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ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO PARA OS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA Guia do Facilitador Salvador-BA 2011

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ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO PARA OS PROFISSIONAIS DA

ATENÇÃO BÁSICA

Guia do Facilitador

Salvador-BA2011

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

SALVADOR – BA2011

Guia doFacilitador

Governo do Estado da BahiaJaques Wagner

Secretário de Estado da SaúdeJorge José Santos Pereira Solla

Superintendente de Atenção Integral à SaúdeGisélia Santana Souza

Superintendente de Recursos Humanos da SaúdeTelma Dantas Teixeira

Diretor de Atenção BásicaRicardo Souza Heinzelmann

Diretora da Escola Estadual de Saúde PúblicaVerônica Rita Pina Vieira

Diretora da Escola de Formação Técnica de SaúdeMaria José Cortes Camarão

2011 Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Todos os direitos de edição reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra desde que citada a fonte e que não seja para a venda ou qualquer fim comercial.

Capa e diagramação Leonardo Rattes / Osmário Pitangueira

Elaboração, distribuição e informações Diretoria de Atenção Básica Escola Estadual de Saúde Pública Endereço: 4ª Avenida, 400, Plataforma 6, 2 andar, sala 222 Centro Administrativo da Bahia, Salvador/BA CEP: 41.750-300 Tel.: (71) 3115-4375

Endereços eletrônicos: www.saude.ba.gov.br www.saude.ba.gov.br/dab www.saude.ba.gov.br/eesp

Bahia. Secretaria da Saúde do Estado daBahia. Salvador: Secretaria da Saúde do

Estado da Bahia, 2011. 58p.Conteúdo: Acolhimento Pedagógico: Guia do Facilitador.

1. Saúde da Família. 2. Acolhimento Pedagógico. 3. Guia do Facilitador.

Catalogação na fonte

Equipe Responsável

Autores

Lívia Lima Nogueira dos SantosAmérico Yuiti MoriRebeca Silva de BarrosFrançoise Elaine Oliveira Sylvia Cypriano VasconcellosGrace Fátima Souza Rosa

Colaboradores

Alionete Gomes Sodré Manuela Oliveira da SilvaAmanda Menegola Blauth Marco Antonio do NascimentoAna Luiza Gonçalves Pinto Maria Aguinê E. CunhaAna Marta da Silva Santos Maria Célia A. Santos BispoCarolina Pereira Lobato Maria José SantanaDenise Rodrigues Diniz Marta Caires de SousaDiego de C. Alonso Silva Natale Oliveira de SouzaEdyara Santana Nilma Lima dos SantosIeda Macedo Santos Osmário José de S. Pitangueira JuniorIeda Zilmara J. da Silva Patrícia Barbará DiasIvaney Caldas Silva Pedro Hernando Pairazamán DiazIvonete Queiroz Santana Raimunda Maria C. SantosIvone de Freitas Alcântara Régis Cunha de OliveiraJamille Amorim Carvalho Ricardo Souza HeinzelmannJardel Araújo de Barros Rosivan MatosJosé Cristiano Soster Rute Maria CoutinhoJonsos Nunes Junior Samantha de Jesus AndradeJulia Gonçalves Costa Sílvia Denise L. CardosoLetícia de Moraes Falleiro Silvia Pereira AleluiaLindinalva Soares Silva Valeria Britto LeãoLígia Castegnaro Trevisan Vanessa C. de S. LimaLyz Vianna Victor Brandão RibeiroLudmilla M. Oliveira Sousa

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................09

CONTEXTUALIZANDO A PROPOSTA NA POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA..............................................................................................................................10

1. METODOLOGIA E FUNCIONAMENTO DO ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO .............11

2. PAPEL DO FACILITADOR PEDAGÓGICO....................................................................13

3. O ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO EM ATO: INICIANDO AS ATIVIDADES......................................................................................................................14

3.1 Primeiro dia de atividades.................................................................................163.2 Segundo dia de atividades................................................................................263.3 Terceiro dia de atividades..................................................................................343.4 Quarto dia de atividades....................................................................................42

5. REFERÊNCIAS..............................................................................................................50

6. APÊNDICE.....................................................................................................................51

APRESENTAÇÃO

O Acolhimento Pedagógico (AP) é uma proposta que se soma ao processo de qualificação da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Estado da Bahia. Busca receber os trabalhadores na Estratégia com a perspectiva da significação dos conceitos, pressupostos e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Atenção Básica a partir do cotidiano das equipes.

Não pretende ser apenas um introdutório para as Equipes de Saúde da Família, no entanto, se aproxima dele na medida em que considera a carga horária e conteúdos mínimos estabelecidos na Portaria GM/MS nº 2.527. Mas, se afasta quando busca contribuir com a construção de uma Rede Descentralizada de Educação Permanente que considere as necessidades regionais de formação ou qualificação.

Portanto, este guia não é um manual de receitas, trata-se de um material didático a ser adaptado conforme a necessidade e realidade de cada município. Ou seja, é um instrumento orientador, que indica alguns caminhos metodológicos para a realização do Acolhimento Pedagógico. Isso significa que se pode tanto fazer as oficinas nesse guia apresentadas, quanto utilizá-las como fonte de inspiração para criação de outras.

A discussão da Educação Permanente se dará de forma transversal às atividades, e por isso o Acolhimento Pedagógico é proposto como um disparador de processos pedagógicos para a equipe da Atenção Básica (Equipe de Saúde da Família, Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Gestores) e desta com a comunidade. Para tanto, propõe a discussão sobre tendências pedagógicas no setor saúde, faz um convite a vivências pedagógicas através de oficinas problematizadoras nos momentos de interação pedagógica (encontro entre facilitadores e educandos) e para cada atividade do momento de interação com o trabalho (atividades desenvolvidas no cotidiano de trabalho das equipes), propõe-se a execução de atividades com a equipe e da equipe com a comunidade.

Trata-se de um processo instituinte para a Atenção Básica do Estado da Bahia. Uma estratégia, um desafio de pensar uma qualificação que seja permanente, descentralizada, desenvolvida de forma autônoma pelos municípios e com o apoio do Estado.

Jorge José Santos Pereira SollaSecretário Estadual de Saúde da Bahia

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Contextualizando a proposta na política de qualificação da Atenção Básica

Considerando o papel da gestão estadual junto aos municípios, no que se refere ao planejamento, acompanhamento e monitoramento da realização dos Cursos Introdutórios para as Equipes de Saúde da Família e a necessidade de formação teórico-conceitual dos profissionais da Atenção Básica, é essencial proporcionar troca de saberes, tecnologias e estratégias de modo a qualificar a implantação da Equipe de Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no Estado da Bahia.

A Educação Permanente está presente na atuação da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) de forma transversal. E isso se estende aos projetos prioritários da Diretoria de Atenção Básica, como a qualificação da Saúde da Família, que tem como orientador a Implantação das Linhas de Cuidado.

A Implantação das Linhas de Cuidado, nada mais é, que um ousado projeto proposto pelo Governo do Estado da Bahia em parceria com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) e o Ministério da Saúde, que pretende produzir mudanças das práticas de atenção, gestão, educação e controle social.

A proposta das Linhas de Cuidado tem como objetivo geral buscar ofertar modos de desenvolver e qualificar tanto o cuidado prestado às pessoas e populações quanto à gestão necessária para apoiar, desenvolver e acompanhar essa mudança. Permite ainda atacar os problemas mais imediatos e, ao mesmo tempo, construir uma estratégia estruturante da organização do processo de trabalho, não só para os problemas definidos como prioritários, mas para as Linhas de Cuidado de modo singular, necessárias para uma Atenção Integral à Saúde.

Com o objetivo de articular as ações de educação permanente e as ações estratégicas para implantação e desenvolvimento das Linhas de Cuidado, foram criados os Núcleos Microrregionais de Implantação das Linhas de Cuidado e Educação Permanente para a Atenção Básica. Estes núcleos são dispositivos criados nas microrregiões, que desempenham um papel articulador no âmbito da educação permanente, impulsionando a qualificação da Atenção Básica no Estado da Bahia. Desta forma, os Colegiados de Gestão Microrregional devem ser os espaços de pactuação, planejamento, decisão e monitoramento das ações desenvolvidas por este Núcleo. Os núcleos vêm desenvolvendo ações na atenção básica, e espera-se que possam ampliar as suas ações colaborando com outros projetos de educação permanente em outros níveis de complexidade, fazendo interface com outras políticas da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e da Microrregião.

Os núcleos deverão ser pontos de referência, espaços de envolvimento dos trabalhadores das equipes de saúde da família e dos demais serviços envolvidos nas ações. Trata-se, portanto, da identificação e mobilização de multiplicadores, de sujeitos que desempenham ou podem desempenhar um papel de agenciador de processos de mudança das práticas de cuidado.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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1. METODOLOGIA E FUNCIONAMENTO DO ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO

A Diretoria de Atenção Básica e a Escola Estadual de Saúde Pública propõem o Acolhimento Pedagógico como resposta à necessidade de acolher novos profissionais e disparar a formação do conjunto de profissionais para a ESF. Essa proposta tem por objetivos:

1. Acolher os profissionais das Equipes de Saúde da Família (EqSF) e Equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (EqNASF), permitindo que reflitam sobre o processo de trabalho e as ações de cuidado na atenção básica;

2. Articular Momentos de Aprendizagem e Formação como dispositivo para estruturação da Educação Permanente nas equipes, nos municípios e redes de apoio;

3. Disparar processos pedagógicos das EqSF e EqNASF com elas mesmas, com a comunidade e da própria comunidade;

4. Fomentar implicação dos profissionais com a política da Atenção Básica para fortalecimento do SUS.

Neste processo pedagógico, propomos discutir os fundamentos conceituais e operacionais da Atenção Básica, valorizando a família e a comunidade como os sujeitos do cuidado. A Atenção Básica prevê a incorporação de novas práticas e formas de organização diferentes daquelas tradicionalmente encontradas, para tanto, faz-se necessário um olhar crítico sobre o processo de trabalho de suas equipes. Por isso, o processo de ensino-aprendizagem do Acolhimento Pedagógico, que parte da lógica da Educação Permanente, tem como fio condutor o território, as necessidades de saúde e o trabalho em equipe.

A articulação da teoria e prática deverá permear as atividades pedagógicas por intermédio de narrativas e reflexões sobre a prática dos profissionais, buscando articular, nos momentos de interação pedagógica, o processo de qualificação do cotidiano dos trabalhadores. Para isso, as atividades pedagógicas deverão ser realizadas em uma seqüência e organização que facilite o desenvolvimento de habilidades e competências. Assim, com foco em elementos dos referenciais teórico-metodológicos da pedagogia da problematização e construtivista, propõe-se que o desenvolvimento das atividades parta das experiências dos trabalhadores em seu cotidiano, que isso gere uma aprendizagem significativa e que o mobilize para intervir sobre a sua realidade (Freire, 1996).

Considerando as dimensões geográficas do Estado e o grande número de profissionais a serem envolvidos, representa um desafio realizar este processo pedagógico em cada município com a carga horária de 56 horas. Para tanto, se aposta nos Núcleos de Educação Permanente da Atenção Básica para articulador e mobilizar facilitadores que atuem em processos pedagógicos de forma descentralizada.

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Acolhimento Pedagógico: é uma proposta de qualificação da Estratégia Saúde da

Família que busca receber e introduzir os trabalhadores no processo de

Educação Permanente com a perspectiva da significação dos conceitos,

pressupostos e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Atenção Básica

a partir do cotidiano de trabalho das equipes.

Momento de Interação com o trabalho: é o

momento em que a equipe em seu cotidiano de

trabalho produz reflexões e transformação da

prática a partir do desenvolvimento de atividades

práxicas.

Momento de Interação Pedagógica: encontro

presencial entre facilitadores e educandos em

que se deve proporcionar a relação de troca de

experiências e problematização da prática do

trabalho das equipes em conexão com os

conteúdos teóricos. Espera-se que no momento

de interação pedagógica os educandos possam

consolidar conceitos e produzir novas sínteses a

cerca dos temas abordados a partir da troca,

reflexão e leituras complementares.

Atividade Práxica: trata-se

de atividades a serem

desenvolvidas pela equipe

no território. Caracteriza-

se por vivências em equipe

e que problematize o seu

processo de trabalho.

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parte da perspectiva de

intervir na realidade.

MATRIZ DO ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

2. PAPEL DO FACILITADOR PEDAGÓGICO

O facilitador de um grupo é alguém designado como responsável por determinado processo e tem a função primordial de condução, o que não deve ser confundido com tutela, aconselhamento ou consultoria. Deve estar comprometido eticamente com a colaboração e a participação democrática do grupo.

Na escola tradicional estamos acostumados com o professor que exerce o papel de detentor do conhecimento, utilizando no processo de aprendizagem metodologias que se baseiam na transmissão do conhecimento aos seus alunos (Freire, 1996).

Na metodologia ativa, o professor deixa de ser quem repassa o conhecimento, passa a ser responsável por proporcionar um ambiente de aprendizagem, ou seja, facilitador do processo pelo qual o educando constrói novas sínteses sobre determinada experiência (Bolzan, 2002).

Algumas ações são essenciais para facilitar um grupo:

1) Encorajar a participação integral: trata-se de assegurar que todos tenham a mesma possibilidade de expressar-se;

2) Favorecer a escuta ativa: encorajar os participantes do grupo a efetivamente escutarem uns aos outros, promovendo um ambiente seguro de escuta através de pactos, para que as pessoas demonstrem seu comprometimento em entender o outro, especialmente se há discordância;

3) Esclarecer objetivos e agendas: o facilitador deve ter clareza e tornar claro para o grupo os objetivos de cada atividade e da agenda proposta. Desta forma, garantir o cumprimento das tarefas, controlando o tempo previsto para as atividades, para as falas dos membros e utilização dos recursos;

4) Equilibrar as necessidades individuais com as tarefas do grupo: todos os grupos encaram o desafio de equilibrar as necessidades pessoais e coletivas dos participantes. O papel do facilitador é ajudar as pessoas estarem sensíveis e este inevitável desafio conflitante;

5) Encorajar a liderança compartilhada: o facilitador deve encorajar o grupo a desenvolver senso de propósito, a construir relações interdependentes que emergem da força e habilidade de todos os membros e transcende a um papel formal de relação que poderá existir fora desse grupo. O facilitador deve encorajar os membros a assumirem riscos, a exercer novos papéis e aceitar os “retornos” de uns aos outros;

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No Acolhimento Pedagógico fazemos opção por metodologias ativas, portanto, esperamos de você uma postura de facilitador e não professor.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Facilitador: é responsável por proporcionar um ambiente de aprendizagem, colaborando para que o grupo (educandos) construa novas sínteses e significados nas suas interpretações do cotidiano, que no caso é a saúde da família.

6) Compartilhar o seu papel de facilitador: deve comprometer-se a compartilhar o seu papel com os membros de grupo, para que assumam a responsabilidade pelo mesmo.Desta forma, o facilitador é um membro do grupo com o papel específico a ajudar todos os demais membros a cumprir a tarefa, estando com a escuta atenta ao que é trazido pelo grupo para sempre relacionar para os objetivos propostos.

3. O ACOLHIMENTO PEDAGÓGICO EM ATO: INICIANDO AS ATIVIDADES

Estamos iniciando nosso primeiro encontro com os trabalhadores da Atenção Básica. Assim, propomos dicas e sugestões para o desenvolvimento de atividades em grupo.

Antes de iniciar qualquer atividade, seja oficina ou dinâmica, explique-a por inteiro, seu objetivo, sua finalidade. Isso dará segurança, estimulará a confiança e proporciona maior vinculo entre educandos e facilitadores. Além deste momento inicial, é importante também estabelecer pactos de convivência. Os pactos são acordos internos realizados no grupo para que este caminhe coletivamente e são interessantes para que o grupo se auto-regule e evite desgastes desnecessários.

É natural que em grupos grandes os participantes se empolguem durante a discussão e comecem a falar ao mesmo tempo, ocorram conversas paralelas ou que pessoas mais extrovertidas falem mais do que as mais tímidas. Caso isso ocorra, pode-se utilizar a pactuação do tempo de fala, já mencionada anteriormente, pois assim dá oportunidade para que todos se pronunciem. Caso o tempo de fala seja acordado, sugira que algum membro conte o tempo e que outra pessoa faça as inscrições.

Outra alternativa é orientar os subgrupos a pensarem alguém que sistematize as idéias no papel (relator) e outro que seja o apresentador no debate.

É interessante que você se atente para a necessidade de estimular que todos ou a grande maioria dos participantes possam se pronunciar, evitando centralizar as falas apenas nos trabalhadores de nível superior.

Procure deixar o grupo o mais à vontade possível, trabalhando a escuta qualificada dos participantes e cuidando para que as queixas, dificuldades e falta de governabilidade não se tornem elementos centrais da discussão. Quando isso ocorre, o grupo trava não consegue avançar na discussão do tema e causa uma sensação de impotência.

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Os acordos mais freqüentes são: os horários de chegada e saída, intervalos, celular no silencioso ou desligado, conversas paralelas, tempo de fala, entre outros. Não é necessário definir todos os acordos, eles deverão ser acertados conforme a necessidade.

Lembre e oriente os educandos sobre o guia do trabalhador. Nele irão encontrar as atividades que serão desenvolvidas durante o Acolhimento Pedagógico, textos para aprofundamento e orientação para a realização das atividades práxicas a serem desenvolvidas no momento de interação com o trabalho.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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1h

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Vamos às atividades?

Olá facilitador,Essa é sua primeira atividade com os trabalhadores da atenção básica. Como se trata do primeiro encontro, você pode lançar mãos das dinâmicas de apresentação e descontração que estão no anexo no final desse guia. Elas são atividades que ajudam amenizar as tensões do grupo, favorecendo espaços de desinibição, descontração, acolhimento e vinculo entre as pessoas, conseqüentemente beneficiando o processo de aprendizagem.

Logo depois, propomos que você abra a atividade explicando o que é o Acolhimento Pedagógico.

Como? Vejamos:

PRIMEIRO DIA: TURNO MATUTINO

Atividade I – Apresentação do Acolhimento Pedagógico

Esta é uma etapa importantíssima! Permite que cada educando tenha noção de todo o processo pedagógico e evitando assim produção de ansiedade. Para isso, no “DVD com os filmes e outros materiais de apoio” você tem uma apresentação em Power Point, que poderá adaptar conforme a necessidade, para explicar o funcionamento do AP, seus objetivos, estrutura didática, carga horária, metodologia, cronograma e responsabilidades de cada um e pactuações de convivência.

Sugestão: Peça que cada trabalhador leia o slide que será apresentado. Você poderá fazer comentários e tirar dúvidas. Esta pode ser uma estratégia para não ficar monótona a apresentação.

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Atividade II – Discussão sobre as Tendências Pedagógicas

Agora que os participantes já têm claro o que é o Acolhimento Pedagógico, vamos partir para a discussão de três tendências pedagógicas (condicionante, crítica ou problematizadora e tradicional) e como elas aparecem na prática dos profissionais da saúde da família.

Como fazer isso?

Você tem o texto no DVD de apoio “As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde” e os filmes: Aprender a aprender, Trecho do filme Sociedade dos Poetas Mortos ou Vídeo Clipe da música 'Another Brick in the Wall' (também disponíveis nos sítios descritos no Apêndice). Antes de começar a atividade você deve ter lido o texto e os vídeos, assim estará munido de mais informações e ferramentas para facilitar a atividade. Para lhe auxiliar na interpretação e mediação dos filmes confeccionamos “releases” dos filmes que lhe embasarão (disponíveis no apêndice no final do Guia).

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Onde você deve chegar com essa atividade?

Proporcionar a compreensão das concepções pedagógicas, e como elas

estão embutidas nas práticas de saúde tanto na assistência aos usuários,

quanto nas atividades em equipe e educativas;

Explicitar que a proposta do Acolhimento Pedagógico utiliza a

metodologia problematizadora.

Tornar claro a opção que fazemos pela pedagogia da problematização e a

sua maior adequação para o trabalho em saúde, pois:

Considera a vivência e a realidade dos que estão inseridos,

proporcionando a aprendizagem significativa;

Produz saúde, na medida em que a longo prazo, promove a

transformação de hábitos e práticas, tendo como conseqüência o controle

das pessoas sobre suas vidas;

OFICINA 1- COMPREENDENDO AS TÊNDENCIAS PEDAGÓGICAS: O QUE EU QUERO PARA MIM?

Passo a Passo 1. Distribua o texto para trios. Faremos uma leitura coletiva dos 3 tipos

de pedagogias acima mencionados. Pode-se sugerir um rodízio de pessoas para leitura, assim não ficará monótono.

2. Abra a roda para discussão.

Com a ajuda do quadro abaixo que você pode reproduzir no papel madeira, anote as principais características de cada metodologia apontada pelo grupo.

Sugestão:Haverá pessoas de diferentes escolaridades e aproximações com o tema, portanto se você fizer uma breve explicação sobre cada pedagogia, poderá tirar dúvidas sem expor as pessoas.

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Prática Pedagógica

Tradicional Condicionante Problematizadora (crítica)

Características

1.

Passo a Passo Caso as pessoas fiquem caladas, você poderá utilizar as seguintes perguntas para estimular a roda:

O educador transmite ou dialoga informações com os educandos?

Os educandos participam da discussão ou apenas ouvem?

O educador dialoga com educando ou apenas transmite conhecimentos?

Qual das praticas promovem reflexão e formação de consciência critica pelos educandos?

3 Divida o grupo em 3 subgrupos, cada um com um dos tipo de prática

pedagógica. Cada grupo não deve saber o do outro. Oriente que eles devem interpretar (“uma cena“ curta) uma situação vivenciada no seu cotidiano da saúde da família referente à tendência pedagógica recebida e discutida anteriormente. Após as três apresentações, solicite que os 2 subgrupos que assistiram a apresentação, a nomeiem, quanto ao tipo de pedagogia que está sendo encenada, até que as 3 cenas sejam identificadas. Pode-se perguntar se as pessoas querem fazer algum comentário sobre essa vivência.

4. Após apresentação, para fechar a discussão de forma leve e descontraída, apresente uma das seqüências com 2 filmes:

4.1 – Aprender a Aprender e Trecho do filme Sociedade dos Poetas Mortos

ou

4.2 - Aprender a Aprender e Video Clipe da música 'Another Brick in the Wall'

Antes de passar os vídeos, apresente 4 perguntas norteadoras para ajudar o grupo na discussão posterior. Desta forma, possibilitará construir um olhar direcionado dos educandos sobre as práticas pedagógicas encenadas, que facilitará a discussão.

Sugestão:Você deve passar os vídeos um após o outro e depois abrir para discussão em grupo. Leia os comentários a respeito dos vídeos que estão disponíveis no Apêndice.Oriente o grupo a fazer anotações a respeito do que lhes chamará mais atenção nos vídeos

Sugestão:Pergunte sobre as experiências que vivenciaram ao longo da vida com relação às tendências pedagógicas. Isso pode ajudar o grupo a compreender esses conceitos.

- 19 -

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

3.

Por fim, você pode fazer uma avaliação rápida de como foi o turno da manhã, deixando livre a fala das pessoas.

Atividade III – Construindo e Vivenciando as Políticas de Saúde no Brasil

Para discutir as políticas de saúde propomos que você inicie a atividade utilizando o

filme “Políticas públicas de saúde no Brasil” que se encontra no DVD de apoio ou no link

. O objetivo desta atividade é

retratar os diversos momentos históricos do Brasil em que foram construídas as políticas de

saúde.

Como fundamentar a sua discussão?

Você pode ler os textos de apoio contidos no CD de textos e o quadro abaixo que

sintetiza a História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil.

Texto de Apoio

A discussão sobre a construção das políticas de Saúde no Brasil aqui apresentada,

pretende explicitar e propiciar uma reflexão crítica de como foram construídas as ações da

saúde para a população brasileira pelos diversos atores políticos (governo, setor privado,

igreja e sociedade), e de que forma este panorama contribui para configuração atual do

sistema de saúde brasileiro. Para tanto, na intenção de compreender esse percurso,

precisamos ter em mente, ainda que em linhas gerais, o caminhar do setor saúde.

Assim, até a década de 80, as ações de saúde eram estabelecidas como benefícios

concedidos às pessoas que pertenciam a uma categoria profissional reconhecida, ou seja,

para quem poderia pagar por ela através de suas organizações trabalhistas (Caixas de

Aposentadoria e Pensão, e em seguida os Institutos de Aposentadoria e Pensão). Para as

outras pessoas, desempregados, donas de casa, trabalhadores rurais e do mercado

informal, restavam as Santas Casas de Misericórdia e Caridade. As ações de saúde estavam

voltadas para garantir o desenvolvimento econômico e amenizar as tensões sociais, o que

explica a concentração dos serviços de saúde na área urbana e na região portuária, centros

da economia. Por conseguinte, o modelo de atenção à saúde adotado estava entre o

campanhista e o médico privativo.

http://versaude.blogspot.com/2008/05/polticas-pblicas-na-sade.html

Primeiro Dia - TURNO DA TARDE

Passo a Passo PERGUNTAS NORTEADORAS

1. O que mais lhe chamou a atenção nos vídeos?

2. Quais as tendências pedagógicas os filmes ilustram?

3. No trabalho na unidade de saúde você faz atividades educativas? Quais?Nessas atividades, você utiliza mais qual tendência pedagógica? Você acredita que essa tendência é a mais adequada? Se sim, por quê? Se não por quê?

- 20 -

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 21 -

Quadro Resumo

Entre o final da década de 70 e início da de 80, com o enfraquecimento dos governos

ditatoriais e a crise econômica e social, gerou-se um clima de insatisfação e tensão na

sociedade. O resultado disso foi a eclosão de vários movimentos sociais na luta pela

liberdade, democracia, pelo direito de livre expressão, por melhores condições de vida e de

saúde. No que se refere ao setor saúde, destaca-se aqui o movimento da reforma sanitária,

que reivindicava por um sistema de saúde universal e igualitário para todos.

Como grande expressão da reforma, ocorreu a VIII Conferência Nacional de Saúde

em 1986, a promulgação da constituição de 88 e a criação do Sistema Único de Saúde - SUS.

Neste momento, as ações de saúde são estabelecidas como um direito conquistado pela

sociedade, e não mais como um benefício.

A criação do SUS representa um marco na política de saúde brasileira, na medida em

que representa uma conquista da sociedade civil organizada, que se instaura um sistema de

saúde de acesso a todos (universalidade); que prioriza as pessoas conforme suas

necessidade (equidade); que compreende o processo saúde-doença como uma relação de

equilíbrio-desequilíbrio entre os fatores biopsicossociais (integralidade); que prega a

distribuição de serviços de saúde em uma rede assistência integrada que garanta o acesso a

todos e aos diferentes níveis de atenção à saúde (regionalização), tudo isso sob a gestão

compartilhada entre governo, profissionais de saúde e demais membros da sociedade

(participação social). Assim, inicia-se a implementação do modelo de atenção da vigilância à

saúde.

MODELO DE ATENÇÃO A SAÚDE

EQUIPE DE SAÚDE OBJETO TECNOLOGIAS

Modelo Médico Assistencial Privatista

Centrado no médico e nas especialidades.

Doença e doentes. Tecnologia médica – clínica - na perspectiva do individuo.

Modelo Sanitarista Sanitaristas –auxiliares Modos de Transmissão e fatores de risco

Tecnologia sanitária – campanhas de prevenção, controle e erradicação de doenças – na perspectiva da coletividade.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Quadro resumo do modelo de Atenção à saúde da Vigilância da Saúde

E agora, após o filme como fomentar a discussão?

Depois do filme, sugerimos uma oficina para que o grupo possa organizar e

sistematizar os conceitos abordados. A seguir, você verá duas possibilidades de atividade.

Escolha aquela que você considerar a mais adequada.

Oficina 1 - No túnel do tempo, ou;

Oficina 2 - Construção de um jornal sobre as políticas de saúde

MODELO DE ATENÇÃO A SAÚDE

EQUIPE DE SAÚDE OBJETO TECNOLOGIAS

Modelo Vigilância da Saúde

Centrado na equipe e usuário

Danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida, saúde e trabalho.

Tecnologia da comunicação social, planejamento e programação local – associação entre o saber clínico, epidemiológico, científico e social - na perspectiva da coletividade (família e grupos).

Ao refletir sobre a história das políticas de saúde, nos deparamos o quanto é grande o

tempo em que a maioria da população ficou sem uma assistência de saúde integral e

resolutiva. Tal fato traz um acúmulo de 65 anos de carência de cuidado com a saúde

(contabilizando a partir de 1923, período da república velha – Criação da Lei Eloy Chaves –

ver slides de políticas em anexo), que o SUS tenta enfrentar, atender e cuidar. Esta dívida

histórica da saúde com a sociedade brasileira, anos e anos de ausência de cuidado,

explicam as dificuldades e obstáculos para a implementação do SUS em cada município

brasileiro.

Caso sinta necessidade de aprofundar essa discussão leia os textos de apoio

do CD ou também você pode colar esse link na barra do navegador e imprimir ou ler, o

seguinte texto: . http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/356.pdf

- 22 -

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 23 -

OFICINA 1 - NO TÚNEL DO TEMPO

Passo a Passo

1. Peça que a turma se divida em cinco grupos. Avise que eles entrarão no túnel do

tempo;

2. Cada grupo deverá receber folhas com a sistematização de uma das eras que já foi

apresentada pelo filme: República Velha, Era Vargas, Ditadura Militar e o outro com a

pós-constituinte e atualidades (anexo slides das políticas de saúde – CD);

3. Após a leitura, cada grupo deverá encenar a era que recebeu. Sugira que encenem os

fatos de forma descontraída, como se tivesse numa apresentação de teatro,

jornalística (tipo um jornal de TV), uma fofoca entre comadres ou uma noticia que

chegou ao seu município. Nesta última proposta, fale que eles podem se sentir livres,

para imitar “pessoas da vida real” de seu cotidiano de forma a brincar com a história,

mas mantendo o respeito a todos. Para encenação peça para que eles incorporem

fatos vivenciados no município na época ou contados por seus pais, seus avós;

OFICINA 2 - CONSTRUÇÃO DE JORNAL DAS POLÍTICAS DE SAÚDE

Passo a Passo

1. Peça que a turma se divida em cinco grupos e distribua o material. Cada grupo

receberá uma folha com a sistematização de uma das eras: República Velha, Era

Vargas, ditadura e o outro com a pós-constituinte e atualidades cd anexo;

2. O objetivo desta oficina é construir um jornal do período correspondente a era que

recebeu, incorporando ou ilustrando as informações sistematizadas, conhecimentos,

experiências vivenciadas por eles ou por seus avós, pais em seu município. É

importante que o jornal tenha a cara do município no qual trabalha a equipe de saúde

da família, podendo para isso incorporar fatos reais: nome do hospital da cidade, a rua

em aconteceu o fato, etc.;

3. Peça para que apresentem o jornal como quiserem como a criatividade de cada um

permitir. Depois abra para discussão.

Comentário:

Para facilitar quaisquer das oficinas você possui o texto em anexo e os slides com a

sistematização das Eras. Ao final da oficina, é importante que você faça uma reflexão com

grupo sobre a forma com que a história das políticas de saúde influencia na configuração atual

do SUS, utilizando como base o texto de abertura da oficina. É interessante que se abra um

espaço para que a turma verbalize como vê na sua realidade essa influência.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Você deve orientar as equipes sobre os objetivos e tarefas das atividades práxicas nos momentos

de interação pedagógica, estimular a socialização sobre a vivência e reflexões geradas.

Nesse primeiro dia de atividades foram discutidas as tendências pedagógicas e o seu papel em

processos pedagógicos (educativos) entre a equipe e comunidade e entre os próprios membros da

equipe. Convidamos então os educandos a aprofundar essa reflexão a partir da análise das suas

próprias práticas pedagógicas. Lembrando que os processos pedagógicos, ou seja, o processo de

educar e ser educado acontece no encontro entre as pessoas, através das relações que se

estabelecem quer seja em um grupo de educação em saúde, em uma visita domiciliar, em uma

consulta, na recepção da unidade ou reunião de equipe.

Orientação para a Atividade Práxica

Tema Vivenciando e refletindo sobre as práticas educativas do cotidiano da saúde da família

Objetivos - Proporcionar reflexão sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas pela equipe na sua relação com a comunidade e entre ela mesma

- Estimular o desenvolvimento de ações de educação em saúde

Materiais Papel madeira ou cartolina e caneta hidrocor

Tempo de duração

1 h 15 min (40 min discussão e construção da bandeira e 35 min de discussão no grande grupo).

Passo a Passo 1. Orientar os educandos para, em reunião de equipe, fazerem um

levantamento sobre os momentos que realizam atividades de educação. É

importante lembrar que os gestores devem participar junto com as equipes;

2. As atividades que desenvolvem devem ser registradas em um mural ou

cartolina com as seguintes categorias:

Que atividades pedagógicas realizamos?

Quem participa dessas atividades?

Qual metodologia utilizamos e qual

tendência pedagógica esta mais presente

nessa prática?

- 24 -

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Atividade IV – Pactuação da Atividade Práxica para o Momento de Interação com o trabalho

As atividades práxicas visam proporcionar um movimento de reflexão da prática das equipes de

saúde da família a partir de seu cotidiano. Chamamos de práxis o processo de problematização

realizada a partir das experiências e vivências nos territórios das equipes. Acreditamos que esse

movimento proporciona a reflexão sobre as práticas e aprendizado significativo no sentido de

produzir mudanças e/ou qualificação do cuidado.

- 25 -

Abaixo alguns exemplos para entender melhor o que seria avaliar e pensar sobre

as práticas de educar e ser educado.

- Suponhamos que a equipe tenha chegado à conclusão de que seu grupo de gestantes tem uma abordagem que não leva em consideração o saber e necessidades das mulheres. A relação se dá através de palestras e está se tornando “chato” e “prescritivo”. Através dessa discussão da equipe podem, por exemplo, chegar a conclusão de que seria interessante avaliar o grupo junto com as próprias gestantes ou partirem para uma abordagem de troca de experiências entre as gestantes sobre temas que mais as interessam;

- Um outro exemplo seria o uso dos dados do SIAB. Pode haver a situação em que os relatórios nunca foram discutidos entre a equipe ou serem utilizados apenas para cobrança de metas. A equipe junto com o representante da gestão pode chegar à conclusão de que esses dados podem ser utilizados com o objetivo de monitoramento de metas, além de ser avaliados na reunião de equipe e servir para a discussão sobre os problemas do território e planejamento de ações;

- Ou que ao analisarem a dispensação de medicamentos perceberam que as orientações dadas não estavam sendo entendidas pelos usuários por causa do jeito difícil de falar dos profissionais de saúde.

Bom, esses são apenas alguns exemplos que podem ser utilizados para esclarecer os educandos sobre a atividade de dispersão. O importante é destacar que caso a equipe tenha conseguido colocar em prática essas mudanças, elas devem fazer o relato dessa experiência no próximo presencial. Para aquelas que não conseguiram colocar em prática até o presencial é importante responsabilizá-las desse compromisso.

Passo a Passo 3. A partir desse levantamento a equipe deve fazer uma discussão e avaliação sobre as suas práticas pedagógicas desenvolvidas com a comunidade e entre a própria equipe;4. Destacar aquilo que avaliam de positivo e escolher uma das práticas que necessita de mudanças (que identificaram que precisa ser revista);5. Aquilo que avaliarem que necessita de mudanças ou melhorias deverá ser destacado como foco de discussão. Sendo objeto de opinião e planejamento da equipe; 6. Caso haja tempo de implementar e vivenciar as mudanças destacadas na reunião de equipe até o próximo momento presencial do AP, a equipe deverá levar o relato dessa experiência. Caso contrário, apenas a discussão feita na reunião de equipe e seus resultados;

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Caro Facilitador, chegamos ao segundo dia das nossas atividades do Acolhimento

Pedagógico, após o Primeiro Momento de Interação com o trabalho em que deve ter sido

realizada a atividade práxica, voltamos a um novo encontro deste grupo, não é?! Antes de

iniciar as atividades do dia, sugerimos a realização de alguma dinâmica de aquecimento, com

o intuito de movimentar e integrar o grupo.

Atividade V – Apresentação das Atividades Práxicas

Ao iniciar as atividades com grupo, é importante ressaltar que agora devemos

socializar as atividades do momento de interação com o trabalho “Vivenciando e Refletindo

sobre as práticas educativas do cotidiano da saúde da família”. Para realização desta

atividade, sugerimos que se faça uma roda e que cada Equipe de Saúde da Família,

apresente, no tempo de 10 minutos, o produto do Primeiro Momento de Interação com o

Trabalho. Logo em seguida, peça aos participantes do grupo que debatam sobre como foi

fazer a atividade.

Atividade VI – Discussão sobre Conceito e Determinantes Sociais de Saúde

Agora, você iniciará com o grupo a temática sobre o Conceito e Determinantes Sociais

de Saúde. Para facilitar a discussão com o grupo sugerimos que você leia o texto “A Saúde e

seus Determinantes Sociais” de Paulo Marchiori Buss e Alberto Pellegrini Filho (2007), que se

encontra no DVD de apoio ou no site http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf.

Sugestão:Lembre-se que no final deste caderno você encontrará diversas opções de dinâmicas da qual você poderá lançar mão quando o grupo estiver cansado, desagregado, ou mesmo calado.

Sugestão:Instigue o grupo a relacionar os conceitos aprendidos sobre as Tendências Pedagógicas a prática de ações de Educação e Saúde desenvolvidas no cotidiano de suas equipes (ex: atividades de educação permanente, grupos de educação em saúde, etc).

Segundo Dia - TURNO DA MANHÃ

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 28 -

Vamos resgatar alguns conceitos?

O que se entende por determinantes sociais da saúde?

As diversas definições de determinantes sociais de saúde (DSS) expressam, com maior ou menor nível de detalhe, o conceito atualmente bastante generalizado de que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A comissão homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.

Fonte: PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva: BUSS; PELLEGRINI, 2007.

Sugestão:Para consolidar os conhecimentos sobre Determinantes Sociais de Saúde que tal propor ao grupo uma sessão de cinema do filme 'Ilha das Flores' que ilustrará algumas situações?!

Este vídeo tem duração de 15 minutos, após a sua apresentação, instigue o grupo com a seguinte pergunta:

Quais e de que forma os Determinantes Sociais podem interferir no processo saúde-doença e no processo de trabalho das Equipes de Saúde da Família?

Para aquecer a discussão, você pode utilizar outras perguntas como:

a) Que determinantes sociais de saúde vocês identificam no filme?

b) De que forma eles interferem na vida da população?

Esses determinantes interferem em que espaços do território e do seu processo de trabalho de uma Equipe de Saúde?

Apresentação do Vídeo – Ilha das Flores

Objetivos Materiais Necessários Tempo estimado

- Estimular o grupo de trabalhadores a refletir sobre as determinações dos fenômenos sociais e como eles repercutem na realidade do trabalho e no território- Fomentar o grupo a pensar estratégias e instrumentos a serem utilizadas no seu processo de trabalho, que possam auxiliar na intervenção junto aos problemas de saúde

Vídeo “Ilha das Flores”

Aparelho de DVD

TV

Papel ofícioCaneta/piloto

1 h 30 min

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Segundo Dia - TURNO DA TARDE

Atividade VII – Discussão sobre Participação e Controle Social

Para iniciar essa discussão, você pode propor para o grupo algumas oficinas. A seguir,

apresentaremos duas propostas de oficinas que ajudarão na condução do debate sobre

Participação e Controle Social.

Oficina 3 – Minha Bandeira

Oficina 4 - Construção de um jornal sobre as políticas de Saúde

- 29 -

OFICINA 3 - MINHA BANDEIRA

Objetivos Compreender os sentidos e significados atribuídos a participação;

Perceber como se concretiza a participação na USF e na comunidade;

Perceber quem é (são) o(s) líder (es) da EqSF e NASF e da Comunidade.

Materiais Papel metro ou folha de flip chart, revistas, jornais, cola, tesoura, lápis de cor, hidrocor, caneta.

Tempo de duração

1 h 15 min (40 min discussão e construção da bandeira e 35 min de discussão no grande grupo).

Passo a Passo Vamos movimentar o grupo?! Facilitador, a oficina Minha Bandeira

tem como proposta discutir questões do controle social, da participação da

comunidade e dos trabalhadores da USF, através da construção de um

símbolo - uma bandeira. A proposta é que o grupo elabore uma bandeira que

representa a luta pela saúde no processo de trabalho da USF e na

comunidade.

Como você vai conduzir esta atividade? Vamos a explicação...

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 30 -

OFICINA 3 - MINHA BANDEIRA

Passo a Passo Divida o grande grupo em subgrupos, de acordo com a composição de

suas equipes de trabalho, retrate para os participantes, situações corriqueiras de

um Serviço de Atenção Básica (a seguir ilustraremos alguns exemplos), peça que

a partir dos exemplos discutam o que é participação. O produto da discussão

realizada no grupo será a construção de uma bandeira de luta, que simbolize o

que é Participação e Controle Social. Solicite que os pequenos grupos

apresentem suas bandeiras e problematize:

O que é participar?

Como eu vejo a participação na minha comunidade e na USF?

De que forma essas manifestações de participação contribuem na

consolidação do SUS?

Como se dá a liderança na EqSF, NASF e na comunidade?

Quem é o líder da minha equipe? Como se dá essa liderança, em

que momentos ela é mais ou menos participativa?

Como a comunidade participa na gestão da USF e como a

EqSF/NASF participa com a comunidade?

Há conselho local de saúde, como funciona? Alguém já participou

de alguma atividade do conselho municipal de saúde, como é?

Ex: retratar uma reunião de equipe (revela a tentativa de organizar o processo de trabalho na USF – fato relevante para a consolidação do SUS), a comunidade indo à secretaria de saúde para reivindicar médico ou reclamar por algum atendimento, todas estas representando formas diversas de participação. A princípio, a idéia não é problematizar as formas de participação, se estas estão restritas ou não, mas ilustrar realmente quais são as formas de participação, ou seja, a bandeira de luta pela saúde “levantada” pela equipe e comunidade.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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OFICINA 4 - CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS

Objetivos Consolidar os conceitos sobre participação e controle social

Refletir com o grupo como está a sua participação nos espaços da equipe, comunidade, etc, e o que querem destes espaços coletivos

Materiais Papel ofício, folhas coloridas, lápis de cor, cola, revistas, caneta hidrocor, etc.

Tempo de duração

1 h 15 min (15 min para a construção das máscaras e 60 min de discussão no grande grupo).

Passo a Passo Propomos a realização da Oficina “Construção de Máscaras” com intuito de

facilitar a discussão e concretizar alguns conhecimentos sobre participação.

Cada participante deverá criar sua máscara, que deverá representar a cara que

cada um quer para si com relação à participação.

1. Distribua o material entre as pessoas;

2. Explique a atividade e peça que eles confeccionem cada um a sua

própria máscara que represente a forma de participação que

desejam; 3. Após a atividade, forme uma roda e promova um diálogo entre

o significado de cada máscara e da participação para cada um.

Comentário: Para auxiliar a facilitação da oficina estude o texto “A (res)significação da cidadania na construção do Estado e da sociedade brasileira” e outros sobre participação que se encontram no material de apoio e tente resgatar alguns elementos do Filme Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Se atente para o tempo de fala de cada um para que todos que quiserem possam falar.

Atividade VIII – Pactuação da Atividade Práxica para o Momento de Interação com o

trabalho

Caro facilitador, nesse momento, você tem a tarefa de explicar o roteiro “Um 1º roteiro para

uma cartografia” (que você encontra no CD-room do facilitador - textos de apoio e no guia do

trabalhador), ele será o instrumento que as equipes utilizarão para realizar a cartografia do território.

Como essa atividade é complexa e leva tempo, estamos propondo dividi-la em dois momentos. A

primeira parte do roteiro que envolve delimitação da área de abrangência, mapeamento, história da

comunidade e da unidade de saúde (itens 1 a 4 do roteiro) é para ser realizado nesse momento e

apresentado no terceiro encontro presencial. Seu enfoque é na história da comunidade e surgimento

da unidade de saúde, bem como a participação da comunidade nesse processo e como é essa

participação atualmente. Sugerimos reunir os membros da equipe de saúde e da comunidade para

discutir essa temática, no passo a passo logo abaixo detalhamos essas orientações.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 32 -

Os itens 5 a 10 do roteiro, que poderão ser desenvolvidos pelas equipes ao longo do

tempo, deverão ser apresentados com mais detalhes no quarto encontro presencial.

Orientação para a Atividade Práxica

Tema Construindo a cartografia do território – em foco a história da comunidade e suas formas de participação

Objetivos ?Iniciar a construção da cartografia do seu território

?Produzir mapa da área de abrangência (mapeamento) da unidade de saúde

?Resgatar a história da comunidade e da unidade de saúde Identificar as formas de participação da comunidade presentes no território

Materiais Texto: “Um 1° roteiro para uma cartografia” (texto de apoio contido no CD do facilitador e no guia do trabalhador)

Passo a Passo 1. Solicite que cada equipe de saúde da família inicie a cartografia, segundo o

documento adaptado: “Um 1º roteiro para uma cartografia”. É importante orientar

as equipes para que partam daquilo que já realizaram de mapeamento e outros

levantamentos de seu território, sendo que dependendo da equipe, em alguns

casos estarão iniciando esse processo e em outros apenas atualizando.

2. Oriente que cada equipe deverá realizar a cartografia começando pelos itens

de 1 a 4, os quais deverão ser apresentados no próximo encontro, os itens 5 a 10

do roteiro deverão ser realizados concomitante ou na sequência e serão

abordados no quarto encontro presencial do momento de interação pedagógica.

3. Oriente que os itens 2, 3 e 4 do roteiro deverão ser abordados através de um

grupo com membros da comunidade e da equipe de saúde. Ou seja, deve se

montar um grupo com representantes da comunidade e da equipe para falar

sobre a história daquela comunidade, de como surgiu a unidade de saúde e sobre

as formas de participação da comunidade.

4. Oriente-os a organizar uma conversa entre alguns membros da equipe e

representantes da comunidade (associação de moradores, membro da pastoral,

membro do conselho de saúde, benzedeira, ou seja, pessoas que conhecem bem

a história da comunidade e possam fornecer informações “chave” ou que seja

representante de algum movimento dentro da comunidade). O grupo deve ter

entre 6 a 12 pessoas e tem o objetivo de reconstruir, através das lembranças

e opiniões das pessoas (equipe e moradores), a história da comunidade, da

unidade de saúde e da participação da comunidade no bairro e na unidade.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 33 -

OFICINA 3 - MINHA BANDEIRA

Passo a Passo 5. A equipe de saúde deve destacar quem será o mediador da discussão e quem

irá relatá-la para posterior sistematização, os demais deverão participar da

discussão junto com o grupo.

6. Algumas perguntas norteadoras podem ser utilizadas no grupo, como por

exemplo:

a) Como surgiu aquela comunidade? De onde vieram as pessoas? Como são

seus costumes?

b) Como as pessoas resolviam ou resolvem seus problemas de saúde antes da

unidade existir? Como surgiu aquela equipe de saúde? Quais expectativas da

comunidade com relação o serviço?

c) Quais as formas de participação da comunidade? Existem organizações como

pastoral, movimento de igrejas, associação de moradores, conselho local de

saúde?

d) De que forma a comunidade conversa sobre suas necessidades de saúde com

a equipe? Existe reunião ou outra forma de diálogo entre a comunidade e a

equipe?

7. Pactue com cada uma das equipes solicite os equipamentos necessários para a apresentação da cartografia com antecedência (data-show, computador, quadro branco, televisão, aparelho de DVD, etc.).

Por fim, você pode fazer uma avaliação rápida de como foi o dia, deixando livre a fala das pessoas

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 34 -

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 35 -

Atividade IX – Apresentação das Atividades Práxicas

Após este período de atividades nos respectivos locais de trabalho, é preciso dar

seguimento às discussões já disparadas através da atividade práxica. Para tanto, você deve

solicitar que cada equipe apresente um relato de como desenvolveu a primeira parte da

cartografia do território. Neste momento da apresentação você deve problematizar e discutir

com o grupo sobre as formas de participação e trazer para a discussão o papel do conselho

de saúde.

Lembre-se de pedir que os grupos destaquem a síntese gerada a partir das perguntas

norteadoras.

Atividade X – Retomando as Diretrizes da Estratégia de Saúde da Família

Chegou o momento de discutir as diretrizes da Estratégia da Saúde da Família!

Mas, antes de apresentarmos a atividade proposta, há alguns elementos

imprescindíveis que podem ajudá-lo na condução da discussão. Lembre-se de que esta

discussão envolve tanto as diretrizes da equipe de saúde da família quanto do NASF, Núcleo

de Apoio à Saúde da Família.

Para isso, utilize o texto de apoio a seguir que traz uma síntese dessas diretrizes.

Terceiro Dia - TURNO DA MANHÃ

Sugestão:Caso esteja inseguro sobre esse tema não esqueça que pode lançar mão dos textos sobre participação contidos no material de apoio.

RESUMO DE APOIO

?A Estratégia da Saúde da Família (ESF) é a forma de organização prioritária da Atenção Básica assumida pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.

?É caracterizada por um conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde que devem ser desenvolvidas de forma integral e contínua.

?A ESF envolve as Equipes de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

?A ESF segue os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e como diretriz estabelece a área de abrangência e adstrição da população a ser atendida.?As intervenções da equipe de SF e NASF devem considerar os determinantes sociais e riscos epidemiológicos de forma continuada, singular e participativa, articulando-se com serviços de outros níveis de complexidade do sistema e apoiando-se em ações intersetoriais para a garantia da integralidade do cuidado.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 36 -

?O cuidado deve ser centrado no usuário/comunidade com complementaridade de olhares, saberes e práticas de cada um dos membros da equipe, bem como na construção de novos saberes e práticas a partir da interação entre eles e da equipe com o território e usuários.

?O processo de trabalho da equipe de saúde da família deve ser orientado pelas características e necessidades de saúde da população do território que está sob sua responsabilidade sanitária

?Entende-se por território não apenas como espaço físico, este também envolve as relações entre as pessoas e destas com o espaço que ocupam.?O NASF foi criado por meio da Portaria GM/MS nº 154 de 24 de janeiro de 2008, com o objetivo de apoiar a ampliação o escopo das ações das equipes de saúde da família.

?O NASF faz parte da ESF e, portanto, da atenção básica. Não se constitui como centro de especialidades e nem ambulatório especializado.?NASF não é porta de entrada do sistema e nem equipe de referência para a população. A equipe de saúde da família continua sendo a referência da população.

?O NASF é referência para a equipe de saúde da família para realização de apoio matricial.

?O matriciamento pode se dar através do cuidado compartilhado com a utilização de algumas ferramentas como interconsulta, discussão de casos, projetos terapêuticos e planos de cuidado.

?O NASF deve atuar como “apoiador” das equipes de saúde da família, se propondo a fortalecer o trabalho em equipe, se utilizando de estratégias de educação em saúde e educação permanente, compartilhando saberes e aprimorando as práticas individuais e coletivas.

?A prática do NASF não deve ser confundida com a lógica da referência e contra-referência. Implica em co-responsabilização entre as equipes (EqSF e NASF), para um cuidado compartilhado e resolutivo fortalecendo a integralidade das ações.

?O NASF tem como um dos propósitos desenvolver a autonomia da equipe de saúde da família, estimulando a operacionalização de outros tipos de cuidado, dentre os quais, o estímulo às atividades de vida diária, alimentação saudável, etc.

?O papel do NASF deve ser compreendido pela equipe da gestão, que deverá coordenar o processo de trabalho na lógica do apoio institucional, para favorecer e intermediar a relação entre os trabalhadores da EqSF e NASF.

?Com o intuito de superar distorções e trabalhar expectativas e conflitos, faz-se necessário fomentar discussões acerca do NASF em conjunto com os trabalhadores das EqSF e NASF, comunidade, gestão municipal (atenção básica, vigilância epidemiológica e sanitária) e outros trabalhadores especialistas.

Para consolidar essa discussão, você pode propor para o grupo uma oficina. A seguir,

você verá um quadro explicativo sobre a realização da oficina.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 37 -

OFICINA 5 - SITUAÇÃO-PROBLEMA

Propor uma Situação-Problema pode ser um bom disparador de discussões, pois

refletir sobre uma situação concreta, próxima da realidade das pessoas do grupo, sempre

ajuda a discutir os fundamentos teóricos e a ampliação do olhar! O objetivo desta atividade é trazer a discussão sobre as diretrizes da ESF.

Passo a Passo

Situação-Problema

Denise tem 54 anos, mora com o esposo, sogros e filha numa comunidade

localizada na periferia de uma cidade brasileira. Chegou à equipe Estratégia Saúde

da Família (ESF) mais próxima de sua residência alegando estar “doente dos

nervos”, referindo insônia, esquecimento, desânimo e tristeza. Está com medicação

controlada há dois anos. Através de um Agente Comunitário de Saúde (ACS), a

equipe ESF toma conhecimento do desenho familiar: o marido (chamado por todos

de Maurão) faz uso abusivo de álcool, é diabético, não adere ao tratamento já

proposto pela equipe e apresenta sangramento gengival espontâneo. Maurão retém

consigo e controla a pensão dos pais – sogros de Denise –, que passam por sérias

dificuldades financeiras sem conseguir retomar o controle do próprio dinheiro. A filha

de Denise e Maurão passa por diversos problemas. Milena tem 16 anos, faz uso de

crack, é hipertensa e já tentou suicídio ingerindo os antidepressivos da mãe.

Descobriu-se há pouco que Milena está grávida há cinco meses e está abaixo do

peso.

QUESTÕES NORTEADORAS DA DISCUSSÃO

1. Diante do caso, como se pode pensar numa rede de cuidados para maior

resolutividade com relação os problemas de saúde dessa família?

2. Que estratégias podem ser utilizadas no cuidado dessa família?Que ações podem ser desenvolvidas em conjunto com essa família?

Tempo estimado

- Discussão em subgrupos e sistematização da discussão: 30 minutos

- Apresentação de cada subgrupo: 10 minutos cada

- Discussão: 30 minutosTempo total: 1h e 20m

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 38 -

Sugestão:Tenha sempre em mente o tema e objetivo da atividade, desta forma, você saberá quais os pontos relevantes que devem aparecer no papel madeira e que irão nortear a discussão do grupo.

Vamos conhecer mais um recurso para trabalhar o tema das Diretrizes da ESF com o grupo?

O que se entende por integralidade?

Este tema também pode ser debatido com o grupo a partir de um vídeo chamado “Integralidade”. Ele está disponível no site:

ou

no CD-room em anexo a este Guia.

O vídeo tem duração de 15 minutos e levanta a discussão das práticas de cuidado.

Se você optar por apresentá-lo ao grupo, ao terminar a exibição, você deve abrir para que os participantes tragam suas percepções a respeito do filme relacionando-as com as diretrizes da Estratégia da Saúde da Família.

Você, como facilitador, terá um papel fundamental na associação do conteúdo do filme com as diretrizes da ESF para que o objetivo da atividade seja atendido.

http://www.abepsi.org.br/abep/integralidade.wmv

Sugestão:Prepare uma pesca/cola com palavras chaves que possam te lembrar de elementos que não podem deixar de aparecer nesta discussão, tais como: vínculo, integralidade, trabalho em equipe, ampliação da clínica, responsabilização, território, equidade etc. Você pode se embasar nos textos contidos no CD-room anexo a este Guia.

Terceiro Dia - TURNO DA TARDE

Atividade XII – Cartografia e Linhas de Cuidado

Antes do início da atividade abaixo proposta, sugerimos a exibição do trecho de

uma animação chamada “As Aventuras de Azur e Asmar”, cujo “release” encontra-se

no Apêndice deste guia. Ele tem uma duração de aproximadamente 25 minutos e tem

como objetivo ampliar a discussão sobre as várias dimensões do Território e as formas de

se relacionar com ele.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 39 -

Segue abaixo algumas perguntas norteadoras para auxiliá-lo a conduzir o grupo na

correlação entre o tema do filme e o território que atuamos na saúde:

a) Você acha que conhece o território onde você trabalha? Por quê?

b) Quais as lentes que você utiliza para olhar para o território?

c) É possível olhar de uma outra maneira para o território? Como?

Tempo Estimado: 40 minutos

OFICINA 6 - UMA CIDADE CHAMADA JUBIABÁ

Caro Facilitador,

Esta atividade tem como objetivo trazer à tona a importância de olhar para o

território em todas as suas dimensões para perceber quais as necessidades de saúde que

nele se apresenta. É a partir deste olhar ampliado que as equipes de saúde da família e

NASF devem planejar suas ofertas para a construção de Linhas de Cuidado.

Passo a Passo

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 40 -

Texto UMA CIDADE CHAMADA JUBIABÁ

NARRADOR – Jubiabá é uma cidade de 50.000 habitantes. Cresceu muito nos

últimos 20 anos. Muita gente vinda do campo das pequenas cidades da região. Além

disso, chegaram algumas fábricas de confecções e cerâmica e apareceram aqui e acolá

lojas e escritórios. Jubiabá é pólo daquela regiãozinha esquecida de Deus!

A cidade tem ainda uma extensa área rural, demora mais de hora, em estrada

ruim, para chegar a alguns povoados. A cidade encheu de gente, mas isso não foi

acompanhado de um correspondente crescimento econômico, de infra-estrutura, e,

muito menos, de um desenvolvimento social. Jubiabá é tristemente pobre.

A cidade vive basicamente dos serviços, das fábricas recém chegadas e de uma

agricultura e pecuária em franco declínio. Planta-se também mandioca e tomate,

apreciados nas mesas de toda a região. Além da festa de São João, uma vez por ano a

cidade se agita com a Festa do Tomate, quando se elege a famosa Rainha do Tomate de

Jubiabá!

A atividade política partidária é polarizada entre dois grupos tradicionais e

conservadores que vêm se revezando à frente da administração municipal ao longo de

décadas. Algumas lideranças novas que surgiram da luta dos trabalhadores rurais, do

pessoal da cerâmica, dos pequenos comerciantes e da Escola Técnica, têm aparecido e

conseguido, a partir da Câmara de Vereadores, fazer um contraponto às práticas políticas

tradicionais de cunho clientelista e assistencialista.

Devido à sua localização no estado, a cidade tem sido utilizada na rota do tráfico

de drogas, com todas as conseqüências desse fato: violência e aumento do consumo de

drogas.

Na área de saúde, a cidade é Pólo da Microrregião, sendo referência para

consultas e exames de média complexidade, atendimento de urgência e hospitalar,

embora a estrutura do seu sistema de saúde deixe muito a desejar. Há cerca de cinco

anos o município adotou a estratégia de saúde da família para a reorganização da

atenção básica e conta hoje com 7 equipes na zona urbana e 2 equipes na zona rural

cobrindo 35,2% da população.

QUESTÕES NORTEADORAS DA DISCUSSÃO

1. De que modo aqueles equipamentos impactam no processo saúde-doença da

população?

2. Quais as limitações e potencialidades desse território para a qualidade de vida

das pessoas que ali vivem?Quais ações poderiam ser feitas frente às necessidades apresentadas?

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 41 -

Sugestão:Dividir algumas atividades com membros do grupo ajuda na produção de senso de responsabilidade com o espaço e tira a centralidade do facilitador

Atividade XIII – – Pactuação da Atividade Práxica para o Momento de Interação com o

Trabalho

Orientação para a Atividade Práxica

Tema Construção da cartografia do território - ênfase na análise de dados e construção dos mapas

Objetivos Continuar a construção da cartografia do seu território

Produzir mapa da área de abrangência (mapeamento) da unidade de saúde

Materiais Texto: “Um 1° roteiro para uma cartografia” (texto de apoio contido no CD do facilitador e no guia do trabalhador)

Passo a passo Desta vez não haverá mais pedidos além dos

que estavam pactuados!

1. Você vai apenas relembrá-los que deverão

“finalizar” a cartografia.

2. Oriente para que prepararem uma

apresentação do mapa da área e das demais

informações para o próximo encontro

presencial.Lembre-se de que se o território é dinâmico, a cartografia deve estar em constante reconstrução! É importante que as equipes saiam do Acolhimento Pedagógico com esta clareza!!

Tempo estimado 1 hora

Sugestão:É preciso que neste momento você se coloque à disposição para tirarem as dúvidas, além de abrir o espaço para que eles discutam entre si para trocarem as experiências e tirarem as dúvidas uns com os outros. Lembre-se que você não precisa saber tudo, não há nenhum problema dizer que não sabe! Pois ao abrir espaço para a troca entre os participantes, a responsabilidade de dar respostas é compartilhada.Disponibilize as referências bibliográficas que você acessou sobre o tema!

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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- 42 -

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 43 -

Caro facilitador,

Esse é seu último momento de atividades com os trabalhadores e gestores da atenção

básica. Sendo o último encontro, propomos aqui, que você fomente a discussão acerca do

sistema de informação da atenção básica e planejamento de ações como subsídios para o

desenvolvimento do processo de trabalho da equipe.

Vamos lá?

Quarto Dia - TURNO DA MANHÃ

Atividade XIV – Apresentação das Atividades Práxicas

Propomos que você disponibilize 20 minutos de apresentação para cada equipe de

saúde da família e mais 40 minutos para o momento de discussão, finalizando com o tempo

máximo de 1 hora para toda a atividade.

Atividade XV – Discussão sobre Utilização do SIAB e Planejamento das Ações

Bom, para embasá-lo no desenvolvimento dessa discussão, sugerimos a leitura dos

textos de apoio: 'Planejamento e Programação das ações de Vigilância em Saúde no

nível local do Sistema Único de Saúde', bem a consulta ao 'Manual do SIAB – Sistema de

Informação da Atenção Básica: Rotinas e procedimentos para municípios e regionais

de saúde' (ambos disponíveis no material de apoio).

Sugestão:Favoreça o desenvolvimento da atividade na forma de apresentação dialogada, de maneira que proporcione a troca de impressões e percepções por parte dos envolvidos, bem como enriquecimento do debate.

O que você deve buscar alcançar com essa atividade?

Ao final da discussão, o grupo deve ter compreendido que:

Os sistemas de informação em saúde, dentre os quais, o SIAB, contribuem para o planejamento

de ações mais coerente com a realidade local vivenciada pela equipe de saúde;

O trabalho com as fichas do SIAB deve ser do cotidiano do processo de trabalho da equipe de

saúde, sendo fomentada e acompanhada pelos gestores da atenção básica.

Planejar ações implica inicialmente em elencar os principais problemas de saúde vivenciados no

cotidiano, refletindo e analisando os mesmos, sob várias perspectivas.

Dar valor de uso para as fichas, dando sentido aos dados preenchidos e evidenciando para as

equipes a importância dos sistemas de informação, nesse caso, o SIAB.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

- 44 -

O texto sugerido para abordagem do tema planejamento traz de forma didática e

objetiva, uma metodologia de como trabalhar, priorizar e pensar ações relacionadas aos

principais problemas de saúde vivenciados pelos trabalhadores das equipes de saúde.

Dessa forma, é de grande relevância que você, facilitador, faça a leitura do texto, a fim de que

possa embasá-lo no desenvolvimento da oficina junto às equipes. Em seguida, propomos a

seguinte oficina:

OFICINA 7 - PLANEJAMENTO E SIAB

Passo a Passo

1. Cada equipe separadamente deverá analisar em conjunto as fichas do

SIAB: ficha A, B, C, D, PMA2 e BPA (cópias a serem disponibilizadas pelos

gestores), discutindo quais as principais questões e problemáticas

identificadas por meio da análise das fichas e consolidados.

2. Com base na cartografia já apresentada e no consolidado das fichas do

SIAB disponibilizadas, cada equipe deverá sistematizar, no papel pardo, os

principais problemas e/ou questões de saúde de suas respectivas áreas de

abrangência.

3. Em seguida deverá estabelecer prioridades e, posteriormente, propor

ações que possam dar conta de tais problemas, por meio da metodologia

sugerida no texto lido (PPLS).

4. Cada equipe apresenta sua sistematização para o grande-grupo, abrindo posteriormente para o debate.

Por fim, você pode fazer uma avaliação rápida de como foi o turno da manhã,

deixando livre a fala das pessoas.

Sugestão:

É importante destacar para os participantes o quanto o preenchimento de cada ficha e a análise do consolidado do SIAB norteia o planejamento de ações e intervenções. É de fundamental importância que as equipes de saúde da família compreendam a necessidade de discutir e analisar os problemas identificados e priorizados a partir de um grupo de analisadores estratégicos.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Quarto Dia - TURNO DA TARDE

A proposta agora é orientar os participantes a desenvolverem as tarefas propostas

relacionadas à temática do turno e estabelecerem, ao final, um momento de avaliação da

proposta do Acolhimento Pedagógico.

Seguindo em frente! Estamos na reta final dessa vivência!

Atividade XVI – Discussão sobre processo de trabalho e construção de agenda

Você irá nesse momento disparar uma discussão, junto às equipes de saúde e

gestores, relacionada ao processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família, apoiando-

os na construção de um agenda compartilhada.

O que você deve almejar com essa atividade?

Ao final da discussão, o grupo deve ter compreendido que:

Proporcionar que as equipes construam uma agenda com os serviços ofertados para a

comunidade, tendo como base os conceitos trabalhados e a cartografia;

Utilizar aspectos da vigilância à saúde, educação permanente, ações educativas, reunião de

equipe, atividades individuais e coletivas (ex: cuidando do cuidador, grupos educativos, salas

de espera, oficinas), consultas, controle social, visita domiciliar como instrumentos para

prevenção e promoção da saúde na Estratégia de Saúde da Família;

É importante frisar para as equipes a necessidade de pensarem na construção de uma agenda

semanal e mensal.

Para subsidiá-lo na discussão sobre processo de trabalho e construção de agendas,

propomos que você inicie a atividade a partir da oficina descrita logo a seguir.

Desta forma, recomendamos que você leia o seguinte texto: “O desafio do trabalho em

equipe na atenção à saúde da família”.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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DEMANDA/ NECESSIDADES DE SAÚDE

SERVIÇOS/AÇÕES OFERTADOS

SERVIÇOS/AÇÕES QUE PODERÍAMOS OFERTAR

OFICINA 8 - DISCUSSÃO SOBRE PROCESSO DE TRABALHO E CONSTRUÇÃO DE AGENDA

Passo a Passo

Sugestão:

Essa atividade tem como objetivo a construção de uma agenda voltada para as necessidades

da comunidade. Oriente que a construção da agenda contemple principalmente ações/

processos de educação permanente a serem desenvolvidos para as próprias equipes de

saúde da família.

Lembrando sempre que é de fundamental importância que essas ações sejam planejadas e

desenvolvidas em parceria com os membros da gestão e trabalhadores do NASF que estejam

participando deste acolhimento pedagógico.

Atividade XVII – Construção de propostas para dar continuidade ao processo de

educação permanente da equipe

Ao longo do Acolhimento Pedagógico as equipes entraram em contato com alguns

conteúdos e ferramentas, tiveram a oportunidade de refletir sobre seu processo de trabalho

juntamente com os gestores. Esse processo pedagógico visa à qualificação do seu fazer

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

1. Propor para que cada equipe apresente um cardápio de ofertas para a

comunidade.

Exemplo:

2. Cada equipe deverá apresentar seu cardápio de ofertas, subsidiada pela

Cartografia do Território apresentada no período da manhã.

3. Avalie aspectos importantes em cada cardápio de ofertas, considerando as atividades sugeridas abaixo, que podem estar presentes nas agendas das equipes da Estratégia de Saúde da Família:

Acolhimento, Visita domiciliar, educação permanente, reunião de equipe, atividades programáticas, atendimento à demanda espontânea, cuidando do cuidador, controle social, atendimento individual, atividades intersetoriais (escolas, creches, entre outras), relação com outros níveis de atenção, CAPS, NASF, CEO, Hospitais, Laboratório..., e outras atividades que achar necessário.

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cotidiano, no entanto, sabemos que isso é apenas um disparador e existe a

necessidade de continuidade desse processo.

Convidamos vocês, gestores e trabalhadores, que vivenciaram essa experiência, a

pensar propostas para dar continuidade a esse diálogo e trocas de saberes.

Mas sozinhos somos poucos, devemos criar uma rede para socializarmos as

experiências (sejam de sucesso ou dificuldades) e construir propostas que se apóiem.

Nesse sentido, propomos que os trabalhadores das equipes, juntamente com os

gestores, elaborem propostas para que haja continuidade do processo que estão

vivenciando.

Concretamente, que tipo de propostas poderiam ser pensadas?

A depender das necessidades identificadas, algumas propostas poderiam ser pactuadas, como por exemplo:- reuniões periódicas entre a equipe e a gestão para estudarem determinada temática que identificaram pertinente conforme necessidade do território e fragilidade da equipe;- organização de discussão de caso entre as equipes;- estruturação de um seminário microrregional sobre qualificação do pré-natal;- estruturação do AP para outras equipes do município, enfim as possibilidades são inúmeras.

O pedido é para que as equipes juntamente com a gestão possam pensar propostas

como estas e ao mesmo tempo ter um espaço (microrregional) para sociliazar essas

experiências e buscar apoio para operacionalizar suas idéias. Criando a perspectiva de

fortalecer a construção de uma rede regionalizada de Educação Permanente, onde o Núcleo

Microrregional juntamente com a SESAB tem papel apoiador e articulador.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

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Orientação para a Atividade Práxica

Tema Construção de propostas para continuidade do processo de Educação Permanente

Objetivos - Identificar necessidades de Educação Permanente da equipe e/ou do município- Elaborar propostas de estruturação da educação permanente da equipe e/ou do município- Socializar as propostas com os gestores da microrregião- Desenvolver um plano de ação para viabilizar as ações proposta a partir do apoio do Núcleo MicrorregionalDesenvolver um plano de ação para viabilizar as ações proposta a partir do apoio do Núcleo Microrregional

Passo a Passo 1. Propomos que o gestor municipal se reúna com as equipes para elaborar propostas de estruturação da educação permanente da equipe e/ou do município conforme matriz em anexo.2. Após elaboração dessas propostas o gestor municipal deverá participar de uma reunião com outros gestores da microrregião para socializar as propostas com os mesmos e com o apoio do Núcleo Microrregional desenvolver um plano de ação para viabilizar as ações.

Sugestão:

Essa atividade objetiva que você, facilitador, proporcione diálogo entre o gestor

municipal e trabalhadores, na perspectiva de auxiliá-los na construção de propostas para

a continuidade de processos pedagógicos voltados para as necessidades locais.

Caso você tenha interesse e perceba que a equipe de saúde e gestores municipais

se mostrem estimulados a estruturarem uma proposta de plano de ação de processos de

educação permanente para o município em questão, sugerimos que você entre em

contato com o Coordenador do Núcleo Microrregional, que poderá apoiá-los a pensar

ações de educação permanente que dialoguem com a realidade.

Sugerimos que esse plano de ação elaborado seja apresentado, pelos gestores

municipais da atenção básica e representante dos trabalhadores das equipes, que

passaram pelo Acolhimento Pedagógico, em reunião do Colegiado de Gestão

Microrregional, no intuito de divulgar e socializar tal experiência, estimulando, por

conseguinte, a socialização de outras vivências (de sucesso ou de dificuldades) junto aos

demais gestores da microrregião. O CGMR é um espaço potente de discussão e

deliberação, onde se pode apresentar e discutir a estruturação preliminar de uma política

municipal de educação permanente para a atenção básica, na perspectiva de construção

de uma rede regionalizada.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

Atividade XVIII – Pactuação da atividade práxica do Momento de Interação com o

Trabalho

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Atividade XIX – Avaliação do Acolhimento Pedagógico

Chegamos ao final!

Para finalizar todo esse processo, você pode propor que o grupo faça a avaliação geral

de todo o Acolhimento Pedagógico. Para tanto, utilize a seguinte dinâmica de avaliação:

DINÂMICA DE AVALIAÇÃO: QUE BOM, QUE PENA, QUE TAL...

Objetivo - Encerrar atividades- Refletir sobre o trabalho realizado - Avaliar o grau de importância do trabalho realizado, para a vida profissional e pessoal

Materiais Papel ofício (cortado em 3 partes no sentido horizontal)Canetas piloto

Passo a passo

1. Solicite que grupo sente em roda;

2. Entregue 03 tarjetas para cada participante e solicite que os mesmos

avaliem o Acolhimento Pedagógico completando 3 frases:Que bom...Que pena...Que tal...

Ex. Que bom que conseguimos desenvolver uma atividade de educação permanente. Que pena que os participantes não chegaram na hora proposta. Que tal darmos continuidade as atividades em reunião semanal da equipe com o apoio da gestão.

3. Abra o espaço para a socialização da avaliação feita por cada participante.

Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

P o e rop sta daç e ão a s r

l area izad

Atores nvol dose vi

A án lise da viabilidade (financeira,

cpolíti a e de pessoal)

d eQuadro para levantamento de propostas para estruturação a EP junto à quipe

Principais ecen ssidades

ualificaç de q ãod equa ipe

Principaiss problema ou

necessidades daidentifica s a

partir da r dcartog afia o

et rritório

A seguir, você pode ver a matriz para sistematização das propostas de Educação

Permanente (EP) desenvolvidas pelos grupos.

REFERÊNCIAS

AQUINO R et al. Manual para Treinamento Introdutório das Equipes de Saúde da Família. Pólo de Capacitação, Formação e Educação Permanente de Pessoal para a Saúde da Família. Série Cadernos Técnicos, volume II, 183 p. Salvador, 2002.

BAHIA. Secretaria da Saúde Diretrizes do Estado da Bahia para o NASF. Diretrizes do Estado da Bahia para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família. NASF: Uma proposta para qualificação da Atenção Básica /Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. 2010.

BARCELOS C, PEREIRA MPB. O território no programa de saúde da família. Rev Hygeia. 2006 jun; 2(2):47-55.

BOLZAN, José. Racionalidade comunicativa e educação: um estudo sobre o pensamento de Jürgen Habermas enfatizando a formação da competência interativa como aprendizado da razão comunicacional. Porto Alegre: UFRGS, 2002. 162 p. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação,

Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica - Atenção Básica e Saúde da Família [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica; [acesso em 8 de set. 2009]. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. A educação que produz saúde. Série F. Comunicação e Educação em Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 16 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 648, de 28 de março de 2006. Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde: Brasília. 2006.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Atenção Primária e Promoção da Saúde. Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, 8 / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2007. 232 p.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde. Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, 1 / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2007. 291 p.

BRASIL. Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. As causas sociais das iniqüidades em saúde no Brasil. Relatório Final. Brasília: CNDSS, 2008. 216 p.

CZERESNIA D, RIBEIRO AM. O conceito de espaço em epidemiologia: uma interpretação histórica e epistemológica. Cad. Saúde Pública. 2000 set; 16(3):595-617.

DIRETORIA DE ATENÇÃO BÁSICA. Secretaria de Políticas de Saúde. Min

Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Programa Saúde da Família. 16 p. Brasília, 2000.

FREIRE P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. EGA, 1996.

OPAS. Miriam Struchiner e Tais Rabetti Giannella. Aprendizagem e prática docente na área da saúde: conceitos, práticas e inovações. 2005.

PAIM JS. Vigilância da Saúde: tendências de reorientação de modelos assistenciais para a promoção da saúde. In: Czeresnia D, Freitas CM, organizadores. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendência. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2003. Cap. 8, p. 161-174.

SESAB. http://www.saude.ba.gov.br/mobilizasus/. Apresentação políticas de saúde. ppt. Acesso 16.10.2009, ás 07:30.

SOARES, NRF; MOTTA, M.FV. As políticas de saúde, os movimentos sociais e a construção do Sistema Único de Saúde. Disponível em http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev10/as_politicas_de_s.html. Acesso: 21.10.2009 ás 18h59minh.

Coletânia: 100 - dinamicas_de_grupos. Disponível em http://www.4shared.com/get/7rSWFCRh/100_dinamicas_de_grupos.html. Acesso:março de 2010.

Coletânia: Coletaneas_de_Dinamicas. Disponível em http://www.4shared.com/document/CczGm_SY/DINAMICAS_-_Coletania_de_Dinam.htm Acesso: março de 2010.

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Acolhimento Pedagógico para os profissionais da Atenção Básica

DINÂMICAS

As dinâmicas de um modo geral são atividades que possibilitam aos sujeitos falarem de si, se

apresentarem, relatarem suas expectativas, experiências e compreenderem conceitos, de forma

lúdica e prazerosa. Assim, a cada inicio do dia ou atividade, você poderá propor dinâmicas, sempre

buscando relacioná-la com o objetivo da atividade do dia. Caso você não goste de alguma dinâmica

proposta no Guia, não se preocupe, você poderá escolher outras, ou pensar em outras estratégias.

Apenas lembre-se de que ao final de cada dinâmica você deve esclarecer ao grupo o

propósito/objetivo da técnica utilizada.

A seguir, você verá alguns exemplos de dinâmicas de apresentação, integração, auto-

avaliação e avaliação de atividades realizadas no dia.

Dinâmica de RelaxamentoAlgumas atividades com grupos podem ser iniciadas com técnicas de relaxamento. Elas têm

como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, fazer os participantes se voltarem para si e se darem conta da situação em que se encontram, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas promovendo o relaxamento e disposição para o início das atividades do dia.

Objetivo - Relaxamento;- Estimular a concentração, disposição e motivação.

Materiais Almofadas ou esteiras ou colchonetes, e musica de meditação – som das águas (aparelho de som ou computador com caixa de som e CD).

Passo a passo

1. Peça que cada participante procure um lugar da sala para se deitar ou sentar confortavelmente. Se possível evite cadeiras, é necessário que o corpo possa relaxar;2. Após todos se acomodarem comece a ler o texto pausadamente...

“Procure relaxar seu corpo, libertando suas tensões... pouco a pouco, seu corpo começará a ficar leve... muito leve, transformando-se numa nuvem... Você começa a levitar, atravessando a sala, de encontro ao céu... Procure explorar-se enquanto nuvem...

Veja como é a sua forma, sua cor, sua textura... Você pode abrir os olhos: verifique como desliza pelo céu, avistando a terra lá em

baixo... Você se encontra com outras nuvens, com a junção, formam-se nuvens de chuva...

Os pingos começaram a cair, vagarosamente, ao estalar os dedos de uma das mãos (as pessoas deverão estalar os dedos). Depois, com as duas mãos, intensificando os pingos...

Aproximam-se das árvores, caindo sobre as folhas, simbolizando pelos esfregar das mãos... Delicadamente no inicio, intensificando-se em seguida...

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APÊNDICE

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Passo a passo

De repente, a chuva fica mais forte e você deve respeitá-la batendo as mãos nas pernas. Ela aumenta mais e mais... e aos poucos vai diminuindo...

A chuva grossa vai se transformando em pingos cada vez mais leves, é possível sentir o cheiro da terra molhada,

Os primeiros raios solares vão aparecendo entre as nuvens, as folhas, flores começam a pingar e a secar, é possível sentir isso tocando as mãos umas nas outras delicadamente.

Você já está voltando ao chão, pode sentir seu corpo vagarosamente, dia está cada vez mais ensolarado, as nuvens vão se afastando vagarosamente e descendo para sala

Aos poucos cada um no seu ritmo, vai retornando ao seu corpo original. As pernas vão se mexendo, depois os braços, o corpo, virando de lado bem devagar, sentando e levantando ”

Os pingos começaram a cair, vagarosamente, ao estalar os dedos de uma das mãos (as pessoas deverão estalar os dedos). Depois, com as duas mãos, intensificando os pingos...

Aproximam-se das árvores, caindo sobre as folhas, simbolizando pelos esfregar das mãos... Delicadamente no inicio, intensificando-se em seguida...

De repente, a chuva fica mais forte e você deve respeitá-la batendo as

Comentário: Após a atividade, espere as pessoas levantarem e se acomodarem. Depois abra um espaço para as pessoas colocarem como estão se sentindo, como foi fazer a atividade.

DINÂMICA: ENERGIZAÇÃO

Objetivo - Acalmar, tranqüilizar e relaxar o grupo- Integrar a equipe- Fomentar espaços de vinculo, acolhimento e relaxamento

Materiais Nenhum

Passo a passo

1. Solicite que grupo, em pé, forme um círculo;

2. Peça que o grupo feche os olhos e aponte os braços para o centro do círculo;3. Oriente para que os participantes, com uma das mãos, batem com tapas rápidos e energéticos do ombro até as extremidades dos dedos e por todos os lados do braço oposto;4. Oriente para que o grupos faça o mesmo exercício com o braço contrário;5. Sobre a cabeça, oriente o grupo a bater as extremidades dos dedos relaxados. Repetindo o mesmo exercício sobre o tórax e barriga.6. Após cada movimento, o participante deve relaxar.7. O exercício continua com o participante dando tapas no quadril e pernas.8. Em duplas, oriente que os participantes formem duplas com o colega ao lado;

Oriente que cada participante bata nas costas do outro promovendo um relaxamento.

Comentário: Trata de uma técnica de relaxamento para aliviar as possíveis tensões corporais dos participantes.

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DINÂMICA: RELAXAMENTO DINÂMICO

Objetivo - Acalmar, tranqüilizar e relaxar o grupo, tomando consciência de si e do outro- Integrar a equipe, percebendo o ritmo de cada um- Fomentar espaços de vinculo, acolhimento e relaxamento

Materiais CD com músicas relaxantes/ lenta, CD Player ou computador com caixa de som.

Passo a passo

1. Solicite que grupo, em pé, forme um círculo (um participante deve estar bem próximo ao outro, encostando o corpo de um lado e do outro);2. Peça que os participantes fechem os olhos; 3. Oriente para que o grupo mantenha a coluna reta e bem colocada. Respirando normalmente;4. Oriente para que os participantes experimentem livremente a sensação do corpo em equilíbrio;5. Peça para que o grupo comece um suave balanço do corpo como um coqueiro empurrado pelo vento;6. Observe até o que o grupo tenha mantido um balanço homogêneo;7. Vá diminuindo o volume da música e peça para os participantes diminuírem o ritmo do balançar até que o grupo pare de oscilar.

DINÂMICA: INTEGRAÇÃO MUSICAL

Objetivo - Acalmar, tranqüilizar e relaxar o grupo, tomando consciência de si e do outro- Integrar a equipe- Fomentar espaços de vinculo, acolhimento e relaxamento

Materiais CD com músicas alegres, CD Player ou computador com caixa de som.

Passo a passo

1. Solicite que os participantes caminhem individualmente, tentando entrar no ritmo da música;2. Peça para que se formem grupos de dois, de quatro, de oito, etc... sucessivamente até que todos os participantes estejam dançando juntos;3. Oriente para que os participantes dêem as mãos, formando um círculo;4. Com o grupo dançando em círculo, você deve quebrar o círculo, puxar uma fila e formando com o grupo um caracol o mais fechado possível;5. Próximo ao final da música, desfaça o caracol, sem quebrar a fila, formando novamente o círculo.Peça para que os participantes sentem-se e inicie a atividade do dia com uma saudação de boas vindas.

Comentário: Trata de um relaxamento dinâmico em que a música e a dança permitem o contato entre as pessoas contribuindo para que o grupo entre em sintonia percebendo que para atingirem os objetivos do trabalho em equipe é necessário estar atento ao ritmo do colega.

Comentário: Trata de uma atividade alegre e descontraída em que a música e a dança permitem o contato entre as pessoas contribuindo para que os participantes percebam que o grupo é formado pelo esforço de cada um e pela união de todos. Você pode explorar outras formas além do caracol, estando sempre atento ao tempo do grupo para que a atividade não se torne cansativa.

Dinâmica de ApresentaçãoNo primeiro encontro com o grupo, propomos iniciá-lo com uma dinâmica do tipo “quebra-gelo”, pois são atividades que ajudam amenizar as tensões do grupo, favorecendo espaços de desinibição, descontração, acolhimento e vinculo entre as pessoas, conseqüentemente beneficiando o processo de aprendizagem

DINÂMICA: OBJETO ESPECIAL

Objetivo - Criar um clima de descontração no grupo- Conhecer as pessoas- Acolher os educandos

- Estreitar o vínculo entre os participantes

Materiais Um objeto pessoal de cada participante e cadeiras.

Passo a passo

1. Solicite que grupo sente em roda;

2. Peça que cada pessoa escolha um objeto que tenha trazido consigo e que de certa forma se identifique, (ex.: anel, cinto, agenda, etc), mostrem ao grupo e diga o seu nome, fale o que sente, pensa e perceba dele e como ele pode contribuir para o grupo; Ex. Meu nome é Vanessa, eu escolho este anel, ele representa para mim união, e espero que o grupo caminhe dessa forma, e que as atividades sejam de grande aprendizado.

DINÂMICA: DESCOBRINDO OS NOMES

Objetivo - Criar um clima de descontração no grupo- Identificar cada educando pelo nome- Acolher os educandos- Estreitar o vínculo entre os participantes

Materiais Caixa com papéis contendo o nome de cada participante do grupo.

Passo a passo

1. Solicite que grupo sente em roda; 2. Faça a caixa circular pelo grupo e peça para que cada participante sorteie um papel;3. Oriente para que os participantes não revelem o nome sorteado;4. Quando todos já estiverem com o nome de alguém, escolha um participante para que inicie a leitura e identificação;5. Cada participante deve dizer alto o nome sorteado e identificar o dono do nome, apresentando-o ao grupo;Ex. Este é João, que é uma pessoa ...

Comentário: Trata de uma dinâmica de apresentação na qual as pessoas falarão de si através dos objetos. Esta dinâmica permite que as pessoas se apresentem, falem de sua expectativa de forma mais tranqüila. Ideal para grupos tímidos e mais resistentes.

Comentário: Este exercício permite aprender o nome de todos os participantes para que o processo grupal possa ser iniciado.

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5. Após a apresentação de cada subgrupo, problematize a discussão com as seguintes questões:

- Como vocês se sentiram nesta dinâmica?

- Como foi a participação das pessoas na resolução do problema?

- Como sua equipe tomou a decisão sobre as respostas?

- Quais os pontos fortes de sua equipe e quais aqueles que necessitam ser melhorados na resolução de problemas de forma compartilhada?

- O que podemos tirar de aprendizado nesta dinâmica?

DESCRIÇÃO DAS SITUAÇÕES-PROBLEMA:

SITUAÇÃO 1: Você estaciona seu carro debaixo de uma árvore e vai à direção da casa de um amigo quando um cachorro bravo, amarrado a uma árvore, vai a sua direção. Por sorte, você já está fora do alcance do cachorro. Quando você descobre que não há ninguém na casa de seu amigo você volta, mas percebe que tem um problema. Como a corrente do cachorro está presa a árvore, o cachorro tem acesso às duas portas do seu carro. Como você entrará no carro, sem que o cachorro o alcance?

SITUAÇÃO 2: Você está fazendo uma caminhada numa área cheia de grutas quando fica preso em uma delas, que mede aproximadamente 3 metros quadrados. As paredes da caverna são feitas de rocha sólida, estendendo-se por pelo menos 1,80 m abaixo do solo, cheio de entulhos. A única abertura é na rocha acima. Você começa a cavar um túnel embora saiba que nunca conseguirá terminá-lo. Como você planejaria sua saída da caverna? O que faria para escapar de lá?

MELHORES SOLUÇÕES – Situação 1Estando o cachorro vigiando todos os seus movimentos, circule a árvore três vezes. A corrente se enrolará ao redor da árvore até o cachorro não poder alcançar as portas do carro.MELHORES SOLUÇÕES – Situação 2Use o entulho do túnel para construir um monte de entulho suficientemente alto para alcançar a abertura acima do túnel.

Comentário: O facilitador poderá, neste final, fazer uma breve exposição sobre resolução de problemas em equipe, consenso, ferramentas para a tomada de decisão e outros temas relevantes e dentro de seus objetivos. É importante que, durante a exposição, o facilitador se reporte ao exercício, fazendo as conexões necessárias e que a fala seja objetiva, clara e breve.

DINÂMICA: DECIDINDO EM EQUIPE

Objetivo -- Promover a integração do grupo- Trabalhar a percepção, comunicação, criatividade, flexibilidade e iniciativa no grupo- Compreender a importância do trabalho em equipe- Desenvolver competência de resolver problemas em equipe

Materiais Cópias das tarjetas com a descrição das situações, caneta e papel ofício.

1. Divida o grupo em 04 subgrupos.

2. Distribua cópias da situação 1 para dois dos subgrupos e cópias da situação 2 para os outros dois subgrupos.

3. Oriente que cada subgrupo leia, discuta e sistematize em papel, todas as possíveis alternativas para solucionar a situação apresentada, sinalizando a melhor solução para o caso (15 minutos).

4. Solicite que cada subgrupo apresente o resultado de suas discussões, justificando a escolha da solução. Á medida que cada subgrupo for se apresentando, estimule que os outros subgrupos se posicionem e opinem com alternativas ainda não mencionadas pelo grupo analisador da questão.

Passo a passo

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Passo a passo

1. Solicite que os participantes fiquem em pé e se distribuam aleatoriamente num formato de

roda na sala, mantendo certa distância entre si;2. Você amarra o barbante em seu dedo indicador e inicia a atividade jogando o novelo para um dos participantes mantendo o fio esticado. Antes de jogar o novelo, o facilitador deverá falar algo que considera importante para desenvolver trabalho em equipe na Estratégia de Saúde da Família;3. A atividade segue com segundo participante falando o que considera importante para

trabalho em equipe na Estratégia de Saúde da Família, enrola uma volta do novelo em seu dedo e joga-o para uma terceira pessoa, que repete o mesmo processo;4. A dinâmica prossegue até o último participante;

Em seguida, o facilitador faz uma reflexão acerca dos vários fatores, componentes existentes no território e atitudes que são necessárias e pertinentes para se pensar trabalho em equipe na Estratégia de Saúde da Família, fazendo assim uma conexão com as temáticas a serem abordadas no dia.

Comentário: O facilitador poderá, neste final, fazer uma breve exposição sobre resolução de problemas em equipe, consenso, ferramentas para a tomada de decisão e outros temas relevantes e dentro de seus objetivos. É importante que, durante a exposição, o facilitador se reporte ao exercício, fazendo as conexões necessárias e que a fala seja objetiva, clara e breve.

DINÂMICA: BEXIGAS

Objetivo - Proporcionar discussão sobre trabalho em equipe- Sensibilizar para a importância da cooperação e visão ampliada

Materiais Um pacote de bexigas.

Passo a passo

Comentário: O facilitador poderá, neste final, fazer uma breve exposição sobre resolução de problemas em equipe, consenso, ferramentas para a tomada de decisão e outros temas relevantes e dentro de seus objetivos. É importante que, durante a exposição, o facilitador se reporte ao exercício, fazendo as conexões necessárias e que a fala seja objetiva, clara e breve.

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DINÂMICA: JOGO DE NOVELO

Objetivo - Levantar expectativas individuais- Destacar a importância de cada um nos processos- Compreender a importância e complexidade do trabalho em equipe na Estratégia de Saúde da Família

Materiais Um novelo de lã ou barbante.

FILME: Aprender a Aprender

O filme retrata um processo de aprendizagem baseado na pedagogia problematizadora. O educando pretende aprender a criar de forma rápida, pela magia, no entanto o mestre o leva para outro caminho o da construção.

No primeiro momento, o “mestre” não ensina o educando a construção do vaso, não traz a solução pronta. Ele permite que através de sua própria experiência, através do “fazer”, ele vá descobrindo, caracterizando a aprendizagem significativa.

No segundo momento, do filme, ao juntar as mãos com as dele traz outra característica da pedagogia problematizadora “do fazer junto”, para que depois ele possa caminhar sozinho na produção do conhecimento, significada nesse momento com o cérebro que aparece brilhando na mão do educando.

Duração: 07 min

Link para download: http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI

FILME: Sociedade dos Poetas Mortos

Sociedade dos Poetas Mortos é um filme de 1989, do gênero drama, dirigido por Peter Weir.

Conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating, em uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais e conservadores. Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência; típico da pedagogia tradicional.

Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias (característica do caminhar da metodologia problematizadora).

O trecho escolhido deste filme retrata o início do ano letivo numa escola para meninos. As primeiras cenas ilustram processos de aprendizagem baseados na pedagogia tradicional e condicionante em diversas aulas. Porém, o grupo de estudantes tem um encontro inusitado com um professor que apresenta uma metodologia de ensino problematizadora e que estimula o 'viver a vida' como um rico processo de ensino e aprendizagem (aprendizagem fundamentada em vivência-pedagogia crítica). Perceba que o professor estimula a participação dos estudantes e mesmo diante de repostas erradas, não assume uma postura autoritária e repressora. Para os jovens esse primeiro encontro é assustador e estranho, pois a problematização e o estímulo a construção de autonomia se contrapõe a todo o sistema de ensino proposto pela escola tradicional.

Duração: 09 min

Link para download: http://www.youtube.com/watch?v=YZen3CZofJM

FILME: Another Brick in the Wall

“Another Brick in the Wall" é uma música do disco “ ”, da banda inglesa , lançada em 1979.

O vídeo clipe aqui apresentado, é a parte II da música, é a mais conhecida e famosa pela frase “não queremos educação nenhuma”. Ela é basicamente uma crítica a pedagogia tradicional. O clipe se inicia em uma escola tradicional, na qual um educador autoritário ironiza e desqualifica a criatividade de um educando, ao se referir a ele, como “Eis o aqui o poeta”.

O educando (que é uma criança) começa a imaginar e refletir sobre a escola tradicional em que está inserido. Na sua primeira visualização, ele imagina uma produção em serie de alunos (alunos no sentido da palavra a – lunos = sem luz), que caminham em uma esteira de uma fábrica, alguns com máscaras representando a perda da identidade de cada educando, característica da metodologia tradicional. A escola como uma fábrica que produz seres iguais, fato que pode ser observado, na legenda, quando o cantor fala das crianças como um não mais que o outro, como um tijolo sobre o outro.

Outra questão importante que traz o vídeo clipe, ainda como característica da metodologia tradicional, é quando o vocalista fala em controle de pensamentos e na fala autoritária e enérgica do educador, como se estivesse em um quartel comandando os soldados, sem diálogo, sem crítica, sem formação de consciência crítica. No segundo momento, na intenção de romper com a opressão que está submetida à criança imagina que todos os alunos quebram as carteiras e as mesas da escola. Ao final, ele “acorda” na sua escola tradicional.

Duração: 06 min

Link para download: http://www.youtube.com/watch?v=YnHm-vQGsUw

The Wall Pink Floyd

COMENTÁRIOS DOS FILMES

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FILME: Ilha das Flores

O filme 'Ilha das Flores' é um , do gênero , escrito e dirigido pelo cineasta em , com produção da . De forma ácida e com uma linguagem quase científica, o Curta mostra como a gera relações desiguais entre os seres humanos (WIKPÉDIA, 2010).

Duração: 10 min

Link para download: http://www.youtube.com/results?search_query=ilha+das+flores&aq=f

FILME: Políticas Públicas de Saúde no Brasil

"POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Um século de luta pelo direito à saúde" conta a história das políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira, destacando os mecanismos que foram criados para sua implementação, desde as Caixas de Aposentadorias e Pensões até a implantação do SUS.Sua narrativa central mostra como a saúde era considerada, no início do século XX, um dever da população, com as práticas sanitárias implantadas autoritariamente pelo Estado, de modo articulado aos interesses do capital, e como, no decorrer do século, através da luta popular, essa relação se inverteu, passando a ser considerada, a partir da Constituição de 1988, um direito do cidadão e um dever do Estado.

Toda essa trajetória é contada através de uma narrativa ficcional, vivida por atores, com reconstrução de época, apoiada por material de arquivo.Para tornar a narrativa mais leve e atraente, o filme se vale da linguagem dos meios de comunicação dominantes em cada época, como o jornal, o rádio, a TV Preto e branco, a TV colorida e, por fim, a internet.

O documentário é composto por 5 capítulos, que podem ser assistidos em seqüência, com 60 minutos de duração, ou separadamente; cobrindo os seguintes períodos: 1900 a 1930; 1930 a 1945; 1945 a 1964; 1964 a 1988; e 1988 a 2006.

Duração: 1h

Link para download: http://versaude.blogspot.com/2008/05/polticas-pblicas-na-sade.html

FILME: Integralidade – desejo e realidade

O curta metragem 'Integralidade – desejo e realidade' é uma caricatura da maior parte dos atendimentos realizados nas unidades de saúde.

Conta a história de um usuário que procura por cuidado. Apesar de tentar explicar seu problema de saúde, os profissionais insistem em medicalizar sua dor. O usuário passa por vários profissionais de saúde que não fazem escuta qualificada. Outra denúncia é quanto ao trabalho fragmentado da equipe de saúde.

Duração: 13 min

Link para download:

FILME: As Aventuras de Azur e Asmar

A animação Azur e Asmar, de 2006, conta a história dos meninos Azur e Asmar que foram criados juntos pela mesma mulher, Jenane. Azur é loiro e tem olhos azuis, além de ser filho de um nobre. Já Asmar tem olhos e cabelos pretos, sendo filho de Jenane, ama-de-leite que cuida de Azur. Eles cresceram como se fossem irmãos, até serem separados quando Jenane parte com o filho. Asmar cresce ouvindo as histórias da mãe sobre a lendária Fada dos Djins e, quando se torna adulto, decide partir à sua procura, contando com a ajuda do andarilho Crapoux. É quando Azur e Asmar se reencontram, agora não mais como irmãos, mas como rivais na busca da Fada.

O trecho escolhido conta a história do jovem quando o mesmo chega ao país de Jenane. Seu primeiro contato com os moradores locais não foi muito proveitoso, pois ele é rejeitado por ter olhos azuis. Dentre as primeiras impressões, Azur considera o país feio, com moradores feios e decide fechar os olhos para não enxergar mais nada. Um andarilho se dispõe a ser seu guia e o leva para a cidade à busca de Jenane. No caminho, os dois passam por várias paisagens e situações cotidianas da cidade – as quais, Azur não vê por que mantém os olhos fechados. Seu guia lhe apresenta a cidade a partir de seu olhar preconceituoso e de seus parâmetros que consideram o mundo europeu superior e mais desenvolvido.

Somente quando Azur abre os olhos consegue ver a beleza e diversidade da cidade de Jenane.

Esse pequeno trecho apresenta a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo a partir de outras referências lembrando sempre que não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Uma refexão importante é sobre as 'lentes' que guiam o olhar para o conhecimento da realidade. Exemplos dessas lentes são as especialidades profissionais, os programas de saúde, os parâmetros ou referências dos centros urbanos. É bastante importante que a partir do filme os participantes possam refletir sobre que lentes têm utilizado para olhar para o território e pensar novas formas de olhar para esse lugar.

curta-metragem brasileiro documentárioJorge Furtado 1989 Casa de Cinema de Porto Alegre

economia

http://www.abepsi.org.br/abep/integralidade.wmv

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIASECRETARIA DA SAÚDE