norma operacional basica de recursos humanos do suas nob-rh suas

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TRABALHO

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  • Ana Lgia GomesSecretria Nacional de Assistncia Social

    Aid Canado AlmeidaDepartamento de Proteo Social Bsica

    Valria Maria De Massarani GonelliDepartamento de Proteo Social Especial

    Maria Jos de FreitasDepartamento de Benefcios Assistenciais

    Simone Aparecida AlbuquerqueDepartamento de Gesto do SUAS

    Fernando Antnio BrandoDiretoria Executiva do Fundo Nacional de Assistncia Social

    Reimpresso em maio de 2009.

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  • Sumrio

    Resolues .......................................................................... 5

    Apresentao ....................................................................... 9

    I Introduo .................................................................... 11

    II Princpios e diretrizes nacionais para a gestodo trabalho no mbito do SUAS ................................................................. 15

    III Princpios ticos para os trabalhadores da assistncia social ......................................................................................... 17

    IV Equipes de referncia ................................................... 19

    V Diretrizes para a poltica nacional de capacitao ............... 27

    VI Diretrizes nacionais para os planos de carreira, cargos e sal-rios - PCCS ......................................................................... 31

    VII Diretrizes para as entidades e organizaes de assistncia social ......................................................................................... 35

    VIII - Diretrizes para o co-financiamento da gesto do trabalho ..........................................................................................37

    IX Responsabilidade e atribuies do gestor federal, dos gestores estaduais, do gestor do Distrito Federal e dos gestores municipais para a gesto do trabalho no mbito do SUAS ........................ 39

    X - Oorganizao de cadastro nacional de trabalhadores do SUAS - Mdulo CADSUAS ............................................................... 57

    XI - Controle social da gesto do trabalho no mbito do SUAS ................................................................................................ 59

    XII Regras de transio ..................................................... 61

    XIII Conceitos bsicos ...................................................... 63

    XIV - Referncias biblliogrficas .............................................. 67

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  • 5MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIALE COMBATE FOME

    CONSELHO NACIONAL DE ASSISTNCIA SOCIAL

    RESOLUO N 269, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2006. DOU 26/12/2006

    Aprova a Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do Sistema nico de Assistncia Social NOB-RH/SUAS.

    O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTNCIA SOCIAL CNAS, em reunio ordinria realizada nos dias 12, 13, e 14 de dezembro de 2006, no uso da competncia que lhe conferem os in-cisos II,V, IX e XIV do artigo 18 da Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993 Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS,

    RESOLVE:

    Art. 1 - Aprovar a Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do Sistema nico de Assistncia Social NOB-RH/SUAS.

    Art. 2 - O texto da NOB-RH/SUAS ser publicado em 30 (trinta) dias, devendo ser encaminhado para gestores e conselhos de Assistncia Social.

    Art. 3 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Slvio IungPresidente do Conselho Nacional de Assistncia Social

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  • 7MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIALE COMBATE FOME

    CONSELHO NACIONAL DE ASSISTNCIA SOCIAL

    RESOLUO N 01, DE 25 DE JANEIRO DE 2007.

    Publica o texto da Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos NOB-RH/SUAS.

    O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTNCIA SOCIAL CNAS, em reunio ordinria realizada nos dias 12, 13, e 14 de dezembro de 2006, no uso da competncia que lhe conferem os in-cisos II,V, IX e XIV do artigo 18 da Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993 Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS e,

    Considerando o artigo 2 da Resoluo CNAS n 269, de 13 de dezembro de 2006, publicada no Dirio Oficial da Unio em 26 de dezembro de 2006,

    RESOLVE:

    Art. 1 - Publicar o texto da NOB-RH/SUAS, anexo.

    Art. 2 - A Presidncia e a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Assistncia Social CNAS devero encaminhar o texto da NOB-RH/SUAS ao Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento So-cial e Combate Fome, ao CONGEMAS, ao FONSEAS, aos Conselhos de Assistncia Social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Art. 3 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Slvio IungPresidente do Conselho Nacional de Assistncia Social

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  • 9APRESENTAO

    A implantao da Poltica Nacional de Assistncia Social PNAS/2004 e do Sistema nico de Assistncia Social SUAS sob o paradigma da constituio do direito socioassistencial in-cide em questes fundamentais e substantivas para a rea de gesto do trabalho. A assimilao por todos os atores envolvidos com a Poltica Pblica de Assistncia Social (gestores, servido-res pblicos, trabalhadores das entidades e organizaes sem fins lucrativos, conselheiros, entre outros) ainda um desafio a enfrentar.

    Para a implementao do SUAS, aspectos importantes da gesto tm sido apontados como fundamentais: a descentralizao, o financiamento, o controle social e a gesto do trabalho. O SUAS vem se consolidando, e a gesto do trabalho na Assistncia Social carece de uma ateno maior devido a sua importncia para a con-solidao do Sistema.

    Atende-se, neste momento, reivindicao para a construo

    de uma Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos para o SUAS (NOB-RH/SUAS), conforme apontada na PNAS/2004.

    importante lembrar que esta Norma surge num contexto

    de reestruturao e requalificao do setor pblico no Brasil, com um decisivo investimento na mquina administrativa estatal e nos servidores pblicos federais. Somente no Ministrio do Desenvol-vimento Social e Combate Fome (MDS), em 2006, foram admi-tidos mais de 200 (duzentos) novos servidores ingressantes por concurso pblico. Tal providncia reconfigura, no mbito federal, a rea da gesto do trabalho nesse campo no setor pblico, com a compreenso da necessidade de propostas para a estruturao de carreiras prprias, essenciais para a consolidao das polticas sociais do MDS.

    A Secretaria Nacional de Assistncia Social (SNAS) apresen-ta as primeiras diretrizes para a poltica de gesto do trabalho do SUAS. Trata-se de um primeiro esforo nesta rea objetivando de-linear os principais pontos da gesto pblica do trabalho e propor mecanismos reguladores da relao entre gestores e trabalhadores e os prestadores de servios socioassistenciais, o que no esgota as possibilidades de aprimoramento desta Norma.

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  • 10

    As diretrizes para a gesto do trabalho pressupem, entre outras dimenses:

    conhecerosprofissionaisqueatuamnaAssistnciaSocial,

    caracterizando suas expectativas de formao e capacitao para a construo do SUAS; vislumbrar o desafio proposto, para esses profissionais, a partir dos compromissos dos en-tes federativos com os princpios e diretrizes da universa-lidade, eqidade, descentralizao poltico-administrativa, intersetorialidade e participao da populao;

    proporestmulosevalorizaodessestrabalhadores; identificarospactosnecessriosentregestores,servidores,

    trabalhadores da rede socioassistencial, com base no com-promisso da prestao de servios permanentes ao cidado e da prestao de contas de sua qualidade e resultados;

    umapolticadegestodotrabalhoqueprivilegieaqualifi-cao tcnico-poltica desses agentes.

    Esta Norma um instrumento de gesto que s ter efic-cia se o seu contedo for amplamente pactuado e assumido entre os gestores da Assistncia Social e se houver adeso s suas diretrizes. Estas devem auxiliar os Conselhos de Assistncia Social em relao s suas tarefas de controle social da gesto do trabalho no SUAS, e devem ser tambm uma referncia para os trabalhadores.

    A presente Norma visa, desse modo, consolidao da As-

    sistncia Social como uma poltica pblica e garantia da ampla participao da sociedade civil nessa consolidao.

    PATRUS ANANIAS DE SOUSAMinistro do Desenvolvimento Social e Combate Fome

    MRCIA HELENA CARVALHO LOPESSecretria Executiva

    ANA LGIA GOMESSecretria Nacional de Assistncia Social

    SILVIO IUNGPresidente do CNAS

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  • 11

    I Introduo

    1. Com o advento da Constituio Federal de 1988 e o con-seqente fortalecimento da Assistncia Social como poltica de Se-guridade Social e, portanto, como um direito do cidado, e a pro-mulgao da Lei Orgnica da Assistncia Social - LOAS, a discusso sobre a formulao e implementao de um sistema pblico descen-tralizado culminou na atual Poltica Nacional de Assistncia Social, com a previso da sua gesto por meio do SUAS, sistema que j conta com a sua prpria Norma Operacional Bsica NOB/SUAS, aprovada pela Resoluo do Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS, n130, de 15 de julho de 2005.

    2. Conforme consta na prpria PNAS/2004, a Poltica de Recur-sos Humanos constitui eixo estruturante do SUAS, ao lado da des-centralizao, do financiamento e do controle social. No entanto, grande o desafio de estruturar este eixo do SUAS nessa poltica. A precarizao do trabalho e dos recursos financeiros, fsicos e ma-teriais no setor pblico sabidamente fragilizou a rea da poltica de Assistncia Social.

    3. No material intitulado Fotografia da Assistncia Social noBrasil na perspectiva do SUAS, produzido pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) e apresentado na V Conferncia Nacional de Assistncia Social, a Foto 3 trata exatamente da questo referen-te gesto dos trabalhadores na rea da assistncia social.

    4. De acordo com a pesquisa, h cerca de 10.000 profissionaisenvolvidos com a operao da poltica de Assistncia Social, no m-bito estadual, em todo o Pas. Porm, esses nmeros no significam que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios tenham uma fora de trabalho uniforme, em vista da grande discrepncia existente entre eles, o que explica o fato de a Assistncia Social nem sempre estar representada em uma pasta poltico-administrativa pr-pria, estando muitas vezes vinculada a outras reas de atuao.

    5. A partir do diagnstico realizado na pesquisa, no item Gestode Pessoas na rea da Assistncia Social em todo o Brasil, a V Confe-rncia deliberou algumas metas que embasam esta NOB-RH/SUAS.

    6. Surge assim, a Norma Operacional Bsica - NOB/RH-SUAS, aps um amplo processo de discusso, aprimoramento e contribuies.

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  • 12

    7. Tal proposta consolida os principais eixos a serem conside-rados para a gesto do trabalho na rea da assistncia social:

    PrincpioseDiretrizesNacionaisparaagestodotraba-lhonombitodoSUAS.

    Princpios ticos para os Trabalhadores da AssistnciaSocial.

    EquipesdeReferncia. DiretrizesparaaPolticaNacionaldeCapacitao. DiretrizesNacionaisParaosPlanosdeCarreira,Cargose

    Salrios. DiretrizesparaEntidadeseOrganizaesdeAssistncia

    Social. Diretrizesparaoco-financiamentodaGestodotrabalho. ResponsabilidadeseAtribuiesdoGestorFederal,dos

    Gestores Estaduais, do Gestor do Distrito Federal dosGestoresMunicipaisparaaGestodoTrabalhonombitodoSUAS.

    OrganizaodoCadastroNacionaldeTrabalhadoresdoSUASMduloCADSUAS.

    ControleSocialdaGestodoTrabalhonombitodoSUAS. RegrasdeTransio.

    8. Tais eixos definem o contedo disposto nesta Norma, consi-derando a realidade atual do SUAS no Brasil.

    9. Temos, ento, que a essncia da Assistncia Social, ins-crita tanto na Constituio Federal de 1988 quanto na LOAS, na PNAS/2004 e na NOB/SUAS, est baseada na noo de direito em sua concepo mais direta, tendo, pois, carter de universalidade. A rea da gesto do trabalho adquire uma nuance especial, pois impli-ca diretamente na qualidade dos servios socioassistenciais. Assim, est justificada a aprovao de uma Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos no mbito do SUAS.

    10. Vale pontuar, assim, com relao ao eixo do financiamento, adificuldade que ainda existe para que o oramento da Assistncia Social atenda s suas reais necessidades e expectativas legais, j que, no que tange questo da gesto do trabalho, o mesmo deve ser arbitrado com os seguintes critrios: quantidade, qualidade, custo unitrio/anual, des-pesas com capacitao e com os meios para a sua operacionalizao.

    11. Integra a NOB-RH/SUAS uma PolticadeCapacitao dostrabalhadores pblicos e da rede prestadora de servios, gestores e conselheiros da rea, de forma sistemtica, continuada, susten-

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  • 13

    tvel, participativa, nacionalizada e descentralizada, respeitadas as diversidades regionais e locais, e fundamentada na concepo da educao permanente.

    12. A criao de um Plano de Carreira, Cargos e Salrios - PCCS uma questo prioritria a ser considerada. Ele, ao contrrio de promover atraso gerencial e inoperncia administrativa, como alguns apregoam, se bem estruturado e corretamente executado uma garantia de que o trabalhador ter de vislumbrar uma vida pro-fissional ativa, na qual a qualidade tcnica e a produtividade seriam variveis chaves para a construo de um sistema exeqvel (Plano Nacional de Sade, 2004:172/173 e PNAS/2004).

    13. Quando falamos sobre a responsabilidade dos entes pbli-cos envolvidos, certo que uma das principais funes desse ins-trumento determinar e, portanto, tornar exeqveis as aes e procedimentos que cabem a cada um dos entes das trs esferas de governo. Essa responsabilizao depende, no entanto, da adeso dos gestores a esta Norma, da incorporao de suas diretrizes na sua legislao e organizao administrativa prprias.

    14. Neste panorama, a contextualizao e o papel da rede socioassistencial privada tambm se apresentam como de suma im-portncia, j que grande parte dos trabalhadores da rea encontra-se nas entidades e organizaes de Assistncia Social.

    15. O eixo que trata da definio e critrios das equipes de referncia responsveis pelos servios, programas, projetos e bene-fcios socioassistenciais aquele responsvel por efetivamente di-mensionar tanto a carreira dos profissionais que devem integrar os quadros para atendimento na rede socioassistencial, quanto a pro-poro de equipes em relao ao nmero de potenciais usurios.

    16. Sabe-se que o investimento na gesto do trabalho ir influen-ciar decisivamente na melhoria dos servios socioassistenciais prestados populao. Assegurar que trabalhadores dessa rea estejam includos com o seu processo de trabalho e com o resultado do mesmo um ca-minho prtico e certo para o avano na implementao do Sistema.

    17. Os princpios e diretrizes contidos na presente NOB/RH-SUAS tm por finalidade primordial estabelecer parmetros gerais para a gesto do trabalho a ser implementada na rea da Assistn-cia Social, englobando todos os trabalhadores do SUAS, rgos ges-tores e executores de aes, servios, programas, projetos e bene-fcios da Assistncia Social, inclusive quando se tratar de consrcios pblicos e entidades e organizaes da assistncia social.

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  • 15

    II Princpios e diretrizes nacionais para a gesto do trabalho no mbito do SUAS

    1. A promulgao da Constituio Federal de 1988 e da Lei Or-gnica da Assistncia Social LOAS, de 1993, e conseqentemente a formulao da PNAS/2004 e a construo e regulao do Sistema nico da Assistncia Social SUAS e da sua Norma Operacional B-sica NOB/SUAS tornam necessria a reflexo da poltica de gesto do trabalho no mbito da Assistncia Social, visto que a mesma sur-ge como eixo delimitador e imprescindvel qualidade da prestao de servios da rede socioassistencial.

    2. Para a implementao do SUAS e para se alcanar os ob-jetivos previstos na PNAS/20004, necessrio tratar a gesto do trabalho como uma questo estratgica. A qualidade dos servios socioassistenciais disponibilizados sociedade depende da estrutu-rao do trabalho, da qualificao e valorizao dos trabalhadores atuantes no SUAS.

    3. Para tanto, imperioso que a gesto do trabalho no SUASpossua como princpios e diretrizes disposies consoantes s en-contradas na legislao acima citada.

    4. Neste aspecto, importante ressaltar o carter pblico daprestao dos servios socioassistenciais, fazendo-se necessria a existncia de servidores pblicos responsveis por sua execuo.

    5. Nos servios pblicos, o preenchimento de cargos, que de-vem ser criados por lei, para suprir as necessidades dos servios deve ocorrer por meio de nomeao dos aprovados em concursos pblicos, conforme as atribuies e competncias de cada esfera de governo, compatibilizadas com seus respectivos Planos de Assistn-cia Social (Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais), a partir de parmetros que garantam a qualidade da execuo dos servios.

    6. De acordo com as atribuies dos diferentes nveis de ges-to do SUAS, definidas na NOB/SUAS, compete a cada uma delas contratar e manter o quadro de pessoal qualificado academicamen-te e por profisses regulamentadas por Lei, por meio de concurso

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  • 16

    pblico e na quantidade necessria execuo da gesto e dos ser-vios socioassistenciais, conforme a necessidade da populao e as condies de gesto de cada ente.

    7. Assim, para atender aos princpios e diretrizes estabeleci-dos para a poltica de Assistncia Social, a gesto do trabalho no SUAS deve ocorrer com a preocupao de estabelecer uma Poltica Nacional de Capacitao, fundada nos princpios da educao per-manente, que promova a qualificao de trabalhadores, gestores e conselheiros da rea, de forma sistemtica, continuada, sustentvel, participativa, nacionalizada e descentralizada, com a possibilidade de superviso integrada, visando o aperfeioamento da prestao dos servios socioassistenciais.

    8. A gesto do trabalho no mbito do SUAS deve tambm:

    garantiradesprecarizaodosvnculosdostrabalhado-res do SUAS e o fim da tercerizao,

    garantiraeducaopermanentedostrabalhadores, realizarplanejamentoestratgico, garantiragestoparticipativacomcontrolesocial, integrarealimentarosistemadeinformao.

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  • 17

    III Princpios ticos para os trabalhadores da assistncia social

    1. A Assistncia Social deve ofertar seus servios com o co-nhecimento e compromisso tico e poltico de profissionais que ope-ram tcnicas e procedimentos impulsionadores das potencialidades e da emancipao de seus usurios;

    2. Os princpios ticos das respectivas profisses devero serconsiderados ao se elaborar, implantar e implementar padres, ro-tinas e protocolos especficos, para normatizar e regulamentar a atuao profissional por tipo de servio socioassistencial.

    3. So princpios ticos que orientam a interveno dos profis-sionais da rea de assistncia social:

    a) Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;b) Compromisso em ofertar servios, programas, proje-

    tos e benefcios de qualidade que garantam a opor-tunidade de convvio para o fortalecimento de laosfamiliares e sociais;

    c) Promoo aos usurios do acesso a informao, ga-rantindo conhecer o nome e a credencial de quem osatende;

    d) Proteo privacidade dos usurios, observado o sigi-lo profissional, preservando sua privacidade e opo eresgatando sua historia de vida;

    e) Compromisso em garantir ateno profissional dire-cionada para construo de projetos pessoais e sociaispara autonomia e sustentabilidade;

    f) Reconhecimento do direito dos usurios a ter acessoa benefcios e renda e a programas de oportunidadespara insero profissional e social;

    g) Incentivo aos usurios para que estes exeram seudireito de participar de fruns, conselhos, movimentossociais e cooperativas populares de produo;

    h) Garantia do acesso da populao a poltica de assis-tncia social sem discriminao de qualquer natureza(gnero, raa/etnia, credo, orientao sexual, classesocial, ou outras), resguardados os critrios de elegi-bilidade dos diferentes programas, projetos, serviose benefcios;

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    i) Devoluo das informaes colhidas nos estudos e pes-quisas aos usurios, no sentido de que estes possamus-las para o fortalecimento de seus interesses;

    j) Contribuio para a criao de mecanismos que ve-nham desburocratizar a relao com os usurios, nosentido de agilizar e melhorar os servios prestados.

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  • 19

    IV Equipes de referncia

    Equipes de referncia so aquelas constitudas por servidores efetivos responsveis pela organizao e oferta de servios, pro-gramas, projetos e benefcios de proteo social bsica e especial, levando-se em considerao o nmero de famlias e indivduos re-ferenciados, o tipo de atendimento e as aquisies que devem ser garantidas aos usurios.

    PROTEO SOCIAL BSICA

    Composio da equipe de referncia dos Centros de Referncia da Assistncia Social - CRAS para a prestao de servios e execu-o das aes no mbito da Proteo Social Bsica nos municpios:

    CRAS

    As equipes de referncia para os Centros de Referncia da Assistncia Social - CRAS devem contar sempre com um coordena-dor, devendo o mesmo, independentemente do porte do municpio, ter o seguinte perfil profissional: ser um tcnico de nvel superior, concursado, com experincia em trabalhos comunitrios e gesto de programas, projetos, servios e benefcios socioassistenciais.

    PROTEO SOCIAL ESPECIAL

    Equipe de referncia para a prestao de servios e execuo das aes no mbito da Proteo Social Especial de Mdia e Alta Complexidade.

    Pequeno Porte I Pequeno Porte II Mdio, Grande, Metrpole e DF

    At 2.500 famlias referenciadas

    At 3.500 famlias referenciadas

    A cada 5.000 famlias referenciadas

    2 tcnicos de nvel superior, sendo um profissional assistente social e outro preferencial-mente psiclogo.

    3 tcnicos de nvel superior, sendo dois profissionais assistentes sociais e preferencialmen-te um psiclogo.

    4 tcnicos de nvel superior, sendo dois profissionais assistentes sociais, um psiclogo e um profissional que compe o SUAS.

    2 tcnicos de nvel mdio

    3 tcnicos nvel mdio

    4 tcnicos de nvel mdio

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  • 20

    Mdia Complexidade:

    O Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social CREAS uma unidade pblica que se constitui como plo de re-ferncia, coordenador e articulador da proteo social especial de mdia complexidade.

    CREAS

    Municpios em Gesto Inicial e Bsica

    Municpios em Gesto Plenae Estados com Servios Regionais

    Capacidade de atendimento de 50 pessoas/indivduos

    Capacidade de atendimento de 80 pessoas/indivduos

    1 coordenador 1 coordenador

    1 assistente social 2 assistentes sociais

    1 psiclogo 2 psiclogos

    1 advogado 1 advogado

    2 profissionais de nvel superior ou mdio (abordagem dos usurios)

    4 profissionais de nvel superior ou mdio (abordagem dos usurios)

    1 auxiliar administrativo 2 auxiliares administrativos

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  • 21

    Alta Complexidade

    1) Atendimento em Pequenos Grupos (abrigo institucio-nal, casa-lar e casa de passagem)

    Equipe de referncia para atendimento direto:

    PROFISSIONAL / FUNO ESCOLARIDADE QUANTIDADE

    Coordenador nvel superior ou mdio

    1 profissional referenciado para at 20 usurios acolhidos em, no mximo, 2 equipamentos

    Cuidadornvel mdio e qualificao especfica

    1 profissional para at 10 usurios, por turno. A quantidade de cuidador por usurio dever ser aumentada quando houver usurios que demandem ateno especfica (com deficincia, com necessidades especficas de sade, pessoas soropositivas, idade inferior a um ano, pessoa idosa com Grau de Dependncia II ou III, dentre outros). Para tanto, dever ser adotada a seguinte relao:a) 1 cuidador para cada 8 usurios, quando houver 1 usurio com demandas especficas; b) 1 cuidador para cada 6 usurios, quando houver 2 ou mais usurios com demandas especficas.

    Auxiliar Cuidador

    nvel fundamental e qualificao especfica

    1 profissional para at 10 usurios, por turno. A quantidade de cuidador usurio dever ser aumentada quando houver usurios que demandem ateno especfica (com deficincia, com necessidades especficas de sade, pessoas soropositivas, idade inferior a um ano, pessoa idosa com Grau de Dependncia II ou III, dentre outros). Para tanto, dever ser adotada a seguinte relao:a) 1 auxiliar de cuidador para cada 8 usurios, quando houver 1 usurio com demandas especficas; b) 1 auxiliar de cuidador para cada 6 usurios, quando houver 2 ou mais usurios com demandas especficas.

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    Equipe de Referncia para atendimento psicossocial, vinculada ao rgo gestor:

    2) Famlia Acolhedora

    Equipe de Referncia para atendimento psicossocial, vinculada ao rgo gestor:

    PROFISSIONAL / FUNO ESCOLARIDADE QUANTIDADE

    Assistente Social nvel superior

    1 profissional para atendimento a, no mximo, 20 usurios acolhidos em at dois equipamentos da alta complexidade para pequenos grupos.

    Psiclogo nvel superior

    1 profissional para atendimento a, no mximo, 20 usurios acolhidos em at dois equipamentos da alta complexidade para pequenos grupos.

    PROFISSIONAL / FUNCO ESCOLARIDADE QUANTIDADE

    Coordenador nvel superior 1 profissional referenciado para at 45 usurios acolhidos.

    Assistente Social nvel superior

    1 profissional para acompanhamento de at 15 famlias acolhedoras e atendimento a at 15 famlias de origem dos usurios atendidos nesta modalidade.

    Psiclogo nvel superior

    1 profissional para acompanhamento de at 15 famlias acolhedoras e atendimento a at 15 famlias de origem dos usurios atendidos nesta modalidade.

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    3) Repblica

    Equipe de Referncia para atendimento psicossocial, vinculada ao rgo gestor:

    4) Instituies de Longa Permanncia para Idosos ILPIs

    Equipe de Referncia para Atendimento Direto:

    PROFISSIONAL / FUNCO ESCOLARIDADE QUANTIDADE

    Coordenador nvel superior1 profissional referenciado para at 20 usurios

    Assistente Social nvel superior

    1 profissional para atendimento a, no mximo, 20 usurios em at dois equipamentos.

    Psiclogo nvel superior

    1 profissional para atendimento a, no mximo, 20 usurios em at dois equipamentos.

    PROFISSIONAL / FUNCO ESCOLARIDADE

    1 Coordenador nvel superior ou mdio

    Cuidadores nvel mdio

    1 Assistente Social nvel superior

    1 Psiclogo nvel superior

    1 Profissional para desenvolvimento de atividades socioculturais nvel superior

    Profissional de limpeza nvel fundamental

    Profissional de alimentao nvel fundamental

    Profissional de lavanderia nvel fundamental

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    FUNES ESSENCIAIS PARA A GESTO DO SUAS

    Para a adequada gesto do Sistema nico de Assistncia So-cial - SUAS em cada esfera de governo, fundamental a garantia de um quadro de referncia de profissionais designados para o exerc-cio das funes essenciais de gesto.

    Quadro de Referncia das Funes Essenciais da Gesto:

    GESTO MUNICIPAL

    Funes Essenciais

    Gesto do Sistema Municipal de Assistncia Social

    Coordenao da Proteo Social Bsica

    Coordenao da Proteo Social Especial

    Planejamento e Oramento

    Gerenciamento do Fundo Municipal de Assistncia Social

    Gerenciamento dos Sistemas de Informao

    Monitoramento e Controle da Execuo dos Servios, Programas, Projetos e Benefcios

    Monitoramento e Controle da Rede Socioassistencial

    Gesto do Trabalho

    Apoio s Instncias de Deliberao

    Gesto Estadual

    Gesto do Sistema Estadual de Assistncia Social

    Coordenao da Proteo Social Bsica

    Coordenao da Proteo Social Especial

    Planejamento e Ora mento

    Gerenciamento do Fundo Estadual de Assistncia Social

    Gerenciamento dos Sistemas de Informao

    Monitoramento e Controle da Execuo dos Servios, Programas, Projetos e Benefcios

    Cooperao Tcnica / Assessoria aos Municpios

    Gesto do Trabalho e Educao Permanente em Assistncia Social (Capacitao)

    Apoio s Instncias de Pactuao e Deliberao

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    Gesto do DF

    Gesto do Sistema de Assistncia Social do DF

    Coordenao da Proteo Social Bsica

    Coordenao da Proteo Social Especial

    Planejamento e Oramento

    Gerenciamento do Fundo de Assistncia Social do DF

    Gerenciamento dos Sistemas de Informao

    Monitoramento e Controle da Execuo dos Servios, Programas, Projetos e Benefcios

    Gesto do Trabalho e Educao Permanente em Assistncia Social (Capacitao)

    Apoio s Instncias de Pactuao e Deliberao

    Gesto Federal

    Gesto do Sistema nico de Assistncia Social

    Coordenao da Proteo Social Bsica

    Coordenao da Proteo Social Especial

    Coordenao de Gesto de Rendas e Benefcios

    Planejamento e Oramento

    Gerenciamento do Fundo Nacional de Assistncia Social

    Monitoramento e Controle da Execuo dos Servios, Programas, Projetos e Benefcios

    Gesto dos Sistemas de Informao

    Apoio (cooperao/assessoria) Gesto Descentralizada do SUAS

    Gesto do Trabalho e Educao Permanente em Assistncia Social (Capacitao)

    Apoio s Instncias de Pactuao e Deliberao

    A composio das equipes de referncia dos Estados para apoio a Municpios com presena de povos e comunidades tradicio-nais (indgenas, quilombolas, seringueiros, etc.) deve contar com profissionais com curso superior, em nvel de graduao concludo em cincias sociais com habilitao em antropologia ou graduao concluda em qualquer formao, acompanhada de especializao, mestrado e/ou doutorado em antropologia.

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  • 27

    V Diretrizes para a polticanacional de capacitao

    1. A Coordenao e o Financiamento da PolticaNacionaldeCapacitao so de competncia dos Governos Federal, Estadual e do Distrito federal.

    2. Os Gestores Municipais devero liberar os tcnicos paraparticiparem da capacitao sem prejuzo dos recebimentos e com as despesas correspondentes de participao de acordo com o Plano de Capacitao.

    3. Os gestores federal, estaduais e do Distrito Federal devempublicar o contedo da capacitao e os atores que devem ser capa-citados, para atender ao disposto na Resoluo do CNAS que dispe sobre o Programa Universidade para Todos - PROUNI.

    4. A capacitao dos trabalhadores da rea da Assistncia So-cial deve ser promovida com a finalidade de produzir e difundir co-nhecimentos que devem ser direcionados ao desenvolvimento de habilidades e capacidades tcnicas e gerenciais, ao efetivo exerccio do controle social e ao empoderamento dos usurios para o aprimo-ramento da poltica pblica.

    5. A capacitao dos trabalhadores da Assistncia Social tempor fundamento a educao permanente e deve ser feita de forma:

    a) sistemtica e continuada: por meio da elaborao eimplementao de planos anuais de capacitao;

    b) sustentvel: com a proviso de recursos financeiros,humanos, tecnolgicos e materiais adequados;

    c) participativa: com o envolvimento de diversos atoresno planejamento, execuo, monitoramento e avaliaodos planos de capacitao, aprovados por seus respecti-vos conselhos;

    d) nacionalizada: com a definio de contedos mnimos,respeitando as diversidades e especificidades;

    e) descentralizada: executada de forma regionalizada, con-siderando as caractersticas geogrficas dessas regies, Es-tados e municpios.

    f) avaliada e monitorada: com suporte de um sistemainformatizado e com garantia do controle social.

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    6. A Unio, os Estados e o Distrito Federal devem elaborarPlanos Anuais de Capacitao, pactuados nas Comisses Interges-tores e deliberados nos respectivos Conselhos de Assistncia Social, tendo por referncias:

    a) a elaborao de diagnstico de necessidades comuns decapacitao s diversas reas de atuao;

    b) o conhecimento do perfil dos trabalhadores e suas com-petncias requeridas, considerando o padro da presta-o dos servios desejado, considerando as informaesobtidas no CADSUAS;

    c) a definio de pblicos, contedos programticos, meto-dologia, carga horria e custos;

    d) a incluso de contedos relativos aos servios, progra-mas, projetos, benefcios e gesto da assistncia social,bem como relativos a financiamento, planos, planeja-mento estratgico, monitoramento, avaliao, constru-o de indicadores e administrao pblica;

    e) a especificidade dos trabalhos desenvolvidos com comu-nidades remanescentes de quilombos, povos indgenas eoutras;

    f) a definio de formas de monitoramento e avaliao dosprprios planos.

    7. A capacitao no mbito do SUAS deve destinar-se a todosos atores da rea da Assistncia Social gestores, trabalhadores, tcnicos e administrativos, dos setores governamentais e no-go-vernamentais integrantes da rede socioassistencial, e conselheiros.

    8. A capacitao no mbito do SUAS deve primar pelo investimen-to em mltiplas formas de execuo, adotando instrumentos criativos e inovadores, metodologias que favoream a troca de experincias e tecnologias diversificadas (exemplo: ensino a distncia, vdeos e tele-conferncias, elaborao de material didtico, cartilhas, entre outros).

    9. A capacitao no mbito do SUAS deve respeitar as diversi-dades e especificidades regionais e locais na elaborao dos planos de capacitao, observando, entretanto, uma uniformidade em ter-mos de contedo e da carga horria.

    10. A capacitao no mbito do SUAS deve adequar-se aosdiferentes pblicos (gestores, tcnicos e conselheiros).

    11. A capacitao no mbito do SUAS deve garantir acessibi-lidade das pessoas com deficincia aos projetos de capacitao por meio da adoo de recursos tcnicos adequados.

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  • 29

    12. A capacitao no mbito do SUAS deve estimular a criao de escolas de governo e parcerias com instituies de ensino, orga-nismos governamentais e no-governamentais.

    13. A capacitao no mbito do SUAS deve estabelecer me-canismos de parcerias entre as instituies de ensino e a gesto do Sistema.

    14. A capacitao no mbito do SUAS deve procurar ampliar a discusso com os Fruns dos diferentes segmentos das Instituies de Ensino Superior - IES, favorecendo a articulao para a constru-o e consolidao da PolticaNacionaldeCapacitao.

    15. A capacitao no mbito do SUAS deve incentivar a pro-duo e publicao de pesquisas acerca dos resultados das capa-citaes realizadas, visando a criar uma fonte de consultas e dar visibilidade s capacitaes.

    16. A capacitao no mbito do SUAS deve incentivar a produ-o e publicao pelos trabalhadores da Assistncia Social de arti-gos e monografias sobre a Poltica de Assistncia Social.

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    VI Diretrizes nacionais paraos planos de carreira, cargose salrios - PCCS

    Os Planos de Carreira, Cargos e Salrios - PCCS devero ser institudos em cada esfera de governo para os trabalhadores do SUAS, da administrao direta e indireta, baseados nos seguintes princpios definidos nacionalmente.

    PRINCPIOS:

    1. Universalidade dos PCCS: Os Planos de Carreira, Cargos e Salrios abrangem todos os trabalhadores que participam dos pro-cessos de trabalho do SUAS, desenvolvidos pelos rgos gestores e executores dos servios, programas, projetos e benefcios socio-assistenciais da Administrao Pblica Direta e Indireta, das trs esferas de governo na rea da Assistncia Social.

    2. Equivalncia dos cargos ou empregos: Para efeito da elaborao dos PCCS, na rea da Assistncia Social, as categorias profissionais devem ser consideradas, para classificao, em grupos de cargos ou carreira nica (multiprofissional), na observncia da formao, da qualificao profissional e da complexidade exigidas para o desenvolvimento das atividades que, por sua vez, desdo-bram-se em classes, com equiparao salarial proporcional carga horria e ao nvel de escolaridade, considerando-se a rotina e a complexidade das tarefas, o nvel de conhecimento e experincias exigidos, a responsabilidade pela tomada de decises e suas conse-qncias e o grau de superviso prestada ou recebida.

    3. Concurso pblico como forma de acesso carreira: O acesso carreira estar condicionado aprovao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

    4. Mobilidade do Trabalhador: Deve ser assegurada a mo-bilidade dos trabalhadores do SUAS na carreira, entendida como garantia de trnsito do trabalhador do SUAS pelas diversas esferas de governo, sem perda de direitos ou da possibilidade de desenvol-vimento e ascenso funcional na carreira.

    5. Adequao Funcional: Os PCCS adequar-se-o periodica-mente s necessidades, dinmica e ao funcionamento do SUAS.

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    6. Gesto partilhada das carreiras: entendida como garan-tia da participao dos trabalhadores, atravs de mecanismos legiti-mamente constitudos, na formulao e gesto dos seus respectivos plano de carreiras.

    7. PCCS como instrumento de gesto: entendendo-se poristo que os PCCS devero constituir-se num instrumento gerencial de poltica de pessoal integrado ao planejamento e ao desenvolvi-mento organizacional.

    8. Educao Permanente: significa o atendimento s ne-cessidades de formao e qualificao sistemtica e continuada dos trabalhadores do SUAS.

    9. Compromisso solidrio: compreendendo isto que os PCCSso acordos entre gestores e representantes dos trabalhadores em prol da qualidade dos servios, do profissionalismo e da garantia pelos empregadores das condies necessrias realizao dos ser-vios, programas, projetos e benefcios da assistncia social.

    DIRETRIZES:

    1. Os Planos de Carreira, Cargos e Salrios abrangem todos os tra-balhadores que participam dos processos de trabalho do SUAS, desen-volvidos pelos rgos gestores e executores dos servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais da Administrao Pblica Direta e Indireta, das trs esferas de governo na rea da Assistncia Social.

    2. Os PCCS devem ser nicos, com isonomia em cada uma dasesferas de governo, garantindo mecanismos regionais e locais nego-ciados, visando fixao de profissionais em funo da garantia de acesso e eqidade na oferta de servios populao.

    3. Devero ser criadas as ProgramaesPactuadasIntegradas-PPI sobre a gesto do trabalho (incluindo os trabalhadores da ges-to e da execuo dos servios socioassistenciais), especialmente quanto pactuao entre os gestores de pisos salariais regionais e fatores de diferenciao inter-regionais.

    4. Quando da elaborao dos PCCS, a evoluo do servidor nacarreira dever ser definida considerando-se a formao profissio-nal, a capacitao, a titulao e a avaliao de desempenho, com indicadores e critrios objetivos (quantitativos e qualitativos), nego-ciados entre os trabalhadores e os gestores da Assistncia Social.

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    5. Deve ser estimulada e incentivada a aplicao destes princ-pios e diretrizes aos trabalhadores da Assistncia Social contratados pelas entidades e organizaes de Assistncia Social, conveniados pelo SUAS, de modo a garantir a isonomia entre os trabalhadores pblicos e privados do SUAS.

    6. Os PCCS devem estimular o constante aperfeioamento, a qualificao e a formao profissional, no sentido de melhorar a qualidade dos servios socioassistenciais e permitir a evoluo ininterrupta dos trabalhadores do SUAS na carreira. Devem ser de-finidos parmetros e/ou perodos para que os trabalhadores tenham direitos e deveres quanto s possibilidades de afastamento tempo-rrio do trabalho para realizarem a qualificao profissional dentro ou fora do Pas.

    7. Os PCCS incluiro mecanismos legtimos de estmulo, pro-piciando vantagens financeiras, entre outras, aos trabalhadores com dedicao em tempo integral ou dedicao exclusiva para a realiza-o do seu trabalho, na rea de abrangncia do plano.

    8. Para o exerccio das funes de direo, chefia e asses-soramento, os cargos de livre provimento devem ser previstos e preenchidos considerando-se as atribuies do cargo e o perfil do profissional.

    9. Os cargos e funes responsveis pelos servios, progra-mas, projetos e benefcios socioassistenciais, bem como respons-veis pelas unidades pblicas prestadoras dos servios socioassis-tenciais, devem ser preenchidos por trabalhadores de carreira do SUAS, independente da esfera de governo (nacional, estadual, do Distrito Federal e municipal) a que estejam vinculados.

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    VII Diretrizes para as entidades e organizaes de assistncia social

    1) valorizar seus trabalhadores de modo a ofertar servios comcarter pblico e de qualidade conforme realidade do municpio;

    2) elaborar e executar plano de capacitao em consonnciacom as diretrizes da Poltica Nacional de Capacitao;

    3) viabilizar a participao de seus trabalhadores em ativi-dades e eventos de capacitao e formao no mbito municipal, estadual, distrital e federal na rea de assistncia social;

    4) buscar, em parceria com o poder pblico, o tratamento sa-larial isonmico entre os trabalhadores da rede pblica e da rede prestadora de servios socioassistenciais;

    5) manter atualizadas as informaes sobre seus trabalhado-res, disponibilizando-as aos gestores para a alimentao do Cadas-tro Nacional de Trabalhadores do SUAS.

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    VIII - Diretrizespara o co-financiamento da gesto do trabalho

    1. A Assistncia Social oferta seus servios, programas, proje-tos e benefcios com o conhecimento e compromisso tico e poltico de profissionais que operam tcnicas e procedimentos, com vistas a mediar o acesso dos usurios aos direitos e mobilizao social.

    2. Universalizar uma poltica cujos servios socioassistenciaisdevem ser operados por trabalhadores da assistncia social que exi-gem investimentos para seu desenvolvimento requer estratgias especficas para as trs esferas de governo.

    3. Garantir, por meio de instrumentos legais, que os recursostransferidos pelo governo federal para os municpios para o co-fi-nanciamento dos servios, programas, projetos e gesto dos bene-fcios permitam o pagamento da remunerao dos trabalhadores e/ou servidores pblicos concursados da Assistncia Social, definidos como equipe de referncia nesta NOB. O estudo de custo dos servi-os prestados pelas equipes de referncia deve incluir a definio do percentual a ser gasto com pessoal concursado, sendo deliberado pelos conselhos.

    4. O valor transferido pela Unio para pagamento de pessoaldever ser referncia para determinar um percentual a ser assumi-do por Estados e Municpios em forma de co-financiamento.

    5. Reviso das diretrizes e legislao do fundo de assistnciasocial para que possa financiar o pagamento de pessoal, conforme proposta de Projeto de Emenda Constitucional - PEC.

    6. Prever recursos financeiros para a realizao de estu-dos e pesquisas que demonstrem objetivamente a realidade dos territrios que sero abrangidos com a poltica institucional de assistncia social.

    7. Prever, em cada esfera de governo, recursos prprios nosoramentos, especialmente para a realizao de concursos p-blicos e para o desenvolvimento, qualificao e capacitao dos trabalhadores.

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    8. Assegurar uma rubrica especfica na Lei Oramentria, coma designao de Gesto do Trabalho, com recursos destinados es-pecificamente para a garantia das condies de trabalho e para a remunerao apenas de trabalhadores concursados nos mbitos fe-deral, estadual, distrital e municipal.

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    IX Responsabilidade e atribuies do gestor federal, dos gestores estaduais, do gestor do Distrito Federal e dos gestores municipais para a gesto do trabalho no mbito do SUAS

    IX. 1. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIES DO GESTOR FEDERAL

    1) Dotar a gesto de uma institucionalidade responsvel, do ponto de vista operacional, administrativo e tcnico-poltico, criando os meios para efetivar a poltica de assistncia social. Destinar re-cursos financeiros para a rea, compor os quadros do trabalho espe-cficos e qualificados por meio da realizao de concursos pblicos.

    2) Criar diretriz relativa ao acompanhamento, em nvel nacio-nal, da implantao da NOB-RH/SUAS.

    3) Designar, em sua estrutura administrativa, setor respons-vel pela gesto do trabalho no SUAS.

    4) Elaborar um diagnstico da situao de gesto do trabalho existente em sua rea de atuao, incluindo os seguintes aspectos:

    a) quantidade de trabalhadores, por cargo, da administra-o direta e indireta, os cedidos de outras esferas de gesto e os terceirizados;

    b) local de lotao; c) distribuio por servios, por base territorial, comparan-

    do-os com o tamanho da populao usuria, por nvel de proteo social (bsica e especial de mdia e alta com-plexidade);

    d) categorias profissionais e especialidades; e) vencimentos ou salrios pagos por categoria profissional

    ou por grupos ocupacionais, vantagens e benefcios; f) qualificao/formao;g) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-

    cutiva do CNAS;

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    h) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-cutiva da CIT;

    i) nmero de profissionais que compem equipe de moni-toramento e avaliao;

    j) nmero de profissionais que compem a gesto doFNAS;

    k) nmero de profissionais que compem a equipe respon-svel pela capacitao;

    l) nmero de profissionais que compem a equipe de as-sessoramento aos Estados;

    m) nmero de profissionais que compem a equipe de mo-nitoramento e avaliao do BPC;

    n) nmero de profissionais que compem a equipe dos sis-temas de informao e monitoramento;

    o) outros aspectos de interesse.

    5) Organizar e disponiblizar aos municpios, Estados e DistritoFederal um sistema informatizado sobre os trabalhadores do SUAS, configurando o Cadastro Nacional dos Trabalhadores do SUAS, de modo a viabilizar o diagnstico da situao do trabalho e sua gesto existente na assistncia social, com atualizao peridica, como um mdulo do sistema de informao cadastral CADSUAS, aplicativo da REDESUAS.

    6) Elaborar quadro de necessidades de trabalhadores paraa manuteno dos servios, programas, projetos e benefcios do SUAS.

    7) Estabelecer plano de ingresso de trabalhadores e a substi-tuio dos profissionais terceirizados.

    8) Planejar o ingresso de pessoal, com a previso de quanti-tativos anuais de vagas a serem preenchidas por meio de concurso pblico.

    9) Oferecer condies adequadas de trabalho quanto ao espa-o fsico, material de consumo e permanente.

    10) Implementar normas e protocolos especficos, para garan-tir a qualidade de vida e segurana aos trabalhadores do SUAS na prestao dos servios socioassistenciais.

    11) Fortalecer mecanismos de desenvolvimento profissionalnas carreiras, estimulando a manuteno dos servidores no servio pblico e valorizando a progresso nas carreiras.

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    12) Estabelecer mecanismos para realizar o reenquadramen-to, reorganizao de cargos e progresso na carreira do trabalhador no PCCS.

    13) Fortalecer, por meio de criao ou reorganizao, as atuais carreiras, direcionando-as para a formulao, controle, monitora-mento e avaliao da Poltica Pblica de Assistncia Social.

    14) Nomear comisso paritria entre governo e representan-tes dos trabalhadores para a discusso e elaborao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios, no seu mbito de governo.

    15) Instituir uma Mesa de Negociaes com composio pari-tria entre gestores, prestadores de servio, trabalhadores da rea da assistncia do setor pblico e do setor privado.

    16) Encaminhar projeto de lei de criao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios ao Poder Legislativo.

    17) Regulamentar, em articulao com o Ministrio da Educa-o e com outros rgos, sob a intervenincia do CNAS Conselho Nacional de Assistncia Social, o que assistncia social em pro-gramas no decorrentes de obrigaes curriculares, conforme es-tabelecido nos artigos 10 e 11 da Lei Federal n 11.096/05, que ins-titui o Programa Universidade para Todos - PROUNI, possibilitando que as instituies de ensino superior e beneficentes de assistncia social possam promover aes de formao do trabalho do SUAS, incluindo estas para fins de mensurao do percentual de 20% de gratuidade exigido nas normas legais e suas atualizaes.

    18) Formular, coordenar, co-financiar e executar, em conjunto com a esfera estadual e distrital, a Poltica Nacional de Capacitao com obje-tivo de contribuir para a melhoria da eficincia, eficcia e efetividade dos servios, programas, projetos e benefcios, observando as peculiarida-des locais, os perfis profissionais, a territorialidade e o nvel de escolari-dade dos trabalhadores, com base nos princpios desta NOB-RH/SUAS.

    19) Destinar a capacitao a todos os atores da rea da Assis-tncia Social gestores, trabalhadores, tcnicos e administrativos, dos setores governamentais e no-governamentais integrantes da rede socioassistencial, e conselheiros.

    20) Implementar a capacitao, com base nos fundamentos da educao permanente para os trabalhadores de todos os nveis de escolaridade.

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    21) Definir normas, padres e rotinas para a liberao do tra-balhador para participar de eventos de capacitao e aperfeioa-mento profissional.

    22) Definir, em parceria com as IES, rgos de formao pro-fissional e entidades estudantis, a Poltica de Estgio Curricular obri-gatrio no SUAS e sua superviso.

    23) Buscar cooperao tcnica e financeira junto s institui-es e organismos nacionais e internacionais, visando captao de recursos que viabilizem a implementao de processos de formao dos trabalhadores dos servios pblicos da Assistncia Social.

    24) Promover a articulao entre as instituies de ensino eas de fiscalizao do exerccio profissional dos trabalhadores da As-sistncia Social.

    25) Garantir, em seu mbito, o co-financiamento para a imple-mentao da gesto do trabalho para o SUAS, sob a responsabilida-de das trs esferas de governo, especialmente para a implementa-o de PCCS e para a capacitao dos trabalhadores, necessrios implementao da Poltica de Assistncia Social.

    26) Estabelecer critrios de repasse de recursos fundo-a-fundo,como forma de incentivo aos Estados, Distrito Federal e municpios que cumprirem esta NOB-RH/SUAS em seus diversos aspectos.

    27) Estabelecer de forma pactuada, na Comisso Intergesto-res Tripartite - CIT, requisitos, responsabilidades e incentivos refe-rentes ao cumprimento da NOB-RH/SUAS por parte dos gestores.

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    IX.2. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIES DOSGESTORES ESTADUAIS

    1) Dotar a gesto de uma institucionalidade responsvel, do ponto de vista operacional, administrativo e tcnico-poltico, criando os meios para efetivar a poltica de assistncia social. Destinar re-cursos financeiros para a rea, compor os quadros do trabalho espe-cficos e qualificados por meio da realizao de concursos pblicos.

    2) Criar diretriz relativa ao acompanhamento, em nvel esta-dual, da implantao da NOB-RH/SUAS.

    3) Prestar apoio tcnico e assessoramento aos municpios no habilitados para que estes se habilitem no nvel de gesto do SUAS para cumprimento da NOB/SUAS e da NOB-RH/SUAS.

    4) Instituir, em sua estrutura administrativa, setor respons-vel pela gesto do trabalho no SUAS.

    5) Elaborar um diagnstico da situao de gesto do trabalho existente em sua rea de atuao, incluindo os seguintes aspectos:

    a) quantidade de trabalhadores, por cargo, da administra-

    o direta e indireta, os cedidos de outras esferas de ges-to e os terceirizados;

    b) local de lotao; c) distribuio por servios, por base territorial, comparan-

    do-os com o tamanho da populao usuria, por nvel de proteo social (bsica e especial de mdia e alta com-plexidade);

    d) categorias profissionais e especialidades; e) vencimentos ou salrios pagos por categoria profissional

    ou por grupos ocupacionais, vantagens e benefcios; f) qualificao/formao;g) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-

    cutiva do CEAS;h) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-

    cutiva da CIB; i) nmero de profissionais que compem equipe de moni-

    toramento e avaliao;j) nmero de profissionais que compem a gesto do FEAS;k) nmero de profissionais que compem a equipe respon-

    svel pela capacitao;l) nmero de profissionais que compem a equipe de as-

    sessoramento aos municpios;

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  • 44

    m) nmero de profissionais que compem a equipe de moni-toramento e avaliao do BPC;

    n) nmero de profissionais que compem a equipe do siste-ma de informao e monitoramento;

    o) outros aspectos de interesse. 6) Contribuir com a esfera federal na definio e organizao

    do CadastroNacionaldosTrabalhadoresdoSUAS.

    7) Manter e alimentar o CadastroNacionaldosTrabalhadoresdo SUAS, de modo a viabilizar o diagnstico, planejamento e avalia-o das condies da rea de gesto do trabalho para a realizao dos servios socioassistenciais, bem como seu controle social.

    8) Elaborar quadro de necessidades de trabalhadores para servios, programas, projetos e benefcios do SUAS.

    9) Estabelecer plano de ingresso de trabalhadores e a substi-tuio dos profissionais terceirizados.

    10) Planejar o ingresso de pessoal, com a previso de quanti-tativos anuais de vagas a serem preenchidas por meio de concurso pblico.

    11) Realizar concurso pblico para contratar e manter o qua-dro de pessoal necessrio execuo da gesto dos servios socio-assistenciais, observadas as normas legais vigentes.

    12) Contratar e manter o quadro de pessoal necessrio exe-cuo da gesto e dos servios scio-assistenciais de mdia e alta complexidade definidos na NOB/SUAS.

    13) Oferecer condies adequadas de trabalho quanto ao es-pao fsico, material de consumo e permanente.

    14) Implementar normas e protocolos especficos, para garan-tir a qualidade de vida e segurana aos trabalhadores do SUAS na prestao dos servios socioassistenciais.

    15) Fortalecer mecanismos de desenvolvimento profissional nas carreiras, estimulando a manuteno de servidores no servio pblico e valorizando a progresso nas carreiras;

    16) Estabelecer mecanismos para realizar o reenquadramen-to, reorganizao de cargos e progresso na carreira do trabalhador, no PCCS.

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    17) Fortalecer, por meio da criao ou reorganizao, as atuaiscarreiras, direcionando-as, em seu mbito, para a formulao, con-trole, monitoramento e avaliao da poltica pblica de assistncia social na:

    a) execuo dos servios de referncia regional;b) execuo dos servios socioassistenciais nos municpios

    no habilitados;c) assessoramento descentralizado aos municpios, de seu

    mbito, na estruturao do Sistema Municipal de Assis-tncia Social.

    18) Garantir nos Estados que possuem Secretarias Regionais oprovimento de cargos com profissionais da rea da Assistncia Social.

    19) Nomear comisso paritria entre governo e representan-tes dos trabalhadores para a discusso e elaborao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios, no seu mbito de governo.

    20) Instituir em seu mbito uma Mesa de Negociaes comcomposio paritria entre gestores, prestadores de servio, traba-lhadores da rea da assistncia do setor pblico e do setor privado.

    21) Manter um sistema permanente de comunicao e ne-gociao com os municpios para tratar das questes referentes a trabalhadores.

    22) Encaminhar projeto de lei de criao do respectivo Planode Carreira, Cargos e Salrios ao Poder Legislativo;

    23) Formular, coordenar, co-financiar e executar, em conjunto coma esfera federal, a PolticaNacionaldeCapacitao, com objetivo de contribuir para a melhoria da eficincia, eficcia e efetividade dos ser-vios, programas, projetos e benefcios, observando as peculiaridades locais, os perfis profissionais, a territorialidade e o nvel de escolaridade dos trabalhadores, com base nos princpios desta NOB-RH/SUAS.

    24) Elaborar e implementar junto com os Municpios a PolticaEstadual de Capacitao para os trabalhadores, gestores e conse-lheiros da Assistncia Social, com base nos princpios da educao permanente e diretrizes desta NOB, considerando aspectos das pe-culiaridades locais, perfis profissionais e nvel de escolaridade;

    25) Propiciar e viabilizar a participao das instituies de en-sino superior em seu mbito, mediante a realizao de atividades

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    conjuntas de capacitao, pesquisa e extenso, bem como de avalia-o de servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais, especialmente nos municpios habilitados em gesto plena do SUAS.

    26) Organizar centros de estudos ou outras formas de mobili-zao regionalizados nas unidades de assistncia social, que devem ser considerados como ncleos de discusso tcnica e de fomento qualificao dos trabalhadores do SUAS.

    27) Garantir o co-financiamento das aes de capacitao,juntamente com a esfera federal.

    28) Acompanhar e participar, em seu mbito, das atividadesde formao e capacitao promovidas pelo Gestor Federal.

    29) Definir e implantar normas, padres e rotinas para libe-rao do trabalhador para participar de eventos de capacitao e aperfeioamento profissional em consonncia com a Poltica Nacio-nal de Capacitao.

    30) Instituir, em seu mbito e em consonncia com as diretri-zes nacionais das diferentes formaes profissionais e com as leis que regulamentam as profisses, poltica de estgio curricular obri-gatrio no SUAS, com superviso, em parceria com as instituies de ensino superior e entidades de representao estudantil, poden-do esse estgio contemplar os municpios em que no haja IES.

    31) Garantir, em seu mbito, o co-financiamento para a imple-mentao da gesto do trabalho para o SUAS, especialmente para a implementao de PCCS e para a capacitao dos trabalhadores, necessrios implementao da Poltica de Assistncia Social.

    32) Participar da definio dos critrios de repasse de recursosfundo-a-fundo, como forma de incentivo aos municpios que cumpri-rem esta NOB-RH/SUAS em seus diversos aspectos.

    33) Estabelecer, de forma pactuada, na Comisso Intergesto-res Bipartite - CIB, requisitos, responsabilidades e incentivos refe-rentes ao cumprimento da NOB-RH/SUAS, por parte dos gestores.

    IX.2.1. INCENTIVOS PARA A GESTO DO TRABALHO NOMBITO ESTADUAL DO SUAS

    Receber recursos para implantao do Programa de Incentivo Gesto do Trabalho no SUAS a ser regulado pelo MDS, consideran-

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    do a diretriz de eqidade e os indicadores constantes no item 6 das Regras de Transio.

    IX.2.2. REQUISITOS PARA A GESTO DO TRABALHO NOMBITO ESTADUAL DO SUAS

    a) preencher o CADSUAS;b) celebrar pacto de aprimoramento da gesto, com pre-

    viso de instrumentos prprios de comprovao de seucumprimento.

    IX.3. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIES DO GESTOR DO DISTRITO FEDERAL

    1) Dotar a gesto de uma institucionalidade responsvel, doponto de vista operacional, administrativo e tcnico-poltico, criando os meios para efetivar a poltica de assistncia social. Destinar re-cursos financeiros para a rea, compor os quadros do trabalho espe-cficos e qualificados por meio da realizao de concursos pblicos.

    2) Criar diretriz relativa ao acompanhamento, em nvel distri-tal, da implantao da NOB-RH/SUAS.

    3) Instituir, em sua estrutura administrativa, setor respons-vel pela gesto do trabalho no SUAS.

    4) Elaborar um diagnstico da situao de gesto do trabalhoexistente em sua rea de atuao, incluindo os seguintes aspectos:

    a) quantidade de trabalhadores, por cargo, da administra-o direta e indireta, os cedidos de outras esferas de ges-to e os terceirizados;

    b) local de lotao;c) distribuio por servios, por base territorial, comparan-

    do-os com o tamanho da populao usuria, por nvel deproteo social (bsica e especial de mdia e alta com-plexidade);

    d) categorias profissionais e especialidades;e) vencimentos ou salrios pagos por categoria profissional

    ou por grupos ocupacionais, vantagens e benefcios;f) qualificao/formao;g) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-

    cutiva do Conselho de Assistncia Social do Distrito Fede-ral - CAS/DF;

    h) nmero de profissionais que compem equipe de moni-toramento e avaliao;

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    i) nmero de profissionais que compem a gesto do Fundo de Assistncia Social do Distrito Federal - FAS/DF;

    j) nmero de profissionais que compem a equipe respon-svel pela capacitao;

    k) nmero de profissionais que compem a equipe de moni-toramento e avaliao do BPC;

    l) nmero de profissionais que compem a equipe do siste-ma de informao e monitoramento;

    m) outros aspectos de interesse. 5) Contribuir com a esfera federal na definio e organizao

    do CadastroNacionaldosTrabalhadoresdoSUAS.

    6) Manter e alimentar o Cadastro Nacional dos Trabalhadores do SUAS, de modo a viabilizar o diagnstico, planejamento e avalia-o das condies da rea de gesto do trabalho para a realizao dos servios socioassistenciais, bem como seu controle social.

    7) Elaborar quadro de necessidades de trabalhadores para servios, programas, projetos e benefcios do SUAS.

    8) Estabelecer plano de ingresso de trabalhadores e a substi-tuio dos profissionais terceirizados.

    9) Planejar o ingresso de pessoal, com a previso de quantitativos anuais de vagas a serem preenchidas por meio de concurso pblico.

    10) Realizar concurso pblico para contratar e manter o qua-dro de pessoal necessrio execuo da gesto dos servios socio-assistenciais, observadas as normas legais vigentes.

    11) Contratar e manter o quadro de pessoal necessrio exe-cuo da gesto e dos servios scio-assistenciais de mdia e alta complexidade definidos na NOB/SUAS.

    12) Oferecer condies adequadas de trabalho quanto ao es-pao fsico, material de consumo e permanente.

    13) Implementar normas e protocolos especficos, para garan-tir a qualidade de vida e segurana aos trabalhadores do SUAS na prestao dos servios socioassistenciais.

    14) Fortalecer mecanismos de desenvolvimento profissional nas carreiras, estimulando a manuteno de servidores no servio pblico e valorizando a progresso nas carreiras.

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    15) Estabelecer mecanismos para realizar o reenquadramen-to, reorganizao de cargos e progresso na carreira do trabalhador, no PCCS.

    16) Fortalecer, por meio da criao ou reorganizao, as atuais carreiras, direcionando-as, em seu mbito, para a formulao, controle, monitoramento e avaliao da poltica pblica de assistncia social.

    17) Nomear comisso paritria entre governo e representan-tes dos trabalhadores para a discusso e elaborao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios, no seu mbito de governo.

    18) Instituir em seu mbito uma Mesa de Negociaes com composio paritria entre gestores, prestadores de servio, traba-lhadores da rea da assistncia do setor pblico e do setor privado.

    19) Encaminhar projeto de lei de criao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios ao Poder Legislativo;

    20) Formular, coordenar, co-financiar e executar, em conjunto com a esfera federal, a PolticaNacionaldeCapacitao, com objetivo de contribuir para a melhoria da eficincia, eficcia e efetividade dos ser-vios, programas, projetos e benefcios, observando as peculiaridades locais, os perfis profissionais, a territorialidade e o nvel de escolaridade dos trabalhadores, com base nos princpios desta NOB-RH/SUAS.

    21) Elaborar e implementar a Poltica de Capacitao do Dis-trito Federal para os trabalhadores, gestores e conselheiros da As-sistncia Social, com base nos princpios da educao permanente e diretrizes desta NOB, considerando aspectos das peculiaridades locais, perfis profissionais e nvel de escolaridade;

    22) Propiciar e viabilizar a participao das instituies de en-sino superior em seu mbito, mediante a realizao de atividades conjuntas de capacitao, pesquisa e extenso, bem como de avalia-o de servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais, especialmente nos municpios habilitados em gesto plena do SUAS.

    23) Organizar centros de estudos ou outras formas de mobili-zao nas unidades de assistncia social, que devem ser considera-dos como ncleos de discusso tcnica e de fomento qualificao dos trabalhadores do SUAS.

    24) Garantir o co-financiamento das aes de capacitao, juntamente com a esfera federal.

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    25) Acompanhar e participar, em seu mbito, das atividades de formao e capacitao promovidas pelo Gestor Federal.

    26) Definir e implantar normas, padres e rotinas para libe-rao do trabalhador para participar de eventos de capacitao e aperfeioamento profissional em consonncia com a Poltica Nacio-nal de Capacitao.

    27) Instituir, em seu mbito e em consonncia com as diretri-zes nacionais das diferentes formaes profissionais e com as leis que regulamentam as profisses, poltica de estgio curricular obri-gatrio no SUAS, com superviso, em parceria com as instituies de ensino superior e entidades de representao estudantil, poden-do esse estgio contemplar os municpios em que no haja IES.

    28) Garantir, em seu mbito, o co-financiamento para a imple-mentao da gesto do trabalho para o SUAS, especialmente para a implementao de PCCS e para a capacitao dos trabalhadores, necessrios implementao da Poltica de Assistncia Social.

    29) Participar da definio dos critrios de repasse de recursos fundo-a-fundo e da definio dos requisitos, responsabilidades e in-centivos referentes ao cumprimento da NOB-RH/SUAS.

    IX.3.1. INCENTIVOS PARA A GESTO DO TRABALHO NO MBITO DO DISTRITO FEDERAL DO SUAS

    Receber recursos para implantao do Programa de Incentivo

    Gesto do Trabalho no SUAS a ser regulado pelo MDS, consideran-do a diretriz de eqidade e os indicadores constantes no item 6 das Regras de Transio.

    IX.3.2. REQUISITOS PARA A GESTO DO TRABALHO NO MBITO DO DISTRITO FEDERAL DO SUAS

    c) preencher o CADSUAS;d) celebrar pacto de aprimoramento da gesto, com pre-

    viso de instrumentos prprios de comprovao de seu cumprimento.

    IX.4. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIES DOS GESTORES MUNICIPAIS

    1) Dotar a gesto de uma institucionalidade responsvel, do ponto de vista operacional, administrativo e tcnico-poltico, criando

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    os meios para efetivar a poltica de assistncia social. Destinar re-cursos financeiros para a rea, compor os quadros do trabalho espe-cficos e qualificados por meio da realizao de concursos pblicos.

    2) Criar diretriz relativa ao acompanhamento, em nvel muni-cipal, da implantao da NOB-RH/SUAS.

    3) Contratar e manter o quadro de pessoal necessrio exe-cuo da gesto e dos servios socioassistenciais.

    4) Instituir e designar, em sua estrutura administrativa, setore equipe responsvel pela gesto do trabalho no SUAS.

    5) Elaborar um diagnstico da situao de gesto do trabalhoexistente em sua rea de atuao, incluindo os seguintes aspectos:

    a) quantidade de trabalhadores, por cargo, da administra-o direta e indireta, os cedidos de outras esferas de ges-to e os terceirizados;

    b) local de lotao;c) distribuio por servios, por base territorial, comparan-

    do-os com o tamanho da populao usuria, por nvel deproteo social (bsica e especial de mdia e alta com-plexidade);

    d) categorias profissionais e especialidades;e) vencimentos ou salrios pagos por categoria profissional

    ou por grupos ocupacionais, vantagens e benefcios;f) qualificao/formao;g) nmero de profissionais que compem a Secretaria Exe-

    cutiva do CMAS;h) nmero de profissionais que compem equipe de moni-

    toramento e avaliao;i) nmero de profissionais que compem a gesto do FMAS;j) nmero de profissionais que compem a equipe respon-

    svel pela capacitao;k) nmero de profissionais que compem a equipe de moni-

    toramento e assessoramento rede conveniada.l) nmero de profissionais que compem a equipe de moni-

    toramento e avaliao do BPC;m) nmero de profissionais que compem a equipe do siste-

    ma de informao e monitoramento;n) outros aspectos de interesse.

    6) Contribuir com a esfera federal, Estados e demais munic-pios na definio e organizao do CadastroNacionaldosTrabalha-doresdoSUAS.

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    7) Manter e alimentar o CadastroNacionaldosTrabalhadoresdo SUAS, de modo a viabilizar o diagnstico, planejamento e avalia-o das condies da rea de gesto do trabalho para a realizao dos servios socioassistenciais, bem como seu controle social.

    8) Aplicar o CadastroNacionaldosTrabalhadoresdoSUAS, emsua base territorial, considerando tambm entidades/organizaes de assistncia social e os servios, programas, projetos e benefcios existentes.

    9) Elaborar quadro de necessidades de trabalhadores para aimplementao do respectivo Plano Municipal de Assistncia Social para a manuteno da estrutura gestora do SUAS.

    10) Estabelecer plano de ingresso de trabalhadores e a subs-tituio dos profissionais terceirizados.

    11) Realizar concurso pblico para contratar e manter o qua-dro de pessoal necessrio execuo da gesto dos servios socio-assistenciais, observadas as normas legais vigentes.

    12) Oferecer condies adequadas de trabalho quanto ao es-pao fsico, material de consumo e permanente.

    13) Implementar normas e protocolos especficos, para garan-tir a qualidade de vida e segurana aos trabalhadores do SUAS na prestao dos servios socioassistenciais.

    14) Nomear comisso paritria entre governo e representan-tes dos trabalhadores para a discusso e elaborao do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salrios, no seu mbito de governo.

    15) Encaminhar projeto de lei de criao do respectivo Planode Carreira, Cargos e Salrios ao Poder Legislativo.

    16) Participar na formulao e execuo da PolticaNacionaldeCapacitao preconizada na competncia da Unio, dos Estados e do Distrito Federal, com objetivo de contribuir para a melhoria da eficincia, eficcia e efetividade dos servios, programas, projetos e benefcios, observando as peculiaridades locais, os perfis profissio-nais, a territorialidade e o nvel de escolaridade dos trabalhadores, com base nos princpios desta NOB-RH/SUAS.

    17) Elaborar e implementar, junto aos dirigentes de rgos daestrutura gestora municipal do SUAS e coordenadores dos servios

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    socioassistenciais, um Plano Municipal de Capacitao para os traba-lhadores, os coordenadores de servios, os conselheiros municipais, regionais e/ou locais de assistncia social, com base nos fundamen-tos da educao permanente e nos princpios e diretrizes constantes nesta Norma, sendo deliberados pelos respectivos conselhos.

    18) Acompanhar e participar das atividades de formao e capacitao de gestores, profissionais, conselheiros e da rede pres-tadora de servios promovidas pelos gestores federal e estaduais.

    19) Definir e implantar normas, padres e rotinas para libe-rao do trabalhador para participar de eventos de capacitao e aperfeioamento profissional em consonncia com a Poltica Nacio-nal de Capacitao.

    20) Instituir, em seu mbito e em consonncia com as diretri-zes nacionais das diferentes formaes profissionais e com as leis que regulamentam as profisses, poltica de estgio curricular obri-gatrio no SUAS, com superviso, em parceria com as instituies de ensino superior e entidades de representao estudantil, buscan-do fundamentalmente o apoio e cooperao de seu Estado.

    21) Garantir, em seu mbito, o co-financiamento para a imple-mentao da gesto do trabalho para o SUAS, especialmente para a implementao de PCCS e para a capacitao dos trabalhadores, necessrios implementao da Poltica de Assistncia Social.

    IX.4.1. PARA OS MUNICPIOS EM GESTO BSICA

    Alm das responsabilidades e atribuies comuns gesto municipal citadas no item anterior, os municpios em gesto bsica devero:

    1) Planejar o ingresso de pessoal com a previso de quanti-tativos anuais de vagas a serem preenchidas por meio de concurso pblico.

    2) Instituir em seu mbito uma Mesa de Negociaes com composio paritria entre gestores, prestadores de ser-vios, trabalhadores da rea da assistncia do setor p-blico e do setor privado.

    3) Estabelecer mecanismos para realizar o reenquadramen-to, reorganizao de cargos e progresso na carreira do trabalhador, no PCCS.

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    4) Organizar centros de estudos ou outras formas de mobi-lizao regionalizados nas unidades de assistncia social, que devem ser considerados como ncleos de discusso tcnica e de fomento a qualificao dos trabalhadores no SUAS.

    5) Participar da definio dos critrios de repasse de recur-sos fundo-a-fundo e da definio dos requisitos, respon-sabilidades e incentivos referentes ao cumprimento da NOB-RH/SUAS.

    IX.4.2. PARA OS MUNICPIOS EM GESTO PLENA

    Alm das responsabilidades e atribuies comuns gesto municipal citadas no item anterior, os municpios em gesto plena devero:

    1) Fortalecer mecanismos de desenvolvimento profissio-nal nas carreiras, estimulando a manuteno de ser-vidores no servio pblico e valorizando a progresso nas carreiras.

    2) Planejar o ingresso de pessoal com a previso de quanti-tativos anuais de vagas a serem preenchidas por meio de concurso pblico.

    3) Instituir em seu mbito uma Mesa de Negociaes com composio paritria entre gestores, prestadores de ser-vios, trabalhadores da rea da assistncia do setor p-blico e do setor privado.

    4) Estabelecer mecanismos para realizar o reenquadramen-to, reorganizao de cargos e progresso na carreira do trabalhador, no PCCS.

    5) Fortalecer, por meio da criao ou reorganizao, as atu-ais carreiras, direcionando-as, em seu mbito, para a for-mulao, controle, monitoramento e avaliao da poltica pblica de assistncia social.

    6) Propiciar e viabilizar a participao das instituies de ensino superior, em seu mbito, mediante a realizao de atividades conjuntas de capacitao, pesquisa e ex-tenso, bem como de avaliao de servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais.

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    7) Organizar centros de estudos ou outras formas de mobi-lizao regionalizados nas unidades de assistncia social, que devem ser considerados como ncleos de discusso tcnica e de fomento qualificao dos trabalhadores no SUAS.

    8) Participar da definio dos critrios de repasse de recur-sos fundo-a-fundo e da definio dos requisitos, respon-sabilidades e incentivos referentes ao cumprimento da NOB-RH/SUAS.

    IX.4.3. INCENTIVOS PARA MUNICPIOSEM GESTO BSICA E PLENA

    1) Receber recursos para implantao do Programa de Incen-tivo Gesto do Trabalho no SUAS, a ser regulado pelo MDS, consi-derando a diretriz de eqidade e os indicadores constantes no item 6 das Regras de Transio.

    IX.4.4. REQUISITOS PARA MUNICPIOSEM GESTO BSICA E PLENA

    a) Preencher o CADSUAS;b) Apresentar Plano para Qualificao (enfrentamento dos

    principais problemas identificados na rea de gesto do trabalho) e Estruturao (programa/aes como aquisi-o de bens visando melhoria das condies de traba-lho), aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB.

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    X - Organizao de cadastro nacional de trabalhadores dos SUAS - Mdulo CADSUAS

    1. Instituir e regular o Cadastro Nacional que configurar a base de dados sobre os trabalhadores do SUAS como mdulo do sistema de informao cadastral do SUAS CADSUAS, aplicativo da REDE SUAS.

    2. O Cadastro Nacional dever ser composto pelas informa-es da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, visando identificao e qualificao dos profissionais de todos os nveis de escolaridade que atuam nos servios, benefcios e gesto da Assis-tncia Social.

    3. Esse banco de dados dever ser atualizado sistematicamen-te e regido por fluxo determinado em regulao especfica e ser utilizado para subsidiar o planejamento, a gerncia, a administrao e a avaliao do Sistema, bem como as aes ligadas ao desenvol-vimento profissional dos trabalhadores, a gesto dos trabalhadores e ao controle social.

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    XI - Controle social da gestodo trabalho no mbito do SUAS

    Uma das diretrizes da organizao da Assistncia Social a participao da populao, por meio de organizaes representa-tivas, na formulao e no controle dos servios socioassistenciais em todos os nveis de governo. A participao popular pelo controle social um das caractersticas do Estado Democrtico de Direito, no qual a populao, mesmo aps a escolha de seus representantes pelo voto, possui o objetivo de acompanhar, contribuir e fiscalizar a ao do agente pblico, visando maior efetividade dos direitos fundamentais.

    1) A implementao das discusses e deliberaes das ins-tncias de controle social do SUAS, sobre a Gesto do Trabalho, objetivam impactar na qualidade dos servios socioassistenciais e do acesso do usurio a esses.

    2) A fiscalizao do exerccio profissional e a regulamentao das condies tcnicas e ticas do trabalho das profisses regula-mentadas cabem aos Conselhos Federais e Regionais respectivos. Essa fiscalizao, diferentemente da realizada pelos sindicatos, no se detm nos direitos trabalhistas, mas no cumprimento das com-petncias e atribuies privativas dos profissionais, bem como na garantia das condies necessrias ao exerccio profissional pelos empregadores, sejam eles pblicos ou privados.

    3) A ampliao do debate com a populao sobre Controle Social, garantindo a participao de todas as entidades repre-sentativas.

    4) Devero ser constitudas, no mbito dos Conselhos de As-sistncia Social, estaduais, do Distrito Federal e municipais, comis-ses paritrias entre governo e sociedade civil para tratar da gesto do trabalho, visando a acompanhar a implementao das delibera-es dos Conselhos acerca dos trabalhadores no SUAS, na respecti-va instncia de governo.

    5) As representaes de trabalhadores e de entidades ou or-ganizaes de Assistncia Social conveniadas podem propor uma agenda de discusso e aes ao Plenrio dos respectivos Conselhos de Assistncia Social.

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    6) Devero ser criados espaos de debate e formulao depropostas, bem como organizados Seminrios Nacionais, Estaduais, Regionais e locais do trabalho para aprofundamento e reviso da NOB-RH/SUAS, em especial nas Conferncias Municipais, Estaduais e Nacional de Assistncia Social.

    7) Implementar a gesto colegiada e participativa no SUAS,como forma de democratizar as relaes de trabalho e incorporar o conhecimento obtido pelos trabalhadores, no exerccio da sua pro-fisso e no cotidiano dos servios.

    8) Os Conselhos de Assistncia Social devero acolher, delibe-rar e encaminhar resultados de apurao de denncias dos usurios do SUAS, quanto baixa resolutividade de servios, maus-tratos aos usurios e negligncia gerada por atos prprios dos trabalhado-res, gestores e prestadores de servios socioassistenciais, estimu-lando a criao de Ouvidorias.

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    XII Regras de transio

    A aprovao desta NOB/RH-SUAS pelo CNAS enseja a adoo de um conjunto de medidas mediante planejamento estratgico do processo de implementao da mesma. Portanto, faz-se necessria uma agenda de prioridades entre a Secretaria Nacional de Assistn-cia Social - SNAS e Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS e a Comisso Intergestores Tripartite - CIT, contemplando medidas de ordem regulatria, bem como medidas de ordem operacional, as quais devero ser articuladas e objetivadas em um conjunto de iniciativas, no mbito do SUAS, sendo:

    1) Criao de comisso tcnica para elaborao de propostalegislativa, no perodo de 180 dias, que autorize o pagamento dos trabalhadores do SUAS referido no Eixo VIII, item 3, das Diretrizes para o Co-Financiamento da Gesto do Trabalho.

    2) O Governo Federal, em parceria com instituies de ensino,escolas de governo ou similares e organizaes no governamentais elaborar a PolticaNacionaldeCapacitao que dar diretrizes para o PlanoNacionaldeCapacitao.

    3) Constituio de comisso de elaborao da proposta parainstituio dos PCCS do SUAS, pelo gestor federal, composta de forma paritria, por representantes dos gestores das trs esferas de governo, entidades de trabalhadores, conselhos de categorias pro-fissionais e representantes da rede socioassistencial complementar, com as seguintes atribuies:

    a) Elaborao de diretrizes nacionais, conceitos gerais efundamentais que nortearo os PCCS e seu processo deimplantao e implementao;

    b) Identificao dos profissionais e das carreiras que com-pem o SUAS, definindo formao, perfil e aquisies aserem garantidas aos usurios;

    c) Relao e detalhamento dos itens que comporo os PCCSdas trs esferas de governo, e, no caso dos municpios,considerar porte e capacidade de gesto dos mesmos;

    d) Proposio de regras e prazos para implantao dosPCCS;

    e) Proposio e critrios de remunerao, evoluo salarial,progresso e promoo funcional;

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    f) Elaborao de propostas que viabilizem o financiamen-to compartilhado entre as trs esferas de governo para implementao dos PCCS, incluindo o estudo do percen-tual a ser gasto com pagamento de pessoal a partir da referncia do valor transferido pela Unio, conforme Eixo VIII, item 3, Diretrizes para o Co-Financiamento da Ges-to do Trabalho, desta NOB.

    4) Instalao de grupo de trabalho com a participao de uni-versidades, rgos de formao profissional e de entidades de re-presentao estudantil para redao de proposta de Plano de Estgio Curricular obrigatrio no mbito do SUAS, no perodo de 12 meses.

    5) Constituio de grupo de trabalho no mbito da CIT, num perodo de 180 dias, para realizar estudos referentes regulamen-tao dos servios por eixo de proteo, aos custos de servios/aes e definio dos elementos de despesa respectivos, a serem adotados como parmetros para o estabelecimento do co-financia-mento.

    6) Os critrios para distribuio de recursos na implantao desta NOB devem ser equnimes, considerando para maior volu-me de recursos: menor capacidade fiscal, concentrao econmica menor, mercado de trabalho menos dinmico, rede instalada e com-plexidade das aes e servios instalados, indicadores de vulnera-bilidade e/ou risco social mais elevados e aspectos relacionados gesto, como: concurso pblico, servidores pblicos contratados, implantao de PCCS, progressividade salarial e investimentos em qualificao dos trabalhadores e procedimentos de desprecarizao do trabalho.

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    XIII Conceitos bsicos

    AVALIAO DE DESEMPENHO: a apurao do desempe-nho efetivo do trabalhador, levando em considerao o desempe-nho individual e da equipe, a anlise institucional, as condies de trabalho que so oferecidas, sua adaptao ao cargo, a oferta de possibilidades de desenvolvimento e de ascenso na carreira e os vencimentos ou salrios que aufere.

    EDUCAO PERMANENTE: constitui-se no processo de per-manente aquisio de informaes pelo trabalhador, de todo e qual-quer conhecimento, por meio de escolarizao formal ou no for-mal, de vivncias, de experincias laborais e emocionais, no mbito institucional ou fora dele. Compreende a formao profissional, a qualificao, a requalificao, a especializao, o aperfeioamento e a atualizao. Tem o objetivo de melhorar e ampliar a capacidade laboral do trabalhador, em funo de suas necessidades individuais, da equipe de trabalho e da instituio em que trabalha, das neces-sidades dos usurios e da demanda social.

    CONTROLE SOCIAL: a participao efetiva da sociedade organizada (Conferncias de Assistncia Social, Conselhos de Assis-tncia Social e Fruns) na definio, planejamento, implementao e avaliao da Poltica Pblica. No mbito do SUAS, o controle social fundamental para a sua implementao, devendo ser extensivo gesto do trabalho.

    DESCENTRALIZAO DOS SERVIOS DE ASSISTNCIA SOCIAL: a transferncia da gerncia, da execuo de aes e da prestao de servios para instncias de gesto e deciso mais pr-ximas dos usurios e beneficirios. Segundo o artigo 11 da LOAS, a descentralizao indica que as aes das trs esferas de governo devem ser realizadas de forma articulada, cabendo a coordenao e as normas gerais esfera federal e a coordenao e execuo dos programas s esferas estaduais e municipais.

    DESENVOLVIMENTO DO TRABALHADOR PARA O SUAS: para efeitos desta NOB, entendem-se como desenvolvimento do trabalhador as atitudes, circunstncias, aes e eventos que as-segurem ao trabalhador o crescimento profissional e laboral que possibilite o pleno desenvolvimento humano, a sua satisfao com o trabalho, o reconhecimento, a responsabilizao com compromissos

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    pelos direitos de cidadania da populao e a prestao de servios com acolhimento e qualidade populao usuria do Sistema.

    EMPREGADORES DO SUAS: so os gestores pblicos dos servios de assistncia social e as entidades e organizaes de as-sistncia social que atuam no SUAS.

    ENTIDADES E ORGANIZAES DE ASSISTNCIA SOCIAL: so aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e asses-soramento aos beneficirios abrangidos pela Lei Federal n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos, de acordo com a Resoluo CNAS n 191, de 10 de novembro de 2005.

    FAMLIA REFERENCIADA: aquela que vive em reas ca-racterizadas como de vulnerabilidade, definidas a partir de indica-dores estabelecidos por rgo federal, pactuados e deliberados. A unidade de medida famlia referenciada adotada para atender situaes isoladas e eventuais relativas a famlias que no estejam em agregados territoriais atendidos em carter permanente, mas que demandam do ente pblico proteo social.

    FNAS: Fundo Nacional de Assistncia Social a instncia, no mbito da Unio Federal, na qual so alocados os recursos destinados ao financiamento da poltica de assistncia social, destacados na LOAS como benefcios, servios, programas e projetos, conforme o artigo 28 da LOAS, regulado pelo Decreto n 1.605, de 25 de agosto de 1995.

    GESTO DO TRABALHO NO SUAS: para efeitos desta NOB, con-sidera-se Gesto do Trabalho no SUAS a gesto do processo de trabalho necessrio ao funcionamento da organizao do sistema, que abarca novos desenhos organizacionais, educao permanente, desprecariza-o do trabalho, avaliao de desempenho, adequao dos perfis profis-sionais s necessidades do SUAS, processos de negociao do trabalho, sistemas de informao e planos de carreira, entre outros aspectos.

    LOAS: Lei Orgnica de Assistncia Social - Lei n 8742, de 7 de dezembro de 1993.