s . e . m . a . n . a - · pdf fileporto alegre, 16 de março de 2012 / nº 11 /...

7
Porto Alegre, 16 de março de 2012 / nº 11 / Ano XVII / www.fiergs.org.br S . E . M . A . N . A E XPORTAÇÕES GAÚCHAS APRESENTAM QUEDA DE 2,6% As indústrias gaúchas fecharam fevereiro com queda de 2,6% nas suas exportações, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor foi responsável por 87,66% das ven- das externas do Estado, que somaram US$ 1,18 bilhão. De acordo com o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, entre os fatores que explicam o resultado está a perda de US$ 40 milhões nos embarques para a Ar- gentina, que totalizaram US$ 103 milhões no mês, devido ao acirramento das barreiras impostas pelo país vizinho. As desacelerações ocorreram em 12 dos 25 segmentos. As fortes retrações vieram de Couro e Calçados (-31,9%), Veículos Automo- tores e Carrocerias (-21%), Químicos (-14,9%) e Máquinas e Equipamentos (-11,4%). Juntos, responderam por 33,9% dos embarques do setor industrial. “As indústrias gaúchas têm uma forte vocação exportadora, tornando o Rio Grande do Sul mais exposto à contração da demanda provocada pela crise internacio- nal. O câmbio valorizado, os altos custos de produção e as deficiências de infraestrutura e logística também atuam no sentido de di- minuir a competitividade dos exportadores”, explicou Müller, destacando que o resultado ficou bem abaixo da média brasileira, cujo avanço chegou a 6,5% em fevereiro. Já as vendas totais do Estado tiveram uma elevação de 1,4% devido aos bons resultados das commodities, principalmente da soja, cujo valor passou de zero para US$ 30 milhões. Apesar desse aumento, ainda não é possível avaliar os impactos da estiagem na balança comercial, pois, em 2011, as vendas externas dessa mercadoria ocorreram mais tardiamente, a partir de abril. As exportações do setor primá- rio, em fevereiro, avançaram 52,9%, ante igual período de 2011, elevando a sua participação na pauta gaúcha de 7,5% para 11,2%. No que se refere aos destinos, os Esta- dos Unidos garantiram o primeiro lugar ao receberem 10,2% dos produtos gaúchos enviados ao Exterior, principalmente tabaco não manufaturado e hidrocarbonetos. Na segunda posição, a Argentina respondeu por 8,8% de tudo que o Rio Grande do Sul vendeu, apesar de ter diminuído os seus pedidos em 28%, em relação ao ano passado. Os produtos exportados ao país vizinho se concentraram em éteres e polietilenos. Em seguida vem a China, comprando 5% do total, especialmente óleo de soja e pasta química de madeira. O Rio Grande do Sul foi o quinto Estado que mais exportou no mês passado, so- mando 6,6% da pauta brasileira. A primeira posição ficou com São Paulo (22,8%), seguido por Minas Gerais (14,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Paraná (7%). As importações do Estado avançaram 0,3% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, e somaram US$ 1,08 bilhão. Aproximadamente 80% das compras se concentraram em bens intermediários e combustíveis e lubrificantes. O saldo da balança comercial fechou positivo em US$ 97 milhões. PRINCIPAIS DESTINOS DAS VENDAS EXTERNAS NO RS - FEV (em US$ milhões)

Upload: duonglien

Post on 10-Feb-2018

221 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Po r to A l e g re, 1 6 d e m a rço d e 2 0 1 2 / n º 1 1 / A n o X V I I / w w w. f i e rg s. o rg. b r

S . E . M . A . N . A

exportAções GAúcHAs ApresentAm quedA de 2,6%

As indústrias gaúchas fecharam fevereiro com queda de 2,6% nas suas exportações, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor foi responsável por 87,66% das ven-das externas do Estado, que somaram US$ 1,18 bilhão. De acordo com o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, entre os fatores que explicam o resultado está a perda de US$ 40 milhões nos embarques para a Ar-gentina, que totalizaram US$ 103 milhões no mês, devido ao acirramento das barreiras impostas pelo país vizinho.

As desacelerações ocorreram em 12 dos 25 segmentos. As fortes retrações vieram de Couro e Calçados (-31,9%), Veículos Automo-tores e Carrocerias (-21%), Químicos (-14,9%) e Máquinas e Equipamentos (-11,4%). Juntos, responderam por 33,9% dos embarques do setor industrial. “As indústrias gaúchas têm uma forte vocação exportadora, tornando o Rio Grande do Sul mais exposto à contração da demanda provocada pela crise internacio-nal. O câmbio valorizado, os altos custos de

produção e as defi ciências de infraestrutura e logística também atuam no sentido de di-minuir a competitividade dos exportadores”, explicou Müller, destacando que o resultado fi cou bem abaixo da média brasileira, cujo avanço chegou a 6,5% em fevereiro.

Já as vendas totais do Estado tiveram uma elevação de 1,4% devido aos bons resultados das commodities, principalmente da soja, cujo valor passou de zero para US$ 30 milhões. Apesar desse aumento, ainda não é possível avaliar os impactos da estiagem na balança comercial, pois, em 2011, as vendas externas dessa mercadoria ocorreram mais tardiamente, a partir de abril. As exportações do setor primá-rio, em fevereiro, avançaram 52,9%, ante igual período de 2011, elevando a sua participação na pauta gaúcha de 7,5% para 11,2%.

No que se refere aos destinos, os Esta-dos Unidos garantiram o primeiro lugar ao receberem 10,2% dos produtos gaúchos enviados ao Exterior, principalmente tabaco não manufaturado e hidrocarbonetos. Na

segunda posição, a Argentina respondeu por 8,8% de tudo que o Rio Grande do Sul vendeu, apesar de ter diminuído os seus pedidos em 28%, em relação ao ano passado. Os produtos exportados ao país vizinho se concentraram em éteres e polietilenos. Em seguida vem a China, comprando 5% do total, especialmente óleo de soja e pasta química de madeira.

O Rio Grande do Sul foi o quinto Estado que mais exportou no mês passado, so-mando 6,6% da pauta brasileira. A primeira posição fi cou com São Paulo (22,8%), seguido por Minas Gerais (14,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Paraná (7%).

As importações do Estado avançaram 0,3% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, e somaram US$ 1,08 bilhão. Aproximadamente 80% das compras se concentraram em bens intermediários e combustíveis e lubrifi cantes. O saldo da balança comercial fechou positivo em US$ 97 milhões.

PRINCIPAIS DESTINOS DAS VENDAS EXTERNAS NO RS - FEV (em US$ milhões)

A atividade industrial gaúcha iniciou o ano com queda de 2,1%. O resultado de janeiro, em comparação com dezembro, sem os efeitos sa-zonais, mostra a manutenção do ciclo de baixo dinamismo que caracteriza o desempenho do setor desde 2010. “A indústria segue inserida em uma conjuntura econômica pouco favo-rável devido aos efeitos combinados da crise mundial, do crédito restritivo e do acúmulo de estoques, que adiam a retomada da produção”, afirmou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, nesta segunda-feira, ao avaliar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

O resultado foi influenciado principal-mente pelos recuos na massa salarial (-6%) e nas horas trabalhadas na produção (-2,9%), além da estagnação do emprego (0%). Ao mesmo tempo, o faturamento e as com-pras de matérias-primas tiveram atuações tímidas, com crescimentos de 0,2% e 0,5%, respectivamente. “A atividade deve ser reto-mada gradualmente à medida que o excesso de estoques seja eliminado e a redução dos juros e das ações de estímulo ao consumo comecem a impactar na demanda domés-tica. No entanto, os problemas estruturais

que determinam o alto custo de produção e o real valorizado continuarão dificultando uma recuperação mais expressiva da indús-tria gaúcha no curto prazo”, avaliou Müller.

Na comparação anual, o cenário não é muito diferente. Em janeiro, com relação a igual mês do ano anterior, o avanço do IDI-RS foi bastante modesto: 0,5%. Dos 16 setores industriais pesquisados, oito apresentaram expansão, com destaque para Máquinas e Equipamentos (11,1%), Veículos Automo-tores (6%) e Móveis (10,9%).

Já as quedas mais expressivas vieram de Couro e Calçados (-6,2%) e Químicos e Refino de Petróleo (-5,4%). A Utilização da Capacidade Instalada ficou estável em janeiro (0,2%), após sete quedas seguidas, e atingiu o grau médio de 80,8%.

AtividAde dA indústriA

iniciA o Ano em bAixA

Var. (%) Mensal* Mês/ Mês** Acumulado no Ano em 12 MesesÍndice de Desempenho Industrial -2,1 0,5 0,5 0,3Faturamento Real 0,2 0,8 0,8 -1,2Compras Totais 0,5 -2,2 -2,2 -3,7Emprego 0,0 0,4 0,4 1,3Massa Salarial -6,0 3,6 3,6 5,0Horas Trab. na Produção -2,9 -0,6 -0,6 0,4Utilização da Capacidade Instalada 1,5 0,2 0,2 -0,4

IndIcadores do rIo Grande do sul JaneIro - VarIações percentuaIs (%)

FeirA HAnnover: prAzo pArA Aderir à missão é Até diA 23

A missão empresarial prospectiva à Feira Hannover 2012, na Alemanha, ocorre entre 21 e 29 de abril. A iniciativa é arti-culada pela FIERGS, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), com a colaboração do CIN-AL, CIN-CE, CIN-MA, CIN-MG, CIN-MT, CIN-PR, CIN-RN e CIN-SC. As inscrições prosseguem até 23 de março.

A ação faz parte do Programa de Missões Empresariais Prospectivas, desenvolvido pela Rede CIN e coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no âmbito do

Programa AL-Invest IV. Financiado pela Comissão Europeia, o projeto tem como objetivo auxiliar no fortalecimento e na internacionalização das pequenas e médias companhias latino-americanas e a realização de negócios com europeus. No Mercosul, Chile e Venezuela, é implementada e cofi-nanciada por um consórcio de instituições liderado pela CNI. Apoiada pela Apex-Brasil, por meio da sua unidade de atendimento no RS. Informações no e-mail [email protected] ou no telefone (51) 3347-8675.

Polo NavalO Sistema FIERGS estará presente na 1ª Feira do Polo Naval RS, de 20 a 23 de março, na Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Durante o evento, será realizado o 2° Encontro do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore - Gestão 2011-2014, em 21 de março, às 13h30min, na Sala Lagos, no Centro de Eventos da Furg, Cidec Sul (Campus Carreiro). Informa-ções: (51) 3347-8990.

GruPos temáticosA reunião do Grupo Temático de Lo-gística, do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da FIERGS, será no dia 20, às 16h30min. O presidente da Trensurb, Humberto Kasper; e o secretário municipal de Mobilidade Urbana e diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, farão apresentações. Infor-mações: (51) 3347-8749. No dia 22, às 14h, o Grupo Temático de Defesa Co-mercial do Conselho de Relações Inter-nacionais e Comércio Exterior (Concex) receberá o diretor do Departamento de Defesa Comercial do MDIC, Felipe Hees. Informações: (51) 3347-8886.

oPortuNidades comerciaisO Sistema FIERGS, por meio do Concex, promove no dia 22, das 9h às 13h, o seminário 2012 – Incertezas Econômi-cas e Oportunidades Comerciais para as Exportações Gaúchas, na FIERGS. Confirmações pelo telefone (51) 3347-8886, ou pelo [email protected].

ceNário ecoNômico“Como a informação sobre mercados internacionais pode gerar vantagens competitivas para a sua empresa” é o tema do evento que ocorrerá, em 28 de março, uma promoção da FIERGS. Será realizado na sede da entidade, e contará com palestra do economista Ricardo Amorim. Informações: (51) 3347-8629.

NeGociações coletivasO Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab) realiza encontro sobre Negociações Coletivas 2012. O evento ocorre na FIERGS, dia 4 de abril. Informações (51) 3347-8871.

A G E N D A

A escassez de chuvas no Rio Grande do Sul tem prejudicado o desenvolvimento das principais culturas agrícolas, entre as quais se destacam o arroz, feijão, soja e milho. Além dos impactos diretos decorrentes da estiagem, como a diminuição da oferta de grãos no mercado e da renda dos produtores, os efeitos negativos disseminam-se por toda a economia, trazendo dificuldades também para o segmento industrial. Segundo estimativas da FIERGS, a perda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor pode chegar a R$ 6 bilhões, ou seja, cerca de 9,5% do que foi gerado no ano passado.

“Como existe uma interdependência significativa entre a agricultura e a indústria gaúcha, a quebra da safra acaba elevan-do os preços de grãos usados como insumos pelas fábricas. Isso

impacta nos custos industriais, o que compromete diretamente a competitividade dos segmentos de alimentos e carnes”, afirmou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Ele destacou ainda que a menor renda no campo afeta a compra de todos os bens, mas principalmente posterga novos investimentos, atingindo os fabricantes de tratores, máquinas e implementos agrícolas.

Os setores industriais mais dependentes dos resultados agrícolas já somam perdas no seu faturamento e correm o risco de verem a situação agravada com os efeitos da quebra da safra. Neste item, as indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas registraram em janeiro uma desaceleração de -9% e a de alimentos -7%, na comparação com dezembro.

setores industriAis são AFetAdos pelA secA no rio GrAnde do sul

prêmio distinção indústriA recebe Até 9 de Abril As inscrições pArA lAnçAmentos inovAdores

A Federação e o Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul, com o propósito de estimular o desenvolvimento da indústria gaúcha, desde 1972 instituíram o Prêmio FIERGS/CIERGS Distinção Indústria, que tem por objetivo divulgar produtos, linha de produtos com base em elemento inovador e sistemas de solução produtiva integrada.

O prêmio, realizado nos anos pares, permite uma inscrição por empresa e dis-tingue até três participantes. São 40 anos destacando as indústrias estabelecidas no Rio Grande do Sul que apresentam avanços tecnológicos, design, inovação e tenham viabilidade de utilização e comercialização, atendendo aos exigentes requisitos de qua-lidade. Neste período, mais de 120 empresas receberam a distinção.

Ao se candidatar, a empresa fabricante automaticamente estará atestando que atende a todas as normas de segurança no trabalho e à legislação ambiental vigente nos âmbitos federal, estadual e municipal. Os destacados com o Prêmio Distinção Indústria ficam autorizados a utilizar o selo promocional especialmente concebido pela FIERGS/CIERGS.

Para candidatar-se, a empresa deverá entregar a ficha de solicitação de inscrição com informações técnicas e promocionais, catálogos, folhetos, DVDs, CDs e laudos téc-nicos de laboratórios ou entidades oficiais, no setor de Eventos da Presidência, segundo pavimento na sede da FIERGS/CIERGS, na Av. Assis Brasil, 8.787, CEP 91.140-001, Por-to Alegre. Informações pelo telefone (51)

3347-8702 ou fax (51) 3347-8761. O prazo de inscrição para o Prêmio FIERGS/CIERGS Distinção Indústria termina no dia 9 de abril, segunda-feira, às 17h30min.

Primeira feira com a marca da CeBIT realizada na América Latina, Porto Alegre irá sediar a segunda edição da BITS - Business IT South America, de 15 a 17 de maio, no Centro de Eventos FIERGS. O evento é promovido pela alemã Deutsche Messe, por meio de sua subsidiária Hannover Fairs Sulamérica, e pela Federação e Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul. Durante a Feira CeBIT, que ocorreu no início de março, na Alemanha, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, convidou a presidenta Dilma Rousseff para abertura oficial da BITS.

No ano passado, a feira contou com a participação de 215 expositores, de 20 países. Durante três dias, a sede da FIERGS trans-formou-se em um verdadeiro ponto de encontro para profissionais do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação. Além da exposição de inovações e soluções tecnológicas e debate sobre

temas de interesse do setor de TIC, a BITS foi marcada por diversos lançamentos e parcerias. Mais de 10 mil profissionais visitaram a feira em 2011. Outro ponto alto foram as Rodadas de Negócios AL-Invest, com 489 encontros entre 59 empresas brasileiras, 32 da América Latina e 25 da Europa. Entre os países presentes estiveram África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Índia, Portugal, Suécia, Taiwan e Uruguai, entre outros.

Para 2012, já estão abertas as incrições até 30 de abril para o Encontro de Negócios AL-Invest BITS. A iniciativa é voltada para quem busca oportunidades comerciais e parcerias com países da Europa e do Mercosul. Conta com o apoio da FIERGS, por meio do Centro Internacional de Negócios, no âmbito do Programa AL-Invest.

bits entrA pArA o cAlendário dos mAis importAntes eventos mundiAis de tic

“Como nos ensinam os países do hoje chamado ‘primeiro mundo’, o desenvolvi-mento passa, necessariamente, pela educa-ção de qualidade. Essa é uma das bandeiras levantadas pelo Sistema FIERGS nos últimos anos”. Com essas palavras, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, deu início à aula inaugural dos cursos de graduação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) do campus em Montenegro. O encontro, ocorrido na noite de segunda-feira, no Cine Tanópolis, na cidade do Vale do Caí, reuniu cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores e empresários. Müller reforçou a importância da expansão das redes de ensino superior no Rio Grande do Sul, e o trabalho realizado pelo Sesi-RS, Senai-RS

e IEL-RS em todas as etapas – da educação básica à superior.

Müller também abordou a tese da “Hélice Tríplice”, do professor de Stanford, Henry Etzkowitz, que valoriza o conjunto de ações integradas entre a universidade, a indús-tria e os governos. “A indústria transforma os papers em PIB. Por isso, precisamos da articulação forte entre as três hélices para consolidar um caminho sem volta, sem retrocesso, agregando valor à sociedade rio-grandense e brasileira”, salientou.

O empresário destacou para os estu-dantes a necessidade de um choque de industrialização no Brasil por conta do quadro desenhado ao longo do tempo. Lembrou que, se em 1985, a manufatura de

transformação representava 27% do PIB, no ano passado, essa participação chegou a menos de 16%. “As nações prósperas nos mostram que o setor industrial sempre foi a base do processo de desenvolvimento, como é o caso da Coreia e da China. No Brasil, essa tendência inversa se reflete nitidamente no fato de exportarmos cada vez mais produtos primários, e menos itens manufaturados”, alertou o presidente da FIERGS.

Reforçou ainda o fato de o Brasil ser bene-ficiado por questões naturais e geográficas, incluindo 851 milhões de hectares de terras, 220 milhões de hectares de pastagens para o gado e não se chegou a 50 milhões de hectares utilizados pela agricultura, 3.300 horas de sol por ano e até 20% das reservas de água doce do mundo. “Além disso, não temos vulcões, furacões, terremotos, nem desertos. Vivemos em uma nação abençoada neste sentido e precisamos aproveitar essa potencialidade”, afirmou Müller, ao finalizar a noite deixando um recado para os estu-dantes. “O vírus do associativismo nasceu comigo nesta região. Aprendi muito cedo que o sucesso não é individual, mas sim coletivo, e construir uma rede de contatos é consistente e fundamental para obter sucesso”, sugeriu.

FrAnçA quer mAior presençA no brAsil e no rs

pArA o presidente dA FierGs, desenvolvimento do brAsil pAssA pelA educAção de quAlidAde

Heitor José Müller falou na aula inaugural da Unisc, em Montenegro

A intensificação do relacionamento econômico- tecnológico da França com o Brasil, com ênfase na pre-sença das empresas francesas no País e no Rio Grande do Sul, inclusive através de joint-ventures, foi o tema principal da conversa entre o presidente da FIERGS, Hei-tor José Müller, com o cônsul-geral da França no Brasil, Sylvain Itté (foto). O encontro ocorreu nesta quinta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. O cônsul honorário da França no Estado, Roner Guerra Fabris, acompanhou Itté, que ainda manteve encontro com a diretora de Educação e Tecnologia do Sistema FIERGS, Elisabeth Urban, e o diretor regional do Senai-RS, José Zortéa, que apresentaram documento com as áreas tecnológicas de interesse, bem como o histórico de ações de cooperação e parceria entre aquele país e o Senai-RS.

Foto

: d

udu

leal

Foto

: d

udu

leal

Desenvolvimento Econômico no Brasil e Desafios foi o tema abordado pelo presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, nesta terça-feira, durante a Reunião de Diretorias FIERGS/CIERGS. Gerdau também preside a Câmara de Gestão, Desempenho e Com-petitividade da Presidência da República. O empresário relacionou algumas iniciativas que vê como correções importantes na condução da economia brasileira: o fim da Conta Movimento do Banco do Brasil, que considerava uma facilidade do governo para praticar gastos; as privatizações (especial-mente nas telecomunicações); o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer), implantado em 1995 e que, segundo Gerdau, reestruturou, organizou e fortaleceu o sistema financeiro, permitindo que o Brasil enfrentasse as crises recentes. Além disso, ele relacionou a Lei de Responsabilidade Social; a inflação e sistema de metas, com a manutenção dos níveis infla-cionários sob controle, em uma média entre 5,5% e 4,5%, entre 2003 e 2011; e a estrutura

de financiamento imobiliário de longo prazo.O industrial também analisou os impactos

da crise internacional no Brasil. “O que possi-bilitou o seu enfrentamento foram as reservas internacionais, que continuaram crescendo após a eleição de Lula, passando de US$ 50,5 bilhões, em 2004, para US$ 352 bilhões, em 2012; e o aumento do saldo dos depósitos compulsórios, que chegou a R$ 446 bilhões”, afirmou. Enfatizou igualmente a melhora no consumo doméstico e a redução da desigual-dade social (medida pelo Coeficiente Gini), com a elevação constante do Salário Mínimo, como fatores favoráveis ao País. Outra situação que contribuiu para fazer frente às turbulências foi a melhor estruturação institucional do Brasil, na comparação com os demais integrantes do BRICs: Rússia, Índia e China. “O nosso País exibe uma democracia consolidada, instituições estruturadas e liberdade de expressão”, disse.

Apesar disso, Jorge Gerdau Johannpeter observou que ainda existem problemas his-tóricos a serem contornados no Brasil. Entre eles, citou o crescimento lento, em média de 3,6%, no PIB, entre os anos de 2000 e 2011; a

falta de recursos para investimentos, apesar do PAC; os excessivos gastos com a Previ-dência; e o problema da falta de qualidade na educação brasileira, Além disso, lembrou do atraso na área de logística; cujo nosso custo sobre o PIB representa entre 13% e 14%, enquanto nos EUA é de apenas 6,5%; a falta de gestão pública e a saúde deficiente.

ciNco desaFios No rsNa opinião de Gerdau, o Brasil sofre para

melhorar a competitividade em razão de questões a serem enfrentadas, como a carga tributária, as taxas de juros, o câmbio e a desindustrialização. “A Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República está voltada à formulação e implementação de mecanismos de controle e avaliação de qualidade do gasto público. A ideia é otimizar o desempenho na prestação de serviços públicos, com redução de custos, racionalização de processos e tornar mais eficazes e efetivos os programas e as ações prioritárias. Neste trabalho, adota a experiência acumulada nos 19 anos de atuação do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade, na visão de que apenas a boa governança faz a gestão andar”, comentou.

O presidente do Conselho de Admi-nistração do Grupo Gerdau analisou a situação do Rio Grande do Sul, e usando dados da Agenda 2020, relacionou os cinco desafios estratégicos do Estado: educação básica, parques tecnológicos, logística e saneamento, Previdência e investimento. Sobre este último item, enfatizou que o RS tem a pior colocação no indicador Taxa de Investimento sobre a Receita Líquida (dados de 2009), com 3,5%. São investidos apenas R$ 35 milhões com a Fundação de Ciência e Tecnologia, o que corresponde a somente 0,013% do PIB gaúcho.

GerdAu AbordA os desAFios do brAsil

Industrial gaúcho avaliou os avanços e os problemas para o desenvolvimento do País

Foto

: d

udu

leal

O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Eduardo Barretto, se reuniu nesta quinta-feira com o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, para discutir políticas de apoio voltadas às empresas de menor porte no Estado (foto). Barretto esteve acompanhado do diretor de Administração e Finanças do Sebrae nacional, José Cláudio dos Santos. À tarde, ele percorreria a região do Vale dos Sinos, em visitas à empresa Gerdau, à Regional Sinos do Sebrae/RS e ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo.

FierGs e sebrAe AnAlisAm políticAs de Apoio às empresAs

Müller (D), Barretto (C) e José Cláudio buscam formas de auxiliar as empresas de menor porte

Foto

: d

udu

leal

curso prepArA liderAnçAs

O Programa de Desenvolvimento Asso-ciativo (PDA) promove, de 2 de abril a 7 de maio, o curso Comportamento Estratégico: Do Pensamento à Prática, destinado a líderes empresariais, diretores e gestores. O PDA, rea-lizado em parceria entre o IEL-RS, CNI, FIERGS e sindicatos industriais, prepara lideranças no Rio Grande do Sul buscando estimular representantes empresariais a pensar estra-tegicamente, tanto em suas empresas como nas entidades representativas. Os encontros realizados na sede da FIERGS, conduzidos pelos consultores Fábio Eltz e Marcelo Car-bonari, da Integração Escola de Negócios, vão abordar O Pensamento Estratégico nas Organizações, Business Game – Gestão de Negócios na Prática, e Estudo de Caso – Construindo o Pensamento Estratégico nas Instituições. Informações e inscrições pelo telefone (51) 3347-8960.

trAbAlHo dos bAncos sociAis será trAnsFormAdo em produto turístico

Müller e Fortunati assinaram termo de cooperação para unir experiências e

formatar trabalho de projeção turística

A tecnologia social desenvolvida de for-ma pioneira no Rio Grande do Sul por meio da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais (FGBS), ligada ao Conselho de Cidadania da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), desperta o interesse de visitantes de diferentes Estados e países. Por conta disso, a fundação e a Secretaria de Turismo de Porto Alegre (SMTUR) assina-ram na tarde desta quinta-feira um termo de cooperação para unir experiências e formatar esse trabalho como produto de projeção turística da Capital.

Com a parceria, o atendimento a este fluxo de pessoas será organizado como serviço turístico. “O setor industrial tem uma longa história de responsabilidade social, são mais de seis décadas de atuação do Sesi e do Senai. No entanto, as emer-gências e urgências da sociedade exigiram que se fizesse ainda mais e a FIERGS criou o Banco de Alimentos, originando essa entidade, para transformar o desperdício em benefício social”, declarou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Também participaram da assinatura, na sede da FGBS, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati; e o coordenador do Conselho de Cidadania, Jorge Luiz Buneder.

A parceria prevê ainda a qualificação de trabalhadores dos Bancos Sociais pela Escola Social do Turismo, da SMTUR, com a oferta de um workshop cujo conteúdo capacita os participantes com informações sobre a cidade. O secretário do Turismo, Luiz Fernando Moraes, falou da inovação inusitada de mesclar turismo e ações sociais. “Porto Alegre dispõe do maior

A FIERGS e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex--Brasil) promovem, no dia 29 de março, no Salão de Convenções da entidade, o Seminário Mercado Foco Colômbia. O objetivo é apresentar as oportunidades de negócios na Colômbia e na região andina para empresários gaúchos e de todo o País, que poderão assistir ao evento pela internet, ao vivo (via webcast).

A Colômbia é a quarta maior economia da América Latina e se constitui como um mercado estratégico para quem deseja iniciar exportações ou ampliar presença no exterior. Para 2011, a previsão é de crescimento de 4,9% do PIB, que deve fechar em US$ 321,5 bilhões, segundo o FMI.

O programa inclui palestras sobre perspectivas e tendências da economia colombiana e aspectos aduaneiros, tributários, contratuais e logísticos para exportar para aquele país, além de depoimentos de empresários que já exportam. O evento faz parte do Projeto Mercado Foco, que auxilia os empresários brasileiros na estratégia de atuação em países selecionados pelo seu grande potencial.

A corrente de comércio entre os dois países alcançou, em 2011, US$ 3,9 bilhões, com um aumento de 17,36% das exportações brasileiras. O Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado que mais exportou para a Colômbia, atrás de São Paulo e Paraná. As vendas externas atingiram US$ 228,5 milhões, 8,87% do total que o Brasil vendeu àquele país.

seminário FocA As oportunidAdes

de neGócios com A colômbiA

sistema empresarial de Bancos Sociais. É importante na área de negócios e eventos, mas fundamentalmente na área da sus-tentabilidade. Nada melhor do que unir as duas pontas”, avaliou Moraes.

Foto

: d

udu

leal

Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS - Av. Assis Brasil, 8787 - CEP 91140-01 - Porto Alegre-RSFone (51) 3347.8681 - Fax (51) 3347.8779 - E-mail: [email protected] - www.fiergs.org.br

Dirigido a empresários, economistas e pro-fissionais ligados às áreas de finança e planeja-mento, o 3º Meeting de Economia traz a Porto Alegre, em 20 de março, o economista Albert Fishlow. Promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS, o evento tem como objetivo discutir temas relacionados à economia e cenários local e global, de forma a atender ao interesse do industrial na atualidade.

Fishlow é professor emérito na Uni-versidade Columbia e na Universidade da Califórnia em Berkeley e doutor pela Universidade Harvard. Foi secretário-assis-tente de Estado para a América Latina em 1975-1976. Em 1999, recebeu do governo do Brasil a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Suas pesquisas envolvem questões de história econômica e estratégia de

crescimento brasileira e latinoamericana e também as relações econômicas entre os países em desenvolvimento e os in-dustrializados. Em março de 2011, lançou o livro “O Novo Brasil”. Também participa do evento o economista e ex-presidente da FIERGS, Luiz Carlos Mandelli.

Informações: (51) 3347-8960 ou www.ielrs.org.br/economia.

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS) e a escola de negócios Insead (França) realizam o programa Alianças Estratégicas para Inovação e Internacionalização, de 26 a 28 de abril, em Bento Gonçalves. A Insead foi considerada, em 2011, a terceira melhor escola de negócios da Europa e a 4ª Global MBA, no ranking do Financial Times. O programa é direcionado a CEOs, diretores, empresários e executivos responsáveis por decisões estratégicas no exercício de suas funções na empresa. O conteúdo abrangerá o potencial para inovação

das economias emergentes e o desenvolvimento de uma estratégia de internacionalização sustentável. Será ministrado pelos professores do Insead Lourdes Casanova e Yves Doz. O programa dá sequência às parcerias que o IEL-RS realiza, anualmente, com as grandes escolas de negócios do mundo, entre elas a Wharton School e a Stanford Graduate School of Business.

Informações: www.ielrs.org.br/cursoinsead ou pelo telefone (51) 3347-8684.

licenciAmento AmbientAl é temA de

treinAmento do senAi

O Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) Senai está com inscrições abertas para o curso Licenciamento Ambiental que vai abordar os aspectos legais relativos ao tema. O curso será realizado dia 21 de março, a partir das 13h40min na sede da FIERGS. O advogado e consultor de empresas na área jurídico-ambiental, Giuliano Deboni, será o ministrante. Informações pelo portal www.senairs.org.br/cntl.

sesi verão teve quAse 100 mil pArticipAntes

As atividades e atrações do Sesi Verão 2012 tiveram 97 mil participantes entre Tramandaí (75,2 mil), Rio Grande (17,5 mil) e Pelotas (4,3 mil). A Tenda Multiartes, uma parceria com a Petrobras, atraiu um grande número de veranistas, não só de Traman-daí, mas de todo o litoral. A programação começou em 7 de janeiro e seguiu até 4 de março, com ginástica na praia, Cozinha Brasil, caminhadas além do programa Atleta do Futuro, apresentações culturais, oficinas de capoeira, frivoletê, expressão teatral, dança e técnicas de desenho. O espaço ainda contou com vôlei de praia, basquete de areia, minifutebol, atletismo e jogos de tabuleiro.

meetinG de economiA trAz Albert FisHlow à cApitAl

iel-rs e inseAd desenvolvem cApAcitAção empresAriAl

Foto

: d

udu

leal