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Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904

Meu caro Nabuco,Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui estou só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor; primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer; segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fico, por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina.Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la.Irei vê-la, ela me esperará.Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe.Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho

Machado de Assis

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Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.Sigo o destino que me é imposto. (...) Não querem que o trabalhador seja livre.

Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.

Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.

E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

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Senhor:

Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.

Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.

Da marinhagem e  singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:

A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã-  Canária, e  ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas,  pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.

Na noite seguinte,  segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com  sua nau, sem haver tempo forte  nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!

E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril,  estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam,  topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho,  assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.

Neste  dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra!  Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao  monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra– a Terra da Vera Cruz.

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Fundamental a construção da interlocução (duas imagens: quem escreve a carta; a quem se destina a carta)

Emprego de vocativoMarcação de local e dataSaudação adequada a0 interlocutor

(emprego correto de pronomes de tratamento)Manifestação do domínio da norma escrita

culta (possíveis variações são aceitas dependendo da proposta e imagens envolvidas)

Fechamento e assinatura

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Fundamental a construção da interlocução (duas imagens: quem escreve a carta; a quem se destina a carta)

Emprego de vocativoMarcação de local e dataSaudação adequada a0 interlocutor (emprego

correto de pronomes de tratamento)

Manifestação do domínio da norma escrita culta (possíveis variações são aceitas dependendo da proposta e imagens envolvidas)

Apresentação de ideias encadeadas e progressão da argumentação

Essencial o uso dos recursos coesivos (conectivos)

Fechamento e assinatura

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“Venho por meio desta” / “vosso”“Sou um cidadão consciente de meus direitos e

deveres”Tom excessivamente emotivo (narratividade deve

estar a serviço da argumentação)

Imagem de um remetente que não domina a norma culta da língua

Ausência de interlocução faz com que o texto assuma um caráter dissertativo

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Correspondem às palavras ou expressões empregadas para tratar cerimoniosamente o interlocutor

PRONOMES DE TRATAMENTO

  Abreviaturas  

Pronome Singular Plural Emprego

você v.   tratamento informal

o (s) senhor (es)

a (s) senhora (s)

sr. srs.

tratamento formal ou cerimonioso

   

sra. sras.

Vossa Alteza V.A. VV.AA.príncipes, princesas,

duques

Vossa Eminência V. Em.a V.Em.as cardeais

Vossa Excelência V.Ex.a V.Ex.as altas autoridades

Vossa Magnificência V.Mag.a V.Mag.as

reitores de universidade

Vossa Majestade V.M. VV.MM. reis, imperadores

Vossa Reverendíssi

ma V.Rev.ma V.Rev.mas sacerdotes

Vossa Senhoria V.S.a V.S.as

autoridades, tratamento respeitoso,

correspondência comercial

Vossa Santidade V.S.   Papa, Dalai Lama

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Campinas, 20 de novembro de 2005

Caro senhor José Alexandre Nogueira de Resende,

Escrevo-lhe na qualidade de cidadão, profundamente prejudicado pelo estado de má conservação de nossas rodovias e esperançoso de que esta carta sirva de instrumento para que vossa senhoria, efetivamente, cumpra com seu dever de diretor-geral de tão respeitável órgão governamental, agindo de modo significativo na fiscalização das concessionárias que deveriam zelar pelo bom funcionamento de nossas estradas. De modo algum quero apenas criticá-lo, senhor. Desejo apenas que vossa senhoria tome real conhecimento de problemas, os quais já relatei à ouvidoria da ANTT pelo telefone 0800 e de nada adiantou.

Quero compartilhar com o senhor minha trágica experiência pessoal, para que possa entender minha preocupação e descrédito nas autoridades que deveriam cuidar do bom estado e tapar os buracos das estradas. Sou residente de Campinas e trabalhava como caminhoneiro até o ano passado, quando sofri um acidente ao passar por um buraco que estourou o pneu do meu veículo, capotando-o em seguida.

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Tal evento fraturou minha coluna cervical, deixando-me paraplégico. O senhor sabe qual foi o laudo da perícia que verificou as causas do meu acidente? O resultado foi que aquele buraco e a irresponsabilidade da concessionária, que deveria fazer os reparos da Rodovia SP-330, ocasionaram o fato de eu estar preso a essa cadeira de rodas pelo resto da vida! O senhor acha que algum culpado foi punido?

Mas o pior, senhor José Alexandre, é que o problema persiste! Eu estava sendo levado de carro pela minha filha pela mesma Rodovia SP- 330, para visitar alguns parentes numa cidade vizinha, e constatei que a estrada continua repleta de buracos, desníveis nas camadas de asfalto e invasão da vegetação marginal nos acostamentos, impedindo-nos até mesmo de ler o que está escrito nas placas de sinalização! Relatei o problema por duas vezes à ouvidoria da ANTT pelo 0800 e digo que nada foi feito a respeito!

Pergunto-lhe: para que criar um canal de comunicação com a população para de nada adiantar? Fiquei estarrecido ao ler trechos de uma entrevista com o senhor, na qual era alegada maior “eficiência” e “transparência” na fiscalização das estradas. Que eficiência é essa, que resulta em um completo descaso para com os cidadãos que trafegam por essas estradas, pagam pedágios caríssimos e ainda correm o risco de acidentes? O senhor deve ter acesso diariamente a notícias sobre acidentes ocasionados por essa calamitosa situação. Passou da hora de fazer algo!

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Foi devido àquela entrevista sua que me incentivei e tomei a liberdade para lhe escrever. Pelas suas declarações, imaginei que, devido à burocracia, complexidade e tantas atribulações com afazeres deste órgão, talvez esteja havendo um problema de comunicação interna em que as informações não estejam chegando aos lugares devidos. Sinceramente, acredito nas suas boas intenções, senhor diretor, apenas desejo que compartilhe de um problema de graves proporções.

Mediante tudo isso, creio que já atingi meu objetivo. Acredito piamente que esta carta chegará em suas mãos e que meus pontos de vista e preocupações serão avaliados pelo seu bom senso e coração. O senhor é a mais alta autoridade no que tange a esse assunto e depositário da minha maior confiança e credibilidade. Para ser sincero, é minha última esperança de que algo seja feito. Finalizando, quero seguir os preceitos nobres de que, mesmo sendo tarde demais para eu voltar a andar, ainda podemos fazer algo a fim de que outras pessoas prossigam normalmente com suas vidas, ao menos no que se refere à segurança nas estradas.

Esperançosamente,

F. J. M.

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"Lobisomens" é nova tribo jovem nos EUA (Mayra Dias Gomes)

É DIFÍCIL convencer um adolescente de que tudo vai passar. Os problemas amorosos, a insegurança, as espinhas, o medo, os impulsos, a necessidade de aceitação. Passamos a adolescência inteira desejando chegar logo ao futuro, enquanto lutamos para agarrar o passado.

Acordamos todos os dias com o mesmo conflito: queremos pertencer a um grupo e ser indivíduos únicos ao mesmo tempo. Somos patricinhas, góticos, punks, emos, atletas, nerds, piranhas, esquisitos, metaleiros. Não sobrevivemos à escola sem uma etiqueta.

No auge do fenômeno mundial de "Crepúsculo", adolescentes da John Mashal High School, no Texas (EUA), viraram hit no YouTube e no noticiário por terem criado um novo "movimento": os lobisomens.

Acreditem ou não, são jovens que amarram um rabo em suas calças, usam lentes de contato que se assemelham a olhos de caninos, presas afiadas e repetem o estilo de cabelo emo.

A história é basicamente a mesma de qualquer outra geração, tribo ou moda.

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O aluno Deikitsen Lupus diz que, ao se tornar parte dos lobisomens, "você ganha amigos, ganha um lugar ao qual pertencer. É aceito por ser quem é ou o que é".

Outro adolescente afirma: "Não estamos tentando intimidar ou ameaçar ninguém. Só tentamos viver nossas vidas e ficar de boa. Só queremos nos divertir".

Autoridades confirmam que as "gangues de lobos" já existem em pelo menos meia dúzia de escolas. Muitos oferecem apoio pela internet. No site do noticiário Kens5, um jovem do sul da Flórida, nos EUA, fala sobre o congresso de vampiros do qual faz parte e diz que sente orgulho dos lobos por pertencerem a uma sub-cultura tão diferente.

Saudável ou sem noção? O que você faria se sua melhor amiga(o), irmã(o) ou filha(o) lesse os livros da Stephenie Meyer e aparecesse em casa com um rabo?

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LOBISOMENS"Pelo menos os americanos são mais criativos e criaram a gangue dos "lobisomens" (ed. 7/6), enquanto aqui só tem "rebolations".“

Thiago Sivila (São Paulo)

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PAI GAY 2"Confesso que fico muito dividida com essa questão da adoção de filhos por casais homossexuais (ed. 2/ 8). Apesar de aceitar a homossexualidade, de aprovar o casamento entre homossexuais e de condenar qualquer tipo de homofobia, creio que seja muito difícil para mim imaginar uma criança ser criada por dois homens ou duas mulheres. Não sei como ficariam esses referenciais para a criança.“ Renata Bianchi , via Folha.com

PAI GAY 3"Fiquei me perguntando por que, quando se faz uma reportagem como essas (ed. 2/8), só se usam depoimentos de pessoas que aceitaram a situação dos pais. Sei de muitos casos em que, com certeza, os filhos não aceitariam a nova orientação do pai. Tenho visto um grande esforço da mídia em convencer, influenciar e manipular as pessoas para que aceitarem e acharem a homossexualidade algo normal. Eu nunca aceitaria uma situação dessas."

Manuel de Almeida Santos, 33 (Salvador, BA)

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Senhor Adão,

Tenho 48 anos,dois filhos já adultos e uma neta.

Fiquei pasma lendo seu artigo intitulado "10 Dicas para tirar uma mulher de sua casa" publicado na FolhaTeen no dia 06/06/2009.

Por acaso você tem  filha ou uma irmã??? Gostaria de vê-las tratadas como um pedaço de carne?? Como apenas uma vagina??? Um corpo pra homens usarem e jogarem fora???

Eu sinceramente espero que tenha e que alguém use as suas 10 DICAS com ela!

Você mostrou ser um débil mental de marca maior.

Fiquei mais impressionada ainda que a folha, uma empresa de renome e com tantos assinantes tenha publicado esse monte de ASNEIRAS que você disse, dando assim a oportunidade de crianças lerem essa porcaria.

Você não passa de um pseudo macho que se acha o mais mais na cama, que usa de artifícios tão baixos para "se livrar" de uma mulher que conquistou apenas para usar e depois jogar fora como se fosse lixo. Porém, o que sua conduta me indica é que pelo visto é assim que você vê e trata as mulheres. Ou será que é um gay no armário? Porque isso explicaria sua nítida aversão às mulheres. Freud faria uma grande tese com sua cabecinha podre.

Lixo é você!!!!!!!!!!

Não admito que alguém que é um ninguém aconselhe crianças a tratarem um ser humano de forma tão desprezível como você. Já se deu conta que está influenciando milhões de crianças a matarem? A viverem no meio do lixo? Não terem o mínimo de respeito e educação?

Joyce Macedo Fornari

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[Bruna Eiko] [[email protected]] Eu já tinha visto a tirinha na Folhateen e achei muito engraçada. E esse papo das cartas, de estar ofendendo as mulheres e blabla, é a coisa mais idiota que já ouvi, aliás o q tem na tirinha não é mentira, muitos homens e mulheres (elas tb) tem muitas vezes a vontade de uma relação casual,sem envolvimento emocional,não é crime nenhum, é apenas liberdade de escolha.Essas pessoas que ficam reclamando de tirinhas como essas tem uma mente muito fechada em conceitos antigos de que não devemos falar sobre sexo porque isso pode "estragar" os jovens, os mesmos que acham que seus filhos serão virgens ate os 40 anos, que acham que seu filho que usa batom e salto alto será salvo virando padre e que camisinha é pecado.Por isso eu digo que o mundo evolui,a humanidade só finge que acompanha essa evolução. Conste aqui que eu tenho 16 anos e acho que nenhum adulto tem direito de tentar "censurar" quadrinhos ironicos como este. Não a Ditadura! (me expandi um pouco né hahahauah) 15/07/2009 01:19

Resposta do Adão aos comentários:"Acho que o erro maior das pessoas incomodadas foi levar a sério uma coluna de humor. Não acredito que minha última coluna seja uma "má influência" para os leitores adolescentes deste caderno. Duvido que algum tenha utilizado minhas "dicas". Explicar que elas são forçadas, "irreais" e que jamais funcionariam na vida real seria subestimar a inteligência dos adolescentes. Também me acusaram de machista. Peço que essas pessoas leiam algumas tiras da minha personagem Aline. Estão opinando com desconhecimento sobre o meu trabalho. Não acho que controlar o humor vá resolver os problemas das pessoas e do mundo. Muito menos melhorar as coisas. Não acho uma boa coisa decidir do que se pode ou não se pode rir, já que o humor é uma coisa tão subjetiva e particular." (publicado em 13/07)