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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Módulo III

PROVIMENTO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS: sem

diagnóstico não há referências, sem referências não há planejamento,

sem planejamento não há acompanhamentos, sem

acompanhamento, não há avaliação, sem avaliação a política não é

continuada...

ATENTE PARA :

É necessária a articulação e integração entre as ações, apontando para a

promoção de um diálogo interdisciplinar, que aproxime os saberes específicos

oriundos das diferentes profissões que se juntam na gestão e provimento dos

serviços, programas, projetos, benefícios e transferência de renda.

MAS...

1. O que significa construir referências?

2. A referência é válida para quem?

3. Como funciona uma equipe de referência?

É preciso perguntar sempre :

As equipes de referência dos serviçossocioassistenciais devem instituir espaçoscompartilhados de reflexão crítica sobre assituações de trabalho, demandas,necessidades sociais da população usuáriados serviços, a dinâmica do trabalho; enfim,devem proporcionar a construção de umaatuação coletiva entre os diferentes saberesprofissionais que as compõem;

A construção dessa atuação devetransversalizar os saberes e os diferentesserviços que compõem a rede. Colocá-la emdiálogo dinâmico favorece a continuidade equalidade do serviço oferecido.

Cada equipe de referência éencarregada de intervir junto a umdeterminado número de usuários, queapresentam determinadas situações devulnerabilidade ou risco social epessoal, de acordo com o nível deproteção social em que se insere (básicaou especial, de média ou altacomplexidade) e o tipo de serviçosocioassistencial operado. Isto significadizer que a equipe se torna referênciapara um determinado número deusuários, criando vínculos de confiançacom eles.

VIVENCIAR ACONSTRUÇÃO DEVÍNCULO ÉFUNDAMENTAL!

Por meio da partilha desaberes entre os diferentesprofissionais, surge apossibilidade construção deconhecimentos que poderãoser postos em prática aserviço da garantia dosdireitos socioassistenciais.

Mas, afinal, qual a natureza dareferência construída pelas equipesde referência do SUAS?

É uma só!!!

Produzir para o cidadão a certeza deque ele encontrará acolhida,convívio e meios para a garantia deproteção social. Esse entendimentotraz maior clareza sobre aarticulação necessária entre asequipes da proteção social básica eespecial.

INTERVEÇÕES ISOLADAS

FRAGMENTAÇÃO DAS RESPOSTAS

SENSAÇÃO DE SOBRECARGA OU INSATISFAÇÃO

EQUIPES PROFISSIONAIS CIDADÃO

EVITAR:

Dimensão Interdisciplinar:

Uma das prerrogativas estabelecidas emtodas as normativas do SUAS enfatizam anecessidade de articulação e integraçãoentre as ações, apontando para apromoção de um diálogo interdisciplinar,que aproxime os saberes específicosoriundos das diferentes profissões que sejuntam na gestão e provimento dosserviços, programas e projetosSocioassistenciais.

CONSIDERAR(Resolução CNAS nº 4 de 13 de Março de 2013.)

Interdisciplinaridade no SUAS

O esforço de incorporar ainterdisciplinaridade é essencial a umaperspectiva pedagógica que pretendequalificar os trabalhadores que atuamno contexto de equipesmultidisciplinares e quecotidianamente mobilizam processoslaborais e práticas profissionais quelidam com contextos de vidasexperimentados por indivíduos efamílias, cuja compreensão não épossível por meio da perspectivaisolada.

CONSIDERAR(Resolução CNAS nº 4 de 13 de Março de 2013.)

O que é preciso considerar na ótica dotrabalho no SUAS:

É orientado por projetos profissionais quepodem convergir, mas também se contrapor;

Incorpora o acúmulo e as contribuições dediferentes profissões;

Deve assimilar criticamente osconhecimentos e aportes daquelas que vemassumindo o protagonismo histórico naelaboração de conhecimentos teóricos, técnicose políticos que subsidiam os avanços daassistência social no país.

Interdisciplinaridade?

É preciso refletir sobre :

Como direcionamos o trabalho emequipe a partir das diferenças quepossam existir?

Qual o projeto comum que construímosno SUAS?

A dimensão ética e política da relação entre profissional e usuário.

A proteção social deve ofertar seus serviçoscom conhecimento e compromisso ético epolítico dos profissionais que operam técnicase procedimentos impulsionadores;

Na reflexão sobre o trabalho no campo daproteção social, a construção de vínculos como usuário é condição fundamental, parapotencializar a autonomia e a cidadania,promovendo a sua participação durante aprestação de serviços

(MUNIZ, 2009).

Não esquecer que há princípiosinegociáveis!Princípios éticos que orientam osprofissionais do SUAS:

Defesa dos direitos socioassistenciais;Compromisso em ofertar serviços, programas ebenefícios de qualidade que garantam aoportunidade de convívio e fortalecimento dosvínculos familiares e sociais;Promoção aos usuários do acesso à informação,garantindo conhecer o nome e a credencial dequem os atende;Reconhecimento do direito dos usuários a teracesso a benefícios e renda e a programas deoportunidades para inserção profissional e social;

Compromisso em garantir atençãoprofissional direcionada para construção deprojetos pessoais e sociais para autonomia esustentabilidade;Proteção à privacidade dos usuários,observado o sigilo profissional, preservando suaprivacidade e opção e resgatando sua historiade vida;Incentivo aos usuários para que estesexerçam seu direito de participar de fóruns,conselhos, movimentos sociais e cooperativaspopulares de produção;

Garantia do acesso da população à políticade assistênciasocial sem discriminação de qualquernatureza (gênero, raça/etnia, credo, orientaçãosexual, classe social, ououtras), resguardados os critérios deelegibilidade dos diferentes programas,projetos, serviços e benefícios;Devolução das informações colhidas nosestudos e nas pesquisas aos usuários, nosentido de que estes possam usá-las para ofortalecimento de seus interesses;Contribuição para a criação de mecanismosque venham desburocratizar a relação com osusuários, no sentido de agilizar e melhorar osserviços prestados.

A dimensão técnica da intervenção profissional x tecnicismo mecânico

As novas requisições para o trabalho naassistência social exigem a capacidade deexercer a autonomia, a crítica e acriatividade nos processos dedesenvolvimento de protagonismo,autonomia e participação, no projeto deampliação dos direitos e dos mecanismosdemocráticos com a reestruturação do setorpúblico na assistência social.

(SILVEIRA, 2011, p.33).

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

Por meio da realização de uma leitura crítica darealidade social sem, contudo, deixar deestabelecer os nexos com as determinaçõeshistóricas e estruturais da questão social;

Pela destreza do manuseio do instrumentaltécnico em todos os níveis de atuação(atendimento direto, planejamento, gestão,articulação, dentre outras);

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

- Quando se parte do pressuposto de que ascondições de pobreza e vulnerabilidadeapresentadas pelos usuários sãomultidimensionais; portanto, para além darecomposiçãoda renda, há necessidade de oferecer umasérie de serviçosconsubstanciados na ação profissional quepermitam colher e buscar formas de atender oscidadãos;

- Pela valorização da dimensão do territóriocomo lócus da ação da política de assistênciasocial;

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

No momento em que ocorre a superaçãoda cisão entre os que pensam e os queexecutam;

Por intermédio dos trabalhadores, quandoestes ocupam os espaços de tomada dedecisão, assim como se apropriam desaberes referentes à planificação, àavaliação e ao financiamento;

Por meio da instituição da gestãodemocrática e pela valorização doprotagonismo dos usuários em quaisquerque sejam os espaços profissionais einstitucionais

(RIZZOTTI, 2011).

Outro aspecto que integra a dimensãotécnica e ética da intervenção profissionalse refere aos cuidados e registros para oalcance de resultados e garantia dedireitos dos usuários da política.

Registrar fatos eacontecimentos quemarcam oatendimento e oacompanhamento

PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Plano de Ação do Serviço, define objetivos,metas, estratégias, recursos necessários paraexecução dos serviços a seremoperacionalizados em determinado período detempo.

O planejamento requer a realização deREUNIÕES DAS EQUIPES internas de cadaunidade socioassistencial e também reuniõesintegradas com as demais unidades e serviços.

PLANO DE TRABALHO

O plano de trabalho é algo pactuado de comumacordo na equipe de referência, e issopressupõe o respeito às competênciasindividuais, o reconhecimento eparticularidades, o reconhecimento dasdiferenças de saberes e a necessidade de somá-los e multiplicá-los diante das necessidades dascondições de vida dos cidadãos e usuários dosserviços.(MUNIZ, 2011).

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Constitui-se como elementofundamental para gestão,monitoramento e avaliação, econsequentemente, para oaprimoramento das ações e serviços doCRAS e dos serviços a ele referenciados.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

INFORMAÇÕES PARA ACOMPANHAMENTO

DAS FAMÍLIAS

A utilização de prontuários pela rede socioassistencial contribui para a coleta

de informações sobre as famílias mediante o registro de questões como histórico pessoal/familiar; eventos de

violação de direitos; entre outros, o que qualifica o processo de

acompanhamento das famílias.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Todos os serviços socioassistenciais –ofertados no CRAS ou a ele referenciados –

deverão manter registros de frequência, permanência, atividades desenvolvidas e

desligamento. Os registros de encaminhamentos (para serviços da

proteção básica e especial, bem como para outras políticas setoriais) também são importantes fontes de informação para

vigilância socioassistencial.

INFORMAÇÕES PARA MONITORAMENTO

DAS AÇÕES

É PRECISO CONSIDERAR :

A NOB-RH/SUAS determina que toda aequipe de referência (do CRAS, do CREAS,Centro POP e serviços de acolhimentoinstitucional) seja composta por servidorespúblicos efetivos: tal determinaçãoreconhece que a baixa rotatividade éfundamental para que se garanta acontinuidade, a eficácia e a efetividade dosserviços e ações ofertadas, bem como parapotencializar o processo de EDUCAÇÃOPERMANENTE dos profissionais.

Sugestões para leitura e estudo

ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; PINHEIRO, L. C.; et.al. Juventude, violência e vulnerabilidadesocial na América Lati na: desafi os para políti cas públicas. Brasília: UNESCO, 2002.

ARENDT, Hannah. As esferas pública e privada. In A condição humana. 10ª edição. Rio de Janeiro:Forense Universitária, 2007. BAUMAN, Zygmunt e MAY, Tim. Ação, identi dade e entendimentoda vida coti diana. In Aprendendo a pensar com a sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. 7ª ed. rev. e ampl. Trad.: Marco Aurélio Nogueira.São Paulo: Paz e Terra, 2000.

CÂMARA, Gilberto e SPOSATI, Aldaíza. Territórios Digitais: As Novas Fronteiras do Brasil. SãoPaulo: Revista Estudos Avançados, 2005.

CAMPOS, Gastão Wagner e CAMPOS, Rosana T.O. Co-construção de autonomia: o sujeito emquestão. In CAMPOS, Gastão Wagner et al (coord). Tratado de Saúde Coleti va. São Paulo:HUCITEC, Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2006.

NOB-RH anotada e comentada. Brasília: MDS/SNAS, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia daautonomia: saberes necessários à práti ca educati va. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

GONTIJO, Daniela Tavares; MEDEIROS, Marcelo. Crianças e adolescentes em situação de rua:contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfi liação social. Ciênc.saúde coleti va vol.14 no.2, Rio de Janeiro Mar./Apr. 2009.http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/cartilha_paif_2511.pdf

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