rituais com ervas 2

12
Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória Rituais com Ervas – EAD – Curso Virtual Ministrado por Adriano Camargo Texto 01 Introdução por Adriano Camargo Sempre que falamos sobre o uso das ervas, nosso mental ou nossa consciência nos remete ao universo místico das benzedeiras, dos raizeiros, das pessoas envolvidas com a vida no campo e o uso dos elementos da natureza na forma de alimentos, chás e preparos medicinais. Desse universo também fazem parte os remédios para todos os males e um palavreado incompreensível na forma de rezas e ladainhas, que, se não tem um poder de realização imediato, e por que não dizer pirotécnico, envolve os participantes do processo numa aura de mistério e Fé, que comungam com a cura esperada e a realização de pelo menos o imediato bem-estar espiritual. A imagem mitológica do alquimista, da bruxa, feiticeira, ou simplesmente da “fazedora de garrafadas”, tão discutidas e desconhecidas pelos povos da cidade, já formaram no passado a tônica desse mundo simples e ao mesmo tempo desconhecido. Preparando a mente para os rituais Preparar seu próprio banho, sua defumação, fazer um benzimento em si mesmo, requer, na prática, boa vontade, bom-senso, uma pitadinha mínima que seja de esperança que venha colada na Fé, no desejo de realizar o bem, para si, para o semelhante, para a comunidade, para o universo, e coragem. Coragem de vencer a preguiça, o desânimo, a fraqueza que acompanha as obsessões espirituais, as atuações negativas e nossos próprios encontros com nossa realidade interior. Nós, seres humanos, tentamos o tempo todo encontrar desculpas para nossas dificuldades. Tentamos encontrar o culpado do lado de fora, assim como aquela pessoa que ao manobrar o carro numa rua bate a traseira do veículo na lixeira instalada na calçada, amassa os dois, gerando assim um prejuízo, mas, não contente, ainda desce e chuta a lixeira, como se ela, a lixeira, fosse a culpada da barbeiragem. Resultado: dois dedos do pé quebrados, e o prejuízo do amassado, que não era tão grande assim, fica bem maior. Esse é um exemplo de que encarar as dificuldades de frente acaba saindo mais barato, mais rápido e melhor resolvido. Reconhecer as dificuldades próprias e não arrumar desculpas é um grande começo para um bom ritual. Escreva em algum lugar que possa ficar visível para você: SEM DESCULPAS! Tenha certeza que esse primeiro ritual, de acreditar que pode viver sem desculpas para si mesmo, é um excelente caminho para dominar os demônios internos. Isso mesmo, essas entidades míticas tão clamadas por alguns religiosos em seus calorosos cultos podem viver em nossas mentes

Upload: elton-castorino

Post on 21-Feb-2016

174 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

12wwww

TRANSCRIPT

Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória Rituais com Ervas – EAD – Curso Virtual

Ministrado por Adriano Camargo

Texto 01

Introdução por Adriano Camargo

Sempre que falamos sobre o uso das ervas, nosso mental ou nossa consciência nos remete ao

universo místico das benzedeiras, dos raizeiros, das pessoas envolvidas com a vida no campo e o uso dos elementos da natureza na forma de alimentos, chás e preparos medicinais.

Desse universo também fazem parte os remédios para todos os males e um palavreado incompreensível na forma de rezas e ladainhas, que, se não tem um poder de realização imediato, e por que não dizer pirotécnico, envolve os participantes do processo numa aura de mistério e Fé, que comungam com a cura esperada e a realização de pelo menos o imediato bem-estar espiritual.

A imagem mitológica do alquimista, da bruxa, feiticeira, ou simplesmente da “fazedora de garrafadas”, tão discutidas e desconhecidas pelos povos da cidade, já formaram no passado a tônica desse mundo simples e ao mesmo tempo desconhecido.

Preparando a mente para os rituais Preparar seu próprio banho, sua defumação, fazer um benzimento em si mesmo, requer, na

prática, boa vontade, bom-senso, uma pitadinha mínima que seja de esperança que venha colada na Fé, no desejo de realizar o bem, para si, para o semelhante, para a comunidade, para o universo, e coragem.

Coragem de vencer a preguiça, o desânimo, a fraqueza que acompanha as obsessões espirituais, as atuações negativas e nossos próprios encontros com nossa realidade interior.

Nós, seres humanos, tentamos o tempo todo encontrar desculpas para nossas dificuldades. Tentamos encontrar o culpado do lado de fora, assim como aquela pessoa que ao manobrar o carro numa rua bate a traseira do veículo na lixeira instalada na calçada, amassa os dois, gerando assim um prejuízo, mas, não contente, ainda desce e chuta a lixeira, como se ela, a lixeira, fosse a culpada da barbeiragem.

Resultado: dois dedos do pé quebrados, e o prejuízo do amassado, que não era tão grande assim, fica bem maior.

Esse é um exemplo de que encarar as dificuldades de frente acaba saindo mais barato, mais rápido e melhor resolvido.

Reconhecer as dificuldades próprias e não arrumar desculpas é um grande começo para um bom ritual. Escreva em algum lugar que possa ficar visível para você:

SEM DESCULPAS! Tenha certeza que esse primeiro ritual, de acreditar que pode viver sem desculpas para si

mesmo, é um excelente caminho para dominar os demônios internos. Isso mesmo, essas entidades míticas tão clamadas por alguns religiosos em seus calorosos cultos podem viver em nossas mentes

inconscientes, como aquela “força de costume”, aquele comodismo onde nosso mental adormecido se encaixa e desenvolve sistemas de proteção para quando a ação é diferente do cotidiano.

A mente reage contra o que não é costumeiro. Acostume-se ao ostracismo, à preguiça e verá que a cada dia fica mais difícil sair da situação. E quando tentar, sentirá algo a impeli-lo ao contrário, e muitos poderão atribuir isso a fatores externos:

- Será que tem algum feitiço feito contra mim? - Quem será que não quer que eu faça esse banho de ervas? (já atribuindo isso a alguma

entidade mítica) - Me senti mal só de pensar em rezar... De acordo com a expressão de H.P.Blavatsky: “A mente é boa serva, mas cruel senhor.” E nós podemos dizer: “A própria mente cria oposições aos esforços para dominá-la.” Nesse caso, dominar a mente é crer em si mesmo, na magia, no poder transformador que o

ritual, a reza, o benzimento podem trazer. Crer em Deus Nosso Pai Criador, como a verdadeira Fonte de tudo, e ao invocá-Lo crer realmente em seu Poder Divino e Suas Forças Naturais, manifestadas em nosso meio através da simplicidade da natureza de elementos e da natureza humana, em suas nuances, tons, cores e formas de sentimentos positivos e negativos é manter o foco, a atenção, a perseverança naquilo que é o objetivo da magia ritual.

A facilidade, por exemplo, de senta-se à frente do computador e encontrar tudo nos sites de busca nos torna um tanto acomodados. É necessária uma real vontade de melhorar para sair do lugar comum, desse comodismo e ir à luta. Vontade, por mínima que seja, inicialmente para pelo menos levantar o traseiro do sofá, vai aumentando e dando lugar a uma sensação ótima de plenitude por realizar algo de bom para si mesmo.

Aos que conseguem vencer essa primeira barreira, fica o gostinho da vitória e o sentimento de – “Porque não fiz isso antes?”.

Um ritual de limpeza energética, um banho de ervas, por exemplo, sem dúvida nenhuma, poderá ajudar a tirar a pessoa de um estado de obsessão espiritual que a impede de enxergar as oportunidades que estão positivamente no seu caminho, mas a vontade de sair da situação deve permitir esse processo ritual.

Acredite que pode e poderá, acredite que não pode e não poderá. Das duas formas você estará certo. Escolha o que é melhor para você.

O que são rituais É lógico que quando falamos de rituais entendemos, pois nossa mente assim está preparada para

entender, que precisaremos de formas e fórmulas litúrgicas, palavras mágicas, rezas rebuscadas em palavras incompreensíveis e dirigidas à segunda pessoa do singular e do plural.

Podemos citar aqui diversas formas rituais, ligadas a contextos muito bacanas, mas que nem sempre estão disponíveis a todos. Aos que estudam as ciências herméticas em profundidade, esses nossos escritos podem parecer água com açúcar, mas aos simples de coração, verão um campo de possibilidades.

De que adianta um conjunto de conhecimentos guardado numa caixa?

Pra que me serve saber dezenas de benzimentos e não os dividir com ninguém? Isso não me torna mais sábio, muito menos mais inteligente, apenas um pouco mais egoísta. Esse curso não trata de desenhar símbolos, pentagramas, fazer bonecos de cera, nem se vestir

de capa preta e capuz na lua cheia e evocar poderes ocultos numa língua estranha. Esses rituais existem, têm seu fundamento, sua base alicerçada em religiões e conceitos antigos,

funcionais para quem os pratica, mas como disse, não abrangentes e indisponíveis para a grande maioria das pessoas.

Falar de ritual é se lembrar de formas folclóricas de cultos secretos e antigos a deuses ultrapoderosos desconhecidos pelos pobres mortais e pessoas normais como nós.

Exagero? De jeito nenhum. É exatamente isso o que vem à mente. Acreditamos que fazer um ritual exige preparo, conhecimento de causa e efeito, iniciação etc.

Mas se observarmos, somos seres ritualísticos. Quem não tem seus próprios rituais ao acordar? Levantar, espreguiçar, ir ao banheiro, escovar

dentes, banho etc. Sempre no mesmo ritmo e na mesma sequência. Ritual é forma, é maneira de executar. Uso ritualístico das ervas nada mais é do que a forma

natural, ordenada, para se usar os elementos e absorver o melhor em termos de resultado. Poderíamos simplesmente chamar essa prática natural de “Magia”, mas entendo esse termo de

outra forma. Magia é transformação. Usamos magia quando queremos mudar o estado de alguma coisa.

Quando queremos transformar uma situação, mudar energeticamente o padrão vibratório irradiado pela aura de uma pessoa ou de uma casa.

Magia é transformação. Magia é poder. Magia é Poder Transformador. A magia ainda hoje é usada nas suas polaridades: positiva e negativa. A magia por si só, escrita e descrita aqui ou em outros livros, por definição é neutra, assim como

os elementos, por mais grotescos que pareçam, são como faca em mão de morto: não oferecem perigo se não forem ativados.

Ler um livro de rezas como simples leitura não implica a ativação desse mistério e o desencadear de ações relativas a essa magia tão conhecida – traçar uma estrela de cinco pontas no chão, ou na areia da praia, não faz de ninguém um mago. É necessário “se colocar” como ativador, rezar, invocar um poder, senti-lo, solicitar, pedir, convidar essa força para atuar de forma viva e ativa.

A direção que a magia toma respeita as determinações do seu ativador. Podemos afirmar então que a magia está no mago em primeira instância e nos elementos como fatores fixadores da magia.

Um mesmo elemento de magia positiva pode ser usado para as magias negativas de acordo com seu ativador.

A magia se baseia na intenção, no propósito do seu ativador. O conceito de magia positiva e negativa está ai, no mago responsável pela ativação, resultado e posterior colheita desse resultado, que com certeza respeitando a regra universal de ação e reação virá ao encontro de si mesmo com seu poder.

Fazer magia pode parecer complicado nesses termos iniciáticos, mas é muito mais simples do que se imagina. Transformamos muito em nosso dia a dia. Porque será que os adeptos da bruxaria natural têm, na cozinha, seu grande altar, o ponto máximo, o ponto de forças da bruxa mãe? Porque é na cozinha que tudo se transforma, na cozinha que a maioria dos alimentos são transformados e preparados para ser fonte de energia.

Portanto, se você já preparou um simples chá que seja, já participou de um ato de magia. E se esse chá que você preparou seguiu um critério, como colher a erva, lavar, deixar escorrer, colocar a água para ferver, colocar a erva dentro d’água, coar, enfim seguiu e praticou um ritual.

A simplicidade do uso do elemento natural - Regras básicas para utilização da magia das ervas -

Há duas regras básicas para a prática da magia, para a manipulação do elemento natural: Amor e Bom Senso Isso mesmo, Amor e Bom Senso, essas duas palavrinhas tão simples de dimensões tão extensas no

seu sentido de entendimento. Bom senso, de acordo com o dicionário, é a capacidade de julgamento, o senso íntimo, a

consciência. É o senso comum, é o modo de pensar da maioria. É aquele conhecimento básico, é o raciocínio capaz de discernir sobre algo bom ou algo ruim. A

capacidade de julgamento que seu íntimo lhe impõe. É o conhecimento que a maioria das pessoas tem. Se você não sabe, com certeza alguém em sua

casa sabe, seu vizinho, ou alguém para quem você possa perguntar. É a presença de espírito que temos ao saber que não devemos usar uma erva que não

conhecemos. Não devemos usar o “achismo”. Simplesmente achar uma erva “bonita” e usa-la para fazer um chá, ou banho. Há muitas ervas tóxicas, ou com grau de toxidade tal que seu uso indiscriminado pode trazer resultados desagradáveis. É necessário tomar muito cuidado, filtrar as informações, comparar, perguntar. Adquirir ervas secas e frescas, mudas e sementes de locais adequados, de boa procedência.

O bom senso diz que não queimamos ervas frescas, porque contêm muita água. Isso é bom senso. Acima de tudo, ouça seu coração. Pergunte a si mesmo, sinta em sua alma a

energia da erva. Amor. Quando falamos de amor o assunto se torna amplo. É subjetivo falar de amor, esse

sentimento abstrato e de difícil compreensão. Vemos o amor definido e transmitido de várias formas. O amor fraterno como o sentimento entre irmãos, amigos, ou enfim, entre pessoas que se gostam. Vemos o Amor doado pelas almas caridosas em sua luta constante para diminuir as diferenças entre as classes sociais, o amor de Cristo por nós, por ter descido de suas esferas ultraluminosas para semear entre nós o Amor e a Fé.

Gosto de dividir esse sentimento em duas partes para nosso melhor entendimento: Fé e Respeito.

* Fé é aquilo que acreditamos, se acreditamos que algo é bom para nos temos fé naquilo. A fé não depende da forma. É a mola propulsora que nos empurra em direção a algo, a um ideal.

Quando acreditamos e vamos em frente, é ali que está nossa fé. Aquilo que não nos deixa esmorecer diante das dificuldades, nossa crença em algo maior que nós.

Se acreditarmos em uma sustentação religiosa é lá que colocamos nossa fé, a fé religiosa. A fé não é só religiosa ou ligada à religiosidade, é acima de tudo acreditar. Mestre Jesus quando

esteve entre nós, no meio material, dizia ao fazer suas curas milagrosas: “tua fé te curou, tua cura é do tamanho da tua fé”.

Então, quando acreditamos, o poder de realização entra em ação. A fé é o poder em ação, a realização. Ao alimentar com fé nossos projetos, damos crescimento a eles. Poderíamos dizer que a fé é o fermento da vida. Sem acreditar, nada acontece.

Acima da virtude religiosa que mais a inspira, podemos resumir fé como confiança. A própria ciência já aceita que pacientes que têm fé se curam mais rápido do que os céticos,

aqueles que não acreditam em nada.

Quando acreditamos e confiamos, temos fé. * Respeito é honra. Respeitar a natureza é honrar ao Pai Criador pela dádiva da vida. Honrar ao

Pai pelo ar que respiramos. Respeitar a forma que o espírito divino se apresenta nos vegetais, a energia contida em cada erva, mesmo depois de seca.

Ao respeitar as muitas formas de energia, temos benefícios práticos em nossa vida. A energia elétrica é fantástica se bem usada, no entanto, se usada sem conhecimento, pode causar prejuízos sem precedentes. Isso é respeito. Bem direcionada, toda forma de energia é benéfica.

Enfim, Amor é isso: Fé e Respeito, porque quem ama Acredita e Respeita. Amar as ervas é acreditar que podem trazer algum benefício para nossas vidas e para a vida de

nossos semelhantes, é respeitar sua forma de uso, direcioná-la da forma correta.

Magia e ativação Evocação e ativação da força vegetal Chame como quiser. Reza, prece, oração, evocação, determinação mágica, enfim, o importante

é a ativação da força vegetal contida na erva. Vamos nos lembrar do poder da palavra. Isso me remete a uma máxima oriental que diz que

Deus só diz uma palavra: SIM. Deus diz sim para todas as nossas afirmações, positivas ou não. Desde que nos dirigimos a Ele com Amor e Bom-senso, as realizações também se multiplicam. A palavra tem tanta força que criou o mundo, de acordo com a gênese católica. Nossa mente é extremamente poderosa e nossa palavra também. Quando determinamos o rumo

que a energia deve tomar, damos direcionamento a ela. Isso é respeito. Ao respeitar a energia, ela devolve como uma reação física:

Para toda ação existe uma reação de igual ou maior intensidade. (Newton) Quando rezamos, colocamos ali nossa Fé, e damos direcionamento para a energia. As ervas têm alma, personalidade e sentimentos tão envolventes como qualquer ser vivente na

natureza, inclusive o homem. É essa a energia, a força que evocamos. O espírito vegetal. Há muitas rezas e evocações maravilhosas (ver evocações diárias de Ortiz Belo de Souza, ed.

Portal Celeste), mas para o que pretendemos aqui, há uma evocação básica. Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado

espírito vegetal e peço que abençoe esse banho, defumação, chá etc., para o meu beneficio e beneficio de meus semelhantes, assim seja, e assim será.

Essa reza, bastante simples requer apenas mais duas coisas: Amor e Bom-senso. Cada religião costuma envolver seus ritos em roupagens folclóricas e verbalizações

incontestáveis, chamando-as de ciência oculta, sabedoria milenar do oriente ou de outro lugar místico, e tentam mostrar que as outras religiões, suas concorrentes, são falsas porque não têm o segredo dos mistérios. Seus místicos se consideram uma minoria privilegiada pelo esclarecimento divino, superiores em compreensão e inteligência e rejeitam invariavelmente a crítica de serem supersticiosas. Mas qual a diferença entre suas criaturas místicas e as da cultura popular?

Então, a reza tem efeito sim! Perdoem-me os místicos de plantão, mas VIVA A SIMPLICIDADE! Deus está e se manifesta nas coisas simples. Você não é obrigado a fazer a evocação dessa forma

que está aqui. Mas use o bom-senso. Desenvolva seu critério de oração.

É nos Sagrado Anjos que você ancora sua fé? Então reze a eles. É aos Orixás que você clama em suas preces, ótimo! Eles com certeza estarão presentes na ativação da erva. Clame aos Santos de sua conveniência, e estará tudo certo.

Deus responde à sua criação da melhor forma que sua criação possa entender. Para o negro africano, Deus será também negro. Para o oriental, terá feições orientais, e assim

por diante. Suas divindades, representação viva de Deus, se apresentam da mesma forma, com variações

culturais e regionais, mas sempre a mesma essência. Não há magia sem ativação. É necessário desencadear o processo de ação da erva. Ao colher a erva, devemos mentalmente pedir licença ao espírito vegetal que a anima, dizer-lhe

que esta sendo colhida e será útil a um ser vivente, parte da criação divina. Esse espírito irá responder com toda sua força, e concentrará na parte a ser colhida as essências

necessárias para a cura. Desde que ele entenda que você se dirige com Amor e Bom-senso, as ervas se doam pela causa da criação.

Crendice popular? Duvido. Contra os fatos não há argumentos. Fato é que a ação da erva comprovadamente aumenta se for ativada com uma oração. Oração misturada, sem critério, é que nem raizeiro que não conhece raiz... Pode matar pela

falta de conhecimento, ou tornar a raiz inerte, sem efeito. O escritor Hugo Prata comenta que é mais fácil acreditar em lobisomem do que em Deus,

"porque ninguém nunca viu Deus, mas lobisomem, muita gente já viu”. E nós dizemos: “Qual o alcance que você quer em sua magia? Esse deve ser o tamanho da sua

Fé!”

As rezas ativadoras Já falamos nos capítulos anteriores sobre as rezas ativadoras. É importante para quem vai

manipular as ervas, ou outro elemento que exija uma reza evocatória, que a reza possa ser modificada de acordo com seu coração e convicção. Isso mesmo, a ordem das palavras não altera o conteúdo, ou seja, se você preferir evocar de outra forma, não há problema, prestando atenção na força, ou divindade evocada. E melhor ainda, faça suas próprias evocações baseadas nas que colocamos aqui como exemplo e adapte suas palavras de acordo com o que fique mais fácil para você memoriza-las.

Vamos a alguns exemplos. Evocação Básica (geral) Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado

espírito vegetal e peço que abençoe esse banho, defumação, chá etc., para o meu benefício e benefício de meus semelhantes, assim seja, e assim será.

Para acordar a erva seca 1: Amado Pai Criador de tudo e de todos nós, Amada Mãe Terra, força viva e geradora de tudo o

que conhecemos e também do que desconhecemos, Sagradas Forças Vegetais, peço que envolvam essas ervas, esse preparo, tornando-as força viva e ativa, capaz de responder aos meus estímulos e solicitações de cura e amparo energético, e façam cada vez mais de mim instrumento de vossa vontade maior. Assim seja e assim será.

Para acordar a erva seca 2: Salve Pai Criador, salve Mãe Terra, Salve as Sagradas Forças da Natureza.

Peço vossa benção nesse preparo, e que ele seja vivo e ativo para o benefício de... (fazer o pedido, a determinação). Pela vossa glória e amor ao seu nome. Assim seja e assim será.

Para acordar a erva seca 3: Pai Criador de tudo e de todos nós. Amada Mãe Terra, provedora de todo elemento vegetal.

Sagradas Mães das Águas, força da vida que a tudo anima, peço que abençoe essas ervas secas, tornando-as vivas, ativas e vibrantes, imantadas com vossas sagradas energias elementais, e seja a partir de agora elemento pronto para receber as determinações por mim proferidas. Assim seja e assim será.

Para colher a erva verde (folha) Eu evoco nosso amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, sagradas forças vegetais, os sagrados

guardiões das ervas, os elementais da natureza e peço licença para recolher partes dessa erva, para que com sua força viva, possamos curar... (aqui se fala para quê a erva será usada). Peço que essa planta seja envolvida em irradiações divinas e não sinta dor para doar essas folhas.

Peço vossa benção e vosso amparo, assim seja e assim será. Corte as folhas com uma faca ou tesoura bem afiados, de preferência em um corte só, e o mais

rápido possível. Ao retirar as folhas, usá-las o quanto antes. Para colher a raiz Salve Senhor Nosso Deus, Salve a Terra, Salve a Terra, Salve a Terra. Sagrada Mãe Terra, sagradas forças guardiãs da terra, peço licença para retirar de vosso

elemento essas raízes, forças vivas que serão úteis para... (fala-se onde será utilizada a raiz) e assim poder ajudar e curar nossos semelhantes. Assim seja e assim será.

Para ativar a defumação Divino Pai Criador, Mãe Terra, forças da Jurema, peço que abençoem essa defumação tornando-

a força viva e ativa para a limpeza e equilíbrio dessa casa, e das pessoas aqui presentes. Assim seja e assim será.

Para se preparar para um trabalho com ervas Ajoelhar-se e com as palmas das mãos voltadas para o alto: Senhor meu Deus, meu Pai Criador,

Amada Mãe Terra, Amados mestres inspiradores do astral superior. Grande foco divino que a tudo anima, peço que me envolva nas vossas vibrações de luz, de amor e caridade e faça de mim uma extensão do vosso amor e de vossa força curadora, para meu benefício e de meus semelhantes. Assim seja e assim será.

Para bater as folhas Com o maço de ervas na mão, pronto para ser usado: Pai de Amor e Caridade, transforma esse

seu filho, nem sempre consciente de sua missão, em instrumento vivo de vossa vontade, para aqui, com essas ervas na mão, elas sejam força viva e ativa, limpadoras e absorvedoras de todo miasma, toda larva astral e toda forma de vida consciente e inconsciente que estejam prejudicando esse ambiente. Peço que se houver formas espirituais presas nesse ambiente, sejam libertadas, curadas e assim possam retomar seu caminho evolutivo, pela vontade de Nosso Criador. Assim seja e assim será.

Outra reza para benzimento. Deus que te fez, Deus que te criou, Nossa Senhora que tira esse mal que te entrou. Repita 3, 7

ou 9 vezes, ou enquanto passa o maço de ervas na pessoa. Obrigado. Assim seja e assim será. Acendendo uma vela Amado Pai Criador, pai doador da caridade universal. Fazei dessa vela um elemento ativo, capaz

de absorver todo e qualquer miasma larva astral etc... de fulano, e recolher a seu lugar de transformação e merecimento etc... de acordo com a vontade divina. Obrigado. Assim seja e assim será.

Ativando um banho (ou chá) Senhor Deus, meu amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amada Mãe Água, Sagradas Forças

Vegetais, peço de coração que abençoem esse banho (ou chá). Que ele seja verdadeira força viva em minha vida, em meus campos energéticos, proporcionando saúde espiritual e física, limpeza astral, e que todas as formas de vida que atuem negativamente em minha vida sejam alcançadas por ele e assim tenham também em sua vida os efeitos positivos dessas ervas. Obrigado. Assim seja e assim será.

Agradecimento final Pai Criador, Mãe Terra, Forças da Natureza Vegetal, Forças aqui evocadas, senhores guias,

mentores e direcionadores do astral espiritual, eu vos agradeço de coração e peco que tenham em mim um instrumento sempre pronto a servi-los e servir meus irmãos semelhantes, em sua jornada evolutiva. Obrigado, obrigado e obrigado. Assim seja e assim será.

Não esquecendo que para toda reza é necessária uma postura de seriedade e concentração. A reza pode ser até em silêncio, mentalizando as palavras, mas sempre atentando para a

necessidade de o rezador estar focado no seu objetivo, seja a cura, a limpeza astral etc.

Banhos A água é concentradora do elemento vegetal. A energia aquática carrega a força vegetal,

fazendo com que ela seja absorvida mais facilmente pelo nosso espírito. Não esqueça que nosso corpo humano é formado por pelo menos 75% de água.

Nosso fator aquático humano, em contato com o fator aquático carregado de energia vegetal, se funde, formando assim, energeticamente falando, um elemento mais fácil de ser absorvido pelo nosso organismo espiritual. É o veículo que o espírito vegetal encontra para se unir a nós.

Sempre me perguntam se devemos tomar banho de ervas na cabeça. Na verdade, esse assunto é o mais polêmico de todos, porque envolve conceitos religiosos tradicionais, e sobre eles eu não opino. O que digo é, se você não está ligado a alguma doutrina que lhe impõe isso, não se preocupe.

Existem ervas, como veremos mais adiante, que devemos realmente evitar colocar na cabeça, em nosso centro de forças, ou chacra, coronal. Mas por outros motivos energéticos, que devem se estudados caso a caso.

É comum ouvir que filhos de determinados Orixás não podem usar ervas de outro Orixá na cabeça, até com risco de morte. Os especialistas em Orixá que digam isso em suas publicações e sejam ouvidos por quem está ligado a essa energia. Mesmo em minhas práticas religiosas, tenho visto

muitas pessoas usarem todo tipo de erva na cabeça e continuar com seu juízo perfeito, sem risco nenhum. Muitos dos acúmulos energéticos negativos, que são o motivo da limpeza espiritual com ervas, localizam-se exatamente no chacra coronal, na coroa mediúnica, no alto da cabeça. Porque então não deveríamos colocar ervas lá, no foco da atuação?

Preparar os banhos não requer muita prática. Requer muito amor e bom-senso. Os processos que podem ser usados para preparar os banhos são os mesmo descritos para o

preparo de chás. O banho pode ser preparado quente ou frio, depende do tipo de erva a ser utilizada. Se for usar apenas ervas ou flores frescas, pode colocá-las, depois de lavadas em água corrente,

em uma bacia ou panela com água fria e deixar por umas duas horas. Esse processo chama-se maceração. Você pode também, nesse processo, amassar as ervas com as mãos, dentro da bacia com água e depois deixá-las descansar por uma hora, cobertas com um pano branco. É muito positivo também, nesse caso, acender uma vela branca ao lado do preparo, e na reza evocatória pedir que ilumine e envolva o preparo com as energias vivas do fogo.

Essa prática é muito positiva, pois enquanto você amassa as ervas com as mãos, pode fazer a reza ativadora, e ali, pode ter certeza, o banho já começará a agir no seu campo astral. Mentalize a aura vegetal envolvendo suas mãos, absorvendo a partir da palma delas todo o negativismo, as formas pensamento, os miasmas astrais do seu espírito.

Se as ervas forem secas, mesmo que sejam folhas, flores, raízes ou cascas, simplesmente coloque água para ferver em uma panela e, quando atingir a fervura, coloque as ervas já separadas dentro da água, deixe ferver por um minuto e desligue. Tampe e deixe amornar.

Você pode unir os dois processos, fazendo a fervura com as ervas secas, e depois de amornar fazer a maceração com esse preparo e as ervas frescas.

Depois disso, deixe o preparo descansar e coe antes de usar. Podemos coar o banho porque já concentramos na água aquilo que precisamos da erva, seu

organismo espiritual energético. Os banhos são administrados após o banho normal. Coloque o preparo pronto em uma panela,

bacia, balde etc. e complete com água quente do próprio chuveiro. A temperatura do banho deve seguir a regra do bom-senso. Não deve ser quente demais, pois

poderá causar queimaduras, nem frio demais, pois poderá ser desagradável se a temperatura ambiente também estiver baixa. O banho morno é bastante adequado por seguir o meio termo.

Não é necessário tomar o banho frio, exceto em alguns casos muito específicos, a partir de solicitação e acompanhamento religioso.

Ao terminar seu banho higiênico, levante a panela acima de sua cabeça e faça essa oração:

Senhor Deus, meu amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amada Mãe Água, Sagradas Forças Vegetais, peço de coração que abençoem esse banho. Que ele seja verdadeira força viva em minha

vida, em meu campo energético, proporcionando saúde espiritual e física, limpeza astral, e que todas as formas de vida atuando negativamente em minha vida sejam alcançadas por ele e assim tenham

também em sua vida os efeitos positivos dessas ervas. Assim seja e assim será. Ao terminar de jogar esse preparo sobre o corpo, respire profundamente umas três vezes e

mentalize círculos coloridos à sua volta, descendo pelo seu corpo em espirais nas seguintes cores: verde, azul, violeta, branco e rosa.

Deixe alguns instantes assim, com o banho em seu corpo, sem enxaguar e sem enxugar também. Deixe seu espírito vibrar junto com a erva. Sinta a energia viva envolvendo seu corpo físico e

espiritual e penetrando nos corpos internos e nos órgãos, muitas vezes doentes e debilitados.

Preferencialmente tome os banhos antes de dormir, exceto os energéticos e estimulantes, que devem ser tomados pela manhã.

Em relação à quantidade, a proporção é sempre um bom punhado para cada meio litro de água. Não usamos medida exata, primeiramente por não se tratar de preparo fitoterapêutico, e também porque a melhor medida para seu uso é sua própria mão em concha.

Os banhos não são apenas para nosso corpo, nosso organismo espiritual humano. Podem e devem ser usados também para nossas casas, locais de trabalho e casas de trabalho espiritual.

Preparamos o banho para casa da mesma forma descrita, e passamos no chão com um pano branco, de preferência novo ou destinado apenas para esse fim. É interessante também passar esse preparo em paredes que possam receber líquido (cuidado para não manchar a pintura), e principalmente nos batentes das portas e janelas.

O uso das essências prontas – à base de água ou álcool - no banho não tem contraindicação, porém não devem ser as únicas fontes de energia vegetais no banho, o único elemento. As essências têm grande valor aromaterápico, causando pelo seu odor agradável verdadeira fusão dos elementos vivos das ervas. Vemos o uso prático das essências nos banhos de cheiro, principalmente para casa.

O resíduo de ervas usado para o preparo dos banhos deve ser devolvido à natureza. Ou à terra do jardim ou a um rio. Como parte e continuidade da magia, essa prática deve acompanhar a intenção de o elemento natural, água ou terra, receber e diluir todo e qualquer resíduo negativo em que a prática de magia esteja envolvida.

Pode devolvê-la ao jardim de sua própria casa, ou um vaso, por exemplo, ou mesmo numa praça, ao pé de uma árvore. Se jogada num rio, tomar o cuidado para não jogar saco plástico ou outro material sintético, mas somente os resíduos vegetais; regra que também se aplica a resíduo de velas, porque nada mais são do que parafina, elemento petroquímico. Não precisamos poluir ainda mais nossa natureza.

Defumações e incensos Defuma com as ervas da Jurema... defuma com arruda e guiné... Benjoim, alecrim e alfazema... vamos defumar filhos de Fé. Entoando o cântico da Jurema, o aparentemente simples carvão em brasa se torna elemento-

veículo para que as ervas secas - material já transformado - novamente entre em ritmo de transformação, desta vez se fundindo e liberando no elemento eólico (ar) suas qualidades curativas e equilibradoras, profiláticas e limpadoras dos campos astrais mais sutis, mais externos e dissolvedoras dos acúmulos de organismos insensíveis ao elemento aquático.

Essa cena é muito comum nas casas Umbandistas, normalmente os trabalhos de caridade são precedidos de uma boa defumação. Ela prepara o ambiente, o astral dos médiuns, e há quem possa ver o movimento no astral espiritual e que confirme, todos os espíritos que irão trabalhar na sessão daquele dia se defumam também na contraparte etérica, e além de se defumar, guardam em dispositivos armazenadores astrais uma boa parte das essências vegetais-eólicas, para posterior uso durante os passes.

Tão antigo quanto os banhos, as defumações aliam dois elementos importantes no trato com as ervas. O fogo e o ar.

O elemento vegetal não combina com o fogo. O fogo é elemento oposto ao vegetal. Essa afirmação é verdadeira quando falamos do vegetal in natura, a erva fresca.

Como já dissemos, a erva fresca tem uma grande concentração de água. Em verdade, é esse o componente oposto ao fogo, a água contida no vegetal.

Já dissemos anteriormente que a erva seca passou por uma transformação, do seu organismo material foi retirada a água. Isso faz com que a erva, já seca, possa fundir-se ao elemento ígneo assim resultando em um subelemento importantíssimo: a fumaça (ar).

O ar é o segundo elemento mais importante por onde a energia vegetal se propaga. O ar é o expansor dessa força viva. Por ele, propagam-se os aromas e as essências vibratórias vegetais.

Preparar uma defumação pode parecer tarefa para poucos, mas não é não. Você vai precisar de carvão, esse usado para churrasco mesmo; um pouco de álcool de boa qualidade, ou álcool em gel, preferencialmente que não contenha mais água que álcool; e um incensário, também chamado de turíbulo, de qualquer material, ou melhor e mais barato ainda, aquela latinha de chocolate em pó que sobrou. Daremos a seguir dicas de preparação.

Preparação da lata de defumação: se não optar por um incensário já pronto, pegue a lata limpa, faça alguns furos na parte lateral inferior, não no fundo. Isso é a passagem do ar, sem o qual é impossível acender o carvão. Coloque uma alça comprida com arame, ou se quiser sofisticar, aquelas correntinhas usadas em vasos que ficam pendurados.

Pronta a lata defumadora, coloque o álcool gel no fundo, em boa quantidade, coloque o carvão por cima do álcool gel, derrame um pouco mais em cima do carvão e coloque fogo com um fósforo. Deixe queimar por alguns minutos até o carvão ficar em brasa.

Pegue na alça com cuidado para não se queimar e balance de um lado a outro, se precisar assopre também. Uma vez o carvão incandescido, estará pronto para receber as ervas secas.

Preparação das ervas: as ervas já devem estar separadas na quantidade necessária para a defumação, ou seja, um punhado de cada ou mais dependendo do tamanho do lugar a ser defumado e do número de pessoas presentes.

O número de ervas a ser utilizado depende da finalidade da defumação. Um preparo limpador de ambientes e de pessoas sempre deve ter número ímpar de ervas, por se tratar de desfazer algo, o ímpar é o número da desagregação. Um preparo harmonizador e equilibrador pode ter número ímpar ou par. Um preparo atrator de sentimentos, prosperidade, energético, deve ter sempre número par. Siga sua intuição, ela é sua melhor orientação.

Ao separar as ervas, coloque-as em recipiente próprio, que pode ser uma pequena bacia, um pote plástico, enfim o que você tiver à mão. Misture-as com as mãos e vá mentalizando aquilo que você quer que ela (a defumação) realize. Sinta a erva em suas mãos e deixe as energias vegetais envolvê-lo. Faça a reza para acordar a erva seca e a reza ativadora do fogo.

Para defumações de limpeza e descarga de ambientes, sempre caminhar com a fumaça de dentro para fora da casa, ou seja, dos fundos da casa em direção à porta de saída, passando por todas as dependências. Deixando o incensário, se possível do lado de fora. Se for apartamento ou algum lugar onde não possa proceder dessa forma, deixe dentro mesmo. Não é esse ato que irá mudar a ação, é seu comportamento espiritual de Amor e Bom-senso.

Se o objetivo da fumaçada é abrir os caminhos, harmonizar e equilibrar os ambientes, energizar o local e as pessoas, faça o contrário, defume da porta de entrada em direção ao fundo da casa, passando por todos os cômodos.

Coloque as ervas sobre o carvão e defume. Se quiser, cante pontos de Jurema, ou reze durante a defumação, pedindo tudo aquilo que é o objetivo da magia.

Sempre me perguntam sobre os incensos e defumadores comerciais, e mesmo os artesanais. Você pode usá-los sem problemas, mas eu recomendo que sinta primeiro o uso do produto pronto e daquele que você mesmo vai preparar. Veja com qual você percebe o melhor resultado. Isso é muito pessoal. Faça a ativação do incenso ou defumador em tablete, da mesma forma que faria da defumação preparada por você. Ao acendê-lo, mentalize uma aura energética que pode ser verde,

dourada, azulada ou cor de rosa, em volta do incenso e deixe sua fumaça carregar essa aura por onde se expandir.

Bate folhas Pegue um bom maço de folhas ou flores e bata nos cantos de sua casa, nas portas e janelas,

embaixo das camas, banheiro, enfim, na casa toda. Esse ato é muito comum como prática religiosa e requer bastante concentração. Você pode também pegar um pedaço de galho de pitangueira, figueira, ou outra árvore que você

sinta afinidade, e usá-lo como cabo para uma vassoura simbólica, onde você irá amarrar um maço de ervas com um barbante e passar pelo chão de sua casa, como se estivesse varrendo simbolicamente de dentro para fora, todo o lixo astral acumulado no lado espiritual do ambiente.

O elemento natural estará unicamente em sua mão e dependerá somente de sua fé e boa vontade para agir em benefício de alguém ou de um local.

Usamos o bate folhas também para fazer benzimentos, passando o maço de ervas pelo corpo da pessoa a ser benzida, fazendo a reza do benzimento.