livro de resumos - uftm.edu.br · É difícil compreendermos eticamente o que é certo, o que é...
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Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Grupo de Pesquisa sobre o Trabalho Docente
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação Ética do Professor
LIVRO DE RESUMOS
Organizador: Prof. Dr. Osvaldo Dalberio
Uberaba, MG, 29 e 30 de agosto de 2011
Uberaba-MG
UFTM
2011
2
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Grupo de Pesquisa sobre o Trabalho Docente
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação Ética do Professor
LIVRO DE RESUMOS DO
I SEMINÁRIO “ÉTICA NA FORMAÇÃO DO
PROFESSOR: DESAFIOS E CAMINHOS”
Organizador: Prof. Dr. Osvaldo Dalberio
Uberaba-MG
UFTM
2011
3
Reitor
Virmondes Rodrigues Junior
Vice-reitora
Ana Lúcia de Assis Simões
Pró-reitor de Ensino
Acir Mário Karwoski
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Dalmo Correia Filho
Pró-reitora de Extensão Universitária
Virgínia Resende Silva Weffort
Pró-reitora de Assuntos Comunitários e Estudantis
Rosimár Alves Querino
Pró-reitor de Administração
João Ulisses Ribeiro
Pró-reitora de Planejamento
Carla Costa Figueiredo
Pró-reitora de Recursos Humanos
Ana Palmira Soares dos Santos
Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação Ética do Professor
Osvaldo Dalberio
COMISSÃO ORGANIZADORA
Prof. Dr. Osvaldo Dalberio
Profª. Delcira Aparecida Soares
Prof. Eduardo Fernandes Saad
Prof. Eurípedes Humberto Borges
Profª.Lívia Letícia Zanier Gomes
Profª. Magna Aspásia da S. Fontinele Godinho
Prof. Mauro Sergio de Paula
Prof. Thiago A. de Oliveira Sá
Rodrigo Peres Lopes Domiciano
Márcia de Sousa Resende
4
As informações apresentadas nos resumos presentes neste livro são de
inteira responsabilidade de seu(s) respectivo(s) autor(es).
5
APRESENTAÇÃO
O Grupo de Estudo e Pesquisa sobre o Trabalho Docente, vinculado ao Departamento
de Filosofia e Ciências Sociais – DFICS – e Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências
Humanas e Sociais – IELACHS – da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM –
apresenta o seu primeiro Seminário que traz como foco de discussão os desafios e caminhos
da Ética na Formação do Professor.
O evento tem como objetivo promover o debate e a reflexão acerca da temática “ética
e formação de professores” e sua metodologia privilegia a discussão e divulgação de uma
nova forma de conceber a atuação do docente.
Assim, o I Seminário torna-se um momento singular para o Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Formação Ética do Professor, porque oportuniza o encontro de educadores,
estudantes e outros profissionais que se inquietam com o tema e suas dimensões.
6
SUMÁRIO
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO 08
DISCURSO DE ABERTURA DO I SEMINARIO: “ÉTICA NA FORMAÇÃO
DO PROFESSOR: DESAFIOS E CAMINHOS”, REALIZADO EM 29 E 30 DE
AGOSTO DE 2011 DALBERIO, O.
09
RESUMOS – MODALIDADE: PÔSTER 12
AFETIVIDADE NA SALA DE AULA, DESCOBRINDO A NOBREZA DE
UMA CONVIVÊNCIA HARMÔNICA. RIBEIRO,K. de P. A. 13
AS CONTRIBUIÇÕES DAS AULAS DE ESPANHOL PARA A
CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA. NÓBREGA, A. M. ; ZEULLI, E. 14
A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO SEGUNDO RUBEM ALVES. OLIVEIRA,
K.F. ; ALMEIDA, D.V. 15
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE NEGROS E SUA INVISIBILIDADE NA
DISCIPLINA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NOS CURSOS DE
LICENCIATURAS. SANTOS, A. O.
16
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRÁTICAS EDUCATIVAS
TRADICIONAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS. SANTOS, A. O. 17
CONTEÚDOS CURRICULARES ATITUDINAIS: PILARES DA
FORMAÇÃO ÉTICA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
FONSECA, V. M. O.; GODINHO, M.A.S.F.; SILVA, M. B. C.
18
A BIOÉTICA NA FORMAÇÃO HUMANISTA, CRÍTICA E REFLEXIVA DO
PROFISSIONAL DA SAÚDE. ALMEIDA, D.V.; OLIVEIRA, K.F.; CONTIM, D. 19
SERVIÇO SOCIAL À DISTÂNCIA: QUEM PAGA A CONTA? MIRANDA,
T.C. 20
A ATUAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA E OS DESAFIOS
DA PROFISSÃO DOCENTE QUE INFLUENCIAM EM SUA ATUAÇÃO.
TELES, R.; SANTOS, V. N.; CRUZ, A. P. C. N. da; SILVA, V. C.; SILVEIRA, T.
G.; MARQUES, V.; CASTELLAN, T. S.;GOMES, V. F. J.; GUTIERREZ, T. C. S.;
ABRÃO, W. O.; SALERMO, T. A. V.; RODRIGUES, W. T. M.; RODRIGUES, T.
B. N.; DALBERIO, O.; PEREIRA FILHO, V.; FERREIRA, V. C.
21
O ENSINO DA FILOSOFIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. SILVA, M. C.
de; ROBERTO, G. F; SANTOS, A. P. dos; MORAIS, V. L. D. de; LIMA, M. S, de;
FRANCO, T. G. A; LOMBARDI, G. G.; LADEIRA, A. A. P.; BARBOSA, D. W.
N.; FERREIRA, L. H. A; NUNES JUNIOR, A. de O.; MIRANDA. C. A; FREITAS,
M. J. de; SANTOS, C. J. B. dos; SILVA , F. C. G. da; VIAL, M.; ARAÚJO, M. V.
N.; DALBERIO, O.; SILVA, F. D.
22
RESUMOS – MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL 23
A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO VINCULADA AO PROFESSOR NA
FORMAÇÃO CIDADÃ DO ESCOLAR. LUZ,A. C. R; VITORINO B. de; M.
BARBOSA, C. A. P.
24
USO DAS TIC’S NAS AULAS DE LÍNGUAS: NOVOS MEIOS PARA A
FORMAÇÃO ÉTICA DO DOCENTE E DO DISCENTE. ALVES, J. V.;
COSTA, F. L.
25
JUVENAL ARDUINI: A EDUCAÇÃO, PARCEIRA NECESSÁRIA DE UMA
ÉTICA RESPONSÁVEL E CRIATIVA. SILVA, W.A. 26
DILEMAS ÉTICOS DO SER PROFESSOR NUMA SOCIEDADE 27
7
CAPITALISTA. FONSECA, F. C.
A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA E SUA DIMENSÃO ÉTICA: ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES. SANTOS, P. D. 28
CAMINHOS QUE SE CRUZAM: ÉTICA, INTERDISCIPLINARIDADE E
FORMAÇÃO DO PROFESSOR. MAGALHÃES, A. C. T. F.; GODINHO, M. A.
da S. F.
29
ÉTICA E PRÁXIS: RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL. BARBOSA, C. A. P.;
PACHECO, E. A. C. 30
ÉTICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: UMA QUESTÃO DE VALORES
AO ALCANCE DA EDUCAÇÃO. PAULA, M. S. de; SILVA, C. A. T. da 31
FORMAÇÃO OU DEFORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO: UM
OLHAR SOBRE A UFTM. ZAGO, J. O. L.; SOUZA, L. M 32
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DA
CRIANÇA. LIMA, W. B. de F.; OLIVEIRA, S. C. 33
A DOCÊNCIA NA ENFERMAGEM E AS NOVAS TENDÊNCIAS
EDUCACIONAIS. COIMBRA, M.A.R. 34
A ÉTICA NA PESQUISA EM LINGUÍSTICA. COSTA, F. L.; ALVES, J. V. 35
PLÁGIO DISCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
ZEFERINO, V.F.M; SANTOS, F.R . 36
WEB-EDUCAÇÃO: UMA NOVA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA PARA UM
NOVO CENÁRIO DO ENSINO- APRENDIZAGEM. PEREIRA, O. J.;
PEREIRA, M. R. N.
37
A FORMAÇÃO ÉTICA DO EDUCADOR. BORGES,E.H.; DALBERIO,O.;
DOMICIANO, R.P.L.; GOMES,L.L.Z; GODINHO,M.A.S.F; PAULA,M.S.;
RESENDE, M.S.; SÁ, T. A. O.; SAAD,E.F.; SOARES,D.A.;
38
OS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES DOS
CURSOS DE LETRAS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA. MURAD, C. R. R. O.
39
POLÍTICAS EDUCACIONAIS E AS DEMANDAS SOCIAIS: UM ESTUDO
REALIZADO NA ESCOLA ESTADUAL QUINTILIANO JARDIM.
FARINELLI,M.R.; VITORINO,B.M
40
O PROFESSOR E A REPRODUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIAIS: UMA
LEITURA DE PIERRE BOURDIEU. SÁ, T. A. O. 41
8
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
29 /08/2011– Segunda-feira
8h- 9h Credenciamento
9h-9h30 Abertura do evento
9h30 Palestra: “Os impactos da ética na
realidade social e na formação do
professor: desafios e caminhos” –
Palestrante Dra. Vera Regina Müller
10h30 Debate
11h Mesa-redonda: “Ética na Educação: o
que fazer quando não há um código
deontológico para a profissão professor” –
Debatedores: Adv. Alexandre de Souza
Pires / Prof. Esp. Décio Bragança Silva
(UNIUBE) / Prof. Me.Lucas Felix de
Oliveira (UFTM) / Prof. Dr. Pe. Mário
José Filho (UNESP). Moderadora: Profª
Esp. Delcira Aparecida Soares (UNIPAC)
12h Debate
12h30 Intervalo para almoço
14h-16h Apresentação de pôsteres
16h-19h Comunicação Oral
19h Momento cultural e happy hour
30 /08/2011 – Terça-feira
8h30 Apresentação Cultural
9h Palestra: “Ética e educação: formação
do professor e cidadania”. Palestrante:
Professor
Vereador Carlos Alberto de Godoy
10h Debate
10h30 Palestra: “Ética e Moral”.
Palestrante: Professor Dr. Osvaldo
Dalbério (UFTM)
11h30 Debate
12h Intervalo para o almoço
14h Palestra: “A Universidade e a
formação ética do professor”. Palestrante:
Professor Dr. Acir Mário Karwoski
(UFTM)
15h Debate
15h30-17h30 Apresentações de
Comunicação Oral
17h30 Encerramento e happy hour
9
DISCURSO DE ABERTURA DO I SEMINARIO: “ÉTICA NA FORMAÇÃO
DO PROFESSOR: DESAFIOS E CAMINHOS”, REALIZADO EM 29 E 30 DE
AGOSTO DE 2011
Prezadas autoridades e participantes, peço licença para fugir um pouco do protocolo.
Para não correr o risco de cometer injustiças me esquecendo de alguns nomes que são
importantes para a realização deste seminário, estendo os meus agradecimentos a todos que
direta ou indiretamente colaboraram conosco.
Agradeço a todos que vieram nos prestigiar neste seminário. Quando digo em nos
prestigiar estou indicando que todos nós, organizadores e participantes, temos um
compromisso com a formação para a cidadania. De alguma maneira estamos envolvidos com
educação escolar. Só pelo fato de estarmos aqui, já nos possibilita dizer que somos ou
estamos preocupados com a formação ética do professor. Gratificantemente estão presentes
neste seminário, muitos professores e futuros professores.
Isto nos alegra porque o caminho que estamos trilhando abre espaços para a discussão
sobre a ética e principalmente sobre a ética na formação do professor. Fato este que nos reúne
num mesmo espaço, ao mesmo tempo. A discussão sobre a ética na educação, felizmente, não
é feita apenas por nós aqui no Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Formação Ética do
Professor, na UFTM, mas é uma realidade que acontece em várias instituições brasileiras e
fora do Brasil. Recentemente, fazendo uma pesquisa, encontrei essa preocupação em Nova
York, Nova Zelândia, Filipinas, Alemanha, Itália, França, Espanha e Portugal. E mais que
isso, não só fazem uma discussão e debates sobre o tema ética do professor, mas esboçam
normas morais sobre o comportamento profissional do professor. Em outros termos, esboçam
um código deontológico para professores.
Esta constatação demonstra que estamos no caminho certo e que não estamos sozinhos
nessa empreitada. A organização do evento, coordenada por mim, gostaria de agradecer a
presença de cada um dos participantes que engrossam as ideias e as discussões sobre a
temática proposta nesse seminário.
Este seminário tem como objetivos: Oferecer à comunidade oportunidade de discussão
sobre as questões éticas na Educação; Debater a ética como forma de pensar e de viver a
realidade da profissão docente; Discutir os impactos da ética na realidade social atual.
10
Apontamos estes objetivos porque acreditamos que na programação que fizemos atendem a
tais intenções.
Estabelecemos como focos de apresentação de trabalhos as Áreas Temáticas:
1 – Formação do professor: valores humanos, ética e cidadania
2 – Bioética e educação
3 - Avaliação na Formação e atuação docente
4 - Formação e atuação do professor de filosofia e sociologia na Educação Básica
5 - Uso das Tecnologias de Informação na formação e atuação docente
6 - Formação docente: da ética à práxis moral
No mundo atual estamos presenciando situações conflituosas quanto aos valores
humanos. Nelas, o professor precisa estar muito bem preparado para lidar com diversos
conflitos. Dentre eles, o respeito de uma pessoa pela outra, a cortesia, a gentileza, a
amabilidade, e outros tantos, valendo lembrar de que o professor e meio a tudo isso tem a
responsabilidade pela formação do homem. Se olharmos atentamente para a realidade de
muitas escolas encontraremos crianças, adolescentes e jovens criando valores que contrapõem
com os valores dos adultos.
É difícil compreendermos eticamente o que é certo, o que é errado, o que é normal, o
que é conveniente, quais são os limites na relação humana, quando observamos a relação de
alunos e alunos, alunos e professores, professores e professores, alunos-professores-direção da
escola.
Estamos num momento crucial de transição de valores que nos colocam numa situação
de crise de identidade. Daí a moralidade e os seus códigos serem inconsistentes e a discussão
ética perpassar por todas as instâncias sociais: a família, a escola, os meios de comunicação, a
política, o trabalho, enfim a convivência humana em todas as instituições sociais.
Com essa preocupação e tentando ajudar nessa discussão, como educadores que
somos, organizamos um grupo de estudos e pesquisa para identificar os principais pontos
dessa crise e proporcionar investigações, debates, produções de ideias, oferecendo
oportunidades aos educadores para também compreender tais situações. É justamente nesse
sentido que organizamos este I SEMINARIO com a temática: ÉTICA NA FORMAÇÃO DO
PROFESSOR: DESAFIOS E CAMINHOS.
Quero destacar a equipe que compõe o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a
Formação Ética do Professor e também aqui agradecer o empenho, a dedicação e a aguerrida
11
vontade de discutir as questões éticas na formação do professor, nesses dois anos e meio de
trabalhos juntos:
Profª. Delcira Aparecida Soares
Prof. Eduardo Fernandes Saad
Prof. Eurípedes Humberto Borges
Profª.Lívia Letícia Zanier Gomes
Profª. Magna Aspásia da S. Fontinele Godinho
Prof. Mauro Sergio de Paula
Prof. Tiago de Oliveira Sá
Rodrigo Peres Lopes Domiciano
Márcia de Sousa Resende
Também quero estender meus agradecimentos a todos que colaboraram com o
planejamento, organização, patrocínio, e agora, a realização deste I Seminário. Desejo a todos
que sejam bem vindos e que aproveitem esta oportunidade para pensar e repensar as questões
abordadas hoje e amanhã, e, que possamos, todos nós, contribuir para a solidificação de uma
ética que valorize a cidadania.
Obrigado e bom seminário a todos nós!
Prof. Dr. Osvaldo Dalberio.
12
RESUMOS
Modalidade: Pôster
13
AFETIVIDADE NA SALA DE AULA, DESCOBRINDO A NOBREZA DE UMA
CONVIVÊNCIA HARMÔNICA
RIBEIRO,K. de P. A.
A educação mudou, os tempos mudaram, então por que permanecer utópicos em uma linha de
raciocínio reta e sem flexibilidade? Passei a aprender mais do que ensinar no exato momento
em que percebi que meu público é formado por seres humanos que várias vezes precisam
muito mais de um olhar carinhoso ou de uma palavra de afeto do que apenas conteúdos e
avaliações. Não quero de forma nenhuma excluir minha responsabilidade de ensinar, apenas
acredito que um professor para ser bom não tem que ser necessariamente o carrasco da escola,
e sim uma pessoa companheira em que o aluno encontre afeto quando precisar. Objetivos:
Fazer da afetividade uma ponte para a melhoria da aprendizagem; Mostrar aos educandos que
o professor não precisa ser uma pessoa fria e distante; Usar a afetividade como forma de
promover uma melhor convivência entre educandos e educadores. Resultados: Aulas mais
agradáveis desenvolvidas com base em uma relação afetivamente saudável, em que a simples
troca de um “como vai?” “você está bem?” pode fazer toda a diferença. Conclusão: A partir
do momento que passei a enxergar o aluno como um ser que sente, sofre, erra e evolui,
percebi que eu podia entendê-lo bem melhor que antes. Perdi muito tempo acreditando que
para ser uma boa profissional eu tinha que transparecer a imagem de uma figura séria e
distante. Percebo hoje que posso ser muito mais respeitada a partir do momento em que me
aproximo dos educandos. Afinal o respeito e o carinho podem existir um ao lado do outro.
Palavras-chave: afetividade, educandos, convivência
14
AS CONTRIBUIÇÕES DAS AULAS DE ESPANHOL PARA A CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA
NÓBREGA, A. M.
ZEULLI, E. [email protected]
PIBID/ESPANHOL-CAPES
Este trabalho relata a experiência de uma graduanda da UFTM (Universidade Federal do
Triângulo Mineiro) e bolsista do PIBID/ESPANHOL (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência), mais especificamente em uma oficina destinada aos alunos do Ensino
Fundamental participantes do Período Integral. As aulas foram ministradas em uma escola
estadual, na cidade de Uberaba, estado de Minas Gerais. O objetivo deste trabalho é expor a
importância dos valores éticos e morais aliados aos conteúdos abordados em sala de aula, não
somente para a capacitação linguística dos discentes, como também para a formação de
cidadãos. Baseado nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (1998),
que afirmam que uma língua estrangeira, doravante LE, possibilita o aumento da
autopercepção do aluno, acredita-se que a partir do estudo de uma LE os estudantes possam
ter um desenvolvimento integral devido a essa nova experiência de vida a partir dos estudos
da língua estrangeira que não compreendem apenas conhecimento linguístico, mas também
conhecimento de mundo, portanto a LE é compreendida como uma força libertadora que
contribui no processo de construção da cidadania. Dessa forma, as atividades trabalhadas em
sala de aula foram a partir dos gêneros textuais, abordando aspectos culturais. As atividades
foram desenvolvidas em grupos e recursos lúdicos também foram utilizados. Os resultados
apresentados pelos discentes foram perceptíveis quanto: à interação durante as atividades, à
compreensão e aceitação de outras culturas. Diante disso, ressaltamos a importância do
docente em não apenas ministrar o conteúdo, mas preocupar-se com a formação dos alunos
como cidadãos críticos.
Palavras-chave: Cidadania. Língua Estrangeira. Ensino.
15
A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO SEGUNDO RUBEM ALVES
OLIVEIRA, K.F.
ALMEIDA, D.V.
[email protected] CONTIM, D. [email protected]
Atualmente, a educação é tida como uma relação consistente entre educador e educando,
interação esta que não diz respeito apenas ao processo pedagógico. Está intimamente
relacionada às funções atribuídas pela sociedade à escola, abrangendo dimensões sociais,
políticas e pedagógicas, envolvendo diferentes pressupostos sobre o papel da escola, da
aprendizagem e das relações aluno-aluno e aluno-professor. Sendo assim, o objetivo desse
trabalho foi refletir sobre a relação professor aluno segundo o psicanalista Rubem Alves. Para
o autor, a renovação da educação não se encontra em uma nova Lei de Diretrizes e Bases, mas
na mudança dos sentimentos e das idéias dos professores e da relação professor aluno. A
percepção de autoritarismo do professor na visão do aluno percebida no passado se modificou
nos dias de hoje, porém, ainda vivemos como se o professor fosse aquele que dá a matéria. Na
universidade nossos professores estão sendo eliminados como professores, educadores, para
serem considerados produtores de artigos. Para o psicanalista, “dar aulas era da época em que
não haviam livros, internet e o professor passava matérias”. A relação professor aluno
dependerá principalmente da motivação e satisfação do educador sobre seu trabalho. Além
disso, a educação está além da sala de aula e de padrões rígidos de aprendizagem, dependente
da interação educador e educando que possibilite atingir os interesses de conhecimento de
ambos.
Palavras-chave: educação; relação professor aluno.
16
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE NEGROS E SUA INVISIBILIDADE NA DISCIPLINA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NOS CURSOS DE LICENCIATURAS
SANTOS, A. O.
O presente estudo visa reunir alguns elementos e reflexões sobre a história da educação no
Brasil e da invisibilidade da história da Educação do negro na disciplina História da Educação
Brasileira nos cursos de formação de professores. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que
visa contribuir com as lacunas existentes e investigar na historiografia da educação sobre a
trajetória da população negra na escola durante o século XVIII e XIX, mas que se depara com
a ausência de bibliografia, fontes documentais no campo educacional, visto que ao final do
regime escravista, todos os registros sobre os grupos étnicos foram eliminados.
Demonstramos nesse trabalho alguns atos oficiais e impedimentos para que os negros não
participassem do processo educativo antes e pós abolição e promover a alteração positiva na
realidade vivenciada pela população negra e trilhar o rumo para uma sociedade democrática,
justa e igualitária, a fim de reverter os efeitos danosos sofridos durante séculos, provocados
pelo trabalho compulsório, submissão e a opressão causada pelo preconceito racial e
discriminação social. No entanto a omissão nos conteúdos oficiais dessa disciplina referente à
escolarização de negros no Brasil, nos campos da sociologia, filosofia, da própria história
ainda são bem presentes e há necessidade de produções de pesquisa, estudos nessa área, e
incorporação da temática em sala de aula.
Palavras-chave: Negro, educação, história da educação.
17
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRÁTICAS EDUCATIVAS TRADICIONAIS NAS
ESCOLAS PÚBLICAS
SANTOS, A. O.
O presente artigo é fruto de algumas reflexões entre professores e especialistas da educação
básica, trata-se também de uma pesquisa bibliográfica, analisando o paradigma da avaliação
da aprendizagem no contexto atual, este estudo visa também explicitar as razões da dicotomia
entre o discurso e as práticas avaliativas, identificar quais fatores contribuem para a não
ocorrência de mudanças significativas nestas práticas, assim como diagnosticar as condições
que podem ser alteradas na escola para que ocorram mudanças efetivas na forma de avaliar.
Percebemos que, embora apareçam nomes diversos para avaliação, ainda estão presentes, no
âmbito da escola, obstáculos a serem vencidos nessa complexa tarefa de avaliar a
aprendizagem, promovendo mudanças reais e significativas nas práticas avaliativas e em seus
impactos, bem como nos sujeitos envolvidos diretamente nesta questão: professores e alunos.
Por outro lado permite a análise da (in) coerência entre o discurso e práticas avaliativas na
escola.
Palavras-chave: avaliação, ensino-aprendizagem, formação de professores.
18
CONTEÚDOS CURRICULARES ATITUDINAIS: PILARES DA FORMAÇÃO ÉTICA DE
ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
FONSECA, V. M. O.
GODINHO, M.A.S.F.
SILVA, M. B. C.
A LDB nº 9.394/96 estabeleceu diretrizes e bases da educação nacional e diferenças, no
Currículo Escolar, entre a base nacional comum e a parte diversificada elaborada diante das
características regionais e locais da sociedade e da cultura (BRASIL, 1996, artigo 26). Em
cumprimento ao artigo 9º, foram instituídos os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs
que têm a finalidade de orientar a construção de conteúdos, estratégias metodológicas e
avaliações do processo de ensino e aprendizagem. Os conteúdos curriculares abordados são:
conceituais (utilizados para aprender a conhecer); procedimentais (para aprender a fazer); e
atitudinais (visam o aprender a ser e a viver juntos). Com o objetivo de verificar se os
conteúdos atitudinais têm sido trabalhados em conjunto com os conceituais e procedimentais,
utilizou-se o estudo de caso para análise da prática didático-pedagógica, mediante entrevista
com seis professores integrantes de um programa de intervenção pedagógica para anos finais
do Ensino Fundamental, da rede pública, em Uberaba/MG. Relata-se que 83,33% desses
professores pautam-se nos conteúdos conceituais e 66,66% nos procedimentais, para a
realização de suas práticas em sala de aula. Somente 50% dos professores englobam esses três
tipos de conteúdos na elaboração dos Planos de Ensino de suas disciplinas e compreendem a
importância de se trabalhá-los, em conjunto, na formação integral do aluno como cidadão
crítico, participativo e ético na sociedade. Estes resultados alertam para a necessidade de
formação de professores, em serviço, quanto à compreensão crítica do currículo como
instrumento para formação humanista do aluno pelo contexto escolar socializador e gerador
de atitudes.
Palavras-chave: currículo escolar; conteúdo atitudinal; ética.
19
A BIOÉTICA NA FORMAÇÃO HUMANISTA, CRÍTICA E REFLEXIVA DO
PROFISSIONAL DA SAÚDE
ALMEIDA, D.V.
OLIVEIRA, K.F.
CONTIM, D.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação da área da saúde
(medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, biomedicina) recomendam que
a formação desses profissionais seja generalista, humanista, crítica e reflexiva. Esta formação
se faz necessária para possibilitar sua convivência em uma sociedade pluralista, para que este
sujeito compreenda e identifique a complexidade dos problemas de saúde e intervenha nos
seus diversos níveis de atenção. Enfatiza-se que o ensino formal deve se preocupar com a
formação ética na mesma medida em que se preocupa com a instrução relacionada aos
conhecimentos científicos e técnicos. O objetivo deste trabalho foi refletir sobre a formação
ética do profissional da saúde, articulando as recomendações das DCN dos cursos de
graduação da área da saúde com os princípios bioéticos (beneficência, não-maleficência,
justiça e autonomia). “Beneficência” é qualquer ação humana realizada para beneficiar a outra
pessoa. “Não-maleficência” implica em evitar intervenções que determinem desrespeito à
dignidade da pessoa. “Autonomia” é a capacidade das pessoas de se autodeterminarem livres
de influências externas e de limitações pessoais. “Justiça” refere-se à distribuição dos recursos
considerando-se as individualidades. Acredita-se que a introdução da bioética principialista na
formação do profissional da saúde possa contribuir para uma formação humanista, crítica e
reflexiva, uma vez que exigirá reflexões e discussões sobre cada caso vivenciado, com vistas
a respeitar tais princípios. Recomenda-se que a bioética na formação profissional seja
transdisciplinar e não isolada em disciplina específica, favorecendo a formação de
profissionais que utilizam os princípios da bioética na vida profissional.
Palavras-chave: bioética; diretrizes curriculares; formação do profissional da saúde.
20
SERVIÇO SOCIAL À DISTÂNCIA: QUEM PAGA A CONTA?
MIRANDA, T.C.
Este trabalho tem o objetivo de contribuir para a reflexão do cenário brasileiro atual,
contemplando a graduação à distância em serviço social e suas refrações na práxis
profissional cotidiana. Este trabalho não é e nem objetiva ser um ataque aos profissionais, tão
pouco aos estudantes de serviço social à distância. Sabemos que a EAD é realidade acordada
constitucionalmente apresenta expressiva ampliação nos últimos tempos. A metodologia
utilizada foi pesquisa bibliográfica. A reflexão aqui proposta é o entendimento ético dos
resultados do EAD em serviço social, isto é, as respostas que o assistente social graduado à
distância vem dando em seu cotidiano profissional. Recentemente o conjunto CFESS/CRESS
e ABEPSS lançou na mídia a campanha “ Educação não é Fast-food”, trazendo um
realianhamento conceitual da problemática do ensino de serviço social EAD, buscando
fortalecer a criação de cursos de graduação essencialmente presenciais em de Universidades
Públicas. Em síntese, podemos dizer que a graduação necessita de uma forte base teórica,
conhecimentos profundos das correntes metodológicas do serviço social, acesso à espaços
(físicos) de construção do conhecimento, e concretização do tripé ensino, pesquisa e extensão.
A crítica ao ensino à distância em serviço social não se trata de “caça às bruxas”, mas sim a
tentativa de desarticular o movimento mercadológico que o ensino de serviço social tem
tomado, enfraquecendo as possibilidades de oferta de cursos em Universidades Públicas de
qualidade e consequentemente levando aos estudantes e profissionais formados nesta
modalidade, um ensino e intervenção precarizada. Quem paga a conta? “Racham” a conta,
assistente social e comunidade que necessita deste atendimento.
Palavras-chave: Educação. Serviço Social. Ensino à Distância.
21
A ATUAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA E OS DESAFIOS DA
PROFISSÃO DOCENTE QUE INFLUENCIAM EM SUA ATUAÇÃO
TELES, R.
SANTOS, V. N.
CRUZ, A. P. C. N. da
SILVA, V. C.
SILVEIRA, T. G.
MARQUES, V.
CASTELLAN, T. S.
GOMES, V. F. J.
GUTIERREZ, T. C. S.
ABRÃO, W. O.
SALERMO, T. A. V. RODRIGUES, W. T.
M.
RODRIGUES, T. B. N.
DALBERIO, O.
PEREIRA FILHO, V.
om.br
FERREIRA, V. C.
Partindo da problemática “em que circunstância a atuação do professor na educação básica
influencia e é influenciada pelas formas didáticas, pela estruturação organizacional refletindo
na identidade profissional do professor?” esta pesquisa foi desenvolvida para buscar
informações numa escola pública de Uberaba, no intuito de responder a essa problematização.
Assim buscamos embasamento teórico com o objetivo de conhecer a atuação do professor na
educação básica para identificar as características administrativas e estruturais da escola, o
modelo didático pedagógico utilizado e o perfil do professor, destacando aspectos que
influenciam o trabalho docente. Após ter contato com a escola pública selecionada e feitos os
contatos necessários ao trabalho foram analisados os dados obtido com a aplicação de um
questionário e elaborados um texto final onde foram registrados os pontos que se mostrarão
relevantes na pesquisa.Em outros momentos históricos o docente exercia suas funções
baseadas no seu próprio prazer de ensinar, vez que em muitas situações, os ensinamentos
eram direcionados a membros infantis da própria família. Entretanto, hoje, notamos que o
profissional da educação já não tem o mesmo sentido do ensinar. Por vezes, ele não trabalha
por prazer, mas para sua própria sobrevivência e por causa disso, enfrenta vários problemas
de ordem formativa, administrativa, cultural, econômica, política dentre outras tantas.
Fazendo uma retrospectiva na história da Educação Básica brasileira podemos perceber que
houve uma quebra na qualidade de ensino e conseqüentemente uma desmotivação no trabalho
docente.
Palavras-chave: Formação do professor, Atuação do professor. Educação Básica.
22
O ENSINO DA FILOSOFIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
SILVA, M. C. de
ROBERTO. G. F.
SANTOS, A. P. dos
MORAIS, V. L. D. de
LIMA, M. S, de
FRANCO, T. G. A.
LOMBARDI, G. G.
LADEIRA, A. A. P.
BARBOSA, D. W. N.
FERREIRA, L. H. A
NUNES JUNIOR, A. de O.
MIRANDA. C. A
FREITAS, M. J. de
SANTOS, C. J. B. dos
SILVA , F. C. G. da
VIAL, M.
ARAÚJO, M. V. N.
DALBERIO, O.
SILVA, F. D.
O presente trabalho que trata do tema filosofia, buscou até o presente momento fazer um
levantamento prévio sobre o ensino da filosofia, nas escolas públicas e particulares em nível
de Educação Básica, de Uberaba e Região, nas quais há a disciplina de filosofia. Tais dados
consistem primeiramente em explicitar como é o ensino da filosofia, onde se ensina a filosofia
em Universidades brasileiras indicando as regiões nas quais estão localizadas tais escolas. Em
seguida, foram feitas uma apresentação dos dados sobre as escolas.Nosso intento, nesse
momento da pesquisa é o de saber quem é e onde estão os professores que lecionam a
disciplina de filosofia na Educação Básica.Com esses pressupostos acreditamos que os
assuntos desenvolvidos como corpo dessa investigação podem ser indicados como: o ensino
da filosofia; o professor de filosofia: quem é e onde está?; a escola e as metodologias de
ensino da filosofia; ensinar o que na filosofia; escolas Públicas e Particulares e o ensino da
filosofia em Uberaba e região circunvizinha. Não podemos descartar a possibilidade de buscar
junto aos professores que estão atuando na Educação Básica os conteúdos e os procedimentos
utilizados no ensino da filosofia, enfim, como eles estão ensinando a filosofia.
Palavra chave: filosofia, educação, ensino.
23
RESUMOS
Modalidade: Comunicação Oral
24
A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO VINCULADA AO PROFESSOR NA FORMAÇÃO
CIDADÃ DO ESCOLAR
LUZ,A. C. R.
VITORINO B. de
M. BARBOSA, C. A. P.
Peirópolis é uma comunidade rural localizada a 19 km do município de Uberaba-MG. Possui
aproximadamente 750 habitantes. Para atendimento dessa população existe um posto de saúde
e uma escola que atende alunos de 4 a 19 anos. Objetivo: O projeto, ágil no sentido de
conhecer melhor a comunidade, através dos alunos e professores para identificar as principais
expressões da questão social. A partir destas demandas sociais o projeto tem como finalidade
realizar oficinas multidisciplinares de informações e orientações, sempre nos baseando em
propostas dos professores da instituição. Resultados: Em todo o processo, houve a
participação dos professores, tida como fundamental, pois existe uma preocupação da parte
deles com relação aos assuntos abordados pela equipe que por vezes não puderam ser tratados
por falta de recursos. Foram propostas atividades de educação alimentar, orientação higiênica,
orientação sobre transito e acidentes em geral. Conclusão: O projeto está em andamento,
portanto os resultados são parciais, os profissionais da escola e os pais destes alunos
continuam com propósito e a necessidade de reafirmar os conceitos básicos da saúde e
conhecer mais sobre os direitos sociais, pois pensando globalmente, a criança “crítica” de hoje
será o cidadão ativo do futuro.
Palavras-chave: questão social, demandas sociais, formação cidadã
25
USO DAS TIC’S NAS AULAS DE LÍNGUAS: NOVOS MEIOS PARA A FORMAÇÃO
ÉTICA DO DOCENTE E DO DISCENTE
ALVES, J. V.
PPGEL/ILEEL/UFU/CAPES
COSTA, F. L.
LEP/PPGEL/ILEEL/UFU/CAPES
De acordo com o dicionário Aurélio ética é um “conjunto de princípios morais que se devem
observar no exercício de uma profissão” e as tecnologias da informação – TIC’s - são o
conjunto de recursos tecnológicos e computacionais utilizados para geração e uso da
informação, bem como o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento,
processamento e comunicação da informação, bem como o modo como esses recursos estão
organizados em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas. Assim, este trabalho
objetiva investigar como as TIC’S contribuem para a discussão da ética nas salas de
aula de Línguas – Portuguesa e Inglesa. Para a realização deste trabalho, serão observadas
aulas de língua inglesa e portuguesa ministradas pelos professores-pesquisadores a fim de
observar os benefícios da utilização das tecnologias da informação para a formação docente e
discente. Além disso, a TIC permitiu o desenvolvimento de uma nova ferramenta para o
ensino e aprendizado de Línguas: a Educação a distância (EaD). Em virtude disso, quais os
desafios éticos para o professor e para o aluno com o advento dessa nova modalidade de
ensino? Assim, este trabalho propõe-se a analisar os benefícios e os desafios do docente e do
discente no que tange a ética e as TIC’s.
Palavras-chave: ética, Tic’s, Língua Portuguesa e Inglesa
26
JUVENAL ARDUINI: A EDUCAÇÃO, PARCEIRA NECESSÁRIA DE UMA ÉTICA
RESPONSÁVEL E CRIATIVA
SILVA, W.A.
Inúmeros desafios são postos a todo professor, no que concerne a uma Ética que o considere
protagonista da construção de uma sociedade mais justa, em que direitos e deveres sejam
expressão de valores autenticamente humanos. Muitos igualmente são os caminhos para
superar tais desafios. No pensamento de Juvenal Arduini, a ética não se firma senão com forte
base antropológico-filosófica. Para este filósofo, sob tais fundamentos edifica-se o “humano”,
origem e fim de toda moral. Com efeito, ela, que é tão diversa quanto mais dependente do
contexto em que se dá, não se sustenta sem princípios que possam servir de pontos de
concordância no momento crucial de se elencar “quais” valores seriam “inegociáveis”.
Unidade na diversidade é “o” desafio por excelência! O presente trabalho apresenta-se como
uma leitura da obra “Ética Responsável e Criativa”, do autor supracitado, para indicar sua
contribuição no questionamento e na proposta de diálogo e busca de soluções, sempre de
forma “responsável e criativa”. Na pluridiversidade própria do fazer diário de cada docente,
como abrir clareiras em meio à obscuridade que provoca desencantos e desistências? No
necessário debate sobre a educação brasileira, nos seus mais diferentes aspectos, o tema da
formação do professor não se esquive da sua imprescindível base ética. Juvenal, dialogando
com Ernst Bloch, Paul Ricoeur, Gadamer, Deleuze e Habermas, dentre outros, propõe uma
ética enquanto prática que engaja e reclama compromissos. E, na linha do testemunho, a
filosofia da educação há de beneficiar-se das obras e da coerência de vida deste Autor.
Palavras-chave: ética; filosofia da educação; formação docente
27
DILEMAS ÉTICOS DO SER PROFESSOR NUMA SOCIEDADE CAPITALISTA
FONSECA, F. C.
A compreensão da ética nos impõe o trabalho de uma investigação mínima dos
condicionantes históricos que determinam o próprio conceito de ética posto nas nossas
reflexões e ações. Tais condicionantes históricos implicam, por sua vez, na vinculação
necessária entre, essencialmente, economia, política e sociedade. O conceito de ética é
histórico e condicionado às forças econômicas e políticas que se estabelecem nos tecidos
sociais. O olhar sobre os condicionantes econômicos deve ocupar uma posição primeira no
entendimento das ações humanas e de suas conseqüências para o viver cotidiano entrelaçado
nas relações sociais. O modo de produção capitalista impõe ações humanas, discursos éticos e
modos de pensar que produzem formas determinadas de relações sociais que reproduzem
ensinamentos justificadores e legitimadores das próprias ordens econômicas, políticas e
sociais. O ser professor deve ser entendido em meio às ordens econômicas preponderantes nos
meios sociais, que estabelecem condutas, padrões de comportamentos e sistemas de educação
que devem reproduzir essas ordens. Reflexões sobre a ética nesse emaranhado econômico,
político e social são necessárias para a compreensão das ações humanas e dos ensinamentos
que reproduzem a dominação econômica e que, portanto, contrariam, eticamente, o processo
de humanização dos seres humanos. O objetivo deste trabalho é o de levantar
questionamentos sobre práticas educativas que se atrelam a modos de ser professor que
excluem as possibilidades de alternativas às ordens econômicas dominantes e que
descaracterizam a ética enquanto modo de ser que humaniza e valoriza a vida.
Palavras-chave: Professor, Ética, Capitalismo.
28
A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA E SUA DIMENSÃO ÉTICA: ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES
SANTOS, P. D.
Este trabalho é parte de uma pesquisa em andamento a respeito da ética na docência. A ética,
enquanto reflexão sobre os valores que regem a ação humana, constitui-se como elemento
essencial no exercício da docência, visto que o fazer docente tem como compromisso
promover a transformação do individuo em um sujeito autônomo e emancipado. Sendo assim,
a intenção deste estudo pauta-se na busca do sentido da ética na docência universitária,
marcada por um cenário de constantes mudanças e consequente crise de valores. Nessa
perspectiva, a discussão gira em torno das dificuldades e incertezas enfrentadas pela
universidade no contexto social contemporâneo e da necessidade de que a Universidade e os
seus docentes assumam novos papéis que ultrapassem o sentido mercadológico, próprio do
sistema capitalista neoliberal. Dada a abrangência e complexidade do tema, procura-se
investigar, por um viés metodológico que elucide o contexto histórico-social, a menção de
responsabilidade das Universidades no processo de formação ética do docente. A fim de
proporcionar elementos que permitam alcançar o objetivo do estudo, foi realizada uma revisão
literária sobre a dimensão ética da formação docente à luz dos pressupostos teóricos de
autores como Severino, Rios e Saviani.
Palavras-chave: Universidade, docência e ética
29
CAMINHOS QUE SE CRUZAM: ÉTICA, INTERDISCIPLINARIDADE E FORMAÇÃO
DO PROFESSOR
MAGALHÃES, A. C. T. F.
GODINHO, M. A. da S. F.
Os saberes institucionalizados são integrantes de uma cultura que se enraíza em diferentes
fontes de conhecimento, por isso mesmo se dialogam, complementam-se e dialeticamente se
modificam. Entrecruzar os conhecimentos na formação do ser humano implica atuar com
ética e valores humanos na mediação de aprendizagens significativas, por meio de saberes
necessários à compreensão das ações pedagógicas, articuladas com as várias ciências que
coabitam nas escolas e universidades brasileiras. Nessa concepção, este trabalho tem por
objetivo apresentar diferentes caminhos no diálogo fértil entre as manifestações culturais que
se encontram no contexto da formação docente, ao construir a dimensão ético-política e
interdisciplinar de conhecimentos, os quais não se fragmentam socialmente, mas sobrevivem
interdependentes. Em seus aspectos metodológicos, a interdisciplinaridade no estudo da ética
e formação de professores é uma abordagem que se fundamenta nos valores humanos, pela
intersecção de disciplinas – começa na corporeidade e se expande para além das ciências
exatas, alcançando um horizonte de perspectivas estéticas, psicológicas e sócio-ambientais.
Além disso, o enfoque ético-político desdobra-se em dimensões pedagógicas e culturais, ao
convidar o educador a repensar a prática de ensino como ideal de (re)criação e produção de
novas concepções educacionais, por meio de uma interação cooperativa e motivadora. Ao
estudar a ética na formação para o trabalho docente, a identidade se funde à ideologia e
alcança a participação da comunidade universitária, propondo caminhos para a dignidade
social – expressa-se, portanto, na prática interdisciplinar da cidadania e no convívio
harmônico com apreço à diversidade humana.
Palavras-chave: interdisciplinaridade, valores humanos, ética educacional
30
ÉTICA E PRÁXIS: RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL
BARBOSA, C. A. P.;
PACHECO, E. A. C.
Para discutir o papel da ética nas relações sociais e, especificamente, nas relações
profissionais docentes, como no caso do Serviço Social, é preciso contextualizá-la,
minimamente, para atender os objetivos deste texto. Paulo Freire defende que ser sujeito,
tanto para o homem como para a mulher, é construir a sua história. Portanto, neste contexto,
desenvolve-se a reflexão com os profissionais que buscam interlocução com a Universidade,
tendo como principal objetivo apreender e produzir conhecimento resultante do confronto
com a realidade por meio da permanente mediação entre teoria e prática para refletir questões
éticas que perpassam o exercício da prática profissional. Busca-se compreender os caminhos
teórico-metodológicos que possam ser experimentados sem que se garanta, de antemão, o seu
sucesso. Trata-se de conceber o conhecimento não como produto e sim como saber resultante
de uma construção histórica refletida e que a análise possa subsidiar posicionamentos e
projetos éticos coerentes com as determinações do tempo presente com olhos na construção
do tempo futuro. Conclui-se que a concretude cotidiana nasce da concomitância das ações
entre o homem singular e as circunstâncias sociais em que atua; todo ato individual está
subordinado a determinações sociais gerais, e a ação origina efeitos posteriores independentes
das intenções conscientes, ou seja, produzem alternativas semelhantes, porque História não é
acúmulo. História é ruptura; não a contemplamos e sim a construímos, pois ela é tempo e
movimento.
Palavras-chave: Ética; docência; práxis
31
ÉTICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: UMA QUESTÃO DE VALORES AO
ALCANCE DA EDUCAÇÃO
PAULA, M. S. de
SILVA, C. A. T. da
O estudo discute a relação existente entre o processo de formação do futuro profissional e a
sua conduta ética na atuação profissional e objetiva contribuir com argumentos sobre o papel
da educação na formação moral do indivíduo. A partir de reportagem noticiando práticas
eticamente condenáveis em uma clínica de reprodução assistida, buscou-se responder à
seguinte indagação: O que leva um profissional a renegar suas responsabilidades
profissionais, éticas e morais? Será que o seu processo de formação em nada contribuiu para a
observância dessas responsabilidades? Observou-se que existe o predomínio de um modelo
educacional que prioriza a formação técnica do indivíduo em detrimento de uma formação
mais humana que contemple a construção de valores no futuro profissional, caracterizado
como um modelo desencadeador de posturas que atentam contra a dignidade da vida e da
pessoa humana. Vislumbra-se, para a superação desse modelo, a necessidade de uma
abordagem ética, desvinculada da pura temática deontológica, em todo o processo de
formação do futuro profissional, pois a ética, embora constitua uma instância que somente o
indivíduo pode desenvolver, se estimulada, poderá promover a dimensão moral do aluno em
formação. Considerou-se que o desafio da formação ética do futuro profissional transcende a
pedagogia e necessita de um diálogo entre os eticistas, os profissionais das diversas áreas e a
sociedade, com vistas a promover as alterações paradigmáticas necessárias para se alcançar
novas atitudes frente ao conhecimento e a transmissão de valores.
Palavras-chave: ética, educação, formação profissional
32
FORMAÇÃO OU DEFORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO: UM OLHAR
SOBRE A UFTM
ZAGO, J. O. L.
SOUZA, L. M
As políticas públicas educacionais no campo do ensino superior nos últimos anos apresentam
desafios a serem investigados. Diante disso, nos propomos a compreender as especificidades
da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) no contexto das universidades
públicas federais. O estudo teve como objetivo central analisar as atuais propostas de políticas
públicas para a educação superior bem como propor uma investigação dos reflexos do
Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni na UFTM antes
e depois da implantação do Programa. Neste cenário, extremamente contraditório de expansão
do acesso ao ensino superior problematizamos a formação dos professores na UFTM e
indagamos: quem é o nosso Professor Universitário? Qual espaço encontra para exercer o seu
ofício? Como se relaciona com seus pares, demais profissionais e alunos? Está produzindo ou
reproduzindo discursos, conhecimentos ou aplicações? Crescendo intelectualmente ou
padecendo diante de tantos editais, eventos, reuniões e produções científicas? A metodologia
adotada foi a pesquisa documental que envolveu análise tanto de documentos oficiais do
Ministério da Educação quanto documentos da instituição pesquisada. Com a investigação em
andamento, as primeiras análises demonstraram que embora não se possa negar que o
programa tenha de fato expandido o acesso dos alunos ao ensino superior público, a expansão
de vagas tanto para docentes como de pessoal de apoio técnico-administrativo não ocorreu na
mesma proporção, o que nos leva a inferir que isso contribuiu para uma maior intensificação
do trabalho, sobretudo do docente, deformando-o frente às demandas do produtivismo
acadêmico em controvérsia à supervalorização da dimensão do ensino.
Palavras-chave: Políticas Públicas – Ensino Superior – Trabalho Docente
33
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA
LIMA, W. B. de F.
OLIVEIRA, S. C.
Com as rápidas mudanças que vem ocorrendo na sociedade, faz-se necessário promover
reflexões acerca da participação da família no processo educacional. Nesse sentido, o presente
trabalho apresenta uma proposta de pesquisa e estudo sobre a relação família-escola e sua
influência na formação da criança. Por meio de pesquisa bibliográfica e de campo pretende-se
entender melhor essa realidade a fim de encontrar respostas que possam auxiliar os diversos
problemas que vem se apresentando de forma cada vez mais intensa no contexto educacional.
Sabe-se que a participação da família na escola é fundamental na formação da criança, uma
vez que essas duas instituições sociais exercem uma ação determinante durante o seu período
de crescimento. Para que o desenvolvimento da sua personalidade aconteça em um ambiente
harmonioso faz-se necessário a participação da família em uma atmosfera de crescente
progressão educativa, o que nem sempre acontece. A emancipação da criança ocorre,
sobretudo, no contexto escolar, já que é um campo que possibilita a interação com outras
crianças em idades similares e diferentes. Acredita-se, que a inserção da criança no ambiente
escolar possa influenciar positivamente na sua formação desde que aja uma relação saudável
entre a família e a instituição educativa. A aproximação entre escola e família pode resultar
num maior desempenho acadêmico dos alunos e capacidade de enfrentar os desafios da vida.
Assim sendo, espera-se que esse estudo possa contribuir significativamente para a formação
profissional inicial e continuada dos envolvidos no projeto, além de permitir uma intervenção
pontual no contexto escolar pesquisado.
Palavras-chave: Educação; Família; Escola.
34
A DOCÊNCIA NA ENFERMAGEM E AS NOVAS TENDÊNCIAS EDUCACIONAIS
COIMBRA, M.A.R.
INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO: O novo perfil de educadores, para a enfermagem, exige
que estes estejam cada vez mais qualificados, que articulem o conhecimento e a criatividade
mesmo em situações imprevistas. O ensino em enfermagem é complexo, pois além da
interação aluno-professor, o foco do estudo é o cuidado ao cliente/paciente. Envolvendo assim
mais que conhecimentos científicos, como também aspectos éticos, pedagógicos, de tecnlogia
e interação com outros profissionais docentes. OBJETIVOS: Destacar o docente de
enfermagem frente às novas tendências educacionais. MÉTODOS: Pesquisa segundo revisão
da literatura dos sites de teses da USP, Scielo e livros afins de 1998 a 2009, utilizando a Rev.
Latino-am. Enfermagem, Rev. Bras. Enferm., Rev. Esc. Enferm USP. RESULTADOS: A
nova pedagogia propõe uma educação produtiva, que aproveite a cultura popular, e o uso de
tecnologias modernas. Há muito a formação do enfermeiro se deu no modelo
médico/hospitalar/curativo, e de conhecimento generalista. As modificações curriculares fez
formar profissionais reflexivos e preocupados com o ensino-aprendizagem e resolução de
problemas, ampliando a qualificação e conseqüentemente a capacidade crítica.
CONCLUSÃO: A educação sofre uma grande mudança no campo científico-tecnológico. Este
vai revolucionar o estudo e exigir competências e qualificação profissional. Os novos recursos
vão interferir e reforçar uma didática mais dinâmica e participativa.
Palavras-chave: docente de enfermagem, tecnologia e educação.
35
A ÉTICA NA PESQUISA EM LINGUÍSTICA
COSTA, F. L.
LEP/PPGEL/ILEEL/UFU/CAPES
ALVES, J. V.
PPGEL/ILEEL/UFUCAPES
Este trabalho tem por objetivo analisar a importância da ética nos estudos sobre a linguagem,
visto que os sujeitos envolvidos no processo de pesquisa são interpelados pelo discurso da
pós-modernidade, todavia ao propor uma investigação de um ato de fala, faz-se necessário
levar em consideração o processo de identificação entre os sujeitos – sujeito-pesquisador e
sujeito-pesquisado, pois ambos encontram-se inseridos em um processo de identificação ou
desidentificação, no que tange às práticas desenvolvidas no interior dos estudos linguísticos.
Nesse sentido, para evidenciarmos a tomada de posição dos sujeitos inscritos na dinâmica
acadêmica propomos investigar os atravessamentos discursivos que perpassam a constituição
do sujeito pesquisador, isto é, quais são às práticas teórico-metodológicas que são
evidenciados ao longo do processo de constituição do sujeito-pesquisador e do sujeito-
pesquisado, assim, como, também, às mudanças que decorrem deste processo no interior das
reflexões sobre a prática acadêmica, tomamos por unidade de análise os enunciados realizados
pelos sujeitos pesquisadores sobre a importância da ética na pesquisa linguística. Para isso,
realizaremos o exame da materialidade linguística, tomando os postulados teóricos da Análise
do Discurso Francesa (ADF), preconizados por Pêcheux (1988). Em virtude disso,
compreendemos que a ética desempenha papel fundamental na constituição do sujeito-
pesquisador e que é imprescindível no desenvolvimento da pesquisa nas ciências humanas,
para que os sujeitos compreendam a conjuntura social em que se encontram inseridos.
Portanto, neste trabalho, observamos que a ética é resultante do processo de interpelação
sócio-histórico-ideológico, que incide sobre o sujeito-pesquisador, revelando, assim, o lugar
ocupado por ele no interior de uma prática acadêmica. Assim, este trabalho propõe-se a
analisar como se dá a constituição do sujeito-pesquisador no interior dos estudos sobre a
língua(gem).
Palavras-chave: Análise do Discurso. Constituição do Sujeito-Pesquisador. Ética. Estudos
Linguísticos.
36
PLÁGIO DISCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ZEFERINO, V.F.M.
SANTOS, F.R .
O plágio no meio acadêmico é um problema complexo que vem se afirmando
significativamente a partir do avanço das tecnologias contemporâneas de informação e de
comunicação (TIC), em especial, a internet. Entretanto, o problema não está apenas no acesso
a essas tecnologias, mas, também, na forma e nas atitudes como são lidadas por parte das
instituições de ensino, dos alunos e, sobretudo, dos métodos de ensino dos docentes. Nesse
sentido, este artigo aborda a questão do plágio discente na modalidade de educação a
distância, tendo em vista ser este problema uma das principais objeções levantadas à aceitação
desta modalidade de educação, colocando-a, também por este motivo, em posição de
descrédito. Para tanto, fez-se uma revisão de literatura, analisando as fraudes e plágios nos
ambientes virtuais de educação, correlacionando seus índices com diferentes propostas de
avaliação. Em seguida, por meio deste levantamento, buscou-se apontar meios que pudessem
minimizar este problema, tendo em vista uma proposta de avaliação mais diversificada,
sistematizadamente elaborada, instigadora e que seja centrada no aluno, levando-o à reflexão,
à conscientização e à capacitação, tornando-o mais ético e autônomo do seu próprio saber,
garantindo, assim, maior credibilidade aos modelos de educação a distância e,
consequentemente, uma aprendizagem mais significativa e melhor desempenho acadêmico.
Palavras-chave: plágio. ensino a distância. avaliação.
37
WEB-EDUCAÇÃO: UMA NOVA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA PARA UM NOVO
CENÁRIO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
PEREIRA, O. J.
PEREIRA, M. R. N.
Os autores deste trabalho vão às raízes e à abrangência do epifenômeno da revolução
comunicacional. O objetivo é mostrar seus efeitos na formulação de uma nova subjetividade,
apontando para a emergência de uma instigante e até então inimaginável mediação com a
informação e os conhecimentos daí resultantes. Está em jogo a necessidade de uma
compreensão mais profunda dos efeitos produzidos na cultura contemporânea. Resultado
disso, a exigência de uma Pedagogia condizente com as estratégias de vida e cultura global
deste tempo: uma cybercultura. Reconhecem ser este o momento de lançar as bases de uma
Pedagogia da Mediação Tecnológica. Entendem que o construto da existência humana real
requer uma inserção e não uma mera e superficial convivência, laudatória ou reativa com um
mundo real/virtual, revolucionado pelo aparato tecnológico da informação sem fronteiras; o
mundo da Web-educação. Trata-se de assumir esta revolução sem precedentes, e irreversível,
como novo cenário para a intervenção criativa do homem. Por exemplo, na percepção de
novas inteligências e na nova relação cérebro-mente, na construção de novos ambientes de
aprendizagem, não mais aprisionados nos antigos espaços da simples transmissão de
conteúdos. A conclusão é a de uma Pedagogia que parta de uma “leitura das bases
antropológicas” dessa revolução, afinada com a recriação de um novo sujeito (coletivo,
solidário, de identidade e saberes locais/globais e integrados), para substancializar uma nova
formação para a ação escolar, e extra-escolar, colaborativa, propositiva, emancipadora e
cidadã. A passagem da Web1 para a então chamada Web2 (da rede social) por exemplo, dá a
tônica desse novo cenário.
Palavras-chave: Web-educação; novo cenário; novas mediações pedagógicas
38
A FORMAÇÃO ÉTICA DO EDUCADOR
BORGES,E.H.;
DALBERIO,O.
DOMICIANO, R.P.L.;
GOMES,L.L.Z;
GODINHO,M.A.S.F;
PAULA,M.S.;
RESENDE, M.S.;
SÁ, T. A. O.
SAAD,E.F.;
SOARES,D.A.;
A partir de vasta fundamentação teórica e de ampla pesquisa bibliográfica, de produção
textual acadêmica coletiva visando à publicação, de elaboração de questionário já aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM) e da realização do I Seminário sobre Formação Ética do Professor, o Núcleo de
Pesquisa sobre Formação Ética do Professor tem como finalidade investigar a relação entre a
formação do professor e os valores éticos existentes na atividade docente. Em suas bases
teóricas, encontram-se autores como Aristóteles, Comparato, Costa, Dalberio, Dallari, Dupas,
Eco, Vásquez, dentre outros. Como próximas realizações, o Núcleo de Pesquisa manterá o
estudo teórico, a pesquisa bibliográfica e as produções acadêmicas e analisará Planos de
Ensino e Projetos Político-Pedagógicos de quatro instituições envolvidas no projeto, as quais
são: Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu);
Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) e Centro de Ensino Superior de Uberaba
(CESUBE). Posteriormente, os membros do Núcleo aplicarão questionários aos professores
que aceitarem envolver-se neste estudo com a finalidade de averiguar a formação e a atuação
ética de tais profissionais. Por fim, irá tratar os dados obtidos, elaborar relatório final, além de
prosseguir com a realização do Seminário acadêmico supracitado.
Palavras-chave: Ética; Moral; Formação de Professor.
39
OS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE
LETRAS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA
MURAD, C. R. R. O..
O documento “Diretrizes Curriculares dos Cursos de Letras” foi estruturado com base em
várias resoluções, pareceres, ofícios e leis ao longo de muitos anos. Ele é o resultado de várias
inserções, reconhecimentos e ajustes que, de certa forma, refletiram a necessidade de um
acompanhamento das mudanças da realidade estudantil. Hoje, ele pode ser considerado um
eficaz instrumento de normalização ética dos Cursos de Letras, por conter princípios que
nortearão os educadores de profissionais das Letras em suas práticas sociais e/ou pedagógicas.
O objetivo deste trabalho foi identificar princípios éticos que se encontram explícitos ou
implícitos nas diversas seções desse documento, tendo em vista a minha prática pedagógica
como professora de língua inglesa. Tal prática serviu como norteadora da busca por uma
postura de análise crítica frente ao documento. Como resultado dessa busca inicial,
identifiquei aspectos positivos do documento que ainda não foram contemplados na prática
formadora de professores de língua inglesa, reforçando, assim, a necessidade de se incorporar
conceitos que, a meu ver, são fundadores de uma prática docente formadora. Além dos
conceitos positivos do documento, procurei seus aspectos problemáticos, com vistas a
adicionar novos tópicos à discussão sobre a ética dos educadores e educandos de língua
inglesa e, mais amplamente, de línguas estrangeiras.
Palavras-chave: Ética, Diretrizes, Língua Inglesa.
40
POLÍTICAS EDUCACIONAIS E AS DEMANDAS SOCIAIS: UM ESTUDO REALIZADO
NA ESCOLA ESTADUAL QUINTILIANO JARDIM
FARINELLI,M.R.;
VITORINO,B.M
[email protected] CELIA R.S. [email protected]
O contexto social emergente apresenta dificuldades nas políticas educacionais em conter na
sua essência a construção da educação cidadã, voltada para as reais necessidades da
população e para universalização do atendimento escolar, embora a Constituição Federal de
1988 estabeleça planos nacionais de educação. Esse cenário possui como base fundamental, a
formação do professor; esse que estará em contato com a questão social e suas expressões,
sendo necessário que esse possua uma atuação cidadã e ética. Neste sentido, as autoras estão
desenvolvendo a investigação científica, cujo objetivo é conhecer a situação da educação nas
escolas estaduais de Uberaba através da visão do professor e observações das demandas
sociais dos sujeitos/ usuários das políticas de educação. O estudo possui como sujeitos
professores que identificarão as demandas sociais emergentes do cotidiano escolar.
Utilizando-se de formulário norteador será realizada entrevista semi-estruturada com os
docentes, que atende aos alunos de ensino médio.A pesquisa proporcionará conhecer as
principais expressões da questão social enfrentadas pelos professores e alunos, instigando os
docentes a uma postura crítica, ética e que melhore o ensino público, através de uma escola
mais cidadã que perceba o aluno como um sujeito de direitos.
Palavras-chave: Políticas educacionais, escola, demandas sociais.
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O PROFESSOR E A REPRODUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIAIS: UMA LEITURA
DE PIERRE BOURDIEU
SÁ, T. A. O.
Numa sociedade estratificada, a escola é representada como instituição que corrige
“distorções sociais”, pois ameniza desigualdades ao proporcionar oportunidades de sucesso
profissional aos estudantes. Contudo, evidências empíricas apontam que a escola é um
mecanismo de reprodução de desigualdades sociais, segundo Bourdieu. A escola potencializa
desníveis sociais entre os alunos de origens distintas, porque o conhecimento avaliado é
transmitido de forma homogênea. Pretende-se, neste trabalho, evidenciar o papel do professor
nesta intensificação de desigualdades. O professor é um representante de uma classe social e,
portanto, manifesta em seus gostos, posicionamentos e conhecimentos, traços de
pertencimento a um determinado estrato social – um habitus de classe – para os quais alunos
pertencentes a posições sociais semelhantes terão maior familiaridade e desenvoltura. O
fracasso escolar, entendido como o insucesso em processos de avaliação, passa a ser
individualizado e não atribuído a determinações sociais. Assim, se o sucesso escolar é tido
como função da atuação da escola, cujo conhecimento veiculado está associado à posição de
classe dos alunos, o fracasso escolar é atribuído às capacidades intelectuais daqueles
estudantes pertencentes a posições onde tal conhecimento é inexistente ou não encontra
respaldo. Há correlação estatística entre sucesso escolar e posição de classe. O sucesso escolar
de alunos oriundos de posições semelhantes às dos professores é mais provável, pois eles têm
destreza e treinamento prévio em espaços de socialização alheios à escola. Para estudantes
pertencentes a outros segmentos, a aprendizagem daquilo que o professor aborda é um
momento de estranhamento, o que torna “a disputa desigual” no mercado escolar.
Palavras-chave: Professor – reprodução – desigualdades sociais