rituais do manual da maçonaria

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5/23/2018 RituaisDoManualDaMaonaria-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/rituais-do-manual-da-maconaria 1/59  1 RITUAIS ESPECIAIS ADOTADOS PELAS GRANDES LOJAS ESTADUAIS E PELO GRANDE ORIENTE DO BRASIL Lançamento da pedra fundamental de um templo Inauguração de um templo Regularização de Loja Consagração de Garante de Amizade Adoção de Lowtons Reconhecimento conjugal Comemorativo do Dia das Mães Pompa Fúnebre Funeral Maçônico (corpo presente) Serviço Fúnebre (Ritual apropriado ao enterro de irmãos) Trabalhos de Banquete Por Manoel Gomes 1996

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  • 1

    RITUAIS ESPECIAIS ADOTADOS PELAS

    GRANDES LOJAS ESTADUAIS E PELO

    GRANDE ORIENTE DO BRASIL

    Lanamento da pedra fundamental de um templo

    Inaugurao de um templo

    Regularizao de Loja

    Consagrao de Garante de Amizade

    Adoo de Lowtons

    Reconhecimento conjugal

    Comemorativo do Dia das Mes

    Pompa Fnebre

    Funeral Manico (corpo presente)

    Servio Fnebre (Ritual apropriado ao enterro de irmos)

    Trabalhos de Banquete

    Por Manoel Gomes

    1996

  • 2

    LANAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DE UM TEMPLO

    Tudo preparado e estando todos em seus lugares, os maons com os seus aventais e colares

    VEN.. - Ateno, meus Irmos - Ir.. 1 Vigilante, que vimos aqui fazer? 1VIG.. - Vimos lanar a Pedra Fundamental do novo Templo de nossa

    Augusta e Respeitvel Loja. VEN.. - Ir.. 2 Vigilante, onde est essa Pedra? 2 VIG.. - Est sobre a mesa, em vossa frente, Venervel Mestre. VEN.. - Ir.. Tesoureiro, pagastes o salrio aos Obreiros que trabalharam

    esta Pedra que vai ficar nos fundamentos do nosso novo Templo? TES.. - Sim, Venervel Mestre. Todos esto pagos e satisfeitos. VEN.. - Ir.. Secretrio, lavrastes a Ata que ficar dentro da Pedra

    Fundamental do nosso Templo, para testemunhar aos sculos? SECR.. - Sim, Venervel Mestre? VEN.. - Ir.. Chanceler, apusestes os selos nessa coluna gravada que ficar

    perpetuamente atestando nossa vitria? CHANC.. - Sim, Venervel Mestre. Est devidamente selada e timbrada, como

    documento perene do esforo dos dedicados obreiros desta oficina. VEN.. - Ir.. Mestre de Cerimnias, mandai assinar a Ata e o Livro por todos

    os Irmos presentes, visitantes e convidados, por ordem. M..CCER.. - De ordem do Venervel Mestre, convido a assinarem a Ata e o

    Livro, por ordem. (Aps as assinaturas) - Venervel Mestre, a Ata e o Livro esto devidamente assinados. VEN.. - Ir.. Porta-Estandarte, ocupai vosso lugar com o Estandarte, pois

    vamos iniciar a marcha em volta do futuro Templo para invocar sobre ele e sobre ns a proteo do Grande Arquiteto do Universo.

    - IIr.. 1 e 2 Expertos, organizai a Grande Marcha. M..CCER.. - Venervel Mestre, tudo est organizado e todos em seus lugares

    aguardando vossas ordens. VEN.. - Ir.. Mestre de Cerimnias, avisai o Ir .. Porta-Estandarte que rompa

    a marcha parando no ngulo anterior direito do novo Templo.

  • 3

    (Em marcha ao ngulo anterior direito) - Ir.. 1 Vigilante, onde estamos ns? 1VIG.. - Venervel Mestre, estamos no ngulo anterior direito do nosso

    futuro Templo. VEN.. - Ir.. 2 Vigilante, que compete fazer? 2 VIG.. - Invocar o Grande Arquiteto do Universo para que a paz e a

    harmonia fundamentem o novo Templo desta Augusta e Respeitvel Loja.

    VEN.. - Grande Arquiteto do Universo, dignai-vos lanar vistas de complacncia sobre os maons que vo elevar este Templo Vossa Glria, que este dia, para sempre memorvel, seja um marco de felicidade e regenerao. Permite, Grande Arquiteto do Universo, que os que neste Templo vierem a trabalhar, estejam sempre penetrados dos fraternais sentimentos de unio e exemplar harmonia de virtudes, geradas em nossa Ordem, para que tenhamos uma paz inaltervel.

    TODOS - Assim seja! VEN.. - Ir.. Mestre de Cerimnias, avisai o Ir.. Porta-Estandarte para que

    recomece a Grande Marcha, parando no ngulo posterior direito do nosso futuro Templo.

    (Em marcha, chegam at o ngulo posterior direito).

    - Ir.. 1 Vigilante, onde estamos? 1 VIG.. - Venervel Mestre, estamos no ngulo posterior direito do futuro

    edifcio do nosso Templo. VEN.. - Ir .'. 2 Vigilante, que nos compete fazer? 2 VIG.. - Venervel Mestre, compete-nos invocar o Grande Arquiteto do

    Universo para que a Justia e a Verdade sejam cultivadas em nosso futuro Templo.

    VEN.. - Senhor dos Mundos, fazei com que todos os nossos esforos se dirijam ao conhecimento da Verdade, que ela seja sempre por ns procurada, porque a luz que dirige os maons, e s por meio da sabedoria que a poderemos encontrar. Senhor, fazei-nos avanar nos caminhos da Justia, por ela encontraremos a Paz, Caridade Fraternal e aquele jbilo santo que s podem experimentar os que praticam as virtudes que nossa Venervel Ordem nos induz.

    VEN.. - Ir.. 2 Vigilante, que nos compete fazer? 2 VIG.. - Venervel Mestre, compete-nos orar ao Grande Arquiteto do

    Universo para que nos encha de virtudes, principalmente Temperana, Continncia e Bondade.

  • 4

    VEN.. - Eterno e Poderoso Senhor do Universo, Onipotncia incriada que tudo fizestes, Final dos Sculos, instalai em nossas almas a virtude da Bondade. Fazei com que ns, maons, nos esmeremos em enxugar o pranto do infeliz oprimido pela misria, fazei com que tenhamos sempre em lembrana esse dever e que levemos aos infelizes nosso socorro, favor e consolao. Fazei-nos viver em Continncia e Temperana, para sermos dignos de vs.

    Todos - Assim seja! VEN.. - Ir.. Mestre de Cerimnias, avisai o Ir.. Porta- Estandarte para que

    recomece a marcha e pare no ngulo anterior esquerdo do novo Templo.

    (Em marcha chegam at o lugar indicado)

    - Ir.. 1Vigilante, onde estamos? 1VIG.. - Venervel Mestre, estamos no ngulo anterior esquerdo de nosso

    novo Templo. VEN.. - Ir:. 2 Vigilante, que nos compete fazer? 2 VIG.. - Venervel Mestre, compete-nos invocar o Grande Arquiteto do

    Universo para que a Sabedoria e a Fora se entrelacem em nosso futuro Templo.

    VEN.. - Grande Arquiteto do Universo, Eterno Senhor dos Mundos, fazei com que a virtude do silncio seja a nossa primeira virtude; que este novo templo se erga aos influxos sadios do silncio, to necessrio perfeio de nossos trabalhos.

    - Senhor, ponde uma guarda de circunspeco em nossos lbios, para que jamais revelemos nossos segredos, e assim, Senhor - este Templo ser a mstica morada da Sabedoria, da Fora e do Amor.

    Todos - Assim seja! VEN.. - Ir.. Mestre de Cerimnias, avisai o Ir.. Porta-Estandarte para

    retomar seu lugar, pois agora que as bnos do Grande Arquiteto do Universo foram invocadas, faremos o lanamento da pedra fundamental desta Augusta e Respeitvel Loja para seu novo Templo.

    (Todos retomam seus primeiros lugares, fechando um retngulo) - Ir.. Arquiteto, tomai a pedra fundamental e colocai-a no lugar

    prprio. (Depois de feito). - Meus Irmos, chegou a hora almejada de manejar a tralha e a

    argamassa. (cobrindo com cimento a laje que encerra a pedra Fundamental).

  • 5

    - Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em virtude dos poderes que nos foram confiados por esta Loja, declaro assentada a Pedra Fundamental do novo templo da Augusta e Respeitvel Loja...

    TODOS - Assim seja! (O Mestre de Cerimnias faz com que todos os Irmos e autoridades

    coloquem um pouco de argamassa na Pedra Fundamental e terminado isso ...)

    VEN.. (!!!) - Tem a palavra o Ir.. Orador. (Aps o discurso do Orador, franqueada a palavra. Terminados os

    discursos): - Venerveis Mestres, Irmos, Companheiros e Aprendizes. Eis que

    foi colocada no seio da terra a Pedra Fundamental do nosso futuro templo. Guardai em vossas almas a lembrana deste dia memorvel.

    - Eterno seja o amor nossa Ordem. Recordemos agora todos os Irmos esparsos pelo mundo e honremos em silncio a memria dos que partiram para a Grande Loja Celestial.

    (Silncio de um minuto). - Irmos visitantes, profanos amigos, partilhastes conosco a glria

    sem par destas horas magnficas. Que o Grande Arquiteto do Universo faa emanar de seu excelso Trono eflvios capazes de estimular nossas almas na prtica de todas as virtudes. Esto encerrados nossos trabalhos.

    Retiremo-nos em paz.

  • 6

    INAUGURAO DE UM TEMPLO (A Maonaria no obra exclusiva de uma poca, pertence

    a todas as pocas e, sem aderir a nenhuma religio, encontra grandes Verdades em todas elas. A Maonaria ostenta a Verdade comum s religies superiores que formam a abbada de todos os credos. No se apia seno em dois sustentculos extremamente simples - o amor a Deus e o amor ao Homem, que leva em si a Divindade e caminha para ela.) Newton.

    O templo a inaugurar deve estar ornado festivamente. Sobre cada uma das mesas do Venervel e dos Vigilantes,

    independentemente das luzes estabelecidas em ritual, estar uma lanterna. O quadro onde est o tringulo luminoso, bem como a Estrela

    Flamgera, estaro cobertos com um vu branco ou azul. O Altar dos Perfumes ser colocado bem no centro do Templo, logo

    aps a entrada do prstito.

    Devero entrar no templo e ocupar seus respectivos lugares antes da entrada do prstito, os visitantes comuns e as representaes de outras lojas.

    At o momento em que indica o ritual, os maons estaro despidos de suas insgnias, exceto o 1 Experto, que trar o seu avental.

    Com a trolha na mo esquerda e segurando na direita uma espada, o 1 Experto se conservar junto porta de entrada do templo (dentro).

    O Cobridor e outro Maom, ambos armados de espada e com as respectivas insgnias, conservam-se fora do templo, junto porta.

    Aps isto, apagam-se as luzes, com exceo das trs lanternas que se encontram sobre os altares.

    A Comisso de Inaugurao organiza o prstito e marcha na seguinte ordem: 1 - Sete, cinco ou trs maons conduzindo os instrumentos simblicos: Esquadro,

    Compasso, Nvel, Rgua, Alavanca, Mao e Cinzel. 2 - O Porta-Bblia. 3 - O Porta-Espada com a Espada Flamejante. 4 - O Porta-Estandarte (se houver outras lojas que trouxerem seus estandartes,

    tantos porta estandartes quantos forem os que estiverem presentes, na ordem da antiguidade das lojas, cabendo o primeiro lugar mais antiga).

  • 7

    5 - Dois mestres-de-cerimnias, com seus respectivos bastes, um conduzindo o Fogo Sagrado e o outro com a naveta do incenso.

    6 - O Secretrio da Loja com a Carta Constitutiva. Ao lado do Secretrio, o Orador com a Constituio e o Regulamento Geral da Grande Loja.

    7 - Os dois vigilantes com seus malhetes. 8 - O Presidente com seu malhete.

    Cerimonial O Gro-Mestre ou seu representante, se no presidir os trabalhos,

    ficar ao lado do Presidente e entrar no templo juntamente com este. Todos os membros do prstito estaro revestidos de suas insgnias. Uma vez chegado o prstito porta do templo, os dois guardas que

    se acham fora do mesmo dirigem suas espadas contra ele e o Cobridor diz:

    COBR.. - Quem sois e o que vindes aqui fazer? PRESID.. - Somos os enviados do Mestre e vimos inspecionar os trabalhos. OBR.. - Que garantia podeis dar da veracidade de vossas palavras? (O 2 Vigilante aproxima-se e d ao Cobri dor o Toque de Aprendiz). OBR.. - Essa garantia no basta. Podeis dar-nos outra? (O 1 Vigilante aproxima-se e d-lhe regularmente a Palavra sagrada

    do Grau de Aprendiz. O Cobridor bate, ento, na porta do templo, com o punho da sua espada uma forte pancada).

    1EXP.. - (Do interior) - Quem est batendo? COBR.. - So os enviados do Mestre que vm inspecionar os trabalhos

    interiores. 1 EXP.. - Como poderiam fazer, se as trevas reinam no templo? COBR.. - Eles trazem consigo a Luz. 1 EXP.. - A prova do que dizeis, como a teremos? (O Presidente aproxima-se ,da porta e bate com seu malhete trs

    pancadas). 1 EXP.. - Quem bate assim? PRESID.. - (Bate novamente)- Quem ousou penetrar neste templo e no recusa a

    dar ingresso? PRESID.. - (Bate novamente)- Reclamamos ingresso no templo. 1EXP.. - (Abre um pouco a porta tendo a espada em riste)- Como provareis

    vossa misso?

  • 8

    (O Presidente aproxima-se e d-lhe o Toque e a Palavra de Passe do Companheiro.)

    (Abre em seguida a porta e afasta-se para deixar passar o prstito. Este entra e dirige-separa o Oriente, tendo frente o Presidente, depois o Secretrio, o Porta-Bblia, o Porta-Estandarte, o Porta-Espada, os dois mestres de cerimnias e por ltimo os que conduzem os instrumentos simblicos.)

    (Tendo entrado o prstito os dois guardas entram tambm, fecham a porta e ficam diante dela, frente para o Oriente e de espada na mo.)

    (Chegando ao Oriente, o Presidente tira o vu que encobre o quadro onde est o Tringulo Luminoso e depois, tomando o Fogo Sagrado conduzido por um dos mestres de cerimnias, acende os braos do candelabro da mesa do Presidente.)

    (O Gro-Mestre, ou seu representante, aps isto, toma seu lugar no Trono).

    PRESID.. - (!!!) - Verdade! Tu que nos destes a fora para penetrarmos neste recinto sem luz, ns te saudamos com todo o nosso amor! Esclarece com a tua luz sagrada os maons que querem consagrar este edifcio tua manifestao e ao teu triunfo. Que este dia seja para ns como aurora de felicidade; e que os homens de boa vontade que quiserem associar-se aos nossos trabalhos estejam sempre compenetrados da importncia da nossa misso e sempre animados dos sentimentos de amor, benevolncia e de justia.

    (Msica. Acendem-se as luzes do Oriente). PRESID.. - Ir.. 1 Vigilante, levai a Luz Coluna do Norte. E vs, Ir.. Mestre

    de Cerimnias, guarda do Fogo Sagrado, juntamente com os Irmos Porta-Bblia, Porta-Espada e Porta-Estandarte, acompanhai o Irmo 1 Vigilante.

    (O 1 Vigilante, assim acompanhado, dirige-se pela Coluna do Sul e vai at a mesa que lhe compete, onde acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado e toma posse do lugar).

    1 VIG.. - (!!!) - Seja esta luz para ns o smbolo da razo que guia a humanidade para o progresso. Possa ela esclarecer a todo o profano que vier a este templo para aprender a cincia da vida. Possa tambm incutir no seu esprito a lei do amor e da solidariedade e lembrar-lhe sempre o quanto deve aos irmos e a todos os homens.

    (Msica.) (O Mestre de Cerimnias e outros oficiais voltam pela Coluna do

    Norte.) (Acendem-se todas as luzes nessa Coluna).

  • 9

    PRESID.. - Irmo 2 Vigilante, levai a Luz Coluna do Meio-Dia. E vs, Irmo Mestre de Cerimnias, guarda do Fogo Sagrado, juntamente com os Irmos Porta-Bblia, Porta-Espada e Porta-Estandarte, acompanhai o Irmo 2 Vigilante. E vs, meus Irmos que conduzis os instrumentos simblicos, depositai-os nos seus respectivos lugares.

    (O 2 Vigilante, assim acompanhado, dirige-se pela Coluna indicada e vai tirar o vu que encobre a Estrela Flamgera que se acha ao lado de sua Coluna, no alto; volta, novamente, at a sua mesa onde acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado e toma posse do lugar ).

    2 VIG.. (!!!) - Que esta dupla luz, smbolo do livre pensamento e da investigao atenta, nos guie com os seus raios. Que nos ensine a pr as nossas palavras e os nossos atos de acordo com as nossas convices.

    (Msica.) (O Porta-Estandarte coloca-se entre colunas, tendo direita o Mestre

    de Cerimnias e o Porta-Bblia, e esquerda o Porta-Espada, voltados para o Oriente.)

    (Ao mesmo tempo, acendem-se todas as luzes da Coluna do Sul). 2VIG.. (!!!) - Venervel Mestre, a estrela polar brilha com todo o seu

    esplendor. 1 VIG.. (!) - Venervel Mestre, as colunas esto resplandecentes. PRESID.. - ( !!!) - Meus Irmos, revesti-vos com as vossas insgnias. (Pausa) - De p e ordem. (Executa-se msica em surdina.) (O Presidente vai ao meio do templo acompanhado do Mestre de

    Cerimnias e o Guarda do Perfume, que tinha ficado no Oriente. O Porta-Estandarte, Porta-Espada, Porta-Bblia e o outro Mestre de Cerimnias, que se acham entre Colunas, avanam ao seu encontro at junto do Altar dos Perfumes. Chegando junto a ele, o Presidente toma a naveta que est com o Mestre de Cerimnias e deita um poupo' de incenso sobre as brasas e diz ):

    PRESID.. - Que o fogo da coragem e o amor dos nossos semelhantes inflamem os nossos coraes. E assim como os vapores destes perfumes se elevam e se espalham, possam os nossos trabalhos exercer uma influncia salutar para o progresso da humanidade.

    (O Presidente, acompanhado do Mestre de Cerimnias, do Porta-Espada e do Porta-Estandarte, dirige-se ao Altar Triangular existente na entrada do Oriente onde aguarda o Porta-Bblia. Esta depositada nesse Altar e o Presidente volta ao Oriente acompanhado do Porta-

  • 10

    Estandarte e do Porta-Espada. O estandarte colocado no respectivo lugar e a Espada Flamejante sobre a mesa do Venervel. Ocupando este o seu lugar, cessa a msica).

    PRESID.. (!) - Irmos 1 e 2 o Vigilantes, anunciai em vossas Colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vou proclamar a inaugurao deste templo e convidai os seus Obreiros para unirem-se a mim, a fim de aplaudirmos to feliz acontecimento.

    1VIG.. (!) - Irmos que abrilhantais a minha Coluna, eu vos anuncio da parte do Venervel Mestre, que ele vai proclamar a inaugurao deste templo, e convida-nos a nos unirmos a ele a fim de aplaudirmos to feliz acontecimento.

    2 VIG.. (!) - Irmos que decorais a minha Coluna, eu vos anuncio da parte do Venervel Mestre, que ele vai proclamar a inaugurao deste templo, e convido-vos a nos unirmos a ele a fim de aplaudirmos to feliz acontecimento.

    PRESID.. (!) - De p e ordem, meus Irmos. - Glria do Grande Arquiteto do Universo, em nome e sob os

    auspcios da ... e em virtude dos poderes que me foram conferidos, declaro inaugurado este novo templo em honra de So Joo, destinado aos trabalhos da Augusta e Respeitvel Loja ....

    - A mim, meus Irmos, pelo Sinal e pela Aclamao. (!) - Sentemo-nos, meus Irmos. (Msica em surdina). - Meus irmos, a luz penetrou neste templo e espalhou o seu brilho

    nas colunas simblicas. Podemos, de hoje em diante, aqui proceder regularmente aos nossos trabalhos.

    - Possa a palavra, essa manifestao do pensamento que faz do homem.o primeiro dos seres, fazer ouvir neste templo os acentos da Verdade! Que ela ilumine os nossos obreiros e faa deles homens novos. Nunca esqueamos que regenerao e felicidade da humanidade que devem tender todos os nossos esforos, e que devemos nos aplicar em libert-la do jugo vergonhoso da ignorncia e dos preconceitos e em combater as paixes que a perturbam.

    - Para desempenharmos to bela misso, devemos ter em nossas aes sabedoria e prudncia; pr o discernimento e a circunspeco nos nossos discursos, e nunca esqueamos que a unio faz a fora.

    - Possa este templo servir de modelo aos que outros quiserem construir, que a concrdia e a amizade nele reinem constantemente!

    - Unamo-nos, meus irmos, em um mesmo pensamento e rendamos preito ao Supremo rbitro dos Mundos.

  • 11

    ( ! ) - De p e ordem. - Recebe, Grande Arquiteto do Universo, a oferenda que deste

    novo templo te fazem os obreiros aqui reunidos. No permitas que ele jamais seja profanado pelo fanatismo, pela inimizade, pela mentira ou pela discrdia.

    Faze, Luz criada, que a Dedicao, a Caridade, a Paz e a Verdade tenham aqui o seu santurio; e que nos trabalhos consagrados tua glria e felicidade do gnero humano, os maons sintam sempre as douras da mais fraternal unio.

    (!) - Sentemo-nos, meus irmos. (O Presidente d a palavra ao Orador. Segue o Tronco de

    Solidariedade, encerrando-se os trabalhos na forma do ritual .).

    RFGULARIZAO DE LOJA A Maonaria um sistema sacramental que, como todo sacramento,

    tem um aspecto externo e visvel, constitudo pelo seu cerimonial, suas doutrinas e seus smbolos que se podem ver e ouvir," e um aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimnias, a doutrina e os smbolos e s proveitoso ao Maam capaz de valer-se da imaginao espiritual e de descobrir a realidade existente por trs do vu do simbolismo externo". A Weishaupt

    No dia e hora fixados pelo Presidente da Comisso Regularizadora, o Venervel interino da Loja a ser regularizada ocupa a presidncia e faz preencher os demais cargos e sem nenhum a formalidade abre os trabalhos da Loja, depois do que nomeia uma comisso de trs membros que se dirigir Sala dos Passos Perdidos, onde deve estar a Comisso Regularizadora, a fim de receber a comunicao dos seus poderes.

    O Presidente da Comisso Regularizadora apresenta o documento que lhe d os necessrios poderes, sem entreg-lo, e a comisso volta ao Templo, onde tem ingresso sem mais formalidades e d conta de sua misso.

    O Venervel interino nomeia, ento, uma comisso de sete membros que, armados de espadas e munidos de estrelas, ir receber os membros da Comisso Regularizadora e acompanh-la ao Templo. Se o nmero de Obreiros no permitir, esta comisso ser formada de cinco ou trs membros.

  • 12

    sada da comisso, o Venervel Mestre e os vigilantes aguardaro os membros da Comisso Regularizadora entrada do Templo, que estar franca e onde lhes entregam os respectivos malhetes.

    Forma-se, nessa ocasio, a abboda de ao (se o nmero de obreiros comportar) para a passagem dos membros da Comisso Regularizadora, que vo at o Oriente e a chegados, o Presidente toma a cadeira da presidncia, tendo sua direita o Venervel da Loja, depois do que os outros membros da Comisso Regularizadora vo ocupar os lugares de Vigilantes, Orador e Secretrio, tendo direita os respectivos funcionrios da Loja.

    Ocupados os lugares pelos membros da Comisso Regularizadora, o Presidente convida os obreiros a sentarem-se e manda, por intermdio do Mestre de Cerimnias, dar ingresso aos visitantes, o que se faz com formalidades. Depois faz verificar, pelos vigilantes regularizadores, a regularidade dos obreiros presentes, no podendo assistir sesso o visitante que no justificar a sua qualidade manica.

    Feita essa verificao, o Presidente procede abertura dos trabalhos: PRESID.. ( ! ) - Poderosos Irmos 1 e 2 Vigilantes, anunciai em vossas

    Colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que em.virtude dos poderes que nos foram outorgados, vou abrir os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de ....

    1 VIG.. (!) - Prezados irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados ele vai abrir os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de ..

    2 VIG.. (!) - Prezados irmos que condecorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados, ele vai abrir os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de ..... Anunciado na Coluna do Sul, Poderoso Irmo 1 Vigilante.

    1VIG.. (!) - Est anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmo Presidente.

    PRESID.. (!!!) 1 VIG.. (!!!) 2 VIG.. (!!!) PRESID.. - De p e ordem em grau de Aprendiz. (Executa-se). - Irmo Mestre de Cerimnias, convidai os irmos diconos,

    juntamente com o Irmo Orador desta Loja, a irem at o Altar dos Juramentos, a fim de, formando a abboda com os seus bastes,

  • 13

    abrirem o Livro da Lei. Convidai, ainda, o Irmo Porta-Estandarte para, empunhando o Estandarte desta Loja, tomar parte da cerimnia a que vamos dar incio.

    (O Orador da Loja posta-se ante o Altar dos Juramentos, tendo sua esquerda o 1 Dicono, direita, o 2 Dicono; direita deste, o Porta-Estandarte. O Mestre de Cerimnias atrs do Orador, sobre o qual cruzam os bastes. O Estandarte erguido.)

    (O Presidente, dando um golpe de malhete, diz:) PRESID.. - Esto abertos os nossos trabalhos. Sentemo-nos. (Pausa) - Irmo Mestre de Cerimnias, apresentai ao Irmo Secretrio a Carta

    Constitutiva, para que proceda sua leitura. (O Presidente entrega ao Mestre de Cerimnias a Carta Constitutiva

    e este passa ao Secretrio). PRESID.. (!) - De p e ordem. (O Secretrio faz a leitura da Carta Constitutiva na sua ntegra e

    entrega-a ao Mestre de Cerimnias, que a restitui ao Presidente). PRESID.. (!) - Sentemo-nos, meus Irmos. (O Presidente faz nesta ocasio uma alocuo alusiva ao ato, depois

    do que faz entrega ao Venervel da Loja de trs exemplares da Constituio.)

    VEN.. PROMETO, POR MINHA HONRA, CUMPRIR E FAZER CUMPRIR A CONSTITUIO E LEIS DA MUITO RESPEITVEL GRANDE LOJA ... POTNCIA MANICA NO ESTADO DE .....

    (O Venervel volta, depois, ao seu lugar). PRESID.. - Irmo Mestre de Cerimnias, acompanhai os irmos I e 2

    vigilantes ao Altar, a fim de prestarem o seu compromisso solene. (O Mestre de Cerimnias executa a ordem e os 1 e 2 vigilantes

    colocam a mo direita sobre a Constituio e prestam o compromisso, cuja frmula a mesma para o Venervel. Prestado o compromisso, os vigilantes voltam aos seus lugares).

    PRESID.. - Irmo Mestre de Cerimnias, convidai o Irmo Orador e demais membros da Loja a virem ao Altar prestar o compromisso solene.

    (O Orador repete a obrigao prestada anteriormente pelas outras luzes. Cada um dos Obreiros dir:)

    ASSIM PROMETO. (Voltam todos aos seus lugares).

  • 14

    PRESID.. (!) - Sentemo-nos, meus Irmos. Irmo Mestre de Cerimnias, depositai nos altares dos irmos Orador e Secretrio a frmula do Compromisso, para que seja assinada pelos obreiros da Loja.

    - Irmo Secretrio, procedei chamada dos membros da Oficina, para que assinem o Compromisso.

    (O Irmo Secretrio procede, ento, chamada, a comear pelo Venervel, 1 e 2 vigilantes, Orador, Secretrio e depois, indistintamente.)

    (Cada um dos obreiros chamados dirige-se ao Altar do Orador onde assina uma das frmulas do Compromisso e depois ao Altar do Secretrio, onde assina a outra, voltando ao respectivo lugar. Terminada a assinatura, o Mestre de Cerimnias entrega ao Presidente as duas frmulas do Compromisso e este lana em seguida ltima assinatura ou faz lanar a seguinte declarao :)

    CERTIFICAMOS A AUTENTICIDADE DAS ASSINATURAS ACIMA.

    (Esta declarao datada e assinada pelos membros da Comisso Regularizadora. A autenticidade verifica-se pelo confronto com as assinaturas no Livro de Presenas.)

    (Uma das frmulas entregue ao Venervel, para ser guardada no arquivo da Loja e a outra remetida pelo Presidente Grande Secretaria.)

    PRESID.. (!) - Poderosos Irmos 1 e 2 vigilantes, anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados, vou proceder Regularizao da Augusta e Respeitvel Loja ....

    1 VIG.. (!) - Prezados irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados ele vai proceder Regularizao da Augusta e Respeitvel Loja ..

    2 VIG.. (!) - Prezados irmos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados ele vai proceder Regularizao da Augusta e Respeitvel Loja . Est anunciado na coluna do sul.

    1VIG.. (!) - Est anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmo Presidente.

    PRESID.. (!) - De p e Ordem. - Em nome da Muito Respeitvel Grande Loja de ., e

    em virtude dos poderes que nos foram outorgados, ns regularizamos a Augusta e Respeitvel Loja ....

  • 15

    (!) - A Augusta e Respeitvel Loja ... est regularizada. (Esta proclamao repetida pelos Vigilantes). PRESID.. (!) - Poderosos irmos 1 e 2 vigilantes, convidai os obreiros de

    vossas Colunas, assim como eu convido os do Oriente, a unirem-se a mim a fim de me ajudarem a aplaudir a regularizao da Augusta e Respeitvel Loj a ....

    1 VIG.. (!) - Prezados irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos convido, da parte do Poderoso Irmo Presidente, para unirmo-nos a ele a fim de ajudarmos a aplaudir a regularizao da Augusta e Respeitvel Loja ..

    2 VIG.. (!) - Prezados Irmos que decorais a Coluna do Sul, eu vos convido, da parte do Poderoso Irmo Presidente, a unirmo-nos a ele a fim de o ajudarmos a aplaudir a regularizao da Augusta e Respeitvel Loja ..............................

    (!) - Est anunciado na Coluna do Sul, Poderoso Irmo 1 Vigilante. 1 VIG.. (!) - Anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmo Presidente. PRESID.. (!!!) 1 VIG.. (!!!) 2 VIG.. (!!!) PRESID.. (!) - De p e ordem. (Executa-se) - A mim, meus Irmos, pelo Sinal e pela Aclamao. (Executa-se) (!) - Sentemo-nos, meus irmos. Irmo Mestre de Cerimnias, convidai os membros da Loja a

    formarem juntamente com os irmos da Comisso Regularizadora, a Cadeia de Unio.

    (Forma-se a Cadeia de Unio e o Presidente transmite pelo modo usual a Palavra Semestral.)

    PRESID.. - (Tendo voltado ao Trono) (!) Poderosos irmos 1 e 2 vigilantes, anunciai em vossas

    colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vou encerrar os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de .....

    1 VIG.. (!) - Irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente que ele vai encerrar os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de ..

  • 16

    2 VIG.. (!) - Irmos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Poderoso Irmo Presidente que ele vai encerrar os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de ...

    (!) - Anunciado na Coluna do Sul. 1 VIG.. (!) - Est anunciado em ambas as colunas. PRESID.. (!!!) 1VIG.. (!!!) 2VIG.. (!!!) PRESID.. (!) - De p e ordem. - A mim, meus Irmos, pelo Sinal e pela Aclamao. (Executa-se) - Esto encerrados os trabalhos da Muito Respeitvel Grande Loja de

    ................................. (Lavra-se, ento, no Livro de Ouro da Loja, uma ata resumida da

    cerimnia, a qual assinada pelos membros da comisso, depois do que os oficiais da Loja ocupam os lugares deixados pelos membros da comisso, que vo sentar-se no Oriente, o Presidente direita do Venervel.)

    VEN.. (!) - Irmos 1 e 2 vigilantes, anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vamos abrir os trabalhos da Augusta e Respeitvel Loja . no grau de Aprendiz.

    (O anncio repetido pelos vigilantes.) VEN.. (!) - Irmo Mestre de Cerimnias, convidai os irmos 1 e 2

    Diconos a tomarem seus bastes e formarem,juntamente convosco, a abbada, a fim de que o Irmo Orador abra o Livro da Lei.

    (Executa-se.) VEN.. (!) - Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra a So

    Joo, nosso padroeiro, sob os auspcios da Muito Respeitvel Grande Loja de ... e em virtude dos poderes de que me acho investido, declaro aberta, no grau de Aprendiz-Maom, a Loja ...., cujos trabalhos tomam plena fora e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja tratado aos influxos dos sos princpios da Moral e da Razo.

    (!) - A mim, meus Irmos, pelo Sinal e pela Aclamao. Sentemo-nos, meus Irmos.

    (O Venervel concede a palavra ao Orador. Faz circular, em seguida o Tronco de Solidariedade, depois do que concede a palavra bem da Ordem. Os trabalhos so encerrados na forma do ritual).

  • 17

    CONSAGRAO DE GARANTE DE AMIZADE (Maons, sois os grandes eclticos do mundo moderno. Tirai

    de todos os tempos e de todos os pases, de todas as eras, de todos os sistemas e de todas as filosofias, os eternos principias fundamentais da moral universal e, deste modo, obtenhais o grande dogma infalvel da Fraternidade.) Affonso de Lamartine

    (Abertos os trabalhos com formalidade, no grau de Aprendiz) VEN.. - ( ! ) - Irmos 1 e 2 vigilantes, anunciai em vossas colunas, como

    eu anuncio no Oriente, que vamos proceder Consagrao do Irmo (diz o nome), como Garante de paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irm (nome da Loja), do Oriente de (nome do oriente da Loja).

    1 VIG.. - ( ! ) - Irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Venervel Mestre, que vamos proceder Consagrao do Irmo (diz o nome), como Garante de Paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irm (nome da Loja), do Oriente de (nome do oriente da Loja).

    2 VIG.. - ( ! ) - Irmos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Venervel Mestre, que vamos proceder Consagrao do Irmo (d o nome), como Garante de paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irm (nome da Loja), do Oriente de .............

    - ( ! ) - Est anunciado na Coluna do Sul, Irmo 1 Vigilante. 1 VIG.. - ( ! ) - Anunciado em ambas as colunas, Venervel Mestre. VEN.. - Irmo (diz o nome), aceitais a representao, como Garante de Paz

    e Amizade, em nossa Loja, da nossa co-irm (nome da Loja)? GAR.. - (Levantando-se ordem) - Aceito, Venervel Mestre. VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, convidai o Irmo (diz o nome) a ficar

    entre colunas. (O Mestre de Cerimnias acompanha o Irmo Garante at as

    colunas.) M.. CCER.. - Vossas ordens foram cumpridas, Venervel Mestre. VEN.. - Irmo (diz o nome), precisamos estar certos da vossa vontade e pela

    ltima vez vos pergunto: aceitais a representao, como Garante de Paz e Amizade, em nossa Loja, da nossa co-irm (nome da Loja)?

    GAR.. - Aceito, Venervel Mestre.

  • 18

    VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, conduzi o irmo (diz o nome) ao Altar dos Juramentos.

    (O Mestre de Cerimnias conduz o Garante ao Altar dos Juramentos e f-lo ajoelhar-se com o joelho direi to.)

    VEN.. - (!) - De p e ordem, meus irmos. O irmo (diz o nome) vai prestar seu solene compromisso.

    - Irmo (diz o nome), juras cumprir fielmente as obrigaes inerentes a um Garante de Paz e Amizade?

    GAR.. - Eu o juro, Venervel Mestre. VEN.. - Jurais solenemente pr a nossa co-irm ao corrente de todos os

    assuntos que interessam a ambos os quadros? GAR.. - Eu o juro, Venervel Mestre. VEN.. - Se assim o fizerdes, a Maonaria universal, os componentes de

    ambos os quadros e os maons de boa vontade espalhados por toda a face da terra, vos ficaro reconhecidos, ou vos pediro contas se o no fizerdes.

    TODOS - Assim seja! (O Venervel desce do Trono, vai ao altar dos Juramentos e pondo a

    espada acima da cabea do Garante:) VEN.. - Glria do Grande Arquiteto do Universo, em seu nome, no da

    Fraternidade Universal e desta Augusta e Respeitvel Loja, e em virtude dos poderes de que me acho investido, eu vos constituo Garante de Paz e Amizade entre nossa Loja e nossa co-irm (nome da Loja).

    (O Venervel d sobre a espada a bateria do grau e, depois de mandar levantar o Garante, volta ao Trono.)

    - Irmo Mestre de Cerimnias, proclamai desse mesmo lugar, o nosso irmo (diz o nome) como Garante de Paz e Amizade de nossa co-irm (nome da Loja) junto nossa Loja.

    M.. CCER.. - Por ordem de nosso Venervel Mestre, proclamo do Oriente o Ocidente e do Norte ao Sul, o nosso Irmo (diz o nome) Garante de Paz e Amizade de nossa co-irm (nome da Loja) junto nossa Loja.

    VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, acompanhai nosso Irmo (diz o nome) at o lugar que lhe compete. (Pausa) - Sentemo-nos, meus irmos. Irmo Orador, tendes a palavra.

    (Festejado o ato pelo Orador, segue o Tronco de Solidariedade e encerramento pela forma do ritual.)

  • 19

    ADOO DE LOWTONS PRELIMINARES Pela cerimnia de adoo, impropriamente chamada batismo, os

    Lowtons tornam-se filhos adotivos da Loja, a qual contrai para com eles a obrigao de servir-lhes de tutor e guia na vida social. Atendendo a esse empenho sagrado, as lojas no devem conceder esta adoo seno com prudncia.

    Aos Lowtons, aps a cerimnia deve ser entregue um diploma da Loja em que se declare que o menino foi adotado por ela. Poderia ser entregue, tambm, juntamente com o diploma, uma pequena medalha com os emblemas manicos, nome da Loja, bem como o nome do Lowtons e a data da adoo.

    DECORAO DO TEMPLO As lojas podero celebrar a cerimnia da adoo exclusivamente ou

    quando tiverem de solenizar outra festa manica, servindo-se da decorao que tiverem preparado no templo para esse fim. Querendo, porm, proceder com todo o rigor, devero armar as paredes do templo de estofo branco, recamados de abelhas e ornado de folhagens e grinaldas de flores, smbolo da infncia.

    No Oriente, a meio, haver um altar triangular, o altar da consagrao, sobre o qual estaro a naveta com incenso, o turbulo, diversos vasos com gua, sal, vinho, um po ou bolo triangular ou trs pes ou bolos, um esquadro, um compasso, aventais, luvas brancas e uma taa com esprito de vinho.

    ORDEM DOS TRABALHOS Os trabalhos abrem-se no grau de Aprendiz e na forma do costume. Depois de terem ingresso os irmos visitantes, o Venervel nomear

    uma comisso para receber as senhoras, que tomaro assento nas duas colunas, em lugar especial. Por essa ocasio, deve tocar msica.

    Suprimem-se, ento, os sinais e bateria do ritual. VEN.. - Meus irmos, convido-vos a prestarem a mais religiosa ateno ao

    grave e solene ato a que vamos proceder. Considerando as crianas que vo ser introduzidas neste Templo como vossos filhos, ficareis animados de sentimentos temos e afetuosos que tanto convm cerimnia de adoo. Carssimos irmos, a solenidade que ides presenciar toda simblica, conforme o uso dos maons.

  • 20

    - A forma material de que revestimos nossos smbolos, encerra um sentido moral e misterioso que no escapar vossa perspiccia, por que tudo fizemos para que a transparncia fosse tal que no pudsseis iludir-vos acerca dos nossos sentimentos.

    ( ! ) - Em p, meus irmos, e espada na mo. (O Venervel, acompanhado do Orador, Secretrio e Mestre de

    Cerimnias, dirige-se para o Altar de Consagrao, e a, voltando-se para o Oriente, faz a seguinte invocao:

    - Soberano Arquiteto dos Mundos, Deus de majestade, Deus imortal, autor de todas as coisas, Tu que no conheces o repouso, fonte inefvel de perfeio, que nos concedeste a luz do esprito para dirigir nossos passos pela estrada da vida, Deus de bondade, que recebes sempre com paternal afeto nossos sentimentos e nossos votos, digna-Te aceitar aqueles que hoje Te endereamos. Ns vimos humildemente render-Te uma nova homenagem, unindo ao culto da Verdade filhos que amamos. Deixa cair sobre ns um raio da Tua inteligncia infinita, para que as nossas intenes e os nossos votos sejam a expresso de Tua suprema vontade! Que este raio seja representado pelo fogo que ilumina este Altar (acende a pira) e que a pureza de que ele emblema, estenda-se sobre ns e todos aqueles que entram neste Augusto Templo para render homenagem Tua lei!

    - Abenoa tambm (estendendo a mo direita sobre o Altar) estes produtos com que Tua bondade nos favorece e que ornam este Altar como outros tantos smbolos de nossa f. Concede-lhes o poder de gravar no corao de nossos filhos adotivos uma perene lembrana, que na idade da razo os tome para sempre fiis s condies de sua adoo.

    - Grande Arquiteto do Universo, acolhe favoravelmente todos os nossos votos e.,inspira-nos. Assim seja!

    (O Venervel sobe ao Tronco e todos sentam.) (Batem externamente quatro pancadas iguais, e os vigilantes

    anunciam que batem porta do Templo.) VEN.. - Vede quem assim bate, Irmo. COBR.. - So filhos dos nossos irmos que se acham transviados no mundo

    profano, onde paixes ms ameaam arrast-los ao mal. Cada um deles conduzido por nossos irmos que, guiados pelo gnio do Bem, pedem para eles asilo e proteo.

    VEN.. - Irmo 2 Vigilante, qual o meio mais adequado a empregar em beneficio dessas crianas?

    2 VIG.. - Admiti-las no Templo com seus condutores, e que encontrem um protetor em cada um de ns, ficando assim garantidas dora em diante dos perigos que correm.

  • 21

    ORAD.. - Julgo que devemos inici-las na vida da inteligncia; que o vu material que cobre seus olhos desaparea; que sua boca aprenda a proferir somente frases meigas e afveis; que seu corpo seja purificado, que o amor ao trabalho lhes garanta a moralidade de seus costumes; que lhes seja inspirado o esprito de fora, de virtude e de unio e que a adoo manica lhes abra o caminho da felicidade.

    VEN.. - Meus irmos, acabais todos de ouvir os irmos 2 Vigilante e Orador; se partilhais da sua opinio, manifestais-vos pelo sinal convencionado.

    (Todos estendem o brao direito.) VEN.. - Cumpramos, neste caso, as vossas determinaes. - Irmos 1 e 2 vigilantes, franqueemos a essas crianas o asilo de

    nosso Templo. Irmos que decorais as duas colunas, formai a abbada de ao para proteg-las. Respeitveis irmos do Oriente, levantai-vos em sinal de amor pela infncia.

    - Irmo Mestre de Cerimnias, cumpri vosso dever. (Forma-se a abbada de ao.) (O Venervel, acompanhado dos Irmos que esto no Oriente, vai

    colocar-se na face ocidental do Altar.) (Abre-se a porta do Templo, toca a Coluna de Harmonia .) (Cada Lowton, trazendo a cabea coberta com um vu, d a mo a

    seu padrinho e o cortejo, precedido pelo Mestre de Cerimnias, chega at o Altar de Consagrao.)

    (O Venervel bate uma pancada de malhete e todos tomam os seus lugares, conservando-se de p.)

    VEN.. - Irmos, que pretendeis de ns? UM DOS PADRINHOS - Amigos destas crianas, filhos de alguns dos nossos

    respeitveis irmos, para eles pedimos luz, proteo e purificao pela adoo manica.

    VEN.. - Sede bem-vindos, meus Irmos, e recebei os nossos agradecimentos. Eu vos louvo por terdes pensado em apelar para os nossos sentimentos de fraternidade. E vs, meus filhos, que os vossos primeiros passos neste Templo, se executem sobre brilhante esplendor da luz! Que ela brilhe aos vossos olhos, como mais tarde a faremos brilhar ao vosso esprito! Que o vu material, em que o mundo profano vo-la queira ocultar, desaparea diante da estrela fulgurante da Maonaria.

    (Tira-lhes o vu.) - Irmo Mestre de Cerimnias, colocai estas crianas e seus

    padrinhos nos devidos lugares.

  • 22

    (O Venervel volta ao Trono. As crianas, dando a mo aos padrinhos, colocam-se com eles frente do Altar, abaixo do Trono .)

    VEN.. - Felicitemo-nos, meus Irmos, porque uma obra agradvel ao Supremo Arquiteto do Universo acaba de efetuar-se. As portas do nosso Templo abriram-se para estas crianas, que o tumulto das paixes do mundo profano no mais perturbar, porque devero ser, dora em diante, guiados por seus honrados pais e por seus respectivos padrinhos, cujos conselhos e exemplos seguiro. Quantos perigos, quantas iluses e decepes aguardam o homem que estria os seus passos na carreira da vida! Quantos males, quantos contratempos lhe prepara o futuro, at refugiar-se neste asilo de sabedoria, onde a paz de esprito, os prazeres da unio, os conselhos da amizade o consolaro de tantas adversidades! Esclarecido acerca da vaidade das honras mundanas, ele aprender conosco que os bens, que se devem emprestar e sobretudo conservar, constituem a estima e o amor de nossos semelhantes, a honra e a virtude que inebriam a alma dos puros gozos.

    - Irmo 1 Vigilante, por que razo esto os maons aqui reunidos? 1 VIG.. - Para introduzir na terra o reino do bem. VEN.. - Irmo 2 Vigilante, como chegaremos a realizar essa empresa? 2 VIG.. - Pela persuaso e pelo exemplo. VEN.. - Irmo 1Vigilante, qual deve ser o objeto principal de nossa

    doutrina? 1 VIG.. - O ensino do nosso primeiro preceito, base da moral divina, que

    recomenda que no faamos o que no desejamos que se nos faa. VEN.. - Irmo 2 Vigilante, qual o segundo preceito? 2 VIG.. - Amar-nos e socorrer-nos uns aos outros. VEN.. - Irmo Orador, dizei-nos alguns pontos de nossos outros preceitos e

    de nossa moral. ORAD.. - Honramos e veneramos o Soberano rbitro dos Mundos e lhe

    agradecemos, pela prtica de boas aes para com o prximo, os benefcios que nos prodigaliza.

    - Consideramos todos os homens, seja qual for sua classe, como nossos iguais e nossos irmos. Combatemos a ambio, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutamos contra a ignorncia, a mentira, o fanatismo e a superstio, quatro flagelos que atormentam a humanidade.

    - Recomendamos a justia recproca, verdadeira salvaguarda dos direitos e interesses de todos, a tolerncia que deixa a cada um a liberdade de sua conscincia e de seu pensamento; lastimamos aquele que se afasta da reta senda que deve conduzir felicidade e

  • 23

    esforamo-nos por mostrar-lhe o verdadeiro caminho a seguir; corremos, enfim, com todo o nosso poder, em socorro do infortnio e da aflio. Cumprimos todos estes os deveres que estes Lowtons tero de cumprir toda a sua vida, para serem dignos, honrados e teis sociedade.

    PADRINHOS - Ns o prometemos. VEN.. - Sejam, pois, adotados e purificados. (O Venervel coloca-se em frente ao Altar, chegando a si as

    crianas.) (Msica em surdina.) (O Mestre de Cerimnias entrega a naveta do incenso ao Venervel e

    depois, segurando o turbulo, apresenta-o para que o Venervel lance nele um pouco de incenso, depois do que recebe a naveta, que coloca sobre o Altar, e entrega o turbulo.)

    VEN.. (Movendo o turbulo) - Que este perfume, que se eleva s abbadas do Templo, chegue at o Eterno, simbolizando a expresso das nossas homenagens. E Tu, Grande Arquiteto do Universo, digna-Te inspirar estas crianas nas santas leis da honra e da sabedoria.

    (Entrega depois o turbulo ao Mestre de Cerimnias, que o coloca sobre o Altar ou em lugar apropriado.)

    (Tocando as plpebras das crianas) - Que a vossa vista se expanda luz da verdade e vos d a faculdade

    de descobrir o mal para venc-lo e o caminho da felicidade para, por ele, conduzir vossos irmos.

    (Tocando-lhes as orelhas) - Que os vossos ouvidos se abram ao clamor daqueles que sofrem; e

    escutem a voz do Grande Arquiteto do Universo, que disse aos filhos da Terra: "Amai-vos e ajudai-vos uns aos outros!"

    (Borrifando gua sobre as mos de cada criana) - Que vossas mos fiquem sempre puras e jamais se encharquem nos

    lodaais do vcio; que repilam com horror a vingana pela fora bruta e pela traio e que nunca tracem escritos nocivos moral e ao gnero humano.

    (Tocando-lhes a fronte com algodo impregnado de sal) - Que este sal, dom da natureza e smbolo da sabedoria e da amizade,

    vos inspire idias ss e justas; guie os vossos pensamentos Suprema Bondade e Suprema Beleza e vos proporcione amigos fiis e verdadeiros.

    (Aplicando-lhes com uma esptula mel sobre os lbios)

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    - Que vossa boca no profira seno palavras meigas e doces como este mel! Que jamais a clera e a calnia venham macul-la com expresses inconvenientes e injuriosas! Que vossa lngua jamais sirva para proferir contra vossos semelhantes o brado da superioridade, da vingana ou do desprezo!

    - Que este po (ou bolo), emblema da unio e da fora material. D ao vosso corpo crescimento, sade e perfeio. Permita o cu que ele nunca vos falte.

    (Dando-lhes vinho) - Que este vinho, smbolo da fora vivificante, vos inspire o desejo

    do bem e da sabedoria e d vossa alma a vontade e a coragem de resistir s sedues e s adversidades.

    (Avivando trs vezes a chama da pira) - Que o fogo sagrado purifique todo o vosso ser e excite em vosso

    corao o amor de Deus e do prximo; que vossa inteligncia se engrandea e domine a matria.

    - Sede sempre dceis, reverentes, temos e reconhecidos para com vosso pai e vossa me que so, na Terra, vossas divindades visveis: o amor filial a fonte de todos os deveres durante a vida dos pais, e das virtudes sociais depois da sua morte. Sede igualmente dceis, reverentes, ternos e reconhecidos para com os vossos protetores e para com aqueles que vos instruram e vos ensinaram a tornar-vos independentes pelo trabalho. Que vossos prazeres sejam unicamente da alma e do esprito; e Deus vos conceda tanta felicidade quanto permitido gozar-se neste mundo.

    - (Cingindo-lhes o avental com auxlio do Mestre de Cerimnias.) - Este avental a insgnia do trabalho e simboliza a misso do

    homem entre os homens. Lembrai-vos que trabalhar pagar a nossa dvida humanidade; o ocioso, que no preenche este dever, toma da sociedade uma parte que no lhe destinada. (Pausa. Cessa a msica.) -Caros filhos, o trabalho, filho da inteligncia, do saber e do estudo, um dos principais apangios da humanidade. por ele que o homem rivaliza-se com a natureza, subjugando-a, restaura-a e adorna-a na maior parte de suas produes, cuja variedade infinita o coloca muito acima dos animais produtores, que apenas sabem fazer o que o mesmo trabalho impe sua raa.

    - Amai, pois, o trabalho; a salvaguarda dos costumes, a salvao da alma e do corpo e a satisfao do esprito. O trabalho o melhor incenso que podereis oferecer ao Eterno; trabalhar honrar a Deus e agradecer os seus benefcios.

    - Sede justos, bons e compassivos para com os homens e todos os animais inofensivos.

  • 25

    - Sede em vossa vida atenciosos para com as mulheres, submissos e respeitosos para com os velhos, afetuosos para os enfermos, e desta forma avultaro o vosso mrito e virtude, sereis amados e honrados e vos tomareis dignos de terdes sido por ns adotados e capazes, mais tarde, de serdes admitidos aos nossos trabalhos.

    - Que essa esperana seja o mvel que vos faa caminhar constantemente na senda do bem. Procedei, portanto, de modo a que esta Augusta Loja possa regozijar-se de ter dado Maonaria e ao mundo, obreiros inteligentes, zelosos e perseverantes. - Estas luvas so emblema da decncia, ao mesmo tempo que a sua alvura simboliza a pureza, a candura, a inocncia, que constituem predicados da infncia.

    (Entrega as luvas.) - Ns desejamos que permanea em vosso esprito a lembrana deste

    dia memorvel e que recordeis sempre das promessas feitas em vosso nome. - (Beijando-as na fronte e nas faces) - Eu vos dou o sculo da paz. Que ele vos seja doce e que vossa boca o transmita sempre sincero como o que acabais de receber. Abraai vossos padrinhos e que seus beijos sejam para vs, um penhor de afeio que eles vos consagram e um testemunho de vosso agradecimento. (Os padrinhos abraam e beijam os Lowtons.O Venervel dirige-se ao Altar dos Juramentos, onde recebe dos padrinhos a promessa solene VEN .'. - Irmos padrinhos, prometeis, em nome de vossos Lowtons, por vossa f manica, que eles sero estrnuos, observadores e defensores das virtudes e preceitos manicos?

    PADRINHOS - (Estendendo a mo direita sobre o Altar.) - Ns o prometemos. (Os Lowtons colocam-se junto ao Altar, ao lado de seus padrinhos.) VEN.. - (Colocando a mo direita sobre a cabea dos Lowtons) - Glria do Grande Arquiteto do Universo. Em nome e sob os

    auspcios da Muito Respeitvel Grande Loja de ... e em virtude dos poderes que me so conferidos por esta Respeitvel Loja, eu vos constituo e proclamo filhos adotivos da Augusta e respeitvel Loja............

    - Convido a todos os nossos Irmos a reconhecer-vos nesta qualidade, dando-vos toda proteo e socorro que, em qualquer circunstncia da vossa vida, necessitardes.

    (Vai ocupar a sua cadeira.) VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, conduzi entre as colunas os irmos

    padrinhos e os filhos adotivos desta Loja, para receber o sculo da paz de seus vigilantes. (Colocados entre as colunas.)

  • 26

    VEN.. - Irmos 1 e 2 vigilantes, depois de dardes o sculo de paz aos Lowtons, proclamai-os filhos adotivos desta Augusta e Respeitvel Loja e convidai a todos os amados irmos de vossas colunas para aplaudirmos a esta adoo.

    (Os vigilantes, cada um de sua vez, saem de seus lugares, beijam os Lowtons, voltando a seguir.)

    1 VIG.. - Amados irmos da Coluna do Norte, eu vos convido, de parte de nosso Venervel Mestre, a unirmo-nos a ele, a fim de ajudarmos a aplaudir a adoo dos Lowtons que se acham entre colunas, que ficam proclamados filhos adotivos desta Augusta e Respeitvel Loja.

    2 VIG.. - Amados irmos da Coluna do Sul, eu vos convido, de parte de nosso Venervel Mestre, a unirmo-nos a ele, a fim de o ajudarmos a aplaudir a adoo dos Lowtons que se acham entre colunas, que ficam proclamados filhos adotivos desta Augusta e Respeitvel Loja.

    VEN.. - A mim, meus irmos, aplaudamos. Sade e prosperidade a estas crianas, que hoje so nossos filhos adotivos! Sade.e prosperidade a seus pais e a seus padrinhos! Honra e prosperidade Maonaria, que s ela poder fazer de todos os homens um povo de irmos.

    (Palmas.). (Os Lowtons so conduzidos, depois, pelo Mestre de Cerimnias,

    juntamente com seus padrinhos, para o Oriente. Estes tomam os lugares que lhe competem e aqueles, sentam-se nos degraus do Trono.)

    (Depois disto realizado, dada a palavra ao Orador, que profere um discurso alusivo ao ato, agradecendo a visita das senhoras e dos irmos visitantes. A palavra no deve ser concedida aos irmos, pois tratando-se de uma cerimnia onde esto presentes profanos, deve ser evitada toda e qualquer espcie de discurso para no cansar os visitantes.)

    (O Venervel convida a comisso a acompanhar as senhoras para cobrirem o Templo, juntamente com os profanos, depois do que so retirados, pela mesma comisso, os Lowtons. Circula o Trono de Solidariedade na forma habitual.)

    (Encerram-se os trabalhos.)

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    RECONHECIMENTO CONJUGAL PRELIMINARES A cerimnia de Reconhecimento Conjugal, como o prprio nome

    indica, tem em vista referendar, em Loja, o casamento j realizado perante as autoridades civis competentes, de acordo com as leis do pas. realizada por solicitao, 'tio Irmo interessado.

    Aps a cerimnia, ser entregue aos cnjuges um Diploma de Reconhecimento Conjugal, assinado pelas Luzes.

    Os irmos que atuarem como Dignidades e Oficiais usaro traje preto e na lapela do palet uma flor branca.

    O Irmo Secretrio levar em livro especial a ataj preparada, de forma concisa, a fim de que no momento oportuno seja assinada pelos cnjuges, pelas Dignidades e Oficiais, bem como por todos os Maons e profanos que o desejarem.

    DECORAO DO TEMPLO No Oriente, defronte do Trono do Venervel Mestre, haver um altar

    triangular, o Altar da Consagrao, sobre o qual estar a Bblia fechada e sobre esta o Esquadro e o Compasso, sem disposio ritualstica; ao Ocidente deste Altar, uma mesinha coberta com toalha branca, contendo: braseiro, incenso, bandeja com as alianas, cesta de flores e o diploma. Nos altares, vasos com flores.

    ORDEM DOS TRABALHOS Os trabalhos abrem-se no grau de Aprendiz, na forma do costume. Depois de terem ingresso os irmos visitantes, o Venervel nomear

    uma comisso, chefiada pelo Mestre de Cerimnias, para receber as senhoras, que tomaro assento nas duas colunas, em lugar especial.

    Por ocasio deve tocar msica adequada. Suprimem-se, ento, os sinais e baterias do ritual.

    RITUAL VEN.. (!) - A Augusta e Respeitvel Loja ..... subordinada

    Muito Respeitvel Grande Loja de ............................... tem a honra de, por seu intermdio, dar a todos os presentes sua saudao de Paz, Concrdia e Boa Vontade. (Pausa.) - Irmo Mestrede Cerimnias, tende a bondade de explicar o objetivo de nossa reunio, tendo as Disposies Gerais que nos regem nestes atos.

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    M..CCER.. - Esta cerimnia s se efetua por solicitao de um Mestre-Maom, com o objetivo de nos apresentar sua legtima esposa. No pode, nem deve, por conseguinte, ser confundida com o matrimnio, propriamente dito, que todo Maom contrai de acordo com as nossas leis civis, nem se trata de substituir o matrimnio; pelo contrrio, ns nos limitamos ao reconhecimento deste matrimnio, e a Loja que o outorga, deve estar satisfeita, por documentos autnticos e informaes testemunhais indubitveis, de que o Maom, de que se trata., cumpriu todos os requisitos e formalidades que as leis do pas estabeleam para a validez do matrimnio. S reconhecemos, pois, matrimnios legtimos e ao mesmo tempo compartilhamos com nossos irmos de sua justa e louvvel satisfao em momento to solene e decisivo para a vida dos homens, fazendo do reconhecimento dos cnjuges nossos elevados ensinamentos morais que so a base da Maonaria Universal.

    VEN.. - Irmo 1 Vigilante, tende a bondade de dizernos porque suspendemos hoje a austeridade de nossos trabalhos habituais e porque o severo e rduo golpear de nossos instrumentos foi substitudo pela doce harmonia musical e porque o recolhimento e o sossego de nossas reunies cedeu lugar a esta festa de alta significao social?

    1 VIG.. - Porque onde quer que haja um Maom, ali se levanta um Templo em que se ensina e se pratica o Bem, to til o golpear de nossos malhetes sobre a pedra que burilamos com as notas harmoniosas que elevam o esprito e moderam os sentimentos nos altos ideais da vida e do amor, e porque nossos estudos e meditaes fizeram alcanar a nossos Obreiros o sonhado horizonte de suas puras aspiraes romnticas, dando um passo mais no caminho de seu aperfeioamento e de sua felicidade.

    VEN.. - Dizei-me, Irmo 2 Vigilante, algum obreiro que tm trabalhado debaixo de vossa direo praticou, nesta poca, alguma obra meritria que merea o nosso regozijo?

    2 VIG.. - Sim, Venervel Mestre, o nosso prezado Irmo . associou sua obra senhora ... compreendendo que a mulher, to venerada, e respeitada por ns, representa a metade do ser social. Em unio com a sua boa companheira, nosso querido Irmo prope desenvolver suas faculdades morais e intelectuais, para desempenhar melhor, no seio da famlia e da sociedade, todas as funes que lhe so prprias e que lhe foram outorgadas pela Natureza. Assim, nosso querido Irmo ..... compenetrado de sua misso, associa sua obra a sua companheira que h de compartilhar com ele to magnfico como edificante trabalho.

    VEN.. - Irmo Secretrio, foi legalizada essa unio? Podeis dar f?

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    SECR.. - Sim, Venervel Mestre, verdade, sem dvida alguma, que o querido Irmo ... contraiu matrimnio com a senhora .., ajustando-se em tudo com a lei civil.

    VEN.. - Em virtude disto, que nos corresponde fazer, Irmo Orador? ORAD.. - Em virtude do testemunho do nosso Irmo Secretrio, devemos

    reconhecer que o nosso Irmo . e sua esposa, a senhora ....., esto unidos em legtimo matrimnio de acordo com as leis do pas.

    VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, ide em busca de nosso Irmo e de sua digna esposa e perguntai-lhes se, em nossa presena, ratificam a deciso de unirem-se em matrimnio, e que a Respeitvel Loja ... dar testemunho de suas afirmaes e os reconhecer no estado que voluntariamente aceitaram.

    M..CCER.. - Cumprirei vossas ordens, Venervel Mestre. (Sai o Mestre de Cerimnias acompanhado dos irmos 1 e 2

    Expertos e tendo cumprido a misso, volta e diz:) M.. CCER - Venervel Mestre, o nosso Irmo .... e sua digna

    esposa, a senhora ....., esto dispostos a ratificar ante essa Respeitvel Loja seu desejo de se unirem voluntariamente como esposos.

    VEN.. - Franqueai-lhes ingresso e acompanhai-os ao Oriente. ( entrada dos esposos e respectivos padrinhos, todos se pem de p

    a um golpe de malhete do Venervel. A orquestra tocar marcha nupcial. Ao chegarem ao Oriente o Venervel, descendo do Trono, oferece desposada um ramalhete de flores naturais. O Venervel volta ao Trono e, depois de ordenar que cesse a msica, ainda de p, diz:)

    - Irmo . e vs, sua digna esposa, a Respeitvel Loja .. satisfeita de vos haverdes unido em matrimnio, est disposta a reconhecer-vos como legtimos esposos se, aqui, diante de ns e de vossa conscincia, ratificais a promessa que haveis feito perante a autoridade legal, conforme a lei civil. Ratificais?

    ESPOSOS - Sim, Venervel Mestre. VEN.. - Ocupai vossos lugares. VEN.. - O matrimnio conseqncia de uma reciprocidade de amor e de

    respeito, e tendo em vista esses sentimentos que ele se realiza. - Haveis celebrado um ato auspicioso para ns, para vossas famlias e

    para vossos concidados; formai conosco e com os filhos que a natureza vos der, parte integrante de nossa grande famlia universal e

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    haveis alcanado, com ele, afetos e vontades que vos acompanharo ao lar que ides formar.

    - A unio conjugal eleva os esposos e os estimula pratica das virtudes. O pai de famlia, compenetrado de seus sos deveres, aborrece os vcios e fraquezas, domina suas paixes para no corar ante seus filhos e para no lhes deixar o oprbrio por herana, e quando esse pai Maom, sabe que os filhos so depsito sagrado de fecundo amor que, como os ramos, se unem ao tronco de onde lhes vm a seiva da educao e o apoio pelo exemplo da virtude.

    - Confiamos em que desejais, sinceramente, a paz em vosso futuro lar, e para isso bastar que vos ameis, estimeis e respeiteis reciprocamente, pois assim chegareis a compreender que, para os que sabem amar-se, nada h mais formoso como a vida, em que dois seres se amalgamam na doce fuso de uma s vontade.

    (Pausa.) - Irmo 1 Vigilante, tendes que fazer alguma exortao ao nosso

    Irmo ...? 1 VIG.. - Sim, Venervel Mestre. (Pausa.) - Irmo ..., no deveis esquecer, jamais, que a

    mulher vossa igual, que deveis trat-la sempre com respeito, com moderao e com carinho. Deveis entender a debilidade feminina com ternura, consagrao e sacrifcio espontneo. Ela ser sua colaboradora mais dedicada, vossa fonte sentimental de apoio nas vicissitudes da vida, fada generosa de todas as grandezas espirituais; a ela deveis recorrer em vossas atribulaes e em vossa alegrias.

    - Quem melhor que ela saber alimentar uma bela esperana e curar, com um beijo, as mais fundas feridas da alma? Por isso deveis coloc-la na mesma altura, erguendo-a at a sublimidade de nossos sentimentos manicos, fazer vossa felicidade e contribuir para a felicidade Universal; mas ao mesmo tempo, deveis ascender at a cspide radiosa de sua espiritualidade, porque a mulher, essncia pura dos mais nobres sentimentos, busca, incessantemente, as emanaes da alma, e no as encontrando no companheiro que o destino lhe fez deparar, sofre a nostalgia no reino do esprito frente s flores murchas de seus sonhos, vertendo as lgrimas da decepo.

    - A Maonaria, que a nica instituio que vive para a moralidade, nos recorda e ensina sempre nossos mais altos deveres, e assim espera conseguir a indissolubilidade na unio de duas existncias, feita base do amor, e no de frreas tiranias legais. Procura, para isso, forj ar verdadeiras ligas de afeto, de cultura e de compreenso intelectual e sentimental, pois assim que se formam os laos atrativos e durveis. A Maonaria aperfeioa de modo absoluto o

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    matrimnio consagrado pela lei, porque o eleva com seus ensinamentos. Nosso Cdigo de Moral Manica, ao regular os deveres que temos para com nossos semelhantes e para conosco, regula igualmente os que temos para com a mulher e os que impe dupla personalidade de esposo e pai. Lembrai-vos, Irmo ...., em vossa horas de triunfo ou fracasso, de tranqilidade ou de exaltao, de prosperidade ou pobreza, que tendes uma esposa a quem deveis atenes e respeito, e que s de vs ela espera o apoio necessrio. A doura, a justia, os bons sentimentos e a candura que deve prevalecer no trato com vossa esposa, visto que os homens de nossa famlia praticam, como bem o sabeis, a Virtude, alimentam o Bem e ensinam a Moral.

    - Ainda deveis ter presente, por certo, o momento mais doce do vosso noivado, com a que hoje vossa esposa; pois bem, esse momento no esqueais nunca, e em todos os atos de vossa vida considerai a vossa esposa como se fosse sempre vossa noiva muito amada, que na doce florao de um beijo, deixa em vossos lbios como a gota de um rocio consolador, imprime a esplndida luz de sua virtude radiante, canta a nota do hino da vida, desabrocha a flor primaveril de seus sonhos e serve, ao vosso esprito, o nctar mirfico do seu amor.

    (Pausa.) VEN.. - E vs, Irmo 2 Vigilante, tendes que dizer alguma ciosa esposa

    de nosso Irmo ...? 2 VIG.. - Sim, Venervel Mestre. (Pausa.) - Senhora, vossa misso no Lar de paz, de doura e de abnegao, a

    vs compete a parte sentimental de unio que acabais de realizar; mas no s esta a vossa misso, pois que de hoje em diante sois o ponto principal de apoio nos xitos de vosso esposo. No esqueais, jamais, portanto, que quando este no encontre no lar a franca colaborao, quando nele e em sua obra no est identificada a mulher, ele perde todo o seu esforo e todas as suas nobres ambies se embotam pelo desconsolo e no silncio triste dos que se sentem isolados na luta pela vida.

    - Para conseguir isto, deveis desenvolver o mximo esforo para vos pordes no nvel natural de vosso esposo; estudai sempre a vida em todas as suas manifestaes, pois desse modo sabereis levar, no momento oportuno, a luz de vossos conhecimentos ao crebro nublado de vosso companheiro, e assim como ides at ele, fazei com que ele venha at vs, vossa espiritualidade que galhardamente coroa todo o crebro de mulher. Uns conselhos sos, uma bela administrao das faculdades do homem, um lar limpo, cheio de sol e de alegria, um sorriso oportuno, uma carcia a tempo, um doce

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    consolo nos embates da luta e uma fidelidade a toda prova, eis os deveres fundamentais que acabais de contrair em vosso matrimnio.

    - Confiai sempre em vosso esposo e assim o fareis confiar em vs e nele mesmo; no deis pasto a lnguas mal intencionadas que provocam cimes, matam todo o amor e todo respeito, crede sempre mais no que diga vosso esposo do que disserem os outros e assim consolidareis vossa felicidade.

    VEN.. - E vs, Irmo Orador, tendes alguma coisa a dizer esposa de nosso Irmo ..?

    ORAD.. - Sim, Venervel Mestre. (Pausa.) - Se alguma vez, (que o destino vos livre desse desgraado dia) se

    levantar entre vs uma dessas nuvens que fazem escurecer o horizonte conjugal, e que geralmente se forma por uma suscetibilidade, por amor prprio mal entendido ou por um orgulho extremado, longe de recorrer, para dissipar essa nuvem, aos conselhos indiscretos ou apaixonados de vossos parentes ou de falsos amigos, ou de frvolos tribunais, vinde a ns, que aqui somos vossos irmos, vossos melhores parentes, vossos mais leais amigos e vossos mais discretos confidentes; temos a obrigao iniludvel de guardar vossos segredos, de falar imparcialmente e de aconselhar com maior conhecimento de causa e com maior dose de sensatez e boa f; entre ns reina uma disciplina estrita e uma retido insuspeitvel e, portanto, estamos capacitados para julgar todos os casos lamentveis que se apresentam em vossa vida conjugal.

    VEN.. - E vs, irmo Tesoureiro, tendes alguma coisa a dizer esposa de nosso irmo ....?

    TES.. - Sim, Venervel Mestre. (Pausa.) - Onde quer que haja um maom, senhora, e os h em toda a parte do

    mundo, esse Maam combater a peito descoberto por vossa honra, por vossa tranqilidade e por vossa felicidade. Em cada um de ns tereis um apoio e um amigo e, se vos encontrais desamparada, acorrei a ns, que remediaremos vossos males, nos encarregaremos de vossos filhos e satisfaremos vossas mais prementes necessidades. Haveis-vos casado com um Maom, com um Irmo nosso e tendes direito nossa ajuda e nossa proteo decidida.

    VEN.. - Irmo Chanceler, dizei mais alguma coisa esposa de nosso Irmo ....

    CHANC.. - Algum disse que o homem parte de um todo, que isol-lo mutil-lo e que uni-lo .devidamente complet-lo. Outro tanto pode dizer-se da mulher. Para que a unio conjugal possa produzir tudo o

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    que a sociedade tem direito a esperar dela, necessrio que a mulher se ilustre e que possua uma educao suficiente para que compreenda a seu marido, e que tenha desejo de progresso, tudo dentro dos sublimes ensinamentos que a Maonaria prodigaliza; sede, pois, uma verdadeira e completa esposa de Maom, para que toda a vossa vida esteja iluminada pela luz da Razo, que como a flama sempre acesa, faz distinguir a verdade do erro e dissipa as preocupaes e os temores. Fugi da mera moral convencional, mas governai-vos pelas noes eternas da Moral absoluta, noes claras e compreensveis ao crebro e satisfatrias para o vosso corao; moral que, por estar baseada na natureza, no pode ser seno absoluta.

    VEN.. - Senhora, sede benvinda ao nosso meio; aproveitai nossas prdicas e contribu com vosso trabalho para o engrandecimento da obra que realizamos como Obreiros do Bem.

    - Cuidai de vossa felicidade, desta felicidade que s uma vez passa por nossa vida ao alcance de nossas mos, e que deixamos escapar por condenvel inconscincia ou execrvel egolatria. lde ao encontro dessa felicidade que agora bateu vossa porta, levando em sua urea comucpia os sutis enfeites de um vestido de noiva, guardai entre as filigranas desse vu a recordao de que fostes noiva amada e segui amando, segui sentindo, segui esperando, segui sonhando como noiva. Como recordao desse amor, dessa sensao, dessa esperana e desse sonho, sede sempre a noiva muito amada e que muito ama e que vai ao encontro da felicidade. (Pausa.) J sabeis, Irmo .. e vs, sua digna esposa, qual o ato que estamos celebrando e as idias que temos sobre ele e sobre vossos futuros deveres.

    - Estais dispostos a declarar diante de ns o desejo de ratificar vossa unio?

    ESPOSO - Sim, Venervel Mestre, para mim uma grande honra haverdes permitido que apresentasse Respeitvel Loja ... a minha esposa legtima, senhora ., com quem me uni em matrimnio, e somente me resta suplicar-vos que sejamos reconhecidos no estado que voluntariamente procuramos.

    VEN.. - Estais de acordo com os desejos que vosso esposo nos expressou? ESPOSA - ... (Se a resposta da esposa for afirmativa, o Venervel, com um golpe

    de malhete, pe os presentes de p e, descendo do Trono, coloca-se defronte ao Altar, voltado para o Oriente, e continua solenemente:)

    VEN.. - Felicito-vos por vossa deciso e agora s me resta, diante desta Respeitvel Loja ...., subordinada Muito Respeitvel Grande Loja de ..., e em presena da Grande Famlia Manica Universal que representam os Irmos

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    aqui reunidos, que digais a palavra mais harmoniosa de vossa linguagem, e que em vossos lbios ps a Natureza.

    (Pausa.) - Dizei-me Irmo ...., amais. a vossa esposa.? ESPOSO - ... VEN.. - Dizei-me, senhora ..., amais o vosso esposo e nosso

    Irmo ...? (Se as respostas forem afirmativas, o Venervel vira-se para o

    Ocidente e , dirigindo-se para os presentes, diz: ) - Que todos aqui presentes dem f destas palavras, e vs (dirigindo-

    se aos esposos), regozijai-vos se haveis falado a verdade, mas tremei se haveis guardado pensamentos contrrios aos que dissestes; que vossas conscincias sejam juzes e testemunhas de vossas palavras, as quais ides assinar perante ns, e com ato que sublima os espritos at o supremo ideal, com um beijo que ser o selo que o amor pe em vossa unio.

    - Beijai-vos, dignos esposos, e que esse beijo seja inolvidvel durante vossa vida, porque ele vos trar as recordaes de vossas promessas, de vossos deveres e desta Respeitvel instituio debaixo de cujos auspcios vos acolhestes. Irmo ..., beijai vossa esposa, e vs, senhora ...., recebei o beijo de vosso esposo.

    (Cumprida a ordem, pelos esposos, o Venervel toma as alianas e diz:)

    - Trocai entre vs os anis que simbolizam a vossa unio, que ela seja mais firme que o metal de que eles foram feitos.

    (Executada a ordem o Venervel tomar o Compasso e, entregando-o ao esposo, dir:)

    - Tomai um momento em vossas mos, Irmo ... este Compasso, e que ele vos recorde que, assim como ele assinala espaos com toda a exatido, assim vs deveis assinalar todos os atos de vossa vida com a Razo, a Justia e a Verdade.

    (Entregando o Esquadro esposa, dir :) - E vs, Senhora, tomai este Esquadro e tende sempre presente que,

    assim como ele tem a inaltervel severidade de sua retido, assim vs deveis sujeitar todas as vossas aes Fidelidade, ao Amor e Virtude.

    (O Venervel recolhe dos esposos o Esquadro e o Compasso e os coloca sobre o Altar, depois do que dir:)

    - Senhora,recebo-vos entre flores,msica e perfumes, para expressar nosso regozijo por ver-vos entre ns, e disposta a compartilhar com

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    um de nossos obreiros, o Irmo ....., a tarefa incessante que deve conduzir a humanidade para o aperfeioamento espiritual; as flores, os perfumes, a msica vos so oferecidos como homenagem vossa candura, vossa dignidade e vossa virtude. O incenso que se eleva s alturas o smbolo dos sinceros votos que elevamos ao Grande Arquiteto do Universo para que vos conceda a felicidade que mereceis e que desejais para o nosso querido Irmo, que o destino quis oferecer-vos como vosso apoio e vosso guia, na estrada da vida.

    - Ao percorrerdes o espao que vos trouxe a este Altar pelo brao de vosso esposo e nosso Irmo, tomastes posse completa do que vosso; este Templo dos irmos de vosso esposo e porta dele podeis bater, nas boas e ms circunstncias da vida, certa de que sempre encontrareis nele carinhosa acolhida, apoio desinteressado, auxlio oportuno e eficaz conselho, assim como a amvel recordao deste dia em que haveis sido o mais belo e apreciado ornamento.

    TODOS - Assim seja! (O Venervel volta ao Trono e, dando um golpe de malhete, diz:) VEN.. - Tende a bondade de vos sentar. (Pausa.) - Irmo Secretrio, tende a bondade de fazer a leitura da ata que

    haveis escrito, dando f desta cerimnia. (O Secretrio procede leitura da ata, que em seguida dever ser

    assinada pelos esposos, pelo Venervel e Orador, e demais Irmos e profanos que o queiram fazer.)

    VEN.. - (!) - De p. Em nome da Augusta e Respeitvel Loja .... e da Muito Respeitvel Grande Loja de ...., declaro, solenemente, que reconhecemos e aceitamos como matrimnio legtimo, o contrado por nosso Irmo .. com a Senhora ....

    - Celebremos este acontecimento com uma forte salva de palmas. (Terminando os aplausos, todos se sentam.) VEN.. - Irmo Orador, concedo-vos a palavra para que dirijais aos esposos

    uma curta alocuo e as nossas felicitaes. (O Orador faz uso da palavra e, aps os aplausos, sem forma

    ritualstica, o Venervel desce do Trono e dirigindo-se aos esposos, diz:)

    - A cerimnia terminou, mas antes de nos retirarmos, permita-me, Irmo ..., que vos d em vossa fronte o sculo da paz

    (beija-o na fronte).

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    -.E ao felicitar vossa esposa pela resoluo de ajudar-vos a trabalhar na Obra de nosso melhoramento coletivo, permita-me a merecida homenagem sua dignidade

    (inclinado-se, beija a mo direita da desposada). - de em paz, e no vos esqueais que a Maonaria deseja que a boa

    sorte vos acompanhe! TODOS - Assim seja! (O Venervel volta ao Trono) VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias e Irmos 1 e 2 Expertos, com as

    mesmas formalidades de incio, acompanhai na sua retirada do templo, os esposos e os respectivos padrinhos e, pela ordem inversa de entrada, a todos os presentes, permanecendo apenas os irmos do Quadro.

    (Cumprida a ordem, e somente com a presena em Loja dos irmos do Quadro, os trabalhos so encerrados ritualisticamente.)

    COMEMORATIVO DO DIA DAS MES Procurei Deus e no o encontrei. Procurei a mim e no me achei. Procurei o prximo e achei os trs. Nenhum ser humano auto-suficiente, todos ns precisamos dos outros para podermos ser ns mesmos.

    Celebrao no dia universalmente consagrado s Mes. O Templo dever estar ornamentado com a possvel pompa. Ao lado do Altar dos Juramentos deve estar posta uma coluna ou

    mesa pequena com um vaso ou recipiente prprio para receber as flores destinadas homenagem s mes que partiram para o Oriente Eterno.

    Devem ser providenciadas rosas vermelhas e brancas suficientes para que cada dama receba uma branca e duas vermelhas e cada irmo e profano, uma branca e uma vermelha.

    O Templo deve estar fechado e s ser aberto quando o Mestre de Cerimnias, destacando-se do cortejo da Loja, constituda fora em outro recinto, bater uma pancada.

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    O Cobridor Interno, que se encontrar no interior, abrir, ento, de par em par a porta e a fechar novamente aps a entrada do ltimo Irmo componente da Loja, bem como dos visitantes.

    Os irmos usaro seus aventais e jias distintivas do cargo. Os convidados profanos ocuparo as cadeiras da Coluna do Meio,

    reservada as das pontas para os irmos encarregados da abboda de ao.

    Irmos ou profanos destacados, como autoridades manicas e profanas, sero convidados a ocupar lugar no Oriente.

    indispensvel a Coluna da Harmonia para msica adequada, preferentemente de compositores manicos, como Mozart e outros.

    Fechada a porta do Templo e ocupando todos os irmos os seus lugares, tem inicio a sesso.

    ABERTURA DOS TRABALHOS VEN.. (!) - De p e ordem, meus Irmos. Com uma pancada de malhete,

    correspondida pelos estimados irmos 1 e 2 Vigilantes, vamos abrir os trabalhos, em sesso magna branca, de homenagem mulher que o Grande Arquiteto do Universo sublimou na Criao: a Me.

    - Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em louvor de So Joo da Esccia, nosso padroeiro, esto abertos os trabalhos solenes e de comemorao, em grau de Aprendiz, nesta Augusta e Respeitvel Loja com o ttulo distintivo ...

    VEN.. (l.) 1 VIG.. (!) 2 VIG.. (!) (O Mestre de Cerimnias abre o Livro da Lei.) VEN.. (!) - Tomam nossos trabalhos fora e vigor no seu carter festivo e de

    sesso branca. Desde este momento ficam suspensos todos os sinais e posturas manicas.

    - Irmo Guarda do Templo, abri a porta do Templo. - Irmo Mestre de Cerimnias, convidai as pessoas que se encontram

    na Sala dos Passos Perdidos a darem entrada no Templo, exceo das Mes, para as quais reservamos recepo solene.

    (Entrados os convidados e acomodados, ao som de msica .) VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, acompanhados dos Irmos Orador e

    Secretrio, introduzi no Templo as Mes que vamos homenagear. (Cumprida a ordem e ao assomarem porta, a mais idosa frente,

    executa-se msica mais vibrante.)

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    - De p todos. Iniciemos nossas homenagens Mulher Me com uma salva de palmas significativa no s do tributo sagrado que lhe presta nossa Ordem, como do sentimento de ternura filial de cada um de ns para com aquelas que, alm de nos darem o ser, foram e so as guardis sublimes dos nossos passos e da nossa ventura.

    (Palmas acompanhadas de bateria incessante de malhetes do Venervel e dos vigilantes.) .

    VEN.. - Irmos Mestre de Cerimnias, Orador e Secretrio, conduzi a mais idosa de nossas homenageadas ao lugar de honra que lhe reservamos.

    (Executa-se, ao som de msica apropriada.) VEN.. - Acompanhai, Irmo Mestre de Cerimnias, as demais

    homenageadas aos seus respectivos lugares. (Cumpre-se). - Sentemo-nos. (!) Minhas Senhoras, meus Senhores, meus Irmos: A Maonaria,

    adogmtica e assectria, sem preconceitos de raa ou cor, no inquire das crenas ou princpios filosficos e religiosos dos seus componentes. Exige-lhes, isso sim, a aceitao do Princpio Criador, definido aqui, como o sentimos, o Grande Arquiteto do Universo. No somos, pois, materialistas. Na nsia de encontro com a Verdade, nossa preocupao constante, vemos no Alto, preponderantes, as cogitaes do esprito.

    1 VIG.. - Nesta Instituio multimilenar que alvoreceu idia da Liberdade, formou-se, de logo, o seu contedo programtico inspirado no tradicional tringulo de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

    2 VIG.. - Sentimos sempre nessa trindade magnfica uma proclamao indiscutvel de prevalncia do esprito sobre a matria, na pugna pelo aperfeioamento moral, intelectual e social da Humanidade.

    VEN.. - No desenvolvimento do nosso programa, alm da investigao constante da Verdade, batem-se os maons pelo enaltecimento do mrito da Virtude e da Inteligncia e pelo aplauso e reconhecimento aos que prestam servios Ptria e Humanidade.

    1 VIG.. - Em nossos postulados, destaca-se a proclamao que os homens so livres e iguais em direitos, condenando-se os privilgios e regalias.

    VEN.. - Assim, senhoras e senhores, abrimos as portas dos nossos templos, com o desejo sincero de fazer sair deles, na comunho estabelecida, o estmulo meditao sobre o encontro lgico duma idia de Paz que conforte a mente, o corao e o esprito.

    - No iniciamos os nossos trabalhos, sem invocarmos o Grande Arquiteto do Universo. Pedimos, pois, a todos, que se ponham de p e nos acompanhem no pensamento que elevamos at ele.

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    (Msica em surdina.) - Criador Supremo! Impetramos mais uma vez o poder de tua

    influncia singular nesta reunio onde perfeita a comunho de sentimentos, na mais justificada das homenagens que possa o homem tributar.

    - S conosco, agora, na sabedoria, exatido e poder das tuas leis gerais. Preside o tributo sincero que prestamos s nossas Mes. Tu que sublimaste a Mulher, na Criao.

    - Do mesmo modo que nos ds a alegria desse doce cumprimento do dever filial, d-lhes a satisfao de sentir em seu corao privilegiado o conforto que nossa homenagem objetiva.

    - Que assim seja! - Sentemo-nos. - Irmo Mestre de Cerimnias, fazei distribuir as flores

    comemorativas. s mes presentes que tiverem filhos ou netos neste Templo, fazei a entrega por

    intermdio deles. quelas cujos filhos no estiverem presentes, mas o esposo, por intermdio deste.

    (O Mestre de Cerimnias cumpre.) (Msica.) VEN.. - Conforme sentimos em nossos coraes, no possvel olvidar,

    nesta hora, aquelas criaturas santas que a maternidade dignificou e que no as temos mais conosco, porque o Criador Supremo chamou-as ao Oriente Eterno, como mencionamos aqui.

    - De p, pois, todos! (enquanto deposita a sua flor branca) - Neste Altar todo aquele que deve o tributo da sua homenagem, do

    seu reconhecimento e da sua saudade quela que lhe deu o ser e no mais pertence ao mundo fsico.

    (Ao som de msicas apropriadas, todos que tiverem as mes falecidas depositaro uma flor branca no recipiente do Altar.)

    VEN.. - Depois desta tocante homenagem e tendo, j, sido tributada a que devemos s mes presentes, atravs da flor que a Maonaria lhes ofereceu e que receberam das mos de seus filhos ou representantes, ouviremos a mensagem que o Irmo Orador tem para ns nesta reunio que tanto toca os nossos coraes.

    - Irmo Orador, tendes a palavra. (O Orador produzir pea concisa, no longa, situando-a dentro das

    diretivas tradicionais e filosficas da Ordem. Poder, aps isso, dar a

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    palavra a qualquer assistente para declamao de poesia ou composio literria sobre a Me.)

    VEN.. - Excelentssimas Senhoras, Senhores e Irmos. Est findo o cerimonial com que nos foi dado pelo grande Arquiteto do Universo a alegria to grata de homenagearmos no Templo, nossas queridas Mes.

    (Indo beijar a mo da mais idosa das mes presente, dir ao faz-lo .) - Esta, veneranda Senhora, a homenagem que o dirigente dos

    trabalhos presta a todas as Mes em nome da Loja .. da Grande Loja de ...............................................

    (!) - Irmos 1 e 2 Vigilantes, convidai os irmos e presentes em vossas Colunas, como convido os do Oriente, para com uma vibrante salva de palmas, tributarmos a derradeira homenagem desta noite, s Mes que vo deixar o recinto.

    1 VIG.. - Irmos e dignos presentes que ornamentam a Coluna do Norte, convido-vos, da parte do Venervel, a expressarmos, atravs da nossa vibrante salva de palmas, a derradeira homenagem, no Templo, s Mes que vo deixar o recinto.

    2 VIG.. - Irmos e dignos assistentes que abrilhantam a Coluna do Sul, convido-vos, da parte do Venervel, para conosco prestar a derradeira homenagem da noite quelas que foram objeto alto e delicado da nossa reverncia e do nosso reconhecimento, saudando-as com vibrante salva de palmas, sua sada do Templo.

    1 VIG.. - Est transmitido o convite, Venervel Mestre. VEN.. - Irmo Orador e Secretrio, acompanhai at a Sala dos Passos

    Perdidos a veneranda Senhora, na pessoa da qual homenageamos todas as Mes vivas do mundo e vs, Irmo Mestre de Cerimnias, convidai as demais mes presentes para segui-la.

    (!) - Irmos, formai a abboda de ao. De p todos. (Ao som de msica apropriada, mais vibrante, retiram-se as mes.) VEN.. - Irmo Mestre de Cerimnias, acompanhai, agora, nossos demais

    convidados, aos quais expressamos nosso agradecimentos pela presena aqui, tanto brilho dando nossa reunio comemorativa.

    (Cumpre-se, ao som de msica.) (Saindo o ltimo profano e regressando ao Templo, o Orador, o

    Secretrio e o Mestre de Cerimnias, o Guarda do Templo fecha a porta.)

    VEN.. - Findos os trabalhos desta noite em que tributamos uma homenagem to justificada s nossas queridas Mes, vamos encerr-los. De p e ordem (!).

  • 41

    - Glria do Grande Arquiteto do Universo e em nome de So Joo da Esccia, nosso Padroeiro, esto encerrados os trabalhos, com o golpe de malhete que vou vibrar, correspondido pelos Irmos 1 e 2 Vigilantes.

    - A mim, meus irmos, pelo Sinal e pela Bateria.

    POMPA FNEBRE "Aonde que olhes, Onde quer que andes, Em qualquer clima que habites, H sofrimento, h dor, Vcuos impreenchveis, Feridas abertas e doloridas, Descobertas e expostas, Ou cobertas com armadura De festivos folguedos, Nenhum homem pode dizer: "Minha felicidade indestrutvel". Em toda parte h declnio e morte, E a renovao da vida. " KRISHNAMURTI - (Busca-poema)

    O Templo, em Cmara Ardente. Cenotfio no centro, em cima do qual se colocar uma caveira, tbias

    cruzadas, urna funerria; na parte inferior, uma espada coberta de crepe, perfume e um braseiro para incenso.

    Ter, ainda, uma cesta de folhas e ptalas de rosas, trs copos, um com leite, outro com vinho e o terceiro com gua, com o respectivo hissopo. Os trabalhos so abertos em grau de Aprendiz. Ao entrarem em loja, todos os irmos conservam-se de p, sem entretanto estarem ordem. As pedras triangulares, onde golpeiam os malhetes, estaro forradas com feltro para, em sinal de luto, ensurdecer os golpes. Constituir-se- uma Guarda de Honra que dever ser de trs irmos armados de espada com a ponta apoiada no solo, em sinal de pesar.

    No se formar abboda de ao. As autoridades manicas sero recepcionadas pelos irmos das colunas, de p, com as espadas voltadas para baixo.

    VEN.. (!) - Em Loja, meus irmos. (Todos ficam ordem.).

  • 42

    1 VIG.. - Venervel Mestre, todos os presentes, pelo sinal que fazem so maons.

    VEN.. (!) - Tambm os do Oriente. (!) Sentai-vos, meus irmos. - Irmo 1 Vigilante, a que horas os maons iniciam seus trabalhos

    fnebres? 1 VIG.. - meia-noite, Venervel Mestre. VEN.. - Por que, meu Irmo? 1 VIG.. - Porque nessa hora que as densas trevas estendem o seu manto de

    luto sobre a natureza, e esperam a volta do astro que a vivificar. VEN.. - Que horas so, Irmo 2 Vigilante? 2 VIG.. - Meia-noite, Venervel Mestre. VEN.. - J que meia-noite, e sendo a hora em que os maons abrem seus

    trabalhos fnebres, Irmos 1 e 2 Vigilantes, anunciai em vossas colunas, como eu anuncio no Oriente, que vamos proceder abertura dos trabalhos.

    1 VIG.. (!) - Irmos que decorais a Coluna do Norte, de ordem do Venervel Mestre eu vos anuncio que vamos proceder abertura dos trabalhos.

    2 VIG.. - (!) - Irmos que abrilhantais a Coluna do Sul, eu vos anuncio de ordem do Venervel Mestre que vamos proceder abertura dos trabalhos.

    (!) - Est anunciado em minha Coluna, Irmo 1 Vigilante. 1 VIG.. (!) - Est anunciado em ambas as Colunas, Venervel Mestre. (O Venervel d, ento, um golpe de malhete, que repetido pelos

    Vigilantes, e todos ficam de p e ordem.) VEN.. (!) - Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra a So

    Joo nosso Padroeiro, sob os auspcios da Muito Respeitvel Grande Loja de '" e em virtude dos poderes de que me acho investido, declaro abertos os trabalhos da Augusta e Respeitvel Loja .... em Sesso Fnebre.

    (O 1 Vigilante levanta a Coluna do seu Altar e o 2 Vigilante abaixa a do seu.)

    VEN.. - (!) - A mim, meus irmos, somente pelo Sinal, porque a solenidade deste dia, e diante destes smbolos de luto, nos probe, a bateria e a aclamao.

    (Depois de executado, todos sentam-se. Deste momento em diante cessam todos os sinais manicos, do que se avisar os irmos. Procede-se entrada dos visitantes, delegaes, profanos, e por ltimo o Gro Mestre, ou seu representante.)

  • 43

    VEN.. - Meus Irmos, segundo nossos costumes, vamos formar a Cadeia de Unio.

    (A cadeia de unio formada pelos Irmos das Colunas que se renem em volta do catafalco, dando-se as mos; o Venervel no Oriente e ao Ocidente o Mestre de Cerimnias ladeado pelos Vigilantes. O Venervel transmite a palavra pelo Norte e pelo Sul ).

    2 VIG.. - Venervel Mestre, a cadeia est cortada e faltando um dos principais elos, pelo que foi a palavra perdida.

    (Todos retornam aos seus lugares.) VEN.. - Irmo Secretrio, qual foi o Irmo que no respondeu ao nosso

    chamado? SECR.. - Venervel Mestre, foi o nosso querido Irmo ..., que

    j deixou a morada dos vivos. VEN.. - (Com tristeza) - Meus Irmos, que infelicidade! Nosso Irmo j no

    existe. Pranteemo-lo! - Irmos 1 e 2 Vigilantes, anunciai em vossas Colunas esta dolorosa

    notcia. 1 VIG.. - Irmos que abrilhantais a Coluna do Norte, de ordem do Venervel

    Mestre eu vos anuncio que o nosso querido Irmo .... j no existe e vos convido a prantear to dolorosa notcia.

    2 VIG.. - Irmos que decorais a Coluna do Sul, de ordem do Venervel Mestre eu vos anuncio que o nosso querido Irmo ..... j no existe e vo