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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

CORTINAS ABERTAS: CONHECENDO A CULTURA TEATRAL

Autora: Luzia Cristina Renostro¹ Orientador: Pedro Carlos de Aquino Ochôa²

RESUMO

Neste artigo, descrevemos uma experiência com o ensino de teatro objetivando afirmar que por meio da disciplina de Arte é possível que os alunos, auxiliados pelo professor, se apropriem desse conhecimento, socializem-se com aqueles que convive na escola, conheçam-se melhor e deixem-se conhecer. Considerando os desafios que a escola enfrenta na atualidade, no sentido da formação do aluno para viver em sociedade, identificamos no Projeto desenvolvido objetivos que buscam caminhos para o desenvolvimento das capacidades artísticas, por meio da participação dos alunos e professores como agentes da história, utilizando as técnicas e metodologias da encenação, promovendo a pesquisa sobre a linguagem teatral e os elementos que compõem o exercício teatral. As atividades pedagógicas e as metodologias propostas encaminharam os trabalhos para o desenvolvimento das capacidades expressivas, corporais, vocais e favorecem as ações coletivas, integrando os alunos em grupos, possibilitando o desenvolvimento da cidadania no sentido do respeito e direitos iguais a todos de se expressarem. Entendemos que este Projeto contribuiu por apresentar caminhos para uma educação mais humana, democrática e eficiente no Estado do Paraná.

Palavras-chave: Teatro; Conhecimento; Desenvolvimento; Educação.

________________________

1. Professora PDE em Arte, com especialização em “Didática e Metodologia” pela Unopar, docente no Colégio Estadual Emilio de Menezes – Ensino Fundamental e Médio – em Japurá, NRE de Cianorte. 2. Professor de Teatro no Curso de Graduação em Artes Cênicas da Universidade Estadual de Maringá. Pedagogo e Mestrando em Educação pela Universidade Estadual de Maringá. Diretor e ator profissional.

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1 INTRODUÇÃO

O teatro é uma forma de conhecimento e deve ser também um meio de transformar a sociedade. Creio que ele deve trazer felicidade, deve ajudar-nos a conhecermos melhor a nós mesmos e ao nosso tempo. Pode nos ajudar a construir o futuro, em vez de mansamente passarmos por ele.

Augusto Boal

O professor, no papel de mensageiro da cultura teatral, deve oferecer ao educando

a possibilidade de acesso à história do teatro e à apreciação de peças teatrais,

mesmo sabendo das dificuldades do acesso às mesmas e também de levá-las para

as escolas.

Nesse sentido, é necessário maior empenho da parte do professor em proporcionar

aos educandos o contato com a cultura do teatro para que se torne parte de sua

experiência pessoal. Desde a antiguidade, a arte vem sendo pensada como um

caminho para desenvolver no homem aquilo que é essencialmente humano, e o

teatro foi usado, ao longo da história da humanidade, para ajudar a despertar no ser

humano suas inúmeras habilidades. Dessa forma, apoiamos a ideia do ensino de

teatro na escola como prática educativa que possibilita a formação humana do

aluno-ator em processo de formação no Ensino Fundamental.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN – Brasília – 1998), em Arte de

5ª a 8ª séries, o teatro promove oportunidades para que os alunos conheçam,

observem e confrontem diferentes culturas em diferentes momentos históricos,

operando com um modo coletivo de produção de arte. Ao buscar soluções criativas

e imaginativas na construção de cenas, os alunos afinam a percepção sobre si

mesmos e sobre situações do cotidiano. O teatro favorece possibilidades de

compartilharem descobertas, ideias, sentimentos e atitudes ao permitir a observação

de diversos pontos de vista, estabelecendo a relação do indivíduo com o coletivo e

desenvolvendo a socialização. A experiência do teatro na escola amplia a

capacidade de diálogos, a negociação, a tolerância, a convivência e a ambiguidade.

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Nas palavras de Augusto Boal (Dramaturgo, Diretor e Teórico de Teatro/1931-2009)

“Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque

observam. Somos todos ‘espec-atores’.” O ser humano, diferentemente de todas as

outras espécies de animais, é capaz de se ver agindo, de analisar a situação em que

se encontra e, como um diretor, se auto - dirigir durante sua própria ação. Como ator

- age. Como diretor - dirige a ação. Como figurinista – tenta adequar sua aparência à

situação e ao cenário onde vai atuar. Como dramaturgo - produz o texto conforme a

ocasião. Como ser humano - é capaz de representar a realidade, recriar o real em

imagem, para entender sua existência e imaginar sua ação futura.

O teatro é uma arma. Uma arma muito eficiente. Por isso, é necessário lutar por ele (...). Mas o teatro pode igualmente ser uma arma de liberação. Para isso é necessário criar as formas teatrais correspondentes. É necessário transformar (BOAL, 2005, p.13).

Nessa perspectiva o teatro nas escolas pode e deve constituir-se como forte arma

na construção de uma sociedade mais consciente e mais humana por parte dos

professores interessados em mudança e levá-los a refletir sobre necessidades

contemporâneas como: Aprender a conhecer, a fazer, a viver juntos e a ser.

Segundo Olga Reverbel (1979), o teatro é a arte de manipular os problemas

humanos, apresentando-os e equacionando-os. A autora apoia sua função

educativa, e destaca que seu ensino ocorre por meio da diversão. A educação está

no desenvolvimento emocional, intelectual e moral dos alunos, correspondente aos

desejos, anseios e a proporcionar uma marcha gradativa das próprias experiências e

descobertas. Isso porque possui uma concepção totalizante que implica e

compromete todas as potencialidades do indivíduo, permitindo o alcance da

plenitude da dimensão social com o desenvolvimento da autoexpressão. Nessa

concepção, o teatro aplicado à educação possui o papel de mobilização de todas as

capacidades criadoras e o aprimoramento da relação vital do indivíduo com o mundo

contingente; as atividades dramáticas liberam a criatividade e humanizam o

indivíduo, pois os alunos passam a ser capazes de aplicar e integrar o conhecimento

adquirido nas demais disciplinas da escola, e principalmente na vida. Isso significa o

desenvolvimento gradativo na área cognitiva e também afetiva do ser humano.

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A experiência criativa de Viola Spolin (Autora e Diretora de Teatro/1906-1994) nos

revela que “todas as pessoas são capazes de atuar no palco. Todas as pessoas são

capazes de improvisar. As pessoas que desejarem são capazes de jogar e aprender

a ter valor no palco.” E isso ocorrerá se o ambiente permitir, pois de acordo com a

autora, “é no aumento da capacidade individual para experienciar que a infinita

potencialidade de uma personalidade pode ser evocada. Experienciar é penetrar no

ambiente, é envolver-se total e organicamente com ele.” Para isso, deve haver um

envolvimento nos níveis intelectual, físico e intuitivo, sendo este último o mais

importante e por muitas vezes esquecido.

Em consonância com Peter Slade (Escritor e Dramaterapeuta inglês/1912-2004),

pioneiro no estudo do teatro para crianças, e que aparece como precursor do teatro

criativo, o jogo dramático “é uma parte vital da vida do jovem. Não é uma atividade

de ócio, mas antes, a maneira de a criança pensar, comprovar, relaxar, trabalhar,

lembrar, ousar, experimentar, criar e absorver” (SLADE, 1987, p.17).

Vigotsky (psicólogo bielo-russo/1896-1934) escreve:

“Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais o pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência e a pesquisa têm mostrado que um fato impregnado de emoção é recordado mais sólido, firme e prolongado que um fato indiferente. Cada vez que comunicarem algo ao aluno tente afetar seu sentimento. A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento” (2003, p. 117-119).

O autor acrescenta que os professores encontram nos sentimentos uma ferramenta

valiosa para educar as reações emocionais, e que a educação sempre implica

mudanças nos sentimentos, e a reeducação das emoções vai em direção da reação

emocional inata. Combate o que Vigotski chama de “desmedido e falsamente inflado

sentimentalismo”, estéril e insignificante, que deve ser diferenciado do sentimento.

Trata a inteligência e a afetividade de igual modo, integrando-as às características

sociais em que o homem se insere.

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1.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Com o objetivo geral de despertar o interesse dos alunos pelo teatro e todo o seu

contexto cultural, por meio das possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo

teatro na educação, que são: desenvolver a criatividade, a socialização, a

memorização e a coordenação, e com o intuito de responder à problematização

inicial do projeto ‘Cortinas Abertas: Conhecendo a Cultura teatral’, pontuamos que o

conhecimento sobre teatro e seus elementos podem ajudar a

despertar/sensibilizar/conscientizar o aluno do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano)

em seu desenvolvimento afeto-cognitivo e cultural. Nosso Projeto foi desenvolvido

no Colégio Estadual Emílio de Menezes – Ensino Fundamental e Médio –, no 2º

semestre de 2011, com alunos de 6ª série (7º ano), na própria escola, e também na

Casa de Cultura da cidade de Japurá, PR. Inicialmente, trabalhamos a teorização, o

conhecimento e a discussão da história, os movimentos e períodos mais relevantes

do teatro com o objetivo específico de conhecer a história do teatro a fim de

entender sua importância em nossa vida, usando como recurso a conversação

mediante um questionamento simples:

O que você sabe sobre o teatro? Você já assistiu teatro? Você já participou de uma

peça teatral? O teatro faz parte da cultura de nossa cidade? Para que serve o

teatro? Diversão ou cultura? O que você gostaria de saber sobre o teatro?

Utilizamos o portal educacional Dia a Dia Educação para acessar uma visita virtual e

bastante descontraída ao mundo do teatro, desde sua origem até os dias atuais.

Finalizando esse conteúdo, realizamos duas práticas: a do teatro primitivo, na qual o

grupo foi colocado em um ambiente escuro sob a luz de uma lanterna para contarem

histórias verídicas ou não, usando toda a sua expressão corporal, e a do teatro

grego, em que o grupo foi dividido em duplas para juntos criarem um deus, um texto,

sua vestimenta e máscara e se apresentarem ao grupo. Vejam a imagem de um das

duplas se apresentando:

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Fonte: Acervo pessoal

Visando a explorar a capacidade expressiva dos alunos, a fim de auxiliá-los no

processo de autoconhecimento, autocontrole, observação e concentração,

realizamos o trabalho artístico por meio de jogos teatrais inspirados em Viola Spolin.

Trabalhamos 20 jogos em 8 horas do Projeto, as quais foram divididas em 4

encontros de 2 horas cada, e em cada encontro praticamos 5 jogos, mais

aquecimento e relaxamento. Os jogos trabalhados foram: Conhecendo o ponto de

concentração, O que estamos assistindo?, O que estamos ouvindo?, Se sentindo,

Identificando elementos, Qual o prato do dia? Cabo de guerra, Atividade coletiva,

Construindo uma máquina, Eletro doméstico humano, Bom observador, Qual a

minha idade?, Qual a minha profissão?, A bola imaginária, A travessia, Qual é o

título?, Blablação, Identificando códigos, Pernas e pés e Teatro com objetos. Nas

imagens abaixo observamos as atividades “cumprimento legal” que é uma forma de

aquecimento, “cabo de guerra com corda imaginária” e “eletro doméstico humano”

que são jogos teatrais:

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Fonte: Acervo pessoal

Com Artur de Azevedo e seu livro Teatro a Vapor (organizado por Gerald M. Moser,

1977, Editora Cultrix, São Paulo, SP), analisamos um de seus sainetes, que são

peças pequenas, leves, com conteúdo cômico e crítico, por meio trabalho em grupo

para leitura e compreensão da obra, com um questionário contendo:

1) Circunstâncias dadas (localização geográfica, ano, dia da semana, período do

dia, mês e estação);

2) Contexto (político, social e religioso);

3) Subtexto (ações prévias de cada personagem);

4) Atitudes polarizantes de cada personagem (mudanças na personalidade ou

na situação do personagem);

5) Ação dramática (dividir em unidades, decomposição da ação com o uso de

verbos, resumo da ação, significado do título, colocações filosóficas ou ditos

populares do texto, propósito de cada cena, falha trágica de cada

personagem).

Esse processo de análise tem como finalidade ajudar na construção da personagem

e na interpretação do texto teatral. Para encerrar essa parte do Projeto, realizamos

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com os alunos leituras dinâmicas utilizadas no teatro que ajudam os atores a

assimilar melhor o texto, que são:

a) Ler o texto rindo, chorando, lento, rápido, cantando e declamando;

b) Ler o texto articulando as palavras, ou seja, colocando o u entre as sílabas.

Exemplo: cabeça = cau-beu-çau;

c) Ler o texto andando, dançando e gesticulando pelo palco.

Na improvisação: no teatro, improvisar é interpretar algo não previsto, é representar

algo inventado no momento da ação. É uma atividade dramática que estimula o

desenvolvimento da espontaneidade, da liberação corporal, da criatividade e da

imaginação. Grupos teatrais (amadores ou profissionais) se utilizam da improvisação

na construção das personagens durante o período de ensaios.

Iniciamos os jogos de improvisação com a atividade de construir uma personagem

seguindo os seguintes dados:

Nome:

Idade:

Sexo:

Personalidade:

Ocupação ou profissão:

Situação familiar:

Onde vive:

Figurino:

O que gosta de fazer:

O que não gosta de fazer:

A inspiração poderia ser um de seus familiares, um amigo, uma celebridade, alguém

da cidade ou até mesmo uma cor ou mania de si próprio. O segundo passo foi

transpor esses dados para a cartolina juntamente com o desenho de sua

personagem e apresentar a todo o grupo para visualização e interação com a turma.

Observem a criação de dois alunos:

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Fonte: Acervo pessoal

Concluída essa parte, chegou o momento da caracterização dos alunos na

personagem que criaram para a improvisação de cenas com temas sorteados e

músicas populares, que são fáceis de ser encenadas como a canção “Não se Vá”,

da dupla Jane e Herondy, que foi a preferida da maioria do grupo. Essa parte do

Projeto foi realizada na Casa da Cultura de nossa cidade, com uma duração de 6

horas, divididas em três encontros de 2 horas cada. Vejam o desempenho de uma

das duplas:

Fonte: Acervo pessoal

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Para sentir e perceber o teatro conhecendo seus elementos formadores e as

diferentes maneiras de representação almejando conhecer e identificar os elementos

formadores do teatro e suas diferentes formas de representação, usando como

recurso a pesquisa na internet para identificar as diversas maneiras de

representação na atualidade e a teorização, lançando um questionamento simples:

Você sabe quais as pessoas que trabalham na montagem de uma peça teatral?

Explanamos que o sucesso de uma peça teatral depende do trabalho de várias

pessoas, que é um trabalho de equipe, de grupo, e todos são importantes nessa

tarefa. Apresentamos a equipe artística (diretor, ator/atriz, coreógrafo, figurinista e

maquilador) e a equipe técnica (contrarregra, iluminador e sonoplasta), definindo e

explicando a função de cada um.

Lançamos mais um questionamento simples: Você sabe as fases da montagem de

uma peça teatral? E explicamos que uma peça teatral, antes de ser apresentada ao

público, passa por três fases, as quais chamamos de fases de montagem de uma

peça teatral, que são:

a) Interpretação oral, em que se faz a leitura do texto várias vezes e formas

diferentes para que os atores percebam o sentido e a intenção do autor;

b) Atuação em cena, também conhecida como marcação de cena, em que o

diretor não se preocupa apenas com a interpretação oral, mas também com a

expressão corporal e a movimentação em palco;

c) Ensaio geral, que é o momento de corrigir todas as falhas de interpretação e

de montagem da peça. Nesse ensaio, os cenários, os figurinos, a sonoplastia

e a iluminação deverão estar como no dia da estreia.

Para ver na prática tudo o que teorizamos, realizamos o ponto alto de nosso Projeto,

que foi assistir/prestigiar uma peça teatral, com momentos de conversa com os

atores, o diretor e demais equipes, proporcionando uma visualização de palco e

bastidores. Nesta parte contamos com a colaboração dos ator/diretor Pedro Ochôa e

do ator Mateus Moscheta:

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Fonte: Internet e acervo pessoal

Para finalizar o Projeto, realizamos uma avaliação mediante um bate papo sobre a

experiência vivida o que havia mudado no conceito dos alunos sobre o teatro; e

concluímos que houve uma mudança na forma de ver e conceituar o teatro.

Fonte: Acervo pessoal

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2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arte, em todas as suas manifestações, é uma tentativa de nos colocar diante das

formas do sentir humano. A experiência que a arte nos proporciona é sem dúvida

muito prazerosa, por isso precisamos sentir e viver a arte ao invés de tentar pensá-la

ou traduzi-la em palavras. Nesse sentido, o teatro nos oferece recursos para o

processo de humanização.

O teatro é um dos recursos utilizados que orienta o aluno na descoberta do mundo

através da arte, procurando desenvolver suas capacidades de expressão,

relacionamento, espontaneidade, imaginação, percepção no âmbito escolar

estendendo-se por toda a sua vida social e afetiva. O teatro é uma arte

essencialmente coletiva, podendo resultar em processos de reflexão, transformação,

expressão, comunicação, integração, lazer e participação.

Nessa perspectiva, o ensino de teatro assume papel fundamental para a formação

humana enquanto prática educativa, reconhecida, neste trabalho, como prática que

podem proporcionar experiências significativas ao aperfeiçoamento dos sujeitos

humanos.

Despertar o interesse do aluno pelo teatro e todo o seu contexto cultural, por meio

das possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação é um

trabalho árduo, mas delicioso, e não existe receita pronta, pois as situações são

variadas considerando-se a realidade concreta em sala de aula.

Reafirmamos que nosso Projeto proporcionou ao grupo de alunos participantes

momentos para conhecer a história do teatro e seus gêneros, explorou a capacidade

expressiva dos alunos a fim de auxiliá-los no processo de autoconhecimento,

autocontrole, observação e concentração, exercitando sua memória e ampliando seu

vocabulário por meio de leituras dinâmicas de textos teatrais, desenvolvendo a

imaginação, a organização de ideias e a criatividade mediante a produção de

pequenos textos teatrais e proporcionou liberdade de autoexpressão por meio de

jogos de improvisação.

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Ressaltamos que é tarefa do educador comprometido com o crescimento e a

formação dos educandos o empenho em estimular e proporcionar a estes algum

contato com a cultura do teatro para que se torne parte de sua experiência pessoal.

Destacamos que isso foi realizado por meio das atividades durante a implementação

do Projeto, permitindo a confirmação de que o teatro, quando planejado com

objetivos definidos, proporciona o retorno esperado e por sua vez surpreendente.

Assim, o Projeto responde à problematização inicial que é o conhecimento sobre

teatro e seus elementos podem sim ajudar a despertar/sensibilizar/conscientizar o

aluno do Ensino Fundamental (6º a 9º anos) em seu desenvolvimento afeto-cognitivo

e cultural.

Fonte: Acervo pessoal

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REFERÊNCIAS

BOAL. Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

BOAL. Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais/Arte 5ª a 8ª séries. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. REBERVEL. Olga. O Teatro na Sala de Aula. 2º ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1979. SLADE. Peter. O Jogo Dramático Infantil. São Paulo: Summus, 1987. SPOLIN. Viola. Improvisação para o teatro. 4º ed. São Paulo: Perspectiva, 2000 VYGOSTSKY. L.S. Psicologia Pedagógica. Editora: Martins fontes, 2004.