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RELATO DE ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Diante da proposta do Curso de Ciências da Religião Bacharelado e Licenciatura Plena em Ensino Religioso, do Centro Universitário Municipal de São José (USJ), em Santa Catarina, através da disciplina “Estágio Curricul ar Supervisionado II Séries Finais do Ensino Fundamental”, os acadêmicos Cláudia Martins, Maria Helena Pedrini Walter e Matheus Maestri David planejaram e desenvolveram algumas práticas pedagógicas, que serão relatadas a seguir. O estágio foi, pois, realizado na Escola de Ensino Fundamental São Miguel, da Rede Estadual de Educação, que atende, aproximadamente, 380 alunos do Ensino Fundamental Séries Iniciais e Finais. A turma em que ocorreram as intervenções foi o 6º ano (séries finais), com a qual se propôs tratar da temática “valores”. Essa turma era composta por 17 alunos, com idade de 11 anos. Para essa turma, então, optou-se por trabalhar o conceito essencial “Caminhos de Reintegração”, contemplando o conteúdo “O sistema de valores determinando ati tudes e comportamentos em vista de objetivos religiosos”; essa decisão se deu amparada pelas orientações da Proposta Curricular de Santa Catarina para o Ensino Religioso 2001, com base nas sugestões realizadas pela professora de Ensino Religioso da escola, e pelas análises feitas acerca da turma com base nas observações anteriores. Historicamente, de acordo com o FONAPER (2009), a educação escolar tem possibilitado, simultaneamente, o acesso ao conhecimento construído pela humanidade e o desenvolvimento do indivíduo como pessoa, em seus valores e suas atitudes. A presente proposta de “atividade de aprendizagem” vem, pois, justamente, ao encontro dessa dinâmica escolar de integrar o conhecer e o desenvolver. Pontuado, pela Proposta Curricular de Santa Catarina para o Ensino Religioso 2001, como um dos “Caminhos de Reintegração” (Conceito Essencial) na concepção do fenômeno religioso, o conteúdo “...sistema de valores...” mostra-se como uma oportunidade de reflexão e compreensão mais profundas do ser e agir humanos, abrindo caminho para a descoberta de outras dimensões humanas como a consciência e a vivência religiosas.

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Page 1: ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADE DE … · e para facilitar a ligação com a dinâmica do dia. Na dinâmica “Abrigo . Subterrâneo” cada educando recebeu uma cópia

RELATO DE ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

Diante da proposta do Curso de Ciências da Religião – Bacharelado e

Licenciatura Plena em Ensino Religioso, do Centro Universitário Municipal de

São José (USJ), em Santa Catarina, através da disciplina “Estágio Curricular

Supervisionado II – Séries Finais do Ensino Fundamental”, os acadêmicos

Cláudia Martins, Maria Helena Pedrini Walter e Matheus Maestri David

planejaram e desenvolveram algumas práticas pedagógicas, que serão

relatadas a seguir.

O estágio foi, pois, realizado na Escola de Ensino Fundamental São

Miguel, da Rede Estadual de Educação, que atende, aproximadamente, 380

alunos do Ensino Fundamental – Séries Iniciais e Finais.

A turma em que ocorreram as intervenções foi o 6º ano (séries finais),

com a qual se propôs tratar da temática “valores”. Essa turma era composta

por 17 alunos, com idade de 11 anos.

Para essa turma, então, optou-se por trabalhar o conceito essencial

“Caminhos de Reintegração”, contemplando o conteúdo “O sistema de valores

determinando atitudes e comportamentos em vista de objetivos religiosos”;

essa decisão se deu amparada pelas orientações da Proposta Curricular de

Santa Catarina para o Ensino Religioso – 2001, com base nas sugestões

realizadas pela professora de Ensino Religioso da escola, e pelas análises

feitas acerca da turma com base nas observações anteriores.

Historicamente, de acordo com o FONAPER (2009), a educação escolar

tem possibilitado, simultaneamente, o acesso ao conhecimento construído pela

humanidade e o desenvolvimento do indivíduo como pessoa, em seus valores

e suas atitudes.

A presente proposta de “atividade de aprendizagem” vem, pois,

justamente, ao encontro dessa dinâmica escolar de integrar o conhecer e o

desenvolver. Pontuado, pela Proposta Curricular de Santa Catarina para o

Ensino Religioso – 2001, como um dos “Caminhos de Reintegração” (Conceito

Essencial) na concepção do fenômeno religioso, o conteúdo “...sistema de

valores...” mostra-se como uma oportunidade de reflexão e compreensão mais

profundas do ser e agir humanos, abrindo caminho para a descoberta de outras

dimensões humanas como a consciência e a vivência religiosas.

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No processo de construção da identidade humana

[...] os VALORES E LIMITES ÉTICOS (re)produzidos pelas culturas ou tradições/movimentos religiosos constituem-se em „margens‟ pelas quais o grande rio da vida (individual e coletiva) se realiza, porque influenciam a maneira como as pessoas escolhem [e se comportam] [...]. (CECCHETTI, 2008-2010, p. 12, grifo do autor).

Desse modo, torna-se de grande importância a promoção de discussões

em torno da temática em questão, tendo em vista a sua relevância para uma

madura e ampla percepção do aluno a si próprio – como ser único e como

parte de um todo – e de tudo aquilo que contribui para a sua constituição

pessoal, social e religiosa.

Como destaca o FONAPER (2009, p. 45-46),

é na dinâmica da educação que o anseio de aprender a totalidade da vida e do mundo é explicitado [...], [campo esse onde] o Ensino Religioso contribui para a vida [individual] e coletiva dos educandos na perspectiva unificadora que a expressão religiosa tem, de modo próprio e diverso, diante dos desafios e conflitos.

Segundo o FONAPER (2009, p. 73), a turma em questão encontra-se

em um

[...] período escolar em que o educando começa a aprender a pensar sobre coisas imaginárias e ocorrências possíveis, passando da lógica indutiva para a dedutiva, experimentando transformações físicas, afetivas, cognitivas e sociais, buscando valores novos, interessando-se pelos problemas da vida e tendo facilidade para ação e reflexão.

Sendo assim, fica clara a relação entre o conteúdo proposto e a vida dos

alunos, já que existe uma pré-disposição natural para a aproximação ao que

tange os fundamentos da vida moral e comportamental de cada um e,

conseqüentemente, do grupo social e/ou religioso a que se está inserido. Neste

sentido, Japiassu (1996, p. 93 apud CECCHETTI, 2008-2010, p. 12) ressalta

que

os valores e limites éticos [...] configuram a identidade singular [de cada indivíduo e] de um grupo social, o diferenciando dos demais, apontando os sentidos da vida humana, os fundamentos da obrigação e do dever, a natureza do bem e do mal, o valor da consciência ética fundamentada nos conjuntos das regras de conduta.

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É, pois, com esse olhar – processual e totalizante – que o Ensino

Religioso se dá, colaborando para a compreensão de como se estrutura o

mundo pessoal e coletivo do aluno, e de que como o fenômeno religioso

perpassa tudo isso.

Nosso objetivo principal, portanto, foi o de oportunizar aos alunos a

reflexão e a compreensão acerca dos valores que determinam idéias e ações,

no âmbito individual e coletivo, entendendo as tradições religiosas como um

dos elementos articuladores desse sistema de valores. Para tanto, elaboramos

basicamente uma atividade para cada dia de intervenção, procurando avançar

com o conteúdo gradativamente e de maneira interligada.

Logo no início da primeira aula, procurou-se deixar claro aos educandos

o tema geral das aulas: “Qual o valor dos „valores‟?”.

Na 1ª aula (Identidade) foi proposta uma auto-reflexão, um

autoconhecimento acerca de si mesmo, através da dinâmica “Penso/Sinto,

Quero, Faço”. Os educandos receberam uma folha com o desenho de um

triângulo dentro de quatro círculos; cada ponta do triângulo referia-se a uma

“disposição e/ou atitude”: Penso/Sinto, Quero, Faço, e cada círculo referia-se a

uma área da vida: Vida pessoal, Família, Escola, Religião (vide ANEXO A).

Cada educando refletiu individualmente sobre todos esses aspectos,

procurando descrever: “O que eu penso/sinto sobre a minha Vida, Família,

Escola, Religião? O que eu quero para a minha Vida, Família, Escola,

Religião? O que eu faço para a minha Vida, Família, Escola, Religião?”. Ao

final, fez-se uma partilha e uma análise conjunta sobre o exercício realizado.

Na 2ª aula (Valores) procurou-se possibilitar a reflexão e a conceituação

do que são “valores”. Com a dinâmica “Meus Valores”, os educandos

receberam uma folha (vide ANEXO B) onde deveriam enumerar de 1 a 5 os

valores considerados mais importantes para si. Ao final, fez-se um

levantamento dos valores pontuados, destacando as diferenças de valores e

hierarquias.

A 3ª aula (Atitudes/Comportamentos) teve por intenção instigar a tomada

de decisão e de posição diante das circunstâncias da vida. Primeiramente, foi

distribuído um “caça-palavras” contendo os 20 valores que mais apareceram na

atividade da aula anterior, de modo a relembrar o que já havia sido conversado

e para facilitar a ligação com a dinâmica do dia. Na dinâmica “Abrigo

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Subterrâneo” cada educando recebeu uma cópia do texto “Abrigo Subterrâneo”

(vide ANEXO C); individualmente, os educandos deveriam decidir dentre os

personagens sugeridos, quem seria salvo da catástrofe; em seguida, os

educandos foram divididos em 3 grupos, que procurariam chegar a um

consenso de quem deveria ser salvo. Ao final, expôs-se o resultado de cada

grupo e refletiu-se sobre o exercício realizado.

Com a 4ª aula (Tradições Religiosas) buscou-se proporcionar o

conhecimento e a identificação do sistema de valores das tradições religiosas,

por meio da dinâmica “O Rio”. Diante da imagem de um rio, os educandos

deveriam escrever seus nomes (em barquinhos previamente confeccionados) e

fixá-los no leito do rio; em seguida, foram disponibilizadas diversas frases (com

a temática “valores”), dentre as quais cada educando deveria escolher aquela

que mais lhe chamou a atenção, e fixá-la nas margens do rio (vide anexo D).

Ao final, deveriam identificar a qual denominação religiosa cada frase escolhida

pertencia e refletir sobre como somos influenciados por diferentes sistemas de

valores, destacando as tradições religiosas.

Por fim, procurou-se rever toda a caminhada feita durante as aulas,

mostrando como em nossas vidas, assim como um rio, somos influenciados

por aquilo que está ao nosso redor (família, escola, religião). Para encerrar, foi

entregue um texto-síntese (vide ANEXO E) com o conteúdo das intervenções.

Figura: Dinâmica

“Penso/Sinto, Quero, Faço”

Fonte: Arquivo pessoal

Figura: Dinâmica

“Abrigo Subterrâneo”

Fonte: Arquivo pessoal

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Figura: Dinâmica “O Rio”

Fonte: Arquivo pessoal

Os recursos utilizados para a realização da atividade de aprendizagem

foram: quadro, giz/caneta, apagador; (1ª aula) folha com o desenho de um

triângulo dentro de quatro círculos; (2ª aula) folha com espaços numerados de

1 a 5; (3ª aula) texto “Abrigo Subterrâneo”; (4ª aula) cartaz com a imagem de

um rio, barquinhos para fixar no cartaz, frases (com a temática “valores”) de

diferentes denominações religiosas, fita adesiva; texto-síntese.

REFERÊNCIAS

CECCHETTI, Elcio (Org.). Reorganização curricular do ensino religioso: versão preliminar. Florianópolis: GEREDs, 2008-2010. FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. Parâmetros curriculares nacionais: ensino religioso. São Paulo: Mundo Mirim, 2009.

HEERDT, Mauri Luiz; PAIM, Miriangela (Orgs.). Dinâmicas: propostas inteligentes para escolas, grupos e comunidades. São Paulo: Editora Mundo e Missão, 2004. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta curricular de Santa Catarina: implementação do ensino religioso. Florianópolis: SED, 2001. SOUSA, Ana Maria Borges de; CARDOSO, Teresinha Maria. Organização escolar. Florianópolis: UFSC/EAD/CED/CFM, 2008.

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ANEXOS

ANEXO A –

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ANEXO B –

MMeeuuss VVaalloorreess

1

2

3

4

5

MMeeuuss VVaalloorreess

1

2

3

4

5

MMeeuuss VVaalloorreess

1

2

3

4

5

MMeeuuss VVaalloorreess

1

2

3

4

5

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ANEXO C –

AABBRRIIGGOO SSUUBBTTEERRRRÂÂNNEEOO

Imagine que a nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se

um homem e solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que

só pode acomodar 7 pessoas. Mas há 14 moradores, listados abaixo. Faça a

escolha das 7 pessoas que você salvaria no abrigo subterrâneo.

Um músico, com 40 anos.

Uma advogada, com 25 anos.

Um líder religioso, com 75 anos.

Uma prostituta, com 34 anos.

Um ateu, com 20 anos.

Um estudante do 6º ano.

Um policial, com 28 anos.

Uma vovó, com 67 anos.

Um professor, com 33 anos.

Um homossexual, com 47 anos.

Uma criança, com 4 anos.

Um jogador de futebol, com 19 anos.

Um humorista, com 50 anos.

Você.

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ANEXO D – “Barquinhos” / “Frases”

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“Não fazer ao próximo aquilo

que não gostarias que fosse

feito a ti.” (Judaísmo)

“Seja o melhor que puder ser

para todas as pessoas ao seu

redor: elas fazem parte da

sua vida. Com elas ou por elas,

terás a paz que procuras no

coração.” (Judaísmo)

“Da covardia que foge da nova

verdade, da preguiça que se

contenta com meias-verdades,

da arrogância que pensa que

sabe toda a verdade, livrai-

nos.” (Judaísmo)

“Tudo quanto queres que os

outros façam para ti, fazei-o

também para ele...”

(Cristianismo)

“Sei que meu trabalho é uma

gota no oceano, mas sem ele,

o oceano seria menos.”

(Cristianismo)

“Primeiro elimina o engano da

tua visão. E depois livra o teu

companheiro do erro.”

(Cristianismo)

“Ninguém pode ser um crente

até que ame o seu irmão como

a si mesmo.” (Islamismo)

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“A riqueza não provém da

abundância de bens materiais,

mas de uma mente tranqüila e

de um coração feliz.

(Islamismo)

“A generosidade consiste em

dar antes de lhe ser

solicitado.” (Islamismo)

“Fico triste quando alguém me

ofende, mas, com certeza, eu

ficaria mais triste se fosse eu

o ofensor... Magoar alguém é

terrível.” (Espiritismo)

“Fora da caridade, não há

salvação.” (Espiritismo)

“Lembre-se de que o silêncio,

às vezes, é a melhor

resposta.” (Budismo)

“Por mais que na batalha se

vença um ou mais inimigos, a

vitória sobre si mesmo é a

maior de todas as vitórias.”

(Budismo)

“A compaixão é, por natureza,

serena e doce, mas muito

poderosa. É o verdadeiro sinal

de força interior.” (Budismo)

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“Esta é a síntese do dever:

não fazer aos outros aquilo

que lhes seria causa de dor.”

(Hinduísmo)

“O bem que faz num dia, é

semente de felicidade para o

dia seguinte.” (Hinduísmo)

“O amor é a força mais

humilde, e também mais

poderosa, que o mundo

possui.” (Hinduísmo)

“Uma palavra resume a boa

conduta: bondade.”

(Confucionismo)

“Nem todos podem ser

ilustres, mas todos podem ser

bons.” (Confucionismo)

“A melhor maneira de não

errar é não fazer nada. No

entanto, não fazer nada é o

maior erro de todos.”

(Confucionismo)

“Considera o ganho do teu

vizinho como o teu, e a sua

perda como tua mesma

perda.” (Taoísmo)

“O sábio não se preocupa com

tesouros materiais. Quanto

mais ele dá aos outros, mais

tem.” (Taoísmo)

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“Não permita que o seu

coração contenha sentimentos

maus e ciumentos...” (Taoísmo)

“Sinceridade, verdade,

retidão, patriotismo e

lealdade... O objetivo na vida

é vivenciar esses valores da

melhor maneira possível.”

(Xintoísmo)

“Em todas as coisas, sejam

elas grandes ou pequenas,

encontre o homem certo e

elas certamente serão bem

administradas.” (Xintoísmo)

“Devemos ser irmãos de todos

os seres e de todas as

coisas.”

(Religiões Indígenas)

“O homem é feliz quando vive

segundo os costumes da tribo

e em harmonia com a

natureza.” (Religiões Indígenas)

“Viver os grandes valores

africanos da solidariedade, da

religião, da harmonia e da

vida.” (Candomblé)

“Fazer o bem a quem precisa...

A caridade é fonte de

equilíbrio.” (Umbanda)

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ANEXO E – Texto-síntese

ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO MIGUEL

6º ANO

São José, ___ de _______ de _____.

QQUUAALL OO VVAALLOORR DDOOSS ““VVAALLOORREESS””??

Você sabe a resposta dessa pergunta? Para respondê-la corretamente você precisa pensar um pouquinho... Primeiro, pensar sobre você mesmo e sobre tudo o que está ao seu

redor: sua família, seus colegas, sua escola, sua religião... Depois, descobrir que existem algumas coisas que ajudam você a viver

melhor, como: o amor, a amizade, a honestidade, a paz, o perdão, o respeito, a responsabilidade... Tudo isso chamamos de VALORES!

São os VALORES que, lá na sua consciência e no seu coração, “dizem” o que fazer e como fazer quando se está vivendo situações difíceis.

Se alguém está triste em sua casa, você pode tentar ser paciente e levar um pouco de alegria. Se algum colega de escola está com dificuldades nos estudos, você pode tentar ser generoso e cooperar nas atividades em sala de aula. Se você conhece alguém de uma religião diferente da sua, você pode tentar ser compreensivo e respeitar essa diferença.

Agora, é importante lembrar sempre: assim como você tem um jeito de pensar e de viver... os seus vizinhos, os alunos de outra turma, as pessoas de outra cidade, os fiéis de outra religião também têm um jeito próprio de pensar e de viver.

Mas, apesar dessas diferenças de ser e de viver, uma coisa todas as pessoas têm em comum: os VALORES!

São os VALORES que formam nossa “identidade” e influenciam nossas “atitudes” e nossos “comportamentos”.

De muitas maneiras você pode aprender sobre os VALORES: com sua família, na sua escola, e com as religiões... As religiões, por exemplo, nos ensinam que cada pessoa e o mundo em que vivemos têm sua importância, e por isso devem ser respeitados e amados; as religiões nos ensinam que só pode existir vida, onde são cultivados e colhidos os VALORES! E, então? Você já sabe “qual o valor dos „VALORES‟?”

Um grande abraço!

CCllááuuddiiaa,, MMaarriiaa HHeelleennaa ee MMaatthheeuuss

(Estagiários do Curso de Ciências da Religião da Universidade Municipal de São José – USJ)