” de Carlos Drummond enunciem observação de valor geral o emprego a) do presente do indicativo e dos artigos “o” e “a”. b) dos artigos “o” e “a” e do plural, em adjetivos. c) do plural, em adjetivos, e do mesmo título para duas distintas composições. d) do mesmo título para duas distintas composições e da formulação breve − duas pequenas linhas em cada

composição. e) da formulação breve − duas pequenas linhas em cada composição − e do plural, em adjetivos. Atenção: Para responder às questões de números 9 a 13, considere o texto abaixo.

A aproximação das duas Américas

1

5

10

Ufano-me de falar nesta instituição, digna da cidade que, pelo seu crescimento gigantesco, vem assombrando o mundo como a mais avançada de todas as estações experimentais de americanização. Em Chicago, melhor do que em qualquer outro ponto, pode-se acompanhar o processo sumário que usais para conseguir, de plantas alienígenas, ao fim de curto estágio de aclimação, frutos genuinamente americanos. Aqui estamos em frente de uma das cancelas do mundo, por onde vêm entrando novas concepções sociais, novas formas de vida e que é uma das fontes da civilização moderna. O tributo à ciência do qual nasceu esta universidade foi o mais benfazejo emprego de uma fortuna dedicada à humanidade. Aumentar a velocidade com que cresce a ciência é de longe o maior serviço que se poderia prestar à raça humana. A própria religião não teria o poder de trazer à terra o reino de Deus sem o auxílio da ciência, na época de progresso que se anuncia e de que não podemos ainda fazer ideia. Aumentando o número de homens capazes de manejar os delicados instrumentos da ciência, de compreender-lhes as várias linguagens e de aproveitar-lhes os mais altos sentidos, as universidades trabalham mais depressa que qualquer outro fator para esse dia de adiantados conhecimentos que, no futuro, hão de transformar por completo a condição humana.

(Conferência pronunciada por Joaquim Nabuco a 28 de agosto de 1908 na Universidade de Chicago. Essencial Joaquim Nabuco. Organização e introdução de Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin Classics, Companhia das Letras, 2010, p. 548)

Page 10: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 10

9. Em seu discurso, Joaquim Nabuco a) dá sequência à ideia inicial − Ufano-me de falar nesta instituição − pela minuciosa descrição dos sentimentos

que o consternam naquele momento. b) ressalta os aspectos que, segundo seu julgamento, motivam o fato de Chicago, naquele momento, vir

assombrando o mundo. c) faz um enérgico tributo à ciência, objeto principal de suas considerações, sem conseguir disfarçar certo

ressentimento de americano do sul. d) atribui à religião o adequado encaminhamento da ciência, de que resultam as propícias possibilidades deste

campo de conhecimento. e) expressa temor pelos futuros aspectos negativos do progresso, de que dependeriam as transformações da

condição humana. 10. Na organização do texto, é apresentado como causa o seguinte segmento: a) (linha 1) pelo seu crescimento gigantesco. b) (linha 1) vem assombrando o mundo. c) (linha 3) pode-se acompanhar o processo sumário. d) (linha 4) Aqui estamos em frente de uma das cancelas do mundo. e) (linhas 4 e 5) por onde vêm entrando novas concepções sociais. 11. O autor, ao empregar o segmento a) às estações experimentais de americanização, revela entender que o norte-americano, à época, ainda não tinha

desenvolvido o sentimento de nacionalidade. b) melhor do que em qualquer outro ponto, nega a possibilidade de que haja mais de uma estação americana em

que se produzam frutos genuinamente nacionais. c) pode-se acompanhar o processo sumário, insinua crítica ao processo citado, por não respeitar o necessário protocolo. d) para conseguir, de plantas alienígenas, ao fim de curto estágio de aclimação, frutos genuinamente americanos,

exemplifica o que concebe por americanização. e) estamos em frente de uma das cancelas do mundo, advoga para Chicago a legítima autoridade para acatar ou

condenar uma conquista científica americana. 12. Sobre o que se tem no texto, afirma-se com correção: a) (linha 7) O emprego de própria torna mais decisivo o argumento a favor do auxílio prestado pela ciência. b) (linhas 8 e 9) Em de que não podemos ainda fazer ideia, o termo destacado equivale a “ao menos”, tal como se

nota em “Ainda se aceitassem me receber, poderia justificar-me”. c) (linha 9) É aceitável o entendimento de que Aumentando equivale a “Se aumentassem”. d) (linhas 9 e 10) Em de compreender-lhes as várias linguagens, o pronome remete a homens capazes. e) (linha 11) O segmento qualquer outro fator é legitimado pelo padrão culto escrito, como também o é a seguinte

estrutura: “quaisquer que seja os fatores”. 13. Em Chicago, melhor do que em qualquer outro ponto, pode-se acompanhar o processo sumário que usais para conseguir, de plantas alienígenas, ao fim de curto estágio de aclimação, frutos genuinamente americanos. Na frase acima, a) um deslocamento que alteraria substancialmente o sentido original seria este: “Melhor do que em qualquer

outro ponto, pode-se acompanhar, em Chicago...” b) o emprego da forma verbal usais confirma que, em seu discurso, Joaquim Nabuco dirige-se ao interlocutor com

o pronome de tratamento “Vossa Excelência”. c) o segmento para conseguir estaria corretamente substituído por “para que seja conseguido”. d) a preposição de, em de plantas alienígenas, expressa ideia de procedência. e) substituindo ao fim de curto estágio de aclimação por “finalizando a fase probatória da aclimatação”, a

correção e o sentido originais estariam preservados.

Page 11: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 11

14. Dentre as frases abaixo, a única clara e correta é: a) Ao promover e colaborar com a compreenção desses problemas associados a aspectos tanto étnico quanto

sociais, de cujo enfrentamento tanto se depende, ele fica feliz. b) É ele quem responde pela mediação e interlocução de sua comunidade com os agentes públicos, e isso parece

ser um alento para voltarem acreditar numa utopia. c) Sempre foi excessiva a dor associada às minhas dificuldades, mas, com o amadurecimento intelectual e o

trabalho como educador, fez-me ver que isso só me fortaleceu. d) Daqui a pouco deve haver nova onda de ataques, como se anunciou, desencadeado pelos grupos mais radicais,

que expontaneamente assumiram o iminente litígio. e) Os extratos das suas contas-correntes comprovam como são exíguos os recursos de que dispõe, prova

inconteste de que dilapidou sua herança, em total menosprezo àqueles que o criaram. 15. Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase: a) Idôneo, com extraordinário senso de medida, e sempre atuando com discrição, era o mais cotado para ascender

ao cargo a cuja disputa ninguém jamais se furtava. b) Quem quizesse afagar o ego do velho casmurro, lhe bastava oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência

para ouvir-lhe em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra. c) A estrutura do setor de compras possui aspectos que sem dúvida, faz o funcionário perder-se ao fazer os

lançamentos, deixando para a chefia que o façam. d) Todos devem ter o direito da integração cultural, o que depende, em última instância, dos que tomam decisões

respeitarem o princípio universal da igualdade de oportunidades. e) Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria pela secretária geral, segundo a qual, porque não

prouvemos o depósito de material de limpeza, tenhamos de providenciá-lo a nossas próprias expensas.

RESPOSTAS 01 – D 03 – A 05 – C 07 – C 09 – B 11 – D 13 – D 15 – A 02 – C 04 – B 06 – D 08 – A 10 – A 12 – A 14 – E

Page 12: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 12

PROVA 4 TRE/TO/Analista Judiciário Área Judiciária/2011

Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao texto abaixo.

Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo indica que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral − a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade.

Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular, convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem importância fundamental para a espécie humana e para o próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade de espécies aparentemente não influencia a vida profissional, social e econômica de quem está mergulhado nas decisões mais prosaicas do dia a dia.

Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."

Talvez seja um discurso um pouco vago devido à urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente, 100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à intervenção humana.

Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas oferecem – como a purificação do ar e da água, o fornecimento de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo degradação ou sendo consumidos mais depressa do que podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-30, com adaptações) 1. A afirmativa correta, considerando-se o assunto do texto, é: a) A contabilidade atual em torno dos benefícios oferecidos ao meio ambiente pela biodiversidade desconsidera a

presença humana no planeta. b) A biodiversidade transformou-se em um assunto para leigos, que o discutem sem levar em conta,

verdadeiramente, a importância dos biomas para a ciência genética. c) Diante da importância da biodiversidade, é compreensível que ela seja avaliada apenas por conta dos benefícios

que presta à manutenção das condições climáticas do planeta. d) Há, atualmente, preocupação maior com a manutenção da biodiversidade, baseada especialmente na ampla

conscientização de sua importância para a vida no planeta. e) Apesar da importância de grande número de espécies animais que oferecem vasto material genético para

pesquisas, ainda são incipientes os estudos nessa área. 2. As informações mais importantes contidas no texto estão resumidas, com lógica, clareza e correção, em: a) A biodiversidade passou a ser um tema que tem trazido preocupação maior em todas as áreas, tanto que 2010 é

o Ano Internacional da Biodiversidade. A razão dessa preocupação está no grande número de espécies ameaçadas, principalmente em virtude da intervenção humana. A biodiversidade tem sido bem mais valorizada pelos benefícios prestados ao ambiente, do que por sua contribuição aos estudos genéticos, sem se levar em conta que a degradação desses biomas esteja ocorrendo em um ritmo mais acentuado do que a possibilidade de sua recuperação.

b) O Ano Internacional da Biodiversidade, que é este, procura ser preocupação geral com os biomas que, além de oferecer serviços ao ambiente, tem possibilidades genéticas para os estudos que estão principiando. A extinção de grande número de espécies, por causa da ação indevida do ser humano, eis por que tem muitas espécies ameaçadas, já que os biomas, embora ofereçam os serviços da natureza, não conseguem se recuperar mais depressa que a sua degradação.

c) O tema da biodiversidade que virou assunto popular ultimamente, todos discutem, sem conhecimento de que ele é importante para a vida de todos no planeta, como banco genético, que os estudos ainda estão começando. Somente os serviços que os biomas estão prestando à natureza é que está sendo considerado, no interesse da maioria, por sua regulação climática e, mais ainda, a proteção a desastres naturais.

Page 13: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 13

d) A biodiversidade, com a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma região, tem seu valor reconhecido como benefício para as condições gerais do globo, que se mantém com sua preservação. E ainda, tem valor para pesquisas sobre genética, para se descobrir as causas de muitas doenças, hoje desconhecidas, apesar de que sua degradação esteja mais rápida do que a regeneração desses biomas.

e) A degeneração da biodiversidade hoje é bem maior que a ampla recuperação dos biomas, conquanto seja fornecedora de material genético, capaz de descobrir a solução para problemas humanos, principalmente na saúde. Vai se desenvolver novo plano estratégico de conservação dessa biodiversidade nos próximos 20 anos, que é necessário para a proteção das várias espécies de plantas e animais que aí vivem.

3. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à intervenção humana. (4º parágrafo) A relação sintático-semântica entre os dois segmentos da afirmativa acima se estabelece como a) um tempo determinado e um de seus principais efeitos. b) uma assertiva e uma de suas consequências objetivas. c) um efeito decorrente de sua causa principal. d) um fato real, seguido de uma hipótese provável. e) uma observação concreta e sua conclusão mais coerente.

4. Com a substituição do segmento grifado pela expressão entre parênteses no final da transcrição, o verbo que deverá ser mantido no singular está em: a) ... o raciocínio conservacionista tem sido puramente contábil ... (o raciocínio dos conservacionistas) b) Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular ... (assuntos cada vez mais populares) c) ... de quem está mergulhado nas decisões mais prosaicas do dia a dia. (daqueles que) d) ... nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. (tantas espécies

ameaçadas) e) ... um tema que se discuta nos bares ... (daqueles temas)

5. Considere as afirmativas a respeito da pontuação nos trechos transcritos abaixo:

I. Tudo indica que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral − a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. O travessão introduz um argumento que justifica o que acaba de ser afirmado. II. Talvez seja um discurso um pouco vago devido à urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. Os dois pontos introduzem segmento explicativo para a expressão anterior a eles, urgência dos fatos. III. Nessa contabilidade, o que entra é um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas oferecem ... O emprego das aspas busca chamar a atenção para um sentido particular atribuído ao vocábulo serviços.

Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

6. ... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. (último parágrafo) A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase: a) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética ...... dispõem os pesquisadores para estudos nas

mais diversas áreas do conhecimento. b) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo ......

possam sonhar os cientistas. c) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ...... se acelera o ritmo da

degradação de diversos biomas. d) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo ...... se fundamentam os cientistas

para descobrir a cura de doenças. e) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, ...... se

amplie o campo das pesquisas genéticas.

7. ... capaz de fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas eminentes. (último parágrafo) Considerando-se o par de palavras eminentes / iminentes, é correto afirmar que se trata de exemplo de a) antonímia. d) homonímia. b) sinonímia. e) homofonia. c) paronímia.

Page 14: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 14

Atenção: As questões de números 8 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Em 1904, Kafka escreveu a seu amigo Oskar Pollak: “No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você? Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso que acredito.”

(Adaptado de Alberto Manguel. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 113) 8.

I. Kafka acredita que, para valer a pena ser lido, um livro deve surpreender e provocar o leitor, causando-lhe estranhamento e espanto. II. Ao afirmar que Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros, Kafka paradoxalmente defende a ideia de que, apesar de oferecerem entretenimento, os livros não proporcionam um modo saudável de diversão, pois a leitura é uma atividade extremamente solitária. III. As reflexões de Kafka são construídas por meio de imagens que traduzem o tipo de livro que o autor considera necessário ler: aquele que atinge o leitor como o pior dos infortúnios.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. 9. Para que nos faça feliz... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: a) ...como a morte de alguém que amamos... b) ... por que nos darmos o trabalho... c) Se o livro que estamos lendo... d) ... livros que nos atinjam... e) Seríamos felizes da mesma forma... 10. ... por que nos darmos o trabalho de lê-lo? A expressão que contém o mesmo sentido do segmento grifado acima é: a) entediarmos ao. b) esforçarmos para. c) preservarmos de. d) pouparmos de. e) resguardarmos em.

RESPOSTAS

01 – E 02 – A 03 – C 04 – A 05 – E 06 – D 07 – C 08 – D 09 – D 10 – B

Page 15: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 15

PROVA 5 TRT/14ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2011

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto seguinte.

Os homens-placa

Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço, luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que surge numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das novas incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque ele seja vítima do velho sistema de ficar ensanduichado entre duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão mais recente, amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo para avisar que se compra ouro ali por perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada mais importante do caminho, a direção certa para o novo prédio de apartamentos que está sendo lançado.

Durante uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colocando o anúncio do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida. Como acreditar no luxo e na distinção do edifício Duvalier, com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual, se todo o sonho estava montado em cima de um Opala 74 cor de tijolo com dois pneus no chão?

Eliminaram-se os carros-placa, assim como já pertencem ao passado os grandes lançamentos performáticos do mercado imobiliário. A coisa tinha, cerca de dez anos atrás, proporções teatrais. Determinado prédio homenageava a Nova York eterna: mocinhas eram contratadas para se fantasiarem de Estátua da Liberdade, com o rosto pintado de verde, a tocha de plástico numa mão, o folheto colorido na outra. Ou então era o Tio Sam, eram Marilyns e Kennedys, que ocupavam a avenida Brasil, a Nove de Julho, as ruas do Itaim.

Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer ao guardador de carros, que precisa impor certa presença ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência social. Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o caminho já bastam.

(Adaptado de: Marcelo Coelho, www.marcelocoelho.folha. blogspot.uol.com)

1. Os homens e mulheres-placa, no desempenho de sua função, evidenciam o paradoxo a) da reduzida eficácia que esse antigo e bem-sucedido recurso publicitário obtém nos dias atuais. b) de se preservar o romantismo do passado na utilização de uma técnica moderna de comunicação. c) de se chamar a atenção para a ostensiva presença pública de quem está imerso no anonimato. d) da teimosa insistência dos empreendedores financeiros numa anacrônica tática de vendas. e) da resignação com que fazem de seus próprios corpos matéria de propaganda imobiliária.

2. Atente para as seguintes afirmações:

I. Destituídos de qualquer qualidade pessoal, os homens-placa, em sua função mais recente, funcionam como meros sinalizadores físicos da localização dos negócios. II. No terceiro parágrafo, as referências à Estátua da Liberdade, Marilyns e Kennedys mostram como a propaganda se vale de imagens estereotipadas para incutir prestígio em certos produtos. III. A despersonalização a que se submetem os homens e mulheres-placa só não é maior do que a que sofre um guardador de carros.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II, somente. c) I e III, somente. d) II e III, somente. e) II, somente.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: a) replica-se em outras dez (1º parágrafo) = contestase em dez outras. b) incorporações imobiliárias (1º parágrafo) = admissões de imóveis. c) lançamentos performáticos (3º parágrafo) = propulsões cuidadosas. d) impor certa presença (4º parágrafo) = submeter a aparência. e) graças à sua inexistência social (4º parágrafo) = devido à falta de sua identidade pública.

4. O autor justifica a afirmação O efeito era ruim, sem dúvida, (2º parágrafo) mostrando a) o contrassenso de se anunciar um produto sofisticado por meio de um recurso grosseiro. b) o modesto resultado financeiro que se obtém pela publicidade apoiada em homens-placa. c) a ineficácia de uma propaganda sofisticada voltada para uma clientela de pouco poder aquisitivo. d) a impossibilidade de se tentar exaltar simultaneamente aspectos contraditórios de um produto. e) o pífio resultado obtido por quem busca valorizar o que é barato por meio de recursos baratos.

Page 16: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 16

5. No 3º parágrafo, o autor se vale da expressão A coisa referindo-se, precisamente, a) à eliminação mais que justificável dos carros-placa. b) ao prestígio inconteste dos mais antigos recursos publicitários. c) às características teatrais dos carros-placa. d) aos desempenhos teatrais das campanhas imobiliárias. e) ao inesperado crescimento do mercado imobiliário. 6. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) Há momentos onde o afã de se fazer propaganda não mede esforços para lançar mão dos mais grotescos

recursos. b) Ainda se vê em grandes cidades as figuras antagônicas de pobres entalados em cartazes nos quais se diz

venderem ouro. c) Muitos acreditam ter requinte em morar num edifício de nome estrangeiro, além das novidades ligadas à onda

de gastronomia. d) Quando o corpo humano se reduz em suporte exclusivamente material para qualquer coisa, nossa dignidade

deixa de ter preço. e) Requer-se de um guardador de carros, diferentemente do que ocorre com um homem-placa, que tenha iniciativa

e presença. 7. Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal na frase: a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a

visibilidade social. b) As duas tábuas em que se comprimem o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como

“compro ouro”. c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a exposição pública a que se submetem os guardadores de

carros. d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demonstração

de mau gosto. e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos

carros-placa. 8. É preciso corrigir , devido à má estruturação, a redação da seguinte frase: a) Não se sabe a quem ocorreu a ideia, uma vez que condomínios de luxo certamente não combinam com sucata,

de que usaram como base de anúncio. b) Alguém, num momento infeliz, teve a lamentável ideia de usar carros velhos como suporte de propaganda para

a venda de imóveis de luxo. c) Definitivamente, quem procura imóvel com espaço gourmet ou depósito de vinho individual não se deixará

atrair pela propaganda apoiada num velho Opala de cor berrante. d) Os homens-placa ficam ensanduichados entre tábuas ou pranchas de metal, transportando-as pelas ruas

reduzidos à condições de suporte. e) Sensibilizou-se o autor do texto com a condição humilhante desses homens e mulheres-placa, tratados como se

fossem coisas, destituídos de sua humanidade. Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto seguinte.

Meios e fins

O crítico José Onofre disse uma vez que a frase “não se faz uma omelete sem quebrar ovos” é muito repetida por gente que não gosta de omelete, gosta do barulhinho dos ovos sendo quebrados. Extrema esquerda e extrema direita se parecem não porque amam seus ideais, mas porque amam os extremos, têm o gosto pelo crec-crec.

A metáfora da omelete é “o fim justifica os meios”, em linguagem de cozinha. O fim justificaria todos os meios extremos de catequização e purificação, já que o fim é uma humanidade melhor – só variando de extremo para extremo o conceito de “melhor”.

Todos os fins são nobres para quem os justifica, seja uma sociedade sem descrentes, sem classes ou sem raças impuras. O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem uma genealogia respeitável, a ideia de regeneração (dos outros) pelo sofrimento e pelo sangue acompanha a humanidade desde as primeiras cavernas. Ou seja, até os sádicos têm bons argumentos. Mas o fim das ideologias teria decretado o fim do horror terapêutico, do mito da salvação pela purgação que o século passado estatizou e transformou no seu mito mais destrutivo.

O fracasso do comunismo na prática acabou com a desculpa, racional ou irracional, para o stalinismo. O tempo não redimiu o horror, o fim foi só a última condenação dos meios.

(Adaptado de: Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

Page 17: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 17

9. Para o crítico José Onofre, muitos dos que repetem a frase “não se faz uma omelete sem quebrar ovos” querem, com ela, a) justificar o difícil caminho que deve ser penosamente trilhado para se chegar a um bom resultado. b) mascarar o gosto pela violência mesma dos processos radicais, independente dos objetivos finais. c) revelar a necessidade da violência quando o fim último pretendido for o da conciliação permanente. d) despertar a consciência de quem trabalha para o oportunismo de quem somente colhe os frutos do labor alheio. e) ilustrar a tese de que aos mais altos ideais corresponde sempre a exigência dos mais altos sacrifícios. 10. As palavras catequização (doutrinação religiosa) e purificação (tornar puro, depuração, limpeza), do segundo parágrafo, têm, respectivamente, desdobramentos nas seguintes expressões do terceiro parágrafo: a) sem classes e genealogia respeitável. b) regeneração pelo sofrimento e o fim das ideologias. c) sem descrentes e regeneração pelo sangue. d) regeneração pelo sangue e sem classes. e) o fim das ideologias e o mito da salvação. 11. Resume em linguagem correta o sentido do último parágrafo do texto o que está em: a) A desculpa de que era necessário o horror do stalinismo, irremissível, desapareceu com o fracasso do comunismo. b) Com o fim do comunismo sem remissão, pretendeu-se não haver mais desculpa mediante os horrores do stalinismo. c) O fracasso do comunismo e do stalinismo não redimiram o tempo de horrores, tanto quanto a justificação dos meios. d) Quem desculpasse, pela razão ou não, os horrores do stalinismo, não irá mais justificá-lo pelo fracasso do comunismo. e) Os horrores do stalinismo e o fracasso do comunismo foram meios para fins condenáveis, ora cessados. 12. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna da frase: a) Os ovos de que se ...... (compor) a omelete ilustram o caso em que a violência de um ato se justifica pela causa

a que serve. b) A todos os meios extremos ...... (costumar) corresponder, segundo os radicais, uma justificativa aceitável. c) Mesmo aos maiores sádicos ...... (poder) ocorrer uma certa direção de argumentos para justificar seus horrores. d) Agrada aos extremistas propagar que, a menos que se ...... (quebrar) ovos, nunca se fará uma omelete. e) Aos sádicos ...... (dever) agradar ouvir os ovos quebrando-se, como preâmbulo de uma omelete. 13. Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: a) Um fim talvez justificaria os meios caso estes implicarem sacrifícios que não se distribuam desigualmente. b) Ele acredita que haverão de justificar-se todos os meios quando os fins representarem um ganho de alcance coletivo. c) Tão logo fossem denunciados os horrores do stalinismo, os comunistas devem ter revisto suas antigas convicções. d) Será que alguém acreditou que uma sociedade sem classes e sem preconceitos possa ter-se formado num

regime autoritário? e) Se a catequese pudesse propagar a fé religiosa sem recorrer à intimidação, talvez os convertidos tenham sido

mais numerosos. 14. Pode-se substituir o elemento sublinhado pelo que está negritado entre parênteses, sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, no seguinte caso: a) Extrema esquerda e extrema direita se parecem não porque amam seus ideais, mas porque amam os extremos.

(não obstante) b) Todos os fins são nobres para quem os justifica. (com aquele que) c) O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem uma genealogia respeitável. (extrinsecamente) d) (...) o fim é uma humanidade melhor – só variando de extremo para extremo o conceito de melhor. (a menos

que varie) e) O fim justificaria todos os meios extremos, já que o fim é uma humanidade "melhor". (porquanto) 15. A exclusão das vírgulas NÃO alterará o sentido da seguinte frase: a) O fracasso do comunismo, na prática, acabou com a desculpa para o stalinismo. b) Quem recorre aos meios extremos, condenados pelos democratas, costuma dá-los como necessários. c) Até mesmo os sádicos se valem, aqui e ali, de argumentos dados como irrefutáveis. d) Mesmo os stalinistas, que não acreditavam nesses horrores, passaram a execrar seu velho ídolo. e) As metáforas, que costumam tornar mais concretas as ideias, são úteis e expressivas.

GABARITO 01 – C 03 – E 05 – D 07 – C 09 – B 11 – A 13 – B 15 – C 02 – B 04 – A 06 – E 08 – A 10 – C 12 – D 14 – E

Page 18: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 18

PROVA 6 TRT/23ªR/Analista Judiciário Área Judiciária/2011 Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto abaixo.

Política e sociedade na obra de Sérgio Buarque de Holanda

Para Sérgio Buarque de Holanda a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de mudança social. Entretanto, conceitos herdados e intelectualismos abstratos impediam a sensibilidade para com o processo do devir. Raramente o que se afigurava como predominante na historiografia brasileira apontava um caminho profícuo para o historiador preocupado em estudar mudanças. Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala. Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder, e sempre imbuídas da ideologia dos interesses estabelecidos. Desvendar ideologias implica para o historiador um cuidadoso percurso interpretativo voltado para indícios tênues e nuanças sutis. Pormenores significativos apontavam caminhos imperceptíveis, o fragmentário, o nãodeterminante, o secundário. Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho da interpretação da mudança, do processo do vir a ser dos figurantes mudos em processo de forjar estratégias de sobrevivência.

Era engajado o seu modo de escrever história. Como historiador quis elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos eventualmente participantes da história.

Para chegar a escrever uma história verdadeiramente engajada deveria o historiador partir do estudo da urdidura dos pormenores para chegar a uma visão de conjunto de sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem necessidades sociais. Aderir à pluralidade se lhe afigurava como uma condição essencial para este sondar das possibilidades de emergência de novos fatores de mudança social. Tratava-se, na historiografia, de aceitar o provisório como necessário. Caberia ao historiador o desafio de discernir e de apreender, juntamente com valores ideológicos preexistentes, as possibilidades de coexistência de valores e necessidades sociais diversas que conviviam entre si no processo de formação da sociedade brasileira sem uma necessária coerência.

(Fragmento adaptado de Maria Odila Leite da Silva Dias, Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil. São Paulo, Perseu Abramo, 1998, pp.15-17)

1. Na visão de Sérgio Buarque de Holanda, o historiador deve valorizar a) os personagens que tiveram papel preponderante na história nacional, deixando de lado os figurantes a quem é

dado muito espaço na historiografia brasileira tradicional. b) o fragmento e o detalhe, contrapondo-se assim à historiografia brasileira tradicional, que privilegia a totalidade

e a síntese. c) o inacabado e o imperfeito, convergindo para a historiografia brasileira tradicional, que sempre recusou a

estabilidade e a permanência. d) os resultados em lugar do processo, objetivando tornar mais significativas as descobertas da história tradicional

feita no Brasil. e) as ideologias e o papel fundamental que desempenham em todo o processo histórico, muito mais importante

que aquele exercido pelos indivíduos. 2. Ao contrapor conceitos herdados e intelectualismos abstratos, de um lado, e a sensibilidade para com o processo do devir, de outro, a autora afirma a opção de Sérgio Buarque de Holanda a) pelo pensamento metódico e consagrado em detrimento da observação sempre enganosa dos fatos. b) pela arte, capaz de despertar os sentidos mais embotados, em detrimento da filosofia, em que a razão

invariavelmente predomina. c) pelo trabalho braçal, palpável e concreto, em detrimento do trabalho intelectual, desvinculado da vida e da

realidade. d) pelo passado, que se pode conhecer em detalhes e de modo seguro, em detrimento do futuro, que não pode ser

previsto senão especulativamente. e) pela apreensão da realidade fugidia e instável em detrimento da teoria inflexível e da especulação vazia. 3. Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ... O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está também grifado em: a) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de mudança social. b) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala. c) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos ... d) ... sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem necessidades sociais. e) Era engajado o seu modo de escrever história.

Page 19: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 19

4. Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder ... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) eram faladas. b) foi falada. c) se falaram. d) era falada. e) tinha-se falado. 5. O segmento retirado do texto cuja redação mantém-se correta com o acréscimo de uma vírgula é: a) Raramente o que se afigurava como predominante na historiografia brasileira, apontava um caminho profícuo

... b) Caberia ao historiador, o desafio de discernir e de apreender ... c) Para chegar a escrever uma história verdadeiramente engajada, deveria o historiador ... d) Aderir à pluralidade se lhe afigurava, como uma condição essencial para este sondar ... e) Desvendar ideologias, implica para o historiador um cuidadoso percurso interpretativo ... 6. Como historiador quis elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. A frase acima está corretamente reescrita, preservando-se em linhas gerais o sentido original, em: a) Às formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade

brasileira voltou-se o historiador Sérgio Buarque, com o intento de elaborá-las. b) Sérgio Buarque, como historiador, dedicou-se à elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e dos

processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. c) As formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade

brasileira o historiador Sérgio Buarque pretendeu dar elaboração. d) Em seu trabalho como historiador, Sérgio Buarque tinha como meta chegar à certas formas de apreensão do

mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. e) O historiador Sérgio Buarque dedicou-se a elaboração de formas de apreensão do mutável, do transitório e de

processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Atenção: As questões de números 7 a 10 referem-se ao texto abaixo.

A navegação fazia-se, comumente, das oito horas da manhã às cinco da tarde, quando as canoas embicavam pelos barrancos e eram presas a troncos de árvores, com o auxílio de cordas ou cipós. Os densos nevoeiros, que se acumulam sobre os rios durante a tarde e pela manhã, às vezes até o meio-dia, impediam que se prolongasse o horário das viagens.

Antes do pôr-do-sol, costumavam os homens arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão com toucinho, além da indefectível farinha, e algum pescado ou caça apanhados pelo caminho. Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera.

De qualquer modo, era esse alimento tido em grande conta nas expedições, passando por extremamente substancial e saudável. Um dos motivos para tal preferência vinha, sem dúvida, da grande abundância de feijão nos povoados, durante as ocasiões em que costumavam sair as frotas destinadas ao Cuiabá e a Mato Grosso.

(Adaptado de Sérgio Buarque de Holanda. Monções. 3.ed. São Paulo, Brasiliense, 2000, pp.105-6) 7. O segmento cujo sentido está corretamente expresso em outras palavras é: a) além da indefectível farinha = sem contar a eventual moagem. b) feito de véspera = ritualmente preparado. c) tido em grande conta nas expedições = muito caro para as viagens. d) arranchar-se e cuidar da ceia = abancar-se e servir o jantar. e) impediam que se prolongasse = obstavam que se estendesse. 8. Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera. Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima, respectivamente, noções de a) modo e consequência. b) causa e concessão. c) temporalidade e causa. d) modo e temporalidade. e) consequência e oposição.

Page 20: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 20

9. Leia atentamente as afirmações a seguir.

I. O segmento grifado em as canoas [...] eram presas a troncos de árvores, com o auxílio de cordas ou cipós (primeiro parágrafo) pode ser substituído por auxiliadas consoante, sem prejuízo para a correção e a clareza. II. Em Os densos nevoeiros, que se acumulam sobre os rios (primeiro parágrafo), o segmento grifado pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por acumulados. III. A expressão De qualquer modo, no último parágrafo, é equivalente a Em todo caso.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 10. O verbo corretamente empregado e flexionado está grifado em: a) É de se imaginar que, se os viajantes setecentistas antevessem as dificuldades que iriam deparar, muitos deles

desistiriam da aventura antes mesmo de embarcar. b) O que quer que os compelisse, cabe admirar a coragem desses homens que partiam para o desconhecido sem

saber o que os aguardava a cada volta do rio. c) Caso não se surtisse com os mantimentos necessários para o longo percurso, o viajante corria o risco de

literalmente morrer de fome antes de chegar ao destino. d) Se não maldiziam os santos, é bastante provável que muitos dos viajantes maldizessem ao menos o destino

diante das terríveis tribulações que deviam enfrentar. e) Na história da humanidade, desbravadores foram não raro aqueles que sobreporam o desejo de enriquecer à

relativa segurança de uma vida sedentária. Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto seguinte.

Do homicídio*

Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo privar da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por Deus.

Há quem diga que a guerra sempre tornou esses homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia, como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror pelos brâmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos árabes e pelos egípcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome ridículo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por mais de um século, até o dia em que foram forçados por seus irmãos cristãos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto, apesar de tudo, é possível abster-se de matar homens.

Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos vingança; quero um olho do agressor que me cegou; quero todo o sangue do assassino que apunhalou meu irmão; queremos que seja cumprida a antiga e universal lei de talião.

Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele que vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou vosso irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns dias; então vossa justa dor terá perdido intensidade; não vos aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa soma de dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis vida agradável, e além disso ele será vosso escravo durante alguns anos, desde que lhe seja permitido conservar seus dois olhos para melhor vos servir durante esse tempo. Quanto ao assassino do seu irmão, será vosso escravo enquanto viver. Eu o tornarei útil para sempre a vós, ao público e a si mesmo”.

É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à pátria para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e foi a partir de então que aquela vasta região do mundo deixou de ser bárbara.

(Voltaire − O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti)

* Excerto de texto escrito em 1777, pelo filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778). ** Quaker = associação religiosa inglesa do séc. XVI, defensora do pacifismo.

11. No segundo parágrafo, em sua argumentação contra a pena de morte, Voltaire refuta a tese segundo a qual a) a pena de morte sempre existiu entre os povos, sancionada pelos legisladores mais prestigiados. b) as guerras demonstram que a execução do inimigo é uma prática não apenas legítima como também universal. c) os quakers constituem um exemplo de que, surgindo a oportunidade, os medrosos tornam-se valentes. d) os homicídios só podem ser evitados quando os responsáveis por eles renunciam a suas prerrogativas. e) a execução de criminosos, justificável durante uma guerra, torna-se inaceitável em tempos de paz.

Page 21: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 21

12. Atente para as seguintes afirmações:

I. O caso dos quakers é lembrado para exemplificar a mesma convicção sustentada por outra coletividade, a dos brâmanes. II. A pena de talião é refutada por Voltaire porque ele, a par de considerá-la eficaz, julga-a ilegítima e excessivamente cruel. III. O caso da Rússia serve a Voltaire para demonstrar que uma pena exemplar, cumprida em vida, é também índice de civilização.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.

13. Em relação ao quarto parágrafo, é correto afirmar que Voltaire se vale do seguinte procedimento: a) formula perguntas retóricas, supondo sempre que se deva responder a elas de modo afirmativo. b) imagina os argumentos a que seus leitores poderiam recorrer contra os defensores da pena de talião. c) enumera as razões pelas quais são imorais as vantagens advenientes da aplicação da pena de talião. d) simula mostrar complacência diante do criminoso, para com isso fustigar os defensores da pena de morte. e) tipifica os delitos para os quais se providenciarão a tortura pública e uma reparação pecuniária.

14. Considerando-se o contexto, mostra-se adequada compreensão do sentido de um segmento em: a) foram forçados a renunciar a essa prerrogativa (2º parágrafo) = os quakers foram obrigados a desistir de

qualquer intento bélico. b) é possível abter-se de matar homens (2º parágrafo) = não é verdade que o instinto assassino deixe de

prevalecer, em alguns casos. c) que seja cumprida a antiga e universal lei de talião (3º parágrafo) = cumpra-se: olho por olho, dente por dente. d) Não podereis acaso responder-lhes (4º parágrafo) = sereis impedidos de lhes responder ao acaso. e) seu suplício é uma lição contínua (5º parágrafo) = é um martírio que se infligem perpetuamente.

15. É correto concluir da argumentação de Voltaire, tomando-se o conjunto do texto: a) Além de ineficaz, a pena de morte impede uma reparação a quem de direito e impossibilita a aplicação de uma

pena socialmente exemplar. b) A pena de morte e a pena de talião são bárbaras, ao contrariarem os desígnios divinos e os impulsos da natureza

humana. c) É desprezível a ideia da compensação pecuniária por direitos ofendidos, sendo justo promover a indenização

apenas pelo caráter pedagógico da medida. d) Não há lição possível a se tirar da pena de talião, por isso os legisladores devem preocupar-se com a reparação

financeira que redima o criminoso. e) Os bárbaros adotam a pena de talião, que favorece os criminosos, ao invés de adotarem penas exemplares, que

punem a sociedade.

16. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) Havendo quem vos pretendam convencer de que a pena de morte é necessária, perguntem onde e quando ela já

se provou indiscutivelmente eficaz. b) Entre os cidadãos de todos os países nunca deixarão de haver, por força do nosso instinto de violência, os que

propugnam pela pena de morte. c) Destaca-se, entre as qualidades de Voltaire, suas tiradas irônicas e seu humor ferino, armas de que se valia em

suas pregações de homem liberal. d) Embora remontem aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de talião ainda goza de

prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados. e) Opõe-se às ideias libertárias de Voltaire, um lúcido pensador iluminista, a violência das penas irracionais que se

aplicam em nome da justiça.

17. Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) Os argumentos de que devemos nos agarrar devem se pautar nos limites da racionalidade e da justiça. b) Os casos históricos em que Voltaire recorre em seu texto ajudam-no a demonstrar de que a pena de morte é

ineficaz. c) A pena de talião é um recurso de cuja eficácia muitos defendem, ninguém se abale em tentar demonstrá-la. d) Os castigos a que se submetem os criminosos devem corresponder à gravidade de que se reveste o crime. e) As ideias liberais, de cuja propagação Voltaire se lançou, estimulam legisladores em quem não falte o senso de

justiça.

Page 22: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 22

18. Deve-se CORRIGIR , por deficiência estrutural, a redação deste livre comentário sobre o texto: a) O tratamento de vós, que hoje nos soa tão cerimonioso, ecoa uma época em que se aliavam boa argumentação e

boa retórica. b) Voltaire não hesita em lembrar as vantagens reais da aplicação de penas que poupam a vida do criminoso para

que pague pelo que fez. c) Como sempre há quem defenda os castigos capitais, razão pela qual Voltaire buscou refutá-los, através de

alternativas mais confiáveis. d) Note-se a preocupação que tem esse iluminista francês em escalonar as penas de modo a que nelas se preserve

adequada relação com o crime cometido. e) Na refutação aos que defendem a pena de talião, Voltaire argumenta que o mal já causado não se sana com um

ato idêntico ao do criminoso. 19. Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: a) Os criminosos que tenham ultrajado a pátria seriam forçados a servi-la pelo tempo que se julgava necessário. b) Os que vierem a ultrajar a pátria deveriam ser submetidos a um castigo que trouxera consigo uma clara lição. c) Ninguém seria indiferente a uma vultosa soma que venha a receber como indenização ao delito que o

prejudique. d) O próprio criminoso, se mantivesse alguma dose de decência, possa tirar proveito da lição a que seja

submetido. e) Sempre houve povos que, por forte convicção, evitaram a guerra, ainda quando fossem provocados. 20. Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente mereceria a pena de morte. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: a) a defendem - lhe atribuir - a mereceria. b) a defendem - atribui-la - lhe mereceria. c) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia. d) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na. e) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria.

RESPOSTAS 01 – B 03 – A 05 – C 07 – E 09 – D 11 – B 13 – B 15 – A 17 – D 19 – E 02 – E 04 – D 06 – A 08 - C 10 – B 12 – D 14 – C 16 – E 18 – C 20 – A

Page 23: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 23

PROVA 7 TRT/24ªR/Analista Judiciário Área Judiciária/2011

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

Pensando os blogs

Há não muito tempo, falava-se em imprensa escrita, falada e televisada quando se desejava abarcar todas as possibilidades da comunicação jornalística. Os jornais e as revistas, o rádio e a televisão constituíam o pleno espaço público das informações. Tinham em comum o que se pode chamar de “autoria institucional”: dizia-se, por exemplo, que tal notícia “deu no Diário Popular”, ou “foi ouvida na rádio Cacique”, ou “passou no telejornal da TV Excelsior”. Funcionava como prova de veracidade do fato.

Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, ou semi-anônimos, que se valem dos recursos da internet, entre eles os incontáveis blogs. Considerados uma espécie de cadernos pessoais abertos, os blogs possibilitam intervenção imediata do público e exploram em seu espaço virtual as mais distintas formas de linguagem: textos, desenhos, gravuras, fotos, músicas, vídeos, ilustrações, reportagens, entrevistas, arquivos importados etc. etc. A novidade maior dos blogs está nessa imediata conexão que podem realizar entre o que seria essencialmente privado e o que seria essencialmente público. Até mesmo alguns velhos jornalistas mantêm com regularidade esses espaços abertos da internet, sem prejuízo para suas colunas nos jornais tradicionais. A diferença é que, em seus blogs, eles se permitem depoimentos subjetivos e apreciações pessoais que não teriam lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo. São capazes de narrar a cerimônia de posse do presidente da República incluindo os apartes e as impressões dos filhos pequenos que também acompanhavam e comentavam o evento.

Qualquer cidadão pode resolver sair da casca e dizer ao mundo o que pensa da seleção brasileira, ou da mulher que o abandonou, ou da falta de oportunidades no seu ramo de negócio. Artistas plásticos trocam figurinhas em seus blogs diante de um largo público de espectadores, escritores adiantam um capítulo do próximo romance, um músico resolve divulgar sua nova canção já acompanhada de cifras para acompanhamento no violão. É só abrir um espaço na internet.

Outro dia, num blog de algum sucesso, o autor gabava-se de promover democraticamente, entre os incontáveis seguidores seus, uma discussão sobre as mesmas questões que preocupavam a roda fechada e cerimoniosa dos filósofos companheiros de Platão. Isso sim, argumentava ele, é que é um diálogo verdadeiro. Tal atrevimento supõe que quantidade implicaria qualidade, e que democracia é uma soma infinita das impressões e opiniões de todo mundo...

Não importa a extensão das descobertas tecnológicas, sempre será imprescindível a atuação do nosso espírito crítico diante de cada fato novo que se imponha à nossa atenção.

(Belarmino Braga, inédito)

1. Considerando-se o contexto, deve-se entender por “autoria institucional” uma atribuição que se aplica a a) grupos de pessoas que participam regularmente de um mesmo blog. b) informações publicadas em conhecidos órgãos da imprensa. c) linguagens jornalísticas criadas para concorrer com as dos blogs. d) matérias publicadas em série sucessiva num mesmo órgão da imprensa. e) reportagens assinadas por jornalistas devidamente credenciados.

2. De acordo com texto, os blogs têm como característica

I. a abertura para participação autoral de leitores interessados em se manifestar num espaço virtual já constituído; II. a reversão de matérias que seriam, a princípio, de interesse público em matérias de interesse exclusivamente privado; III. a exploração de diferentes gêneros literários e linguagens outras que não a verbal, além da plena liberdade na eleição dos temas a serem tratados.

Em relação ao texto, é correto depreender o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, apenas.

3. Ao final do texto, o autor desaprova, precisamente, o fácil entusiasmo de quem considera os blogs a) irrefutáveis evidências das vantagens tecnológicas de que muitos podem usufruir. b) exemplos incontestes da superioridade da inteligência artificial em relação à humana. c) válidos desafios, que podem e devem estimular a nossa reação e análise críticas. d) diálogos espontâneos e, por isso, verdadeiros, em consonância com a tradição dos diálogos platônicos. e) espaços generosos que multiplicam debates de nível superior aos diálogos dos pensadores clássicos.

Page 24: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 24

4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: a) abarcar todas as possibilidades (1º parágrafo) = incrementar todas as hipóteses. b) prova de veracidade do fato (1º parágrafo) = aprovação da verossimilhança da ocorrência. c) possibilitam intervenção imediata do público (2º parágrafo) = consignam o imediatismo do público participante. d) a roda fechada e cerimoniosa dos filósofos (4º parágrafo) = o círculo restrito e solene dos pensadores. e) atuação do nosso espírito crítico (5º parágrafo) = apropriação de nossa sensibilidade intuitiva. 5. A expressão cadernos pessoais abertos (2º parágrafo), no contexto, a) assinala a conexão que os blogs promovem entre a esfera do privado e a esfera pública. b) refere-se ao caráter acidental e transitório que marca a vigência dos blogs como espaço virtual. c) indica o primarismo um tanto escolar que costuma caracterizar as linguagens exploradas nos blogs. d) enfatiza a contradição que impede os blogs de constituírem um espaço de discussão democrática. e) ressalta o improviso e a superficialidade das confidências que habitualmente se fazem nos blogs. 6. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) No passado, com as qualificações escrita, falada e televisada pretendiam-se designar toda a abrangência das

formas de comunicação jornalística. b) A multiplicação de tantos autores anônimos de blogs acabaram por representar uma séria concorrência para os

profissionais da comunicação. c) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidadãos tomar a iniciativa de criar um blog para neles desenvolverem seus

temas e pontos de vista. d) Já não se opõem, num blog, a instância do que seja de interesse privado e a instância do que seja de interesse público. e) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar discordância quanto às linhas de argumentação desenvolvidas

por seu autor. 7. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) Nos blogs há uma subjetividade da qual os outros meios de comunicação jornalística se ressentem, uma vez

que não é de sua característica contemplá-la. b) O autor do texto exime-se ao diferenciar autoria institucional de outras modalidades autorais, presumindo que a

primeira obtém maior crédito. c) Para muitos, os blogs são um recurso de comunicação de eficácia nunca antes alcançada, suplantando em

extensão e profundidade os diálogos platônicos. d) Ainda que possam ser benvindos, os blogs não devem constituir uma obcessão tal que remova seus usuários de

diligenciarem outras formas de linguagem. e) A democratização do pensamento não pode ficar presa à uma forma de comunicação, visto que são os

conteúdos que determinam sua consumação. 8. No contexto do 3o parágrafo, a frase final É só abrir um espaço na internet tem como sentido implícito o que enuncia este segmento: a) e assim se comprovará como é possível superar Platão. b) para corporificar essas iniciativas na linguagem de um blog. c) e advirão as reações que costuma provocar a autoria institucional. d) para se comprovar a efemeridade das informações de um blog. e) para que um blog passe a enfrentar severa reação crítica. 9. Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) Os recursos da internet, dos quais podemos nos valer a qualquer momento, permitem veicular mensagens por

cujo conteúdo seremos responsáveis. b) Artistas plásticos, que suas obras lhes interessa divulgar, frequentam os espaços da internet, mediante aos quais

promovem a divulgação de seu trabalho. c) Jornalistas veteranos, de cujas colunas tantos leitores já frequentaram, passaram a criar seus próprios blogs,

pelos quais acrescentam uma dose de subjetivismo. d) É comum que, num blog, os assuntos públicos, a cujo interesse social ninguém duvida, coabitem aos assuntos

particulares, que a poucos interessará. e) As múltiplas formas de linguagem com que o autor de um blog pode lançar mão obrigam-no a se familiarizar

com técnicas de que jamais cogitou dominar.

Page 25: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 25

10. Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a seguinte forma verbal: a) são enfrentados. b) tem enfrentado. c) tem sido enfrentada. d) têm sido enfrentados. e) é enfrentada. Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao texto seguinte.

Leis religiosas e leis civis

As leis religiosas têm mais sublimidade; as leis civis dispõem de mais extensão. As leis de perfeição, extraídas da religião, têm por objeto mais a bondade do homem que as segue do que

a da sociedade na qual são observadas; ao contrário, as leis civis versam mais sobre a bondade moral dos homens em geral do que sobre a dos indivíduos.

Deste modo, por respeitáveis que sejam os ideais que nascem imediatamente da religião, não devem sempre servir de princípio às leis civis, porque é outro o princípio destas, que é o bem geral da sociedade.

(Montesquieu, Do espírito das leis) 11. Atentando-se para a primeira frase e considerando-se o conjunto do texto, os termos sublimidade e extensão dizem respeito, respectivamente, ao caráter a) místico dos evangelhos canônicos e materialista dos textos da jurisprudência. b) de espiritualidade das normas religiosas e de abrangência social do direito civil. c) dogmático das convicções de fé e libertário das legislações constitucionais. d) divino dos postulados cristãos e humanista da declaração dos direitos humanos. e) de profundidade das certezas místicas e de superficialidade da ordem jurídica. 12. Atente para as seguintes afirmações:

I. A bondade do indivíduo e as virtudes coletivas são instâncias que se ligam entre si, de modo inextricável e em recíproca dependência. II. A diferença de princípios permite distinguir entre o que há de respeitável nos ideais religiosos e o que se elege como um bem comum nas leis civis. III. Tanto no âmbito das leis civis quanto no das religiosas, o objetivo último é o mesmo: o aprimoramento moral do indivíduo.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) II, apenas. 13. As leis religiosas têm mais sublimidade; as leis civis dispõem de mais extensão. A respeito da construção da frase acima, é correto afirmar que a) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase A solidão dispõe o homem à melancolia. b) da comparação entre leis civis e leis religiosas, expressa pelo termo mais, resulta a superioridade inconteste de

uma delas. c) entre os dois segmentos separados pelo ponto e vírgula estabelece-se uma relação de sentido equivalente ao da

expressão ao passo que. d) entre os dois segmentos separados por ponto e vírgula estabelece-se uma relação de sentido equivalente ao da

expressão por conseguinte. e) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase O sacristão dispôs o altar para a missa.

Page 26: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 26

14. Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: a) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do que a da sociedade na qual

fossem observadas. b) As leis de perfeição tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que a da sociedade na qual

serão observadas. c) As leis de perfeição terão por objeto mais a bondade dos homens que as tivessem seguido do que a da

sociedade na qual terão sido observadas. d) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a da sociedade na qual têm

sido observadas. e) As leis de perfeição terão tido por objeto mais a bondade do homem que viesse a segui-las do que a da

sociedade na qual fossem observadas. 15. O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) Às bondades individuais ...... (dever) seguir um benefício que se estenda ao conjunto de uma sociedade. b) Nem sempre ...... (haver) de respeitar as leis da religião quem se curva às leis civis. c) Não se ...... (respeitar) as leis civis por bondade, nem as religiosas por espírito cívico. d) Não se ...... (opor) o princípio da religião ao da ordem civil, embora as instâncias de uma e outra sejam

distintas. e) ...... (ser) de se notar, entre as leis civis e as religiosas, a diferença dos princípios que as regem. 16. Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: a) Se as leis da religião, pretendem levar o indivíduo ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis em

qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos não importando a religião que cada um professe, ou deixe de professar.

b) Se as leis da religião pretendem levar o indivíduo, ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis em qualquer sociedade é contribuir para o bem de todos não importando a religião, que cada um professe ou deixe de professar.

c) Se, as leis da religião pretendem levar o indivíduo, ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis em qualquer sociedade é: contribuir para o bem de todos, não importando a religião que cada um professe, ou deixe de professar.

d) Se as leis da religião pretendem levar o indivíduo, ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos; não importando a religião que, cada um, professe ou deixe de professar.

e) Se as leis da religião pretendem levar o indivíduo ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos, não importando a religião que cada um professe ou deixe de professar.

17. (...) as leis civis versam mais sobre a bondade moral dos homens em geral do que sobre a dos indivíduos. Pode-se substituir o segmento sublinhado na frase acima, sem prejuízo para a correção e o sentido, por: a) cuidam melhor da bondade moral e genérica dos homens do que cuidam a b) dizem respeito mais à bondade moral do conjunto dos homens do que à c) disputam melhor sobre a bondade moral da sociedade do que a d) controvertem melhor sobre a bondade moral de todos os homens do que a e) determinam mais o que seja moralmente a bondade dos homens do que aquela

RESPOSTAS 01 – B 03 – E 05 – A 07 – C 09 – A 11 – B 13 – C 15 – C 17 – B 19 – C 02 – C 04 – D 06 – D 08 – B 10 – E 12 – E 14 – A 16 – E 18 – A 20 – E

Page 27: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 27

PROVA 8 TRE/Rio Grande do Norte/Analista Judiciário Área Judiciária/2011 Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto abaixo.

Nas ilhas Mascarenhas − Maurício, Reunião e Rodriguez −, localizadas a leste de Madagáscar, no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não voavam − o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última vez no início da década de 1680 e quase certamente extinto antes de 1690.

Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construídos no chão.

Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os primeiros navegadores trouxeram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram de maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão − e muitos naturalistas atribuem um número maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo modo, passados os primeiros anos da década de 1680, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo na ilha Maurício. Em 1693, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.

(Extraído de Stephen Jay Gould. “O Dodô na corrida de comitê”, A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. São Paulo, Cia. das Letras, 2003, pp. 286-8)

1. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu nessa localidade... (1º parágrafo) A frase acima transcrita deve ser entendida como indicação de que a extinção das espécies de pombos que não voavam das ilhas Mascarenhas a) seria um modelo a ser utilizado pelos homens no futuro, quando decididos a erradicar espécies inúteis ou

prejudiciais. b) é uma das primeiras extinções de animais vinculadas à ação direta ou indireta dos homens de que se tem

notícia. c) teria ocorrido muito tempo antes do verdadeiro início da extinção de espécies por conta de ações humanas

diretas ou indiretas. d) é um episódio tão antigo na história das relações entre homens e animais que pode ser considerado singular e

ultrapassado. e) deu origem a um padrão para as futuras extinções de animais, que estariam sempre ligadas à colonização

humana de novas terras. 2. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis... (2º parágrafo) Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão... (último parágrafo) A expressão grifada nas frases acima transcritas deixa transparecer, em relação às afirmações feitas, a) a sua comprovação científica irrefutável. b) a certeza absoluta que o autor quer partilhar com o leitor. c) o receio do autor ao formular um paradoxo. d) a sua pequena probabilidade. e) o seu caráter de hipótese bastante provável. 3. Estão empregados no texto com idêntica regência os verbos grifados em: a) Os dodôs punham... (2º parágrafo) / ... sua extinção ocorreu... (último parágrafo) b) ... muitas espécies de pássaros desapareceram... (1º parágrafo) / Os primeiros navegadores trouxeram...

(último parágrafo) c) Uma plumagem cinza-azulada cobria... (2º parágrafo) / ... e não encontrou nenhum. (último parágrafo) d) Os volumosos dodôs pesavam ... (2º parágrafo) / ... não foi a captura... (último parágrafo) e) ... a tataravó de todas as extinções também ocorreu... (1º parágrafo) / ... e muitos naturalistas atribuem...

(último parágrafo)

Page 28: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 28

4. Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, respectivamente, por: a) Contudo − não obstante. b) Conquanto − por que. c) Em que pese isso − embora. d) Apesar disso − visto que. e) Por isso − porquanto. 5. O segmento cujo sentido está corretamente expresso em outras palavras é: a) se multiplicaram de maneira prodigiosa = cresceram ilusoriamente. b) as duas espécies se regalaram = os dois gêneros se empanturraram. c) uma família singular = um conjunto variegado. d) que selou o destino = que indigitou a fatalidade. e) empenhou-se na procura = dedicou-se com afinco à busca. 6. Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada no texto.

I. Em − Maurício, Reunião e Rodriguez −, os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase. II. O travessão empregado imediatamente depois de voavam (1º parágrafo) pode ser substituído por dois pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase. III. Em o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs, a retirada das vírgulas não implica prejuízo para o sentido e a correção da frase.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) III, apenas. e) I, II e III. Atenção: As questões de números 7 a 9 referem-se ao texto abaixo.

Lavadeiras de Moçoró

As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um polimento que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E suas formas diferentes também correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a confusão.

A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes, parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.

Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são uma fortuna, jóias que elas não precisam levar para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.

Obs.: manteve-se a grafia original, constante da obra citada.

(Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis, in Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.128) 7. Evidencia-se no texto a) a presença da pedra como símbolo da rotina pesada de uma vida sem perspectivas de melhora da maioria das

mulheres brasileiras. b) o primitivismo das condições de trabalho em alguns lugares, que impede a necessária alteração dos costumes

familiares. c) a extrema pobreza em que vivem muitas famílias brasileiras, sem qualquer condição de sobrevivência mais

digna. d) a associação íntima e até mesmo afetiva entre ser humano e elemento da natureza, identificados por um tipo de

trabalho diário. e) a identificação entre o rio e a pedra, prefigurando os obstáculos sociais que impedem a ascensão econômica de

muitos brasileiros.

Page 29: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 29

8. Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a confusão. (1º parágrafo) A relação semântica existente entre as expressões grifadas na afirmativa acima é percebida também entre os dois elementos grifados em: a) que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. b) um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. c) a pedra a acompanha em surdina... parece que o canto murmurante vem da pedra. d) e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento. e) as pedras são uma fortuna, jóias que elas não precisam levar para casa. 9. Considere as observações seguintes sobre a associação de palavras no texto e o sentido decorrente dessa associação:

I. No segmento passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo há uma comparação, que associa a transmissão de costumes ao fluxo das águas do rio. II. As referências às pedras, especialmente no 2o parágrafo, atribuem a elas qualidades humanas. III. Na frase Servem de espelho a suas donas é possível entender o sentido literal, como referência ao reflexo da água sobre as pedras, e o sentido contextual, como identidade e cumplicidade entre a mulher e a pedra.

Está correto o que se afirma em: a) II, apenas. d) II e III, apenas. b) I e II, apenas. e) I, II e III. c) I e III, apenas. Atenção: As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo.

Gesso

Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova − O gesso muito branco, as linhas muito puras − Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).

Há muitos anos tenho-a comigo. O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina

[amarelo-suja. Os meus olhos, de tanto a olharem, Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.

Um dia mão estúpida Inadvertidamente a derrubou e partiu. Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,

[recompus a figurinha que chorava. E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo

[mordente da pátina... Hoje este gessozinho comercial É tocante e vive, e me fez agora refletir Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.

Manuel Bandeira

10. A ação do tempo sobre a estátua de gesso é vista pelo poeta como a) o que acabou por torná-la mais vivaz e expressiva, pelo menos até que um acidente a fizesse perder essa vivacidade. b) responsável por danos que levaram uma obra de arte a perder sua pureza e vivacidade originais. c) um elemento que, juntamente com os danos causados por um acidente, dá vida e singularidade ao que era

inexpressivo e vulgar. d) o causador irremediável do envelhecimento das coisas e da consequente desvalorização dos objetos pessoais

mais valiosos. e) capaz de transformar um simples objeto comercial em uma obra de arte que parece ter sido criada por um

escultor genial. 11. Mal sugeria imagem de vida

(Embora a figura chorasse). É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido a) adversativo. d) condicional. b) concessivo. e) temporal. c) conclusivo.

Page 30: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 30

12. Um dia mão estúpida Inadvertidamente a derrubou e partiu. Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos, [recompus a figurinha que chorava. E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo [mordente da pátina...

Sobre os versos acima transcritos é INCORRETO afirmar: a) mão estúpida pode ser alusão do poeta a si próprio e carregaria assim algum matiz da raiva que o teria

acometido quando derrubou a estátua. b) Inadvertidamente tem o sentido de “de modo descuidado”, indicando o caráter acidental do episódio. c) em recompus a figurinha que chorava, o poeta se vale de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento da

estátua com a queda. d) com a alusão às feridas causadas à estátua, o poeta se refere aos sinais visíveis da junção dos pedaços dela

depois de reconstituída. e) com a expressão o sujo mordente da pátina, o poeta alude à transformação da estátua de sofredora em

causadora de sofrimento. 13. O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e percalços fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde absolutamente ...... valorização que alcançariam no mercado, esse deus todo-poderoso, que, no entanto, resta impotente quando ao valor econômico se superpõe ...... afeição. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, a) às - à - a b) as - à - a c) as - a - à d) às - a - a e) às - à - à 14. Embora pudesse estar estampada na primeira página de um jornal, a manchete fictícia que traz deslize quanto à concordância verbal é: a) Economistas afirmam que em 2011 haverá ainda mais oportunidades de emprego na indústria e no comércio do

que em 2010. b) “Os que insistem na minha culpa haverão de se arrepender pela injustiça cometida”, declara o secretário

exonerado. c) Expectativas em relação ao aumento da inflação faz bolsas caírem ao menor nível este ano. d) Crescem no Brasil a venda e o comércio de produtos importados ilegalmente. e) “Ergueram-se mais edifícios nos últimos dois anos do que nos cinco anos anteriores”, constata estudo sobre o

mercado imobiliário. 15. Considerando-se as qualidades exigidas na redação de documentos oficiais, está INCORRETA a afirmativa: a) A concisão procura evitar excessos linguísticos que nada acrescentam ao objetivo imediato do documento a ser

redigido, dispensando detalhes irrelevantes e evitando elementos de subjetividade, inapropriados ao texto oficial.

b) A impessoalidade, associada ao princípio da finalidade, exige que a redação de um documento seja feita em nome do serviço público e tenha por objetivo o interesse geral dos cidadãos, não sendo permitido seu uso no interesse próprio ou de terceiros.

c) Clareza e precisão são importantes na comunicação oficial e devem ser empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, a possibilidade de interpretações equivocadas, como na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretário que os relatórios deveriam ser encaminhados a ele.

d) A linguagem empregada na correspondência oficial, ainda que respeitando a norma culta, deve apresentar termos de acordo com a região e com requinte adequado à importância da função desempenhada pela autoridade a quem se dirige o documento.

e) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a formalidade, ou seja, há certos procedimentos, normas e padrões que devem ser respeitados com base na observância de princípios ditados pela civilidade, como cortesia e polidez, expressos na forma específica de tratamento.

RESPOSTAS 01 – B 03 – C 05 – E 07 – D 09 – E 11 – B 13 – A 15 – D 02 – E 04 – D 06 – B 08 – A 10 – C 12 – E 14 – C

Page 31: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 31

PROVA 9 FCC/TRT/4ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/201 1 Nesta prova, considera-se uso correto da língua portuguesa o que está em conformidade com o padrão culto escrito. Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto abaixo.

1

5

10

15

20

25

Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer perso- nagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados.

Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui dês- crito, citados na lista de agradecimentos. Toda infor- mação importante foi checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em conjunto.

(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São

Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15) 1. O autor do texto a) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante do

desenvolvimento da Bossa Nova. b) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a

indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção. c) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o protocolo científico: absoluta fidelidade na

descrição dos fatos, dados definitivos e cabal objetividade. d) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do compromisso com o constatável,

como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. e) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em

terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz.

Page 32: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 32

2. Compreende-se corretamente do texto: a) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 11) se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”. b) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 12), o autor expressa sua concepção de que a volubilidade torna

os seres humanos indecifráveis. c) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 15), o autor informa que os eventos que compõem a

história escrita por ele jamais tinham vindo a público. d) a caracterização de entrevista (linhas 20 e 21) prepara o leitor para a decodificação de certas informações que

são tratadas de modo cifrado no livro. e) as histórias que compõem o livro (linha 25) não possuem relevo próprio, merecendo presença na obra

unicamente por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova. 3. No primeiro parágrafo do texto, a) Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. b) o segmento introduzido pelo travessão (linha 9) expressa um julgamento que traz as marcas de uma presunção. c) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro

(linha 3) e escrito (linha 5). d) os parênteses (linhas 6 a 8) acolhem explicação sobre o que ocorreu com a Bossa Nova quando o Brasil

começou a trocá-la por exotismos. e) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linhas 2 e 3) delimita o período da concomitância entre a

vivência dos jovens e o ato de escrita da obra. 4. No contexto, o segmento que expressa uma causa é: a) (linha 2) que a fizeram. b) (linhas 3 e 4) que se pretende o mais factual e objetivo possível. c) (linha 5) tendo sido escrito por alguém. d) (linhas 8 e 9) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita. e) (linhas 14 e 15) as informações foram buscadas em primeira mão. 5. O segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original é: a) qualquer que sejam as personagens. b) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. c) torna inacessível as especificações desejáveis. d) as fontes devem serem especificadas. e) os esforços haveriam de ser grandes. Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto abaixo.

“A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança, encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade, eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com essas palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que é este ato capaz de reduzir processos na justiça.

(Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em Revista − publicação bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 6)

6. É INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de a) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens advindas da conciliação. b) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos veem cumprido seu direito à Justiça. c) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo. d) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as partes se fazem representar por interpostos. e) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que chegam ao gabinete da Conciliação terminam

com o acordo entre as partes. 7. A substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é: a) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. b) despertar no cidadão por despertar-lhe. c) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua defesa de direitos. d) pois por porquanto. e) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”.

Page 33: SEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de ... · PDF fileSEEMG – Curso de Exercícios Português e Interpretação de Textos – Provas FCC Profª. Raquel Cesário

SEEMG – Curso de Exercícios

Português e Interpretação de Textos – Provas FCC

Profª. Raquel Cesário

www.prolabore.com.br 33

8. A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é: a) têm proporcionado. b) tem sido proporcionado. c) tinham proporcionado. d) era proporcionado. e) foi proporcionado. 9. A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: a) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área, de

cujo conhecimento de ponta muito se depende. b) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à

desejar, o que lhe ajudou bastante naquela pendência. c) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o

depoimento mais insosso ou desajeitado. d) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação

dos que desejam ascender à sua dignidade. e) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve ser aberta àquele núcleo que a

instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas. 10. Está correta a seguinte frase: a) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na água que considera benta, pois diz que,

tendo sido benzida em dia de muito fervor, é miraculosa. b) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se o secretário dispuser de imediato de toda a

verba prometida, poderá haver problemas mais à frente. c) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita os cidadãos a que remediem por si sós os

danos cuja reparação está legalmente sob o dever do estado. d) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o prazo previsto no acordo, caso em que

sereis responsabilizado legalmente pelo decurso. e) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que consiga o octagésimo lugar no concurso,

que é o último, espero vê-lo analisado. 11. A redação correta é: a) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos

que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. b) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que

lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. c) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela

enésima vez no mesmo erro. d) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura − é o que os Estados Unidos,

recentemente, provou ao mundo. e) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas

funções e o horário do fim do expediente. 12. A única frase NÃO pontuada corretamente é: a) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços

públicos: estes querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. b) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi que era só

uma mudança de bairro, e então prometi que a visitaria logo. c) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a imprensa discutia ainda a mesma questão,

crucial, sem dúvida, que ocupara por décadas o espírito dos homens públicos. d) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas

como se fosse para alguém a quem se cumprimenta só por obrigação. e) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de brinquedo,

então bastante em moda entre os mais jovens.

01 – E 03 – B 05 – E 07 – D 09 – C 11 – B 02 – A 04 – C 06 – E 08 – B 10 – A 12 – A