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Salvaguardas do Processo Direitos dos pais Departamento de Educação do Estado de Maryland Divisão de Educação Especial/Serviços de Intervenção Antecipada Julho de 2002

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Salvaguardas do Processo

Direitos dos pais

Departamento de Educação do Estado de Maryland

Divisão de Educação Especial/Serviços de Intervenção Antecipada

Julho de 2002

Salvaguardas do Processo - Direitos dos Pais 2002

Revisão de 1° de julho de 2002 1

PARTE I – SALVAGUARDAS DO PROCESSO ........................................................................................................................................2PARTE II – NOTIFICAÇÃO ........................................................................................................................................................................2PARTE III – CONSENTIMENTO ................................................................................................................................................................3

Geral ........................................................................................................................................................................................................3Recusa dos pais .......................................................................................................................................................................................3Solicitação de reavaliação não atendida ..................................................................................................................................................3Restrições ................................................................................................................................................................................................3

PARTE IV – PROCESSO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ................................................................................................................4Avaliações ...............................................................................................................................................................................................4Avaliação .................................................................................................................................................................................................4Reavaliação .............................................................................................................................................................................................5Conclusão dos serviços ...........................................................................................................................................................................5

PARTE V – AVALIAÇÃO EDUCACIONAL INDEPENDENTE ..............................................................................................................6Definições ................................................................................................................................................................................................6Critérios do órgão público .......................................................................................................................................................................6Direito dos pais de receber avaliação financiada pelo governo ..............................................................................................................6Avaliação solicitada pelos pais ................................................................................................................................................................6Solicitação de avaliação feita por Juiz da Audiência ..............................................................................................................................6

PARTE VI – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INDIVIDUALIZADA (IEP) ..............................................................................................7Reuniões de equipe do IEP ......................................................................................................................................................................7Participação dos pais nas reuniões ..........................................................................................................................................................7A equipe do IEP ......................................................................................................................................................................................8Desenvolvimento, exame e revisão do IEP .............................................................................................................................................8Conteúdo do IEP .....................................................................................................................................................................................9Serviços de transição .............................................................................................................................................................................10Colocação ..............................................................................................................................................................................................10Implementação do IEP ..........................................................................................................................................................................10Requisitos para conclusão do curso .......................................................................................................................................................10

PARTE VII – SERVIÇOS PRESTADOS APÓS O ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO ..................................................................11PARTE VIII – TRANSIÇÃO DA FASE DE BERÇÁRIO E MATERNAL ..............................................................................................11PARTE IX – PROCEDIMENTO QUANTO AOS REGISTROS ESCOLARES .......................................................................................11

Definições ..............................................................................................................................................................................................11Salvaguardas ..........................................................................................................................................................................................12Consentimento .......................................................................................................................................................................................12Direitos de acesso ..................................................................................................................................................................................12Registro de acessos ................................................................................................................................................................................13Alteração dos registro por solicitação dos pais .....................................................................................................................................13Procedimento para destruir informações ...............................................................................................................................................13Direitos das crianças ..............................................................................................................................................................................13Informações sobre disciplina .................................................................................................................................................................14

PARTE X – DISCIPLINA DE ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA .......................................................................................14Definições ..............................................................................................................................................................................................14Alteração de colocação ..........................................................................................................................................................................14Autoridade dos educadores ....................................................................................................................................................................14Autoridade do Juiz da Audiência ..........................................................................................................................................................16Deliberação sobre manifestação ............................................................................................................................................................16Para alunos que ainda não estão habilitados a receber Educação Especial e Serviços Correlatos ........................................................17Recurso das decisões relacionadas à disciplina .....................................................................................................................................18Encaminhamento às autoridades policiais e judiciárias ........................................................................................................................18

PARTE XI – COLOCAÇÃO DOS ALUNOS EM ESCOLAS PARTICULARES, PELOS PAIS ............................................................19Colocação de crianças pelos pais, quando envolve a FAPE .................................................................................................................19Alunos portadores de deficiência matriculados pelos pais em escolas particulares ..............................................................................20

PARTE XII – SUBSTITUTO DOS PAIS ...................................................................................................................................................20PARTE XIII – TRANSFERÊNCIA DO PÁTRIO PODER AO ATINGIR A MAIORIDADE .................................................................21PART XIV SOLUÇÃO DE CONFLITOS ..................................................................................................................................................21

Procedimento para queixa por escrito ...................................................................................................................................................21Procedimento para mediação .................................................................................................................................................................23Audiências de justo processo ................................................................................................................................................................23

PARTE XV – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS .....................................................................................................................................26

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PARTE I – SALVAGUARDAS DO PROCESSO

As proteções descritas neste documento foram estabelecidas pela Lei de 1997 para a Educação de Pessoas Portadoras de Deficiência (IDEA), 20 U.S.C., parágrafo 1400 e outros, 34 CFR 300 e COMAR 13 13A.05.01.01-.16 que implementam a mencionada lei IDEA. Cabe aos órgãos públicos estabelecer, manter e implementar as salvaguardas do processo que atendem aos requisitos da IDEA. Uma cópia deste documento deve ser entregue aos pais:• Na primeira vez que uma criança é encaminhada para avaliação;• Durante toda reunião para desenvolvimento, exame ou revisão do Programa de Educação Individualizada (IEP);• Quando a criança é reavaliada; e• Quando os pais solicitam uma mediação ou audiência para pleitear justo processo de lei.

As salvaguardas do processo deve estar em linguagem acessível ao público em geral, e no idioma de origem dos pais, ou em outro meio de comunicação adotado pelos pais, a menos que seja inviável fazê-lo. Se o idioma de origem ou outro modo de comunicação dos pais não estiver na forma escrita, o órgão público deve tomar as providências necessárias para garantir que as salvaguardas do processo sejam traduzidas verbalmente ou de outra forma, para o idioma de origem dos pais ou para outro meio de comunicação. Há prova, por escrito, de que os documentos foram traduzidos e de que os pais compreenderam o conteúdo das salvaguardas do processo.

Cabe aos pais de aluno portador de deficiência a oportunidade de inspecionar e examinar todos os registros escolares, para averiguar a identificação, avaliação, colocação escolar da criança e o provimento de educação pública apropriada, gratuita (FAPE). Consulte a

Parte IX – Procedimento quanto aos registros escolares para obter informações específicas. Cabe ainda as pais de aluno portador de deficiência a oportunidade de participar das reuniões que tratem da identificação, avaliação, colocação escolar da criança e o provimento de educação pública apropriada (FAPE). Consulte a Parte VII – Programa de Educação Individualizada (IEP) para

obter informações específicas. Para obter mais cópias deste documento, entre em contato com a escola.

PARTE II – NOTIFICAÇÃO

Cabe ao órgão público enviar aos pais uma notificação, por escrito, toda vez que se propõe ou recusa a iniciar ou alterar a identificação, avaliação, programa educacional ou colocação escolar da criança, ou provimento de educação pública apropriada (FAPE). No caso da notificação referir-se uma ação proposta pelo órgão público, que exija também o consentimento dos pais, cabe ao órgão público enviar notificação escrita, na mesma ocasião que solicitar o consentimento dos pais. A notificação escrita deve incluir:

• Descrição da(s) ação(ões) proposta(s) ou recusada(s) pelo órgão público;• Explicação do motivo que levou o órgão público a propor ou recusar-se a praticar uma ação ou ações;• Descrição de outras opções consideradas pelo órgão público e os motivos pelos quais as opções foram indeferidas;• Descrição de todo procedimento de avaliação, teste, registro ou relatório que o órgão público usou como base para a

ação(ões) proposta(s) ou recusada(s);• Descrição de outros fatores relevantes para a proposta ou recusa do órgão público;• Declaração afirmando que cabem aos pais do aluno portador de deficiência, as proteções previstas nas salvaguardas do

processo nesta parte, e se essa notificação não é um encaminhamento inicial para avaliação, a forma como uma cópia das salvaguardas do processo pode ser obtida; e

• Fontes de contato para que os pais recebam explicações sobre as disposições da IDEA.

As salvaguardas do processo deve estar em linguagem acessível ao público em geral, e no idioma de origem dos pais, ou em outro meio de comunicação adotado pelos pais, a menos que seja inviável fazê-lo. Se o idioma de origem ou outro meio de comunicação dos pais não estiver em linguagem escrita, cabe ao órgão público tomar as providências necessárias para garantir que esteja por escrito:• A notificação é traduzida verbalmente ou de outra forma, para o idioma de origem dos pais ou para outro meio

de comunicação;• Os pais compreendem o conteúdo da notificação; e• Há provas, por escrito, de que os documentos foram traduzidos e de que os pais compreenderam o conteúdo da notificação.

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PARTE III – CONSENTIMENTO

Consentimento significa que os pais: • Foram informados sobre todas as informações relevantes à atividade que requer seu consentimento, no idioma de origem

dos pais ou em outro meio de comunicação;• Compreendem e concordam, por escrito, que a atividade para a qual deram seu consentimento seja realizada, e o

consentimento descreve aquela atividade e relaciona os registros (se houver) que serão liberados e para quem; e• Compreendem que o consentimento dos pais é um ato voluntário e não é passível de revogação.

O consentimento sendo revogado pelos pais, não significa que a revogação é retroativa (isto é, não anula uma ação que ocorreu após o consentimento ter sido dado e antes do consentimento ser revogado).

Geral

Cabe ao órgão público obter o consentimento dos pais antes de conduzir a avaliação inicial ou uma reavaliação, e antes de começar a prover a educação especial e serviços correlatos para um aluno portador de deficiência. O consentimento para a avaliação inicial não deve ser interpretado como consentimento para colocação inicial para o provimento inicial de educação especial e serviços correlatos a um aluno portador de deficiência. Não é necessário o consentimento dos pais antes da revisão de dados existentes, como parte de uma avaliação ou reavaliação ou da aplicação de teste ou outra avaliação feita com todas as crianças, salvo se, antes da aplicação do teste ou avaliação, for exigido o consentimento dos pais de todas as crianças.

Recusa dos pais

Se os pais recusam-se a dar consentimento para as avaliações ou reavaliações, o órgão público tem o direito de solicitar uma mediação ou audiência de justo processo, e obriga-se a avisar aos pais que o órgão público solicitou a audiência de justo processo e a possibilidade de uma mediação. Consulte a Parte XIV – Solução de conflitos, para obter mais informações.

Solicitação de reavaliação não atendida

Cabe ao órgão público tentar obter o consentimento informado dos pais antes de reavaliação da criança. Não é preciso obter o consentimento informado dos pais para reavaliação, se o órgão público comprovar que tomou as providências cabíveis para obter o consentimento dos pais, e os pais da criança não atenderam à solicitação. Se os pais deixarem de atender à notificação escrita do órgão público que trata da reavaliação da criança, e o órgão público puder comprovar que tomou as providências cabíveis para obter o consentimento dos pais, o órgão público pode dar seguimento à reavaliação sem o consentimento dos pais. Para provar ter tomado as providências cabíveis, o órgão público deve manter um registro das tentativas de obter o consentimento dos pais, a saber:• Registro detalhado dos telefonemas feitos ou tentativas de ligações, e os resultados das ligações;• Cópias da correspondência enviada aos pais e eventuais respostas recebidas; e• Registro detalhado das visitas realizadas aos pais, em sua residência ou no local de trabalho, e os resultados dessas visitas.

Restrições

É vedado ao órgão público fazer uso da recusa dos pais em consentir um serviço ou atividade, como por exemplo, avaliação, reavaliação ou provimento inicial de educação especial e serviços correlatos, para negar aos pais ou à criança algum serviço, benefício ou atividade do órgão público, salvo se exigido pela IDEA.

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PARTE IV – PROCESSO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Avaliações

As avaliações são procedimentos elaborados de forma personalizada, para cada aluno. Cabe ao órgão público fazer uso de uma série de ferramentas e estratégias de avaliação para angariar informações funcionais e de desenvolvimento, relevantes e suficientes para a equipe do IEP determinar se a criança é portadora de deficiência e estabelecer o conteúdo do IEP da criança. As avaliações incluem testes impressos, observações, informações fornecidas pelos pais e outras fontes de informação, a saber:• Selecionadas e administradas de forma que não façam discriminação de raça ou cultura;• Aplicadas no idioma de origem da criança, ou em outro meio de comunicação, a menos que seja inviável fazê-lo;• Utilizadas para estabelecer a dimensão da deficiência da criança e necessidade de receber os serviços de educação especial;• Válidas para a finalidade específica para a qual serão usadas, e aplicadas por pessoal treinado e especializado, de acordo com as

instruções fornecidas pelo produtor do teste;• Feitas especialmente para atender áreas específicas da necessidade de aprendizado, e não simplesmente para proporcionar um

único coeficiente geral de inteligência;• Mede até que ponto a criança, que fala pouco Inglês, é um aluno portador de deficiência, e não uma criança com competência

fraca em Inglês; e• Selecionadas para refletir de forma precisa a aptidão ou rendimento e não para mostrar competência prejudicada de nível

sensório, manual ou de fala, salvo quando a competência em si, seja o fator que o teste deve medir.

Todo relatório de procedimentos de avaliação deve incluir:• Descrição do desempenho da criança em toda área onde haja suspeita de incompetência;• Informações relevantes de caráter funcional, cognitivo, de desenvolvimento, comportamental e físico;• Implicações de aprendizado quanto à participação da criança no currículo geral ou, no caso de criança de pré-escola,

participação nas atividades apropriadas; e• No caso de avaliações que não sejam aplicadas seguindo as condições padrão, uma descrição de como desviou dos

procedimentos padrão de aplicação.

Avaliação

Todo aquele que suspeitar que a criança é portadora de deficiência que exige o provimento de educação especial e serviços correlatos, deve encaminhar a criança, por escrito, para a equipe do IEP da escola da criança. O órgão público tem 90 dias a partir da data do encaminhamento, recebido por carta, para formalizar a avaliação inicial. O órgão público deve enviar aos pais uma cópia da decisão de avaliação pela equipe do IEP.

A avaliação significa os procedimentos adotados, de acordo com os regulamentos federais e estaduais que regem os procedimentos para avaliação e estabelecimento de habilitação, para determinar se a criança é portadora de deficiência e até que ponto necessita de educação especial e serviços correlatos. Uma avaliação completa e individualizada é feita antes do provimento inicial da educação especial e serviços correlatos para um aluno portador de deficiência, conforme previsto pela IDEA. A avaliação ocorre durante uma reunião entre a equipe do IEP e outros profissionais habilitados, o que for mais indicado, para examinar:• Os dados existentes e os resultados de avaliação;• As avaliações e informações fornecidas pelos pais;• As avaliações atuais feitas na sala de aula, inclusive avaliações e observações de nível estadual e de distrito, e• As observações feitas pelo pessoal de serviços correlatos, para determinar:

• Se a criança é aluno portador de deficiência;• Os níveis atuais de desempenho e necessidades acadêmicas da criança;• As necessidades de educação especial e serviços correlatos da criança, quer sejam normalmente relacionados ou não à

categoria de deficiência sob a qual a criança foi classificada; e• Eventuais inclusões ou alterações necessárias para que a criança atinja os objetivos do IEP e participe, se pertinente, no

currículo geral.

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A avaliação inicial deve ter abrangência suficiente para garantir que a criança seja avaliada em todas as áreas que dizem respeito à suposta deficiência, inclusive, se pertinente:• Desempenho acadêmico;• Comunicação;• Inteligência geral;• Saúde, incluindo audição e visão;• Desenvolvimento motor; e• Situação social, emocional e de comportamento.

• Não é permitido fazer uso um único procedimento para estabelecer se a criança é aluno portador de deficiência, e para estabelecer qual programa educacional é o indicado para a criança.

• A criança não pode ser identificada como portadora de deficiência e que precisa de educação especial e serviços correlatos se o principal motivo dessa classificação for a falta de instrução em leitura ou matemática, ou porque a criança não é fluente no Inglês.

• Se, por ocasião da avaliação inicial, a equipe do IEP estabelecer que a criança tem uma deficiência e precisa de educação especial e serviços correlatos, a equipe do IEP deve, no prazo de 30 dias da avaliação inicial, desenvolver o IEP para a criança.

Reavaliação

Uma reavaliação será elaborada pelo menos uma vez a cada três anos, ou com maior freqüência, se as condições justificarem uma reavaliação, ou se os pais ou os professores da criança a solicitarem. A equipe do IEP fará a revisão dos dados de avaliação, inclusive as informações recebidas dos pais, avaliações em sala de aula, avaliações estaduais e de distrito e observações para decidir se serão necessários mais dados para estabelecer: • Se a criança continua a ter deficiência que requer o provimento de educação especial e serviços correlatos;• Os níveis atuais de desempenho e necessidades acadêmicas da criança;• Se houve inclusões ou alterações necessárias para que a criança atinja os objetivos do IEP e participe, se pertinente, no

currículo geral.

Se a equipe do IEP estabelecer que são necessários mais dados, essas avaliações serão conduzidas após os pais serem notificados e o consentimento dos pais tiver sido solicitado. A equipe fará a revisão dos resultados das avaliações no prazo de 90 dias após a reunião da equipe do IEP quando foi deliberada a necessidade de mais dados e uso dos resultados, o que for pertinente, para revisar o IEP da criança.

Se a equipe do IEP determinar que não são necessários mais dados, o órgão público deve informar fo fato aos pais, e os motivos para a determinação. O órgão público não é obrigado a conduzir avaliações, salvo se solicitadas pelos pais da criança.

Conclusão dos serviços

O órgão público deve avaliar um aluno portador de deficiência de acordo com os regulamentos federais e estaduais sobre avaliação, antes de determinar que a criança não é mais um aluno portador de deficiência. Esta avaliação não é obrigatória antes da conclusão do processo de habilitação da criança, conforme previsto na Parte B da IDEA, por ter concluído o curso com diploma comum, ou se passar do limite de idade previsto pela FAPE, de acordo com a lei estadual.

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PARTE V – AVALIAÇÃO EDUCACIONAL INDEPENDENTE

Definições

• A Avaliação educacional independente significa testes e procedimentos de avaliação conduzidos por pessoal qualificado, que não faz parte da folha de pagamento do órgão público responsável pela educação da criança.

• Despesa pública significa que o órgão público paga pelo custo total da avaliação ou garante que a avaliação será elaborada sem envolver custos para os pais.

Os pais de aluno portador de deficiência têm o direito de obter uma avaliação educacional independente da criança, conforme previsto pela IDEA, sujeito aos procedimentos abaixo citados. O órgão público deve fornecer aos pais, mediante solicitação dos mesmos de avaliação educacional independente, as informações sobre quem contatar para obter a avaliação e os critérios do órgão que regem a avaliação educacional independente.

Critérios do órgão público

Quando a avaliação educacional independente é feita com verbas públicas, os critérios usados para a avaliação devem ser os mesmos que os critérios usados por um órgão público quando este é quem providencia a avaliação, desde que esses critérios sejam compatíveis com o direito dos pais de obter avaliação educacional independente. Salvo pelos critérios acima descritos, o órgão público pode impor condições ou prazos relacionados à avaliação educacional independente financiada pelo governo.

Direito dos pais de receber avaliação financiada pelo governo

Cabe aos pais o direito de obter avaliação educacional independente financiada pelo governo, se os pais discordarem da avaliação obtida pelo órgão público. Na hipótese dos pais solicitarem uma avaliação educacional independente, financiada pelo governo, cabe ao órgão público, sem demora: • Iniciar a audiência de justo processo, para provar que a avaliação tem cabimento; ou• Garantir que a avaliação educacional independente seja financiada pelo governo, a menos que o órgão público demonstre, em

audiência de justo processo, que a avaliação obtida pelos pais não preencheu os critérios do órgão público.

Se a iniciativa da realização de audiência parte do órgão público e a decisão final é de que a avaliação do órgão é adequada, cabe ainda aos pais o direito de uma avaliação educacional independente, mas não será financiada pelo governo. Se os pais solicitarem a elaboração de uma avaliação educacional independente, o órgão público pode indagar dos pais o motivo pelo quais não aceitaram a avaliação pública. A explicação dos pais contudo não é exigida, e o órgão público não pode retardar, sem motivos, o provimento da avaliação educacional independente financiada pelo governo, ou providenciar a audiência de justo processo para defender a avaliação do órgão público.

Avaliação solicitada pelos pais

Cabe sempre aos pais o direito de obter uma avaliação educacional independente elaborada por profissionais qualificados, de sua escolha, correndo as despesas às suas custas. A equipe do IEP deve considerar as informações provenientes da avaliação solicitada pelos pais, se a mesma preencher os critérios do órgão público, quando da tomada de decisão com relação ao provimento da FAPE à criança. Os resultados da avaliação particular solicitada pelos pais também podem ser apresentados como prova durante a audiência de justo processo que envolver a criança.

Solicitação de avaliação feita por Juiz da Audiência

Se um Juiz de Direito Administrativo (Administrative Law Judge – ALJ) do Gabinete de Audiências Administrativas (Office of Administrative Hearings – OAH) solicitar uma avaliação educacional independente como parte de audiência de justo processo, o custo da avaliação correrá por conta do governo.

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PARTE VI – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INDIVIDUALIZADA (IEP)

Reuniões de equipe do IEP

O órgão público recorre à decisão em equipe para resolver se a criança pode ser considerada portadora de deficiência, conforme definido pela IDEA e plas necessidades educacionais da criança. O órgão público é responsável por convocar e conduzir as reuniões para deliberar a revisão de desenvolvimento, e revisão do IEP de um aluno portador de deficiência e determinar a colocação escolar da criança. Os pais de todo aluno portador de deficiência devem ser notificados e ter oportunidade de participar de toda reunião da equipe do IEP que tratar de seu(ua) filho(a). Os pais fazem parte da equipe do IEP que toma decisões sobre a colocação escolar do(a) filho(a). Cabe ao órgão público empreender seus melhores esforços para garantir que os pais compreendam e sejam capazes de participar de discussões em grupo que abordem a colocação de seu(ua) filho(a), inclusive providenciar um intérprete para os pais com deficiência auditiva ou cujo idioma de origem não seja o Inglês.

Uma vez que a equipe do IEP determine que a criança necessita de educação especial e serviços correlatos, a equipe do IEP deve se reunir no prazo de 30 dias, para desenvolver o IEP para a criança. Na qualidade de participantes da equipe do IEP, cabe aos pais o direito de solicitar uma revisão do IEP de seu(ua) filho(a), a qualquer momento.

Participação dos pais nas reuniões

Cabe a todo órgão público tomar as providências necessárias para garantir que um ou os dois pais de aluno portador de deficiência estejam presentes a todas as reuniões do IEP, ou tenham oportunidade de participar. A notificação sobre as reuniões deve ser enviada aos pais a tempo de garantir sua presença e marcar a reunião para uma data e local mutuamente avençados. A notificação deve mencionar a finalidade, hora e local da reunião, e quem estará presente. A notificação deve ainda informar aos pais que, a critério dos pais ou do órgão público, outras pessoas que tenham conhecimento ou formação especial sobre a situação da criança, inclusive o pessoal de serviços correlatos, o que for pertinente, poderão participar da equipe do IEP. Cabe à parte (pais ou órgão público) que convidou a pessoa para participar da equipe do IEP, avaliar seu o conhecimento ou formação especial.

No caso de aluno cuja deficiência comece aos 14 anos de idade, se pertinente, a notificação deve também indicar que uma das finalidades da reunião será elaborar uma declaração sobre as necessidades de serviços de transição do aluno, e que o órgão convidará o aluno. No caso de aluno cuja deficiência comece aos 16 anos de idade, se pertinente, a notificação deve também indicar que uma das finalidades da reunião será elaborar uma declaração sobre as necessidades de serviços de transição do aluno, que o órgão convidará o aluno e que indicará outro órgão que será convidado a enviar um representante.

Notificação sobre a reunião da equipe do IEP sobre desenvolvimento, exame ou revisão do IEP de uma criança, inclusive para deliberar a colocação escolar da criança, deve ser enviada pelo menos dez (10) dias corridos antes da reunião, a menos que uma reunião acelerada seja convocada, para:• Abordar problemas de disciplina;• Estabelecer a colocação da criança, se a criança é aluno portador de deficiência e não está recebendo, no presente, serviços

educacionais; ou• Atender às necessidades urgentes da criança para garantir o provimento da FAPE.

Se nenhum dos pais puder estar presente, o órgão público deve tomar outras providências para garantir a participação dos pais, inclusive marcar uma reunião individual ou conferências pelo telefone. A reunião poderá ser realizada sem a presença dos pais, se o órgão público não conseguir convencê-los a participar. A equipe do IEP pode deliberar sobre a colocação sem o envolvimento dos pais, se o órgão público não conseguiu que os pais participassem da decisão. Nesse caso, o órgão público deve manter registros sobre as tentativas de marcar data e local de comum acordo, tais como controle dos telefonemas feitos ou tentativas de ligações, e os resultados das ligações, cópias da correspondência enviada aos pais e a resposta recebida, e registro detalhado das visitas realizadas aos pais, em sua residência ou no local de trabalho e os resultados dessas visitas.

A reunião não inclui conversas informais ou não marcadas previamente que envolvam o pessoal do órgão público, e conversas sobre problemas como metodologia de ensino, planos de aula ou coordenação do provimento do serviço, se essas questões não fizerem parte do IEP da criança. A reunião tampouco inclui atividades preparatórias conduzidas pelo pessoal do órgão público para elaborar uma proposta ou responder à proposta dos pais, que serão discutidas durante uma reunião futura.

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A equipe do IEP

A equipe do IEP inclui: • Os pais da criança, tutor ou pai substituto;• Pelo menos um dos professores de ensino básico, se a criança estiver freqüentando ou pretender freqüentar o ensino básico. Se

a criança não tiver um professor do ensino básico ou não tiver idade escolar, um professor habilitado a lecionar para uma criança dessa idade;

• O professor de educação especial da criança, se houver, uma pessoa que preste serviços à criança;• Um representante do órgão público habilitado a prover ou supervisionar o provimento de ensino programado especialmente

para atender às necessidades de alunos portadores de deficiência e que conheça o curso e os recursos oferecidos pelo órgão público;

• Uma pessoa que possa interpretar as implicações pedagógicas das avaliações. Essa pessoa pode ser um dos membros da equipe do órgão público acima citada;

• Caso os pais ou o órgão público desejarem, outras pessoas que tenham conhecimento ou formação especial sobre a situação da criança;

• Se pertinente, um representante de outro órgão público que possa prestar ou financiar os serviços de transição; e• Se pertinente, a criança. A criança deve ser convidada, e deverá estar presente e participar da reunião da equipe do IEP se a

finalidade da reunião for deliberar sobre a necessidade de receber os serviços de transição.

Desenvolvimento, exame e revisão do IEP

Ao desenvolver, examinar ou revisar o IEP da criança, a equipe do IEP deve considerar e documentar:• As características positivas da criança e o interesse dos pais em melhorar a qualidade de ensino para o(a) filho(a);• Resultados da avaliação;• Resultados do desempenho da criança em programas avaliados pelo estado ou distrito, se pertinente;• Necessidades do ponto de vista de comunicação; e• Necessidades de dispositivos e serviços tecnológicos de apoio para a criança.• Consideração dos fatores especiais, específicos da criança, como por exemplo:

• No caso de criança cujo comportamento prejudique seu aprendizado ou o de outras crianças, considerar como apropriadas, as estratégias de intervenção de comportamento positivo e as técnicas de suporte para lidar com esse comportamento;

• No caso de criança com pouca fluência no Inglês, considerar as necessidades de idioma da criança da maneira que se relacionam com o IEP da criança;

• No caso de uma criança cega ou com deficiência visual, providenciar o ensino em Braille, inclusive livros didáticos em Braille e o uso de Braille, a menos que a equipe do IEP decida, após uma avaliação do material de leitura e redação (inclusive avaliação das necessidades futuras da criança de ensino em Braille ou uso do Braille), que o ensino em Braille ou o uso do Braille não seja indicado para a criança, inclusive livros didáticos em Braille; e

• No caso de criança surda ou deficiente auditiva, considerar as necessidades de idioma e comunicação da criança, oportunidades para comunicação direta com os colegas e educadores no idioma de origem e modo de comunicação da criança, nível acadêmico e toda gama de necessidades, inclusive oportunidades para receber ensino direto no idioma e modo de comunicação da criança.

Se, ao analisar os fatores especiais acima citados, a equipe do IEP determinar que a criança precisa de um dispositivo, serviço, intervenção, acomodação ou alteração de programa específicos, para poder receber a FAPE, a equipe do IEP deve incluir uma anotação a esse respeito no IEP da criança.

Na qualidade de membro da equipe do IEP, o professor de ensino básico da criança deve, desde que pertinente, participar do desenvolvimento do IEP da criança. Essa participação inclui ajudar a estabelecer as intervenções e estratégias apropriadas de comportamento positivo para a criança, e assistência e serviços complementares, alterações do programa e técnicas de suporte para os educadores.

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Conteúdo do IEP

O IEP é desenvolvido pela equipe, e inclui o seguinte: • Níveis atuais de desempenho escolar, inclusive uma descrição de como a deficiência identificada afeta o envolvimento e o

rendimento no curso em geral, ou em se tratando de crianças da pré-escola, se pertinente, como a deficiência afeta a participação da criança nas atividades apropriadas;

• Objetivos e marcos anuais passíveis de serem medidos ou objetivos de curto prazo relacionados à reunião:• As necessidades da criança inerentes à deficiência, para permitir que a criança participe e progrida no curso básico, ou no

caso de crianças de pré-escola, se pertinente, participar das atividades apropriadas; e• Todas as demais necessidades educacionais da criança decorrentes da deficiência;

• Critérios objetivos e procedimentos de avaliação pertinentes, para determinar se os objetivos anuais estão sendo alcançados;• Ensino especializado, serviços correlatos e assistência e serviços complementares, inclusive o apoio de pessoal para a criança

ou em nome da criança;• Declaração sobre as intervenções, acomodações ou outras alterações do programa necessárias, inclusive um dispositivo ou

serviço específico para poder proporcionar a FAPE;• Alterações do programa ou suporte técnico para os educadores a serem fornecidos para permitir que a criança:

• Tenha o rendimento esperado, conforme os objetivos anuais,• Participe e progrida no curso básico,• Participe de atividades extracurriculares e outras atividades não acadêmicas, e• Estude e participe das auals com outros alunos com deficiência e sem deficiência;

• Uma explicação, se pertinente, do motivo da criança não:• Participar das atividades dos colegas sem deficiência, e• Receber ensino especializado, serviços correlatos, assistência e serviços complementares, suporte de pessoal, intervenções,

acomodações ou alterações de programas ou suporte técnico, inclusive um dispositivo ou serviço específico inerentes ao ensino básico, para que a FAPE possa ser ministrada;

• Declaração sobre eventuais acomodações individuais necessárias para que a criança participe de avaliações de nível estadual e de distrito, e• Se a criança não participar de avaliação de nível estadual ou de distrito específica, a equipe do IEP deve documentar o

motivo da avaliação não ser adequada para a criança e como a criança será avaliada;• As datas previstas para o início dos serviços, intervenções, acomodações ou outras alterações de programa, inclusive um

dispositivo ou serviço específico, com que freqüência serão prestados, por quanto tempo serão prestados, e onde serão prestados; e

• Descrição de como os pais serão informados sobre o rendimento da criança no tocante aos objetivos anuais, e até que ponto esse rendimento é suficiente para que a criança atinja os objetivos no prazo de um ano.

O órgão público deve prover os serviços de educação especial e correlatos para uma criança de acordo com o programa IEP da criança, e empreender os melhores esforços para ajudá-la a atingir as metas e objetivos ou marcos estabelecidos no IEP. O órgão público, professor ou outra pessoa estão isentos de responsabilidade se a criança não atingir o crescimento projetado nos objetivos, metas ou marcos anuais.

Se a criança precisar de serviços após o final do ano letivo, o IEP deve incluir os serviços de educação especial e correlatos que serão providos após o encerramento do ano letivo. Consulte a Parte VII – Serviços prestados após o encerramento do ano letivo, para

obter mais informações.

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Serviços de transição

Os serviços de transição consistem em conjunto de atividades que visa facilitar a adaptação do aluno na transição da escola para atividades posteriores à escola, inclusive ensino pós segundo grau, curso profissional e tecnológico, emprego integrado, serviços para adultos, vida independente ou participação comunitária. Esse conjunto de atividades baseia-se nas necessidades da criança, enfocando as preferências e interesses da criança, e inclui o programa de estudos, serviços correlatos e atividades comunitárias. • A partir dos 14 anos da criança, ou antes se pertinente, um IEP atualizado anualmente deve incluir uma declaração sobre as

necessidades de transição da criança, com ênfase para o programa de estudos da criança. • Após os 16 anos, ou antes se pertinente, a declaração de transição deve também incluir uma declaração sobre as

responsabilidades ou vínculos entre órgãos, se for pertinente.• A exigência de prover serviços de transição não se aplica ao aluno portador de deficiência que tenha sido condenado como

maior de idade pelas leis estaduais e preso em instituição de correção penal, e cuja habilitação para educação especial e serviços correlatos vença antes de ser libertado.

Colocação

Na qualidade de membros da equipe do IEP, os pais estão incluídos nas decisões que concernem a colocação de seu(ua) filho(a). Desde que possível, os alunos portadores de deficiência, inclusive os alunos de instituições públicas ou particulares ou outras instituições de assistência, devem freqüentar a sala de aula com alunos sem deficiência. • A colocação escolar da criança é estabelecida anualmente, baseada no IEP da criança.• Salvo se o IEP da criança exigir outro plano, a criança deve freqüentar a escola que freqüentaria se não tivesse uma deficiência. • A equipe do IEP pode alterar o IEP ou a colocação se a criança, condenada como maior de idade sob as leis estaduais, for presa

em instituição de correção penal, e o estado demonstrar interesse bona fide quanto à segurança ou aspecto penal que não possa ser atendido de outra forma.

Implementação do IEP

• O IEP deve ser implementado o mais rápido possível após sua elaboração, salvo se a reunião for realizada durante os meses de verão ou de férias, ou quando há circunstâncias que exijam breve retardamento, como por exemplo, para providenciar transporte.

• O órgão público deve providenciar para que o IEP esteja em vigor para a criança, já no início do ano letivo.• O IEP deve estar acessível para todo professor, prestador de serviços correlatos e outros prestadores de serviços que sejam

responsáveis pela implementação do IEP da criança. Todas as pessoas acima citadas devem ser informadas sobre suas responsabilidades pela implementação do IEP da criança, e as acomodações, alterações e apoio que precisam ser prestados.

• O órgão público deve dar aos pais uma cópia gratuita do IEP da criança.

Requisitos para conclusão do curso

Cabe ao órgão público informar aos pais sobre os requisitos estaduais e municipais para conclusão do curso e o progresso do(a) filho(a) no preenchimento desses requisitos. Quando um aluno portador de deficiência conclui o segundo grau, e recebe o diploma normal de segundo grau, o órgão público deve informar aos pais sobre a pendência da conclusão de curso pela criança. A conclusão de curso de segundo grau, com diploma normal, constitui uma alteração de colocação e cancela o direito da criança de receber a FAPE.

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PARTE VII – SERVIÇOS PRESTADOS APÓS O ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO

Os serviços prestados após o encerramento do ano letivo (Extended School Year Services -ESY) constituem uma extensão individualizada de educação especial e serviços correlatos específicos prestados a aluno portador de deficiência, além do ano letivo normal do órgão público, de acordo com o IEP, livre de custas para os pais, e seguindo os padrões do Departamento de Educação do Estado de Maryland (MSDE). É vedado ao órgão público limitar os serviços prestados após o encerramento do ano letivo a categorias especiais de deficiência ou limitar unilateralmente o tipo, quantidade e duração desses serviços.

Os serviços após o encerramento do ano letivo são prestados se a equipe do IEP da criança estabelecer, caso por caso, que os serviços são necessários para o provimento da FAPE. Os pais devem receber aviso sobre os serviços após o encerramento do ano letivo que podem vir a ser necessários para atender às necessidades pessoais do aluno com deficiência. A equipe do IEP deve estabelecer se algum dos fatores abaixo irá impedir que a criança receba a FAPE do programa educacional da criança durante o ano letivo normal, se a criança não receber os serviços após o encerramento do ano letivo.

Para estabelecer se a criança deve receber os serviços após o encerramento do ano letivo, a equipe do IEP dever levar o seguinte em consideração:• Se o IEP da criança inclui os objetivos anuais relacionados a competências críticas de vida;• Se é provável que a criança apresente regressão considerável das competências críticas de vida decorrentes da interrupção da

escola normal e não conseguirá recuperar essas competências durante um período razoável de tempo;• O progresso da criança em atingir os objetivos e metas do IEP;• A presença de competências emergentes ou oportunidades de superação;• Comportamentos que interferem;• A natureza e/ou gravidade da deficiência; e• Circunstâncias especiais.

PARTE VIII – TRANSIÇÃO DA FASE DE BERÇÁRIO E MATERNAL

O órgão público e o Programa para Níveis Berçário e Matinal da cidade devem convidar os pais para uma reunião da equipe do IEP pelo menos 90 dias antes da criança completar três anos, para estabelecer se a criança é portadora de deficiência ou de atraso de desenvolvimento que exijam o provimento de educação especial e serviços correlatos. Se a equipe do IEP estabelecer que a criança é um aluno portador de deficiência ou atraso de desenvolvimento, a equipe do IEP deve desenvolver um IEP para a criança. O IEP da criança deve estar em vigor a partir do dia em que a criança completar três anos.

PARTE IX – PROCEDIMENTO QUANTO AOS REGISTROS ESCOLARES

Definições

Destruição significa a destruição física ou exclusão de identificadores pessoais das informações, para que essas informações não mais possam identificar a pessoa.

Registros escolares significa o tipo de registros mencionados no item "registros escolares", 34 CFR parte 99 (os regulamentos que implementam a Lei de Direitos Educacionais de Família e Privacidade [Family Educational Rights and Privacy Act -FERPA] de 1974).

Órgão envolvido significa todo órgão ou instituição que coleta, mantém ou usa informações de identificação pessoal, ou onde as informações podem ser obtidas, conforme previsto na Parte B da IDEA.

As informações de identificação pessoal incluem: • Nome da criança, nome dos pais ou de outro membro da família;• Endereço da criança;• Identificador pessoal, como o número de registro na previdência social da criança; ou• Relação de características pessoais ou outras informações que facilitem a identificação precisa da criança.

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Salvaguardas

Cabe a todo órgão envolvido proteger a confidencialidade das informações de identificação pessoal sempre que angariar, armazenar, divulgar e destruir informações. Um oficial de órgão público é responsável pela proteção da confidencialidade das informações de identificação pessoal. Além das exigências previstas nestas salvaguardas do processo, há leis e regulamentos federais e estaduais para reger a proteção dos registros escolares. Todos os funcionários de órgãos públicos que angariam ou usam informações de identificação pessoal devem receber treinamento sobre as políticas e os procedimentos estaduais sobre confidencialidade de informações de identificação pessoal. Cabe a todo órgão envolvido manter, para inspeção pública, uma relação atualizada dos nomes e cargos dos oficiais do órgão com acesso às informações de identificação pessoal.

Consentimento

O consentimento dos pais é obrigatório, antes que informações de identificação pessoal sejam divulgadas para pessoas que não sejam os oficiais que participam dos órgãos que angariam ou usam as informações previstas na IDEA, ou para outra finalidade que não seja atender aos requisitos de prover a FAPE ao aluno, por força da IDEA. As divulgações constantes de encaminhamento ou ação praticada por policial e autoridade judicial, relativas a um crime cometido pelo aluno portador de deficiência não exigem consentimento dos pais, desde que a transmissão seja permitida pelo FERPA.

É vedado ao órgão ou instituição de ensino divulgar informações de registros escolares para órgãos envolvidos, sem o consentimento dos pais, a menos que tenha autorização do FERPA para fazê-lo. O MSDE elaborou políticas e procedimentos para órgãos públicos, inclusive sanções, aos quais o estado recorre para garantir que as políticas e os procedimentos sejam obedecidos, e que os requisitos de confidencialidade previstos na IDEA e FERPA, sejam cumpridos.

Cabe a todo órgão público adotar os procedimentos necessários para informar aos pais sobre os requisitos de confidencialidade das informações de identificação pessoal, inclusive:• Descrição do escopo da notificação, nos idiomas nativos de vários grupos de habitantes do estado;• Descrição das crianças sobre as quais são mantidas as informações de identificação pessoal e o tipo de informações procuradas;• Resumo das políticas e dos procedimentos que os órgãos envolvidos devem adotar no tocante ao armazenamento, divulgação

para terceiros, retenção e destruição das informações de identificação pessoal;• Descrição das políticas e dos procedimentos usados caso os pais se recusem a dar o consentimento; e• Descrição de todos os direitos dos pais e crianças no tocante a essas informações, inclusive os direitos por força do FERPA e

regulamentos do 34 CFR §99.

Antes do início de atividade importante de identificação, localização ou avaliação, a notificação deve ser publicada ou divulgada em jornais ou outros meios de comunicação que tenham circulação abrangente, para notificar os pais localizados na área de jurisdição da atividade.

Direitos de acesso

Cabe a todo órgão público permitir que os pais de aluno portador de deficiência inspecionem e examinem registros escolares concernentes à criança, que sejam angariados, mantidos ou usados pelo órgão público para fins de identificação, avaliação e colocação escolar da criança, e o provimento da FAPE para a criança, por força da IDEA. Cabe ao órgão atender à solicitação sem demora e antes da realização de reunião para deliberar sobre o IEP, ou de audiência de justo processo, e no prazo de no máxima 45 dias após a solicitação ter sido feita.

O direito de inspecionar e examinar os registros escolares, mencionado nesta seção, inclui o direito de:• Resposta do órgão envolvido às solicitações de explicação e interpretação dos registros;• Solicitação para que o órgão forneça cópias do registros que contêm as informações, se o não fornecimento dessas cópias

impedir que os pais exerçam o direito de inspecionar e examinar os registros; e• Que um representante dos pais inspecione e examine os registros.

O órgão público pode pressupor que os pais têm autoridade para inspecionar e examinar os registros de seu(ua) filho(a), a menos que o órgão público tenha sido avisado que os pais não têm autoridade por força da lei estadual que rege questões como tutela, separação ou divórcio.

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Registro de acessos

Cabe a todo órgão público manter registro das pessoas que não sejam os pais e funcionários autorizados do órgão público, que obtenham acesso para os registros escolares angariados, mantidos ou usados pela Parte B da IDEA, inclusive o nome da pessoa, a data em que o acesso foi permitido e a finalidade para a qual a pessoa está autorizada a usar os registros. Se um registro escolar incluir informações sobre mais do que uma criança, os pais dessas crianças têm direito de inspecionar e examinar somente as informações pertinentes a seu(ua) filho(a) ou receber a informação específica. Cabe a todo órgão público fornecer aos pais, mediante solicitação, uma relação dos tipos e locais dos registros escolares angariados, mantidos ou usados pelo órgão. Todo órgão público pode cobrar uma taxa pelas cópias dos registros escolares feitas para os pais, desde que a taxa não impeça os pais de exercer o direito de inspecionar e examinar esses registros. É vedado ao órgão público cobrar taxa para pesquisar ou extrair informações dos registros escolares.

Alteração dos registro por solicitação dos pais

Os pais que julgarem que as informações contidas nos registros escolares angariados, mantidos ou usados por força da IDEA estão incorretas ou são capciosas, ou que violam a privacidade ou outros direitos da criança, podem solicitar ao órgão público que mantém as informações que as altere. Cabe ao órgão decidir se altera as informações conforme solicitado pelos pais, em prazo razoável de tempo após receber a solicitação. Se o órgão se recusar a alterar as informações conforme solicitado, deve informar aos pais sobre sua recusa e avisar aos pais sobre seu direito de audiência para contestar as informações contidas nos registros escolares. A audiência para contestação das informações contidas nos registros escolares deverá ser conduzida de acordo com os procedimentos do FERPA, 34 CFR § 99.22.

Cabe ao órgão, mediante solicitação, conceder oportunidade de audiência para contestar as informações contidas nos registros escolares, para garantir que não sejam incorretas, capciosas ou de outra forma violem a privacidade ou outros direitos da criança. Se, como resultado da audiência, o órgão público resolver que as informações são incorretas ou capciosas, ou de outra forma violam a privacidade ou direitos da criança, deve o mesmo alterar as informações pertinentes, e informar aos pais do ocorrido, por escrito. Se, como resultado da audiência, o órgão público resolver que as informações são incorretas ou capciosas, ou de outra forma violam a privacidade ou direitos da criança, deve informar aos pais sobre o direito de acrescentar aos registros que mantém da criança, uma averbação sobre as informações ou que expliquem os motivos de desacordo com a decisão do órgão público. Toda explicação averbada aos registros da criança deve:• Ser mantida pelo órgão público como parte dos registros da criança pelo tempo em que o registro ou a parte contestada deste

for mantido pelo órgão público; e• Se os registros da criança ou a parte contestada forem divulgados pelo órgão público para terceiros, divulgar também

a explicação.

Procedimento para destruir informações

Cabe ao órgão público informar aos pais quando as informações de identificação pessoal, angariadas, mantidas ou usadas por força da IDEA já não forem mais necessárias para o provimento de serviços educacionais para a criança. As informações devem ser destruídas mediante solicitação dos pais. Outrossim, um registro permanente do nome, endereço e número de telefone do aluno, a notas do aluno, controle de freqüência, disciplinas cursadas, série concluída e o ano de conclusão podem ser mantidos sem restrição quanto ao tempo.

Direitos das crianças

O MSDE adota políticas e procedimentos que dão aos alunos direito de privacidade semelhantes aos que são dados aos pais, e condizentes com as idades e deficiência dos alunos. Por força dos regulamentos do FERPA, os direitos dos pais sobre os registros escolares da criança são transferidos para a mesma ao completar 18 anos, salvo se a deficiência da criança torna a criança incompetente, conforme previsto por lei estadual. Se os direitos conferidos aos pais pela Parte B da IDEA forem transferidos para um aluno que atingiu a maioridade, conforme previsto no §300.517, os direitos sobre os registros escolares previstos no §§300.562-300.573 também devem ser transferidos para o aluno. Outrossim, o órgão público deve enviar, ao aluno e aos pais, toda notificação prevista na seção 615 da IDEA.

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Informações sobre disciplina

O órgão público pode incluir nos registro de um aluno portador de deficiência, menção sobre ação disciplinar em andamento ou anterior tomada contra a criança e transmitir essa menção, da mesma forma que a informação sobre a ação disciplinar é incluída e transmitida com os registros de alunos sem deficiência. A menção deve incluir uma descrição de comportamento da criança que exigiu ação disciplinar, descrição da ação disciplinar adotada e quaisquer outras informações relevantes para a segurança da criança e das pessoas envolvidas com a criança. Se uma criança é transferida para outra escola, a transmissão dos registros da criança deve incluir o programa IEP atual e toda menção de ação disciplinar atual ou anterior que tenha sido tomada contra a criança.

PARTE X – DISCIPLINA DE ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

Definições

Para fins desta parte, aplicam-se as seguintes definições:

• Substância controlada significa uma droga ou outras substâncias identificadas nas tabelas I, II, III, IV ou V da seção 202(c) da Lei de Substâncias Controladas (21 U.S.C. 812(c).

• Drogas ilegais significa uma substância controlada, mas não inclui substância cuja posse seja legal ou que seja usada sob a supervisão de um profissional de saúde licenciado, ou cuja posse seja legal ou usada sob qualquer outra autoridade por força da IDEA ou sob outra disposição da lei federal.

• Arma tem o significado atribuído ao termo "arma perigosa", no parágrafo (2) da primeira subseção (g) da seção 930 do título 18, Código dos Estados Unidos.

Alteração de colocação

Para fins de remoção de um aluno portador de deficiência da colocação escolar atual, por motivo de disciplina, de acordo com a IDEA e COMAR 13A.08.03, uma alteração de colocação ocorre se o aluno portador de deficiência:• For afastado da colocação atual por mais de 10 dias letivos consecutivos; ou• For sujeito a uma série de afastamentos que constituam um padrão de afastamento que some mais de 10 dias de aula durante

um ano letivo.

Para estabelecer se o afastamento constitui um padrão de afastamento, a equipe do IEP deve considerar:• A duração de cada afastamento;• O tempo total de afastamento da criança; e• A proximidade entre cada afastamento.

Autoridade dos educadores

Afastamento de um aluno portador de deficiência por menos de 10 dias consecutivos de aula

Um aluno portador de deficiência não poderá ser afastado da colocação atual por mais de 10 dias consecutivos de aulas, por eventual violação das normas da escola, da mesma forma que alunos sem deficiência são afastados. O órgão publico não é obrigado a prestar serviços a um aluno portador de deficiência se os serviços não são prestados a alunos sem deficiência.

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Afastamento de um aluno portador de deficiência por mais de 10 dias de aula

Um aluno portador de deficiência pode ser afastado da colocação atual por até 10 dias consecutivos de aulas para cada incidentes de má conduta, durante um ano letivo, se o efeito acumulativo desses afastamentos não constituir uma alteração de colocação. No caso de período de afastamento após o aluno portador de deficiência ter sido afastado pelo equivalente acumulado de 10 dias de aula, durante um ano letivo, o diretor deve consultar o professor de educação especial da criança para determinar quais serviços prestar, para que a criança possa:• Progredir no curso básico; e• Avançar no preenchimento dos objetivos previstos no IEP da criança.

Ambiente educacional alternativo temporário

A criança pode ser remanejada para um ambiente educacional alternativo temporário durante até 45 dias, se:• A criança levar para a escola ou possuir uma arma na escola ou em atividade da escola;• A criança, intencionalmente possuir ou usar drogas ilegais na escola ou durante atividades da escola; ou• Vender ou promover a venda de substância controlada na escola ou em atividade da escola.

A equipe do IEP deve estabelecer qual será o ambiente educacional alternativo temporário. Todo ambiente educacional alternativo temporário para o qual a criança for encaminhada deve ser selecionado para permitir que a criança:

• Continue a progredir no curso básico, embora em outro ambiente;• Continue a receber a educação especial e serviços correlatos, e alterações, inclusive as descritas no IEP atual da criança,

que permitirão que a criança atinja os objetivos estabelecidos no IEP; e• Receba os serviços e alterações para corrigir o comportamento que resultou na ação disciplinar, para que não volte

a ocorrer.

Notificação aos pais

Na data em que o diretor decidir afastar um aluno portador de deficiência da colocação atual, por ter violado uma norma da escola, o diretor deve informar sua decisão aos pais e fornecer a notificação de salvaguardas do processo aos pais.

Avaliação de comportamento funcional/Plano de intervenção de comportamento

A equipe do IEP deverá se reunir no prazo de 10 dias úteis a partir do afastamento do aluno portador de deficiência, para desenvolver um plano de avaliação, se a equipe não houver:• Elaborado uma avaliação de comportamento funcional; e• Implementado um plano de intervenção de comportamento para corrigir o comportamento, antes do comportamento ocorrer, e

que resultou no afastamento da criança.

Assim que possível, após a conclusão das avaliações julgadas apropriadas pela equipe do IEP, a equipe do IEP deverá se reunir para desenvolver as intervenções de comportamento adequadas para corrigir o comportamento e implementar o plano de intervenção de comportamento. Se já existir um plano de intervenção de comportamento para a criança, a equipe do IEP deve ser reunir no prazo de 10 dias úteis após o afastamento, para rever o plano de intervenção de comportamento para corrigir o comportamento que resultou no afastamento. A finalidade é determinar se o plano de intervenção de comportamento ou a implementação do plano de intervenção de comportamento precisam ser alteradas para corrigir o comportamento. Para afastamentos disciplinares posteriores da criança, além dos primeiros 10 dias de aula do ano letivo, a equipe do IEP deve se reunir para rever o plano de intervenção de comportamento da criança. A equipe do IEP deve alterar o plano de intervenção de comportamento e sua implementação, desde que a equipe do IEP julgue necessário.

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Autoridade do Juiz da Audiência

Um Juiz de Direito Administrativo (ALJ) pode decretar uma mudança de colocação para um ambiente educacional alternativo temporário, por prazo de não mais do que 45 dias, se o ALJ, durante audiência acelerada de justo processo:• Decretar que o órgão público demonstrou, através de provas substanciais, que manter a colocação atual do aluno portador de

deficiência poderá causar danos corporais à criança ou outros. Conforme usado nesta parte, provas substanciais significam provas além das preponderantes.

• Considerar se a colocação atual da criança é apropriada;• Considerar se o órgão público empreendeu esforços razoáveis para minimizar a ocorrência de riscos na colocação atual da

criança, inclusive o uso de ajuda e serviços complementares; e• Estabelecer que o ambiente educacional alternativo temporário proposto pelo órgão público, após consulta ao professor de

educação especial da criança, deve permitir que a criança:• Continue a progredir no curso básico, embora em outro ambiente;• Continue a receber a educação especial e serviços correlatos, e alterações, inclusive as descritas no IEP atual da criança,

que permitirão que a criança atinja os objetivos estabelecidos no IEP; e• Receba os serviços e alterações para corrigi o comportamento que resultou na ação disciplinar, para que não volte a ocorrer.

Deliberação sobre manifestação

A equipe do IEP deve se reunir para estabelecer se o comportamento da criança, que resultou no afastamento disciplinar, é uma manifestação da deficiência da criança, quando esta:• Estiver sujeita a afastamento que constitui uma alteração de colocação;• Portar ou possuir uma arma na escola ou em atividade da escola;• Intencionalmente possuir ou usar uma droga ilegal enquanto estiver na escola ou durante uma atividade da escola, ou• Vender ou promover a venda de substância controlada na escola ou em atividade da escola.

A equipe do IEP deve se reunir no prazo de 10 dias de aula a partir da data em que o diretor toma uma ação disciplinar para o afastamento do aluno portador de deficiência, para estabelecer:• Se o comportamento da criança, que resultou no afastamento disciplinar é uma manifestação da deficiência da criança; e• Os serviços que devem ser prestados durante o afastamento, para garantir o provimento da FAPE.

Essa revisão pode ser feita durante a mesma reunião do IEP convocada para desenvolver um plano de avaliação, se a equipe do IEP não houver feito uma avaliação do comportamento funcional e implementado um plano de intervenção de comportamento para tratar do comportamento antes dele ocorrer, que resultou no afastamento da criança.

Ao estabelecer se o comportamento da criança foi uma manifestação de sua deficiência, a equipe do IEP e outro pessoal qualificado deve considerar todas as informações relevantes que dizem respeito ao comportamento que resultou na ação disciplinar, inclusive:• Resultados da avaliação e diagnóstico, inclusive os resultados das informações relevantes fornecidas pelos pais da criança;• Observações da criança; e• O IEP e a colocação da criança.

Para estabelecer que o comportamento sujeito à ação disciplinar não é uma manifestação da deficiência da criança, a equipe do IEP e outro pessoal qualificado deve estabelecer que:• O IEP da criança é adequado;• Os serviços especiais de educação, a ajuda e os serviços complementares e as estratégias de intervenção de comportamento

foram fornecidas conforme previstas no IEP e pela colocação;• A colocação atual da criança é adequada;• A deficiência não prejudicou a capacidade da criança de entender o impacto e conseqüências de seu comportamento; e• A deficiência não prejudicou a capacidade da criança de controlar o comportamento. Caso uma das determinações acima

expostas não for pertinente, a equipe do IEP deve considerar o comportamento como uma manifestação da deficiência da criança.

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Se a equipe do IEP, e outro pessoal qualificado, estabelecer que o comportamento da criança é uma manifestação da deficiência da criança, a equipe do IEP deve, à medida que pertinente: • Revisar o IEP da criança, de formas que aborde os serviços necessários;• Revisar o plano de intervenção de comportamento da criança, para que corrija o comportamento;• Rever a colocação da criança; e• Implementar os serviços, o mais breve possível.

Se a equipe do IEP estabelecer que o comportamento não é uma manifestação da deficiência da criança, esta pode ser disciplinada da mesma forma que o são os alunos sem deficiência, incluindo um período de suspensão ou expulsão, aplicável aos alunos sem deficiência. A equipe do IEP deve estabelecer até que ponto os serviços são necessários durante o período da suspensão ou expulsão, para permitir que a criança tenha rendimento adequado no curso básico e atinja os objetivos estabelecidos no IEP da criança.

Quando do início das ações disciplinares acima descritas, o diretor deverá transferir os registros de educação especial e disciplinares para o superintendente municipal.

Para alunos que ainda não estão habilitados a receber Educação Especial e Serviços Correlatos

No caso de criança que não foi considerada habilitada para receber educação especial e serviços correlatos por força da IDEA, e que tenha exibido comportamento que violou normas ou códigos de conduta do órgão público, inclusive um dos tipos de comportamento descritos sob Autoridade dos educadores ou Autoridade do Juiz da Audiência, os pais poderão fazer valer quaisquer uma das proteções previstas na IDEA, se o órgão público tinha conhecimento de que a criança era um aluno portador de deficiência antes de exibir o comportamento que precipitou a aplicação da ação disciplinar.

Deve-se pressupor que órgão público tem conhecimento de que a criança é um aluno portador de deficiência, se:• Os pais da criança manifestaram sua preocupação por escrito (ou verbalmente, se os pais não souberem escrever ou tenham

uma deficiência que os impeça de redigir uma declaração) para a equipe do órgão público, sobre o fato da criança precisar de educação especial e serviços correlatos;

• O comportamento ou desempenho da criança demonstrar a necessidade desses serviços;• Os pais da criança solicitarem uma avaliação da criança; ou• O professor da criança, ou outro pessoal do órgão público manifestarem preocupação sobre o comportamento ou desempenho

da criança para o diretor de educação especial do órgão público, ou para outros, de acordo com o sistema estabelecido do órgão para localizar criança ou encaminhamento para educação especial.

Deve-se pressupor que órgão público não tem conhecimento de que a criança é um aluno portador de deficiência, se o órgão público: • Conduzir uma avaliação e determinar que a criança não é um aluno portador de deficiência, conforme previsto na IDEA, ou• Determinar que a avaliação não é necessária; e• Fornecer aos pais uma notificação por escrito, condizente com os requisitos de envio de notificação, sobre sua determinação de

que a criança não é uma aluno portador de deficiência, conforme comprovado pela avaliação.

Se o órgão público não tiver conhecimento de que a criança é um aluno portador de deficiência antes de proceder às ações disciplinares contra a criança, esta pode ficar sujeita às mesmas medidas disciplinares que as aplicadas aos alunos sem deficiência, que se comportem de forma semelhante.

Se for feita solicitação de avaliação de uma criança durante o período em que a criança está sujeita às medidas disciplinares, a avaliação deverá ser conduzida de forma acelerada. Até que a avaliação seja concluída, a criança deve permanecer na colocação escolar estabelecida pelas autoridades da escola, o que pode incluir suspensão ou expulsão sem serviços educacionais. Se ficar determinado que a criança é um aluno portador de deficiência, com base nas informações fornecidas pela avaliação feita pelo órgão e informações fornecidas pelos pais, o órgão deve fornecer a educação especial e serviços correlatos para garantir o provimento da FAPE.

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Recurso das decisões relacionadas à disciplina

Salvo se mencionado abaixo, aplicam-se os requisitos e procedimentos para justo processo, conforme descrito na Parte XIV –

Solução de conflitos, se os pais solicitarem uma audiência de justo processo para contestar a determinação de manifestação, feita pela equipe do IEP, que alega que o comportamento não é uma manifestação da deficiência da criança.

Se os pais da criança concordarem com a determinação de que o comportamento não foi uma manifestação da deficiência da criança, ou com qualquer decisão concernente à colocação sob os procedimentos de disciplina, os pais podem solicitar uma audiência de justo processo. Se os pais solicitarem uma audiência de justo processo, o órgão público deverá providenciar uma audiência de justo processo acelerada.

Ao rever a decisão sobre a determinação de manifestação, o ALJ deve decidir se o órgão público demonstrou que o comportamento da criança não era uma manifestação de sua deficiência, condizente com os requisitos de determinação de manifestação descritos acima emDeterminação de manifestação.. Ao examinar a decisão de colocar a criança em ambiente educacional alternativo temporário, o ALJ deve aplicar os padrões descritos acima em Autoridade do Juiz da Audiência. Se os pais solicitarem uma audiência de justo processo para contestar o ambiente educacional alternativo temporário ou a determinação de manifestação, a criança deve continuar no ambiente educacional alternativo temporário até a decisão do ALJ, ou até o final da colocação de 45 dias, o que primeiro ocorrer, a menos que os pais ou o órgão público concordem em agir de outra maneira.

Se a criança for colocada em ambiente educacional alternativo temporário e os educadores propuserem uma mudança de colocação após o vencimento do ambiente educacional alternativo temporário, durante a pendência do processo de contestação da mudança de colocação proposta, a criança deve permanecer na colocação atual (colocação antes do ambiente educacional alternativo temporário). Se os educadores insistirem ser perigoso manter a criança na atual colocação (colocação antes do afastamento para o ambiente educacional alternativo temporário) durante a pendência do justo processo, o órgão público pode solicitar uma audiência acelerada de justo processo.

Ao deliberar se a criança pode ser colocada em ambiente educacional alternativo temporário ou em outra colocação apropriada, o ALJ deve aplicar os padrões descritos acima em Autoridade do Juiz da Audiência. A colocação decretada pelo ALJ não poderá ser mais longa do que 45 dias. O procedimento pode ser repetido, se necessário.

Encaminhamento às autoridades policiais e judiciárias

Se houver suspeita de que um aluno portador de deficiência cometeu um crime, o órgão público pode reportar o crime às autoridades competentes, da mesma forma que faria se um aluno sem deficiência cometesse uma ofensa. As autoridades municipais e estaduais policiais e judiciárias podem desempenhar suas funções e responsabilidades e aplicar todas as leis federais e estaduais aos crimes que tenham sido cometidos por aluno portador de deficiência. O órgão público que delatar um crime pode enviar cópias do registro de educação especial da criança e os registros disciplinares somente se o envio for permitido pelo FERPA.

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Revisão de 1° de julho de 2002 19

PARTE XI – COLOCAÇÃO DOS ALUNOS EM ESCOLAS PARTICULARES, PELOS PAIS

Colocação de crianças pelos pais, quando envolve a FAPE

A IDEA não exige que o órgão público financie o custo da educação, inclusive da educação especial e serviços correlatos, de aluno portador de deficiência em escola ou instituto particular, se aquele órgão público colocar a FAPE à disposição da criança e os pais preferirem que a criança estude em escola ou instituto particular. Outrossim, cabe ao órgão público incluir a criança entre aquelas cujas necessidades são abordadas com relação aos serviços prestados a alunos portadores de deficiência colocados em escolas particulares pelos pais, de acordo com os regulamentos federais que regem alunos portadores de deficiência matriculados pelos pais in escolares particulares. Os eventuais conflitos entre pais e órgãos públicos quanto à disponibilidade da FAPE e responsabilidade financeira estão sujeitos a audiências de justo processo, conforme previsto pela IDEA. Consulte a Parte XIV – Solução de conflitos

para obter mais informações.

Se os pais de um aluno portador de deficiência, que recebeu previamente educação especial e serviços correlatos, conforme autorizado pelo órgão público, matricularem a criança em pré-escola, escola de ensino primário ou secundário particular, sem o consentimento ou encaminhamento do órgão público, o ALJ ou tribunal pode exigir que o órgão público reembolse os pais pelo custo da matrícula, se o ALJ ou o tribunal decidirem que o órgão público não havia colocado a FAPE à disposição da criança, em tempo hábil, antes da matrícula, e que o ingresso em escola particular é pertinente. A colocação por pais pode ser julgada adequada por um ALJ ou tribunal, mesmo se não preencher os padrões estaduais que regem a educação provida por órgãos públicos.

Restrições de reembolso

O reembolso poderá ser reduzido ou indeferido pelo ALJ ou por um tribunal, se:• Durante a reunião da equipe do IEP da qual os pais participaram, em data mais próxima ao afastamento da criança da escola

pública, os pais informaram à equipe do IEP que estavam recusando a colocação proposta pelo órgão público de prover a FAPE, inclusive declarando sua preocupação e a intenção de matricular a criança em escola pública, às próprias custas; ou

• Pelo menos 10 dias úteis (inclusive dias úteis durante feriados) antes do afastamento da criança da escola pública, os pais não enviaram uma notificação, por escrito, sobre sua intenção de tirar a criança, inclusive sua preocupação sobre a colocação da criança em escola pública; ou

• Se antes de afastarem a criança da escola pública, os pais foram informados pelo órgão público, através da notificação exigida, sobre a intenção deste de avaliar a criança (inclusive uma declaração sobre a finalidade da avaliação que era apropriada e razoável), mas os pais não colocaram a criança à disposição do órgão público para a avaliação; ou

• Após decisão judicial de que as ações por parte dos pais não foram razoáveis.

O custo do reembolso não pode ser reduzido ou indeferido, caso os pais deixem de:• Informar a equipe do IPE, durante a mais recente reunião da equipe do IEP da qual os pais participaram, antes do afastamento

da criança da escola pública, que recusariam a colocação proposta pelo órgão público de prover a FAPE, inclusive declarando sua preocupação e a intenção de matricular a criança em escola particular, às próprias custas; ou

• Enviar notificação ao órgão público sobre sua intenção de retirar a criança, inclusive sua preocupação quanto à colocação da criança em escola pública, pelo menos 10 dias úteis (inclusive dias úteis durante feriados) antes do afastamento da criança da escola pública, se:• Os pais não forem alfabetizados e não souberam escrever em Inglês,• O cumprimento da notificação acima descrita resultaria em prejuízo físico ou emocional grave da criança,• A escola impediu os pais de enviar a notificação, ou• Os pais não receberam a notificação, conforme as exigências sobre envio de notificação da IDEA acima descritas.

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Alunos portadores de deficiência matriculados pelos pais em escolas particulares

O órgão público deve disponibilizar a educação especial e serviços correlatos à criança, de acordo com os regulamentos federais que regem crianças portadoras de deficiência matriculadas pelos pais em escolas particulares. Aluno portador de deficiência, que estude em escola particular não tem direito de receber educação especial e serviços correlatos, no todo ou em parte, aos quais teria direito se estivesse matriculado em escola pública. As decisões que tratam de alunos que receberiam serviços, quais os serviços são prestados, como e onde os serviços serão prestados e como os serviços serão avaliados, são tomadas pelo órgão público após consultar os representantes de crianças de escola particular. Se um aluno portador de deficiência que estuda em escola particular ou de filiação religiosa, recebe educação especial ou serviços correlatos, o órgão público deve convocar e conduzir reuniões para desenvolver, examinar e revisar o plano de serviços para a criança.

Se os pais de um aluno portador de deficiência matricularem a criança em escola particular ou de filiação religiosa, os direitos dos pais de entrar com processo para audiência de justo processo aplicam-se somente a questões de localização da criança. Localização de criança é o processo que os órgãos público utilizam para identificar, localizar e avaliar todos os alunos portadores de deficiência, residentes na área de jurisdição do órgão público, inclusive crianças que estudem em escolas particulares ou de filiação religiosa. Uma pessoa pode dar entrada a queixa por escrito no MSDE quando acreditar que o órgão público deixou de cumprir os regulamentos federais previstos na IDEA, sobre os alunos portadores de deficiência matriculados pelos pais em escolas públicas. Consulte a Parte XIV – Solução de conflitos para obter mais informações.

PARTE XII – SUBSTITUTO DOS PAIS

O órgão público deve garantir a indicação de uma pessoa para agir como substituto dos pais de uma criança, sempre que:• Os pais não podem ser identificados;• O paradeiro dos pais não puder ser encontrado após esforços significativos; ou• A criança estiver sob a guarda do Estado.

O órgão público dispõe de processo para estabelecer se a criança necessita de substituto para os pais e para nomear um substituto de pais para a criança. Um substituto é a pessoa nomeada pelo superintendente escolar municipal para representar a criança, da mesma forma que os pais o fariam durante o processo de tomada de decisão educacional. O substituto de pais pode representar a criança para todos os assuntos relativos à identificação, avaliação e colocação escolar da criança e o provimento da FAPE, inclusive durante processo de recurso.

A pessoa nomeada como substituto: • Não pode ser um empregado de órgão público que esteja envolvido na educação ou atendimento da criança;• Não pode ter interesses que conflitem com os interesses da criança que a pessoa representa; e• Deve ter conhecimentos e aptidões que garantam ser um bom representante da criança.

O órgão público pode selecionar como substituto uma pessoa que seja empregado de órgão privado que preste atendimento somente de caráter não educacional para a criança, e que não tenha nenhum interesse que conflite com o da criança que a pessoa representa, e que tenha conhecimentos e aptidões que garantam ser um bom representante da criança. A pessoa não é considerada um empregado de órgão somente porque essa pessoa é paga por um órgão para ser pai/mãe de guarda ou pai/mãe substitutos.

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PARTE XIII – TRANSFERÊNCIA DO PÁTRIO PODER AO ATINGIR A MAIORIDADE

Por força da IDEA, os pais de aluno portador de deficiência têm determinados poderes no processo de tomada de decisão de educação especial. Pelo que prevê a lei de Maryland, em determinadas circunstâncias restritas, todos os direitos concedidos aos pais por força da IDEA transferem-se para o aluno portador de deficiência. Essa transferência ocorre quando o aluno completa 18 anos de idade, se o aluno não for mais julgado incompetente pelo lei estadual, e se houver documentação provando que: • Os pais não estão disponíveis ou são ignorados, e a criança solicita que o direito dos pais seja transferido para a criança ao

invés de ser nomeado um substituto;• Os pais não participaram da tomada de decisão da educação especial para a criança após várias tentativas do órgão público de

envolver os pais, nos anos anteriores;• Os pais rejeitaram sua participação no processo de tomada de decisão de educação especial;• Os pais não podem participar do processo de tomada de decisão de educação especial devido a prolongada hospitalização,

institucionalização, ou doença ou enfermidade grave de um ou dos dois pais, e os pais consentiram em transferir os direitos para a criança;

• Os pais não podem participar do processo de tomada de decisão de educação especial devido a circunstâncias extraordinárias, além de seu controle, e os pais consentiram em transferir os direitos para a criança; ou

• A criança não reside com os pais e não está sob os cuidados ou custódia de outro órgão público.

Se os pais de aluno portador de deficiência, com quem a criança reside, não consentirem em transferir os direitos para a criança quando esta completar 18 anos, e o aluno não for julgado incompetente pela lei estadual, qualquer uma das duas partes pode dar entrada ao justo processo para determinar se os direitos devem ser transferidos ou não.

Se um aluno portador de deficiência foi representado por um substituto de pai, conforme prevêem as leis e os regulamentos federais e estaduais, o órgão público deve fornecer toda notificação exigida pelas leis e regulamentos federais e estaduais ao aluno e ao pai substituto. Os demais direitos concedidos ao pai substituto por força da IDEA devem ser transferidos para o aluno, se o aluno não houver sido julgado incompetente pela lei estadual, podendo o aluno solicitar a transferência dos direitos.

PART XIV SOLUÇÃO DE CONFLITOS

Procedimento para queixa por escrito

O MSDE adotou procedimentos para a queixa por escrito, para solucionar as queixas apresentadas por pessoa física ou por pessoa jurídica. O MSDE distribui os procedimentos do estado para solução de queixas aos pais e outros interessados, inclusive para o Parents' Place of Maryland, órgãos de defesa, centros de vida indenpendente e outras entidades afins. As pessoas físicas podem obter uma cópia dos procedimentos estaduais para apresentação de queixas, enviando a solicitação por escrito para a Division of Special Education/Early Intervention Services. www.msde.state.md.us.

Apresentação de queixa por escrito ao MSDE

Se uma pessoa física ou jurídica acreditar que uma lei ou um regulamento federal ou estadual que dispõe sobre identificação, avaliação, a colocação escolar da criança e o provimento da FAPE, inclusive o processo de recurso, não estão sendo cumpridos, essa pessoa física ou jurídica tem o direito de entrar com uma queixa por escrito e assinada, endereçada ao Superintendente Adjunto Estadual, Division of Special Education/Early Intervention Services, MSDE, 200 West Baltimore Street, Baltimore, Maryland 21201.

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A queixa por escrito deve conter:• Declaração de que o órgão público violou um requisito de lei ou regulamento federal ou estadual; e• Os fatos que baseiam a declaração.

Deve incluir toda documentação que comprove a(s) alegação(ões). As queixas devem ser submetidas no prazo de 1 (um) ano a partir da data da violação alegada, salvo se um período mais longo for pertinente porque a violação ainda está em andamento. Se o queixoso estiver reivindicando serviços compensatórios, a queixa deve ser submetida no prazo de 3 (três) anos da data da violação alegada. Cabe ao MSDE investigar e declarar o que averiguou no prazo de 60 dias corridos, a partir do recebimento da queixa por escrito. O MSDE pode autorizar uma prorrogação do prazo de 60 dias somente se existirem circunstâncias excepcionais no tocante a uma queixa específica.

O MSDE deve, pelo menos:• Conduzir uma investigação independente no local, se o MSDE estabelecer que a investigação é necessária;• Fornecer ao queixoso a oportunidade de apresentar mais informações, verbais ou por escrito, sobre as alegações constantes

da queixa;• Examinar todas as informações relevantes e apresentar determinação independente quanto ao órgão público ter violado ou não

os requisitos das leis e dos regulamentos federais e estaduais que concernem a identificação, avaliação, a colocação escolar da criança e o provimento da FAPE; e

• Enviar sua decisão, por escrito, para o queixoso, abordando todas as alegações da queixa e as avaliações dos fatos e conclusões, e os motivos da decisão final do MSDE. A decisão final deve incluir os procedimentos para a implementação da decisão final, se necessário, inclusive as atividades de assistência técnica, negociações e ações corretivas para viabilizar o cumprimento.

Solução de queixa

De acordo com a autoridade geral de supervisão do MSDE por força da IDEA, se o MSDE decidir que um órgão público deixou de prestar os serviços adequados, a decisão final, por escrito deve incluir como o órgão público deverá corrigir o indeferimento desses serviços inclusive, desde que pertinente, decretar o reembolso monetário ou outra ação ou ações corretivas apropriadas para as necessidades da criança, e prestar serviços pertinentes no futuro, para todos os alunos portadores de deficiência.

Queixas e Audiência de justo processo

Se o MSDE receber uma queixa por escrito como parte de uma audiência de justo processo, ou se uma queixa por escrito reunir vários problemas, dos quais um ou mais façam parte da audiência, o MSDE deve reservar a parte da queixa que será incluída na audiência de justo processo até a conclusão da mencionada audiência de justo processo. Outrossim, toda questão constante da queixa que não for parte da audiência de justo processo deve ser resolvida durante o prazo e de acordo com os procedimentos acima descritos. Se uma questão levantada em queixa já houver sido resolvida anteriormente em audiência de justo processo, envolvendo as mesmas partes, a decisão da audiência obriga as partes, e o MSDE deverá informar o queixoso a esse respeito. Queixas alegando que um órgão público deixou de implementar uma decisão resultante de audiência de justo processo serão resolvidas pelo MSDE.

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Procedimento para mediação

Cabe a todo órgão público garantir que procedimentos sejam estabelecidos e implementados, para permitir que as partes (pais ou órgãos públicos) resolvam satisfatoriamente o litígio que envolva proposta, recusa ou consentimento de identificação, avaliação, colocação escolar, o provimento da FAPE ou procedimentos disciplinares através de processo de mediação. A mediação deve, pelo menos, estar disponível quando há solicitação de audiência de justo processo. Os procedimentos devem garantir que o processo de mediação seja um processo voluntário, à disposição dos pais ou do órgão público. A solicitação de mediação não pode ser usada para indeferir ou retardar os direitos de qualquer uma das partes, previstos nas leis e nos regulamentos estaduais.

Um funcionário do órgão de audiências administrativas (Office of Administrative Hearings – OAH), selecionado por critério de turnos, que seja habilitado, imparcial e tenha recebido treinamento em técnicas e condutas de mediação eficiente. Uma pessoa que atue como mediadora não é funcionário de órgão público ou órgão estadual responsável pela prestação dos serviços aos alunos portadores de deficiência, ou do MSDE. O mediador não deve ter conflito de interesse pessoal ou profissional. Uma pessoa que esteja qualificada para atuar como mediador não é funcionário de órgão público ou órgão estadual responsável pela prestação de serviços a alunos portadores de deficiência, ou do MSDE, simplesmente porque essa pessoa é paga pelo estado para atuar como mediador.

• O MSDE paga os custos do processo de mediação, inclusive o custo da reunião com os pais, para promover a mediação. • O MSDE mantém uma lista de pessoas qualificadas em mediação, que conhecem as leis e os regulamentos relacionados ao

provimento de educação especial e dos serviços correlatos.• A solicitação de mediação deve ser apresentada por escrito ao órgão público responsável pela educação da criança. O

requerimento Mediação/Solicitação de justo processo, criado pelo MSDE e OAH, está disponível no órgão público da área da escola onde a criança estuda. Para obter assistência, entre em contato com os escritórios de educação especial do órgão público.

• Cabe ao órgão público, no prazo de 3 (três) dias a partir do recebimento da solicitação de mediação, por escrito, a responsabilidade de enviar um fax sobre a solicitação por escrito para o OAH.

• Os pais ou o órgão público podem ser acompanhados e assessorados por advogado durante a mediação. • A sessão de mediação será marcada para ser realizada no prazo de 20 dias após o recebimento da solicitação por escrito, num

local conveniente tanto para os pais como para o órgão público. • As sessões de mediação são fechadas ao público. As discussões mantidas durante a mediação são confidenciais e não podem

ser usadas como prova em audiências posteriores de justo processo ou ação civil. Os pais ou o órgão público poderão receber a solicitação de assinar um termo de compromisso de confidencialidade antes do início da audiência.

• O acordo avençado entre as partes do litígio durante o processo de mediação, deve constar por escrito de acordo de mediação.

Reunião para promover a mediação

O órgão público pode estabelecer procedimentos para exigir que os pais que optaram por não recorrer à mediação, reúnam-se em data e local conveniente para os pais, com uma parte imparcial, contratada pela Parents' Place of Maryland, Inc., Families Involved Together, Inc. ou uma entidade alternativa de resolução de litígios, que possa explicar os benefícios do processo de mediação e incentivar os pais para que o adotem. É vedado ao órgão público recusar ou retardar o direito dos pais à audiência de justo processo, se os pais deixarem de participar da reunião para incentivá-los a usar a mediação.

Audiências de justo processo

Cabe aos pais ou ao órgão público providenciar a audiência de justo processo sobre questão relativa à proposta, indeferimento ou consentimento de identificação, avaliação, colocação escolar e o provimento da FAPE, ou questões disciplinares. Consulte a

Parte X – Disciplina de alunos portadores de deficiência para obter mais informações. Sempre que for dada entrada a uma audiência de justo processo, cabe ao órgão público informar aos pais sobre a possibilidade de mediação. Cabe ao órgão público dar aos pais uma cópia de todas as salvaguardas do processo e informar aos pais sobre serviços gratuitos ou de baixo custo jurídicos ou outros, disponíveis na área. A qualquer tempo, mediante solicitação dos pais, o órgão público deve fornecer aos pais as informações sobre serviços gratuitos ou de baixo custo jurídicos ou outros, disponíveis na área.

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Notificação aos pais

O requerimento Mediação/Solicitação de audiência de justo processo, criado pelo MSDE e OAH, está disponível no órgão público da área da escola onde a criança estuda. É vedado ao órgão público recusar ou retardar o direito dos pais a audiência de justo processo, porque os pais deixaram de apresentar uma solicitação por escrito. Para obter assistência para preencher o requerimento, entre em contato com os escritórios de educação especial do órgão público. Uma solicitação de audiência de justo processo feita pelos pais ou pelo advogado que representar a criança, deve ser elaborada por escrito e enviada para o órgão público responsável pela educação da criança, e pode incluir: • O nome da criança;• O endereço da residência da criança;• O nome da escola onde a criança estuda;• Descrição do(s) problema(s) ou área(s) de conflito entre o que o órgão público está propondo, recusando ou alterando,

inclusive fatos relacionados ao problema; e• Uma proposta de solução para o problema ou litígio, na medida em que os pais tenham conhecimento e acesso na ocasião.

No prazo de 3 (três) dias a partir do recebimento da solicitação de audiência de justo processo, por escrito, cabe ao órgão público a responsabilidade de enviar um fax sobre a solicitação por escrito para o OAH. Por ocasião do início da audiência de justo processo, cabe também ao OAH informar aos pais sobre os serviços gratuitos ou de baixo custo jurídicos ou outros, disponíveis na área. Cabe ao órgão público responsabilidade de informar aos pais sobre o possível reembolso dos custos advocatícios incorridos como resultado da audiência de justo processo ou ação judicial. Consulte a Parte XV – Honorários advocatícios para obter

mais informações.

Juiz da audiência imparcial

Cabe ao OAH nomear, a partir de uma relação de ALJ aprovados, um ALJ para atuar como juiz imparcial de audiência. A relação deve incluir menção das qualificações de cada uma dessas pessoas. Um ALJ não é funcionário do órgão público ou de qualquer órgão público envolvido na educação ou atendimento da criança, e não deve ter interesse pessoal ou profissional que cause conflito com a objetividade da audiência. O ALJ não é funcionário do órgão público simplesmente por ser pago para atuar como Juiz da Audiência. O OAH deve marcar a audiência de justo processo para 30 dias após o recebimento da solicitação por escrito. O OAH deve notificar os pais e o órgão público sobre o direito de mediação, se a mediação não foi solicitada.

Um ALJ deve conduzir a audiência de justo processo de acordo com os requisitos das leis e dos regulamentos federais e estaduais pertinentes. Durante a audiência de justo processo, o ALJ pode:• Após examinar o registro escolar da criança, recusar todo pedido de revisão que não se relacione a uma questão que diga

respeito à identificação, avaliação, colocação escolar de um aluno, ou do provimento da FAPE;• Exigir que os pais e o órgão público participem de conferência pré-audiência, antes da audiência de justo processo;• Ouvir todo depoimento considerado relevante;• Exigir uma avaliação independente e/ou convocar um perito imparcial para testemunhar no diagnóstico ou educação de alunos

portadores de deficiência, sendo que esse depoimento constará dos autos e cujas custas serão pagas pelo MSDE.

Direitos de audiência de justo processo

Toda parte de audiência de justo processo tem direito de: • Ser acompanhada ou assessorada por pessoas com conhecimentos especiais ou treinamento sobre os problemas de alunos

portadores de deficiência;• Apresentar provas e contestar, fazer interrogatório cruzado e obrigar a presença de testemunhas;• Proibir a apresentação de provas durante a audiência, que não tenham sido apresentadas pela parte, pelo menos 5 (cinco) dias

úteis antes da audiência;• Obter os autos do processo por escrito, ou a critério dos pais, uma versão eletrônica; e• Obter as avaliações dos fatos por escrito, ou a critério dos pais, uma versão eletrônica.

Pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes da audiência, cada uma das partes deve divulgar para as demais todas as avaliações feitas até aquela data, e as recomendações baseadas nas avaliações da parte que a mesma pretende usar na audiência. O Juiz da Audiência pode barrar qualquer uma das partes que deixar de cumprir o requisito de apresentar a avaliação ou recomendações relevantes durante a audiência de justo processo sem o consentimento da outra parte.

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Direitos dos pais durante audiência de justo processo

Cabe as pais envolvidos em audiências de justo processo o direito da presença da criança objeto da audiência, e abrir a audiência para o público. Os autos e avaliações dos fatos da audiência e as decisões devem ser fornecidos gratuitamente para os pais. Cabe aos pais o direito de inspecionar e examinar, em momentos oportunos, antes da audiência de justo processo, todos os registros escolares da criança, conforme descritos na Parte IX – Procedimento quanto aos registros escolares.

Prazos e conveniência das audiências de justo processo

• O ALJ é obrigado a dar a decisão final e a decisão deve ser enviada pelo correio para os pais e o órgão público, no prazo de 45 dias após receber a solicitação por escrito, de uma audiência.

• O ALJ pode prorrogar o prazo para mais de 45 dias, mediante solicitação de qualquer uma das partes.• O ALJ deve transmitir uma cópia da decisão da audiência para o MSDE, após o fechamento dos autos da audiência.• Toda audiência de justo processo que inclua sustentação verbal deve ser conduzida em data e local de conveniência para os pais

e a criança envolvida. • Cabe ao MSDE transmitir a(s) decisão(ões) ao Comitê Consultivo Estadual e colocar as decisões à disposição do público, de

forma condizente com os requisitos estaduais e federais de confidencialidade, após remover todas as informações de identificação pessoal.

Audiência de justo processo acelerada

Se, por ocasião de solicitação de audiência de justo processo, a criança não estiver matriculada e não freqüentar um programa de educação, ou a audiência versar sobre um problema de disciplina, a audiência será marcada em caráter acelerado. A audiência de justo processo acelerada deve preencher os requisitos dos direitos de audiência de justo processo acima mencionados. Independentemente de qual parte (pais ou órgão público) solicitar a audiência de justo processo acelerada, o prazo permanece o mesmo. Todas as solicitações para uma audiência acelerada serão consideradas pelo OAH A audiência de justo processo acelerada deve ser realizada no prazo de 20 dias após recebimento da solicitação e a decisão será emitida por escrito no prazo de 15 dias corridos após a audiência de justo processo acelerada.

Situação da criança durante o processo

A criança permanecerá no ambiente atual de educação, dependendo do processo administrativo e judicial, salvo se os pais ou órgão público avençarem em contrário. Em se tratando de ingresso inicial na escola pública, a criança deve ser colocada em escola pública, se os pais consentirem, dependendo da conclusão de todos os processos administrativos e judiciais, salvo se os pais ou órgão público avençarem em contrário. Se a decisão do ALJ for no sentido de concordar com os pais da criança que uma mudança de colocação é apropriada, a mudança deve ser tratada como um acordo entre o estado ou órgão público municipal e os pais da criança. Para obter mais informações sobre colocação durante recursos de ação disciplinar, Consulte a Parte X – Disciplina de alunos portadores

de deficiência.

Ação civil

A decisão do ALJ é final, salvo se recorrida por um dos pais ou pelo órgão público. Toda parte prejudicada pelos fatos e decisões tem direito a dar entrada a ação civil com relação à queixa apresentada durante a audiência de justo processo. Os pais podem dar entrada a uma ação civil em qualquer tribunal estadual competente ou em tribunal de circuito dos Estados Unidos, sem considerar o valor em litígio, no prazo de 180 dias após a decisão final ser passada. Nenhuma disposição desta parte restringe ou limita os direitos, procedimentos e recursos disponíveis previstos na Constituição, ou na Lei sobre Americanos com Deficiência de 1990, Título V da Lei de Reabilitação de 1973 ou outras leis federais que protegem alunos portadores de deficiência. Exceto que, antes de dar entrada à ação civil por força dessas leis, os pais ou órgão público devem ter esgotado todos os procedimentos para audiência de justo processo com o OAH, conforme previsto na seção 615 da IDEA.

Cabe ao tribunal, em qualquer ação: • Receber os autos da audiência de justo processo;• Ouvir os depoimentos adicionais, mediante solicitação de um dos pais ou do órgão público;• Basear sua decisão na preponderância das provas; e• Conceder o amparo que julgar ser pertinente.

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PARTE XV – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Para toda ação ou processo abertos por força da seção 615 da IDEA, o tribunal pode decidir que os honorários advocatícios façam parte dos custos incorridos pelos pais do aluno portador de deficiência, sendo eles a parte vencedora. Os recursos previstos na Parte B da IDEA não podem ser usados para pagar os honorários advocatícios ou custos de uma parte incorridos com ação ou processo previsto na seção 615 da IDEA. Esse fato não impede o órgão público de usar os recursos previstos na Parte B da IDEA para conduzir uma ação ou um processo conforme estabelecido no 615 da IDEA. Considerando-se que o direito dos pais de reaver os honorários advocatícios depende de atenderem determinadas condições estabelecidas na IDEA, os pais devem discutir a questão com seu advogado.

O valor dos honorários advocatícios estipulado pelo tribunal deve estar de acordo com: • Os honorários previstos na seção 615(i)(3) da IDEA devem ser baseados os emolumentos adotados pela comunidade onde a

ação ou processo teve início, para o tipo e qualidade de serviços prestados.• É vedado o uso de bônus ou multiplicador para o cálculo dos honorários concedidos.

Proibição de honorários advocatícios e custos afins

Os honorários advocatícios não podem ser concedidos e custos afins não podem ser reembolsados por ação ou processo previsto na seção 615 da IDEA, por serviços prestados após a data da oferta escrita de acordo para os pais, se: • A oferta for feita no prazo estabelecido na Norma 68 das Normas Federais do Processo Civil, ou, no caso de processo

administrativo, em qualquer prazo de mais de 10 dias antes do início do processo;• A oferta não for aceita no prazo de 10 dias; e• O oficial de justiça ou o Juiz da Audiência decidir que o amparo finalmente obtido pelos pais não é mais favorável aos pais do

que a oferta de acordo.

Honorários advocatícios não podem ser cobrados em se tratando de reunião da equipe do IEP, salvo se a reunião for convocada em decorrência de processo administrativo ou ação judicial, ou a critério do estado, para mediação conduzida antes da apresentação da solicitação de audiência de justo processo. Independentemente da proibição dos honorários advocatícios e custos afins acima descritos, poderá ser fixado pagamento de honorários advocatícios e custos afins aos pais que forem a parte vencedora, e que tenham tido justificativa plausível para recusar a oferta de acordo.

Redução dos honorários advocatícios ou custos afins

O tribunal reduz o valor dos honorários advocatícios fixados por força da seção 615 da IDEA, se o tribunal determinar que:• Os pais, durante o andamento da ação ou processo, retardaram por motivo injustificável, a solução final do litígio;• O valor dos honorários advocatícios autorizados excedem os honorários cobrados por hora que prevalecem na comunidade,

para serviços semelhantes prestados por advogados de competência, reputação e experiência equivalentes;• O tempo despendido e os serviços jurídicos prestados tenham sido excessivos, considerando-se a natureza da ação ou do

processo; ou• O advogado que representou os pais não forneceu ao órgão público as informações necessárias, na solicitação de audiência de

justo processo.

Exceção à Redução dos honorários advocatícios ou custos afins

A redução dos honorários advocatícios ou custos afins não se aplica se o órgão público:• Tiver retardado, por motivo injustificável, a solução final da audiência de justo processo ou o processo judicial; ou • Violou as disposições da seção 615 da IDEA.