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RIMA COMPANHIA SETE LAGOANA DE SIDERURGIA – COSSISA Projeto Cossisa Relatório de Impacto Ambiental

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RIMA

COMPANHIA SETE LAGOANA DE SIDERURGIA – COSSISA

Projeto Cossisa

Relatório de Impacto Ambiental

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Sum

ário

APRESENTAÇÃO

QUAL EMPRESA FOI RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL?

QUEM É O EMPREENDEDOR?

Q UAL A LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDI-MENTO?

O QUE O EMPREENDIMENTO PRE-TENDE?

COMO É O PROJETO FLORESTAL?

COMO É A BOVINOCULTURA DE CORTE?

QUAIS SÃO AS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPRRENDIMENTO?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DO ES-TUDO DO MEIO FÍSICO?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DO ES-TUDO DA FLORA?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DOS ES-TUDOS SOBRE OS MAMÍFEROS?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DO ES-TUDO SOBRE OS RÉPTEIS E ANFÍBIOS?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DOS ES-TUDOS SOBRE AS AVES?

QUAIS FORAM OS RESULTADOS DO ES-TUDO SOBRE OS PEIXES?

COMO É O MEIO SOCIOECONÔMICO ONDE O EMPREENDIMENTO ESTÁ IN-SERIDO?

QUAIS IMPACTOS AMBIENTAIS O EM-PREENDIMENTO PODERÁ ACARRETAR?

QUAIS SÃO AS AÇÕES AMBIENTAIS PROPOSTAS PELO EMPREENDIMENTO?

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APRESENTAÇÃOPara a instalação de empreendimentos com potencial de gerar alterações ambientais, como por exemplo, indústrias, minerações, barragens, usinas, entre outros, a Legisla-ção Federal Brasileira, por meio das resolu-ções do CONAMA n° 01/86 e n° 237/97, exi-ge a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Estes es-tudos são realizados para que o Estado, por meio do órgão ambiental competente, pos-sa avaliar a viabilidade ambiental do proje-to e conceder a Licença Ambiental.

A avaliação ambiental é feita a partir do que é o empreendimento e é elaborada a partir de informações fornecidas pelo em-preendedor e dos dados levantados na área do empreendimento relativos a solo, água, vegetação, animais terrestres e aquáticos, bem como da população residente no en-torno.

Estes levantamentos são apresentados no EIA no capítulo “Diagnóstico Ambiental” e resumidos para o RIMA. A partir deste diagnóstico e das características do em-preendimento, avaliam-se as possíveis al-terações - impactos positivos e negativos - que poderão afetar o meio ambiente nas fases de operação do projeto.

Por fim, na parte conclusiva do estudo, são propostas ações de gestão ambiental na forma de planos e medidas para amenizar os impactos negativos e potencializar os positivos, decorrentes do empreendimento em questão.

Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) apresenta um resumo das prin-cipais informações e conclusões do Estu-do de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto Cossisa no intuito de promover o licencia-mento ambiental do empreendimento de silvicultura, carvoejamento e bovinocul-tura nos municípios de Curvelo, Morro da Garça e Corinto, em Minas Gerais.

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Q QUEM É O EMPREENDEDOR?

Nome e razão social Companhia Setelagoana de Siderurgia - COSSISA

CNPJ 16.942.195/0001-29

AtividadeSilvicultura, criação de bovino de corte, culturas perenes, anuais e

produção de carvão vegetal oriundo de floresta plantada

Nome dos imóveisFazendas Califórnia, Itaipava, Sussuarana, Carrasco, Capivara, Logra-

douro, Madureira/Seriema

Endereço para Correspondência Caixa Postal 110, Curvelo CEP 35790-000

Responsável para Contato João Carlos P. Alves

E-mail [email protected]

Razão Social NATIVA Serviços Ambientais Ltda.

CNPJ 09.466.493/0001-24

CREA 4122

CTF IBAMA: 800732/2009

Endereço para Correspondência Av. Integração, 43, Centro, Curvelo – MG CEP 35790-000

Website: www.nativameioambiente.com.br

Telefone para contato (38)3722-3295

Responsável para Contato Ricardo de Souza Santana e/ou Roberto Dayrell Ribeiro da Glória

E-mail [email protected]

COMPANHIA SETE LAGOANA DE SIDERURGIA – COSSISA

UAL EMPRESA FOI RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTALQ

A elaboração do Estu-do de Impacto Ambi-ental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é re-sponsabilidade da Nati-va Serviços Ambientais LTDA., empresa con-stituída em 2007 e que presta serviços na área de consultoria, engen-haria de meio ambi-ente e Licenciamento Cultural (Patrimônio Arqueológico). A NA-TIVA tem sua sede no município de Curvelo, Minas Gerais.

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EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL

Déborah Dayrell Ribeiro da Glória

Engenheira Florestal

Coordenador do Projeto, Análise de Impactos

Avaliação Ambiental Integrada e Plano de Controle Ambiental.

Ricardo de Souza Santana

Biólogo, MSc

Análise de Impactos, Avaliação Ambiental Integrada

Diagnósticos da Mastofauna e Diagnóstico Espeleológico

Roberto Dayrell Ribeiro da Glória

Engenheiro Florestal

Diagnóstico de Vegetação

Análise de Impactos e Avaliação Ambiental Integrada

Adriano Marques de SouzaBiólogo

Estudos da herpetofauna

Daniel Lopes GontigoBiólogo

Estudos da ictiofauna

Eduardo de Carvalho DutraBiólogo

Estudos da avifauna

Cristiane CastañedaGeóloga, PhD

Estudos do meio físico

Angelica Tatiana Estevam Geógrafa

Estudos do meio físico

Márcia Alkmin Letras, Profissional Master em Estudos Culturais

Estudos do meio socioeconômico e cultural

Sabrina Marcelino SouzaLetras e Administração de Empresas

Estudos do meio socioeconômico e cultural

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UAL A LOCAL-IZAÇÃO DO EMPREENDIMEN-TO?

Q O empreendimento é formado pelas Fazen-das Califórnia, Itaipava, Sussuarana, Car-rasco, Capivara, Logradouro e Madureira/Seriema. Encontram-se localizadas nos municípios de Curvelo (Califórnia), Morro da Garça (Carrasco, Itaipava e Madureira/Seriema) e Corinto (Capivara, Logradouro, Sussuarana e Madureira/Seriema).

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QUE O EMPREENDIMENTO PRETENDE?

O objetivo geral do Projeto Cossisa nas fazendas men-cionadas anteriormente é a manutenção e continui-dade das atividades desenvolvidas: silvicultura, bovi-nocultura de corte e carvoejamento.

O Empreendimento tem como objetivos específicos:

• Constituir uma base florestal capaz de atender a demanda de madeira;

• Contribuir para a redução da pressão so-bre florestas naturais e aumentar a oferta de matéria-prima originária de plantios para fins industriais;

• Criar bovinos em equilíbrio com o meio ambiente e capaz de atender a demanda de carne;

• Ofertar produtos dentro dos padrões de qualidade das normas nacionais e internacio-nais vigentes;

• Investir em técnicas que permitam a ma-nutenção da estabilidade ambiental; e

• Gerar recursos, empregos e impostos para alavancar a economia regional.

OMO É O PROJETO FLORESTAL?

O Projeto Florestal Cossisa consiste na produção do eucalipto com o intuito de gerar carvão vegetal e madeira in natura. O objetivo primordial do pro-jeto florestal é produzir de forma responsável uma matéria-prima florestal proveniente de refloresta-mentos em local estratégico, utilizando, sempre que possível, a melhor tecnologia disponível, visando a sustentabilidade econômica e ambiental, com mel-horia continua por meio da conservação de recursos naturais e minimização de impactos ambientais e so-ciais.

O manejo consiste na condução da brotação, deixan-do um broto ou dois por cepa. A produção considera um IMA - Incremento Médio Anual - variando de 30 a 40 m3/ha/ano, para a produção do eucalipto.

OMO É A BOVINOCULTURA DE CORTE?

O Projeto Agropecuário Cossisa consiste na pro-dução de bovino de corte com o uso dos sistemas de produção de gado extensivo, semi-extensivo e inten-sivo, e integra as atividades de cria e recria. O reban-ho é constituído por fêmeas e machos, todos da raça Nelore.

UAIS SÃO AS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPRRENDIMENTO?

ADA - ÁREA DIRETAMENTE AFETADA PARA OS MEIOS

FÍSICO E BIÓTICO

A Área Diretamente Afetada (ADA) para os meios físico e biótico corresponde aos terrenos já ocupados pelas atividades silvicultura, carvoejamento, bovino-cultura, estradas de acessos e áreas de infraestrutura, conforme mapa a seguir. A ADA ocupa uma área total de 17.290,56 hectares.

AID - ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO EMPREENDIMEN-TO PARA OS MEIOS FÍSICO E

BIÓTICO

A AID do Projeto Cossisa foi definida neste estudo como uma área de buffer de 100 metros, incluindo as áreas de reserva legal que recebem os impactos de segunda ordem, resultou em uma área de 19588, 73 hectares. Nessa área, verificamos os impactos de se-gunda ordem, advindos das atividades do empreendi-mento. A temática mais afetada na AID é a vegetação, oriunda dos efeitos de borda e da qualidade da água.

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AII - ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO EMPREENDIMENTO PARA OS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO

Para a caracterização da AII dos Meios Físico e Biótico, foi considerada a área que é atualmente verificada e potencialmente poderá ser estendido impactos de terceira ordem. Assim, os limites da AII dos meios físico e biótico, consideram os efeitos dos impactos indiretos (ou de terceira ordem) das atividades relacionadas às atividades silvicultura, carvoejamento, bovinocultura (talhões de plantio, áreas de pastagem, áreas dos fornos, estradas e aceiros) que são definidos geograficamente dentro das bacias hidrográficas do empreendimento.

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AID (ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA) E AII (ÁREA DE IN-FLUÊNCIA INDIRETA) PARA

O MEIO SOCIOECONÔMICO

A distinção de áreas de estudo está relacionada com a identificação dos espaços sujeitos às influências dos impactos potenciais associados a um empreendi-mento modificador do meio ambiente. Neste sentido, a tarefa de delimitação dessas áreas demanda o con-hecimento preliminar do tipo e da natureza do em-preendimento projetado, de modo a permitir a iden-tificação das ações que afetam significativamente os componentes ambientais seja ele físico, biótico, so-cioeconômico e cultural.

Para a distinção das áreas de influência do empreen-dimento em relação ao meio socioeconômico e cul-tural, foram consideradas as possíveis interações en-tre o empreendimento e aquele meio, e vice-versa.De acordo com o TR, em relação ao meio socioeco-nômico a investigação deve levar em conta os con-ceitos:

Área de influência direta (AID): compreende as áreas das localidades urbanas - vilas, povoa-dos, etc. - próximas da área de inserção da pro-priedade e que sofrem influência do empreen-dimento.

Área de influência indireta (AII): com-preende não apenas os efeitos físicos do em-preendimento no espaço de influência, mas sim os possíveis efeitos nos indicadores socio-econômicos do local, como níveis de emprego e renda, bem como a dinâmica entre a população

local e o empreendimento.

Como pode ser visto no mapa ao lado, as fazendas do complexo da Cossisa estão a 4,6 km da sede do mu-nicípio do Morro da Garça, a 9,7 km da sede do mu-nicípio de Curvelo e a 19,1 km do município de Corin-to.

Será objeto de estudo, como AID, o local do empreen-dimento que engloba a estrutura física das insta-lações da empresa; funcionários presentes; residên-cias dos funcionários que moram dentro do imóvel do empreendimento e residências localizadas na Co-munidade Vista Alegre São José e Fazenda Cambaú-ba, locais que são vizinhos do imóvel onde está inseri-do o empreendimento.

Outro objeto de estudo será a sede do município de Curvelo como AII, pois, além do empreendimento es-tar localizado nesse município, muitos funcionários do empreendimento moram ali, e, também, por rece-ber tanto a população do município sede de Morro da Garça, como também todos os moradores das fazen-das em que está inserido o empreendimento no seu comércio e nos serviços diversos que o município oferece.

Outra AII, que será estudada, é o município de Morro da Garça. O diagnóstico será feito devido à pequena distância que há entre esse e o empreendimento, e à quantidade relevante de funcionários do empreendi-mento que moram na sede do município. Há também outro fator, os filhos dos funcionários, que moram no empreendimento, estudam na sede do município.

O município de Corinto, mesmo tendo uma parte do empreendimento em sua área, não recebe nenhum impacto direto ou indireto em relação ao empreen-dimento. Assim, não será feito diagnóstico do mu-nicípio.pppp

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UAIS FORAM OS RESULTADOS DO ESTUDO DO MEIO FÍSICO?

Para a composição do diagnóstico ambiental das áreas de estudo das rochas, minerais, cavernas, re-cursos hídricos, solos e clima, foram feitas análises de dados secundários disponíveis acerca da região das fazendas da Cossisa e, primários (levantamentos de campo). Neste sentido, a pesquisa teve como alvo os municípios de Curvelo, Morro da Garça e Corinto.

Para a caracterização da realidade ambiental da área, conforme já referido, foi realizado trabalho de campo para coleta de dados e informações primárias entre os dias 08 e 10 de outubro de 2015.

ROCHAS E MINERAISA área de estudo abrange parcialmente a zona rural dos municípios de Curvelo, Morro da Garça e Corin-to que, em escala regional, ocorre na borda leste do Cráton do São Francisco no sul do estado de Minas Gerais, restringindo-se geologicamente às unidades Neoproterozoicas do Supergrupo São Francisco, i.e., coberturas cratônicas.

O Supergrupo São Francisco engloba duas unidades Neoproterozoicas, a saber: o Grupo Macaúbas, gla-cio-continental e o Grupo Bambuí, marinho, consti-tuindo a unidade característica da Bacia do São Fran-cisco, o qual exibe a maior área de afloramento de todas as unidades (Martins-Neto et al. 2001).

Na área de estudo ocorrem, exclusivamente, as uni-dades litoestratigráficas do Grupo Bambuí, o qual é composto por uma sucessão de rochas marinhas carbonáticas e pelíticas, que, nas bordas da bacia e no topo, passam a conglomerados e arenitos que demon-stram uma generalizada transgressão marinha (Dardenne, 1978; Castro & Dardenne, 2000).

O Grupo Bambuí encontra-se subdividido em cin-co unidades da base para o topo: (i) Formação Sete Lagoas; (ii) Formação Serra de Santa Helena; (iii) Formação Lagoa do Jacaré; (iv) Formação Serra da Saudade e (v) Formação Três Marias (Alkmim & Mar-tins-Neto 2001).

Em relação à Área de Influência Indireta (AII), as principais unidades litoestratigráficas presentes são representadas pelos litotipos da Formação Ser-ra da Saudade constituída por argilitos e siltitos que conformam a parte mais arrasada do relevo, con-trastados pelos terrenos conformados pelas rochas

da Formação Três Maria composta, principalmente, por arenitos fino a médio que afloram preferencial-mente nas áreas topograficamente mais elevadas, como o morro da Garça localizado na área de estudo. Também se fazem presentes coberturas cenozoicas representadas principalmente por Coberturas detri-to-lateríticas (Kuchenbeckert et al. 2010, 2014).

A Formação Serra da Saudade (NP3bss) nesta região apresenta depósitos predominantemente pelíticos, com assembleia de estruturas sedimentares indica-tiva de ambiente plataformal (Lima et al, 2007) que, segundo Dardenne (1981), corresponde a siltitos, ar-gilitos e folhelhos cinzentos e verdes, intercalados por calcários negros, ricos em matéria orgânica, bem como bancos oolíticos e pisolíticos com estrat-ificações cruzadas acanaladas. Lentes de carbonato ocorre em meio aos pelitos, configurando lentes de dimensões quilométricas. Na porção de topo desta unidade foram incluídos os intrigantes depósitos do-lomíticos atribuídos ao Membro Felixlândia (Chaves et al. 2007; Kuchenbeckert et al. 2010, 2014). Datação U-Pb em zircões detríticos mostram idades em torno de 650 e 800Ma (Rodrigues 2008).

A Formação Três Maria (NPtm) apresenta como lito-tipo mais comum, um arenito fino a médio, micáceo, por vezes com matriz carbonática, que apresenta cor verde clara a cinza quando fresco, passando a róseo a avermelhado quando intemperizado. Litotipos menos comuns são arenito (arcoseano ou não, a de-pender da quantidade de feldspatos) e argilito roxos quando frescos e róseos quando alterados. Seu con-tato basal com a Formação Serra da Saudade se dá em geral de forma brusca, mas localmente parece haver uma passagem gradacional, marcada pelo aumento da contribuição arenosa nos pelitos. As rochas, em geral, apresentam-se maciças, localmente observa-se a presença de camadas siltosas, que podem conferir aspecto rítmico, exibem estratificação plano-para-lela, estratificação cruzada tabulares ou tangencial e estratificação cruzada do tipo hummocky/ swaley. Menos frequentemente ocorre laminação/ estratifi-cação convoluta, bem como estruturas de carga de porte centimétrico (Chaves et al. 2007; Kuchenbeck-ert et al. 2010, 2014).

A avaliação geológica da Área de Influência Indi-reta (AII) está apresentada no mapa a seguir, escala 1:200.000 na sequência no âmbito da Folha Morro da Garça.

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RELEVOA área de estudo do empreendi-mento, no contexto geomorfológi-co regional, está situada na uni-dade geomorfológica Depressão Sanfranciscana, com formas de relevo de aplainamento. A ori-gem da Depressão Sanfranciscana está associada a uma estrutura de desenvolvimento linear coman-dada pela drenagem principal, o rio São Francisco, orientada por fraturas, que, posteriormente, foi alargada por processo de aplaina-mento (CETEC, 1983).

Segundo CETEC (1983), as formas de aplainamento são paleoformas herdadas de processos climáti-cos pretéritos, que tem origem na morfogênese mecânica com o predomínio da erosão areolar, típica de clima semi-árido. Devido à sua origem, essa unidade com-preende extensas áreas rebaixa-

das, com cotas altimétricas em torno de 500 m.

Os aspetos morfológicos do rele-vo da Área de Influência Indireta (AII) reproduzem as principais características da porção da De-pressão Sanfranciscana. Assim, a AII é constituída, sobretudo, por formas de relevo de aplainamen-to, expressas pelo baixo gradiente altimétrico e, consequentemente, pela pequena declividade que co-manda a morfologia de suas ver-tentes e as características da rede de drenagem.

Essas características estão bem confirmadas no mapa hipsométri-co a seguir que reporta que a AII, de forma geral, possui baixo gradi-ente altimétrico e está situada en-tre as cotas de 500 e 900 metros. Deve se destacar que a maior parte dessa área possui altimetria entre 600 e 800 m. Os terrenos que apre-sentam maior altimetria da AII,

ocorrem entre as cotas 800 e 900 m, e está situada em sua borda no-roeste, enquanto que as menores cotas, entre 509 e 600 m, ocorrem na porção norte da AII, associada a incisão fluvial do ribeirão Picão.

A morfologia aplainada condi-ciona a predominância na AII de áreas pouco declivosas que podem ser classificadas como relevo pla-no a suave ondulado, conforme pode ser observado no mapa de declividade a seguir, com exceção da porção noroeste desta área, conforme já mencionado. Os cur-sos d’água que drenam essa área, de maneira geral, possuem vales abertos de fundo chato cujas ver-tentes possuem rampas alonga-das e retilíneas, conformadas, so-bretudo, em função da morfologia aplainada. A rede de drenagem é de baixa densidade, que seguem o padrão dendrítico, e é constituída por canais fluviais do tipo mean-drante.

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SOLOSA caracterização pedológica das Áreas de Influência Direta (AID) e Diretamente Afetada (ADA) evidenci-am que nessas áreas predominam-se solos de eleva-do grau de desenvolvimento, desenvolvidos sobre o material de origem proveniente de coberturas den-trito lateriticas ferruginosas.

Nas AID e ADA do empreendimento, as característi-cas pedológicas apresentaram grande grau de homo-geneidade, de maneira geral a maior parte das AID e ADA são compostas por latossolos de característi-cas muito similares entre si. Essa tipologia de solo abrange as porções dessas áreas correspondentes às propriedades Califórnia, Itaipava, Carrasco, Logra-douro, Capivara, Madureira e Seriema (Fotos 01 a 04). A predominância dessa tipologia de solo é devido às áreas estarem submetidas a condições similares de relevo, material de origem e características climáti-cas.

Os latossolos, devido a sua condição de formação em relevo de morfologia plana e às suas características que evidenciam seu elevado grau de desenvolvimen-to, como elevado grau de estruturação, possuem uma estabilidade natural frente aos processos erosivos.

Já os Neossolos Regolíticos presentes na ADA e AID, foram observados nas porções dessas áreas correspondentes à fazenda Sussuarana, na qual foi amostrado o Perfil 01 (Foto 5). A característica prin-cipal de um Neossolo Regolítico é o seu baixo grau de desenvolvimento. Sendo um dos critérios de classi-ficação a espessura dos horizontes A e C, e manto de intemperismo que, somadas, devem totalizar mais de 50 centímetros (EMBRAPA, 2006).

Estação 545637/7931976

Os Neossolos Regoliticos dessas áreas são desen-volvidos sobre os litotipos das formações Três Ma-rias e Serra de Santa Helena. São características des-sa tipologia do solo nas ADA e AID a Pedregosidade e elevada erodibilidade frente a processos erosivos.

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CAVERNASA prospecção espeleológica é parte fundamental do es-tudo de uma área onde existe a possibilidade de existên-cia de grutas e cavernas. Essa consiste em localizar as cavidades existentes em uma área, identificando, carac-terizando e mapeando-as para garantir integridade dess-es ambientes.

Para a construção do mapa de potencial espeleológi-co, ou seja, a probabilidade de ocorrências na região do empreendimento, algumas informações são essenciais como a declividade, a hidrografia, a hipsometria e as visi-tas de campo pela área. Com base nessas informações foi gerado o mapa de potencial de ocorrência de cavidades do empreendimento, apresentado a seguir.

Ao avaliar o mapa de potencial de cavidades do Projeto Cossisa observa-se que, em sua maior parte, o potencial do empreendimento é baixo e, em menores porções, é considerado médio e muito alto.

Ao se avaliar os outros critérios como a declividade e a rede hidrográfica local, esse potencial de cavidades pas-sou a ser considerado baixo, o que foi confirmado com a prospecção in loco. A rede hidrográfica local não apre-senta formação de cavidades e a fazenda, em quase sua totalidade, apresenta relevo plano a suave ondulado (topografia entre 0 e 8%), onde o potencial de cavidades em locais de topografia menor que 15% é considerado baixo.

Nesse sentido, mesmo que o potencial seja considerado, em alguns locais, como médio e muito alto, o estudo local não indicou nenhum dos atributos que justifiquem tal classificação. Ou seja, a área não possui declividade acen-tuada associada a áreas de dissolução hídrica (córregos e riachos), nem a presença de afloramentos rochosos.

Em todos os cadastros consultados, nenhuma cavidade está cadastrada na área do Projeto Cossisa. Utilizando a base de dados do CECAV, pode-se identificar que a cav-idade mais próxima encontra-se localizada a 12,2 km da Fazenda Califórnia, como indica o mapa a seguir. As cav-idades próximas ao empreendimento são: Gruta Anton-ina, Lapa do Saco Comprido e Lapa do Mosquito, todas fora do limite de 250 metros da ADA.

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CLIMANas áreas adjacentes às fazendas do Projeto Cossisa está situada apenas uma estação climatológica: Cur-velo.

A média dos dados de temperatura e precipitação e a sua distribuição ao longo do ano, registradas pela estação climatológica de Curvelo, são expressas pelo climograma re-portado a seguir. As características climáticas apresentadas por este climograma induzem a classifi-cação do clima local, conforme a classificação de Köppen, como Cwa (tropical de altitude), que apresen-ta verão quente, com temperatu-ra superior a 22°C nos meses mais quentes do ano, e chuvoso (Ayoade, 2010). O clima desta área possui, como característica mais marcan-te, a ocorrência de duas estações bem definidas: uma seca, com du-ração de cerca de 6 meses, e uma úmida, com duração de cerca de seis meses.

O período chuvoso estende-se ou-tubro a março, sendo dezembro o mês que apresenta os mais el-evados índices pluviométricos. O período seco se estende entre abril e setembro, quando a média de pre-cipitação, geralmente, é inferior a 54 mm. Os meses nos quais a esti-agem é mais pronunciada são jun-ho, julho e agosto, nesses meses a média de dias de chuva é igual ou inferior a um dia de chuva.

A temperatura média registrada pela estação de Curvelo é superior a 19°C ao longo de todo ano. Os va-lores mais elevados de temperatu-ra média são registrados nos meses de fevereiro e outubro, 25,2°C. Co-incidindo com os meses, dentre aquele que abrangem o período chuvoso, de menor volume plu-viométrico, respectivamente 110,9 e 72,3 mm. Já os menores índices são apresentados nos meses de jun-ho e julho, ápice do inverno, com temperatura de, respectivamente, 19,9 e 19,6°C.

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A temperatura máxima atinge índices superiores a 30°C entre agosto e abril, sendo a média de tempera-tura máxima mais elevada observada no mês de out-ubro (32,7°C).

A média de temperatura mínima apresenta valores inferiores a 20°C ao longo do ano, com exceção nos meses de dezembro e janeiro quando os índices reg-istrados são iguais a este valor. Os menores valores são observados entre junho e agosto, com tempera-tura mínima média entre 12 e 13,1°C.

HIDROGRAFIAA área de inserção do empreendimento está situ-ada na bacia hidrográfica do rio São Francisco, pre-cisamente na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos São Francisco 5 (SF5) correspon-dente a bacia do rio das Velhas. Esta área é drenada

por tributários que compõem a margem esquerda do rio das Velhas, sendo os principais o rio Bicudo e o ri-beirão do Picão (CBH São Francisco, 2014).

A bacia rio das Velhas, situada na porção central do estado de Minas Gerais, abrange 51 municípios e se estende por uma área de 29.173 km². Com 801 km de extensão, e direção norte-sul, este rio possui como nascente principal a cachoeira das Andorinhas no município de Ouro Preto e deságua no rio São Fran-cisco em Barra do Guaicuí, distrito de Várzea da Pal-ma (Camargos, 2005; CBH Rio das Velhas, 2014).

Esta bacia pode ser segmentada nos trechos alto, médio e baixo curso, sendo que a área de estudo do empreendimento está situada no médio curso (Cam-argos, 2005). Conforme pode ser observado no mapa hidrográfico a seguir, a AII é compreendida pelas sub-bacias do rio Bicudo e do ribeirão do Picão (IBGE, 1980).

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UAIS FORAM OS R E S U LTA D O S DO ESTUDO DA FLORA?

O empreendimento se localiza na região central de Minas Gerais e a vegetação característica é o Cerra-do.

O cerrado pode ser caracterizado de modo geral pela presença de dois estratos de vegetação, sendo o es-trato herbáceo contínuo nas fisionomias mais camp-estres, com poucas espécies anuais, subarbustos com sistemas subterrâneos desenvolvidos, arbustos e palmeiras acaules. O estrato arbóreo é descontínuo, com árvores de até 10m de altura e arvoretas de 3 a 9 m de altura, geralmente de ramos tortuosos, folhas geralmente perenes, grandes e firmes. Todos esses estratos foram registrados na AID do empreendi-mento Fazenda Complexo Buriti.

A vegetação do cerrado está adaptada à ocorrência de queimadas e muitas vezes apresentam aspectos de sua reprodução ligados à passagem do fogo, como sincronização da floração e indução da abertura dos frutos. Na amostragem realizada nas áreas de in-fluência indireta, foram verificadas situações de fogo recente, registrado em troncos queimados.

As formações savânicas e florestais são mais espe-cíficas e mais representativas da AID e AII do em-preendimento. As suas origens são explicadas, resu-midamente, por três teorias: a climática, associando a vegetação aos resultados climáticos, especialmente em função do período de limitação de água; a biótica, em que a ação antrópica e de outros agentes da biota seriam determinantes na vegetação; e a pedológica, em que os aspectos edáficos e geológicos seriam os determinantes na vegetação.

Para Ribeiro E Walter (1998), há uma tendência de admitir que os fatores clima, biota e solo contribuem de alguma forma para o aspecto geral da vegetação.

As formações encontradas na AID e AII do Projeto Cossisa são cerrado stricto sensu, campo, campo cer-rado, floresta estacional semidecidual e decidual.

Como resultados dos levantamentos de flora em toda a área do estudo do empreendimento, foram regis-tradas 108 espécies de indivíduos arbóreos e arbus-tivos, distribuídos em 38 famílias botânicas. O quadro a seguir apresenta a listagem ordenada por família, nome científico e nome vulgar.

Anacardiaceae

Astronium fraxini-folium Gonçalo alves

Lithraea molle-oides Aroeirinha

Myracrodruon urundeuva Aroeira

Myracrodruon sp Laranjinha da mata

AnnonaceaeAnnona crassi-

flora Araticum

Xilopia aromatica Pimenta de macaco

Araliaceae

Schefflera macro-carpa Tucaneira

Schefflera moro-totoni Morototó

Asteraceae Piptocarpha ro-tundifolia Macieira

Bignoniaceae Handroanthus ochraceus Ipê amarelo

Tabebuia aurea Caraíba

Cybistax antisyph-ilitica Ipê verde

Zeyheria montana Bolsa de pastor

Burseraceae Protium hep-taphyllum Amescla

Calophyllaceae kielmeyera cori-acea Pau santo

Caryocaraceae Caryocar brasil-iense Pequi

Celastraceae

Maytenus flori-bunda Cafezinho

Plenckia populnea Marmelo do cer-rado

Combretaceae

Terminalia argen-tea Capitão do campo

Terminalia gla-brescens Cambuí

Connaraceae Connarus subero-sus Araruta do campo

Dilleniaceae Curatella ameri-cana Sambaiba

Ebenaceae

Diospyros sericea Fruto do soin

Diospyros burchellii Olho de boi

Diospyros hispida Caquizeiro da mata

Erythroxylaceae

Erythroxylum suberosum Cabelo de negro

Erythroxylum sp. Cabelo de negro II

Erythroxylum tortuosum Muxiba comprida

Fabaceae Plathymenia retic-ulata Vinhático

Leptolobium dasycaroum Unha d'anta

Machaerium opacum Jacarandá cascudo

Q

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Dimorphandra mollis Faveira do campo

Hymenaea stigo-nacarpa Jatobá

Platycyamus reg-nellii Pau pereira

Vatairea macro-carpa Amargosa

Plathypodium elegans Canzileiro

Machaerium acutifolium

Jacarandá bico de pato ppklpatopa-

pagaio

Tachigali subve-lutina Ingá

Machaerium hirtum Espinheiro

Tachigali aurea Pau bosta

Stryphnodendron adstringens Barbatimão

Curatella ameri-cana Sambaiba

Dalbergia miscolo-bium

Jacarandá do cer-rado

Enterolobium gummiferum Orelha de macaco

Copaifera langs-dorffii Pau d'oleo

Peltophorum dubium Canifistula

NI Itapicirica

Bowdichia virgil-ioides Sucupira Preta

Hymenaea cour-baril Jataí

Schizolobium parahyba Guapuruvu

Bauhinia curvula Mororó

Icacinaceae Emmotum nitens Maria preta

Lamiaceae

Hyptidendron canum Moçambé

Aegiphila verticil-lata Assa peixe verde

Aegiphila sellowi-ana Tamanqueira

LoganiaceaeStrychnos pseudo-

quina Quina do cerrado

Antonia ovata Orelha de lobo

Lythraceae Lafoensia pacari Pacarí

Malpighiaceae

Byrsonima cocco-lobifolia Murici rosa

Byrsonima pachy-phylla Murici

Byrsonima laxi-flora Murici da mata

Byrsonima um-brellata Muricizinho

Byrsonima verbas-cifolia Muricizão

Heteropterys byr-sonimiifolia Murici macho

Malvaceae Luehea candicans Açoita cavalo

Eriotheca gracilipes Paineira do cerrado

Pseudobombax tomentosum Embiruçu

Eriotheca gracilipes Paineira

Melastomataceae Miconia burchellii Pixirica

Meliaceae Guarea sp. Marinheiro

Myrcinaceae Rapanea sp. Pau rapadura

Myristicaceae Myrsine gardneriana Capororoca

Myrtaceae

Eugenia dysenterica Cagaiteira

Myrcia tomentosa Goiabinha

Myrcia rostrata Folha miúda

NI Myrcia

Campomanesia sp. Sete capotes

Myrcia tomentosa Araça

NINI Pau jacaré

NI NI

NyctaginaceaeGuapira noxia Caparrosa

Guapira graciliflora Maria mole

Ochnaceae Ouratea castaneifolia Farinha seca

Primulaceae Rapanea sp. Pau rapadura

Proteaceae Roupala montana Carne de vaca

Rubiaceae

Rudgea viburnoides Bugre

Cordiera macrophylla

Marmelada de cachorro

Coussare hydrandeifolia Bugre branco

Palicourea rigida Chapéu do couro

Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Maminha de porca

Salinaceae Casearia sylverstris

Língua de taman-duá

Sapindaceae

Magonia pubescens Tingui

Dilodendron bipinnatum Mulher pobre

Sapotaceae Pouteria ramiflora Curiola

Siparunaceae Siparuna Guianensis Canela fedida

Solanaceae Solanum lycocarpum Lobeira

StyracaceaeStyrax ferrugineus Laranjinha do

cerrado

Styrax camporum Benjoeiro

Urticaceae Cecropia lyratiloba Embaúba

Vochysiaceae

Qualea grandiflora Pau terra

Qualea parviflora Pau terrinha

Callisthene major Itapicuru

Qualea multiflora Pau terra liso

Vochysia elliptica Pau doce I

Vochysia rufa Pau doce II

Salvertia convallariodora Bate caixa

Qualea dichotoma Cascudo

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na área do empreendimento

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UAIS FORAM OS RESULTA-DOS DOS ESTU-DOS SOBRE OS MAMÍFEROS?

No presente estudo foram registradas durante as campanhas de campo realizadas no período chuvoso e no período seco 12 espécies de mamíferos, distribuí-das em 11 famílias.

Atelidae

Alouatta caraya Bugio

Canidae

Cerdocyon thous Cachorro do mato

Cebidae

Callithrix penicillata Mico

Cervidae

Mazama americana Veado mateiro

Cuniculidae

Cuniculus paca Paca

Dasypodidae

Dasypus novemcinctus Tatu galinha

Dasyproctidae

Dasyprocta azarae Cutia

Didelphidae

Didelphis albiventris Gambá

Felidae

Leopardus pardalis Jaguatirica

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis Tapeti

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Tamanduá bandeira

Q

Mazama americana (veado)

Myrmecophaga tridactyla (tamanduá bandeira)

Leopardus pardalis (Jaguatirica)

Cerdocyon thous (cachorro do mato)

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UAIS FORAM OS RESULTA-DOS DO ESTUDO SOBRE OS RÉPTEIS E ANFÍBIOS?

Durante os estudos, registrou-se a ocorrência de 22 es-pécies, sendo que 16 foram de anfíbios pertencentes a 5 famílias e 6 registros foram de répteis pertencentes a 5 famílias.

TÁXONAMPHIBIA

ANURA

Bufonidae

Rhinella mirandaribeiroi (Gallardo, 1965) Sapo rugoso

Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo

ODONTOPHRYNIDAE

Proceratophrys boiei (Wied-Neuwied, 1825) Sapo boi

HYLIDAE

Hypsiboas polytaenius (Cope, 1870 “1869”) Perereca de pijama

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Pererequinha

Dendropsophus melanargyreus (Cope, 1887) Perereca de mata

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca carneiro

Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken,

1862”1861”)Pererequinha verde

Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) Sapo ferreiro

Scinax perereca Pombal, Haddad & Kasahara, 1995 Raspa cuia

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca

MICROHYLIDAE

Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920) Rã-grilo

Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) Sapo bicudo

LEPTODACTYLIDAE

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) Rã-pimenta

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 Rã-cachorro

Physalaemus marmoratus (Reinhardt & Lütken, 1862

“1861”)Rãnzinha

REPTILIA

SQUAMATA/SAURIA

TROPIDURIDAE

Tropidurus itambere Rodrigues, 1987 Calango

Teiidae

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiu

Ameiva ameiva Duméril e Bibron, 1839 Calango

LEIOSAURIDAE

Enyalius pictus (Schinz, 1822) Lagartinho

SQUAMATA/OPHIDIA

DIPSADIDAE

Atractus pantostictus Fernandes e Puorto, 1994 Jararaca de jardim

Viperidae

Bothrops moojeni Hoge, 1966 Cascavel

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UAIS FORAM OS RESUL-TADOS DOS ESTUDOS SO-BRE AS AVES?

Ao final dos estudos de inventariamento de avifauna foi possível registrar um total de 166 espécies, per-tencentes a 48 famílias.

Tinamiformes Huxley, 1872

Tinamidae Gray, 1840

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó

Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã

Anseriformes Linnaeus, 1758

Anatidae Leach, 1820

Dendrocygninae Reichenbach, 1850

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê

Anatinae Leach, 1820

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho

Galliformes Linnaeus, 1758

Cracidae Rafinesque, 1815

Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba

Pelecaniformes Sharpe, 1891

Ardeidae Leach, 1820

Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho

Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca

Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira

Threskiornithidae Poche, 1904

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro

Cathartiformes Seebohm, 1890

Cathartidae Lafresnaye, 1839

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-ver-melha

Coragyps atratus (Bechstein, 1793)

urubu-de-cabeça-preta

Accipitriformes Bonaparte, 1831

Accipitridae Vigors, 1824

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó

Gruiformes Bonaparte, 1854

Aramidae Bonaparte, 1852

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão

Rallidae Rafinesque, 1815

Aramides cajaneus (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes

Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó

Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã

Gallinula galeata (Lichtenstei, 1818) frango-d'água

Charadriiformes Huxley, 1867

Charadrii Huxley, 1867

Charadriidae Leach, 1820

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero

Scolopaci Steijneger, 1885

Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã

Columbiformes Latham, 1790

Columbidae Leach, 1820

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-pagou

Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando

Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) juriti-pupu

Cuculiformes Wagler, 1830

Cuculidae Leach, 1820

Cuculinae Leach, 1820

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato

Crotophaginae Swainson, 1837

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco

Taperinae Verheyen, 1956

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci

Strigiformes Wagler, 1830

Tytonidae Mathews, 1912

Q

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Tyto furcata (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja

Strigidae Leach, 1820

Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira

Caprimulgiformes Ridgway, 1881

Caprimulgidae Vigors, 1825

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura

Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã

Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) bacurau-de-rabo-maculado

Apodiformes Peters, 1940

Apodidae Olphe-Galliard, 1887

Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal

Trochilidae Vigors, 1825

Phaethornithinae Jardine, 1833

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado

Trochilinae Vigors, 1825

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura

Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho

Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-violeta

Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde

Trogoniformes A. O. U., 1886

Trogonidae Lesson, 1828

Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado

Coraciiformes Forbes, 1844

Alcedinidae Rafinesque, 1815

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde

Galbuliformes Fürbringer, 1888

Galbulidae Vigors, 1825

Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva

Bucconidae Horsfield, 1821

Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo

Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos

Piciformes Meyer & Wolf, 1810

Ramphastidae Vigors, 1825

Ramphastos toco (Statius Muller, 1776) tucanuçu

Picidae Leach, 1820

Picumnus cirratus Temminck, 1825 pica-pau-anão-barrado

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão

Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo

Cariamiformes Furbringer, 1888

Cariamidae Bonaparte, 1850

Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema

Falconiformes Bonaparte, 1831

Falconidae Leach, 1820

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri

Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira

Psittaciformes Wagler, 1830

Psittacidae Rafinesque, 1815

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena

Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã

Eupsittula aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei

Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820) periquito-da-caatinga

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818)

periquito-de-encontro-ama-relo

Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro

Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim

Passeriformes Linnaeus, 1758

Tyranni Wetmore & Miller, 1926

Thamnophilida Patterson, 1987

Thamnophilidae Swainson, 1824

Herpsilochmus atricapillus (Pelzeln, 1868) chorozinho-de-chapéu-preto

Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816) choca-da-mata

Thamnophilus torquatus Swainson, 1825 choca-de-asa-vermelha

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Dendrocolaptidae

Sittasominae Ridgway, 1911

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde

Dendrocolaptinae Gray, 1840

Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado

Xenopidae Bonaparte, 1854

Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó

Furnariidae Gray, 1840

Furnariinae Gray, 1840

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro

Furnarius leucopus Swainson, 1838 casaca-de-couro-amarelo

Furnarius figulus (Lichtenstein, 1823) casaca-de-couro-da-lama

Clibanornis rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira

Synallaxinae De Selys-Longc-hamps, 1839 (1936)

Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) joão-de-pau

Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) graveteiro

Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié

Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859) petrim

Synallaxis spixi (Sclater, 1856) joão-tenenem

Tyrannida Wetmore & Miller, 1926

Pipridae Rafinesque, 1815

Ilicurinae Prum, 1992

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho

Cotingoidea Bonaparte, 1849

Tityridae Gray, 1840

Pachyramphus viridis (Vieillot, 1816) caneleiro-verde

Tyrannoidea Vigors, 1825

Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta

Pipromorphinae Wolters, 1977

Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo

Todirostrinae Tello, Moyle, Marchese & Cracraft, 2009

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio

Hemitriccus margaritaceiventer

(d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)sebinho-de-olho-de-ouro

Tyrannidae Vigors, 1825

Elaeniinae Cabanis & Heine, 1856

Passerida Linnaeus, 1758

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum

Suiriri suiriri (Vieillot, 1818) suiriri-cinzento

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817)

guaracava-de-crista-alaran-jada

Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho

Tyranninae Vigors, 1825

Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira

Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776)

maria-cavaleira-de-rabo-en-ferrujado

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei

Myiozetetes similis (Spix, 1825)

bentevizinho-de-penacho-ver-melho

Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri

Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha

Griseotyrannus aurantio-atrocristatus (d'Orbigny &

Lafresnaye, 1837)peitica-de-chapéu-preto

Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica

Fluvicolinae Swainson, 1832

Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu

Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe

Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca

Passeri Linnaeus, 1758

Corvida Wagler 1830

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari

Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) vite-vite-de-olho-cinza

Corvidae Leach, 1820

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo

Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã

Hirundinidae Rafinesque, 1815

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Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo

Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande

Troglodytidae Swainson, 1831

Troglodytes musculus (Naumann, 1823) corruíra

Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845)

garrinchão-de-barriga-vermelha

Polioptilidae Baird, 1858

Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) balança-rabo-de-máscara

Turdidae Rafinesque, 1815

Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira

Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) sabiá-barranco

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca

Mimidae Bonaparte, 1853

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo

Motacillidae Horsfield, 1821

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor

Passerellidae Cabanis & Heine, 1850

Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico

Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) tico-tico-do-campo

Arremon flavirostris Swain-son, 1838 tico-tico-de-bico-amarelo

Parulidae Wetmore, Fried-mann, Lincoln, Miller,

Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947

Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra

Basileuterus culicivorus Bonaparte, 1830 pula-pula-de-barriga-branca

Myiothlypis flaveola (Baird, 1865) canário-do-mato

Icteridae Vigors, 1825

Icterus jamacaii (Gmelin, 1788) corrupião

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna

Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi

Thraupidae Cabanis, 1847

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica

Saltator similis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) trinca-ferro-verdadeiro

Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta

Compsothraupis loricata (Lichtenstein, 1819) tiê-caburé

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta

Lanio pileatus (Wied, 1821) tico-tico-rei-cinza

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento

Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto

Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira

Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) bico-de-veludo

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha

Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto

Sicalis luteola (Sparrman, 1789) tipio

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu

Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho

Cardinalidae Ridgway, 1901

Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823) azulão

Fringillidae Leach, 1820

Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) pintassilgo

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim

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UAIS FORAM OS RESULTADOS DO ESTUDO SOBRE OS PEIXES?

No presente estudo, foram registradas 21 espécies de peixes, distribuídas em quatro ordens e dez famílias.

Characiformes

Characidae

Astyanax lacustris Lambari

Astyanax sp. Lambari

Astyanax gr. scabripinnis Lambari

Hemigrammus marginatus Bandeirinha

Serrapinnus piaba Piaba

Knodus moenkhausii Lambari

Astyanax rivu-laris Piaba

tetragonopterus chalceus Matupari

Roeboides xeno-don

Lam-bari-cachorro

Anostomidae Leporinus rein-hardti Piau três pintas

Acestro-rhynchidae

Acestrorhynchus lacustris Bocarra

Curimatidae

Steindachnerina elegans Saguiru

Curimatella lepidura Manjuba

Cyphocharax gilbert Saguiru

Erythrinidae

Hoplias mala-baricus Traíra

Hoplias interme-dius Traíra

Serrasalmi-dae

Serrasalmus brandtii Pirambeba

Siluriformes

Callichthy-idae

Hoplosternum littorale Camboja

Auchenipt-eridae

Trachelyopterus striatulus Manjuba

Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo Sarapó

Perciformes Cichlidae Australoheros fascetus Acará camaleão

Q

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OMO É O MEIO SOCIO-ECONÔMICO ONDE O E M P R E E N D I M E N T O ESTÁ INSERIDO?

Como pode ser visto no mapa a seguir, as fazendas do complexo da Cossisa estão a 4,6 km da sede do mu-nicípio do Morro da Garça, a 9,7 km da sede do mu-nicípio de Curvelo e a 19,1 km do município de Corin-to.

Será objeto de estudo, como AID, o local do empreen-dimento que engloba a estrutura física das insta-lações a empresa; funcionários presentes; residên-cias dos funcionários que moram dentro do imóvel do empreendimento e residências localizadas na Co-munidade Vista Alegre São José e Fazenda Cambaú-ba, locais que são vizinhos do imóvel onde está inseri-do o empreendimento.

Outro objeto de estudo será a sede do município de Curvelo como AII, pois, além do empreendimento es-tar localizado nesse município, muitos funcionários do empreendimento moram ali, e, também, por rece-ber tanto a população do município sede de Morro da Garça, como também todos os moradores das fazen-das em que está inserido o empreendimento no seu comércio e nos serviços diversos que o município oferece.

Outra AII, que será estudada, é o município de Morro da Garça. O diagnóstico será feito devido à pequena distância que há entre esse e o empreendimento, e à quantidade relevante de funcionários do empreendi-mento que moram na sede do município. Há também outro fator, os filhos dos funcionários, que moram no empreendimento, estudam na sede do município.

O município de Corinto, mesmo tendo uma parte do empreendimento em sua área, não recebe nenhum impacto direto ou indireto em relação ao empreen-dimento. Assim, não será feito diagnóstico do mu-nicípio.

C

Áreas de influência e distância das fazendas em relação às sedes do município em que estão localizadas

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O município de Curvelo localiza-se na região Cen-tral do Estado de Minas Gerais e ocupa uma área de 3.296,200 Km², estando distante da capital Belo Hor-izonte 170 Km. A sede do município apresenta alti-tude de 633 m e tem sua posição geográfica determi-nada pelo paralelo de 18º 45’ da latitude sul em sua interseção com o meridiano de 44º25’de longitude oeste. Está situado num grande chapadão na região central do estado, onde não há serras propriamente ditas. O acesso ao município a partir de Belo Horizon-te dá-se pela BR 040 passando por Sete Lagoas até a BR 135.

A cidade integra a microrregião de Curvelo e faz di-visa com os municípios de Corinto, Felixlândia, Ini-mutaba, Morro da Garça, Presidente Juscelino, Santo Hipólito, Cordisburgo, Paraopeba, Pompéu e Papa-gaios.

O município se estende por 3.296,200 km² e contava com 74.219 habitantes no último censo (IBGE, 2010), já para 2016 a estimativa era de 79.401 habitantes, conforme Diretoria de Pesquisas (DPE) Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS). De acor-do como IBGE (2010), a densidade demográfica era de 22,50 habitantes por km² no território do município.

Localizado entre as bacias do rio São Francisco, rio das Velhas, rio Paraopeba, Cipó e Bicudo, o município é cortado por diversos ribeirões que desaguam nest-es rios. Os mais importantes são Maquiné, Picão, Al-mas, Meleiros, Santo Antônio e Riacho Fundo.

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

Conforme dados do IBGE, em 1991, o município de Curvelo detinha uma população total de 59.015 habi-tantes. No ano de 2000, a população tinha aumentado mais de 12%.

Em 2010, registrou-se uma população total 74.219 ha-bitantes, ou seja, em dez anos o crescimento foi de quase 10%, um pouco abaixo do índice de crescimen-to da população do estado que ficou em 12%. Ainda de acordo com o IBGE, a população estimada para 2016 foi de 79.401 habitantes.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDHO Índice de Desenvolvimento Humano é uma me-dida comparativa usada para classificar os países, estados e cidade pelo seu grau de desenvolvimento humano. O cálculo desse índice é baseado em três parâmetros: índice de longevidade, educação e ren-da. A combinação desses índices gera um indicador síntese. Quanto mais próximo de 1 o valor deste indi-cador, maior será o nível de desenvolvimento huma-no do país ou região. Essas dimensões podem variar entre 0 (zero), ruim e 1 (um) bom, atribuído a locali-dades com melhores condições de vida.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Curvelo é 0,713, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,851, seguida de Renda, com índice de 0,689, e de Educação, com índice de 0,617.

EDUCAÇÃO BÁSICADe acordo com o Censo Educacional realizado pelo MEC, 2015, Curvelo possuía 28 escolas que atendiam o pré-escolar (9 eram privadas), 40 do ensino funda-mental (10 privadas) e 15 do ensino médio (4 da rede privada).

O Índice de Desenvolvimento da Educação Bási-ca (IDEB) é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação). De acordo com o IDEB realizado pelo Ministério da Educação em 2015, o município de Curvelo recebeu nota 6,0 no Ensino Fundamental I (4º e 5º ano), atingindo as metas es-tabelecidas durante o Programa de Desenvolvimen-to Escolar. No Ensino Fundamental II (8º e 9º ano), a nota alcançada pelo município foi 4,5, também ating-indo as metas estabelecidas.

MUNICÍPIO DE CURVELO

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EMPEGO E RENDAO município de Curvelo tinha 16.252 empregos ativos até 31 de dezembro de 2014. Desses, 1.768 foram gera-dos no setor de administração pública, 2.322 no setor de indústria de transformação, 1.236 na agropecuária, extração vegetal, caça e pesca, 4.531, no comércio, 5.621 no setor de serviços.

Já o setor da construção civil registrou um comportamento desfavorável no nível de emprego formal, com a redução de -18,17% ou 117 postos de trabalho. Em relação a va-lores absolutos, o seguimento que teve o maior número de redução foi o setor da Ag-ropecuária, extração vegetal, caça e pesca com redução de 213 postos de trabalho.

SAÚDEDe acordo com dados do IBGE (2009), o mu-nicípio de Curvelo possuía 29 estabeleci-mentos municipais de atendimento, 2 esta-belecimentos estaduais, 1 estabelecimento federal e 16 estabelecimentos privados.

RENDA – PIBO Produto Interno Bruto é o somatório de bens e serviços gerados pelos municípios no período de um ano, calculado a preços deflacionados, sendo utiliza-do como principal indicador para medir o desem-penho econômico de determinada área. É calculado somando-se os Valores Adicionados Fiscais (VAF) de cada setor da economia, adicionando os impostos so-bre produtos e diminuindo os valores dos serviços de intermediação financeira indiretamente medida.

De acordo com os dados oficiais do IBGE e da Fundação João Pinheiro, o Produto Interno Bruto – PIB somava, em 1999, R$ 206.697 reais no município de Curvelo; em 2009 ele passou para R$ 667.946; e em 2012 pulou para R$ 908.374 reais, corresponden-do respectivamente a 0,23%, 0,23% e 0,23 % do PIB no estado.

RENDA PER CAPITAA renda per capita média de Curvelo cresceu 96,58% nas últimas duas décadas, passando de R$ 295,88, em 1991, para R$ 415,45, em 2000, e para R$ 581,65, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de cresci-mento nesse período de 3,62%. A taxa média anual de

crescimento foi de 3,84%, entre 1991 e 2000, e 3,42%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 46,68%, em 1991, para 25,61%, em 2000, e para 12,10%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda ness-es dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,58, em 1991, para 0,55, em 2000, e para 0,52, em 2010. (ATLAS BRASIL, 2013)

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O município de Morro da Garça localiza-se na região central do Estado de Minas Gerais, fica aproximada-mente a 210 km da capital, Belo Horizonte. O acesso à cidade de Morro da Garça se dá, desde a capital, ini-cialmente pela Rodovia BR-040 (Rio-Brasília) até o entroncamento de São José da Lagoa, depois de Para-opeba, quando se toma a BR-135 passando por Curve-lo. A cerca de 20 km dessa cidade, uma estrada estad-ual à esquerda com 15 km de extensão faz a ligação para Morro da Garça.

O município se estende por 414,772 km² e contava com 2.660 habitantes no último censo (IBGE, 2010), já para 2016, a estimativa foi de 2.612 habitantes, con-forme Diretoria de Pesquisas - DPE -, Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS). Ainda de acordo com o IBGE (2010), a densidade demográfica era de 6,41 habitantes por km² no território do mu-nicípio. O município faz divisa com os municípios de Curvelo, de Corinto e de Felixlândia.

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃOConforme dados do IBGE, em 1991, o município de Morro da Garça detinha uma população total de 3.054 habitantes. No ano de 2000, a população era 2.960, a taxa de crescimento foi -0,35%.

EDUCAÇÃOO município de Morro da Garça possui três escolas municipais na zona urbana.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL – IDHMO Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Morro da Garça é 0,648, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longev-idade, com índice de 0,816, seguida de Renda, com índice de 0,619, e de Educação, com índice de 0,538.

EMPREGO E RENDAO município de Morro da Garça tinha 483 empregos ativos até 31 de dezembro de 2014. Desses, 228 foram gerados no setor da Administração Pública; 159, na agropecuária, extração vegetal; 60, no setor de serviços; 35, no comércio e apenas 1, na indústria de transformação.

SAÚDENo município Morro da Garça há um Centro de Saúde Municipal. O Centro possui um médio Clínico Geral que atende todos os dias. Há um ginecologista e um pediatra que atendem uma vez por semana, além desses, há especialistas em fisioterapia e nutrição que atendem três vezes por semana a população.

Os moradores também contam com a presença de um fonoaudiólogo e um psicólogo duas vezes por se-mana. O Centro conta com consultórios, também, de odontologia, com um cirurgião dentista, um técnico bucal e um auxiliar bucal com atendimento diário.

O PSF possui seis agentes comunitários que atendem a zona urbana e rural.

RENDA – PIBDe acordo com os dados oficiais do IBGE e da Fundação João Pinheiro, o Produto Interno Bruto – PIB somava em 1999 R$ 11.183 reais no Município de Morro da Garça, em 2009, R$ 39.422, e em 2012, R$ 44.047 reais, correspondendo respectivamente a 0,01%, 0,01% e a 0,01 % do PIB no estado. Nota-se que não houve crescimento na taxa de sua participação no PIB do estado de Minas Gerais.

RENDA PER CAPITAA renda per capita média de Morro da Garça cres-ceu 162,71% nas últimas duas décadas, passando de R$ 143,46, em 1991, para R$ 274,85, em 2000, e para R$ 376,88, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 5,21%. A taxa média anual de crescimento foi de 7,49%, entre 1991 e 2000, e 3,21%, entre 2000 e 2010. A proporção de pes-soas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), pas-sou de 70,08%, em 1991, para 45,69%, em 2000, e para 19,13%, em 2010.

MUNICÍPIO DE MORRO DA GARÇA

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CARACTERIZAÇÃO DA AIDSerá objeto de estudo, como AID, o local do empreen-dimento que engloba a estrutura física das insta-lações a empresa; funcionários presentes; residên-cias dos funcionários que moram dentro do imóvel do empreendimento e residências localizadas na Co-munidade Vista Alegre São José e Fazenda Cambaú-ba, locais que são vizinhos do imóvel onde está inseri-do o empreendimento.

Grupo social envolvido da AID – público interno (funcionários) e público externo

(esposas e filhos)

No Projeto Cossisa em estudo, há 20 famílias que residem no local. O empreendimento possui 86 fun-cionários (setor administrativo e operacional). Desse total, 20 moram dentro do empreendimento com suas famílias.

SEDE DA FAZENDA CALIFÓRNIA – SEDE ADMINISTRATIVA COSSISAA sede do empreendimento possui uma edificação grande, onde há a parte administrativa com três fun-cionários, oficina mecânica, almoxarifado, borracha-ria, e local de abastecimento de diesel dos caminhões e máquinas pesadas.

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A outra edificação existente no local é constituída por uma cozinha grande, com um refeitório onde serve almoço para funcionários que não recebem cesta básica ou não levam seu almoço.

Há vários funcionários da fazenda que vieram de co-munidades e povoados de Jaíba e Janaúba, municípios do norte de Minas. Esses funcionários vieram com esposa e filhos. A situação que viviam nesses mu-nicípios era bastante precária, assim, hoje, vivem com uma qualidade de vida bem melhor, pois lá não tinham nem água de qualidade para beber. Os filhos estudam no Morro da Garça. Os funcionários podem optar em receber ou não a cesta básica. Os que não recebem, almoçam na cantina que há na sede do em-preendimento. Alguns desses funcionários não estão registrados nem na Cossisa nem na fazenda. São tra-balhadores autônomos.

ALGUMAS RESIDÊNCIAS DE FUNCIONÁRIOS

As residências dos funcionários visitadas são edifi-cações boas e espaçosas. Há algumas bem próximas da sede administrativa e o restante são espalhadas por todo empreendimento. Há algumas residências nas sedes das fazendas que compõem o empreendi-mento, e outras situadas nas proximidades das sedes.O que diferencia de uma residência para outra é o ta-manho e a preservação do próprio morador. Alguns são mais cuidadosos com relação à limpeza não só do espaço interno da moradia como no entorno (quin-tal e áreas de frente). Quase todas as residências possuem uma pequena horta; muitas têm por perto árvores frutíferas e algumas criam animais (galinha, porco). Todas as residências são abastecidas por água de poços artesianos espalhados pelo empreendimen-to (12 poços) e possuem energia elétrica que é custea-da pela empresa Cossisa.

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CARVOARIANo empreendimento há 3 carvoarias: Carvoaria Central, Carvoaria da Lagoa Grande e Olaria. As visitas foram realizadas apenas na Carvoaria Cen-tral e na Lagoa Grande. Anteriormente, as car-voarias eram terceirizadas, dessa forma todos os carvoeiros eram registrados em outra empresa. Atualmente, a Cossisa já regularizou a situação de quase todos que exercem a função.

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GRUPO SOCIAL ENVOLVIDO DA AID - PÚBLICO EXTERNOFazem parte, também, da AID as comunidades, povo-ados e vilas existentes próximas às áreas de inserção do empreendimento.

• Comunidade Vista Alegre/São José

A Comunidade Vista Alegre/São José, também con-hecida como “Arrepiado” ou “Rupiado”, está local-izada no município do Morro da Garça, fica a 6 km da sede do município e é vizinha do empreendimento. Nela há uma média de 16 propriedades. As famílias residentes na comunidade são, a grande maioria, moradores do local há muitos anos, alguns nasceram ali mesmo. A comunidade não possui ruas calçadas, o que gera muita poeira em tempos de seca. O lixo é recolhido por caminhão uma vez por semana, serviço prestado pela prefeitura.

O abastecimento de água para as propriedades da comunidade é feito por meio de um poço artesiano local. Algumas residências possuem cisterna, porém a informação é que a quantidade de água é muito pequena mesmo na estação de chuvas, e fora dela, geralmente, as cisternas ficam praticamente secas. Por esse motivo – pouca água – os moradores optaram em não ter horta.

Todos os entrevistados informaram que, quando há necessidade de algum atendimento médico, procuram a UBS na sede do município, e vão ao município de Curvelo, quando precisam fazer as compras de gêneros alimentícios, produtos de higiene geral, vestuário etc.

• Fazenda Cambaúba

A Fazenda Cambaúba fica a 12,5 km do Morro da Garça e é vizinha do empreendimento em estudo. É um pequeno povoado constituído por uma só família. Todos que estão morando na Fazenda, receberam a propriedade como parte de herança. O abastecimento de água para essas casas é por meio de poço artesiano. Com relação ao lixo, cada um queima o seu. Todos possuem energia elétrica.

Outra informação comum a todas as residências visitadas é que, para atendimento médico, os moradores procuram o UBS de Morro da Garça, sede do município. Todos fazem compras no município de Curvelo em relação aos gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza, e todos os outros produtos necessários (vestuário, móveis, eletrodomésticos etc).

Entrada para Fazenda Cambaúba

Rua principal da comunidade

Da placa indicativa até a Comunidade é uma média de 4 km

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UAIS IMPACTOS AMBIENTAIS O EMPREENDIMENTO PODERÁ ACARRETAR?

Segundo legislação brasileira considera-se impacto ambiental “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais” (Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986)

Para este estudo serão abordadas ações ou atividades a serem desenvolvidas durante as fases de planejamen-to, implantação e operação do empreendimento.

Promoção do desenvolvimen-to sustentável

Elaboração de estudos ambien-tais

Devido à elaboração do diag-nóstico e prognóstico dos po-tenciais problemas ocasionados pela implantação e operação do empreendimento, indicando assim medidas mitigadoras ou potencializadoras para os even-tuais impactos ambientais rela-cionados ao empreendimento.

Programa de Educação Socio-Ambiental.

Executar todas as medidas de controle ambiental propostas para o meio físico, biótico e so-cioeconômico, de acordo com o preconizado nos estudos ambi-entais.

Regularização de imóveis rurais

Licenciamento ambiental

O impacto caracteriza-se pela adoção de políticas ambien-tais, garantindo o processo de regularização fundiária, a não ocupação antrópica de áreas de preservação permanente e a proteção da Reserva Florestal Legal dos imóveis rurais do Pro-jeto Cossisa.

Especulação fundiária Licenciamento ambientalEspeculação fundiária devido aumento de investimentos na região do Projeto Cossisa.

Priorizar a compra de pro-priedades com áreas já con-vertidas ao uso agrícola; não adquirir propriedades que tenham histórico de ocupação por populações tradicionais e/ou que possam competir com atividades e usos do solo con-solidados; e não adquirir pro-priedades próximas aos centros urbanos.

Geração de empregos diretos e indiretos

Contratação de mão de obra e consumo local de bens e Serviços.

Caso a contratação da mão de obra venha a se dar de forma organizada e com o apoio das Prefeituras locais e associações comunitárias, com base no ca-dastramento de pretendentes, este impacto poderá ser poten-cializado, ampliando a possibili-

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Meio socioeconômico

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-dade de preenchimento dos postos de trabalho abertos para a população local e evitando a atração de população de fora em busca de emprego.

Este impacto é positivo, princi-palmente dada as dificuldades econômicas diagnosticadas na região. É importante destacar que uma das mais marcantes expectativas que o empreendi-mento suscita na região, se ref-ere justamente à possibilidade de dinamismo que ele poderá trazer ao mercado de trabalho em nível municipal e regional.

Programa de Educação Ambi-ental, que será um programa potencializador do impacto positivo, pois poderá divulgar as oportunidades de trabalho e projetos na AII do empreendi-mento.

Programa de Priorização da Mão de Obra e Comércio Local.

Aumento do conhecimento técnico-cientifico

Elaboração de estudos ambien-tais

No processo de elaboração do projeto é inicialmente levanta-do, sistematizado e levantado todo o conhecimento técnico e científico de interesse já pro-duzido na região do empreendi-mento. A partir desse levantam-ento, programa-se e executa-se uma série de levantamentos de campo, de forma a se obter os elementos técnicos requeridos para o desenvolvimento dos estudos incluindo a elaboração do EIA.

De forma semelhante, ao longo do processo de licenciamento ambiental, também são realiza-dos estudos mais detalhados sobre a região do empreendi-mento. Assim, são mobilizadas equipes técnicas com o propósi-to de realizar estudos técnicos e levantamentos de campo visan-do subsidiar o detalhamento dos programas destinados a mitigar os impactos negativos e potencializar os positivos.

Dessa maneira, amplia-se o con-hecimento técnico e científico sobre os mais diversos aspectos do meio físico (clima, geologia, recursos hídricos, geomorfo-logia e pedologia); meio bióti-co (ecossistemas aquáticos e terrestres) e meio socioeco-nômico (dinâmica demográ-fica, condições de vida, siste-mas de produção, organização social, ocupação do território, circulação e comunicação, or-ganização político-adminis-trativa, atividades econômicas, patrimônio histórico, cultural e arqueológico).

Disponibilização das infor-mações produzidas pelo em-preendedor para o público in-teressado com o Programa de Educação Ambiental.

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Geração de expectativa na população local e regional

Contratação de mão de obra e consumo local de bens e Serviços.

O início dos estudos ambien-tais e investigação de campo na área de influência direta causam expectativas de diver-sas naturezas na população lo-cal. Dentre as expectativas po-dem ser mencionadas:

- Do ponto de vista do em-preendedor, que vem investin-do em terras visando con-cretizar o empreendimento, a incerteza sobre os prazos em relação à licença ambiental;

- Do ponto de vista da população em geral: expectativa da popu-lação quanto à possibilidade de emprego e trabalho na região sob influência direta do em-preendimento.

O principal instrumento para controle e/ou mitigação deste impacto é o Programa de Edu-caçãoAmbiental, que tem como principal objetivo a criação de canais de informação e esclare-cimentos permanentes entre a população e o empreendimen-to. Este programa deverá, por-tanto, prever o esclarecimento de todas as questões que geram maior preocupação entre a pop-ulação.

Atração de população

É importante destacar que, segundo o BNDES (2004), con-ceituam-se os empregos da se-guinte forma:

(a) Emprego direto: correspon-de à mão de obra adicional re-querida pelo setor onde se ob-serva o aumento da produção. Por exemplo, um aumento de demanda de mão de obra na agropecuária impulsionará as empresas do setor a aumen-tarem sua produção, de forma a atender esse aumento de procura, contratando novos tra-balhadores. No caso específico do emprego direto, portanto, haverá variação no nível de em-prego no setor onde ocorreu o aumento de demanda;

(b) Emprego indireto: corre-sponde aos postos de trabalho que surgem nos setores que compõem a cadeia produtiva, já que a produção de um bem final estimula a produção de todos os insumos necessários à sua pro-dução. Dito em outras palavras, um aumento de demanda em um setor específico provoca um aumento de produção não apenas do setor, mas ao longo de toda a cadeia produtiva;

(c) Emprego efeito-renda: obti-do a partir da transformação da renda dos trabalhadores e em-presários em consumo. Parte da receita das empresas, auferida em decorrência da venda de seus produtos, se transforma em renda dos trabalhadores e dos empresários por meio do pagamento de salários ou do re-cebimento de dividendos. Am-bos gastam parcela de sua ren-da adquirindo bens e serviços diversos, segundo seu perfil de consumo, estimulando a pro-dução de um conjunto de seto-res e realimentando o processo de geração de emprego.

Programa de Educação Ambi-ental.

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A necessidade de trabalhadores no empreendimento será um impacto gerador de outros que afetarão diferentes variáveis ambientais do meio Socioeco-nômico, configurando, assim outros impactos mais relevant-es associados ao empreendi-mento em pauta. Espera-se que essa mão de obra tenha origem na AII, mas trabalhadores espe-cializados como engenheiros, agrônomos e gerentes poderão vir de outras regiões, afetando positivamente o mercado local.

Aumento da probabilidade de acidentes com veículos

Trânsito de veículos

O Projeto Cossisa demanda um grande número de veículos. As-sim, o impacto em tela deverá promover o aumento da prob-abilidade de acidentes na ADA, AID e AII. Esse impacto é mais provável nas vias de acesso ru-rais, provocado pelo pavimento irregular. Já nas estradas e rodo-vias esse impacto pode não ser significativo, já que são estradas de bom estado de conservação.

Programa de Educação Ambi-ental.

Programa de Segurança do Tra-balho e Saúde do Trabalhador.

Dinamização das Atividades Econômicas

Empreendimento propria-mente dito

A expansão da oferta de produ-tos e serviços, inicialmente, é realizada através da utilização da capacidade já instalada. À medida que os empreende-dores locais identificam possib-ilidades de crescimento futuro, é iniciado um processo de ex-pansão e/ou melhoria, resultan-do em uma fase de contratação de serviços e criação de postos de trabalho, absorvendo, as-sim, uma parcela da força de trabalho local que se encontra sem trabalho ou em trabalhos temporários.

O resultado final esperado deste movimento é o aumento nos rendimentos das pessoas físicas e jurídicas locais e de arrecadação pública, através da cobrança de impostos sobre serviços e circulação de merca-dorias e outras taxas e impostos municipais e estaduais.

Programa de Priorização da Mão de obra e serviços locais.

Aumento da Arrecadação de Tributos

Empreendimento propria-mente dito

O aquecimento do mercado local, decorrente do conjunto de oportunidades que surgirão com o empreendimento, terá consequências no aumento da receita, sobretudo no mu-nicípio da AII.

A contratação de trabalhadores causará um impacto direto no mercado de bens e serviços, at-ravés do aumento da demanda, uma vez que o número de con-sumidores potenciais poderá aumentar.

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Os novos trabalhadores rep-resentam um crescimento na massa salarial da região, que deverá ser gasta no consumo de bens e serviços locais, poten-cializando a expansão no setor terciário, principalmente.

Este crescimento deverá gerar novas oportunidades de tra-balho, ampliando a renda local, podendo gerar efeitos multipli-cadores sobre a economia local da AII.

Como a demanda agregada de-verá se elevar, aumentarão con-sequentemente, a circulação de mercadorias e a prestação de serviços, incrementando as ar-recadações municipais, basica-mente através do recolhimento de ISS e ICMS.

Melhoria da qualidade de vida

Empreendimento propria-mente dito

Considerando um maior núme-ro de pessoas circulando na região, inclusive com con-tratação de mão de obra local, haverá um maior volume de recursos financeiros em circu-lação e, consequentemente, um aumento no consumo, dinam-izando a economia local e mel-horando a qualidade de vida da população.

Programa de Priorização da Mão de Obra e Comércio Local.

Impacto visualEmpreendimento propria-mente dito

A monocultura, seja ela de eu-calipto, culturas agrícolas ou pastagens, expressa homoge-neidade que transcende um mero detalhe estético, pois o que a visão percebe não é um elemento neutro e inerte, mas compõe e estrutura identidades e modos de vida.

São apropriações da paisagem pelos sentidos que, muitas vezes, incluem, além da visão, odores, sons e trajetos em meio a um complexo de elementos objetos percebidos (animais, árvores, acidentes geográficos, prédios, caminhos, rios, vere-das etc), concreta e significati-vamente toponímia é uma das maiores manifestações sim-bólicas desta apropriação.

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Meio Físico

Exposição do solo ao plantioSubsolagem do solo e plantio (eucalipto e culturas agrícolas – cana e milho) da área.

O impacto caracteriza-se pela exposição do solo frente às in-tempéries climáticas (sol, ven-to e chuva), com a formação de impactos derivados, a saber: al-teração na paisagem, alterações no microclima, ocorrência de processos erosivos e carrea-mento de sedimentos, aumento da turbidez dos cursos de água próximos a AID, alteração da qualidade do ar, alteração da qualidade das águas na AID.

Programa de Contenção de Pro-cessos Erosivos e Recuperação de Áreas Degradadas

Alteração na qualidade do solo

Alocação de pessoas, plantio e manutenção das florestas plan-tadas, culturas agrícolas e past-agens.

O Projeto Cossisa demanda um grande número de fun-cionários, o que acaba acar-retando uma grande geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos, além disso, há um in-tenso tráfego de veículos e eq-uipamentos, que acaba gerando efluentes oleosos.

Nesse sentido, se ocorrer o descarte inadequado de eflu-entes líquidos, resíduos sólidos e o vazamento de óleos, poderá afetar localmente as carac-terísticas químicas dos solos, levando a uma consequente contaminação e alteração da qualidade, também localizada, dos aquíferos, principalmente aqueles superficiais e granu-lares.

Programa de Gestão de Resídu-os.

Programa de Educação Ambi-ental.

Programas de Manutenção dos Veículos e Equipamentos.

Uso de fossa séptica e caixa SAO.

Inclusão de Treinamentos op-eracionais dos trabalhadores na utilização do Kit de emergência (Retirada do óleo e solo con-taminado).

Alteração nas propriedades físicas do solo

Preparo do solo, plantio e ma-nutenção do eucalipto, das cul-turas agrícolas e das pastagens, além do pisoteio do gado.

O solo submetido ao cultivo tende a perder a sua estrutura original, pelo fracionamento dos agregados em unidades menores, com consequente redução no volume de macro-poros e aumentos no volume de microporos e na densidade, alterando, dessa forma, suas propriedades físicas.

Programa de Contenção de Pro-cessos Erosivos e Recuperação de Áreas DegradadasPrograma de Contenção de Pro-cessos Erosivos e Recuperação de Áreas Degradadas

Adoção de práticas conserva-cionistas, tais como o preparo reduzido do solo, plantio em curvas de nível, evitando-se o escorrimento superficial de água e a ocorrência de pro-cessos erosivos, manutenção de cobertura vegetal nas en-tre-linhas dos plantios, visando proteger a superfície do solo da desagregação pelo impacto das gotas da chuva e da insolação excessiva, que prejudica a mi-crovida do solo.

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Ocorrência de processos ero-sivos e carreamento de sedi-mentos

Preparo, manejo do solo, ma-nutenção das estradas e in-fraestrutura de apoio.

Formação e sulcos erosivos laminares e superficiais decor-rentes do escoamento superfi-cial concentrados das águas das chuvas.

Programa de Contenção de Pro-cessos Erosivos e Recuperação de Áreas Degradadas.

Implantação de dispositivos de drenagem ao longo das estra-das/aceiros.

Evitar, sempre que possível, o acesso do gado às margens dos cursos d’água.

Inspeção visual das áreas de plantio, estradas e toda a in-fraestrutura do empreendi-mento

Aumento da turbidez dos cur-sos de água próximos à ADA

Preparo, manejo do solo e ma-nutenção das estradas. Além do pisoteio animal às margens do curso d’água para dessenden-tação.

As atividades de preparo, manejo do solo, manutenção das estradas e pisoteio animal às margens dos cursos d’água para dessendentação, o que aumentará a exposição do solo às águas pluviais, podendo ameaçar o nível de turbidez das águas próximas à ADA. Portan-to, este impacto se caracteriza pelo aumento da turbidez da água nesses locais.

No que tange à natureza mitiga-dora das ações propostas, estas se concentram no Programa de Contenção de Processos Ero-sivos e Recuperação de Áreas Degradadas.

Evitar, sempre que possível, o acesso do gado às margens dos cursos d’água.

Contaminação dos cor-pos d’água por substâncias químicas

Plantio e Manutenção das flor-estas, culturas agrícolas e past-agens.

As atividades do empreendi-mento adicionam um grande volume de corretivos e insumos agrícolas ao solo. A contami-nação ambiental causada pelo uso crescente e, algumas vezes, indiscriminado desses produ-tos químicos para preparação do solo e contra as pragas tem gerado preocupações quan-to ao lançamento inadequado desses compostos no ambiente. Vários produtos podem ser nocivos aos organismos vivos e, com isso, devem-se tomar pre-cauções quanto à sua aplicação, formação de resíduos proveni-entes das mais diversas fontes e descarte final adequado, de for-ma que não haja comprometi-mento do meio ambiente como um todo.

Agrícolas e Uso Sustentável de Insumos.

Programa de Educação Ambi-ental.

Programa de Gestão de Resídu-os.

Alteração na qualidade do arTrânsito de máquinas e equi-pamentos e carbonização da madeira.

Emissões fugitivas (poeiras) por arraste eólico, trânsito de máquinas e equipamentos e emissões provenientes da car-bonização da madeira serão responsáveis pela alteração na qualidade do ar.

Programa de Manutenção dos Veículos e Equipamentos Agrícolas.

Alteração dos níveis de pressão sonora

Trânsito de máquinas e equipa-mentos

Emissão sonora por trânsito de máquinas e equipamentos agrícolas nas ADAs.

Programa de Manutenção dos Veículos e Equipamentos Agrícolas.

Destinação inadequada dos resíduos sólidos e embala-gens de agrotóxicos e fertili-zantes

Serviços administrativos e de apoio, plantio e manutenção das florestas, pastagens e cultu-ras agrícolas.

O Impacto se caracteriza pela geração de resíduos no em-preendimento.

Programa de Gestão de Resídu-os.

Programa de Educação Ambi-ental.

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Meio Biótico

Perda da biodiversidade veg-etal e redução de habitats

Supressão da vegetação

A supressão da cobertura veg-etal causa a perda da diversi-dade vegetal pela retirada de indivíduos da flora, além de reduzir o habitat de diversos indivíduos da fauna silvestre, afungentando-os para os rema-nescentes florestais mais próx-imos.

Programa de Educação Ambi-ental.

Programa de Contenção de Pro-cessos Erosivos e

Recuperação de Áreas Degra-dadas.

Afugentamento da fauna

Supressão da vegetação, ger-ação excessiva de ruídos, trân-sito intenso de veículos (leves e pesados) e de pessoas.

O impacto em tela está relacio-nado às atividades do empreen-dimento em geral. Como de-scrito em sua caracterização, já foi mostrado que as algumas es-pécies podem reduzir sua den-sidade populacional próximas a estradas e adensamentos hu-manos. Neste EIA foi verifica-do que este impacto ficará não apenas nas áreas próximas aos talhões e pastagens, mas tam-bém nos trajetos em direção às ADAs. No entanto, durante a fase de operação, haverá um recuo de espécies próximo às áreas de plantio.

Programa de Educação Ambi-ental

As atividades de limpeza/plan-tio devem ocorrer apenas du-rante os períodos do dia, quan-do os animais estão em menor atividade.

Aumento da probabilidade de acidentes com animais peçonhentos

Atividades relacionadas ao plantio e manutenção das ativ-idades do empreendimento, aceiros e estradas.

Devido às perturbações de háb-itat, poderá haver um aumento considerável de chances de encontro com animais peçon-hentos. O encontro entre a her-petofauna e funcionários não conscientizados da importância desse grupo para o meio am-biente e de sua real periculo-sidade (no caso das serpentes peçonhentas) pode causar ac-identes. Assim, é necessário que funcionários tenham a consciência das atitudes a ser-em tomadas no caso de encon-tros e/ou acidentes com estes animais. Além disso, práticas de educação ambiental devem ser postas em prática para que os funcionários e empreiteiros tenham noção da real periculo-sidade de todos os componen-tes da herpetofauna presentes na área e, o mais importante, o papel de cada espécie na ma-nutenção do ecossistema.

Programa de Educação Ambi-ental.

Programa de Segurança do Tra-balho e Saúde do Trabalhador.

Redução da pressão à caça Vigilância constante

O impacto supracitado carac-teriza-se pela presença da em-presa e sua política de cuidado a ser tomada nas áreas de reser-va florestal legal. Favorecendo uma maior vigília quanto aos hábitos de caça comumente registrados na área.

Programa de Educação Ambi-ental

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Aumento da probabilidade de atropelamento da fauna

Trânsito de veículos

A intensificação do trânsito de veículos e maquinário poderão ocasionar atropelamentos, no-tadamente nas vias de acesso com consequente redução no número de indivíduos da taxo-cenose diagnosticada e, junta-mente com os impactos citados anteriormente, prejudicar a dinâmica populacional.

Programa de Educação Ambiental.

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UAIS SÃO AS AÇÕES AMBIENTAIS PROPOSTAS PELO EMPREENDIMENTO?

A proposição de medidas mitigadoras e potencializa-doras deve ser feita para cada uma das atividades po-tencialmente impactantes ao meio ambiente. Neste contexto, a partir da identificação e classificação dos potenciais impactos ambientais, decorrentes das ações e processos das fases de planejamento, implan-tação e operação do empreendimento, foram relacio-nados os programas ambientais para acompanham-ento e monitoramento na área de influência direta. O objetivo é de acompanhar a evolução da qualidade

ambiental e permitir a adoção de medidas comple-mentares de controle para o empreendimento.

Os programas e medidas aqui propostos estão pau-tados em práticas que impeçam, minimizem e/ou compensem os impactos provenientes da instalação do empreendimento. Baseadas no estudo da área de instalação e de influência direta e indireta, bem como da realidade tecnológica passível de aplicação no contexto econômico e geográfico que se insere o projeto.

No intuito de mitigar e prevenir possíveis impactos provenientes do empreendimento foram propostos programas ambientais abrangendo as diferentes áreas:

Q

Meio Socioeconômico

Programa de Priorização da Mão de Obra e Serviços Locais

Preparação e formação de pessoas para desempenhar tarefas durante a operação do empreendimento ou em serviços ad-ministrativos relacionados à operação das atividades florestais e de bovinocultura, priorizando, mão-de-obra local e também os fornecedores locais instalados na AII.

Contribuir para o desenvolvimento do capital humano, social e empresarial (ger-ação de renda) nos municípios da AII, au-mentando a empregabilidade desses tra-balhadores, ensejando um ganho social de ampla abrangência.

Programa de Educação Ambiental

O objetivo geral do Programa de Educação Ambiental é desenvolver a consciência am-biental do corpo de trabalhadores próprios e terceirizados do empreendimento e, tam-bém, de todo grupo social envolvido, por meio de informação, sensibilidade e desen-volvimento do espírito crítico dos atores, em geral, a respeito da sua relação com o meio ambiente, buscando a compreensão da interdependência entre os seus diver-sos componentes e da possibilidade de uso sustentável dos recursos.

Conscientização dos funcionários e mora-dores das comunidades sobre as questões ambientais, visando um melhor conheci-mento sobre o meio ambiente.

Programa de Jovens Aprendizes

Criar parceria com instituições /Universi-dades (educação profissionalizante) para jovens e adultos no município e região do empreendimento. Além disso fornecer cursos referentes ao cultivo do eucalipto, à criação do bovino de corte, ao cultivo de verduras e hortaliças (Olericultura) – como subsistência.

O Programa busca capacitar jovens, produtores e trabalhadores rurais que sejam interessados em iniciar na atividade ou obter conhecimentos, para que sejam competitivos no mercado e, assim, possam agir de forma menos agressiva ao meio ambiente.

Programa de Segurança do Trabalho e Saúde do Trabalhador

Prevenir e controlar impactos ambientais sobre a saúde do trabalhador das áreas do Projeto Cossisa, de modo a mitigar os im-pactos da sobrecarga de saúde do sistema público.

Grandes empreendimentos, como os pro-jetos florestais e bovinocultores, geram grandes benefícios econômicos, sociais e melhoria da qualidade de vida. Mas, tam-bém geram impactos, que podem reper-cutir sobre a saúde humana.

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Programa de Contenção de Processos Erosivos e Recuperação De Áreas Degra-dadas

As alterações impostas ao meio ambiente pela atividade de silvicultura, bovinocultu-ra envolvem impactos sobre a vegetação, a flora, a fauna e recursos hídricos. Um dos objetivos gerais deste Programa é, inicial-mente, apresentar de critérios ambientais para nortear a execução dessas interferên-cias, procurando, na origem, a minimização dos impactos.

Minimizar ou prevenir os impactos sig-nificativos sobre as diferentes variáveis ambientais decorrentes dos processos de preparo do solo e de movimentação de ter-ra necessários ao plantio.

Programa de Gestão dos ResíduosElaboração de um sistema de controle am-biental relativo aos resíduos gerados pelo empreendimento.

Prevenir a ocorrência de impactos dedica-dos à percepção dos sistemas de controle ambiental dos resíduos produzidos duran-te as atividades do empreendimento.

Programa de Técnicas Agrícolas e uso sustentável de insumos

Minimização dos impactos ambientais decorrentes do projeto floresta e bovino-cultor.

Priorizar um empreendimento florestal e bovinocultor que atenda os padrões de qualidade e meio ambiente, controlando todas as etapas do projeto.

Programa de Manutenção dos Veículos e Equipamentos Agrícolas

Elaboração de um sistema de controle dos veículos e equipamentos agrícolas.

Equipamentos quando em estado de con-servação precário proporcionam risco de acidente e derramamento de óleo no solo.

Programa de Prevenção e Combate a In-cêndios Florestais

Criação de procedimentos de mitigação, controle e prevenção de incêndios flor-estais.

A proteção das florestas, bem como a de povoamentos florestais, torna-se eficiente quando existe um planejamento prévio das atitudes e atividades a serem tomadas ou implementadas nas diferentes situações que podem apresentar. Quanto ao controle de incêndios florestais, o processo pre-ventivo tem se mostrado como o de maior eficiência, através de aceiros manuais e mecânicos, gradagens internas ao povoa-mento e um bom sistema de vigilância.

Programa de Adequação da Reserva Le-gal

Definição de ações específicas para a proteção e restabelecimento de áreas de reserva legal do empreendimento Cossisa.

O programa justifica-se pelos motivos de existirem não conformidades nessas áreas de reserva legal, permitindo dessa forma a adequação desses fatos.

Programa de Monitoramento da Flora e Fauna

Monitorar a flora e fauna terrestre em áreas selecionadas da área de influência direta do empreendimento, verificando pa-drões de distribuição sazonal em habitats sensíveis a influência antrópica, visando identificar ações de mitigação e seu aper-feiçoamento para medidas de manejo e conservação das espécies.

Dos indicadores de qualidade de habitat conhecidos atualmente as aves são as mais representativas, pois é um grupo distinto e que responde prontamente às mudanças de hábitat em diferentes escalas.

Meio Físico

Meio Biótico

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