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RUI PAIVA Aguarelas e Desenhos “La Storia del Paesaggio che voleva conoscere il Mondo” www.rui-paiva.com 2005

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RUI PAIVA

Aguarelas e Desenhos

“La Storia del Paesaggio che voleva conoscere il Mondo”

www.rui-paiva.com

2005

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RUI PAIVA

Aguarelas e Desenhos

“La Storia del Paesaggio che voleva conoscere il Mondo”

La Libreria Italiana de 6 de Dezembro a 10 de Janeiro

www.rui-paiva.com

2005

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Gestor de Silêncios e de Civilizações e a Invenção do Futuro

O Cidadão do MundoRui Paiva, na história da sua vida um Cidadão do Mundo, o que o percurso de Vida e de Arte tem vindo a reforçar. Nascido em Moçambique, em Lourenço Marques, hoje Maputo, aí vive 20 anos, 15 dos primeiros no paradisíaco Planalto do Chimoio. Depois vem Portugal onde termi-na Economia e se torna docente universitário até partir para Macau. Neste Território e em Hong Kong, nas décadas de 80 e 90, tecerá uma muito rica vivência de 13 anos.

Três continentes, três atmosferas, e as suas di-ferentes energias e filosofias, vão moldar a sua personalidade e a sua arte.

A par de uma dedicação desde sempre ao de-senho, é interessante notar que este meio veio

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a ser por si utilizado enquanto docente nos am-bientes de alfabetização, tanto nos subúrbios da capital moçambicana, como nos arredores de Lisboa. No primeiro local atentas mamanas, na maioria com crianças de tenra idade às cos-tas, aprendiam a ler e a escrever, aproveitando a sombra de enormes embondeiros.

O Pintor e as Duas Carreiras: “Pintar é a gestão do Silêncio”2

Se bem que desempenhe uma função de di-recção numa instituição financeira, é a partir de 1985 que inicia com maior vigor e combate uma carreira paralela, vivendo numa dicotomia qual “Jeckil e Hyde” como bem escrevia o Ami-go João Murinello. Desenho de sempre, que pela sua intensida-de e diversidade leva à elaboração de regis-tos em inúmeros blocos de agradável papel, seu suporte de eleição. Vem depois a ilustra-ção, numa fase ainda em que o fazia como tarefa reservada para si, desenvolvendo en-

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tão a aguarela, técnica aprendida com a sua mãe, desde os seus 12 anos. O início da pin-tura passa pelo óleo, entre 1982 – 1988, em motivos envolvendo composições surrealizan-tes. Segue-se, por opção ponderada e conso-lidada, a primeira experiência de acrílico em 1986/7, em Macau, quando chefia o gabinete dum membro do governo, altura que desem-penha outras funções como Administrador do Fundo de Pensões e Membro da Comissão de Fiscalização da Autoridade Monetária de Ma-cau, três ocupações muito intensas que o cha-mam para a pintura de forma mais profunda.

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Em 1990 começa a expor, sucedendo-se co-lectivas pela Ásia, mormente em Macau, Hong Kong, Japão, Malásia, Coreia do Sul, e também individuais em Macau, Hong Kong e Ho Chi Minh City, num Vietname em explosão do Dong Moi, a abertura histórica.

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Quando expõe em HK numa conhecida galeria local, a Wattis Fine Arts, dois olhares se cruzam: Hilary Binks crítica de arte da Window, refe-re: “The two worlds of portuguese banker and artist RP came together last week in a memo-rable Hongkong debut”.3 “Nature is the predo-minant theme of the current exhibition. Pain-ting of watergardens, flowers and landscapes, in an abstract style with figurative elements, were particularly inspired by Paiva’s travels in China ». «RP displays an inspired use of colour in paintings that possess a childlike clarity ».

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Por sua vez Nigel Cameron, temido crítico de arte de HK, enuncia: “Paiva is an emotional painter. His «Door to the Middle Kingdom» offers a grey ground on which floats high up a red squa-re with gestual marks that remind the viewer of the Chinese character for «country». His Galleon of Dreams, is almost black and white alone, a ple-asure to the eyes after all that billowing colour, The black and shades of grey collage, reminiscent the galleons of old, sails white canvas with just a touch or two colours (...)”.

Explicando onde se situa a sua pintura, RP afir-ma: “Pinto na linha limite de demarcação en-tre o figurativo e o abstracto. Melhor, pinto um falso mundo abstracto, porque a atenta obser-vação permitirá ler motivos reais, figurativos, realistas”. A despedida do Oriente dá-se com uma exposi-ção individual na “The Association of Fine Arts of Ho Chi Minh Cty”,” a convite do crítico de arte

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Nguyen Quan4, momento em que é celebrado pela nomenclatura artística vietnamita como o 1º português a expor na famosa ex-Saigão, e numa mostra inaugurada pelo escultor e retra-tista oficial de Ho Chi Minh, velho companheiro do líder na mata vietnamita. De algum modo simbólico e arrojado, numa perspectiva polí-tica, escolhe a temática dos Descobrimentos

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numa perspectiva plástica, abstractizante mas cheia de força cromática e conceptual. Escreve NQ: « Paiva’s mixed techniques reveal his exposure to both oriental and western influ-ences. (...) Paiva’s art is so delicate and tender and yet you perceive the throbs of the fight against what seems to gemean human life».

Gestor de Silêncios e de Civilizações e a invenção do Futuro

A primeira exposição in-dividual em Lisboa surge em 1993, intitulando-se “Ilusão Submersa”, oca-sionando uma longa mas muito interessante entre-vista, espraiada por três páginas do suplemento das artes do DN, sobressain-do um belo texto de Ana Marques Gastão, donde se retira: “A pintura é para

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Rui Paiva, uma arte de intimidade. A noção de tempo no centro, colorindo es-ta aventura im-pregnada do intercâmbio de culturas: oriental e ocidental”. E mais adiante “Dir-se-ia estarmos perante um voo em direcção a um ser outro que o pintor tem dentro de si; um voo para fora do labirinto de uma interioridade que se dá a conhecer pela obra”. E “(…) Espontaneidade, fantasia, interrogação e reflexão são as carac-terísticas mais evidentes da obra de Rui Pai-va, atento gestor de silêncios, empenhado em capturar os espaços poéticos que conduzem às esferas mais ocultas da percepção”.

Numa perspectiva humanista, num texto belís-simo, publicado no catálogo se uma mais ex-

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pressiva exposição no Palácio da Independên-cia, Alçada Batista escreve em 1998, “A arte poderia ensinar-nos como poderia ser o futuro. É essa uma das lições a que chamaria nobre e que, sobretudo na poesia procura dizer o que é ainda indizível. É neste sentido que a pintura de Rui Paiva pode ser interpretada como um convite a uma invenção do futuro: a consci-

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ência que a ordem das coisas e dos compor-tamentos são ainda “provisórios” e que todo o esforço humano deve ser voltado para essa procura de um mundo que, à semelhança da tal “outra vida”, possa trazer-nos mais liberda-de. É preciso não esquecer que, segundo dizem os sábios, o homem vive ainda com vinte por cento das suas possibilidades”.

Os Instrumentos da Imagem; do cinema à pintura

Vindo do cinema amador em Mo-çambique onde “militara” no Cine Clube de Lourenço Marques, frequen-tando o seu curso de cinema ama-dor, e participan-do ainda na pro-jecção de filmes

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nos subúrbios. Vem mais tarde a ocupar a sua atenção a foto-grafia, já em Lisboa, onde a par da sua actividade lectiva vai desenvolvendo a sua vertente fotográfica, arte que prossegue no Oriente, alheio a concursos ou expo-sições.

Neste contexto, quan-do se divide entre o funcionário público e o fotógrafo, mas vai desenhando como vocação de sempre, um crítico de arte chinês, S. C. Che-ong6, descobre, em 1980, os seus dese-nhos “escondidos”, e à socapa, publica na sua página de Artes Plásticas uma crítica de arte ao longo de 4 edições sucessivas. Foi o primeiro passo que mais tarde viria a levar aos convites para ilustrar livros de poesia de Estima de Oliveira e Silveira Machado. A sua des-

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pedida desta terra, onde chegou a ser o director dos serviços de Economia, foi celebrada com a feitura de um “Livro de Desenhos”, com o apoio gráfico de João Melo, entregue para espanto de amigos numa grande festa de despedida, cintilante na viva noite macaense, após 3 anos e meio sem voltar a Portugal.

As várias Expressões num Artista Eurico Gonçalves, surrealista e perfilhando uma postura oriental – Zen, o primeiro crítico de arte a valorizar a sua obra em texto para O Jornal, em 1988, mostra conhecer bem a sua obra, tanto no desenho como na pintura. As-sim, em 2000 expõe a sua opinião no catálogo de uma exposição em Palmela: “Na pintura de Rui Paiva, deparamos com dois mundos para-lelos: o informalismo abstracto, aberto à su-gestão de um espaço neo-paisagístico, onde, por vezes, se inscrevem elementares signos embrionários e orientalizantes, e a nova-figu-

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ração narrativa, que tenta recuperara o encan-tamento de «paraísos perdidos», remontando à memória solar da infância. Surpreende-nos a hipótese de uma possível simbiose, baseada na convergência entre a voz e o silêncio, entre o que se diz e o que se cala, entre o que se vê e o que se oculta. Para compreender o espíri-to meticuloso da obra de RP, é imprescindível rever os seus pequenos e inventivos desenhos neo-figurativos de personagens metamorfose-ados e surreais de 1979/82, e as mini-aguare-las abstratizantes, de delicada concepção, em sucessivos blocos de bolso, “diários íntimos”, que RP nunca deixou de realizar, em momen-tos de reflexão”.

Depois de referir a sua ligação ao mundo virtu-al, e às suas “virtualidades”, ao lançar um site pessoal em 1998,e na sua vida profissional, é RP convidado a assumir a concepção do primei-ro site institucional da maior instituição privada nacional, e recentemente, já em 2005 remode-

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la o seu site, www.rui-paiva.com. Em Setembro lança o seu blog:http://rumapa.blogspot.com dedicada à escrita e à sua arte.

O Desenho de Pendor Surrealista O Diário dos SonhosO Desenho, ou melhor os desenhos, são inú-meros, imensos mundos onde, a cada esquina do tempo pode surgir uma cena nova, repleta de seres e ambientes surreais. Espontâneos mundos e figuras sucedem-se numa cadência e ritmo elevado, peças de um puzzle que se não encaixam, antes coabitam num mesmo plano, o do papel-suporte.

Estima de Oliveira questiona: “O que pretende o artista plástico Rui Paiva na sua imaginação e que nos pretende transmitir insistentemente, principalmente através dos seus desenhos:Estórias fantasiadas da adolescência ou;Mensagens gravadas no seu inconsciente;

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Tomando os homens por bichos, ou paisa-gens sugeridas de com-paração de uma mun-dovisão”.

O surrealismo em Rui Paiva é - o na forma e conteúdo, mas também na postura. Emocional, despojado, directo, iró-nico, espontâneo.

O Crítico de Arte João Pinharanda, (JP), fala nas suas “formas surre-alizantes” e adianta que “O que importa consi-derar é algo de mais profundo: a liberdade da crítica e o desmando do sonho”.

São desenhos que se sucedem a um ritmo alucinante, mas que se revestem da cor própria do gesto, da vontade e da atmosfera circun-dante, da alma do tem-po preciso. Desenha de forma directa e espon-tânea, fluindo como se tratasse de um conjun-to de fotogramas de um filme.

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O mesmo crítico refere: “Rui Paiva foi cons-truindo uma teia de discursos cerrados sobre o real – uma das originalidades desse discurso é, precisamente, cruzar o destino crítico e oní-rico”.

Alexandra Gomes em belo texto escrito a pro-pósito da exposição de desenho da SNBA, conta o seu encontro com os desenhos, …”Dá-se um fenómeno visual curioso quando olhamos para um desenho do Rui. À primeira impressão visu-al adquirimos uma imagem do desenho, qua-se abstracta, inconsistente com os padrões de pensamento vulgares, e bastante caótica. Tudo são linhas, traços, rasuras, negro.... (…)”.“(…)Mas, e como se duma ilusão óptica se tra-tasse, um novo mundo aparece ao nosso olhar, similar à habituação dos nossos olhos ao escuro,

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em que começa-mos, gradualmen- te, a distinguir for- mas e perspectivas. Começamos a ver cores que, pali-damente, surgem entre desenhos a preto e bran-co. Destacamos temas ou temá-ticas, ora infor-mais, ora críticas bem construídas ao homem..O pormenor, de facto, aquilo que me parece ser um dos traços mais prevalecentes na personalidade do autor e que acaba por fazê-lo per-der a noção de um todo coerente e flexível, surge como se tratasse de uma boa sur-presa, clarificando o caos, demons-trando um lado humano e preo-cupado, extrema-mente emocional, que há partida se adivinhava pouco

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exequível. Nos desenhos datados de algumas décadas atrás procede-se à análise de uma personalidade virada para as questões huma-nitárias, para uma crítica social, reflectindo um autêntico cidadão do mundo(…)”.Os temas, as figuras, os cenários, sucedem-se, encadeiam-se, revoltam-se, pairam tranquila-mente, sobrevivem.

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O pássaro - avião pode viver enquanto ser fluvial, marinho, mas também pode sobrevo-ar montanhas orientais ou cruzar-se nos céus com centopeias humanizadas. São os ritmos de vida, que geram os espaços de transição na vida de um artista que se reparte por duas carreiras onde investe intensamente em traba-lhos tão díspares. Na finança, num banco são os números que qual toque de tambor, marcam a cadência. Já na Pintura a liberdade é plena. Não há cedências, acessos a encomendas ou compromissos desnaturais.

Voltando a Alexandra Gomes, “(…) O facto de os desenhos terem a informação muito concen-

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trada em determinadas partes da folha, mos-tram uma pessoa focada, centralizada, e com dificuldade em divagar. No entanto, o futuris-mo, característico de quase todos os desenhos, permite ver a visão de quem desenha, quase premonições, do que está para vir.

Pelo menos a mim, tudo o que vi, deixou-me alertada para um realidade que já me pareceu mais longínqua...A fusão do homem com a má-quina, o perder o sentimento e a razão huma-na do contacto pessoal...A falta de altruísmo, o aumento do egocentrismo, a necessidade de assumir um estatuto e um papel bem delimi-tado para sermos aceites numa sociedade al-

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tamente materialista e cubista. A exigência de nos lembrarmos que tivemos origem nas coisas simples da vida: no amor, na solidariedade, na fusão de dois seres minúsculos....pormenores dos nossos seres, mas capazes de criarem a nossa maior obra...”.

A Paisagem Desconstruída como Paisagem do SonhoA paisagem ganha uma nova leitura, mais con-sentânea com um mundo em ebulição, porque em mudança, uma paisagem que vive e revive e se metamorfoseia em novas cenografias.O clima que a afecta é o da globalização, pro-

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pulsora, condicionadora, contendora, desafia-dora. Uma pintura romântica no espírito, poéti-ca na forma, generosa no gesto, “responde” à realidade limitada.

A primeira individual em Lisboa, já antes re-ferida, gerou uma entrevista e texto de Ana Marques Gastão, onde caracteriza: “A pintura é para Rui Paiva, uma arte de intimidade. A no-ção de tempo no centro, colorindo esta aven-tura impregnada do intercâmbio de culturas: oriental e ocidental”.JP, intitula um texto de 1999 sobre RP, “A Pai-sagem e o Sonho”, adiantando que se “exerci-tarmos muito o acto de observar e represen-

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tar paisagens podemos ter acesso a realidades nunca vistas. É o que acontece com o processo de aprofundamento levado a cabo por Rui Pai-va ao longo de duas décadas de trabalho sobre a paisagem”.

Se bem que a Paisagem tenha sido uma temática digamos que recorrente, no actual estádio é pri-vilegiada uma desconstrução dessa paisagem.

Tonalidades quentes flutuam em aparente desencontro, sustentadas, (ou assentando), numa nova reconstrução, numa nova figuração do mundo ocular…

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A paisagem na pintura chinesa, séc. XIII e pos-teriores, é a principal temática de referência. Na História de Arte, é interessante ver como E.H.Gombrich alude à atitude do artista chinês: “(...) Os chineses consideravam uma infantili-dade procurar detalhes em pinturas e compa-rá-los depois com o mundo real.

Eles preferiram, em vez disso, encontrar nes-sas pinturas os traços visíveis do entusiasmo do artista. Talvez não nos seja fácil apreciar as mais audaciosas dessas obras...”.8

Dois pintores de Macau com quem conviveu na arte ao longo de mais de 10 anos, expressam a sua opinião:Primeiro o Patrono não-oficial das Artes de Ma-cau, o pintor Mio Pang Fei: “Quando olho para RP, sinto uma grande profundidade interior. Daí a poesia, simplicidade, calma e frescura da sua pintura. Através dela vejo peixes e as flores de lótus no lago do jardim Lou Lim Ioc. Vejo árvo-res. Será esta pintura a poesia do Ocidente, ou todo o mistério do Oriente? RP trabalha incan-

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savelmente e com grande empenho, tanto na Arte como na Vida. A sua pintura tem a beleza profunda de um poema, de alguém que ama as flores, os campos, as árvores, e o consegue ex-pressar nas telas. É por isso que os elementos concretos e reais que pontualmente aparecem na sua pintura nos transportam a uma viagem pela riqueza da arte, do real e do fantástico”.

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Já Kwok Woon afir-ma: “RP é um dos elementos impor-tantes desse grupo de pintores de Ma-cau – no qual me incluo. As obras de RP (…) parecem a representação an-tiga do mar e das ilhas, mas na sua maioria expressam um sentir oriental. Nelas são utili-zados com grande espontaneidade e minúcia, materiais tradicionais chineses como o papel de arroz, a tinta da China, etc. RP pinta o que sente, o que ama. É necessário saber ver demora-damente para sen-tir a sua profundi-dade e mistério”.

A pintura europeia, desde as obras de paisa-gistas ingleses do Século XVIII como um Tur-ner, com relevo para as suas aguarelas, ou um Constable, ou passando aos valores estéticos dos Impressionistas, à espiritualidade e ro-mantismo de um Chagall, ou ainda a beleza poética e solar de um Klee, especial-mente na sua fase norte-africana, são outras importan-tes fontes de re-ferência. Enaltece a simplificação do

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tratamento da paisagem num Ferdinand Hodler, valorizando o despojamento e a limpidez da cor. Também Cézanne erigido em patrono da arte mo-derna, com a sua ruptura estética e dos padrões adoptados, a sua preocupação pelo equilíbrio e harmonia, o novo conceito de perspectiva9. Re-fira-se ainda a importância atribuída ao trabalho das cores, tendo como expoente Pierre Bonard cujo trabalho cromático sempre o fascinou mercê da refinada forma como tece a teia de cores na tela, outro dos seus modelos e expoentes.

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Bernardo Pinto de Almeida, denominando o seu paisagismo de “paisagismo discreto”, afirma que “é ao paisagismo chinês, que Paiva longamente conviveu por longa estadia no Oriente, que a sua pintura remete(...)”, embora com “afinidades com uma forma do sentimento ocidental, que é a do lirismo ou a da apreensão lírica, quer dizer indivi-dual, de uma determinada ordem do mundo”.

Pintor, de atelier, por opção e por necessidade interior, e só pontualmente do “motivo” no ex-

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terior como apelava Monet, trabalha no seu ha-bitat, tendo a música o seu espaço de encanto na obra, com destaque na música clássica para o romantismo lírico de Schubert. Mas aberto ao ecletismo inter-secular das sonoridades.

Noutro texto, JP caracteriza a sua paisagem numa pauta cromática de musicalidade: “Pode-ríamos dizer que, em certas pinturas, ele alcan-ça a construção de imagens musicais – nelas se completa a abstracção através do domínio de

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uma espacialidade pulsante e absoluta de uma cor em absoluto envolvente”.

As Exposições em 2005Tem sido um profícuo ano em exposições, sen-do esta a sua quarta individual, uma das seis em que se faz representar, dado que participa ainda em duas exposições colectivas na Socie-dade Nacional de Belas Artes, histórica insti-tuição onde preside há 3 anos ao seu Conselho Fiscal e onde nos anos 80 procurou abrir a sua linguagem, através da frequência de cursos orientados por mestres como João Vieira.

A publicação Le Monde Diplomatique publicou nos últimos três meses desenhos seus tal com reproduziu diversas caixas / objectos-de-arte, e o programa “Entre Nós”, da 2, num trabalho muito bem conduzido por Raquel Santos, entre-vistou-o aquando da exposição na SNBA. Opor-tunidade para reviver as malhas da sua Arte. E a apresentação de uma exposição antológica de desenho, no espaço onde se revela como um autodidacta que procura precisamente há

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20 anos atrás, em aulas da SNBA, minis-tradas pelo Pintor João Vieira a abertura de espírito e a melhor compreensão e domínio das técnicas.

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Nessa entrevista explicou a teoria do quadro – história: um quadro é uma história completa, uma série representa outra história e por sua

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vez uma exposição assume-se como uma ou-tra história ainda. O que muda nesta hierarqui-zação natural são os patamares, os layers, os personagens ou as não-personagens.

O artista no seu Mundo; A Intervenção Cívica e Artística e a EspiritualidadeCultor de uma vida acelerada, como que há

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uma repartição de personalidades, onde o dia se enche de profissão, e, a noite e a madruga-da, são espaços de deslumbramento materia-lizado na pintura. A aguarela surge como uma forma de tonificação espiritual.

O artista, defende, deverá ser polifacetado, à sua dimensão e naturalidade, e devendo testar

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os seus limites, de modo arrojado procurar os seus mundos possíveis no desconhecido.

A intervenção do artista na sociedade circun-dante deverá ser um acto natural de vida. Em 1991, em Macau, aquando da Guerra do Golfo, preocupado com o aumento das tensões mun-diais, muito embora Macau pareça resguardado numa redoma, impossível, prepara uma acção de intervenção mediática. Ana Leandro aposta pelo Instituto Cultural, na realização deste de-sejo de RP. A sua intenção é pôr a nu a intensa mediatização sublimada numa colagem con-tínua, num permanente zapping, tendo como “agente adormecedor”, com relevância, a CNN.

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Assim, distribui pelos órgão de comunicação so-cial do Território diversos materiais: desenhos, cartoons, poemas, a crítica de arte, textos de intervenção, e não faltando as entrevistas.

Este ano nova intervenção surge, desta vez valorizando a reciclagem de materiais ditos

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pobres, desperdícios da sociedade de consumo, convertidos em caixinhas-objectos-de-arte. A mensagem passa pela maior atenção que deve ser dedicada às pequenas coisas e aos objectos de uma vida quotidiana tão cheia, tão densa, tão in-tensa. Noutra vertente, a sua obra tem, viva,

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uma componente fortemente marcada pela es-piritualidade. Fascínio pela China Clássica, e pela história das religiões e expressões filosó-ficas, elevam-se como campos de pesquisa e estudo, investigando e coleccionando livros so-bre as temáticas referidas mas dando primazia aos livros e documentos sobre o Chà e a Rota da Seda. Rui Paiva já não sabe viver sem as

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suas aguarelas, fora dos seus desenhos, sem o respirar cromático, sem a seiva artística numa sociedade em que a Cultura se volatiza de for-ma abstractizante nas intempéries virtuais do desapego ao futuro. de 2005. Van Bâch, em Novembro de 2005.

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DADOS BIOGRÀFICOS

Nasce em Moçambique, licenciando-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia, em Lisboa, onde vem a ser monitor e Assistente por vários anos (76-79), deslocando-se para Macau em 1979. Nesta localidade do Oriente, o convívio com artistas chineses tem resultados profícuos, levando-o a expor em diversas cidades asiáticas. Edita um livro de desenhos em 1982, assim como ilustra livros de poesia e ensaio de diversos poetas e escritores locais, vendo desenhos seus serem publicados em diversos jornais chineses e portugueses.• Frequenta Cursos de Experiências Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), Lisboa, entre 1984 e 1986, orientados pelos Pintores João Vieira e José Mouga;• Lança o seu site, www.ruipaiva.com, em Novembro de 1998, seguindo-se o site www.rui-paiva.com.• Edita três serigrafias nos últimos anos e o CPS edita uma quarta em 2004; • Em 2003 é o responsável pela organização / montagem da exposição de Júlio Resende em Paris, na Embaixada e Consulado Portugueses;Actualmente é:• Presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Nacional de Belas Artes;• Gestor do Património Artístico de um grande grupo financeiro privado.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS• 2005 Dezembro: “La Storia del Paesaggio che voleva conoscere il Mondo”, na Livraria Italiana Junho/Julho: «O Mistério das Caixas Sonhadoras, uma Fábula Sobre a Reciclagem dos Sentidos », na Galeria do Braço De Prata; Abril/Maio: «Diário dos sonhos diurnos na transição dos séculos” no salão de Arte Moderna da SNBA; Março: «Fenêtre du monde: visions d’une imagination vagabonde” na Nova Livraria Francesa e Instituto Franco Português.

• 2004 “A Oriente – Os Sentidos”, Galeria Minimal, Porto;• 2002 “Window of The World. Translucent Images.” no CCB, Lisboa;• 2002 “Janela do Mundo. Imagens Translúcidas” no Museu Nogueira da Silva, em Braga;• 2000 “Paisagens no Olhar”, Galeria Santiago em Palmela;• 1999/2000 “Latitudes do Sonho” no Convento das Inglesinhas, ISEG, ao Quelhas;• 1998 “Realidade Solta”, Palácio da Independência, Lisboa• 1994/5 “Nine Dreams”, Association of Fine Arts, HO CHI MINH CITY, Vietname;• 1993 “Recent Paintings” na Wattis Fine Arts Galery, Hong Kong;• 1993 “Ilusão Submersa II” Galeria Ygrego, Lisboa;• 1992 “Ilusão Submersa”, Pavilhão do Jardim LOU LIM IEOC, em Macau;• 1991 “Compreender o Verde” no remodelado Edifício de S. Rafael, Macau;• 1991 “Sépias e Sanguíneas do Deserto”: Galeria da Livraria Portuguesa, IPOR, Macau, (Intervenções mediáticas simultâneas em diversos meios de comunicação de Macau, sobre a mediatização da Guerra do Golfo);• 1990 “Aguarelas”, Galeria Asiatrade em Macau.

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EXPOSIÇÕES COLECTIVAS MAIS RELEVANTES• 2005 Cristo Palavra e Imagem, SNBA, Novembro; Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, Dezembro, participações anuais neste desde 1988;• 2004 Galeria 57, Leiria; Salão de Outono, Galeria de Arte do Casino Estoril;• 2003 Exposição de Múltiplos da SNBA, Agosto - Setembro; Salão de Outono, Galeria de Arte do Casino Estoril, Novembro - Janeiro;• 2002 “Visões da China: Da interioridade ao Olhar de Quem Descobre” . Colectiva organizada na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa e pelo Centro de Estudos Chineses ; Exposições Colectivas da Galeria 9Arte em Lisboa e Porto;• 2001 Exposição Primeiro Prémio Internacional de Pintura de Macau, Macau; • 1997 “Obras Sobre Papel”, SNBA, 1997;• 1994 Exposição conjunta na Galeria Ygrego, Lisboa;• 1993 I Bienal de Arte de Macau, com mostras em Macau, Lisboa, Porto e Amagasaki no Japão; Colectiva de Desenhos na Galeria da Livraria Portuguesa em Macau; 5th Aniversary, Wattis Fine Arts de Hong Kong;•1992 IV Exhibition - Federation of Asian Art Association , ( com o Círculo os Amigos da Cultura - CAC), Coreia do Sul;• 1991 5th Asia International Art Exhibition (organizada pelo CAC), Kuala Lumpur, Malásia; I Bienal do Sabugal, Sabugal;•1990 Galeria do Leal Senado de Macau (a convite do CAC); VII Colectiva dos Artistas de Macau; Exposição Conjunta com Rui Calçada Bastos, na Galeria Asiatrade em Macau;• 1988 Arte Jovem Salão Primavera do Casino Estoril; • 1985 Atelier Livre de João Vieira.

COLECÇÕES ONDE ESTÁ REPRESENTADOMillennium BCP (Colecções BPA e BCP); Fundação Oriente; Banco Português de Gestão; Grupo Caixa Geral de Depósitos; Deloitte & Touche; Instituto Internacional de Macau; Governo da Região Administrativa Especial de Macau; Wattis Fine Arts Galery de Hong Kong; Academia/ Museu de Belas Artes de Ho Chi Minh City, no Vietname;Casa Museu Nogueira da Silva em Braga; Inúmeras Colecções Privadas.

Lisboa, 38 de Novembro de 2105

Contactos: www.rui-paiva.comhttp://rumapa.blogspot.comemail: [email protected] [email protected].: 965408360

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Ficha Técnica

EdiçãoRui Paiva

Organização e ExposiçãoRui Paiva

TextoRui Paiva

Fotografias do ArtistaMargarida Paiva e João Paiva

Trabalho DigitalLuis Rodrigues - Codicópia

CapaAguarela de Rui Paiva12x9 cms

Pré-Impressão e ImpressãoCodicópia

Tiragem: 1000 exemplares

Copyright@2005 - Rui Paiva