só a visabeira respondeu ao - gazeta das caldas€¦ · bordalo recordado em livro e reencarnado...

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Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 ANO XCI / Nº5180 SEXTA-FEIRA 30 JUNHO DE 2017 PREÇO: 0,80€ ASSINATURA ANUAL: 22,50€ DIGITAL: 15€ www.gazetacaldas.com Director: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano facebook.com/gazetacaldas Tel:262870050 / Fax: 262870058/59 [email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected] (1402) Só a Visabeira respondeu ao concurso para transformar os Pavilhões do Parque em hotel O grupo Visabeira foi a único empresa a apresentar-se ao concurso internacional lançado pela Câmara das Caldas para transformar os Pavilhões do Parque e o edifício do antigo Clube de Recreio num hotel, no prazo que terminou na passa- da quinta-feira. O investimen- to será na ordem de 15 milhões de euros para a criação de uma unidade hoteleira de cinco estre- las com 107 quartos (incluindo quatro suites e dois apartamen- tos), SPA, piscina interior para tratamentos termais e piscina exterior, ocupando o conjunto dos edifícios. A entrada princi- pal do Hotel far-se-á pelo Céu de Vidro (na fotografia), que ficará ligado aos pavilhões por uma ponte elevada. O projecto hoteleiro terá uma ligação com a Fábrica Bordallo Pinheiro e a cerâmica, a exemplo do que o grupo já fez com o hotel em Ílhavo construído junto à fábrica da Vista Alegre. Na passada segunda-feira, um júri, composto por autarcas e técnicos da Câmara das Caldas analisou e admitiu esta proposta que será agora apreciada pelo executivo. Apesar de só ter existido um concorrente, o presidente da autarquia, Tinta Ferreira, mostrou-se “muito satisfeito” com a proposta apresentada e acrescentou que, embora tenham tentado sensibilizar vários grupos económicos e instituições, a Visabeira “foi a que mostrou sempre maior receptividade”, disse à Gazeta das Caldas. Caso seja aceite a proposta, dar-se-á de imediato início à elaboração do projecto de arquitectura para o Complexo Turístico Hoteleiro, que terá que estar concluída até 2 de Dezembro de 2020. F.F. O Ministério Público mandatou a Polícia Judiciária para investigar os alegados crimes que constam na auditoria às contas da Junta de Freguesia da Foz do Arelho. A investigação surge depois de a Assembleia de Freguesia ter aprovado por unanimidade o envio do relatório da auditoria para o Ministério Público tendo, poucos dias depois, dado en- trada as mais de 70 pastas com documentação das contabilida- de da Junta entre 2013 e 2016. Entretanto, na Foz do Arelho continuam a viver-se dias con- turbados na política local. Na úl- tima Assembleia de Freguesia, que teve lugar a 24 de Junho, o presidente da mesa, Artur Correia (PSD) demitiu-se após o presidente da Junta, Fernando Sousa, ter anunciado que vai mandar auditar as contas dos dois mandatos que o antece- deram, ambos liderados pelo social-democrata Fernando Horta. Antes disso, o tesourei- ro, José Ferreira, tinha afirma- do que a Junta de Freguesia da Foz do Arelho não possuía li- quidez para pagar os cerca de 4000 euros pedidos pelo audi- tor Filipe Mateus para analisar as contas da Junta nos primeiros cinco meses de 2017 e as contas da Associação para a Promoção e Desenvolvimento Turístico da Foz do Arelho. A decisão de efectuar estas auditorias tinha sido votada por unanimidade na anterior sessão da Assembleia de Freguesia. Pág. 16 Forças políticas caldenses cada vez mais agastadas com o CHO Os deputados municipais das Caldas da Rainha estão cada vez mais des- gostosos e irritados com o funcio- namento do CHO e preferiam que este centro hospital nunca tivesse sido criado porque piorou tudo. Os partidos denunciam a falta de inves- timento que tem sido feito nos servi- ços da unidade caldense, assim como a falta de pessoal. São unânimes na defesa da desagregação deste centro hospitalar (que agrega os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) e consideram que o actual Conselho de Administração não está a corresponder às suas expectativas. Na reunião de 20 de Junho foi apro- vada a proposta do PS, de implemen- tação de um projecto-piloto de cria- ção de um pombal contraceptivo com a finalidade de reduzir a população de pombos na cidade. Os socialis- tas defendem que o método tem- -se revelado eficaz em várias cida- des europeias. Por apresentar ficou uma estimativa dos custos que esta proposta vai acarretar. Pág. 14 e 15 Bordalo recordado em livro e reencarnado por José Ramalho O livro “Rafael Bordalo Pinheiro à Sombra dos Plátanos”, de Isabel Castanheira, foi lançado a 24 de Junho, no Parque D. Carlos I, junto ao busto daquele artista. Cerca de uma centena de pessoas reuniu-se naquele espaço, onde não são ha- bituais os eventos literários, tendo tido ainda oportunidade de assistir à interpretação do artista feita com primor pelo actor José Ramalho. A autora pediu aos representantes do poder local uma grande escul- tura de Bordalo Pinheiro no cen- tro da cidade onde as pessoas se possam retratar, como fazem com Fernando Pessoa na Brasileira do Chiado. Pág.22 O Jardim d’Água de Ferreira da Silva numa terra de ninguém Uma das maiores obras de Ferreira da Silva jaz ao abandono num terreno que parece não ser nem do centro hospitalar nem da Câmara nem do Estado. Só pare- ce. Porque o terreno tem dono. Já a obra que lá está é que ninguém está interessado em cuidar dela, deixando-se que ela se degrade e sem que haja qualquer ímpe- to para a sua reconstrução e co- locação em funcionamento com água devidamente tratada a cor- rer por entres as peças escultórias cerâmicas. Uma história caldense muito triste... Centrais Fátima Ferreira PJ vai investigar contas da Foz do Arelho PUB. A venda do peixe nas Caldas ontem & hoje Os mais novos dizem que é a Praça dos Bares, mas a maioria dos cal- denses ainda lhe chama a Praça do Peixe. Já não o é, mas a memória persiste. Gazeta das Caldas con- vida o leitor a uma incursão pela memória daquela que oficialmen- te se chama Praça 5 de Outubro e que durante décadas foi a Praça do Peixe por ser ali que toda a gente se abastecia de peixe. De caminho, fi- que a saber o desalento que se vive no Mercado do Peixe, que definha à míngua de clientes e de interes- se para o redinamizar. Pág. 10 e 11 JLAS Natacha Narciso

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Page 1: Só a Visabeira respondeu ao - Gazeta das Caldas€¦ · Bordalo recordado em livro e reencarnado por José Ramalho O livro “Rafael Bordalo Pinheiro à Sombra dos Plátanos”,

Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 ANO XCI / Nº5180 SEXTA-FEIRA 30 JUNHO DE 2017

PREÇO: 0,80€ ASSINATURA ANUAL: 22,50€ DIGITAL: 15€ www.gazetacaldas.comDirector: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano facebook.com/gazetacaldas

Tel:262870050 / Fax: 262870058/[email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected]

(1402)

Só a Visabeira respondeu ao concurso para transformar os Pavilhões do Parque em hotelO grupo Visabeira foi a único

empresa a apresentar-se ao concurso internacional

lançado pela Câmara das Caldas para transformar os Pavilhões do Parque e o edifício do antigo Clube de Recreio num hotel, no prazo que terminou na passa-da quinta-feira. O investimen-to será na ordem de 15 milhões de euros para a criação de uma unidade hoteleira de cinco estre-las com 107 quartos (incluindo quatro suites e dois apartamen-tos), SPA, piscina interior para tratamentos termais e piscina exterior, ocupando o conjunto dos edifícios. A entrada princi-pal do Hotel far-se-á pelo Céu de Vidro (na fotografia), que ficará ligado aos pavilhões por uma ponte elevada.O projecto hoteleiro terá uma ligação com a Fábrica Bordallo Pinheiro e a cerâmica, a exemplo do que o grupo já fez com o hotel em Ílhavo construído junto à fábrica da Vista Alegre.Na passada segunda-feira, um júri, composto por autarcas e técnicos da Câmara das Caldas analisou e admitiu esta proposta que será agora apreciada pelo executivo. Apesar de só ter existido um concorrente, o presidente da autarquia, Tinta Ferreira, mostrou-se “muito satisfeito”

com a proposta apresentada e acrescentou que, embora tenham tentado sensibilizar vários grupos económicos e instituições, a Visabeira “foi a que mostrou sempre maior receptividade”, disse à Gazeta das Caldas. Caso seja aceite a proposta, dar-se-á de imediato início à elaboração do projecto de arquitectura para o Complexo Turístico Hoteleiro, que terá que estar concluída até 2 de Dezembro de 2020. F.F.

O Ministério Público mandatou a Polícia Judiciária para investigar os alegados crimes que constam na auditoria às contas da Junta de Freguesia da Foz do Arelho.A investigação surge depois de a Assembleia de Freguesia ter aprovado por unanimidade o envio do relatório da auditoria para o Ministério Público tendo, poucos dias depois, dado en-trada as mais de 70 pastas com documentação das contabilida-de da Junta entre 2013 e 2016.Entretanto, na Foz do Arelho continuam a viver-se dias con-turbados na política local. Na úl-tima Assembleia de Freguesia, que teve lugar a 24 de Junho, o presidente da mesa, Artur Correia (PSD) demitiu-se após o presidente da Junta, Fernando

Sousa, ter anunciado que vai mandar auditar as contas dos dois mandatos que o antece-deram, ambos liderados pelo social-democrata Fernando Horta. Antes disso, o tesourei-ro, José Ferreira, tinha afirma-do que a Junta de Freguesia da Foz do Arelho não possuía li-quidez para pagar os cerca de 4000 euros pedidos pelo audi-tor Filipe Mateus para analisar as contas da Junta nos primeiros cinco meses de 2017 e as contas da Associação para a Promoção e Desenvolvimento Turístico da Foz do Arelho. A decisão de efectuar estas auditorias tinha sido votada por unanimidade na anterior sessão da Assembleia de Freguesia. Pág. 16

Forças políticas caldenses cada vez mais agastadas com o CHOOs deputados municipais das Caldas da Rainha estão cada vez mais des-gostosos e irritados com o funcio-namento do CHO e preferiam que este centro hospital nunca tivesse sido criado porque piorou tudo. Os partidos denunciam a falta de inves-timento que tem sido feito nos servi-ços da unidade caldense, assim como a falta de pessoal. São unânimes na defesa da desagregação deste centro hospitalar (que agrega os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) e consideram que o actual

Conselho de Administração não está a corresponder às suas expectativas.Na reunião de 20 de Junho foi apro-vada a proposta do PS, de implemen-tação de um projecto-piloto de cria-ção de um pombal contraceptivo com a finalidade de reduzir a população de pombos na cidade. Os socialis-tas defendem que o método tem--se revelado eficaz em várias cida-des europeias. Por apresentar ficou uma estimativa dos custos que esta proposta vai acarretar. Pág. 14 e 15

Bordalo recordado em livro e reencarnado por José Ramalho

O livro “Rafael Bordalo Pinheiro à Sombra dos Plátanos”, de Isabel Castanheira, foi lançado a 24 de Junho, no Parque D. Carlos I, junto ao busto daquele artista. Cerca de uma centena de pessoas reuniu-se naquele espaço, onde não são ha-bituais os eventos literários, tendo tido ainda oportunidade de assistir

à interpretação do artista feita com primor pelo actor José Ramalho. A autora pediu aos representantes do poder local uma grande escul-tura de Bordalo Pinheiro no cen-tro da cidade onde as pessoas se possam retratar, como fazem com Fernando Pessoa na Brasileira do Chiado. Pág.22

O Jardim d’Água de Ferreira da Silva numa terra de ninguémUma das maiores obras de Ferreira da Silva jaz ao abandono num terreno que parece não ser nem do centro hospitalar nem da Câmara nem do Estado. Só pare-ce. Porque o terreno tem dono. Já a obra que lá está é que ninguém está interessado em cuidar dela, deixando-se que ela se degrade e sem que haja qualquer ímpe-to para a sua reconstrução e co-locação em funcionamento com água devidamente tratada a cor-rer por entres as peças escultórias cerâmicas. Uma história caldense muito triste... Centrais

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PJ vai investigar contasda Foz do Arelho

PUB.

A venda do peixe nas Caldas ontem & hojeOs mais novos dizem que é a Praça dos Bares, mas a maioria dos cal-denses ainda lhe chama a Praça do Peixe. Já não o é, mas a memória persiste. Gazeta das Caldas con-vida o leitor a uma incursão pela memória daquela que oficialmen-te se chama Praça 5 de Outubro e

que durante décadas foi a Praça do Peixe por ser ali que toda a gente se abastecia de peixe. De caminho, fi-que a saber o desalento que se vive no Mercado do Peixe, que definha à míngua de clientes e de interes-se para o redinamizar. Pág. 10 e 11

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