roubo com emprego de arma. necessidade de percia
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A incidncia da majorante do emprego de arma no
delito de roubo e a necessidade de percia.
Gabriel Habib(*)
Questo que sempre se discutiu em doutrina e em
jurisprudncia a necessidade de apreenso e perciana arma de fogo, para a
incidncia da causa especial de aumento de pena positivada no art. 157, 2,
I, do Cdigo Penal.
O emprego da arma de fogo vem positivado no Cdigo Penalcom o majorante no delito de roubo, aumentando-lhe a pena de um tero a
metade. Eis o tipo legal de crime:
Art. 157 - Subtrair coisa mvel alheia, para si ou para
outrem, mediante grave ameaa ou violncia a pessoa,
ou depois de hav-la, por qualquer meio, reduzido
impossibilidade de resistncia: Pena - recluso, de quatro
a dez anos, e multa.
1 - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtrada a coisa, emprega violncia contra pessoa ou
grave ameaa, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a deteno da coisa para si ou para terceiro.
2 - A pena aumenta-se de um tero at metade:
I - se a violncia ou ameaa exercida com emprego de
arma;
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II - se h o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vtima est em servio de transporte de valores e
o agente conhece tal circunstncia.
IV - se a subtrao for de veculo automotor que venha a
ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantm a vtima em seu poder,
restringindo sua liberdade.
3 Se da violncia resulta leso corporal grave, a pena
de recluso, de sete a quinze anos, alm da multa; se
resulta morte, a recluso de vinte a trinta anos, sem
prejuzo da multa.
Porarma de fogo entenda-seaarma que arremessa projteis
empregando a fora expansiva dos gases gerados pela combusto de um
propelente confinado em uma cmara que, normalmente, est solidria a um
cano que tem a funo de propiciar continuidade combusto do propelente,
alm de direo e estabilidade ao projtil. (art. 3, XIII do Decreto 3.665/2000).
Muito se tem discutido, h alguns anos, sobre a conduta do
agente que pratica o delito de roubo com o emprego de arma. O tema cinge-se
necessidade de apreenso e de percia na arma de fogo, para a incidncia da
causa especial de aumento de pena positivada no art. 157, 2, I, do Cdigo
Penal.
Toda a discusso voltada para o potencial lesivo da arma de
fogo.
No se desconhece que uma arma, ainda que desmuniciada,
possa gerar uma ameaa vtima, um maior temor, um constrangimento ilegal,
servindo de instrumento para prtica de vrios delitos, como ameaa,
constrangimento ilegal, leso corporal, estupro etc.
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Entretanto, a sua potencialidade lesiva no reside em ameaar,
constranger ou qualquer coisa parecida, mas, sim, lanar um projtil ao ar, por
meio da deflagrao de uma carga explosiva, como dito acima.
Entenda-se, de uma vez por todas, que a potencialidade lesiva
de uma arma de fogo no est em ameaar, lesionar ou constranger,
sobretudo porque at mais eficaz uma ameaa ou constrangimento exercido,
por exemplo, com uma faca ou com uma simples garrafa de vidro quebrada, do
que com uma arma desmuniciada.
Inicialmente, cabe a anlise da mens legislatoris, isso , da real
inteno do legislador quando inseriu a majorante do emprego de arma no tipo
legal do crime de roubo. No h dvidas de que a inteno do legislador, ao
criar essa majorante, foi trazer uma maior reprovabilidade do agente, com
reflexos na magnitude de sua culpabilidade, uma vez que no delito de roubo
com emprego de arma, existe a real possibilidade de o agente causar a morte
ou a leso corporal na vtima, o que lhe garante maior eficcia na consumao
do delito.
Da surgir toda a controvrsia jurisprudencial: como se
comprovar o potencial lesivo da arma de fogo?
Embora os Tribunais superiores j sinalizem em sentido
unssono, o tema ainda objeto de controvrsia no STF e no STJ.
importante ressaltar, de incio, que no haver concurso de
crimes entre o tipo legal do crime de roubo e o de porte de arma de fogo, uma
vez que o emprego da arma de fogo j funciona como causa especial de
aumento de pena prevista no art. 157, 2, I, do Cdigo Penal.
Quanto necessidade de apreenso e perciana arma de fogo
para se aferir o seu potencial lesivo, para a incidncia da majorante prevista no
art. 157, 2, I, do Cdigo Penal, no h posio pacificada nos Tribunais
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Superiores.
O STF tem posio de seu Plenrio no sentido da
desnecessidade de realizao de percia para que incida a majorante do
emprego de arma no delito de roubo, desde que haja outros meios probatrios
do potencial lesivo da arma de fogo, como o depoimento de uma testemunha
ou as palavras da vtima (informativo n 536).
No STJ, a Quinta Turma entende que no necessria a
apreenso e percia para a incidncia da majorante, desde que haja outros
elementos probatrios (informativo n 394), seguindo, portanto a orientao
jurisprudencial do Plenrio do STF.
De outro giro, a Sexta Turma, tem posio pacificada no
sentido de sernecessriaa apreenso e percia para a incidncia da majorante
(informativo n 386).
Entretanto, a Sexta Turma parece ter mudado o seu
entendimento, alinhando-se ao entendimento da Quinta Turma, tendo em vista
que em recente julgado entendeu que no necessria a apreenso e percia
para a incidncia da majorante, desde que haja outros elementos probatrios
(informativo n 478).
Seguem, abaixo, o quadro contendo o resumo dosposicionamentos e a ntegra dos Informativos mencionados.
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STF
Plenrio: Desnecessidade de
percia, desde que haja outros
elementos probatriosInformativo n 536
STJ
Quinta Turma: Desnecessidade de
percia, desde que haja outros
elementos probatrios Informativo n 394
Sexta Turma: Necessidade de
perciaInformativos n 386, 423 e 449
Sexta Turma: Desnecessidade de
percia, desde que haja outros
elementos probatriosInformativo n 478
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STF INFORMATIVO N 536
Plenrio.
Roubo: Emprego de Arma de Fogo e Causa de Aumento - 1
Para a caracterizao da majorante prevista no art. 157, 2, I, do CP, no se exige
que a arma de fogo seja periciada ou apreendida, desde que, por outros meios de
prova, reste demonstrado o seu potencial lesivo. Com base nesse entendimento, o
Tribunal, por maioria, indeferiu habeas corpus, afetado ao Pleno pela 1 Turma,
impetrado contra deciso do STJ que entendera desnecessria a apreenso de arma
de fogo e sua percia para a caracterizao da causa de aumento de pena do crime de
roubo. No caso, a Defensoria Pblica da Unio sustentava constrangimento ilegal,
consistente na incidncia da majorante do inciso I do 2 do art. 157 do CP
violncia ou ameaa exercida com o emprego de arma de fogo , sem que verificado
o potencial lesivo do revlver. Assentou-se que, se por qualquer meio de prova em
especial pela palavra da vtima, como no caso, ou pelo depoimento de testemunha
presencial ficar comprovado o emprego de arma de fogo, esta circunstncia dever
ser levada em considerao pelo magistrado na fixao da pena. Ressaltou-se que, se
o acusado alegar o contrrio ou sustentar a ausncia de potencial lesivo da arma
empregada para intimidar a vtima, ser dele o nus de produzir tal evidncia, nostermos do art. 156 do CPP, segundo o qual a prova da alegao incumbir a quem a
fizer. Aduziu-se no ser razovel exigir da vtima ou do Estado-acusador comprovar o
potencial lesivo da arma, quando o seu emprego ficar evidenciado por outros meios de
prova, mormente quando esta desaparece por ao do prprio acusado, como
usualmente acontece aps a prtica de delitos dessa natureza. HC 96099/RS, rel. Min.
Ricardo Lewandowski, 19.2.2009. (HC-96099).
Roubo: Emprego de Arma de Fogo e Causa de Aumento - 2
Enfatizou-se, ademais, que a arma de fogo, mesmo que, eventualmente, no tenha o
poder de disparar projteis, pode ser empregada como instrumento contundente, apto
a produzir leses graves contra vtimas inermes. Ressaltou-se, tambm, que a
hiptese no guardaria nenhuma correspondncia com o roubo perpetrado com o
emprego de arma de brinquedo exemplo frequentemente invocado pelos que
defendem a necessidade de percia para caracterizao da forma qualificada do delito
, em que o tipo penal fica circunscrito quele capitulado no caput do art. 157 do CP,
porquanto a ameaa contra a vtima restringe-se apenas ao plano psicolgico, diante
da impossibilidade de que lhe sobrevenha qualquer mal fsico. Concluiu-se que exigir
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M -
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uma percia para atestar a potencialidade lesiva da arma de fogo empregada no delito
de roubo, ainda que cogitvel no plano das especulaes acadmicas, teria como
resultado prtico estimular os criminosos a desaparecer com elas, de modo a que a
qualificadora do art. 157, 2, I, do CP dificilmente poderia ser aplicada, a no ser nas
raras situaes em que restassem presos em flagrante, empunhando o artefato
ofensivo. Vencidos os Ministros Cezar Peluso, Eros Grau e Gilmar Mendes, que
concediam a ordem, para revogar a qualificadora mencionada, ao fundamento de que
ela s poderia ser aplicada nos casos em que demonstrada a lesividade potencial da
arma, porque a intimidao, a violncia e a grave ameaa j fazem parte do tipo penal.
Afirmavam que, em caso de dvida, como na espcie, por no se saber se a arma
tinha ou no real capacidade ofensiva, a presuno no poderia correr contra o ru,
seja por fora do princpio do favor rei, seja em razo do princpio do nus da prova
que, em matria penal, recai sempre sobre a acusao. A Min. Crmen Lcia, no
obstante reconhecendo ser elementar do tipo a existncia de um instrumento que
possa de alguma forma constituir a gravidade que se contm nesse tipo penal,
acompanhou o relator, neste caso, por reputar comprovada a lesividade do revlver,
por outros meios de prova, independentemente da percia. HC 96099/RS, rel. Min.
Ricardo Lewandowski, 19.2.2009.
STJ INFORMATIVO N 478.
Sexta Turma
ARMA. FOGO. INIDONEIDADE. PERCIA. OUTROS MEIOS. PROVA.
A Turma, entre outras questes, reiterou o entendimento adotado pela Terceira Seo,com ressalva da Min. Relatora, de que prescindvel a apreenso e percia de armade fogo para a aplicao da causa de aumento de pena prevista no art. 157, 2, I, doCP, impondo-se a verificao, caso a caso, da existncia de outras provas queatestem a utilizao do mencionado instrumento. No caso, o magistrado de primeirograu e a corte estadual assentaram a existncia de prova pericial suficiente ademonstrar a inidoneidade da arma de fogo utilizada pelo ru, dada sua ineficcia paraa realizao dos disparos. Assim, a Turma concedeu a ordem a fim de afastar a causade aumento prevista no art. 157, 2, I, do CP e reduziu a pena para cinco anos equatros meses de recluso a ser cumprida inicialmente no regime semiaberto, mais 13dias-multa. HC 199.570-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em21/6/2011.
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20199570http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20199570http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=96099&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M -
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STJ. INFORMATIVO N 449.
Sexta Turma.
PERCIA. ARMA. FOGO. POTENCIALIDADE LESIVA. QUALIFICADORA.
A jurisprudncia assente na Turma dispe que, para incidir a majorante prevista no art.
157, 2, I, do CP, imprescindvel apreender a arma para, posteriormente, aferir sua
potencialidade lesiva mediante percia. No caso, o exame pericial constatou que ela
no se encontrava apta para a realizao de disparo, assim, afasta-se o acrscimo
decorrente do emprego de arma. Logo, a Turma concedeu a ordem, afastando a
mencionada qualificadora. Precedentes citados: HC 111.769-SP, DJe 3/8/2009, e
AgRg no HC 111.143-RS, DJe 2/3/2009. HC 118.439-SP, Rel. Min. Og Fernandes,
julgado em 28/9/2010.
STJ. INFORMATIVO N 423.
Sexta Turma.
ROUBO. ARMA BRANCA. MAJORANTE.
Trata-se de roubo qualificado pelo emprego de arma branca (art. 157, 2, I, do CP) e
o impetrante pleiteia a concesso da ordem para que seja cancelada a agravante.
Inicialmente, destacou o Min. Relator que a orientao da Sexta Turma em reiterados
julgados no sentido de que, para a aplicao da causa de aumento pelo uso de
arma, imprescindvel a apreenso dela, a fim de que sua potencialidade lesiva seja
apurada e atestada por um expert. Exemplificou que, nos casos em que no h
apreenso, mas a vtima e demais testemunhas afirmam de forma coerente que houvedisparo com a arma de fogo, no necessria a apreenso e a percia do objeto para
constatar que a arma possua potencialidade lesiva e no era de brinquedo, uma vez
que sua eficcia mostra-se evidente. Contudo, nos demais casos, sua apreenso
necessria. Isso decorre da mesma raiz hermenutica que inspirou a revogao da
Sm. n. 174-STJ. A referida smula, que autorizava a exasperao da pena quando
do emprego de arma de brinquedo no roubo, tinha como embasamento a teoria de
carter subjetivo. Autorizava-se o aumento da pena em razo da maior intimidao
que a imagem da arma de fogo causava na vtima. Ento, em sintonia com o princpioda exclusiva tutela de bens jurdicos, imanente ao Direito Penal do fato, prprio do
http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20118439http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20118439 -
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Estado democrtico de direito, a tnica exegtica passou a recair sobre a afetao do
bem jurdico. Assim, reconheceu-se que o emprego de arma de brinquedo no
representava maior risco para a integridade fsica da vtima; to s gerava temor nela,
ou seja, revelava apenas fato ensejador da elementar "grave ameaa". Do mesmo
modo, no se pode exacerbar a pena de forma desconectada da tutela do bem
jurdico, ao se enfrentar a questo da arma branca. Afinal, sem a apreenso, como
seria possvel aferir sua potencialidade? Sem a percia, como saber se a faca utilizada
no estava danificada? Logo, sob o enfoque do conceito fulcral de interpretao e
aplicao do Direito Penal (o bem jurdico), no se pode majorar a pena pelo emprego
de arma de fogo sem a apreenso e a percia para determinar se o instrumento
utilizado pelo paciente, de fato, era uma arma de fogo, circunstncia apta a ensejar o
maior rigor punitivo. Portanto, no caso, cabe o cancelamento da agravante referente
ao uso de arma branca. Diante disso, a Turma concedeu a ordem. HC 139.611-MG,
Rel. Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), julgado em
18/2/2010.
STJ INFORMATIVO N 394
Quinta Turma
ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ARMA BRANCA NO APREENDIDA.
A Turma, denegou a ordem de habeas corpus ao entendimento (j consolidado na
jurisprudncia) de que, no crime de roubo, quando existem outros elementos
comprobatrios que levam a admitir a autoria imputada ao ru, no necessria a
apreenso da arma ou sua percia para o aumento da pena pelo seu uso, conforme
previsto no art. 157, 2, I, do CP. Nas instncias ordinrias, ficou comprovado que oora paciente ingressou num vago de trem armado de um estilete e que, sob ameaa,
subtraiu dinheiro e o celular da vtima, a qual depois o reconheceu. Precedentes
citados: HC 96.407-SP, DJ 4/8/2008, e HC 91.294-SP, DJ 23/6/2008. HC 127.661-SP,
Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/5/2009.
http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20139611http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20139611http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20127661http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20127661http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%20139611 -
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STJ INFORMATIVO N 386
Sexta Turma
EMPREGO. ARMA. FOGO. APREENSO. PERCIA. NECESSIDADE.
A Turma, por maioria, mesmo aps recente precedente do STF em sentido contrrio,
reiterou seu entendimento de que necessria a apreenso da arma de fogo para que
possa implementar o aumento da pena previsto no art. 157, 2, I, do CP. Com a
ausncia da apreenso e percia da arma, no se pode apurar sua lesividade e,
portanto, o maior risco para a integridade fsica da vtima. Precedentes citados doSTF: HC 96.099-RS, DJ 10/3/2009; HC 92.871-SP, DJ 6/3/2009; HC 95.142-RS, DJ
5/12/2008; do STJ: HC 36.182-SP, DJ 21/3/2008; HC 100.906-MG, DJ 9/6/2008, e HC
105.321-PA, DJ 27/5/2008. HC 99.762-MG,Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
julgado em 10/3/2009.
*Gabriel Habib Defensor Pblico Federal no Rio de Janeiro.
Ps graduado pelo Instituto de Direito Penal Econmico e Europeu da Universidade de
Coimbra.
Professor e Coordenador do CURSO FORUM / RJ.
Professor da EMERJ Escola da Magistratura do Rio de Janeiro.
Professor de FESUDEPERJ Fundao Escola da Defensoria Pblica do Rio de
Janeiro.
Professor do Curso IDEIA/RJ.
Professor do Curso CEJUS Centro de Estudos Jurdicos de Salvador/BA.
Professor do Curso CEJUSF/RJ.
Professor do Curso Jurdico/PR.
Professor do Curso CEJJUF/MG.
Professor da ps graduao da Universidade Estcio de S.Autor do livro Leis Penais Especiais para Concursos. Editora JusPodivm.
http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2099762http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC%2099762