romantismo grupo a

82
A Arte do século XIX Do Romantismo, ao Impressionismo e à Revolução Industrial

Upload: becresforte

Post on 23-Jun-2015

1.817 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Romantismo grupo A

A Arte do século XIX

Do Romantismo, ao Impressionismo e à Revolução

Industrial

Page 2: Romantismo grupo A

∂ História dos Estilos “subproduto da ciência histórica”;

∂ Criar um Estilo;

∂ Ruturas com a tradição do século XVIII;

∂ Revolução industrial, económica e social;

Page 3: Romantismo grupo A

∂ Evolução não linear;

∂ “Se sobrepõem, se fundem, se opõem, desaparecem ou renascem”;

∂ Incentivo político e económico;

∂ “Desabar das certezas” – a essência da arquitectura é posta em causa.

Page 4: Romantismo grupo A

O Romantismo

O romantis

mo

Page 5: Romantismo grupo A

∂ Foi uma nova corrente anti-racionalista que valorizava os sentimentos e as emoções.

∂ Defendia que a arte era uma “revelação da alma” através da beleza e da genealidade.

∂ Esta corrente manifestou-se numa época onde predominava o idividualismo, o humanismo e o nacionalismo do Liberalismo.

Page 6: Romantismo grupo A

Princípios defendidos pelo Romantismo:

∂ Interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções;

∂ Isolamento da alma em comunhão com a Natureza, manifestado na exaltação do mundo real;

∂ Valorização do passado de cada nação cujas razões mergulhavam na Idade Média;

∂ A convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação obedecendo a impulsos pessoais por uma necessidade inata e sublime.

Page 7: Romantismo grupo A

Arquitectura do Romantismo

Page 8: Romantismo grupo A

∂ Capaz de provocar sensações, motivar estados de espirito e transmitir ideias.

∂ Marcava a passagem da “forma medida” para a “forma sentida”.

“Abadia de Fonthill” numa aguarela de Francis Danby (1854).

Page 9: Romantismo grupo A

Características:

∂ Inspirado nos valores da ordem, das propoções, da simetria e da harmonia;

∂ Preferiam a irregularidade da estrutura espacial e volumétrica;

∂ Invocação de espaços diferentes distantes e imaginários.

Page 10: Romantismo grupo A

Peckforton Castle (1844 a 1850)

Scarisbick Hall (1837 a 1884

∂ O organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento dos planos e o pitoresco da decoração;

Page 11: Romantismo grupo A

∂ O estudo e a reprodução de estilos construídos noutros tempos e noutros lugares;

∂ Procura de uma estética própria dando menos importância aos aspectos técnicos e estruturais.

∂ Estas características procuraram provocar o encantamento e evasão, estimulando a imaginação e os sentidos abrindo portas para novos sonhos e fantasias.

Page 12: Romantismo grupo A

Harlaxton Manor

Page 13: Romantismo grupo A

Mansão Harlaxton Manor

(1831 a 1837) por Anthony Salvin.

∂ Organicismo da sua planta;

Page 14: Romantismo grupo A

∂ Irregularidade espacial e volumétrica

Page 15: Romantismo grupo A

Exteriores:

∂ Os jardins começavam a misturar características do jardim francês, com racionalidade e geometrismo, e “jardim à inglesa”, devido ao naturalismo e selvagem;

∂ Pavilhões chineses e falsas ruínas.Jardim Francês

Jardim Inglês

Page 16: Romantismo grupo A

Jardim de Kew, com pagode chinês, por

William Chambers.

Page 17: Romantismo grupo A
Page 18: Romantismo grupo A
Page 19: Romantismo grupo A
Page 20: Romantismo grupo A
Page 21: Romantismo grupo A
Page 22: Romantismo grupo A
Page 23: Romantismo grupo A

Materiais:

∂ Os edificios possuiam estruturas em ferro e aço;

∂ Utilizavam materiais industriais como o tijolo e o vidro mas preferiam os materiais naturais.

Page 24: Romantismo grupo A

Revivalismo∂ Movimento artistico que reproduziu técnicas e

cânones estéticos de correntes anteriores.

∂ Interesse pela História e as suas descobertas;

∂ O nacionalismo político e grande valorização pelas tradições nacionais;

∂ Exaltação do instinto e do misticismo;

∂ Desejo de fuga ao presente.

Page 25: Romantismo grupo A

O primeiro revivalismo foi o Neogótico

∂ Iniciou-se no século XVIII em Inglaterra;

∂ Como principais autores temos: - Horace Walpole (1717 a 1785); - James Wyatt (1748 a 1813); - August Pugin (1762 a 1832) e o filho com

o mesmo nome (1812 a 1852);

- John Ruskin; - Chateaubriand (1768 a 1848); - Viollet-le-Duc (1814 a 1879).

Page 26: Romantismo grupo A

O Neogótico ficou materializado por toda a Europa e

Estados Unidos:

Inglaterra ∂ Reedificação do Palácio do Parlamento por

Charles Barry (1795 a 1860) e August Pugin.

Page 27: Romantismo grupo A

França

∂ Monumentos medievais destacando-se Viollet-le-Duc na execução das Muralhas da Cidade de Carcassonne, nas Igejas de Notre-Dame de Paris, Santa Madalena de Vézelay e no Castelo de Pierrefonds;

∂ A obra neogótica de raiz foi a Igreja de Santa Clotilde por F.C. Bau (1759 a 1853) e Théodore Ballu (1817 a 1885).

Page 28: Romantismo grupo A

Alemanha

∂ O Neogótico assumiu um estilo “nacional”;

∂ A obra mais carismática foi o Castelo de Neuschwanstein (1870) por Georg von Dollmann (1830 a 1895) e localizada nos Alpes Bávaros.

Page 29: Romantismo grupo A

Estados Unidos da América

∂ Êxito nos edifícios religiosos;

∂ A obra mais relevante foi a Catedral de São Patrício (1859 a 1879) por James renwick.

Page 30: Romantismo grupo A

Devido à forte tendência foi surgindo outros revivalismosevoluindo, assim, as modas pontuais e a maior

excentricidade deencomendadores e arquitectos:

∂ Neo-romântico;∂ Neo-renascentista;∂ Neobizantino;∂ Neobarroco.

Alimentaram a imaginação e a melancolia românticas.As réplicas tornavam se mais superficiais e teatrais

utilizandodimensões pomposas e materiais atractivos.

Page 31: Romantismo grupo A

Eclectismos∂ Tendência que reflecte e intrega influências

provenientes de várias épocas e estilos combinando as no mesmo edifício;

∂ O exemplo mas digno foi a Ópera de Paris (1862 a 1875) por Charles Garnier (1825 a 1898) apresentando características neoclássicas e neobarrocas.

Page 32: Romantismo grupo A

Os extismos∂ O gosto pelas culturas exóticas e que excita a

imaginação e os sentidos pelo mistério;

∂ Espirito romântico, irrequieto, insatisfeito e sonhador do Homem romântico;

∂ Na música e no teatro originou-se o gosto pela descrição de histórias, terras e ambientes estranhos;

Page 33: Romantismo grupo A

∂ Influências orientais, chinesas e japonesas;

∂ O primeiro exemplo foi no séc. XVIII com a construção do Pavilhão Real (1752 a 1839) por John Nash (1752-1835) em estilo indo-muçulmano;

∂ Um outro estilo foi o Neo-árabe.

A Irregularidade dos volumes é acentuada pelas cúpulas bulbosas de diferentes dimensões e alturas e pelas chaminés disfarçadas de minaretes.

Page 34: Romantismo grupo A

Em Portugal …

Page 35: Romantismo grupo A

Caracteristicas:

• Ecletismo

• Neomanuelino

Page 36: Romantismo grupo A

• Neogótico

• Neorromânico

Page 37: Romantismo grupo A

Exotismos

Neoárabes

Page 38: Romantismo grupo A

Autores

Page 39: Romantismo grupo A

Nicola Bigaglia/ Luigi Manini

José Luís Monteiro

Page 40: Romantismo grupo A

Escultura

Page 41: Romantismo grupo A

Execução: mais demorado e lento que o das outras artes plásticas

Materiais : - mármore -bronze

Page 42: Romantismo grupo A

Temáticas: - naturais - alegóricos - fantasistas - históricos - literários - retratos

Page 43: Romantismo grupo A

Caracteristicas:• Evitaram-se as composições estáticas e as

superficies lisas e polidas

• Procurou-se exaltar a expressividade através de composições movimentadas e de sentido dramático

• Representavam corpos realistas mas com posições, gestos e faces carregadas de sentimento e emoção

• Não faltavam os contrastes de cheios-vazios, os jogos de textura, as superficies aparentemente inacabadas e propositadamente indefinidas

Page 44: Romantismo grupo A

• Interesse pelos anseios e enigmas profundos do homem;

• Exaltação do sonho, da divagação e da imaginação;

• Individualismo e confessionismo;

• Valorização do exótico;

Page 45: Romantismo grupo A

Autores

Page 46: Romantismo grupo A

François Rude

• Nasceu em Dijon e trabalhou no negócio de seu pai até os dezesseis anos, recebendo ao mesmo tempo treinamento em desenho de François Devosges.

• Depois matriculou-se na Escola Real de Desenho de Dijon e dali transferiu-se para Paris em 1809, estudando com Pierre Cartellier.

• Em 1812 recebeu o Prêmio de Roma.

Page 47: Romantismo grupo A

• Após se ter casado voltou a Paris, expondo as obras Mercúrio colocando suas sandálias

e uma estátua da Virgem Maria para a

Igreja de Saint-Gervais, que foram recebidas favoravelmente.

• Seus maiores sucessos vieram após 1833, quando recebeu a cruz da Legião de Honra por sua estátua :

Jovem pescador napolitando brincando com uma tartaruga

Page 48: Romantismo grupo A

August Préault

• Antoine-Augustin Préault (1809 - 1879)

• É um escultor francês do Romantismo

• Nasceu em Marais, em Paris e o seu desejo era ser conhecido por August Préault durante o seu tempo de vida.

Page 49: Romantismo grupo A

Clémence Isaure • Jardin du Lusembourg

Page 50: Romantismo grupo A

Antoine Louis Barye

• Nasceu em Paris a 1796 e faleceu em 1875

• Foi um escultor francês.

• Assim como a maioria dos escultores da Era Romântica ele começou sua carreira como ourives.

• Começou a estudar na École des Beaux Arts em 1818, mas foi só em 1823 que descobriu sua verdadeira vocação, ao principiar seus estudos em desenho e modelagem de esculturas em escala reduzida.

Page 51: Romantismo grupo A

“Teseu e o Minotauro"

Em exposição no Louvre

Page 52: Romantismo grupo A

Jean-Baptiste Carpeaux

• Jean Baptiste Carpeaux 1827 —1875) foi um pintor e escultor francês.

• Filho de um pedreiro

• Estudou na Escola de Arquitetura de Valenciennes.

• No ano de 1842, foi para Paris e trabalhou em diversos lugares para pagar alguns cursos para completar a sua formação.

• Em 1850 entra na fábrica de Duret.

• Viaja para Roma em 1854 e em 1866 Napoleón III lhe encarrega da decoração escultural de Pavilion of Flora dando assim sua participação como arquiteto imperial Lefuel.

• .

Page 53: Romantismo grupo A

A Dança, Ópera Garnier, • Paris

Page 54: Romantismo grupo A

Autores Portugueses

Victor Bastos : colaborou na decoração escultórica do Arco da Rua Augusta, no Terreiro do Paço, em Lisboa, ao lado de Célestin Anatole Calmels, inaugurado em 1873. São de sua autoria as figuras reclinadas, que representam os rios Tejo e Douro, assim como as estátuas de Nuno Álvares Pereira, Viriato, Marquês de Pombal e Vasco da Gama.

Page 55: Romantismo grupo A

António Augusto da Costa Mota, usualmente conhecido como Costa Mota (Tio), para o distinguir do seu sobrinho e homónimo, também escultor, foi um escultor de grande nomeada dos fins do século XIX e princípios do século XX, cuja obra é constituída por monumentos, estátuas, bustos, etc.

Célestin Anatole Calmels (1822-1906 (84 anos)) foi um escultor francês, que passou grande parte da sua vida em Portugal.

Page 56: Romantismo grupo A

Pintura

Page 57: Romantismo grupo A

∂ Ideário Romântico melhor se expressou;

∂ Alcançou o apogeu entre 1820 e 1850;

∂ Finais do séc. XVIII;

∂ Influências do Grupo Nazareno e Pré-Rafaelitas, fazendo a transição para o Realismo e o Simbolismo.

Page 58: Romantismo grupo A

∂ Fugindo às regras do neoclássico, o pintor romântico lutou pela livre expressão do seu eu pessoal.

- Imaginação - Sonho - Sentimentos - Sensibilidade

∂ A arte, segundo os impulsos da alma, tornou-se individualizada e diversificada sob o ponto de vista estilístico. Algo notório também a nível temático.

Page 59: Romantismo grupo A

∂ Características: - Temáticas: - Históricas; - Literárias; - Mitologias; - Retrato captadas de modo subjectivo,

emocional e psicológico.

∂ Outros temas já do renascimento: - Actualidade político-social da época; - Mundo do sonho e do fantástico; - Costumes populares; - Tradições, hábitos e raças; - Vida Animal; - Paisagem.

Page 60: Romantismo grupo A

∂ Modo de Execução: - Espontaneidade - Individualismo

∂ Muito influenciada ainda pelo academismo neoclássico.

∂ Liberta-se do neoclássico pela maneira como sobrevaloriza a cor.

∂ Transforma-se no elemento principal da forma.

Page 61: Romantismo grupo A

∂ A pintura apresenta também, traços estilísticos comuns:

- Cor sobre o desenho linear; - Intensos efeitos de claro-escuro; - Óleo e aguarela; - Estruturas agitadas e movimentadas; - Figura Humana.

Page 62: Romantismo grupo A

Autores:

EUA:

∂ Benjamim West (1738-1820)

∂ John Singleton Copley (1738-1815)

Page 63: Romantismo grupo A

Inglaterra:

∂ Georges Stubbs (1724-1806)

∂ William Blake (1757-1827)

William Blake, Piedade, 1795

Page 64: Romantismo grupo A

∂ John Constable (1776-1837)

John Constable, O Campo de Trigo, 1826

Page 65: Romantismo grupo A

∂ William Turner (1755-1851)

William Turner, Paz, Funeral do Mar, 1842

Page 66: Romantismo grupo A

França:

∂ Théodore Géricault (1791-1824)

Théodore Géricault, Retrato de um Alienado Cláptomano, 1882

Page 67: Romantismo grupo A

∂ Eugène Delacriox (1798-1863)

Eugène Delacroix, A Liberdade Guiando o Povo, 1830

Page 68: Romantismo grupo A

Suiça:

∂ Henri Füssli (1741-1825)

Henri Füssli, Titânia, Buttom e as Fadas, 1794

Page 69: Romantismo grupo A

Alemanha:

∂ Caspar David Friedrich (1774-1840)

Caspar David Fredrich, O Caçador na Floresta, 1813-14

Page 70: Romantismo grupo A

Espanha:

∂ Francisco Goya (1746-1828)

Francisco Goya, O 3 de Maio de 1808 em Madrid, 1814

Page 71: Romantismo grupo A

A Pintura Romântica em Portugal

∂ Chegou tarde a Portugal e por influência de alguns artistas estrangeiros que trabalhavam no país.

∂ Sem objectivos concretos e consistentes, manifestou-se através paisagens confundindo-se com o Naturalismo.

∂ A pintura não foi uma área muito relevante do romantismo em Portugal, como foi a literatura.

Page 72: Romantismo grupo A

Temáticas:

∂ Histórica;

∂ De Género;

∂ Paisagem;

∂ Cenas místicas;

∂ Retrato.

Page 73: Romantismo grupo A

Autores:

∂ Agusto Roquemont (1804-1852) Génova, naturalizado português;

∂ Luís Pereira Meneses (1817-1878);

Luis Pereira Meneses, D. Carlota, viscondessa de Meneses, 1862

Page 74: Romantismo grupo A

∂ Tomás da Anunciação (1818-1879;

∂ João Cristino da Silva (1829-1877);

∂ Leonel Marques Pereira (1828-1892);

∂ Francisco Metrass (1825-1861);

∂ Miguel Ângelo Lupi (1826-1883);

∂ Alfredo Keil (1850-1907).

Page 75: Romantismo grupo A

Lewis Hine

Page 76: Romantismo grupo A

∂ Professor e fotógrafo americano : Fotografia documental.

∂ Procurava alertar, ensinar e transmitir mensagens acerca de problemas sociais aos espectadores através das suas fotografias.

Page 77: Romantismo grupo A

∂ As suas fotos contribuíram para que leis de protecção de jovens fossem criadas, e que houvesse uma melhoria nas condições de trabalho para o resto dos cidadãos.

∂ Um dos seus melhores trabalhos foi sobre Ellis Island onde os emigrantes com esforço construíram a Nação.

∂ Reconhecimento das suas fotografias apenas após a sua morte.

Page 78: Romantismo grupo A

Ellis Island∂ Porto de Nova Iorque

∂ Partiam e chegavam emigrantes de diversos países numa altura em que os Estados Unidos passava por uma crise e havia grandes injustiças sociais (1905-20)

Page 79: Romantismo grupo A

∂ Hine usava a sua esperteza para invadir fábricas de forma subtil, para poder fotografar. Inventava desculpas para entrevistar as crianças e escondia a sua câmera, fingindo tomar notas num bloquinho.

Page 80: Romantismo grupo A

∂ Serviu para mostrar como na realidade milhões de emigrantes viviam marginalizados em Nova York e noutras cidades, ganhando miseráveis salários em empregos onde eram praticamente escravizados.

Page 81: Romantismo grupo A

∂ A emigração para os Estados Unidos ofereceu a alguns fotógrafos uma rara oportunidade de poder ver a terra da promissão e liberdade atraindo para si os famintos e desabrigados da Europa. Para Lewis Hine, a oportunidade serviu para mostrar as suas preocupações sociais através das suas fotografias de Ellis Island.

Page 82: Romantismo grupo A

http://www.youtube.com/watch?v=Xrv0YitIQiA

Video: