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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

O PROVIMENTO DOS SERVIÇOS

SOCIOASSISTENCIAIS: QUE TRABALHO

É ESSE?MÓDULO 2

Facilitadora:

MARIANA PAZ

Introdução:

Vamos iniciar com a reflexão...

Direitos Humanos x Proteção Social: qual a

relação possível?

Contexto de “desigualdades": como é

possível viabilizar a igualdade de direitos

considerando a diferença de cada um?

1. Características e especificidades dos

processos de trabalho relacionados à

provisão dos serviços socioassistenciais:

Relevância que destaca o papel de um corpo

de trabalhadores qualificado para o

cumprimento dos objetivos propostos pelo

SUAS;

Reconhecimento da política quanto à

natureza e a especificidade dos

trabalhadores e trabalhadoras do SUAS, o

que orienta a composição das equipes de

diferentes formações profissionais para

atuação articulada.

Gestão do trabalho no SUAS: o que é isso?

Recorte

NOB-RH SUAS

A execução de um serviço, envolve

considerar as nuances que ele nos

apresenta: como fazer (princípios éticos),

quem vai fazer (equipes de referência), para

quem vou fazer (usuários do serviço), onde

fazer (quais suportes institucionais) e como

continuar a fazer (formação e educação

permanentes).

Gestão do trabalho no SUAS: o que é isso?

Recorte

NOB-RH SUAS

Para a implementação do SUAS, faz-se

necessário tratar a gestão do trabalho como

uma questão estratégica, pois, a qualidade

dos serviços socioassistenciais prestados à

sociedade é diretamente proporcional à

qualificação e estrutura destes mesmos

serviços (NOB-RH SUAS, 2011).

O que é preciso considerar acerca da ótica

do trabalho no suas:

Ele é orientado por projetos profissionais que

podem convergir, mas também se contrapor;

Ele incorpora o acúmulo e as contribuições

de diferentes profissões;

Deve assimilar criticamente os

conhecimentos e aportes daquelas que vem

assumindo o protagonismo histórico na

elaboração de conhecimentos teóricos,

técnicos e políticos que subsidiam os

avanços da assistência social no país.

Refletindo sobre o trabalho em equipes:

Uma equipe é...

Um conjunto de pessoas que visam um

propósito comum e compartilham deste

propósito com estratégias para alcançá-los

(Muniz, 2011).

Questão:

Quais são as outras definições possíveis de

equipe?

1.1 O trabalho em equipes de referência: o

que é isso?

São aquelas constituídas por servidores

efetivos responsáveis pela organização e

oferta de serviços, programas e benefícios

de proteção social, básica e especial,

levando-se em consideração o número de

famílias e indivíduos referenciados, o tipo de

atendimento e as aquisições que devem ser

garantidas aos usuários (NOB-SUAS, 2011).

O SUAS busca se consolidar através da

expansão e oferta dos serviços

socioassistenciais oferecidos aos usuários

que têm necessidades específicas,

pensemos conjuntamente:

A continuidade do serviço oferecido, pode

transmitir ao usuário o sentido de referência?

Quais as noções de referência para os

sujeitos atendidos?

Quais as referências da equipe de

referência?

As equipes de referência dos serviços

socioassistenciais devem instituir espaços

compartilhados de reflexão crítica sobre as

situações de trabalho, demandas,

necessidades sociais da população usuária

dos serviços, a dinâmica do trabalho; enfim,

devem proporcionar a construção de uma

atuação coletiva entre os diferentes saberes

profissionais que as compõem;

A construção dessa atuação deve

transversalizar os saberes e os diferentes

serviços que compõem a rede. Colocá-la em

diálogo dinâmico favorece a continuidade e

qualidade do serviço oferecido.

Deste modo, a rede protetiva de atendimento

não deve funcionar...

Na lógica de encaminhamento formal de

uma equipe para outra, como se a somatória

de intervenções isoladas levasse,

automaticamente, ao atendimento das

necessidades sociais das famílias e

indivíduos; a fragmentação das respostas

leva, muitas vezes, à sensação de

sobrecarga ou de insatisfação tanto para o

cidadão quanto para as equipes

profissionais;

2. Tipificação Nacional dos Serviços

Socioassistenciais:

Operam as garantias de seguranças sociais

e organizam os serviços por níveis de

proteção e complexidade. Apresenta matriz

padronizada, onde estabelece e regula os

conteúdos das provisões de cada serviço a

ser ofertado;

Define-se critérios de atendimento

(qualidade) para cada oferta.

2.1 Proteção Social Básica:

Serviço de Proteção e Atenção Integral à

Família;

Serviço de Convivência e Fortalecimento

de Vínculos;

Serviço de Suporte Domiciliar

Objetiva:

Fortalecer a função protetiva das famílias,

prevenir a ruptura dos seus vínculos,

promover seu acesso e usufruto de direitos

e contribuir na melhoria de sua qualidade

de vida. Prevê o desenvolvimento de

potencialidades e aquisições das famílias e

o fortalecimento de vínculos familiares e

comunitários, por meio de ações de caráter

preventivo, protetivo e proativo. Estratégia

privilegiada para oferta de serviços a

beneficiários de transferência de renda.

2.2 Proteção Social Especial (média

complexidade):

Serviço de proteção social especial a indivíduos

e famílias;

Serviço especializado de abordagem social em

espaços públicos;

Serviço de proteção social aos/as adolescentes

em cumprimento de medida socioeducativa de

liberdade assistida (LA) e/ou de prestação de

serviços à comunidade (PSC);

Serviço especializado de atenção às pessoas

em situação de rua;

Serviço de apoio ao processo de habilitação e

reabilitação;

Objetiva:

Ofertar de forma continuada no Centro de

Referência Especializado da Assistência

Social (CREAS) com a finalidade de

assegurar atendimento especializado para

apoio, orientação e acompanhamento a

famílias ou sujeitos em situação de

ameaça ou violação de direitos. Têm

natureza protetiva e requer ações com

maior flexibilidade nas soluções.

2.3 Serviço de Proteção Especial (alta

complexidade):

Serviço de acolhimento;

Serviço de acolhimento em família

acolhedora;

Serviço de proteção em situações de

calamidades

públicas e de emergências.

Objetiva:

Acolhimento destinado a famílias e/ou

indivíduos com vínculos familiares

rompidos ou fragilizados, a fim de garantir

proteção integral. Regras de convivência e

de funcionamento geral das unidades

devem ser construídas a partir do usuário,

conforme perfis.

Os serviços promovem :

Ações preventivas: ações que visam

prevenção e/ou evitar o agravamento de

situações que possam potencializar

vulnerabilidades;

Atuações protetivas: intervenções voltadas

para a defesa, reparação, garantia e

promoção de direitos;

Atuação proativa: promover ações

antecipadas em circunstâncias que

originaram as situações de vulnerabilidade e

risco social

Questões para discutir em grupo:

O que a oferta dessas três formas de

serviço tem em comum?

De que forma o serviço socioassistencial

cumpre sua função de assegurar direitos

e ofertar qualidade de vida aos sujeitos

atendidos?

3. Interdisciplinaridade

Processo dinâmico, consciente e ativo de

reconhecimento da complexidade

multifatorial que envolve os riscos e as

vulnerabilidades das pessoas. Portanto,

exige uma compreensão interligada ao

contexto do sujeito em questão, construída

coletivamente;

Elege uma plataforma de trabalho conjunta,

por meio da escolha de princípios e escolhas

comuns;

Envolve princípios éticos e técnicos a

serem executados; a atuação individual

não é dissociada da atuação coletiva;

É um processo que integra, organiza,

dinamiza a ação cotidiana das equipes,

objetivando traçar linhas de ações

profissionais em torno de um “objeto” em

comum;

4. A dimensão ética e política da relação

entre profissional e usuário.

A proteção social deve ofertar seus

serviços com conhecimento e

compromisso ético e político dos

profissionais que operam técnicas e

procedimentos impulsionadores;

Na reflexão sobre o trabalho no campo da

proteção social, a construção de vínculos

com o usuário é condição fundamental,

para potencializar a autonomia e a

cidadania, promovendo a sua participação

durante a prestação de serviços (MUNIZ,

2009).

Alguns princípios éticos que orientam os

profissionais do SUAS:

Defesa dos direitos socioassistenciais;

Compromisso em ofertar serviços,

programas e benefícios de qualidade que

garantam a oportunidade de convívio e

fortalecimento dos vínculos familiares e

sociais;

Reconhecimento do direito dos usuários

a ter acesso a benefícios e renda e a

programas de oportunidades para inserção

profissional e social;

Compromisso em garantir atenção

profissional direcionada para construção

de projetos pessoais e sociais para

autonomia e sustentabilidade;

Proteção à privacidade dos usuários,

observado o sigilo profissional,

preservando sua privacidade e opção e

resgatando sua historia de vida.

5. A dimensão técnica da intervenção

profissional

Compreender que a ação técnica –

intervenção – perpassa o reconhecimento do

direito do usuário acessar serviços de

qualidade; isso abrange as condições de

trabalho (condições objetivas e subjetivas)

disponíveis nas entidades que ofertam esses

serviços.

A intervenção deve ser pensada para além

do direito ao acesso à política pública:

• demanda trabalho sociofamiliar;

• aprimoramento da convivência

comunitária;

• a busca de alternativas para recuperação

de capacidades de proteção e direitos.

A competência “ teórico – metodológica”

no trabalho do SUAS podem se expressar

da seguinte forma:

por meio da realização de uma leitura

crítica da realidade social sem, contudo,

deixar de estabelecer os nexos com as

determinações históricas e estruturais de

questões social;

pela destreza do manuseio do instrumental

técnico em todos os níveis de atuação

(atendimento direto, planejamento, gestão,

articulação, dentre outras);

no momento em que ocorre a superação

da cisão entre os que pensam e os que

executam.

4. Rotina de trabalho e planejamento:

• Planejamento das atividades;

• Registro das informações do trabalho

executado;

• Ações rotineiras e ações extraordinárias;

• Definição dos instrumentos utilizados;

• Sistematização das reuniões em equipes;

A informação clara e o diálogo junto ao

usuário são valiosos instrumentos de

trabalho que viabilizam o conhecimento

dos sujeitos e do território e, por

conseguinte, possibilita meios qualitativos

para atendimento das demandas.

Conversando sobre a prática profissional:

competências e atribuições.

Proposta de oficina de aprendizagem

(orientações):

• Os cursistas devem se organizar em

pequenos grupos;

• Distribuiremos textos curtos para leitura e

reflexão sobre a prática, atuação e

contribuição profissional;

• Tempo de leitura a ser acordado.

Questões para debate:

Partindo do pressuposto que as condições

do usuário orientam o viés da intervenção

interdisciplinar, podemos discutir a seguinte

questão:

De que forma se coloca em diálogo as

distintas áreas que compõem o trabalho

interventivo? O que diferencia o trabalho e

a intervenção de cada um?

Referências bibliográficas:

http://prattein.com.br/home/images/stories/PD

Fs/orientacoes-tecnicas-CRAS.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=UmrNuVra

EKU;

http://edesp.sp.gov.br/edesp2014/wp-

content/uploads/2014/06/NOB_RH_SUAS-

anotada-e-comentada.pdf;

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida- (ASCES-UNITA)

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096