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Quadro Verde - Pavilhão japonês - Parque do Ibirapuera
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13/10/2016
Agricultores têm curso para sustentabilidade
Programa de educação ambiental à distância inova com aulas presenciais para
agricultores familiares.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Departamento de Educação
Ambiental (DEA), finaliza, neste mês, o curso Formação de agentes populares de
Educação Ambiental na Agricultura Familiar. Apesar de ser na modalidade de educação
à distância (EAD), o curso trouxe o diferencial de oferecer aos alunos um
acompanhamento presencial, com tutores in loco de 22 instituições parceiras como
universidades, secretarias de meio ambiente e organizações não governamentais.
O curso faz parte do Programa de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
(PEAAF) do MMA, que, por meio de ações educativas, busca construir coletivamente
estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental no meio rural, com a
adoção de práticas sustentáveis na agricultura familiar e no manejo dos territórios rurais.
Segundo o coordenador do PEAAF, Alex Bernal, dos 951 agentes populares que
iniciaram o curso, 783 conseguiram a nota necessária para se formar. “É um dado bem
positivo, visto que cursos à distância têm a limitação do uso de um computador com
acesso à internet, ainda mais se tratando do meio rural. Creio que a troca entre o MMA
e essas instituições parceira, e destas com os alunos, foi o principal ganho do curso e
fator determinante para o sucesso dessa formação”, ressaltou.
VISITAS A PROPRIEDADES
O Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário do Meio Oeste do Contestado
(CPIMMOC), em Santa Catarina, foi uma das instituições parceiras do MMA que
ofereceu o curso a alunos de 13 municípios catarinenses, todos trabalhadores na
agricultora familiar. O consórcio avalia processos de licenciamento ambiental
(renovação ou abertura) e, com o curso, pôde incorporar referências de boas práticas na
área. “Aderimos ao programa de educação ambiental do MMA para ter um suporte
teórico e conhecer novas práticas de sustentabilidade”, contou o tutor Adalberto
Antônio Marcon, que fez o primeiro curso pelo Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) do MMA em 2014.
Além das aulas teóricas, os alunos visitaram propriedades rurais que usam a
agroecologia, a produção sem agrotóxicos e promovem recuperação de nascentes. “O
trabalho está sendo multiplicado”, afirmou Adalberto. “Com a nova administração
municipal em 2017, queremos promover oficinas e levar a preocupação com o meio
ambiente a mais pessoas”. Os alunos formaram um grupo no WhatsApp para debater os
assuntos e continuar trocando informações.
ASSENTADOS
A agrônoma e mestra em Zootecnia, pela Universidade do Estado de São Paulo
(Unesp), Uly Carneiro Bragiato, foi tutora do curso de PEAAF em três assentamentos
diferentes: Pradópolis, Córrego Rico e Ribeirão Preto. Uly acompanhou pessoalmente
os 24 alunos que finalizaram o curso. “Uso de fogo, queimadas, troca de sementes
crioulas e parcerias entre eles foram os temas mais comentados”, disse ela.
“Os agricultores reclamam que o milho nascido da semente transgênica não é bom para
consumo humano, que não tem sabor. A semente crioula é melhor para o cultivo de
alimentos, então os agricultores formaram uma rede de trocas de sementes”. Nesse
contexto, a cooperação entre eles foi estimulada. “O pessoal ainda me procura para
perguntar se haverá outro curso do PEAAF no ano que vem”, comemora.
SENSIBILIZAÇÃO
O curso do MMA também chegou à Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sediada em Redenção, a 55 quilômetros de
Fortaleza (CE). O professor de Microbiologia e Fitopatolgoia e coordenador do Núcleo
de Agroecologia e Produção Orgânica da Unilab, Joaquim Torres Filho, destacou a
importância de sensibilizar as novas gerações para as questões ambientais.
Os alunos, brasileiros e estrangeiros de países de língua portuguesa (Angola,
Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Cabo Verde), fizeram
aulas semanais em campo, em disciplinas com prática agrícola. “No primeiro curso
tivemos filhos de agricultores e, no segundo, agricultores e técnicos”, explica o
professor Joaquim. “O curso foi muito bem produzido e organizado, as questões locais e
regionais foram bastante discutidas. O suporte dado pelo ministério resolveu tudo o
mais rápido possível. Agora, todos querem saber quando será o próximo”. Sobre a
evasão, um gargalo nos cursos a distância, ainda mais quando se trata de alunos do meio
rural, o professor conta que a Unilab conseguiu ficar abaixo da média nacional (30%),
formando 50 pessoas.
SOBRE O PROGRAMA
O PEAAF é fruto da reivindicação dos movimentos de agricultores e agricultoras
familiares ao Governo Federal, realizada no Grito da Terra 2009 e outras manifestações.
Desde então, sua elaboração e aperfeiçoamento têm sido realizados de forma contínua e
participativa, por meio do diálogo com sujeitos sociais atuantes no setor. O Programa é
a materialização da contribuição da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) a
essa demanda socioambiental.
Para Alex Bernal, a Educação Ambiental possibilita a reflexão coletiva sobre os
problemas e os conflitos socioambientais das comunidades. “O modelo agrícola
predominante gera insegurança alimentar e vários danos ambientais, como
contaminação de solos e rios. O PEAAF fomenta esse debate sobre a sustentabilidade
com nossos principais aliados na busca de um outro padrão de desenvolvimento rural:
os agricultores familiares e as populações tradicionais”, explica.
O Brasil na liderança em favor do planeta
13/10/2016
A divulgação de uma imagem do buraco da camada de ozônio sobre a Antártica, na década de 1980, foi o grande gatilho que despertou a opinião pública mundial sobre os impactos da humanidade no planeta.
A partir de então, a própria ONU convocou a célebre reunião ocorrida no Rio, em 1992, que culminou com importantes tratados internacionais, notadamente a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Poucos sabem que, antes da Eco 92, a Convenção de Viena de 1985 e o Protocolo de Montreal de 1987 já tratavam desta matéria, estabelecendo um calendário para a substituição dos CFCs (clorofluorcarbonos), os grandes responsáveis, à época, pela diminuição da camada de ozônio.
É bom salientar que a camada de ozônio nos protege dos raios ultravioletas. Sua redução tem impactos adversos, como câncer de pele, catarata, diminuição da produtividade agrícola, dentre outros.
Há países que medem constantemente a incidência desses raios, objetivando alertar a população para que se previna dos seus malefícios, com o uso de cremes protetores, e evite a exposição solar em certos horários do dia.
O foco da opinião pública no início foi o uso dos CFCs como propelentes de aerossóis. Além dessa utilização, esses gases e seus substitutos, os HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), são substâncias importantes na indústria da refrigeração e do ar condicionado, fazendo parte do nosso cotidiano.
Entretanto, os HCFCs, embora com impactos amigáveis em relação à camada de ozônio, são potentes gases efeito estufa (GEEs).
Infelizmente nem sempre existiu uma adequada sinergia entre os tratados internacionais sobre o clima e sobre a camada de ozônio. Por essa razão, pretende-se, na reunião das partes do Protocolo de Montreal, em Kigali, Ruanda, aprovar uma emenda para reduzir gradativamente o uso dos HCFCs, até sua eliminação total.
E por que se enfatizar essa discussão no âmbito do Protocolo de Montreal? Porque ele possui instituições eficazes, como o Fundo Multilateral, para financiamento dos ônus a serem gerados aos países em desenvolvimento, além do engajamento de setores empresariais.
O Protocolo adquiriu credibilidade pelo sucesso alcançado: reduziu de 10 a 20 vezes as emissões de CO², equivalente à meta do primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto (1997).
O Acordo de Paris representou um outro patamar em termos de soluções efetivas para o combate ao aquecimento global, pois reforçou o compromisso entre mais de 180 países de não se permitir um aumento da temperatura média do planeta em 2ºC até o final do século, indicando a meta de 1,5°C como ambição necessária.
Vale lembrar que esses países representam 94% das emissões globais atuais de GEEs e 97% da população mundial.
Há grande expectativa de que o Acordo de Paris possa entrar em vigência ainda neste ano, ou seja, em um tempo muito mais breve do que o Protocolo de Quioto, assinado em 1997, efetivado apenas em 2005. A China, os Estados Unidos, o Brasil, dentre outros países, já o ratificaram, sinalizando que não há tempo a perder.
Uma emenda para reduzir drasticamente os HCFCs seria uma contribuição fundamental para o Acordo de Paris, representando 1/4 do caminho para ficar abaixo do limite de 2°C, o que seria elogiado na próxima Conferência do Clima, COP 22, a ser realizada em Marrakech, Marrocos, em novembro.
Diante desse contexto, acreditamos que o Brasil precisa manter o seu reconhecido protagonismo, atuando de maneira firme para se garantir a aprovação da emenda em Kigali. (Folha de S. Paulo/ #Envolverde)
13/10/2016
Falta de segurança no Parque Raposo Tavares fez aumentar o número
de usuários de drogas
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O lixo ainda a passos lentos
*Washington Novaes
14 Outubro 2016 | 03h01
A geração de resíduos cresceu, na década, mais que a população e que o PIB do País
Teria sido importante que o relatório Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil,
divulgado no início do mês pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais (Abrelpe), houvesse alcançado maior divulgação no País todo. É
um documento importante para ampliar a consciência de todas as pessoas sobre a
geração, coleta e destinação do lixo, já em situação muito delicada. O total de resíduos
sólidos urbanos produzidos no País de 2014 a 2015 aumentou 1,78%, passou de 78,6
milhões de toneladas para 79,9 milhões – cresceu 1,7%, mais do que a população
brasileira, que aumentou 0,8%, e do que a atividade econômica (PIB), que caiu 3,8%.
Ou seja, aumentamos a geração de lixo mais que a produção econômica e mais que a
população (que cresceu menos de 1%). Por dia, passamos a gerar um total de 218.874
toneladas. E por pessoa, 1,071 kg.
É muito lixo, que cresceu mais de 26% na década. Com a agravante de mais de um
terço da população ainda sofrer com destinação inadequada, já que 30 milhões de
toneladas foram depositadas em lixões ou “aterros controlados”, que apresentam os
mesmos problemas. Mais de 3.300 municípios continuam a usar instalações
inadequadas e lixões. Na média, os serviços de coleta chegam a uma cobertura
nacional de 90%, mas há muita diferença entre Norte e Nordeste (80%), menos que a
das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (mais de 90%). No total, coletamos 198.750
toneladas diárias em 2015. Muito? Pouco? Foram 391 quilos por habitante/ano, mais
que o Japão ou a Coreia do Sul, que têm PIB per capita de quase três a quatro vezes
maior que o do Brasil. Ou a Islândia, a Bélgica, a Suécia, com PIBs per capitaainda mais
altos.
Aumentaram as iniciativas municipais de coleta seletiva. Nas Regiões Sul e Sudeste, em
mais de 85% dos municípios, superiores à média nacional de 70% dos municípios. E
quanto custa o avanço? R$ 10,15 por mês a cada habitante. Já na área de resíduos da
construção civil e resíduos de serviços de saúde, os municípios recolheram 125 milhões
de toneladas, “suficientes para encher 1.450 estádios do Maracanã”, como diz o
relatório. Muitos especialistas têm opinado que novos avanços dependerão
principalmente da passagem dos orçamentos de limpeza urbana dos governos
municipais para os estaduais.
Estudiosos como Marcos Cunha têm lembrado (3/8) que há 25 anos se dizia nas
faculdades de Engenharia Sanitária que em média a geração de resíduos sólidos
domésticos era de 400 gramas por pessoa a cada dia – dependendo do perfil
socioeconômico e cultural em cada lugar. Hoje, os dados atualizados apontam uma
geração média por pessoa acima de um quilo, um aumento superior a 100%. Mas a lei
da Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda não chegou perto de seus objetivos. A
queixa principal é a da falta de recursos financeiros. E com isso quase a metade dos
resíduos sólidos tem destinação inadequada ou incorreta.
Já se chegou a apresentar no Congresso Nacional projeto de medida provisória para
propor que o prazo para o fim dos lixões no País passasse para 2018. Foi aprovada,
mas vetada pela Presidência da República. Porém continuam tramitando outros
projetos para prorrogar até 2018 a data para acabar com os lixões; dando novo prazo a
municípios de fronteira ou com mais de 100 mil habitantes para instalar aterros
sanitários.
Tudo isso precisa de uma discussão forte e permanente com a sociedade. Por
exemplo: casas e condomínios geram mais lixo reciclável do que lixo orgânico; mas
tudo é descartado como lixo orgânico. Desperdício. Além disso, não se aceita que esse
lixo seja coletado por cooperativas de catadores: desperdício de renda possível.
Quando se vai para o plano global, o panorama também é assombroso. Diz a ONU-
Habitat (O Popular, 7/8) que 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos é
gerado por ano no planeta – produtos têxteis, plásticos não recicláveis, resíduos de
madeira, lixo “comum” ou embalagens sujas de alimentos. Um dos aproveitamentos é
a transformação em etanol, o que já é feito também em outros 63 países. Mas o
desperdício é gigantesco.
Não fazem licenciamento ambiental 70% dos municípios brasileiros (Observatório das
Metrópoles eO Estado de S. Paulo, 15,4/16). E concorrem para que o desperdício não
seja minimizado com o aproveitamento em obras. O lixo eletroeletrônico não para de
crescer, acompanhando o consumo: no ano passado foram 41 milhões de toneladas
desse tipo de resíduos no mundo; no Brasil, 1,2 milhão de toneladas, comercializadas
ilegalmente (90%) ou descartadas, para aumentar o lixo urbano – mesmo assim, há
propostas para prorrogar o prazo de fechamento de lixões, embora a lei da Política
Nacional de Resíduos Sólidos já tenha completado seis anos e haja 22 associações e
mais de 500 empresas aliadas. Cresceu 138% o número de cidades que desenvolvem
programas de coleta seletiva; os postos de entrega voluntária já são 1.666, ou 255%
mais que a meta estipulada para 2015. Apesar disso tudo, continua-se a atirar lixo na
Baía de Guanabara; às vésperas da Olimpíada, este ano, foi retirada uma tonelada por
dia – sem resolver o problema.
Os cidadãos e políticos continuam muito distantes do problema. “Cuidar do lixo não dá
voto”, dizem os políticos. “Eu só não quero lixo diante da porta da minha casa”, dizem
os cidadãos comuns.
O Ministério das Cidades assegura que a coleta seletiva caminha bem. E que a
compactação e o isolamento em bolsas de propileno assegura destinação adequada e
permanente. Muitas pessoas depositam sua esperança num sistema de transporte e
descarte de resíduos da construção civil que permite à limpeza urbana monitorar e
fiscalizar por meio de georreferenciamento onde está o lixo. Coordenadas dos pontos
onde está cada caçamba permitem localizar por meio eletrônico qualquer porção do
lixo.
Mas ainda falta muito.