secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · revista estudos avançados, 2005....

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Introdução ao Provimento dos

Serviços e Benefícios

Socioassistenciais do SUAS

CURSO

Facilitador(a): Tatiana Pereira

Módulos Unidades Temas

Módulo II:

PROVIMENTO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

1

1) Trabalho social com famílias; 2) Dimensão técnica da intervenção

profissional;3) Educação permanente no SUAS.

PROVIMENTO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS : sem

diagnóstico não há referências, sem referências não há planejamento,

sem planejamento não há acompanhamentos, sem

acompanhamento, não há avaliação, sem avaliação a política não é

continuada...

ATENTE PARA :

É necessária a articulação e integração entre as ações, apontando para a

promoção de um diálogo interdisciplinar, que aproxime os saberes específicos

oriundos das diferentes profissões que se juntam na gestão e provimento dos

serviços, programas, projetos, benefícios e transferência de renda.

A execução de um serviço, envolve considerar asnuances que ele nos apresenta:

Como fazer => princípios éticos

Quem vai fazer => equipes de referência

Para quem vou fazer => usuários

Onde fazer => quais suportes institucionais

Como continuar a fazer => formação e educaçãopermanentes

Trabalho Social com Famílias

QUANDO FALO “FAMÍLIA” QUAL É A PRIMEIRA PALAVRA

QUE VEM NA SUA CABEÇA?

RETRATO FALADO

O QUE É FAMÍLIA?

Vídeo – Conceito de Família

FAMÍLIA OU FAMÍLIAS?

Vídeo – Diversas configurações de família

A Família brasileira e o seu processo histórico

Anos 50 60 a 70 90 a 2000

Modelo centrado na família tripé : mãe, pai e filhos. Vinculo matrimonial indissolúvel.

Grupos mais complexos e a chegada do divórcio.

Novos modelosde famílias monoparentais e homoafetivas.

Década de 80 – Família de baixa renda

Grupo reconhecido pelo grau de complexidade de suasnecessidades com tendências e característicaspredominantes: Unidade de sobrevivência com objetivo de transpordificuldades; Múltiplos problemas que atingem as áreas básicas decidadania; Sobrecarga das funções parentais na mulher...

A partir das concepções surgem conceitos

1994 – Família é com quem se conta (ONU);

2004 – conjunto de pessoas unidas por laçosconsangüíneos, de afeto, e, ou de solidariedade(PNAS/2004);

2006 – Grupo constituído por laços consanguíneos, dealianças e afinidades (Plano Nacional de Promoção, Proteção e

Defesa do Direito de. Crianças e Adolescentes à Convivência Familiare Comunitária).

Matricialidade FamiliarSUAS

Matricialidade Sociofamiliar – o foco atribuído no SUAS, acentralidade da família, pressupõe romper com a lógicaindividualista de prestação dos serviços socioassistenciais, oque significa avançar da atenção individual ou ainda por faixaetária e por necessidades específicas, para intervirconsiderando a dinâmica familiar.

A família exerce uma função assistencial primária;

Toda proteção passa pela via da família com umaíntima relação com o território;

É preciso buscar a segurança de convivênciapara a família e seus membros.

Por que a FAMÍLIA é o OBJETO DE PROTEÇÃO para a Política de

Assistência Social?

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

Serviços ...

Tipificação Nacional de

Serviços Socioassistenciais

(2009)

Serviço de Proteção e

Atendimento eIntegral à Família

– PAIF

Serviço de Proteção e

AtendimentoEspecializado a

Famílias Indivíduos – PAEFI

Atividade 1

- O que deve compor a organização e odesenvolvimento do acompanhamentofamiliar?

Acolhida

Contato inicial de uma família ou indivíduo com o serviço; Momento em que o profissional deve buscar compreender osmúltiplos significados das vulnerabilidades, riscos enecessidades apresentadas pelas famílias/indivíduos; Momento de apresentação do serviço e deve ser pautada norespeito e autonomia das famílias; Constitui-se em ação primordial na garantia de acesso dapopulação ao SUAS; Atividade exclusiva dos profissionais de nível superior.

Atendimento

Denominação dada ao procedimento de inclusão da família/indivíduo nas ações do Serviço;A participação da família/indivíduo nas ações de acolhida,ações particularizadas, oficinas, ações comunitárias eencaminhamentos denomina-se ATENDIMENTO;Pode se encerrar na resolução de uma demanda específica dosindivíduos ou famílias, com ou sem retorno, ou pode dar início aum processo de ACOMPANHAMENTO FAMILIAR.

Acompanhamento

Processo de caráter continuado e planejado, por período detempo determinado, no qual há, a partir de vulnerabilidades,riscos, violações de direitos, necessidades e potencialidadesapresentadas pelas famílias/ indivíduos a definição dos objetivosa serem alcançados;Estabelecimento de compromissos entre as famílias eprofissionais a partir da realização de mediações periódicas afim de superar gradativamente as questões que deram origemao acompanhamento;Constitui-se em direito e portanto, a participação das famíliasnão deve ser algo imposto.

Portanto , o que precisa ser garantido na acolhida das famílias?

Apresentação institucional; Informações sobre a Rede Socioassistencial e Intersetorial; Diálogo sobre identidade e questões que trazem a família aoserviço; Reflexões sobre as questões centrais apresentadas pelafamília; Socialização, junto ao representante da família, sobre osregistros e observações importantes para a atuação da equipejunto a família; Esclarecimentos sobre processo de atendimento,acompanhamento e pactuação de compromissos.

O que precisa ser garantido no atendimento das famílias na rotinados serviços, programa, projetos, benefícios?

Articulação da Rede intersetorial; Organização das “oferta” considerando o diagnóstico inicial (verregistro da acolhida); Planejamento intersetorial com pactuações que tornem aarticulação um compromisso contínuo ; Acompanhamento com base em indicadores; Acesso as informações referentes ao serviço, programa, projetos,benefícios; Atualização do diagnóstico inicial; Espaço para avaliação e proposição dos(as)USUÁRIOS(AS)/FAMÍLIAS...

O que precisa ser garantido na metodologia para oacompanhamento?

Revisão/atualização sobre o diagnóstico inicial ; Avaliação qualitativa (metas/objetivos); Reafirmar o valor de uso da informação , valorizando oregistro para além do preenchimento de cadastros einstrumentais adotados; Devolutiva para as equipes, parceiros, os usuários e famílias... (Re) Planejamento intersetorial.

Atividade 2 – Construção das etapas de acompanhamento

Etapas do Acompanhamento

Dimensão Técnica da Intervenção Profissional

Guerra (2012) considera que, a dimensãotécnico-operativa, como a razão de ser daprofissão, remete às competênciasinstrumentais pelas quais a profissão éreconhecida e legitimada. E é aqui queinserimos os instrumentos e técnicas daintervenção profissional.

PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Organização do trabalho em equipe;

Definição de tarefas => quem vai fazer o quê?Quando? Aonde? Como?

Definição dos instrumentos, frequência de registrose responsáveis;

Definição de objetivos, metas, estratégias, recursosnecessários para execução dos serviços;

Definição de prioridades no território;

Acompanhamento, cuidado no registro e repassedas informações.

PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Plano de Ação do Serviço, defineobjetivos, metas, estratégias, recursosnecessários para execução dos serviçosa serem operacionalizados emdeterminado período de tempo.

O planejamento requer a realização deREUNIÕES DAS EQUIPES internas decada unidade socioassistencial etambém reuniões integradas com asdemais unidades e serviços.

PLANO DE TRABALHO

O plano de trabalho é algo pactuado decomum acordo na equipe de referência,e isso pressupõe o respeito àscompetências individuais, oreconhecimento e particularidades, oreconhecimento das diferenças desaberes e a necessidade de somá-los emultiplicá-los diante das necessidadesdas condições de vida dos cidadãos eusuários dos serviços.(MUNIZ, 2011).

Atividade 3 – Painel de vulnerabilidades e riscos sociais

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Constitui-se como elementofundamental para gestão,monitoramento e avaliação, econsequentemente, para oaprimoramento das ações eserviços do CRAS, CREAS, CentroPOP e Serviços de Acolhimento.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

INFORMAÇÕES PARA ACOMPANHAMENTO

DAS FAMÍLIAS

A utilização de prontuários pela rede socioassistencial contribui

para a coleta de informações sobre as famílias mediante o registro de

questões como histórico pessoal/familiar; eventos de

violação de direitos; entre outros, o que qualifica o processo de

acompanhamento das famílias.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Todos os serviços socioassistenciais deverão manter registros de

frequência, permanência, atividades desenvolvidas e desligamento. Os

registros de encaminhamentos (para serviços da proteção básica e especial,

bem como para outras políticas setoriais) também são importantes

fontes de informação para vigilância socioassistencial.

INFORMAÇÕES PARA MONITORAMENTO

DAS AÇÕES

Será que devemos registrar o maior número de informações possíveis ou somente aquelas que servirão como subsídios para a intervenção interdisciplinar?

Educação Permanente no SUAS

EDUCAÇÃO PERMANENTE

Não se refere apenas a processos de educaçãoformal. Em um sentido mais amplo, ela dizrespeito à formação de pessoas visando a dotá-las das ferramentas cognitivas e operativas queas tornem capazes de construir suas própriasidentidades, suas compreensões quanto aoscontextos nos quais estão inseridas e seusjulgamentos quanto a condutas, procedimentose meios de ação apropriados aos diferentescontextos de vida e de trabalho e à resoluçãode problemas.

EDUCAÇÃO PERMANENTE

Na NOB/RH/SUAS/2006, a aplicação dessa perspectiva político-pedagógica ao SUAS encontra-se definida pelos seguintes tópicos:a) A Educação Permanente é fundamentada na qualidade dos

serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais;b) Realiza-se de forma sistemática e continuada; sustentável;

participativa; nacionalizada; descentralizada; avaliada emonitorada;

c) Produz, sistematiza e dissemina conhecimentos, direcionadosao desenvolvimento de competências e capacidades técnicas egerenciais, ao efetivo exercício do controle social e doprotagonismo dos usuários.

O QUE SE ESPERA...QUAIS OS EFEITOS...

Desenvolvimento da capacidade de escutar o sujeitoem sofrimento frente as inúmeras formas materiais esubjetivas de viver as dificuldades do contexto emque se encontra inserida.

É PRECISO CONSIDERAR :

A NOB-RH/SUAS determina que toda a equipe dereferência (do CRAS, do CREAS, Centro POP e serviços deacolhimento institucional) seja composta por servidorespúblicos efetivos: tal determinação reconhece que a baixarotatividade é fundamental para que se garanta acontinuidade, a eficácia e a efetividade dos serviços eações ofertadas, bem como para potencializar o processode EDUCAÇÃO PERMANENTE dos profissionais.

Sugestõs para leitura e estudo

ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; PINHEIRO, L. C.; et.al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Lati na: desafi os para políti cas públicas. Brasília: UNESCO, 2002.

ARENDT, Hannah. As esferas pública e privada. In A condição humana. 10ª edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. BAUMAN, Zygmunt e MAY, Tim. Ação, identi dade e entendimento da vida

coti diana. In Aprendendo a pensar com a sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. 7ª ed. rev. e ampl. Trad.: Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

CÂMARA, Gilberto e SPOSATI, Aldaíza. Territórios Digitais: As Novas Fronteiras do Brasil. São Paulo: Revista Estudos Avançados, 2005.

CAMPOS, Gastão Wagner e CAMPOS, Rosana T.O. Co-construção de autonomia: o sujeito em questão. In CAMPOS, Gastão Wagner et al (coord). Tratado de Saúde Coleti va. São Paulo: HUCITEC, Rio de

Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2006.

NOB-RH anotada e comentada. Brasília: MDS/SNAS, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práti ca educati va. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

GONTIJO, Daniela Tavares; MEDEIROS, Marcelo. Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfi liação social. Ciênc. saúde

coleti va vol.14 no.2, Rio de Janeiro Mar./Apr. 2009.

http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/cartilha_paif_2511.pdf

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

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