ritmos cubanos
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Ritmos Cubanos
Clave
Embora pouco citada na literatura própria, a conga teve grande importância, por
suas características curiosas, na história da música, e principalmente na dança
cubana. Este ritmo secular sempre foi mais conhecido como uma dança de las
calles de Cuba do que dos salões.
Teve sua origem nas festas tradicionais de rua, em datas religiosas como Corpus
Christi, Dia de Reis, no tempo em que era permitida aos escravos africanos tal
comemoração. Era um sucesso ao mesmo tempo social e musical onde a alegria
do povo transbordava ao som de tambores e trompetas e todo um instrumental
afro-cubano numa coreografia que contrastava com os bailes nos salões da
burguesia.
Normalmente os grupos de participantes eram denominados comparsas que
representavam a população urbana de diversas regiões proporcionando um
maravilhoso espetáculo de pura arte popular. Mais tarde o ritmo da conga foi
introduzido em outras festas populares animados por conjuntos musicais
denominados charangas .
Compositores de música popular mais elaborada não puderam ficar ao largo de
tais influências e a partir de 1928 a conga teve sua consagração internacional
quando o consagrado maestro Eliseo Grenet introduz o ritmo em Paris. Para Vigo
me Voy de Ernesto Lecuona alcança fama mundial. Xavier Cugat com sua
orquestra apresentam o novo ritmo em musicais da MGM. A Orquestra Lecuona
Cuban Boys apresenta congas no "Follies Bergéres" - Paris.
A partir daí, o sucesso através do cinema, do rádio e do disco provocam uma
explosão comercial e o ritmo da conga passa a sofrer uma adulteração em sua
forma natural, mas ainda hoje muita música de dança popular confunde-se com a
velha e boa conga de 50 anos atrás.
Como registro de congas inesquecíveis, listamos: Para Vigo me Voy (E.Lecuona);
Uno, Dos y Três (Rafael Ortiz); Conga de La Habana (Vasquez); Panamá
(E.Lecuona); Ahi Viene La Conga (A. Valdespi); La Conga se va (Lecuona).