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ROBERTO AKIRA HADA LASER CIRÚRGICO COMO ALTERNATIVA PARA REMOÇÃO DE HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Londrina 2016

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Page 1: ROBERTO AKIRA HADA - UEL · contribuir para minha formação, trazendo seu conhecimento e disciplina para que minha pesquisa fosse concluída. Ao meu grande amigo Alessandro Molina

ROBERTO AKIRA HADA

LASER CIRÚRGICO COMO ALTERNATIVA PARA

REMOÇÃO DE HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA

Londrina 2016

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ROBERTO AKIRA HADA

LASER CIRÚRGICO COMO ALTERNATIVA PARA

REMOÇÃO DE HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Cirurgião-Dentista. Orientador: Prof. Ms. Lauro Toyoshi Mizuno

Londrina 2016

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ROBERTO AKIRA HADA

LASER CIRÚGICO COMO ALTERNATIVA PARA REMOÇÃO DE

HIPLERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Orientador: Prof. Ms. Lauro Toyoshi Mizuno Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Ricardo Alves Matheus

Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, _____de ___________de 2016 .

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AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por todos os benefícios que Ele

tem feito por mim. Sua graça me fez alcançar um dos momentos mais importantes

da minha vida, me dando força, sabedoria e capacidade para concluir este curso.

A minha família que foi o refúgio que precisei na fase mais difícil que passei

nesta jornada, sendo o baluarte em que eu pude me alicerçar e continuar minha

caminhada. Minha esposa Thânia que teve o amor e a paciência, ajudando a

prosseguir cada fase desde processo acadêmico.

Ao professor orientador Lauro Toyoshi Mizuno que se dispôs a me ajudar, e

contribuir para minha formação, trazendo seu conhecimento e disciplina para que

minha pesquisa fosse concluída.

Ao meu grande amigo Alessandro Molina que sempre esteve comigo,

colaborando e ajudando em todos os momentos sem hesitar, sendo meu amigo e

irmão para todas as horas, meu muito obrigado.

Enfim a todos os meus colegas do curso de odontologia da turma 71 que ao

longo desses anos tiveram tão próximos, nos tornando uma grande família. Obrigado

a todos. Que Deus abençoe vocês. Um grande abraço.

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“Talvez não tenha conseguido fazer o

melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.

Não sou o que deveria ser, mas graças a Deus,

não sou o que era antes”. (Marthin Luther King)

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HADA, Robero Akira. Laser cirúrgico como alternativa para remoção de Hiperplasia Fibrosa Inflamatória. 2016. 31. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

RESUMO

A hiperplasia fibrosa inflamatória é considerada um processo proliferativo não

neoplásico que acomete a boca, engloba as lesões dos tecidos moles resultantes de

traumas crônicos de intensidade baixa, sendo muito freqüente entre as lesões

bucais diagnosticadas na clinica odontológica. Mediante o relato de caso clínico, foi

realizada biópsia excisional de uma hiperplasia fibrosa inflamatória com o emprego

de laser cirúrgico diodo Thera Lase Surgery. A paciente A.M.V, gênero feminino, 62

anos, compareceu à Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Londrina, na

cidade de Londrina, Paraná apresentando nódulo na região de fundo de sulco

superior do lado esquerdo, adjacente a borda da prótese total, de proporções 15mm

x 10mm por 3mm de altura, consistência fibrosa, inserção séssil, coloração

levemente avermelhado e superfície lisa, de limites nítidos, assintomático. Um dos

tratamentos sugerido foi a remoção cirúrgica da lesão com laser diodo Thera Lase

Surgery à potência de 2000mW. O emprego de laser cirúrgico diodo tem

demonstrado ser uma técnica segura e eficaz, além de retratar inúmeras vantagens

quando comparado com a técnica convencional para cirurgias de lesões na cavidade

bucal. O uso do laser faz com que a remoção da lesão se torne um procedimento

simples, rápido, preciso, e menos invasivo. Constataram-se vantagens como:

diminuição da dor e da infecção pós-cirurgia, menor quantidade de anestésicos

locais utilizados, ausência de sangramento, menor formação de edemas e cicatrizes,

eliminação de sutura, além de reduzir a duração da cirurgia. A amostra coletada de

tecido invariavelmente deve ser enviado para análise histopatológica, para se

comprovar o diagnóstico.

Palavras-chave: Hiperplasia fibrosa inflamatoria. Prótese. Laser cirurgico. Laser diodo. Laser de alta potência.

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HADA, Roberto Akira. Laser surgical removal as an alternative to hyperplasia Inflammatory Fibrous. 2016. 31. Completion of course work (undergraduate Dentistry) - State University of Londrina, Londrina, 2016.

ABSTRACT

Inflammatory fibrous hyperplasia is considered a non-neoplastic proliferative process that affects the mouth, encompasses the soft tissue lesions resulting from chronic low intensity trauma, being very frequent among the oral lesions diagnosed in the dental clinic. Through the clinical case report, an excisional biopsy of an Inflammatory fibrous hyperplasia with the use of surgical laser diode Thera Lase Surgery was performed. A.M.V female patient, 62 years old, went to, State University of Londrina’s Dentistry Clinic at Londrina, state of Paraná, presenting a nodule in the upper sulcus fundus on the left side, adjacent to the border of the total prosthesis. The nodule was 15mm x 10mm by 3mm high, fibrous consistency, sessile insertion, slightly reddish coloration, smooth surface, with clear limits, and asymptomatic. One of the treatments suggested was the surgical removal of the lesion with the Thera Lase Surgery set at 2000mW. The use of the diode surgical laser has been shown to be a safe and effective technique, in addition, it has numerous advantages when compared to the conventional surgical technique for lesions in the oral cavity. The use of the laser makes the removal of the lesion become a simple, fast, precise, and less invasive procedure. There were advantages such as: less pain and chance of infection after surgery; amount of anesthetics smaller; absence of bleeding; less formation of edema formation and scarring; absence of suture; and reduction of shortening surgery duration. The collected tissue sample should, invariably, be sent for histopathological analysis, in order to prove the diagnosis. Key words: Inflammatory fibrous hyperplasia. Prosthesis. Diode laser. Surgical Laser. High Power Laser.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Prótese total superior na boca ................................................................ 23

Figura 2 – Prótese total superior ............................................................................. 23

Figura 3 – Lesão próximo região de rebordo lado esquerdo ................................... 24

Figura 4 – Laser diodo de alta potência Thera Lase Surgery (DMC Equipamentos

Ltda, São Carlos/SP, Brasil) ..................................................................................... 25

Figura 5 – Potência aplicada na cirurgia ................................................................. 25

Figura 6 - Início da incisão com o Thera Lase Surgery ........................................... 26

Figura 7 - Incisão na base da lesão ......................................................................... 26

Figura 8 - Lesão completamente removida ............................................................. 27

Figura 9 - Região pós-operatório imediato .............................................................. 27

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CO2 Dióxido de carbono

FDA Food and drug administration

LASER Ligth Amplification by stimulated emission of radiation

HILT Higth intensity laser treatment

LILT Low intensity laser therapy

KPT Fosfato de potássio e titânio

mm Milímetros

Nd:YAG Neodímio-itrio-alumínio-granada

nm Nanômetro

mW Miliwatts

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12 2. OBJETIVOS .............................................................................................. 14 3. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 15 3.1 HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA ................................................ 15 3.2 LASER ................................................................................................................... 18 3.2.1 Laser Diodo .............................................................................................. 20 4. RELATO DE CASO................................................................................... 22 5. CONCLUSÃO ........................................................................................... 28 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 29

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1. INTRODUÇÃO

A hiperplasia fibrosa inflamatória é uma lesão proveniente de uma reação

do tecido conjuntivo fibroso, considerada um processo proliferativo da boca, que

engloba as lesões dos tecidos moles resultantes de traumas crônicos de baixa

intensidade (NEVILLE, et. al., 2009; SANTOS; COSTA; SILVA, 2004;

FIROOZMAND, et. al., 2005). Há uma freqüente associação entre o aparecimento da

hiperplasia fibrosa inflamatória e a utilização de próteses mal adaptadas (ALVES;

GONÇALVES, 2005; COELHO; SOUSA; DARÉ, 2004; NEVILLE, et. al., 2009;

SAPP, et. al., 1997). Todavia, outros fatores etiológicos como dentes fraturados,

raízes residuais, higiene bucal inadequada, restaurações mal adaptadas, diastemas

e outros traumas, estão associados ao desenvolvimento da lesão. (BASSI; VIEIRA;

GABRIELLI, 1998; COELHO; SOUSA; DARÉ, 2004).

Epúlide fissurada, tumor por lesão de dentadura, epúlide por dentadura, são

outros nomes pelos quais a lesão é conhecida (NEVILLE, et. al., 2009). Bem como

mencionada por Alves e Gonçalves (2005) como hiperplasia fibrosa traumática. No

entanto, ela é intitulada de forma mais adequada como hiperplasia fibrosa

inflamatória (NEVILLE, 2009; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004). O termo

epúlide está em desuso, por referir-se a qualquer tumor da gengiva ou mucosa

alveolar. (NEVILLE, 2009; REGEZI, 2000).

Normalmente os adultos de meia idade e idosos são os mais acometidos,

devido à lesão estar relacionada ao uso de prótese (NEVILLE, et. al., 2009). Alves e

Gonçalves (2005) em seus estudos observaram casos de hiperplasia fibrosa

inflamatória em todas as faixas etárias, com prevalência na quinta década de vida.

Ocorrem em ambas às arcadas, no entanto a porção anterior da maxila e mandíbula

é mais afetada do que as posteriores. Em relação ao gênero estudos indicam que

dois terços a três quartos dos casos advêm de biopsias realizadas em mulheres.

(NEVILLE, et. al., 2009).

O tratamento mais comumente realizado para a hiperplasia fibrosa

inflamatória é a remoção cirúrgica com auxílio do bisturi associado à retirada do fator

irritante (MONTEIRO, et. al., 2012).

Lasers de alta intensidade tem se tornado mais uma ferramenta no

tratamento de lesões bucais. Os benefícios do laser de alta intensidade para o

tratamento das lesões da cavidade oral têm sido reportados na literatura, entre eles

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podemos citar: hemostasia eficiente dispensando o uso de suturas, possibilidade de

diminuição do tempo operatório e redução bacteriana na ferida operatória

(ROMANOS, NENTWIG, 1999).

Considerando os benefícios do laser, este trabalho teve como relevância

analisar outra forma de tratamento, empregando o laser cirúrgico de diodo como

alternativa para remoção da hiperplasia fibrosa inflamatória.

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2. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de hiperplasia

fibrosa inflamatória na qual foi utilizado o laser cirúrgico diodo Thera Lase Surgery

(DMC Equipamentos Ltda, São Carlos/SP, Brasil), como tratamento alternativo para

remoção da lesão.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Hiperplasia Fibrosa Inflamatória

A hiperplasia fibrosa inflamatória se caracteriza por uma lesão reacional do

tecido conjuntivo fibroso, em reação a irritação local ou por traumas crônicos de

intensidade baixa, geralmente por próteses mal ajustadas/adaptadas ou

ocasionalmente por hábitos para-funcionais. A hiperplasia fibrosa inflamatória é

considerada um processo proliferativo não-neoplásico, que condiz com aumento

tecidual, normalmente, em resposta a um estímulo crônico de longa duração.

(NEVILLE, et. al., 2009; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004; FIROOZMAND et.

al., 2005).

O termo epúlide se refere ao crescimento de uma massa pseudo tumoral

sobre tecidos moles principalmente da região anterior da maxila e da mandíbula,

causado pelo aumento no número de células na gengiva (SANTOS; COSTA; SILVA

NETO, 2004). A hiperplasia fibrosa inflamatória, também denominada epúlide

fissurada, epúlide causada por dentadura, é uma lesão freqüentemente encontrada

em pacientes atendidos na clinica odontológica. Entretanto, o termo epúlide está em

desuso, por referir-se a qualquer tumor da gengiva ou mucosa alveolar (NEVILLE,

et. al., 2009; REGEZI, 2000).

Os fatores desencadeantes podem estar relacionados a infecções fúngicas,

devido ao uso inadequado de próteses (BASSI; VIEIRA; GABRIELLI, 1998). De

acordo com Moreira e colaboradores (2002), o uso de prótese é um fator

predisponente ao surgimento dessas infecções. Outras causas além de próteses mal

adaptadas podem ser incluídas no surgimento dessa lesão, tais como diastemas,

bordos cortantes de dentes, procedimentos iatrogênicos e higiene bucal inadequada.

(BASSI; VIEIRA; GABRIELLI, 1998; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004).

Alves e Gonçalves (2005) em seus estudos encontraram casos de

hiperplasia fibrosa inflamatória em todas as faixas etárias, com prevalência na quinta

década de vida. Em pesquisas realizadas por Torreão e colaboradores (1999),

houve predominância pela sexta década de vida, seguida pela quarta e quinta

décadas. É uma doença comum que afeta principalmente pacientes do gênero

feminino na sexta e sétima décadas de vida. (COELHO; SOUSA; DARÉ, 2004).

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A hiperplasia fibrosa inflamatória é classificada por muitos como um tumor

benigno da mucosa bucal que encontra maior prevalência entre mulheres e idosos

(BORRAS; MOLINA; ESCODA; 2005).

Esta lesão caracteriza-se por um crescimento, limitado, de consistência

firme que pode ser ulcerado ou não, e desenvolve-se lentamente cessando-se após

a remoção do agente causal. Os aspectos clínicos variam de uma lesão inflamada e

ulcerada a uma lesão fibrosa. A borda da prótese total ou parcial freqüentemente

adapta-se convenientemente aos lóbulos da lesão (FIROOZMAND, et.al., 2005).

Clinicamente a HFI varia em relação à coloração, consistência, localização e tempo

de evolução. (COELHO; SOUSA; DARÉ, 2004).

A HFI pode se apresentar como um processo exofítico, ou como uma placa

bem definida. Considerando a consistência, a lesão pode variar de firme a flácida

quando submetida à palpação. A base pode ser séssil ou pediculada, com coloração

semelhante à mucosa ou eritematosa, de crescimento lento, superfície lisa ou

vegetante, sendo geralmente assintomática (FALÇÃO, et. al., 2009; NEVILLE et. al.,

2009; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004).

O seu tamanho pode variar de 1mm a 5cm de diâmetro dependendo do

local e/ou da causa da lesão. A hiperplasia fibrosa inflamatória localizada em

rebordo alveolar é geralmente uma lesão de grandes proporções, podendo se

estender até fundo de saco e apresentar ulcerações. Por outro lado, lesão em

mucosa jugal, mucosa labial e língua, apresentam-se como nódulo séssil ou

pediculado medindo até 1,5cm de diâmetro (REGEZI, 2000).

O diagnóstico é baseado na observação clínica da hiperplasia e

confirmação histopatológica da hiperplasia fibrosa inflamatória (FIROOZMAND,

et.al., 2005). O exame histopatológico, realizado através da análise tecidual, obtido

por biópsia excisional ou incisional, ainda é considerado por muitos autores, fator

importante para fechamento de diagnóstico (TOMMASI, 2002). A lesão apresenta as

seguintes características histopatológigas: epitélio pavimentoso estratificado, que

envolve tecido conjuntivo fibroso hiperplásico, com número elevado de fibras

colágenas, apresentando também alto grau de células inflamatórias crônicas e

quantidade variável de vasos sanguíneos, sendo que o epitélio pode ser ceratinizado

ou não (BASSI; VIEIRA; GABRIELLI, 1998).

A massa de tecido hiperplásico é composta por uma quantidade excessiva

de tecido conjuntivo fibroso coberto por uma camada de epitélio pavimentoso

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estratificado, que pode ter espessura normal ou mostrar acantose. Freqüentemente

também existe hiperortoceratose ou paraceratose. O tecido conjuntivo está

representado principalmente por grossos feixes de fibras colágenas com poucos

fibroblastos ou vasos sanguíneos, a menos que exista uma reação inflamatória ativa

(SHAFER, et. al., 1987).

O tratamento consiste na remoção cirúrgica, agente irritante deve ser

removido, sendo a prótese mal adaptada consertada ou confeccionada nova prótese

para evitar a recorrência da lesão, quando esse é o fator etiológico (NEVILLE, et. al.,

2009; REGEZI, 2000; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004). O tratamento mais

comumente realizado para a hiperplasia fibrosa inflamatória é a remoção cirúrgica

com auxílio do bisturi associado à retirada do fator irritante (MONTEIRO, et. al.,

2012). De acordo com Castro et. al. (1995) e Bassi, Vieira e Gabrielli (1998), é

possível haver regressão de lesões iniciais pouco elevadas com a remoção da

prótese. Além da intervenção protética, orientações a respeito da higiene oral e da

prótese são indispensáveis (COELHO; SOUSA; DARÉ, 2004).

Considerando-se a associação do uso de próteses mal adaptadas com a

ocorrência de lesões bucais, como a hiperplasia fibrosa inflamatória, fica à

incumbência do cirurgião-dentista diagnosticar o aparecimento de manifestações

orais bucais, bem como preveni-las, orientando os usuários de próteses sobre a sua

adequada higienização e a necessidade da substituição (ALVES; GONÇALVES,

2005; SANTOS; COSTA; SILVA NETO, 2004).

Outras terapêuticas podem ser adotadas em determinados casos, a

remoção pode ser feita utilizando um bisturi, eletrocautério, crioterapia, e

recentemente a utilização dos lasers cirúrgicos. (SANTOS; SILVA; COSTA NETO,

2004; FIROOZMAND, et.al., 2005; SUTER, et. al., 2014). O emprego da técnica

convencional para tratamento de lesões dos tecidos moles está mais relacionado à

dor e desconforto durante a fala, mastigação e alimentação no período pós-

operatório quando equiparado com outras técnicas de tratamento, entre elas o uso

do eletrocautério e os sistemas de lasers cirúrgicos (HAYTAC; OZCELIK, 2006).

Os lasers cirúrgicos ou de alta intensidade tem demonstrado ser uma

ferramenta útil no tratamento das lesões de tecidos moles da região oral e

maxilofacial entre elas pode-se citar: a hiperplasia fibrosa inflamatória, a mucocele, o

papiloma, o adenoma e o hemangioma (ROMANOS; NENTWIG, 1999).

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3.2 Laser

A palavra “laser” derivada da língua inglesa “Light Amplification by

Stimulated Emission of Radiation”, ou seja, amplificação da luz pela emissão

estimulada da radiação (CAVALCANTI et. al., 2011; CATÃO, 2004; JORGE et. al.,

2010). O laser é constituído por substâncias nominadas de meio ativo, estas quando

estimulada por uma fonte de energia, produzem luz. Deste modo a luz laser passa a

ser denominada como ondas eletromagnéticas não ionizantes com características

especiais. (CATÃO, 2004; HENRIQUES et. al., 2010; JORGE et. al., 2010). O laser é

um acrónimo para a amplificação de luz estimulada pela emissão de radiação,

possuindo características especiais que as diferem de outra fonte de luz (GONTIJO,

et.al., 2005; BAGGA, et.al., 2006).

O uso dos lasers de alta potência em tecidos moles na odontologia foi

somente aprovado em 1990 pela Food and Drug Administration, órgão regulador

norte-americano (JORGE et. al., 2010), em 1996 em tecidos duros. No ano de 1997,

a FDA concedeu a Premier Laser Systems aprovação para comercialização de uma

variedade de lasers de tecidos duros e moles para uso tratamento odontológico em

adultos e crianças (ELANCHEZHIYAN et. al., 2013; GARCEZ et. al., 2012; JORGE,

et. al., 2010).

A classificação dos lasers ocorre conforme seu estado de agregação do

meio ativo, podendo ser a gás, líquido, estado sólido, de associações e

semicondutores. (MENDONÇA, 1998). Lasers com comprimentos de onda diferentes

têm sido utilizados para a cirurgia oral e maxilo-facial por causa das características e

afinidades de cada um. (MERIGO, et. al., 2013).

Os lasers, de forma geral, podem ser classificados quanto a sua potência

em lasers de alta potência ou lasers cirúrgicos ou lasers quentes ou high intensity

laser treatment (HILT) e lasers de baixa potência ou lasers frios ou lasers

terapêuticos ou low intensity laser therapy (LILT) (CAVALCANTI et al., 2011).

O LILT é muito utilizado para fins terapêuticos e bioestimuladores, agindo

principalmente como aceleradores em processos cicatriciais (CAVALCANTI et. al.,

2011). Os equipamentos de LILT podem ter saída tanto pulsada quanto contínua, e

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os comprimentos de ondas mais comumente utilizados na sua prática variam de

630nm a 1300nm, incluindo, dessa forma, espectros de luz visível e não-visível

(infravermelho) (FUKUDA; MALFATTI, 2008).

Os lasers terapêuticos ou LILT são usados para alívio de dor e para acelerar

os processos de reparação do tecido duro e do tecido mole, devido aos efeitos

biomoduladores nas células e tecidos. (HENRIQUES, et. al., 2010). Os efeitos

terapêuticos do laser em lesões teciduais são bioquímicos, bioelétricos e

bioenergéticos, resultando em estímulo à microcirculação, trofismo celular, ação

analgésica (libera substâncias quimiotáxicas, que estimulam a liberação de

endorfinas), antiinflamatória (interfere na síntese de prostaglandinas), antiedematosa

(facilita o retorno venoso linfático devido à ação vasodilatadora dos capilares) e

cicatrizante (GARCEZ, et. al., 2012).

Em Odontologia, o emprego terapêutico dos lasers de alta potência é

conhecido pela sigla High intensity laser treatment (HILT), (CAVALCANTI, et. al.,

2011). Os HILTs ou lasers cirúrgicos são utilizados na odontologia para corte,

coagulação e cauterização. Também possuem efeitos de ablação como preparos

cavitários odontológicos, em cirurgias periodontais, como frenectomias e

gengivectomias e prevenção (ELANCHEZHIYAN, et. al., 2013; CAVALCANTI, et. al.,

2011; GOMES, et. al., 2007). Os lasers cirúrgicos ou de alta intensidade tem

demonstrado ser uma ferramenta útil no tratamento das lesões de tecidos moles da

região oral e maxilofacial entre elas pode-se citar: a HFI, a mucocele, o papiloma, o

adenoma e o hemangioma (ROMANOS; NENTWIG, 1999).

Lasers tornaram-se ferramentas padrão para o tratamento cirúrgico das

lesões orais. Muitos tipos de lasers foram descritos para Tecidos moles orais,

incluindo o fosfato de potássio e titânio (KTP), neodímio-itrio-alumínio-granada (Nd:

YAG), Dióxido de carbono (CO2) e o grupo de diodos semicondutores de

comprimentos de onda do laser. (ANGIERO, et. al., 2012; ROMANOS; NENTWIG,

1999).

O emprego do laser em cirurgia de tecidos mole tem demonstrado

resultados superiores às técnicas cirúrgicas convencionais. Os benefícios do laser

de alta intensidade para o tratamento das lesões da cavidade bucal têm sido

reportados na literatura, entre eles podemos citar: incisão precisa, hemostasia

eficiente evitando o uso de suturas, possibilidade de diminuição do tempo operatório

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e redução bacteriana na ferida operatória (ELANCHEZHIYAN et. al., 2013;

ROMANOS; NENTWIG, 1999; JAE-YONG JIN et. al., 2010).

A utilização de laser de alta potência vem apresentando vários benefícios na

sua aplicação, devido a seus atributos e versatilidade. Promove redução do tempo

cirúrgico, pois cortam, vaporizam, coagulam e esterilizam. O trauma cirúrgico é

menor durante o procedimento, possibilita uma melhor hemóstase, pois bloqueia a

coagulação de pequenos vasos na linha de incisão. As suturas nas cirurgias a laser

são desnecessárias, promovendo menor edema, trauma e cicatrizes pós-

operatórias. Neste tipo de cirurgia a quantidade de anestesia é reduzida (BAGGA,

et.al. 2006; GOMES, et.al. 2010; SANTOS, et.al. 2007).

3.2.1 Laser Diodo

O laser de diodo é um semicondutor que utiliza elementos no estado sólido

(ex: gálio, arsênio, alumínio, índio) para transformar energia elétrica em energia

luminosa. A energia luminosa dos lasers de diodo é rapidamente absorvida pelos

tecidos moles e pobremente absorvida pelos tecidos duros em um comprimento de

onda entre 805 a 980 nm (KRAVITZ, KUSNOTO, 2008; ROMANOS; NENTWIG,

1999).

Lasers de diodo são portáteis, compactos, menos onerosos em relação a

outros sistemas de lasers e tem se mostrado eficiente e confiável para uso em

cirurgia oral e maxilofacial. Dependendo do tipo de lesão, o laser de diodo pode ser

utilizado em modo contínuo ou modo pulsado. A energia é depositada no tecido por

contato ou não através de uma fibra óptica. No comprimento de onda de 980nm a

penetração óptica é menor que no laser de Nd: YAG (1064nm), sendo útil no

tratamento de lesões superficiais (ROMANOS; NENTWIG, 1999; STRASUSS,

FALLON, 2004).

Segundo Akbulut et. al., (2013), relatos clínicos recentes sugerem diodo

laser pode ser a primeira escolha para a cirurgia de tecidos moles bucais. Em

particular quando se trata de biópsias de lesões bucais pré-malignas e malignas

(CAPODIFERRO et. al., 2008, 2009; ANGIERO et. al. 2012).

Diversos estudos com laser de Diodo (alta potência) têm sido realizados e

demonstram boa eficiência em cirurgias de tecidos moles, como:

frenectomias,hiperplasias e gengivectomias (SALEH, 2007).

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Pode ser utilizado para remoção de lesões bucais sem a necessidade de

anestesia infiltrativa, somente com anestesia tópica (DESIATE, et.al., 2009). A

incisão marginal de lesões usando o laser de diodo é mais precisa comparado com

outros sistemas de lasers, incluindo o laser de CO2 e Nd:YAG (ROMANOS;

NENTWIG, 1999).

Ele não é indicado para tecidos ósseos devido ao rápido aumento de

temperatura que pode ocorrer no tecido alvo (ROMANOS; NENTWIG, 1999).

O laser de Diodo com comprimento de onda de 980nm mostrou-se eficaz no

tratamento de lesões pigmentadas, lesões vasculares e cirurgia bucal, foi observada

a remissão das lesões e não houve formação de cicatriz residual (DESIATE, et.al.,

2009).

Relatos de utilização do laser de Diodo para tratamento de lesões benignas

e malignas bucais mostrou-se positivo e eficaz, permitindo uma boa cicatrização e a

possibilidade de remoção de lesões sem necessidade de sutura (CAPODIFERRO

et.al., 2008, 2009).

Estudos realizados com Diodo de 810 e 980nm evidenciaram que ambos os

comprimentos de onda auxiliam no tratamento cirúrgico, diminuem o sangramento,

ausência de sutura, diminuindo a porção de anestésico utilizado e expressando boa

cicatrização. Apesar de vários trabalhos realizados para ampliar a utilização do laser

de Diodo em vários tratamentos, ainda há necessidade de estudos para determinar

parâmetros a serem utilizados na clínica diária (FORNAINI, et. al., 2007).

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4. RELATO DE CASO CLÍNICO

A paciente A.M.V., gênero feminino, 62 anos, compareceu a Clínica

Odontológica da Universidade Estadual de Londrina, na cidade de Londrina, Paraná,

relatou ser usuária da mesma prótese total, há cerca de 20 anos (Figura 1 e 2). Essa

prótese apresentava instabilidade, provocando uma hipertrofia dos tecidos na arcada

superior, na região do arco anterior, apresentando nódulo na região de fundo de

sulco superior do lado esquerdo, adjacente a borda da prótese total (Figura 3), de

proporções 15mm x 10mm por 3mm de altura, consistência fibrosa, inserção séssil,

coloração levemente avermelhado e superfície lisa, de limites nítidos, assintomático.

Em anamnese, relatou ter percebido o aparecimento da lesão há cerca de 10 anos,

não referindo dor no local.

Pelo histórico da lesão, e as características clínicas apresentadas, foi

sugerido como diagnóstico clínico de hiperplasia fibrosa inflamatória. Um dos

tratamentos propostos foi a remoção cirúrgica com laser de diodo Thera Lase

Surgery (DMC Equipamentos, São Carlos/SP, Brasil) com comprimento de onda de

808 nm (FIGURA 4). Foi indicada a paciente a confecção de uma nova prótese, após

a cicatrização, devido à nova condição anatômica. O pós-operatório imediato

apresenta um quadro livre de sangramento e bordas cirúrgicas com um mínimo de

carbonização, favorecendo a reparação tecidual (Figura 9).

Sob anestesia infiltrativa local, realizou-se a excisão da lesão com potência

de 2000 mW (FIGURA 5), e freqüência contínua. A lesão foi completamente

removida com incisão uniforme pela base (FIGURA 6, 7 e 8).

O fragmento cirúrgico foi fixado em formol 10% e encaminhada para análise

histopatológico. Foi prescrita, à paciente, medicação analgésica, caso fosse

necessário, e orientações de alimentação, com alimentos líquidos ou pastosos, de

preferência frios.

A paciente não relatou nenhum tipo de incomodo ou agravante em seu pós-operatório.

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FIGURA 1 – Prótese total superior na boca

Fonte: Do próprio autor.

FIGURA 2 – Prótese total superior

Fonte: Do próprio autor.

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FIGURA 1 - Lesão próximo região de rebordo lado esquerdo.

Fonte: Do próprio autor.

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FIGURA 4 - Laser diodo de alta potência Thera Lase Surgery (DMC Equipamentos Ltda, São

Carlos/SP, Brasil).

Fonte:http://www.dmcgroup.com.br/br/detalhe-produto/odontologica/equipamentos/laser-

cirurgico/thera-lase-surgery/108

FIGURA 5 - Potência aplicada na cirurgia.

Fonte: Do próprio autor.

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FIGURA 6 - Início da incisão com o thera lase surgery.

Fonte: Do próprio autor.

FIGURA 7 - Incisão na base da lesão.

Fonte: Do próprio autor.

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FIGURA 8 - Lesão completamente removida.

Fonte: Do Próprio autor

FIGURA 9 - Região pós-operatório imediato.

Fonte: Do próprio autor.

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5. CONCLUSÃO

- O laser cirúrgico diodo Thera Lase mostrou ser uma boa alternativa para

o cirurgião dentista no tratamento da hiperplasia fibrosa inflamatória;

- Constatou-se vantagens como: diminuição da dor e de infecção pós-

cirúrgica, menor uso de anestésicos locais, melhor hemostasia, menor sangramento,

redução na formação de edemas e cicatrizes, eliminação de sutura, além de reduzir

a duração da cirurgia;

- A utilização do laser de diodo com a menor energia necessária para a

remoção tecidual diminui o dano térmico residual nos tecidos adjacentes, resultando

num pós-operatório mais favorável e praticamente indolor ao paciente.

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