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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC” Divisão de Imunização 1 INFORME TÉCNICO CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA 2017 Divisão de Imunização Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória 1-Introdução A influenza (gripe) é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e mundiais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas, por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. Os vírus influenza, pertencentes à família Orthomyxoviridae, subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo apresentar mutações. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, com duração variável, e frequentemente associada ao aumento das taxas de hospitalização e óbito. O período de incubação dos vírus influenza varia entre um e quatro dias. A maioria das pessoas infectadas recupera-se dentro de uma a duas semanas. Entretanto, nas crianças, gestantes, puérperas, idosos e pessoas com doenças crônicas, a infecção pelo vírus influenza pode levar às formas clinicamente graves como as infecções respiratórias agudas e pneumonias, podendo levar ao óbito. É importante esclarecer que as manifestações clínicas envolvendo o trato respiratório muitas vezes são causadas por outros tipos de vírus como o rinovírus (resfriado comum), o vírus sincicial respiratório, o adenovírus, entre outros. A co- circulação desses vírus, também, é frequente durante o período sazonal da influenza e

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE CONTROLE DOENÇAS

CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

“PROF. ALEXANDRE VRANJAC”

Divisão de Imunização

1

INFORME TÉCNICO

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA

2017

Divisão de Imunização

Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória

1-Introdução

A influenza (gripe) é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório. É

de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar

facilmente em epidemias sazonais e mundiais. A transmissão ocorre por meio de

secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas

mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas, por secreções

respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.

Os vírus influenza, pertencentes à família Orthomyxoviridae, subdividem-se em

três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo apresentar

mutações. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, com

duração variável, e frequentemente associada ao aumento das taxas de hospitalização e

óbito.

O período de incubação dos vírus influenza varia entre um e quatro dias. A

maioria das pessoas infectadas recupera-se dentro de uma a duas semanas. Entretanto,

nas crianças, gestantes, puérperas, idosos e pessoas com doenças crônicas, a infecção

pelo vírus influenza pode levar às formas clinicamente graves como as infecções

respiratórias agudas e pneumonias, podendo levar ao óbito.

É importante esclarecer que as manifestações clínicas envolvendo o trato

respiratório muitas vezes são causadas por outros tipos de vírus como o rinovírus

(resfriado comum), o vírus sincicial respiratório, o adenovírus, entre outros. A co-

circulação desses vírus, também, é frequente durante o período sazonal da influenza e

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não são prevenidos pela vacina, uma vez que esta é específica para as cepas dos vírus

influenza incluída na sua composição.

Em consonância com o Guia de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde, 2014),

considera-se caso suspeito de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): indivíduo

de qualquer idade com Síndrome Gripal (SG) – em maiores de seis meses, caracterizada

por febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de

garganta e que apresente dispneia ou saturação de O2 < 95% ou desconforto

respiratório. Para os indivíduos menores de seis meses, a SG é caracterizada por febre

de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que,

anualmente, 5 a 15% da população mundial seja acometida pelo vírus influenza,

inclusos 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes.

Em 2016, no estado de São Paulo, foram registrados 20.918 casos de SRAG

hospitalizados, sendo que 2.558 (12,2%) evoluíram a óbito, sendo 5.311 casos

confirmados para o vírus influenza, incluindo 829 óbitos, distribuídos em 411 (63,7%)

municípios. Houve predomínio do vírus influenza A (H1N1)pdm09, com 4.730 (89,1%)

casos e 781 (91,1%) óbitos, seguido pelo vírus influenza B em 336 (6,3%) casos e 31

(3,6%) óbitos, influenza A não subtipado em 209 (3,9%) casos e 37 (4,3%) óbitos e

influenza A (H3N2) em 36 (0,5%) casos e oito (0,9%) óbitos. No que se refere à faixa

etária, dentre os casos por influenza A (H1N1)pdm09, houve predomínio em indivíduos

com idade igual ou superior a 25 anos, com 3.159 (66,8%) casos e 705 (90,3%) óbitos.

A presença de ao menos uma comorbidade foi registrada em 2.540 (53,7%) casos e 511

(65,4%) óbitos. Entre os óbitos, houve registro de comorbidades em 61,1% dos

indivíduos de 25 a 44 anos, 62,5% dos indivíduos de 45 a 59 anos e em 77,5% dos

indivíduos acima de 60 anos. Dentre as comorbidades, predominou a doença

cardiovascular crônica, seguida de diabetes mellitus, pneumopatia crônica e obesidade.

Em 2017, ainda no período intersazonal, no período compreendido entre a

Semana Epidemiológica (SE) 1 e 12, foram registrados 920 casos de Síndrome

Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo 78 óbitos, no Estado de São Paulo. Entre

as amostras processadas, foram confirmados 121 (19,7%) casos e 14 (21,8%) óbitos por

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influenza, distribuídos em 45 municípios. Dentre os confirmados, houve predomínio do

vírus influenza A (H3N2) em 59 (48,8%) casos e sete (50,0%) óbitos, seguido pelo

vírus influenza A não subtipado em 29 (24,0%) casos e um (7,1%) óbito, influenza B

em 17 (14,0%) casos e quatro (28,6%) óbitos e A (H1N1)pdm09 em 16 (13,2%) casos e

dois (14,3%) óbitos.

Essa estratégia de vacinação tem como objetivo minimizar a ocorrência da

doença, as internações e óbitos atribuíveis ao vírus influenza nos grupos mais

vulneráveis, ou seja, que têm maior risco de evoluir com complicações.

Dessa forma, é imprescindível o alcance de coberturas vacinais altas e

homogêneas, com vistas a garantir o impacto desta na morbimortalidade populacional.

Em 2017, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa

Nacional de Imunizações (CGPNI), do Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, lança a 19ª Campanha Nacional

de Vacinação contra a Influenza, no período de 17 de abril a 26 de maio de 2017,

sendo 13 de maio, o dia de mobilização nacional.

Considerando-se a grade de entrega de vacinas contra Influenza a vacinação será

realizada em etapas:

Etapa 1: a partir do dia 10 de abril de 2017: os trabalhadores de saúde dos

hospitais.

Etapa 2: a partir do dia 17 de abril: os trabalhadores de saúde dos serviços

públicos e privados e as pessoas com 60anos ou mais de idade.

Etapa 3: a partir do dia 24 de abril: gestantes, puérperas, crianças (6 meses a < 5

anos de idade) e indígenas.

Etapa 4: a partir do 2 de maio: pessoas com comorbidades.

Etapa 5: a partir do dia 8 de maio: professores e todos os outros grupos

anteriores.

Dia 13 de maio Dia “D”: sábado

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2. Grupos prioritários para a vacinação

Na campanha de 2017, a vacina de influenza está indicada aos grupos prioritários

abaixo.

Crianças de seis meses a menores de cinco anos: todas as crianças que

receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal em 2016, devem receber

apenas uma dose em 2017. Também deve ser considerado o esquema de duas doses para

as crianças de seis meses a menores de nove anos de idade que serão vacinadas pela

primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose.

Gestantes: todas as gestantes em qualquer idade gestacional. Para o

planejamento da ação, torna-se oportuno a identificação, localização e o

encaminhamento dessas para a vacinação nas áreas adstritas sob responsabilidade de

cada serviço de saúde dos municípios. Para este grupo não haverá exigência quanto à

comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria

mulher afirme o seu estado de gravidez.

Puérperas: todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas

no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove a

gestação (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde

ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.

Trabalhador de Saúde: todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos

e privados, nos diferentes níveis de complexidade.

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Povos indígenas: toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A

programação de rotina é articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a

Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI).

Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina influenza.

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas

deverão receber a vacina influenza.

População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: o

planejamento e operacionalização da vacinação nos estabelecimentos penais deverão ser

articulados com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretaria de

Administração Penitenciária, conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema

Penitenciário, 2.ª edição/ Brasília–DF 2005 e a NOTA TÉCNICA 121

SISPE/DAPES/SAS – PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ de 01 de agosto de 2011 e Portaria

Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014 que institui a Política Nacional de Atenção

Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no

âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras

condições clínicas especiais independe da idade, (conforme indicação do Ministério

da Saúde em conjunto com sociedades científicas) (Quadro 1). A vacinação deste

grupo deve ser realizada em todos os postos de vacinação. As pessoas com doença

crônica poderão ser vacinadas mediante indicação médica ou receita do(s)

medicamento(s) que faz uso devido a doença crônica.

Os professores das escolas públicas e privadas.

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Quadro 1. Categorias de risco clínico com indicação da vacina influenza sazonal.

Brasil, 2017.

Categoria de risco clínico Indicações

Doença respiratória crônica Asma em uso de corticóide inalatório ou sistêmico

(Moderada ou Grave);

DPOC;

Bronquiectasia;

Fibrose Cística;

Doenças Intersticiais do pulmão;

Displasia broncopulmonar;

Hipertensão arterial pulmonar;

Crianças com doença pulmonar crônica da

prematuridade.

Doença cardíaca crônica Doença cardíaca congênita;

Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;

Doença cardíaca isquêmica;

Insuficiência cardíaca.

Doença renal crônica Doença renal nos estágios 3,4 e 5;

Síndrome nefrótica;

Paciente em diálise.

Doença hepática crônica Atresia biliar;

Hepatites crônicas;

Cirrose.

Doença neurológica crônica Condições em que a função respiratória pode estar

comprometida pela doença neurológica;

Considerar as necessidades clínicas individuais dos

pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia

cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;

Doenças hereditárias e degenerativas do sistema

nervoso ou muscular;

Deficiência neurológica grave.

Diabetes Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de

medicamentos.

Imunossupressão Imunodeficiência congênita ou adquirida

Imunossupressão por doenças ou medicamentos

Obesos Obesidade grau III.

Transplantados Órgãos sólidos;

Medula óssea.

Portadores de trissomias Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter,

Sídrome de Wakany, dentre outras trissomias.

Fonte: Ministério da Saúde

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3- Meta

A partir de 2017, a meta passa a ser vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos

grupos prioritários para a vacinação (descritos acima no título 2- Grupos prioritários

para a vacinação). Durante a campanha, o número de doses aplicadas será

contabilizado por grupo prioritário.

A estimativa total é que serão vacinadas mais de 12.000.000 de pessoas.

4. A vacina influenza

4.1. Cepas

Segundo recomendação da OMS para a temporada de 2017 do hemisfério sul,

cada dose da vacina influenza, contém cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados,

fragmentados e purificados, correspondente aos antígenos hemaglutinina (HA):

A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09

A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2)

B/ Brisbane/60/2008

Deve-se salientar que ocorreu uma mudança em relação à vacina trivalente

indicada para a temporada de 2017. A cepa A/California/7/2009 (H1N1) pdm09 que

tem circulado desde 2009, foi modificada pela primeira vez nos últimos 7 anos.

Serão disponibilizadas vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e Instituto

Butantan/Sanofi Pasteur-França.

4.2. Forma Farmacêutica e Apresentação

As especificações da vacina influenza que será utilizada na 19ª Campanha

Nacional de Vacinação contra a Influenza, Brasil, 2017 estão descritas no Quadro 3.

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Quadro 3. Especificações da vacina influenza que será utilizada na 19ª Campanha

Nacional de Vacinação contra a Influenza, Brasil, 2017.

Laboratório produtor Instituto Butantan e Instituto Butantan/Sanofi Pasteur-

França

Indicação de usos Imunização ativa contra a influenza causada pelos tipos

A e B de vírus influenza a partir de 6 meses de idade.

Contraindicação Contraindicada para uso por indivíduos com história de

reação alérgica grave às proteínas do ovo (ovo ou

produtos do ovo), às proteínas de galinha, a qualquer

componente da vacina (ou seja, como definido na

composição, incluindo os resíduos de fabricação), ou

após a administração prévia desta vacina ou a outra

vacina contendo os mesmos componentes.

Crianças menores de 6 meses de idade.

Apresentação

Ainda não recebemos as

imagens

Frasco - ampola multidose com 10 doses de 0,5 mL

Forma Farmacêutica Suspensão injetável

Via de administração Intramuscular ou subcutânea

Composição por dose de 0,5

mL

15 µg de hemaglutinina das cepas de Myxovirus

influenzae, propagadas em ovos embrionados de

galinha: A/Michigan/45/2015(H1N1) pdm 09;

A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2);

B/Brisbane/60/2008;

Timerosal (conservante) 2mcg, solução fisiológica

tamponada a pH = 7,2 (cloreto de sódio, cloreto de

potássio, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio

monohidratado e água para injetáveis); pode conter até

30 µg de formaldeído, traços de neomicina, Triton X-

100 (octoxinol 9) e de ovoalbumina.

Prazo de validade e

conservação

Prazo de validade da vacina influenza trivalente

(fragmentada e inativada) é de 12 meses, a partir da

data de fabricação, e na temperatura de +2ºC e +8ºC.

Utilização após

Abertura do frasco

Pode ser utilizada no máximo até 7 (sete) dias desde

que mantidas as condições assépticas e temperatura de

+2ºC e +8ºC.

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4.3. Esquema de vacinação

A vacinação é anual, devido às mudanças das características dos vírus influenza

consequentes da diversidade antigênica e genômica a cada ano.

O Quadro 2 detalha o esquema de vacinação e via de administração para as

crianças de seis meses a oito anos, 11 meses e 29 dias, que estarão recebendo a vacina

pela primeira vez, além de crianças a partir de nove anos e adultos. Todas as crianças de

seis meses a menores de nove anos que receberam pelo menos uma dose da vacina

contra a influenza sazonal após 2010, devem receber apenas uma dose em 2017.

Quadro 2: Demonstrativo do esquema vacinal para influenza por idade, número

de doses, volume por dose e intervalo entre as doses, Brasil, 2017.

Idade Número

de doses

Volume por

dose Intervalo

Crianças de 6 meses

a 2 anos de idade 2 doses 0,25 ml

Intervalo mínimo de 4 semanas.

Operacionalmente 30 dias após

receber a 1ª dose

Crianças de 3 a 8

anos de idade 2 doses 0,5 ml

Intervalo mínimo de 4 semanas.

Operacionalmente 30 dias após

receber a 1ª dose

Crianças a partir de

9 anos de idade e

adultos

Dose única 0,5 ml _

Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

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4.4. Via de administração

A vacina influenza trivalente deve ser administrada por via intramuscular.

Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas

que apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais.

4.5. Administração simultânea com outras vacinas ou

medicamentos

A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas ou

medicamentos, procedendo-se as administrações com seringas diferentes em locais

anatômicos diferentes.

Os tratamentos com imunossupressores ou radioterapia podem reduzir ou anular

a resposta imunológica. Esse fenômeno não se aplica aos corticosteróides utilizados na

terapêutica de reposição, em tratamentos sistêmicos de curto prazo (menos de duas

semanas) ou por outras vias de administração que não causem imunossupressão.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os

candidatos elegíveis à doação que tiverem sido vacinados contra influenza devem ser

considerados como inaptos temporariamente, pelo período de 48 horas.

4.6. Eficácia

Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3

semanas, após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico

máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas, embora em idosos os níveis de

anticorpos possam ser menores. Os níveis declinam com o tempo e se apresentam

aproximadamente duas vezes menores após seis meses da vacinação, em relação aos

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obtidos no pico máximo, podendo ser reduzidos mais rapidamente em alguns grupos

populacionais, como indivíduos institucionalizados, doentes renais, entre outros. A

proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual é

feita anualmente.

A imunogenicidade em crianças varia de 30 a 90% sendo diretamente

proporcional à idade. Em crianças menores de seis anos de idade, aproximadamente 40

a 80% apresentam soroconversão após uma única dose da vacina, enquanto para

crianças maiores de 6 anos, a taxa de soroconversão sobe para 70 a 100%. Mais de 50%

das crianças menores de três anos e cerca de 30% das crianças até nove anos de idade

são soronegativas para o vírus da influenza. Tal fato resulta na recomendação de duas

doses da vacina influenza sazonal em primovacinados e uma dose nos anos

subsequentes.

A vacinação contra o vírus influenza em gestantes é uma estratégia eficaz de

proteção para a mãe e para o lactente. Estudos realizados com acompanhamento de

bebês de mães vacinadas durante a gestação demonstraram que a proteção contra

influenza confirmada por testes laboratoriais foi superior a 60% nos primeiros seis

meses de vida. Além de proteger a mãe, a vacinação durante a gestação reduz o impacto

da doença em bebês e o risco de hospitalização que é extremamente elevado nos

primeiros meses de vida.

4.7. Precauções

Em doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação

até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da

doença.

As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a

exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de

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segurança. Recomenda-se observar o indivíduo vacinado por pelo menos 30 minutos em

ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas.

Em caso de ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) no período de até

seis semanas após uma dose anterior, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa

sobre benefício e risco da vacina antes da administração de uma nova dose.

4.8. Contraindicações

A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia

em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada

grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

5. Vigilância dos eventos adversos pós-vacinação

As vacinas influenza sazonais têm um perfil de segurança excelente e são bem

toleradas. As vacinas utilizadas pelo PNI durante as campanhas de vacinação contra

influenza são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não

contêm vírus vivos e não causam a doença.

Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada

após a vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de

uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV

pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou um

achado laboratorial anormal (CIMOS/OMS, 2012).

De acordo com sua localização podem ser locais ou sistêmicos e de acordo com

sua gravidade, podem NÃO GRAVES ou GRAVES.

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Para o encerramento apropriado dos casos notificados de EAPV, o PNI/SVS

conta com uma rede de profissionais responsáveis pela notificação, investigação e

avaliação dos casos nas unidades federadas e com o Comitê Interinstitucional de

Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos (CIFAVI), composto pela

SVS, Anvisa e INCQS/Fiocruz.

5.1. Manifestações locais

Manifestações como dor no local da injeção, eritema e enduração ocorrem em

15% a 20% dos pacientes, sendo benignas autolimitadas geralmente resolvidas em 48

horas.

Os abscessos geralmente encontram-se associados com infecção secundária ou

erros de imunização.

5.2. Manifestações sistêmicas

São benignas, autolimitadas, como febre, mal estar e mialgia que podem

começar de 6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias, sendo

notificadas em menos de 1% dos vacinados Estas manifestações são mais frequentes em

pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos da vacina.

Nos EUA, na estação 2010-2011, foi detectado risco aumentado de convulsões

febris após a administração da vacina influenza em crianças com idade entre seis e 60

meses. A análise subsequente em 2011-2012, revelou que o risco elevado (OR 5,1)

somente foi constatado em lactentes com idade entre 6 e 23 meses que haviam recebido

concomitantemente a vacina conjugada contra pneumococos (PCV13). A análise do

comitê de segurança de vacinas (Vaccine Safety Datalink) realizada posteriormente

(2013-2014 e 2014-2015) revelou que o uso da vacina influenza sem administração

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concomitante da vacina PC13 não está associado às convulsões febris, confirmando o

perfil de segurança da vacina trivalente em lactentes.

5.3. Reações de hipersensibilidade

Reações anafiláticas (hipersensibilidade do tipo I) são extremamente raras e

podem ser associadas a qualquer componente da vacina.

As vacinas influenza contêm traços de proteínas do ovo e são contraindicadas

para pessoas com antecedente de reação alérgica severa de caráter anafilático (urticária,

edema de glote, broncoespasmo ou choque) após a ingestão de ovo ou aplicação prévia

dessas vacinas ou de outras vacinas que contenham essas proteínas.

No entanto, caso o médico assistente recomende a vacinação, considerando

situações de risco elevado de influenza e avaliando o risco benefício, deverá fazer a

prescrição médica.

Se for indicada a administração da vacina nessas pessoas, a mesma deve ser

realizada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), hospitais

ou serviços de emergência com recursos materiais e humanos para lidar com reações de

hipersensibilidade.

5.4. Manifestações neurológicas

Raramente a aplicação de algumas vacinas pode anteceder o início Síndrome de

Guillain-Barré (SGB). Geralmente, os sintomas aparecem entre um a 21 dias e no

máximo até seis semanas após administração da vacina. Com exceção da vacina suína

de 1976, os demais estudos que buscaram uma relação causal entre vacinas influenza e

SGB apresentaram resultados contraditórios.

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Considera-se importante citar que o próprio vírus da influenza pode desencadear

a SGB, e que a frequência de um caso por milhão de doses administradas, encontrada em

alguns estudos, é muito menor que o risco de complicações da influenza que podem ser

prevenidas pela imunização. Na ausência de conhecimento científico suficiente sobre as

causas da SGB, o Ministério da Saúde recomenda PRECAUÇÃO na vacinação dos

indivíduos com história pregressa da síndrome, mesmo sabendo ser bastante rara. Os

riscos e benefícios devem ser discutidos com o médico assistente.

É desconhecido até o momento se a vacina da influenza pode aumentar o risco

de recorrência da SGB em indivíduos com história pregressa desta patologia.

Em 2010, foram relatados alguns casos de narcolepsia, principalmente nos

países nórdicos, relacionados temporalmente com a administração de uma vacina

influenza monovalente A (H1N1) 2009 contendo adjuvante. Até o presente momento,

estes casos permanecem em estudo e ainda não há uma conclusão efetiva a respeito da

relação causal desta situação. Esses eventos não foram descritos após uso das vacinas

produzidas pelo Butantan e pela Sanofi Pasteur.

Para fins de vigilância epidemiológica a ocorrência coincidente de outras

doenças neurológicas de natureza inflamatória ou desmielinizante, tais como Encefalite

Aguda Disseminada (ADEM), neurite óptica e mielite transversa, no período entre 1 dia

e 6 semanas após a aplicação da vacina, devem ser notificadas e investigadas.

6. Dados administrativos para a operacionalização da Campanha

Está prevista a distribuição de cerca de 12,6 milhões de doses da vacina

influenza para garantir a vacinação de toda a população-alvo do Estado de São Paulo.

Foram adquiridas 13,8 de doses, que visam garantir o abastecimento de mais de 2.615

mil postos de vacinação fixos e 1.997 postos volantes em todo o estado.

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