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Os segredos dos aços trefilados

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Revista Siderurgia Brasil - ano 13 - edição 82 - maio 2012

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Os segredos dosaços trefilados

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EDITORIAL .........................................................................................................................................................................................4

TRIBUTAÇÃO

A privatização e o papel do estado – Marcos Cintra .....................................................................................................................6

ESPECIAL

Mercado de aços trefilados ameaçado – ArcelorMittal .................................................................................................................8

AÇOS ESPECIAIS

Nova geração de aços para moldes plásticos – Villares Metals .............................................................................................. 14

DISTRIBUIÇÃO

Distribuição de aço não embala no primeiro trimestre – Carlos Loureiro ............................................................................. 20

PROJEÇÕES

Projeções feitas com critério – Alessandra Ribeiro .................................................................................................................... 24

Impacto deve ser reduzido – Sergio Vale ...................................................................................................................................... 26

ATUALIDADES

Medidas positivas, mas insuficientes ............................................................................................................................................. 28

AUTOPEÇAS

Frota de veículos cresceu 7% em 2011 – Sindipeças ................................................................................................................ 31

MERCADO CONSUMIDOR

O país que exporta consumidores – Edson Pinto ...................................................................................................................... 32

AÇO E CONSTRUÇÃO CIVIL

A corrida das cidades para a Copa – Milton Luiz de Melo Santos ......................................................................................... 34

EMPRESAS

Gerdau – Duas décadas produzindo aços especiais ................................................................................................................. 36

Teciam – Empresa eficaz naquilo que faz ..................................................................................................................................... 42

MRK Aços – Experiência bem aproveitada .................................................................................................................................. 48

RESULTADOSUsiminas registra perda no primeiro trimestre ..................................................................................................................39

COMPETITIVIDADE

Última posição em competitividade – KPMG ............................................................................................................................... 40

ECONOMIA MUNDIAL

A Europa e a mala que nos encanta – José Chapina Alcazar ................................................................................................. 44

GESTÃO

Inovação ameaçada – Arnaldo Jardim .......................................................................................................................................... 46

ESTATÍSTICAS ............................................................................................................................................................................ 49

EVENTOS ........................................................................................................................................................................................ 54

EMPRESAS & NEGÓCIOS ................................................................................................................................................ 63

ANUNCIANTES .......................................................................................................................................................................... 66

3SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

3Índice

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Edição 82 • Ano 13 • Maio 2012Siderurgia Brasil é uma publicação de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823755339.

Coordenador Geral: Henrique Isliker Pátria / Diretora Executiva: Maria da Glória Bernardo Isliker / TI: Vicente Bernardo Administrativo: Supervisora: Maria Rosangela de Carvalho / Assistente: Anderson Rodrigues Medeiras Editor e Jornalista Responsável: Henrique Isliker Pátria - MTb-SP - 37.567 / Entrevistas e Reportagens: Ricardo Torrico Comercial: Supervisor: Márcio Machado / Contato: Carlos Roberto Ribeiro / Projeto Editorial: Grips Editora Edição de Arte / DTP: Priscilla Ramos Nannini / Capa: Criação: André Siqueira / Fotos: Oxipira / ArcelorMittalImpressão e Acabamento: Ipsis Gráfica e EditoraDISTRIBuIção DIRIGIDA A EMPRESAS Do SEToR E ASSINATuRASA opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj. 111 – São Paulo-SP – CEP 05407-002 – Tel.: +55 11 [email protected] • www.siderurgiabrasil.com.brProibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.

Recentemente, estivemos com o presidente do Inda, Carlos Loureiro e, mais do que uma entre-vista sobre números, conversamos sobre a situ-

ação da indústria brasileira e, mais particularmente, sobre o segmento da siderurgia. Os números de vendas da distribuição e processamento de aço até que não são alarmantes, pois as vendas recuaram menos de 2% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, os estoques entraram em níveis considerados normais. No entanto, mesmo não tendo havido uma redução drástica nas enco-mendas, o estado de ânimo dos empresários deste setor não é nada animador. Há muitos meses eles vêm trabalhando sem margens e com os custos muito acima do que poderiam suportar. A reação natural é não comprar e isso faz com que sua participação no mercado enco-lha gradativamente. Os seja, como já há vários meses esperam por uma reação, mas isso não ocorre, cada pedido que aparece na praça é disputado com unhas e dentes. Vale lembrar uma lei natural do mercado que diz “onde há muita oferta, não há preço”.

Confirmando esta situação particular do distribuidor de aço, na última semana de abril foi divulgado o Indicador do Nível de Atividade (INA), um índice elaborado pela Fiesp para dimensionar a atividade da indústria paulista, que apontou

uma queda de 0,5% em março ante fevereiro. Outro índice, também apresentado pela Fiesp e que se chama Nível de Utilização da Capacidade Industrial (Nuci), indicou um ligeiro crescimento, atingindo 81,4%, mas que também é inferior

aos 82,1% registrados em fevereiro. Des-se amontoado de números depreende-se que, mesmo tendo sido adotadas medidas para resgatar a indústria brasileira, como redução na taxa de juros, aprovação pelo senado de uma resolução que tornará única a alíquota para produtos importados em todos os estados e ajuste no câmbio, ainda deverá demorar algum tempo para começar a retomada do crescimento.

Tanto os economistas da Fiesp quanto o presidente do Inda e vários outros empresá-rios, com os quais tivemos oportunidade de trocar figurinhas nestes dias, não hesitam

em dizer que, se houver retomada, esta só acontecerá no segundo semestre. A Fiesp vai mais longe, mantendo em suas previsões crescimento zero para o PIB da indústria de transformação em 2012.

Vamos conferir.

Henrique Isliker PátriaEditor Responsável

OS NÚMEROS NÃO SÃO ANIMADORES

SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

4 Editorial

Expediente

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Editorial

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

6 Tributação Tributação

Estados grandes e fortes, em geral, tentam exercer um papel para o qual não possuem nem recursos e menos ainda

habilidades, comparativamente aos capitais privados.

A PRIVATIZAÇÃO E O papel DO ESTADO

Aconcessão dos aeroportos de Brasília, Cam-pinas e Guarulhos reacendeu o debate so-bre a privatização. O PSDB diz que o PT “se

apropriou de seu legado” e os petistas tentam explicar a diferença entre o processo atual e o que foi empre-endido no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Em primeiro lugar, cabe dizer que não há qualquer viés ideológico na condução do processo de concessão dos aeroportos pelo governo Dilma Rousseff. O fator determinante para a transferência dos três para a inicia-tiva privada foi o colapso dos serviços aeroportuários e a baixa capacidade financeira e gerencial do poder pú-blico para tocar os investimentos necessários, sobretu-do agora que o país está prestes a sediar dois megae-ventos esportivos: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Enfim, foi apenas uma questão pragmática para o Brasil não ficar tão vulnerável quanto à possibilidade de um enorme vexame internacional em 2014 e 2016.

Outro aspecto refere-se ao fato do PT tentar se ex-plicar dizendo que não se rendeu à privatização nos moldes do PSDB. O partido afirma que não privati-zou, mas fez uma concessão ao setor privado. Ainda que seja conveniente questionar aspectos como a participação do BNDES, dos fundos de pensão de estatais e da Infraero no processo de transferência, os argumentos petistas se caracterizaram como um esforço inútil. Há anos as atividades aeroportuárias já deveriam ter sido transferidas para a iniciativa pri-vada. Se essa transferência deveria acontecer sob a forma de privatização ou concessão, isso não tem peso a ponto de ser discutido como foi. Afinal, como dizia o líder chinês Deng Xiaoping: “Não importa a cor do gato, contanto que ele cace o rato.”

Por fim, já que a questão da privatização voltou, o PT poderia refletir e enterrar de vez o carcomido dis-curso da época da campanha presidencial, quando

os caciques do partido ressuscitaram a tese de um modelo de Estado que serviu para a Europa do sé-culo 19 e o Brasil de Getúlio Vargas. A ideia de que o Estado deve ser “grande e forte para promover o desenvolvimento econômico”, como disseram os pe-tistas, deve ser revista.

Hoje, os conceitos de ‘força’ e ‘grandeza’ se aplicam mais adequadamente às empresas particulares do que ao setor público. Tanto no Brasil como em outros países, há setores privados capitalizados e prontos para investir. Já para o setor público o conceito chave é o da ‘eficiência’, e não o da potência bruta. Hoje, para alavancar o desenvolvimento, compete ao Esta-do um papel supletivo: o da indução e da regulação.

Estados grandes e fortes, em geral, tornam-se opressores em termos fiscais, Endividam-se em excesso, extraem cargas tributárias muito além da capacidade contributiva do setor privado. Tentam exercer um papel para o qual não possuem nem recursos e menos ainda habilidades, comparativa-mente aos capitais privados. Ademais, cabe lembrar que as empresas estatais sempre foram disputadas por políticos brasileiros em busca de fontes de fi-nanciamento para suas campanhas eleitorais, para acomodar familiares e apaniguados e para distribuir favores à custa da ‘viúva’. No passado, setores im-

portantes da atividade produtiva na-cional foram loteados entre velhos caciques da política nacional com resultados desastrosos para o país.

*Marcos Cintra é doutor em Econo-mia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas.

www.marcoscintra.org [email protected]

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Marcos Cintra*

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TributaçãoSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

7Tributação

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8 Especial Especial

A indústria siderúrgica nacional produz aços trefilados para todas as necessidades, mas seu mercado tem sido duramente atingido

pelo aumento das importações de produtos finais.

P roduto de mil e uma utilidades, o aço está presente em praticamente todos os segmentos industriais. Das grandes

estruturas metálicas aos pequenos componentes de um motor de automóvel, o aço assume as mais variadas formas e propriedades para uma infini-dade de aplicações. Essa versatilidade depende tanto da fabricação do aço na etapa de aciaria quanto nas transforma-ções realizadas na laminação a quente. Os produtos finais

podem ser barras laminada ou fios-máquina, que posteriormente são encaminhadas ao processo de transformação chamado trefilação para a ob-tenção de barras trefiladas ou arames.

A trefilação consiste na passagem do material atra-vés de uma ferramenta,

chamada fieira, com o objetivo de reduzir seu diâmetro com tolerâncias restritas, além de aumen-

tar seu comprimento. Com o emprego do fio-máquina, pode se

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AMEAÇADO MERCADO DE AÇOS TREFILADOS AMEAÇADO

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obter barras trefiladas ou arames. Mas, embora resultem do mesmo processo, arames e barras trefiladas se destinam a diferentes aplicações, o que acaba determinando que sejam produzidos e comercializados separadamente pelas usinas. Por esse motivo, as informações da presente ma-téria se restringem às barras trefiladas, sendo que os arames serão objeto de uma nova matéria, a ser publicada em uma próxima edição da revista Siderurgia Brasil.

Vantagens do trefilado

As vantagens oferecidas pelas barras trefiladas – maior dureza, melhor acabamento, maior tolerância – tornam esses materiais ideais para a fabricação de uma ampla gama de produtos, tais como molas, has-tes, pinos, fixadores, grampos, bar-ras roscadas, entre outros, cujas aplicações dependem dos re-quisitos exigidos.

Qualquer aço pode ser trefila-do, o que varia são as condições de trefilação. Aços maleáveis como os de baixo teor de carbono (BTC), por exemplo, são fáceis de trefilar. O aço rápido, utilizado por exemplo para fazer brocas e ferramentas (AISI M2 ou M7), também pode ser trefilado, só que, nesse caso, o material exige que a trefilação seja feita sob condições específicas. “A trefilação dos aços mais comuns é feita a frio. Utiliza-se a trefilação a quente quando o material a ser trefilado já tenha uma dureza elevada. Ali-ás, até o filamento das lâmpadas incandescentes, que é feito de tungstênio passa por um processo de trefilação. Só que ele tem de ser trefilado em temperaturas da ordem de 800°C, explica o en-genheiro Miguel Luiz Costa, da Gerência de Pro-dutos e Mercado da ArcelorMittal Aços Longos.

O primeiro motivo para se trefilar um aço é que, além de mudar sua forma e dimensões, esse processo também aumenta significativamente sua dureza. Para entender como isso ocorre, é preciso lembrar que o aço – qualquer que seja a sua composição – é intrinsecamente formado por grãos. “Ao ser trefilado, ele é forçado a passar por uma ferramenta, chamada fieira, que reduz seu diâmetro. Ao se fazer isso, os grãos, que ori-ginalmente são equiaxiais, se deformam e ficam

alongados. Essa transformação, conhecida como encruamento, torna o aço mais duro e sem a ne-cessidade de receber tratamento térmico”, diz o engenheiro Miguel Luiz Costa.

Outra característica que muda com a trefilação é a tolerância dimensional, que se torna ISO h11 e h9 e, portanto, menor do que a de produtos la-minados. Como exemplo, uma barra laminada de diâmetro 1” (25,40 mm) possui uma amplitude de tolerância por volta de 1,20 mm enquanto na bar-ra trefilada possui uma amplitude de 0,052 mm. Essa tolerância restrita promove diversos benefí-cios, como um acoplamento perfeito de um eixo,

ou então, evitar custos de processos adicionais para acerto do diâmetro.

“Os produtos trefilados são isentos de carepa, pois re-cebem um processo pré-vio de limpeza superficial. Quando eles saem da fiei-ra, sua superfície já está polida e brilhante sendo seu nível de porosidade

muito menor do que o do produto laminado. Isto torna

o trefilado muito mais adequado para posteriores acabamentos de

superfície tais como cromeação ou eletrodeposição” observa o engenheiro

Miguel Luiz Costa.

Variedade de aplicações

A indústria automobilística, provavelmente, reúne a maior variedade de aplicações das barras trefi-ladas, começando pelas molas helicoidais utiliza-das nas suspensões. Outra aplicação são as has-tes dos amortecedores. No caso dos grampos, um exemplo típico é o sistema que prende os fei-xes de molas dos caminhões. Os pinos são am-plamente utilizados na fabricação de autopeças, como, por exemplo, os encostos de cabeça dos bancos de automóveis, cuja estrutura pode ser feita com barras trefiladas. Após a trefilação, rece-bendo um acabamento mais sofisticado, retifica-do ou polido, são utilizadas como hastes de eixos ou de pistões. “Já os fixadores são usados em inúmeras áreas, como, por exemplo, na indústria petrolífera, onde servem para unir as flanges das tubulações de petróleo e gás. Existe ainda uma particular família de barras trefiladas chamada de

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EspecialSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

11Especial

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‘corte fácil’, cuja composição química permite fa-zer a usinagem em melhores condições”, explica o engenheiro Costa.

Para atender às características de cada aplica-ção, a ArcelorMittal Aços Longos conta com mais de 130 diferentes tipos de aços em condições de ser transformados em barras trefiladas. A empre-sa oferece uma linha de barras trefiladas comerciais, disponíveis nos estoques de sua rede de distribuição, em dimensões comercialmente mais solicitadas. Tam-bém tem uma linha de barras de corte fácil, de aços ressulfurados ou ligados ao chumbo. Mas se o cliente precisar de uma barra trefilada com caracte-rísticas customizadas, a Gerên-cia de Engenharia de Produtos da empresa tem condições de indicar o aço mais apropriado de modo a atender a essa necessidade, ou até mesmo, iniciar um desenvolvimento espe-cífico criar um produto de acordo com o solicita-do por seus clientes.

Mercado perdido

O mercado doméstico de barras trefiladas* é atendido por produtores nacionais sendo que

a ArcelorMittal Aços Longos produz cerca de 40% do mer-cado. A produção nacional é quase totalmente destinada ao mercado doméstico, dada a dificuldade de se exportar ou importar barras trefiladas. “A dificuldade para embalar e transportar barras trefiladas é muito grande. Para exportação ou importação os feixes devem ser embalados e acondicio-nados em contêineres, o que só se justifica para aplicações mais nobres”, esclarece Miguel Luiz Costa. “A ArcelorMittal, por exemplo, exporta para alguns países da América do Sul, mas apenas para aplicações espe-ciais na linha de autopeças.”

Apesar da importação de barras trefi ladas não ser mui-to representativa no mercado brasileiro, os produtores na-

cionais sofrem uma forte concorrência através da importação de produtos finais prontos, o que faz com que o consumo de barras trefi la-das seja indiretamente afetada. “Muitos dos nossos clientes pararam de consumir barras

trefi ladas porque seus produtos deixaram de ser competitivos em relação com os produtos importados, principalmen-te ferramentas, autopeças e l inha branca. Mesmo com o aumento da demanda de produtos industriais nos últi-mos anos, principalmente na

da indústria automobilística o mercado parcialmente foi ocupa-

do pelas peças acabadas que têm sido maciçamente importadas. A barra rosca-

da é um exemplo de peça feita com barra trefi lada que tinha produção nacional, mas que foi totalmente substituía pelos produtos chineses”, completa Miguel Luiz Costa.

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*Nota do editor: Mercado estimado em 300 mil toneladas/ano.

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EspecialSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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14 Aços Especiais Aços Especiais

O aumento intensivo na produção e consumo de peças fabricadas em materiais plásticos influenciou fortemente o

mercado de aços para moldes e matrizes.

NovA GERAÇÃO DE AÇOS PARA MOLDES PLÁSTICOS

O uso de materiais poliméricos vem con-quistando, com o passar dos anos, novos campos de aplicações e subs-

tituindo com sucesso muitos componentes que tradicionalmente eram fabricados em materiais metálicos (1). Atualmente muitas peças de veícu-los, eletrodomésticos, utensílios domésticos, da construção civil, e embalagens são fabricados em plásticos. A figura 1 mostra a grande versatilida-de de aplicações dos materiais poliméricos e seu consumo porcentual por setor de mercado.

O aumento intensivo na produção e consumo de peças fabricadas em materiais plásticos influen-ciou fortemente o mercado de aços para moldes e matrizes, já que sua manufatura é necessária para a conformação dos polímeros através dos processos de fabricação, tais como: injeção, ex-trusão, sopro, entre outros.

O setor automotivo é o que mais demanda mol-des e matrizes para a fabricação de suas peças, sendo que mais de 80 % dos moldes fabricados

na Alemanha são empregados direta ou indiretamente no setor automobilís-tico (3). Além disso, esse ramo industrial é o que manufatura as ferramentas de maiores dimensões, como os grandes moldes para a injeção de para-cho-ques, painéis, colunas e para-lamas.

Entre as principais matérias-primas fornecidas às ferramentarias para a fa-bricação de moldes plásticos, podem ser mencionados os aços AISI P20 (DIN 1.2311), DIN 1.2738 (AISI P20 com adições de Ni) e DIN 1.2711 (3,4,5). Normalmente, os fabricantes de aço já fornecem esses produtos em blocos previamente beneficiados, via têmpe-ra e revenimento, sendo que os aços 2311 e 2738 são tratados termicamen-te para a faixa de dureza entre 30 a 34 HRC, e o 2711 entre 38 a 42 HRC (6,7).

Moldes de 40 HRC e o Aço VP AtlasA dureza é uma das propriedades mais comumente medidas e controladas em

José Britti Bacalhau, Paulo de Tarso Rossi Haddad, Celso Antonio Barbosa*

Fig. 1 – Consumo europeu de materiais plásticos em 2007 (2)

Fig. 2 – Moldes para injeção de para-choques: a) Apenas a cavidade do molde, b) Molde montado com seus componentes.

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Aços EspeciaisSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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smoldes para plásticos, sendo um indicativo direto da resistência mecânica do material. No entan-to, o efeito da dureza no desempenho depende do tipo da aplicação do aço ferramenta. No caso específico de moldes para plásticos, os aços tra-dicionalmente utilizados trabalham com dureza em torno de 30 HRC, por apresentar uma boa combinação de propriedades sem prejudicar a manufatura do molde em termos de dificuldade de usinagem. Por outro lado, conceitos mais modernos de projetos de moldes, com sec-ções mais delgadas, aumento da velocidade de produção das peças plásticas e maiores requisitos de polibilidade e resistência ao des-gaste, fizeram com que esta indústria voltasse a aços com maiores durezas, na faixa de 40 HRC.

Duas dificuldades surgem destas novas exigências da indústria. A primeira é o fato de existirem pou-cas opções de aços desenvolvidos especificamen-te para aplicação em moldes, contemplando todos os requisitos de propriedades apresentados no

item anterior. E a segunda, em termos dos proces-sos de usinagem, que, mesmo com máquinas e tecnologias modernas, são muito mais complexos devido à maior dureza (e, portanto, maior resistên-cia) oferecida pelo aço em questão.

Neste sentido, a Villares Metals iniciou há alguns

Molde para Injeção de Plástico

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16 Aços Especiais Aços Especiais

anos o desenvolvimento de um aço específico para moldes de plástico, considerando os requisi-tos desta aplicação, elevando o patamar de dure-za para 40 HRC e, além disso, melhorando a usi-nabilidade e resposta a tratamentos superficiais. Este aço, denominado VP Atlas, que está sendo lançado no mercado brasileiro, não pertence a nenhuma classe padronizada de aços, porém é indicado em substituição aos aços pré-endureci-dos para 40 HRC, como o DIN 1.2711 e suas ver-sões modificadas. Com uma composição química otimizada, associada a processos metalúrgicos especiais de fabricação, o aço VP Atlas apresenta boa usinabilidade no estado beneficiado, sem al-terar as propriedades de polimento e texturização do molde, alta uniformidade de dureza em toda secção transversal da peça, excelente nitretabili-dade e alta reprodutibilidade de desempenho.

Propriedades do Aço VP AtlasO VP Atlas é um aço de elevada dureza, boa usi-nabilidade e excelente polibilidade para alavancar a competitividade da cadeia de moldes para plás-ticos. Esse material é indicado para a manufatura de moldes e componentes que demandem superior resistência mecânica e ao desgaste do que os fa-bricados em P20 e 1.2738. O aço é fornecido no estado beneficiado na faixa de dureza em 350 - 390 HB (38 – 42 HRC), em dimensões com espessuras de blocos de até 900 mm.

Além da melhoria na resistência mecânica, as propriedades relacionadas à superfície do mol-de foram avaliadas, por serem essências para a qualidade das peças produzidas. Primeiramen-te, foi observado que a maior dureza e homo-geneidade do aço VP Atlas promove uma exce-lente resposta ao polimento e texturização; um exemplo de teste realizado neste sentido é mostrado pela figura 3, que apresenta uma placa de bloco industrial submetida a poli-mento. O resultado obtido foi considerado como excelente pelo polidor especializado, sem observação de defeitos de polimento tipo “casca de laranja” ou pites de polimen-to (denominado na prática pelo termo tecni-camente incorreto de porosidades).

Ainda focado em aspectos de superfície, os aços para moldes são frequentemente nitreta-dos para proporcionar uma maior resistência ao desgaste e também para otimizar a respos-

ta ao polimento pelo aumento da dureza superfi-cial. Desta forma, um dos itens considerados no desenvolvimento do aço VP Atlas foi a sua respos-ta ao tratamento de nitretação que, como mostra a figura 4, é consideravelmente superior a dos aços convencionais. Por exemplo, a dureza superficial do aço VP Atlas é da ordem de 850 HV, enquanto no aço DIN 1.2711 é de apenas 550 HV.

Um último aspecto – e um dos mais importantes para as ferramentarias – refere-se à manufatura dos moldes, em termos dos processos de usi-nagem. Esta etapa é extremamente complexa e, normalmente, compõe a maior parcela dos custos totais de fabricação de um molde. Assim, ela está diretamente relacionada à competitividade do mol-de produzido. Em termos do aço empregado, por-tanto, não seria interessante a obtenção de todas as propriedades acima mencionadas em detrimen-to da usinabilidade. Pelo contrário, além de vislum-brar a melhoria nas propriedades mecânicas e de acabamento do molde, o desenvolvimento do aço VP Atlas também visou a melhorar a usinabilidade e, assim, facilitar a manufatura do molde, reduzin-do seus custos e com aumento da produtividade.

Estudos de usinabilidade em fresamento (figura 5) foram realizados e apontaram uma superior usinabi-

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Fig. 4 – Resposta à nitretação do aço VP Atlas, em relação ao aço DIN 1.2711

Fig. 3 – Polibilidade aço VP Atlas: a) Lanterna posicionada ao lado de uma placa polida; b) Detalhe do reflexo da lanterna

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17Aços Especiais

Fig. 5 – Teste comparativo de usinabilidade entre os aços VP Atlas e o DIN 1.2711 modificado: esse resul-tado pode ser atribuído a homogeneidade do aço VP Atlas, ou seja, minimização de pontos duros

lidade do aço VP Atlas em relação ao tradicional DIN 1.2711, identificando um volume superior de mate-rial usinado para um desgaste fixo da ferramenta de corte. Em termos práticos, isto pode ser convertido em um menor consumo de ferramentas de corte, menores dificuldades no processo de furação pro-funda e na utilização de superiores parâmetros de usinagem. Em resumo, numa maior produtividade e na redução dos custos de manufatura dos moldes.

Resumo e conclusõesO presente trabalho apresentou o cenário de pro-priedades e processos de fabricação em aços fer-ramenta, identificando especialmente os movimen-tos na indústria dos aços para moldes utilizados em processamento de plástico. Alinhado com a ne-cessidade deste segmento de aços com superior resistência mecânica e requisitos de acabamento, é claramente observada a mudança da indústria

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18 Aços Especiais Aços Especiais

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Aços EspeciaisSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

19Aços Especiais

de moldes para aços com superior dureza, da faixa de 30 para 40 HRC. Esta tendência, no entanto, precisa ser acompanhada do desenvolvimento de aços para moldes especificamente para este fim.

As propriedades de um novo aço para moldes plástico beneficiado para 40 HRC foram apresen-tadas. Os resultados das avaliações realizadas mostram que o aço VP Atlas possui uma ótima combinação entre elevada dureza e usinabilidade, sem comprometer sua resposta ao polimento e texturização.

Referências:1. GEHRICKE, B.; SCHRUFF, I. Trends in Plas-tic Mould Steel Applications. In: JEGLITSCH, F.; EBNER, R. LEITNER, H. (org.). International Con-ference on Tooling, 5.,1999, Proceedings… Leo-ben: University of Leoben, 1999. p.83-92.

2. KONSTRUKTIONSBÜRO JAKOB. Disponível em www.gojakob.de. Acesso em 1ode março de 2012.

3. HIPPENSTIEL, F. et al. Handbook of Plastic Mould Steels. Wetzlar: Edelstahlwerke Buderus AG, 2004. 328p.

4. VETTER, P.; HIPPENSTIEL, F. A new pre-har-dened plastic mould steel as a tailored solution for large moulds. In: ROSSO, M; GRANDE, M. A. UGUES, D. (ed.) International Conference on Tooling: Tooling Materials And Their Applications From Research To Market, 7., 2006, Turin, Italy. Proceedings... Turin: Politecnico di Torino, vol. 1, May 2006. p.317-324.

5. CORRE, S. et. al. Development of a new pre-hardened mold steel with improved machining, welding, polishing and conducting capacities. In: JEGLITSCH. F.; EBNER, R.;LEITNER, H. (ed.). In-ternational Conferenceon Tooling, 5.,1999, Pro-ceedings… Leoben: University of Leoben, 1999. p.677-683.

6. VILLARES METALS S.A. Ficha técnica do aço VP20ISO. Disponível em www.villaresmetals.com.br. Acesso em: 1 fev. 2012.

7. VILLARES METALS S.A. Ficha técnica do aço N2711M. Disponível em www.villaresmetals.com.br. Acesso em: 1º de fevereiro de 2012.

*José Britti Bacalhau é engenheiro pesquisador, Paulo de Tarso Rossi Haddad é engenheiro me-talurgista e gerente de assessoria técnica, e Cel-so Antonio Barbosa é diretor de tecnologia da Villares Metals S.A.

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

20 Distribuição Distribuição

O setor carece de maior aquecimento da economia para deslanchar. O consumo aparente de aço no Brasil continua nos níveis de 2007.

Distribuição De Aço não embala no primeiro

trimestre

Segundo Carlos Jorge Loureiro, com a di-vulgação do balanço

do primeiro trimestre do ano de 2012 em que os números apresentados não foram favo-ráveis, é de se esperar que se houver reação, ela estará reser-vada para o segundo semestre deste ano. Loureiro é presiden-te do Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço e do Sindisider – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos.

As vendas do setor apresentaram uma retração de 1,9% ( veja quadro) em relação ao ano passa-do. Piores desempenhos tiveram as compras jun-to às usinas produtoras, com redução de 16,9% em relação a março de 2011, e o estoques recu-aram 14,7%, o que representa agora a proporção de 2,7 meses de consumo em relação aos produtos estocados. As im-portações cresceram 19,4% em relação ao ano anterior e totalizaram 487.157 mil toneladas. Pior que isto é a continuidade da entrada de aços importados de for-ma indireta, que no trimestre foram 1,8% maiores do que no mesmo período de 2011. O assunto foi levantado no Pano-rama Setorial do Guia de Compras da Si-derurgia Brasileira de fevereiro/2012.

Estes resultados, principalmente a re-dução de compras e dos estoques,

demonstram um certo desânimo pois os empresários estão retraí-dos, contendo o giro de seu negó-cio até que passe esta onda con-siderada preocupante.

Historicamente, o setor sempre se caracterizou como um bolsão de estoques que supre a indústria nos momentos de falta de algum tipo de produto. Mais recentemente tem se caracterizado como um grande prestador e agregador de serviços, pois processa o aço e o entrega já pronto para uso. Ocorre que com a diminuição dos pedidos, aumenta

muito o custo do carregamento dos estoques, e no campo do processamento do aço, há ociosi-dade de máquinas.

No ano passado, Loureiro se destacou em seu meio ao observar que havia muita gente “trocan-

do dinheiro” e agora reafirmou que tal as-sertiva continua va-lendo, pois quem es-tiver neste momento empatando nos re-sultados, está bem posicionado. Isto tudo porque o con-sumo aparente con-tinua estagnado em números que corres-pondem aos de 2007 (veja quadro).

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DistribuiçãoSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

21Distribuição

Em relação à chegada de aços importados, o empresário acredita que este fluxo deve diminuir muito por conta das medidas que estão sendo tomadas pelo governo e principalmente pela alta do dólar, que nestes últimos dias vem beirando R$1,90. Essa situação, aliada às medidas to-madas pelas usinas em relação ao preço, torna o produto importado, equiparado em valor, ao produto nacional. Aliás, a cotação do dólar está

bem dentro daquilo que tem preconizado o mi-nistro Guido Mantega.Sobre as recentes medidas econômicas, Lou-reiro conclui que “demonstram que o governo agora está se preocupando com a indústria na-cional, pois era muito claro que realmente ca-minhávamos aceleradamente para um proces-so de exportação somente de bens primários como as commodities agrícolas e os minérios.

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

22 Distribuição Distribuição

Mesmo sabendo disso, o gover-no nunca se preocupou em cor-rigir as distorções”. Ele crê que agora a indústria se sentirá mais amparada e com con-dições de tentar reverter o quadro de prejuízos e perda de mercado que gerou muito desânimo no meio empresa-rial nacional.

Há determinados produtos do nosso dia a dia em que não existe nem tenta-tiva de concorrência com itens aqui fa-bricados, tamanha a distorção de custos. Os preços das mercadorias importadas são infinitamente mais atraentes.

No entender de Loureiro o problema é que tais medidas demoraram muito para serem implantadas e le-vam algum tempo até serem assimiladas e absorvidas pelo empresariado.

Mudança radical em indústria não é um fato que se consegue da noite para o dia. É por isso que ele acredita que o segundo semestre deste ano será um marco que irá ditar a nova posição da indústria e particularmente do se-tor siderúrgico nacional.

Falando sobre a siderurgia mundial, Loureiro lem-brou que “já faz algum tempo que o mundo pro-duz mais aço do que consome”. Isto existe porque tradicionais países consumidores, notadamente os europeus estão na sua maioria em recessão profunda, sem nenhum tipo de investimento pre-visto para os próximos meses, ou até anos.

Junta-se a isto que o processo siderúrgico tem dificuldades em reduzir a produção até por sua configuração. Altos fornos não podem ser apaga-dos, aciarias têm um limite mínimo de operação e assim por diante. Loureiro diz que “há excesso

de produção e de oferta, e a in-dústria siderúrgica mundial não

sabe trabalhar com ociosidade de seus equipamentos”.

Sobre o uso de aços nos pro-jetos de infraestrutura para as cidades brasileiras visando à Copa e ao próprio crescimen-to populacional, Loureiro disse

não ter números mas, no seu entender, este é o setor da

siderurgia, que vem se saindo bem pois o for-

necimento de vigas de grande porte e perfis está em alta e pode ficar mais aquecido com a necessidade de aceleração de entrega das obras.

Por fim, quanto à questão das alí-quotas do ICMS

que de certa forma acaba com a cha-

mada “guerra dos por-tos”, ele diz que é uma

medida sensata, mas que só começa a vigorar no ano que

vem. Crê que a partir de outubro ou novembro o setor de distribuição já começará a sentir os efeitos desta legislação pois ficará menos atrati-va a importação de aço que chegará com preços superiores ao aço nacional a partir de janeiro do ano que vem.

Por fim fez questão de ressaltar que o problema de não recolhimento do imposto pelas empresas que compraram aço com esta condição favo-recida de chegada em portos de estados com tributação diferenciada continua, e ele tem notí-cia de fiscalização e autuação das fazendas es-taduais na busca do que eles consideram seus direitos de arrecadação. Segundo Loureiro, há processos que já se encontram em julgamento no STF. Na sua opinião, a mudança de legisla-ção a partir de janeiro de 2013 não irá anistiar os processos anteriores e ainda poderá dar muita margem para discussão entre o fisco e as em-presas envolvidas.

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DistribuiçãoSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

23Distribuição

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Page 24: Revista Siderurgia Brasil

SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

24 Projeções Projeções

Com a demanda de bens e serviços aquecida e poucos investimentos para aumentar a capacidade de produção, o Brasil

corre o risco de enfrentar um processo inflacionário.

PROJEÇÕES FEITAS COM CRITÉRIO

As recentes medidas anunciadas pelo gover-no – ampliação do plano Brasil Maior, pro-vidências para valorizar o dólar e redução

das taxas de juros – devem criar condições para me-lhorar o ritmo de crescimento da economia nacional no segundo semestre, mas com uma taxa levemente superior à do ano passado. Este ano, nossa estima-tiva de crescimento do PIB é de 3,2% – meio ponto percentual a mais do que a taxa de 2,7% registrada em 2011. Os efeitos das medidas adicionais do plano Brasil Maior não devem ser significativos, porque elas não contemplam todo o setor industrial, mas apenas alguns produtos de 15 segmentos. São, portanto, medidas de alcance muito limitado.

Uma estimativa inicial sobre a abrangência dos se-tores que serão beneficiados mostra que eles re-presentam cerca de 20% da produção industrial e, considerando que nem todos os seus produtos se-rão contemplados, o efeito, então, será menor ainda. Além disso, a implementação dessas medidas pelas empresas será também extremamente complexa, com detalhamento ao nível da nomenclatura dos pro-dutos. Dadas essas restrições de abrangência e apli-cação, o impacto será positivo, porém, marginal. Tão marginal que, inclusive, não se justifica uma alteração na previsão anterior do crescimento da indústria e do próprio PIB após a sua divulgação. Apesar de todo o alarde que tem sido feito, a indústria – principalmente

Alessandra Ribeiro*

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ProjeçõesSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

25Projeções

a indústria de transformação – está estagnada desde o ano passado, e este ano não começou melhor.

A economia brasileira esteve bem nos últimos anos, mas, devido à falta de investimentos, sua capacida-de de produção está chegando ao seu limite. Isso significa que, se a demanda continuar aquecida, cor-re o risco de enfrentar um processo inflacionário. Ou seja, sem novos investimentos, não vai ser possível obter um crescimento de 6% no PIB, como o gover-no estima que vai acontecer até o final do governo da presidenta Dilma Rousseff.

O governo também exagerou a dimensão do efeito das obras de infraestrutura relacionada com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 na eco-nomia como um todo. Esse efeito poderia ter sido melhor, mas o calendário dessas obras está extre-mamente atrasado e já existem bons motivos para acreditar que nem todos os projetos vão sair do pa-pel. Alguns aeroportos, como aqueles cujas conces-sões ao setor privado foram leiloadas recentemente, devem ter alguma melhora, mas no caso dos outros,

assim como nas demais obras de mobilidade urba-na, talvez seja necessário acionar os chamados ‘pla-nos B’. O risco é de que, conforme os cronogramas se aproximem dos prazos limite, a necessidade de cumpri-los pode inflacionar os orçamentos originais desses projetos. E como o BNDES é o principal cre-dor dos recursos necessários, em última instância, a conta poderá ser repassada ao Tesouro Nacional. Ou seja, o custo poderá ser muito maior, sem que isso se reflita de forma substancial no aumento do PIB.

Adicionalmente, ao contrário do que se imaginava originalmente, alguns desses projetos não vão se transformar num grande legado para a sociedade. Esse é o caso dos estádios que sendo construídos em algumas capitais, onde a falta de tradição es-portiva e de realização de eventos vai transformar esses projetos em verdadeiros ‘elefantes brancos’.

*Alessandra Ribeiro é economista graduada na Uni-camp, com mestrado em economia e finanças na FGV-SP, e sócia da Tendências Consultoria Integrada. www.tendencias.com.br

Page 26: Revista Siderurgia Brasil

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26 Projeções Projeções

O governo Dilma poderá ser lembrado pela inflação alta, crescimento baixo e nenhuma reforma, afirma Sergio Vale, economista-chefe da

MB Associados em entrevista exclusiva à revista Siderurgia Brasil.

IMPACTO dEvE SER ReduzIdO

Siderurgia Brasil – Depois de um longo período com taxas de juros elevadas, o governo tomou a decisão de reduzir a taxa Selic e as taxas de juros cobrados pe-los bancos públicos. Qual é o motivo da adoção dessas medidas?

Sergio Vale – O motivo é recu-perar a atividade econômica doméstica, contrabalançando o cenário de deterioração ex-terna, que tem sido maior do que se esperava. O problema é que o governo fez isso de uma forma turbulenta, com dificuldades de comunicação por parte do Banco Central e riscos provocados pela pressão nos bancos públicos, que podem causar quedas desordenadas nos spreads.

SB – Qual deverá ser o seu impacto na economia nacional?

Vale – Durante este ano, o impacto deve ser mui-to reduzido. O crescimento do PIB, que hoje está em torno de 3%, somente no próximo ano deve ter uma recuperação mais efetiva, com a possibi-lidade de atingir a casa dos 5%.

SB – Embora tenham sido insistentemente solici-tadas pelos empresários em geral, por que essas medidas não foram adotadas anteriormente?

Vale – O governo queria baixar a Selic de qual-quer jeito, mas achava que a poupança era um impeditivo. Finalmente descobriu que o sistema tinha um spread muito elevado e resolveu atacar esse problema. A questão, agora, é saber se isso

foi feito da melhor forma. As me-didas que a Febraban levou para o governo parecem sensatas, mas ele não quis fazer nenhuma con-cessão. Ao penalizar os bancos, o governo vai fazer com que eles percam parte de sua rentabilida-de e cedam espaço para o setor público, aumentando ainda mais a concentração bancária. Mas, no fi-nal, quem paga a conta é o consu-midor. Neste momento, o volume do crédito não pode aumentar de forma significativa, o que poderia ajudar a reduzir o spread, e o BN-DES, que compete largamente no empréstimo de longo prazo com juros subsidiados, também não

deve ceder espaço ao mercado.

SB – A redução da taxa Selic é uma forma de re-duzir o fluxo de capitais externos ao mercado na-cional, com um posterior efeito na taxa cambial?

Vale –A redução da taxa Selic e o aumento do IOF não têm um grande efeito nesse sentido. O comportamento do dólar no mercado internacio-nal tem mais efeito do que essas medidas, pois, quando ele se valoriza, faz com que nossa moeda se deprecie.

SB – Como fazer para corrigir o câmbio, que é uma das reivindicações dos empresários?

Vale – Eu acho que não se deveria mexer no câm-bio, mas no custo de produção das empresas. O Brasil tem a tarifa de energia industrial mais alta do mundo e o gás brasileiro é cinco vezes mais caro que o americano. O custo unitário do traba-lho subiu 45% em cinco anos, enquanto nos EUA

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ProjeçõesSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

27Projeções

subiu 3,5% no mesmo período. A carga tributária sobe a cada ano e quando se pergunta aos em-presários qual o principal problema de sua em-presa, o câmbio não aparece em primeiro lugar.

SB – Há uma corrente que diz que os empresários brasileiros não adotam inovações para melhorar o desempenho de suas empresas. O senhor con-corda com essa crítica?

Vale – O empresário brasileiro não conta com incentivos para adotar inovações. O apoio do governo não é suficiente nem existe tradição de pesquisa conjunta entre as universidades e o se-tor privado, algo que é comum nos países mais desenvolvidos. Não me parece que isso seja cul-pa dos empresários, mas da falta de incentivos concretos para mudar essa realidade.

SB – As medidas adotadas pelo governo não vão criar um bolsão protetor que poderá inibir o de-senvolvimento da indústria?

Vale – Certamente, tudo que o governo tem feito

é no sentido de proteger a indústria, o que fará com que os preços subam, ela invista menos em produtos de maior tecnologia e faça nosso parque industrial retroceder, como sempre foi nesses casos.

SB – Algum comentário adicional que considere pertinente?

Vale – Apenas gostaria de destacar que o gover-no Dilma poderá ser lembrado pela inflação alta, crescimento baixo e nenhuma reforma. Ou seja, um governo muito parecido com o de Eurico Gas-par Dutra, que sucedeu Getúlio Vargas.

*Sergio Vale é economista formado pela FEA/USP e mestre em economia pela mesma instituição e na Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA. Foi professor nos cursos de economia e administra-ção das faculdades IBMEC-SP. Atualmente é co-lunista da revista Época Negócios e economista-chefe da MB Associados.

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Page 28: Revista Siderurgia Brasil

SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

28 Atualidades Atualidades

As medidas para melhorar a competitividade da indústria nacional anunciadas pelo governo são consideradas positivas, mas pouco efetivas.

MEDIDAS POSITIVAS, MAS INSUFICIENTES

No dia 3 de abril, o governo federal lan-çou novas medidas do Plano Brasil Maior com o objetivo de fortalecer a in-

dústria brasileira diante da concorrência dos pro-dutos importados. Entre elas, está a desoneração da folha de pagamentos de quinze setores da in-dústria que usam mão de obra intensiva, como têxtil, móveis, plásticos, material elétrico, autope-ças, ônibus, naval e aéreo. A partir de agora, to-dos os setores beneficiados passarão a contribuir com um percentual de 1% a 2% da receita bruta em substituição à contribuição previdenciária.

Embora sejam positivas, o alcance efetivo des-sas medidas foi considerado muito limitado pelos especialistas e lideranças empresariais. “As me-didas anunciadas pelo governo para desonerar a produção nacional são positivas, mas insufi-cientes. São pontuais, atendem alguns setores e apenas abreviam um pouco as dificuldades, mas não resolve, nem de longe, o problema que faz todo o setor industrial do Brasil ter dificuldades de competição. Há vários fatores que afetam a com-petitividade da indústria nacional. Há o câmbio,

o custo Brasil, que é alto, também o alto custo dos insumos, o custo indireto da mão de obra, os tributos e o custo de logística devido à falta de investimentos em infraestrutura”. A opinião de Al-cides Leite, professor de Economia e Mercado Fi-nanceiro da Trevisan Escola de Negócios, resume na medida certa a opinião geral sobre o impacto que as medidas anunciadas pelo governo devem ter no setor industrial.

Segundo o professor Leite, a questão da falta de competitividade da indústria nacional tem de levar em conta outros aspectos além de um paliativo isolado. “O que falta no Brasil é uma política in-dustrial de médio e longo prazo, porque os se-tores que hoje estão tendo bons resultados são aqueles que passaram por iniciativas inovadoras no passado, como o setor da agroindústria, de aeronaves e de prospecção de petróleo em águas profundas. São setores em que os governos pas-sados tomaram decisões estratégicas que torna-ram possíveis grandes inovações e hoje o Bra-sil é referência mundial nessas áreas”, afirma o acadêmico. “Esses setores sofrem o impacto dos

Page 29: Revista Siderurgia Brasil

AtualidadesSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

29Atualidades

mesmos problemas gerais, mas que estão con-seguindo sobreviver e se expandir, porque têm como diferencial a inovação.”

Para o presidente da Associação Brasileira da In-dústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, as medidas só são importantes pelo fato de serem uma sinalização da disposição do governo para mudar a situação. “Elas ajudam, sem dúvida, mas não resolvem o problema. O que resolveria seria acabar com ‘o tripé do mal’: câm-bio desfavorável, juros elevados e pesada carga tributária. Na área dos juros, eu acho que agora a situação começou a ser solucionada, porque parece que, finalmente, alguém no governo en-tendeu a dimensão desse problema. Nós precisa-mos pressionar os bancos para que as taxas de juros caiam, e caindo a taxa de juros, o câmbio também vai ficar menos pressionado. Se o gover-no conseguisse valorizar o real a 2% ao mês, em seis meses, a inflação cairia para 2,3% ou 2,4%”, afirma Luiz Aubert Neto.

“As medidas são boas porque vão ao encontro das ações que estão sendo feitas no sentido de sensibilizar o governo quanto ao processo per-verso que está acontecendo. De um modo geral, elas são positivas porque estão na direção certa, mas são tremendamente insuficientes. Não resol-vem o problema, mas uma pequena parcela do problema”, endossa Carlos Pastoriza, vice-presi-dente da Abimaq.

Opinião muito próxima a essas é a do presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais (Sicetel), Daniele Pestelli. “A meu ver, o processo de recuperação da indústria nacional se iniciou, mas as soluções definitivas não vão surgir de imediato. O aspecto positivo é que, aparentemente, o atual governo está muito mais preocupado com a necessidade de deso-nerar a produção da indústria nacional do que os governos anteriores. O que foi dado é um primei-ro passo, mas ainda é preciso fazer muita coisa nesse sentido.”

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

30 Autopeças Autopeças

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AutopeçasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

31Autopeças

No ano passado a idade da frota se manteve estável, mas o número de habitantes por veículo caiu de 5,9 para 5,5.

FROTA DE VEÍCULOS CresCeu 7% EM 2011

Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) indica que a frota

circulante brasileira cresceu 7% em 2011, atingindo 34,9 milhões de veículos. Nesse total, estão incluídos automó-veis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O maior per-centual, 55%, corresponde à região Sudeste. Em seguida vem a região Sul, com 22%; Nordeste, com 12%; Centro-Oeste, com 8%; e Norte, com 3%. A idade média da frota manteve-se a mesma do levantamento anterior – 8 anos e 8 meses –, mas a quantidade de habitantes por veículo passou de 5,9 em 2010 para 5,5. Vale lembrar que em 2000, esse indicador era de 8,4 habitantes por veículo.

Quanto à frota de motocicletas, passou de 10,6 milhões para 11,7 milhões, o que significou um crescimento de 10%. Nos últimos doze anos, o aumento foi de

367,2%. Cerca de 65% das motocicletas – ou seja, 7,5 milhões – têm até cinco anos de idade.

O Sindipeças realiza esse levantamento anualmente, há mais de vinte anos, e se baseia na venda de veícu-los no mercado interno desde 1957. São feitos cálculos precisos por modelo, considerando-se índices de mor-talidade para linha leve e pesada.

www.sindipecas.org.br

Page 32: Revista Siderurgia Brasil

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32 Mercado Consumidor Mercado Consumidor

Não é só o dólar desvalorizado que estimula a ida de brasileiros aos Estados Unidos, mas também o atrativo dos preços baixos em relação aos do Brasil, devido ao turbilhão de impostos e tributos

cobrados aqui. Um imposto de 7% sobre o produto final tornaria a arrecadação mais justa e transparente.

O PAÍS QUE EXPORTA CONSUMIDORES

Já foi o tempo em que as famílias brasileiras via-

javam para os Estados Unidos somente em bus-ca de diversão nos par-ques da Disney ou para aperfeiçoar o inglês. Atu-almente, os shoppings e outlets, centros de lojas com preços sedutores, são opções de lazer e compra que enchem os olhos dos consumidores e dividem as atenções com o Mickey. E não é por menos. A revista Veja, por exemplo, em uma re-cente reportagem, mostra um dossiê completo acerca das diferenças exorbitantes nos preços praticados aqui e na terra do Tio Sam.

Para se ter uma ideia, segundo a publica-ção, um iPhone 4S, com 32 gigabytes e desbloqueado, custa US$ 815 dólares, em Nova York. No Brasil, ele sai por mais que o dobro, ou seja, US$ 1.650. A diferença não fica só nos produtos eletrônicos. Roupas e utensílios domésticos também lideram a lista de mercadorias mais procuradas e com pre-ços bem atraentes, até mesmo em Chicago, considerada a cidade americana que tem o maior imposto sobre consumo, correspon-dente ao nosso ICMS. Mas, apesar disso, o tributo de lá ainda é muito menor que o nosso: 9,5%, contra 16% a 18% do brasilei-

ro, que em algumas situações pode chegar a 25%.

Por esta razão, muitas famílias inteiras vão às compras, inclu-sive casais em busca do en-xoval perfeito e barato, o que certifica os dados do Banco Central, que apontam que, desde 2004, os gastos dos brasileiros no exterior aumen-tam aceleradamente. Só no ano de 2011, foram mais de 20 bilhões de dólares. Nova York, por exemplo, recebe mais tu-

ristas canadenses e ingleses do que brasileiros, mas foram os brasileiros os que mais gastaram em 2010: aproximadamente US$ 1,6 bilhão.

A explicação para esse fenômeno são os impos-tos cobrados das empresas e do consumidor final

aqui no Brasil. O turbilhão tributário cobrado e a falta de transparência de como e onde eles são aplicados prejudicam o desenvolvi-mento de todos os setores da economia e da socieda-de. O governo é um sócio da família e do empresário brasileiro, ou seja, ele leva uma fatia enorme da renda familiar e dos empresários. Uma parcela muito pequena deste montante volta para a Fo

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Edson Pinto*

Page 33: Revista Siderurgia Brasil

Mercado ConsumidorSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

33Mercado Consumidor

população, contudo, retorna em serviços de má qualidade, como segurança, saúde, educação e transporte ineficientes.

Outro fator determinante para prejudicar o de-senvolvimento do Brasil na mesma proporção do arrecadamento é a corrupção. Conforme dados divulgados pela Receita Federal, o brasileiro pagou mais impostos em 2011 do que em qualquer ou-tro ano. Nos doze meses, R$ 969,907 bilhões fo-ram mordidos pelo fisco, tanto dos consumidores quanto das empresas. Entretanto, estima-se que R$ 36 bilhões ao ano – valor aproximado ao PIB da Bolívia – são ‘desviados’. Os números arrecadados impressionam, mas o Brasil perde o valor equiva-lente à riqueza de um país inteiro por ano devido a condutas incompatíveis com a vida pública.

O governo afirma que a carga tributária no Brasil está em torno de 42%, porém, esse número ainda não corresponde à realidade. Esse dado se refe-re ao que o empresário tem de custo dentro da empresa, mas ele é também um consumidor, ou seja, ele compra água, alimento, sapato, dentre outros produtos que também recolhem impos-tos. Portanto, há uma cascata e cumulatividade de cobrança. Nos Estados Unidos, o cenário é diferente. Até existem impostos que o empresário paga também, mas a grande maioria é cobrada somente do consumidor final, com uma alíquota de 6% a 7%, dependendo do Estado, incidente sobre o consumo. Essa seria a forma mais justa de cobrança de impostos. Com a eliminação dos

impostos em cascata, o preço dos produtos seria desonerado, o que aumentaria o poder de com-pra das famílias.

*Edson Pinto é advogado e mestre em Direito. Es-creveu diversos artigos já publicados e é sócio-mem-bro do conselho diretor do escritório Edson Pinto Advogados. Também é servidor público federal desde 1980, em São Paulo, quando ingressou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). É membro da associação do Ins-tituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet) e au-tor do livro O Turbilhão Tributário Esmagando a Empresa e a Sociedade.

www.edsonpintoadvogados.com.br

“Alguém pode estar sendo favorecido com esse tur-bilhão de impostos e com a falta de planejamento na arrecadação e gastos. Portanto, sugiro uma grande mobilização pública, tanto da sociedade física quanto da jurídica. Devemos pleitear uma cobrança justa e clara. Creio que 7% de cobrança sobre o produto final e bem detalhada no cupom fiscal é bastante razoável, além de ficar transparente para o consumidor e para o próprio governo”, explica o autor, que é coordenador do movimento “Imposto a 7%”. Quem quiser manifestar a sua indignação quanto ao alto número de impostos e apoiar uma cobrança jus-ta e clara, pode mandar um e-mail para: [email protected]. Após uma adesão significativa, todos os e-mails serão encaminhados para as autoridades competentes.

Imposto a 7%

Page 34: Revista Siderurgia Brasil

SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

34 Aço e Construção CivilSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

Aço e Construção CivilAço e Construção Civil

A Copa do Mundo de 2014 não deve beneficiar apenas as doze capitais de estado onde se localizam os estádios do evento,

mas também um grande número de cidades do interior que deverão sediar os Centros de Treinamento de Seleções.

A CORRIDA DAS CIDADES PARA A copa

No próximo ano, o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 definirá os Centros de Treinamen-

to de Seleções (CTS) do Brasil, e São Paulo é o es-tado com o maior número de cidades candidatas a

sediar esses CTSs. A posição trará aos municípios escolhidos, além de visibilidade e milhares de tu-ristas, uma grande oportunidade de investir na sua infraestrutura, deixando um legado de melhorias permanentes para a população do local.

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Page 35: Revista Siderurgia Brasil

SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

Aço e Construção CivilSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

35Aço e Construção CivilAço e Construção Civil

O estado de São Paulo já possui boa parte da infraestrutura necessária para atrair as seleções, como os 35 aeroportos espalhados entre a capital e o interior e a melhor malha rodovi-ária do país. No entanto, os critérios que serão analisados pela Fifa para a escolha das cidades estão relaciona-dos também à qualidade das instala-ções esportivas e hoteleiras e sua lo-calização.

Cada cidade candidata precisará de obras para adaptar seus empreen-dimentos e infraestrutura urbana e atender às exigências das equipes, que também podem fazer pedidos es-pecíficos, como ter um grande centro para a imprensa. Ao sediar um CTS, o município e as empresas ali instaladas precisarão de um grande volume de investimentos, que contribuirão para um crescimento vigoroso da econo-mia local. No entanto, para crescer com sustentabil idade, são necessá-rias condições especiais.

No dia 9 de fevereiro, a Agência de Fomento Paulista, instituição financei-ra do governo do estado, lançou uma linha especial de financiamento desti-nada a projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014. Com juros de 2% ao ano (+IPC/Fipe) e prazo de até dez anos, a linha atenderá todas as cidades paulistas candidatas a sediar CTS.

Os pequenos e médios empresários e os municípios paulistas precisam par-ticipar desse momento especial que o estado de São Paulo está vivencian-do. A Copa trará grandes oportuni-dades de crescimento e desenvolvi-mento para as cidades envolvidas e, principalmente, para o pequeno e mé-dio empresário local. Para que tudo isso aconteça, porém, planejamento e apoio são fatores essenciais.

*Milton Luiz de Melo Santos é eco-nomista e presidente da Agência de Fomento Paulista.

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36 Empresas Empresas

Atuando há vinte anos no segmento de aços especiais, a Gerdau é hoje um dos maiores fornecedores mundiais desses produtos.

DUAS DÉCADAS PRODUZINDO AÇOS ESPECIAIS

Ahistória da Gerdau no segmento de aços especiais começou em 1992, com a aqui-sição da usina Piratini, em Charqueadas

(RS). Nas últimas duas décadas, a empresa inves-tiu mais de U$ 4 bilhões na aquisição de ativos no Brasil, Estados Unidos, Espanha e Índia, e na atualização tecnológica de suas operações nesse segmento. Os aços especiais possuem caracterís-ticas físicas e metalúrgicas específicas para apli-cações em diversas indústrias, como a automobi-lística, agrícola, de energia, naval, de mineração, de alumínio e petrolífera. Atualmente, a Gerdau é uma das principais produtoras de aços especiais no mundo e maior fornecedora mundial de aços longos especiais para a indústria automotiva.

Para oferecer soluções em aços especiais inovado-ras e de qualidade diferenciada aos seus clientes, a Gerdau possui centros de pesquisa e desenvol-vimento em aços especiais no Brasil (SP e RS), Estados Unidos e Espanha, onde está em curso um projeto pioneiro de nanotecnologia aplicada ao processo de fabricação de aços especiais, ob-jetivando atender o setor automotivo com maior competitividade. Além disso, em diversos países onde atua, a Gerdau também realiza seminários e cursos para o aperfeiçoamento e capacitação de seus clientes. Ao longo de 2011, por exemplo, desenvolveu o programa O Mundo dos Aços Es-peciais, para aprimorar o conhecimento técnico de seus clientes sobre aplicações e especifica-

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EmpresasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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ções de produtos desse segmento. Entre os temas abordados durante as palestras, des-tacam-se os processos de fabricação, con-formação e tratamentos térmicos dos aços para construção mecânica, e as proprieda-des mecânicas obtidas, além das aplicações e da seleção de produtos. O conteúdo teó-rico foi complementado por visitas técnicas dos participantes às usinas de aços espe-ciais da Gerdau no Brasil.

A empresa tem planos de investimentos para atender a demanda das montadoras no Bra-sil e acompanhar a expansão do segmento automotivo e do setor de energia nos Es-tados Unidos. Na usina Monroe, no estado de Michigan (EUA), está sendo realizado um programa de ampliação, que deverá ser con-cluído até o segundo semestre de 2013. A iniciativa abrange a instalação de um novo sistema de lingotamento contínuo, assim como um novo forno de reaquecimento do tipo walking beam e quatro gaiolas de lami-nação. As demais usinas produtoras de aços especiais da Gerdau localizadas nos Estados Unidos – em Fort Smith (Arkansas), Jackson (Michigan) e St. Paul (Minnesota) – também vão receber investimentos para melhorar o atendimento aos clientes dos setores auto-motivo e industrial. No Brasil, está programa-da a expansão da usina Pindamonhangaba (SP), com a instalação de um laminador para aços especiais, além de um lingotamento contínuo e um forno de reaquecimento para laminação. Com isso, a capacidade instalada anual da usina crescerá das atuais 700 mil toneladas de laminados para 1,2 milhão de toneladas. Já na usina de Mogi das Cruzes (SP), a capacidade de laminação será am-pliada de 216 mil para 276 mil toneladas por ano. Ambos os investimentos deverão entrar em operação até o final de 2012.

Na Índia, ainda este ano, a Gerdau dará iní-cio à operação do laminador de aços espe-ciais, com capacidade instalada de 300 mil toneladas e uma unidade de sinterização, bem como continuará a instalação de uma coqueria e realizará projetos na área de ge-ração de energia.

www.gerdau.com.br

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ResultadosSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

39Resultados

No primeiro trimestre, a Usiminas começou a recuperar as vendas e sua receita líquida, e coloca em operação um novo desgaseificador a vácuo.

Usiminas registra perda no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2012, a Usimi-nas registrou um crescimento de 13% em suas vendas físicas, quando com-

paradas com o quarto trimestre de 2011. Conse-quentemente, a receita líquida das vendas totais atingiu R$ 2,9 bilhões, representando um incre-mento de 2,5% em relação ao quarto trimestre de 2011. Do total de 1,5 milhão de toneladas vendi-das no período, 1,2 milhão se destinou ao mer-cado interno, o que representou um crescimento de 10% frente ao trimestre anterior. Para o mer-cado externo, as vendas chegaram a 300 mil to-neladas, com um crescimento de 31%, motivado principalmente pela complementação de vendas (incluindo placas de estoque) nos mercados onde o acionista Ternium possui presença industrial e comercial.

No primeiro trimestre de 2012, a produção de aço bruto nas usinas de Ipatinga e de Cubatão alcançou 1,7 milhão de toneladas, ou seja, 11% superior ao trimestre anterior. A produção de la-minados foi de 1,6 milhão de toneladas, 25% aci-ma da produção verificada no quarto trimestre de 2011. Já a produção de minério de ferro cresceu 11% em relação ao trimestre passado, atingindo 1,9 milhão de toneladas.

Embora tenha registrado melhores resultados co-merciais e de produção do que os obtidos no tri-mestre passado, a Usiminas encerrou o primeiro trimestre de 2012 com seus resultados financei-ros impactados por perdas cambiais, provisões de contingências e provisões para perdas nos es-toques. A companhia obteve um prejuízo líquido de R$ 37 milhões e Ebitda de R$ 190 milhões, 13% inferior ao do quarto trimestre de 2011.

Segundo Ronald Seckelmann, vice-presidente de finanças e relações com investidores da Usimi-

nas, os resultados do primeiro trimestre são sa-zonalmente os mais fracos do ano. “Comparando estes resultados com os do quarto trimestre de 2011, a companhia apresentou evolução, com maior receita líquida e maior volume de vendas. Esses resultados nos permitem trabalhar em um patamar mais elevado de produção e com as operações industriais mais estabilizadas. A par-tir disso, estamos concentrados em devolver a competitividade à Usiminas, por meio de um pla-no industrial focado em melhoria de eficiência e redução de custos operacionais, além da melhora no serviço ao cliente para recuperarmos o espaço das importações no mercado interno. Também os investimentos em fase de efetivação permitirão à Usiminas enobrecer ainda mais o seu portfólio de produtos”, analisa. No primeiro trimestre de 2012, os investimentos consolidados da Usiminas so-maram R$ 561 milhões.

A Usiminas está concluindo o Ciclo de Investi-mentos iniciado em 2008, com foco no aumento do conteúdo tecnológico de seus produtos. Os projetos permitirão à Usiminas aumentar gradual-mente sua participação no mercado de produtos mais nobres. Nesse sentido, acaba de entrar em operação um novo desgaseificador a vácuo, na usina de Ipatinga (MG). O equipamento, cujo in-vestimento foi da ordem de R$ 170 milhões, per-mite ampliar a limpidez do aço e sua capacidade de estampagem, agregando valor a mercados como o automotivo, naval, óleo e gás, linha bran-ca e construção civil.

www.usiminas.com

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40 Competitividade Competitividade

Um estudo da KPMG mostra que o Reino Unido, entre os países desenvolvidos, e a China, entre os de alto crescimento, lideram o ranking de competitividade. Já

o Brasil ocupa a última posição entre os países de alto crescimento.

ÚLTIMA POSIÇÃO EM COMPETITIVIDADE

Amais recente pesquisa Competitive Al-ternatives (Alternativas Competitivas), realizado pela KPMG International, revela

que o Reino Unido passou do quarto lugar entre os países desenvolvidos, em 2010, para a primei-ra posição do ranking, neste ano, devido a uma combinação de menores custos com mão de obra no período pós-recessão, instalações industriais e serviços públicos e por cortes de impostos para pessoas jurídicas e um menor valor cambial da li-bra esterlina devido à crise da dívida europeia. O Reino Unido e a Holanda, entre os mercados de-senvolvidos, foram classificados como líderes de baixo custo, onde é recomendável fazer negócios, de acordo com o levantamento.

No caso do Brasil, apesar de um aumento signifi-cativo no interesse de muitas empresas em aten-der o grande e crescente mercado doméstico, os custos são maiores que os observados em todos os outros quatro países de alto crescimento pes-quisados, e se aproximam dos níveis de custos de alguns dos países desenvolvidos. Por exemplo, a vantagem competitiva dos custos no Brasil che-ga a apenas 7% em relação à economia norte-americana, percentual muito próximo ao do Reino Unido (5,5%). A China, que lidera a lista, tem cus-

tos 25,8% menores que os dos americanos, se-guida pela Índia (-25,3%), México (-21%) e Rússia (-19,7%). “Os níveis salariais brasileiros, incluindo o salário mínimo, estão significativamente acima daqueles dos outros países de alto crescimento estudados, e a alta carga tributária também im-pacta o desempenho total de custos do Brasil”, afirma Roberto Haddad, sócio da área de Tributos Internacionais da KPMG no Brasil.

A pesquisa Competitive Alternatives estuda 26 ele-mentos relevantes de custos empresariais, incluin-do mão-de-obra, impostos, imóveis, e serviços públicos em mais 110 cidades de 14 países ao re-dor do mundo. Além disso, o levantamento apura dados não relacionados a custos que influenciam a capacidade competitiva dos países pesquisados, tais como questões demográficas, educação, con-dições de trabalho, aplicação de inovação e infra-estrutura. No Brasil, foram apuradas informações nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte.

A edição de 2012 é a primeira do estudo Competi-tive Alternatives da KPMG a examinar países de alto crescimento e a comparar a competitividade de cus-to no Brasil, Rússia, Índia, China e México. O estudo constatou que a China e a Índia são os líderes entre todos os países estudados, com custos empresariais

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CompetitividadeSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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Posição geral Posição dentro País Índice de Vantagem deem 2012 do segmento custo de 2012 custo ante os EUA

Mercado de alto crescimento

1 1 China 74,2 25,8%

2 2 Índia 74,7 25,3%

3 3 México 79,0 21,0%

4 4 Rússia 80,3 19,7%

5 5 Brasil 93,0 7,0%

Mercado desenvolvido

6 1 Reino Unido 94,5 5,5%

7 2 Holanda 94,7 5,3%

8 3 Canadá 95,0 5,0%

9 4 França 96,1 3,9%

10 5 Itália 97,9 2,1%

11 6 Estados Unidos 100,0 0,0%

12 7 Alemanha 100,1 -0,1%

13 9 Japão 109,4 -9,4%

gerais 25,8% e 25,3%, respectivamente, abaixo da base de referência norte-americana. Os baixos cus-tos de mão de obra são o principal fator de vantagem competitiva da China e Índia, com a primeira ofere-cendo os menores custos no setor de manufatura e, a segunda, nos segmentos de serviços.

Enquanto os custos com mão de obra variam muito entre os em desenvolvimento e os desenvolvidos, muitos outros custos empresariais nos países de alto crescimento são semelhantes aos dos países desenvolvidos, ou maiores que estes, em alguns casos. Por exemplo, o Canadá e os Estados Uni-dos oferecem custos de arrendamento de instala-ções industriais menores que aqueles oferecidos na China, México, Rússia, ou Brasil, enquanto a Índia, Holanda, México e Alemanha são os países com os menores custos para arrendamento de escritórios. A alta carga tributária, especialmente em relação a impostos indiretos, também anula a economia obti-da com baixo custo de mão de obra em alguns dos países de alto crescimento.

“Muitas empresas estão procurando os mercados de alto crescimento para dar suporte e constituir uma efetiva rede global de suprimentos. As vanta-gens desses mercados não são apenas determi-nadas pelos custos, mas também pela geração de valor. Com a explosão das tecnologias, a capacida-de produtiva e a especialização em planejamento, estes mercados conquistaram seu lugar entre os líderes em negócios globais. Apesar disso, comple-xidades nos mercados locais desses países podem ser intrincadas, desde a oferta de mão de obra, até

a tributação, tornando vital a preparação de uma estratégia de negócios muito bem elaborada para se obter sucesso ali”, afirma Mark A. Goodburn, Global Head da área de Advisory da KPMG.

Segundo Greg Wiebe, Global Head de Tax para a KPMG International, “as empresas ao redor do mundo estão lidando com um volume imenso de mudanças que são acompanhadas por muitos desafios. Isso é especialmente verdadeiro para aquelas que trabalham em múltiplas fronteiras. A questão principal é como gerenciar os riscos enquanto se agrega valor ao re-sultado final. Consequentemente, o entendimento de todos os elementos envolvidos para se operar em um país, em vez de outro, é de suma importância.”

www.competitivealternatives.com

Posições e índices de custos para países apresentados no estudo (relacionados do menor custo para o maior custo):

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42 Empresas Empresas

A Teciam completa trinta anos produzindo telas e tecidos metálicos com a qualidade exigida pelos os setores

industrial e de construção civil, seus principais mercados.

EMPRESA EFICAZ NAQUILO QUE FAZ

Fabricar telas e tecidos metálicos é uma vo-cação que a Teciam vem desenvolvendo há três décadas, mais precisamente desde

maio de 1982, quando foi fundada por Wagner e Maria Luiza Alves. O início foi modesto, com três funcionários, num galpão de 200 m², no município de Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo. Além de modesto, foi um empreendi-mento de alto risco, pois naquele ano o Brasil pas-sava por uma profunda crise econômica, seguida de um longo período de inflação, que só acabou com a implantação do Plano Real, em 1994.

Apesar desse clima de incerteza, os produtos da Teciam tinham um bom mercado, permitindo o seu constante crescimento. Hoje, a unidade fa-bril continua no mesmo local da época de sua fundação, mas ocupando uma área de 3.100 m² e empregando 55 funcionários. A empresa tam-bém conta com uma sede comercial, localizada no bairro da Mooca, próximo ao centro da capital paulista e às principais vias de acesso a rodovias. “Sempre houve uma grande disputa pelo mercado, mas aos poucos fomos crescendo e comprando mais equipamentos. Vale lembrar que na época

em que fundamos a empresa havia muito mais fá-bricas, e a importação de produtos concorrentes era muito menor do que é hoje. Nossos principais mercados são o setor industrial em geral e o de construção civil”, afirma Wagner Alves, que divide o comando da empresa com sua esposa, Maria Luiza, diretora de recursos humanos.

Sempre direcionando investimentos para ampliar sua atuação no mercado, a Teciam pretende ad-quirir, ainda neste ano, novos equipamentos para aumentar a produção. “As telas destinadas ao mercado da construção civil são um dos focos dos nossos investimentos porque é um dos pro-dutos mais exigidos pelo segmento, um setor que cresceu muito no Brasil nas últimas duas décadas e que fez com que adaptássemos nossa produ-ção para atender às novas demandas desse mer-cado”, explica Wagner Alves. Além da ampliação da capacidade da Teciam para a produção de telas para construção civil, serão feitos novos in-vestimentos para a modernização de processos fabris. “Nosso objetivo é melhorar ainda mais a qualidade dos nossos produtos para correspon-der às necessidades dos cada vez mais exigen-

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EmpresasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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tes mercados que atendemos. Além da construção civil, nós também atendemos as mais diversas indústrias, como auto-mobilística, alimentícia, química, mine-ração, fundição, embalagens metálicas, filtros industriais, utilidades domésticas etc.” ressalta Wagner Alves.

Apesar da experiência de mercado de mais de trinta anos, o diretor-presidente da Teciam não arrisca palpites muito po-sitivos sobre as perspectivas econômicas para os próximos meses. “Eu não vejo os próximos meses com otimismo. A Copa do Mundo, por exemplo, vai ser realiza-da daqui a dois anos, mas onde estão os investimentos? Tudo já deveria estar quase pron-to, e quem esperava produzir mais por causa do evento já deveria estar produzindo a pleno vapor hoje. O discurso do governo, de investimentos e de crescimento econômico, não se reflete na re-alidade do mercado. Por conta disso, no primeiro trimestre deste ano, registramos uma redução no nosso faturamento, em relação ao mesmo perí-odo do ano passado”, explica Wagner Alves. “E isso não se deve à invasão de produtos impor-tados, mas à própria retração do mercado. Isso certamente não tem sido sentido só pela Teciam, mas por todas as empresas do nosso ramo.”

O diretor-presidente da Teciam destaca que, num cenário de fortes oscilações da economia, não é uma tarefa fácil manter-se há três décadas num

mercado tão competitivo. “Buscamos sempre in-vestir na melhoria da qualidade para garantirmos nossa eficácia em todos os processos, do aten-dimento ao cliente à entrega do produto. Mesmo que as conjunturas estejam desfavoráveis, temos todo um respaldo de tradição, de técnica e de inovação para continuarmos crescendo. Para garantir a qualidade de nossos processos e pro-dutos, já contamos com a certificação pela ISO 9001:2008, que é algo que desperta uma con-fiança maior dos clientes nos nossos produtos. Além disso, o processo de certificação nos pro-piciou uma melhoria muito grande nos processos de produção, que acabou se refletindo natural-mente em melhorias na qualidade e rentabilidade de nossos produtos”, conclui Wagner Alves.

www.teciam.com.br

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44 Economia Mundial Economia Mundial

Quando surge uma nova lei que promete desonerar a indústria, a mesma surge eivada por distorções, que às vezes

acentuam a carga em lugar de aliviá-la.

A EUROPA E A MALA QUE NOS ENCANTA

Acrise na Europa, que recentemente viveu a iminência da ruptura e

ainda respira incerta quanto ao futuro de sua união e do euro, expõe um dilema próprio do mundo globalizado: como con-ciliar leis, direitos consolidados, normas internas, tradições, in-teresses e mesmo deficiências nacionais com um sistema pro-dutivo, financeiro, de comércio e de serviços que funciona em rede e desconhece fronteiras? Como assegurar a integridade de uma nação, de sua constitui-ção e cidadãos, de sua econo-mia e patrimônio, frente ao imperativo dos inte-resses do mercado de capitais?

Vinte e seis países europeus selaram um acordo para adaptar suas respectivas constituições a um receituário austero e evitar a quebradeira generali-zada do sistema financeiro – um remédio amargo, que deverá demandar longo período de ajustes e recessão. No Brasil, que tem conseguido supe-rar (e razoavelmente bem) os impactos das crises americana e europeia desde 2008, o impasse que se origina deste conflito entre os interesses nacio-nais e a lógica global parece ainda não nos dizer respeito. Ela passa ao largo dos fundamentos que movem as preocupações, decisões e estratégias governamentais. No entanto, ela está também entre nós, e cedo ou tarde deixará sequelas difí-ceis de serem resgatadas ou curadas.

É o caso da situação esquizofrê-nica vivida pela indústria nacional, que parece apenada simplesmen-te pelo fato de existir. Não importa que responda por quase 30% de toda a produção da riqueza bra-sileira, que em sessenta anos se estruturou para tornar o país au-tossuficiente em bens de produ-ção e de consumo, e teve um pa-pel primordial para a transição do Brasil rural ao urbano ou ainda na própria industrialização do setor agrário. Nada disso parece servir como mérito para que tenha prio-ridade ao se definir as estratégias econômicas.

Pelo contrário, ainda vivendo o resquício da cultura da colonização, permanecemos condescendentes com aqueles que vêm de fora, beneficiando-os com isenções ou omissões tributárias e reservan-do os sacrifícios à ala doméstica. As autoridades econômicas dão mostras de não se importar que nossos bens recolham pelo menos 37% de tribu-tos para adquirir o direito de serem comercializados entre nós, e tampouco os próprios consumidores. Costumamos nos servir ou alimentar sonhos de consumo por malas “by Germany”, por exemplo, e com isso movimentar uma rede de indústrias de acessórios distribuída pelo Japão, França, Repú-blica Tcheca e outros, enquanto o empreendedor brasileiro faz uma verdadeira corrida diária de obs-táculos para manter seu negócio em pé, equilibra-do e com perspectiva de futuro.

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José Chapina Alcazar*

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Economia MundialSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

45Economia Mundial

Senão vejamos: das áreas federal, estadual e municipal sobressaem compromissos e obri-gações diárias, quinzenais, mensais e anuais que precisam ser atendidas, devidamente pa-gas e comprovadas, em nome de impostos, contribuições e taxas diversas. As empresas brasileiras destinam pelo menos um terço de cada ano para atender essas obrigações, o equivalente a 108,3 dias de trabalho, contra 56 dias da média mundial, conforme um levantamento realizado pelo Banco Mundial e a Pri-cewaterhouseCoopers em 2007.

E quando surge uma nova lei que promete desonerar a indústria, a mesma surge eivada por distorções, que às vezes acentuam a car-ga em lugar de aliviá-la. Temos comprovado, por exemplo, por meio de estudos, que a Lei 12.546/2011, que surgiu como promessa do atual governo federal em diminuir as contribui-ções previdenciárias patronais das empresas de tecnologia da informação, calçados, confecções e móveis, traz armadilhas perigosas. Aqueles que destinem mais de 10% de seu faturamen-to para a quitação da folha e das contribuições

trabalhistas irão pagar ainda mais encargos pelo novo regime.

A rota de obstáculos é complementada pela in-formalidade, pela dificuldade de acesso à tecno-logia e a insegurança jurídica, dado que as deci-sões surgem para atender questões e demandas

pontuais, descoladas de um proje-to mais duradouro e estratégico e, muitas vezes, como no caso da Lei 12.546, portadoras de um inaceitável desconhecimento da realidade das próprias indús-trias. O caso da Europa deveria

servir para o governo acender a luz de emer-gência e passar a cuidar estrategicamente do se-tor produtivo nacional, encerrando esse longo ciclo – muito caracte-rístico entre nós – de o país permanecer na su-

perfície dos problemas e optar pelo remédio temporário

em lugar da cura.

*José Chapina Alcazar é empresário contábil e presidente do Sindicato das Empresas de Servi-ços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e da Associação das Empresas de Serviços Contábeis (Aescon-SP), e presidente do Conselho de Assuntos Tributários da Fecomércio SP.

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46 Gestão Gestão

Para que o Brasil possa integrar o restrito rol dos países desenvolvidos, é fundamental efetuar uma busca

permanente pela inovação tecnológica.

INOVAÇÃO AMEAÇADA

Os cortes anunciados pelo governo federal em áreas estratégicas

como ciência, tecnologia e ino-vação e na educação, sob a jus-tificativa de aumento do superávit primário e a redução da dívida pú-blica demonstram uma visão ime-diatista e obtusa em detrimento de um Projeto Nacional de Desenvol-vimento de longo prazo. Ao pro-mover cortes lineares de despe-sas, o governo de uma vez só está comprometendo o desenvolvimento sustentável, a competitividade da economia e o bem-estar das gerações futuras.

Investimentos vs. Gastos – Foi anunciado o corte de R$ 1,48 bilhão, que corresponde a 22% do orçamento do ministério de Ciência, Tecnolo-gia e Inovação. Foi o segundo ano consecutivo em que o ministério sofreu cortes. Como se não bastasse, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FNDCT) vem sofrendo contingenciamento regulares nos repasses de recursos. Entre 2006 e 2011, nada menos que um quarto foi desviado para fazer ‘poupança’, ou seja, mais de R$ R$ 3,2 bilhões deixaram de ser repassados. Vale lembrar que o FNDCT é constituído por contribuições compulsórias de setores como os de petróleo, energia elétrica, transporte e informática, e estes deveriam por lei serem utilizados para atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Países emergentes como a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, investem em pesquisa e de-senvolvimento 3,84% e 3,36% do PIB, respecti-vamente, enquanto nós ficamos em pífios 1,19%.

Em 2001, o investimento público em P&D correspondia a 0,63% do PIB, em 2004 esse índice baixou para 0,48% e, em 2010, chegou a 0,63%. Só para registro, em 1980, o parque industrial brasilei-ro era equivalente aos parques de Tailândia, Malásia, Coreia do Sul e China somados.

Enquanto isso, o ministério da Edu-cação terá um corte de R$ 1,93 bi-lhão, ou seja, 5,5% do orçamento

da pasta. Tal corte é inaceitável diante de tantos desafios, como a preparação de jovens para o mercado de trabalho, a universalização da edu-cação e a valorização do magistério, com planos de carreira e de uma política salarial.

Em suma, o crescimento econômico do Brasil está em xeque, pois não há como crescer entre 4% e 4,5% de forma sustentável. Produtividade baixa, investimento insuficiente, falta de mão de obra qualificada e gargalos estruturais em infraes-trutura freiam a expansão desta que é atualmente a sexta economia do mundo.

Sendo assim, eu engrosso as fileiras que apoiam o manifesto Em defesa da Ciência, da Tecnologia e da Inovação lançado por entidades represen-tativas do setor produtivo, como a CNI, Fiesp, Firjan, Fiep, Fieb e Fiemg, juntamente com enti-dades do setor de pesquisa como SBPC, ABC, Anpei e Protec.

Perda da competitividade – Um recente le-vantamento do instituto The Conference Bo-ard, com dezessete países da América Latina, demonstra que a produtividade do trabalhador brasileiro – medida pelo quociente entre PIB e

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Arnaldo Jardim*

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GestãoSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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pessoal ocupado – está entre as mais baixas: ocupamos a 15ª posição, à frente somente da Bolívia e do Equador.

Com a produtividade de US$ 19.764 por trabalhador no ano passado, o Brasil vai ficando para trás, ano a ano, diante de uma projeção de crescimento de 1,4% – abaixo da média da América Latina (2,1%) e aquém da mundial (2,5%). Se compararmos com outros emergentes, a China teve um aumento de 9%, a Índia de 5,2% e a Rússia de 4,4%.

Modelo equivocado – Nossa economia está calcada na produção de commodities, como revela um recente levantamento em que seis produtos primários respondem por quase a metade da nossa pauta exportadora. Desde a década de 1990, as chamadas commodities primárias respondem por cerca de 40% da pauta de exportações. Entre os anos de 2007 e 2010, sua participação saltou para mais da metade de tudo que exportamos para o mun-do, inversamente proporcional ao market share de produtos manufaturados.

Não investimos em produtos de maior valor agre-gado e um em cada cinco produtos industriais vendidos no Brasil é feito no exterior. Os produ-tos importados responderam por 19,8% do con-sumo no ano passado, percentual recorde, aci-ma dos 17,8% de 2010. O incremento do nosso mercado interno possibilitou um crescimento do setor de serviços que já responde por 60% do PIB. Entretanto, o crescimento deste setor está

atrelado à demanda das classes emergentes, emprega muito, mas exige pouca qualificação e paga pouco. Ao contrário do que acontece na China que investe em serviços para tecnologia da informação, que exigem grandes investimen-tos em formação de mão de obra.

Investir na educação e P&D – Mais do que reduzir a taxa de juros, implantar uma política cambial exportadora e promover desonerações pontuais em alguns setores, é fundamental pas-sar a pensar no longo prazo, ou seja, a investir agora num ensino público de qualidade, assim como, reduzir a burocracia estatal, promover as reformas trabalhista e tributária, e destravar os investirmos em infraestrutura.

O governo precisa entender a diferença entre corte de gastos e de investimentos. Para inte-grarmos o restrito rol dos países desenvolvidos, é fundamental realizar uma busca permanen-te pela inovação tecnológica, que nos permita aumentar nossa competitividade internacional. Para tanto, é preciso adotar políticas, prioridade nos recursos, parcerias entre o setor público e o privado, além de uma maior aproximação entre a universidade e a sociedade.

*Arnaldo Jardim é deputado federal (PPS-SP) e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Infraestrutura Nacional. email: [email protected] Blog: www.arnaldojardim.com

www.arnaldojardim.com.br

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48 Empresas Estatísticas

Nova no mercado de distribuição de aço, a MRK Aços investe em estrutura e profissionais qualificados, correndo atrás de objetivos ambiciosos.

EXPERIÊNCIA BEM APROVEITADA

Idealizada a partir da experiência acumulada pelo MRK Bank na prestação de assessoria a empresa do segmento de distribuição e comercialização de

produtos siderúrgicos, neste mês de maio, a MRK Aços completa um ano de atuação no mercado. Para começar com o pé direito numa nova área, além de investir forte-mente em estrutura, tecnologia, logística e certificações, a instituição financeira preocupou-se principalmente em reunir profissionais com conhecimento comercial, admi-nistrativo e logístico especializados. A empresa acaba de adquirir uma área em Diadema com a capacidade de armazenamento de 1.500 toneladas, que será inaugura-da em junho. “Mas nosso principal investimento tem sido feito na contratação de profissionais qualificados, expe-rientes e engajados, não só em seu crescimento pessoal, mas principalmente no crescimento da empresa como um todo”, ressalta Milton Ricardo Carvalho, diretor executivo da MRK Aços. “Essa equipe bem capacitada tem sido fundamental para garantir a qualidade dos nossos produ-tos, a agilidade de nossas entregas e um ótimo relaciona-mento com nossos cliente e fornecedores.”

Com sua sede administrativa na avenida Paulista e sede operacional no município de Diadema, na re-gião metropolitana de São Paulo, a MRK Aços ofe-rece ao mercado tubos, nacionais e importados, de aço inoxidável, com e sem costura, com acaba-mento escovado, decapado e polido, tubos de aço carbono, com e sem costura, pretos, galvanizados, chapas, barras, perfis, válvulas em inox e carbono. Os produtos são fornecidos nas mais diversas me-

didas, ligas e normas, além de alguns beneficiamen-tos, como corte e biselamento.

Com um movimento médio mensal de 90 toneladas, os principais mercados atendidos pela empresa são a cons-trução civil, as usinas sucroalcooleiras e as indústrias têxtil, alimentícia, mecânica, química, de autopeças e de máqui-nas e equipamentos. “Atendemos todo o território nacional, mas com uma forte concentração em São Paulo, capital e interior, e Rio de Janeiro. No entanto, os mercados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste têm demonstrado um grande potencial de crescimento e nossa intenção é consolidar a marca MRK Aços a nível nacional no curto prazo”, explica Milton Ricardo Carvalho. “Por sermos no-vos no mercado, ainda detemos uma parcela muito redu-zida do market share, mas trabalhamos com o objetivo de atingir um patamar entre 5% e 10% até o final de 2013.”

Preocupada em oferecer produtos e atendimento de alta qua-lidade, em outubro de 2011 a MRK Aços adquiriu o sistema de gerenciamento ERP Venus, da Power-System-TI, cuja implan-tação deverá possibilitar as melhorias e aplicações necessárias para a o processo de certificação da qualidade pelas normas ISO-9001. A MRK também está trabalhando com o objetivo de obter a certificação CRCC da Petrobrás que deve lhe permitir atender à estatal e demais empresas do setor petrolífero.

Sobre as perspectivas do mercado, o diretor executivo da MRK Aços afirma que as medidas recentemente adotadas pelo governo não devem surtir um efeito significativo na economia. “Além da re-dução dos juros, é necessários reduzir a carga tributária para estimular as em-presas a investir. Em minha opinião – e acredito que da maioria dos empresários brasileiros –, é necessário ampliar e melhorar as linhas de crédito existentes, com juros baixos e prazos maiores, e reduzir drasticamente a carga tributá-ria. Por enquanto, o governo só tem oferecido paliativos ao invés de soluções reais e de longo prazo”, completa Milton Ricardo Carvalho.

www.mrkacos.com.br

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EmpresasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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SERVIÇOS Oxicorte e usinagem em Autocad Equipamentos dotados de CNC (corte de 1/4 até 12”) Cortes e serviços especiais Corte a jato d’água

SERVIÇOS

PRODUTOS Aços Carbono, Laminados e Trefilados, Quadrados, Redondos e Sextavados: 1020/1045 Perfis, vigas, cantoneiras, barras chatas Aços ferramenta de alta liga: VND / VC131 / H13 / VD2 Aços para construção mecânica

Qualidade 4140 - 4340 - 8620 - 8640 Aços inoxidáveis AISI 420 em perfil chato Ferro Fundido (cinzento e nodular) Aço Retificado (fabricação própria)

R. Guamiranga, 1462 – Vila Carioca – CEP 04220-020 – São Paulo - SPTelefone 11 2915 7088 – Fax 11 2591 15 68 – www.labatut.com.br

PERFIS TREFILADOS CONSTRUÇÃO MECÂNICA ALTA LIGA AÇOS PLANOS - OXICORTE

PRODUTOS Aços Carbono, Laminados e Trefilados, Quadrados, Redondos e Sextavados: 1020/1045

Produtos e Serviços com mais valor agregadowww.viapap

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Comercial de Ferro e Aço LtdaComercial de Ferro e Aço Ltda

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Mercado – De acordo com o levantamento mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores (Anfavea), no mês de abril de 2012, foram li-cenciados 257.885 autoveículos (veículos leves, ônibus e caminhões), nacionais e importados, o que significou uma queda de 14,7% em relação ao mês anterior e de 10,8% em relação a abril de 2011. No período de ja-neiro a abril, foram licenciados 1.076.249 autoveículos, volume 3,4% inferior ao do mesmo período de 2011.

O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, acredita que a redução das taxas de juros deverá ajudar a recuperar o mercado nos próximos meses. No entanto, ele conside-rou que ainda é cedo para se fazer mudanças na previsão da entidade sobre o desempenho do mercado e que essa revisão só será feita no início do segundo semestre.

As vendas internas de máquinas agrícolas automotrizes, nacionais e importadas, atingiram 5.458 unidades em abril, volume 3,1% superior ao do mês anterior e 5% in-ferior ao de abril 2011. Nos quatro primeiros meses do ano, foram comercializadas 20.064 unidades, o que re-presentou uma redução de 3,9% em relação ao volume comercializado no mesmo período de 2011.

Produção – Em abril de 2012, a indústria nacional pro-duziu 206.825 autoveículos, o que significou uma queda

de 15,5% em relação ao mês anterior e de 7,5% em comparação com abril de 2011. No acumulado de janeiro e abril, a produção da indústria automotiva nacio-nal atingiu 998.931 autoveículos, volume 10,1% menor do que a produção acu-mulada no mesmo período de 2011.

A produção nacional de máquinas agrícolas automotrizes atingiu 7.095 unidades em abril, o que representou uma que-da de 10% sobre a produção do mês anterior e um aumento de 3,2% sobre abril de 2011. Nos quatro primeiros meses de 2012, a indústria nacional produziu 28.631 unidades, volume 7,7% superior ao produzido no mesmo período de 2011.

Exportação – Em abril de 2012, o valor total das expor-tações de autoveículos e máquinas agrícolas automotrizes atingiu US$ 1,380 bilhão, o que significou uma redução de 4,3% sobre o mês anterior, mas também um crescimento de 5,7% sobre abril de 2011. Nos quatro primeiros meses do ano, o valor das exportações atingiu US$ 5,243 bilhões, valor 13,9% superior ao do mesmo período de 2012.

Emprego – Em abril deste ano, o setor automotivo em-pregou 145.063 trabalhadores, volume estável em relação ao mês anterior e, 2,9% superior ao de abril de 2011. www.anfavea.com.br

No primeiro quadrimestre, o licenciamento e a produção interna de veículos caíram 3,4% e 10,1%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2011.

MERCADO DE VEÍCULOS SE RETRAI

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50 Estatísticas Estatísticas

Produção – Em março, a produção brasileira de aço bruto foi de 3,1 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,2% quan-do comparada com o mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção foi de 2,4 milhões de tone-ladas, o que significou um crescimento de 3,4% quando comparada com março de 2011. A produção acumulada no primeiro trimestre foi de 8,7 milhões de to-neladas de aço bruto e 6,5 milhões de tone-ladas de laminados, o que significa aumentos de 2,4% e de 3,%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011.

Vendas – As vendas internas totalizaram 1,9 milhão de toneladas, volume 1,5% superior do que o de março de 2011. No primeiro tri-mestre, as vendas acumuladas atingiram 5,3 milhões de toneladas, crescendo 1,3% em relação ao mesmo período de 2011.

Balança comercial – Em março, as ex-portações de produtos siderúrgicos atin-giram 749 mil toneladas e o valor de US$ 528 milhões. Com esse resultado, as exportações acumuladas no primeiro tri-mestre de 2012 totalizaram 2,6 milhões de toneladas e US$ 1,8 bilhão, represen-tando um declínio de 8,4% em volume e de 8,9% em valor, quando comparados com o mesmo período do ano anterior.

As importações de produtos siderúrgicos to-talizaram 338 mil toneladas (US$ 398 milhões) em março e 996 mil toneladas no primeiro tri-mestre, sendo este volume 15% superior ao do mesmo período do ano anterior.

Consumo aparente – O consumo aparen-te nacional de produtos siderúrgicos foi de 2,4 milhões de toneladas em março e de 6,4 milhões de toneladas em todo o primeiro tri-mestre. Esses valores representaram cresci-mentos de 8,7% e de 4,8%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos de 2011.

www.acobrasil.org.br

A importação de produtos siderúrgicos cresceu 15% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011.

IMPORTAÇÕES CONTINUAM cREscEnDO

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EstatísticasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

51Estatísticas

PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO SEGUE EM ALTA

Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), no mês de março foram produzidas 125 mil toneladas de alumínio primário, o que corresponde a um aumento de 3,7% em relação a março de 2011. O volume acumulado produzido no primeiro trimestre do ano foi

de 364,1 mil toneladas, o que significa aumento de 2,7% em relação ao mesmo período de 2011.

Em março, a produção foi 3,7% superior à do mesmo mês de 2011.

www.abal.org.br

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52 Estatísticas Estatísticas

N o primeiro trimestre des-te ano, a indústria na-cional de bens de capi-

tal teve um faturamento bruto real – deflacionando pelo IPA, Col. 32 – de R$ 19,5 bilhões, valor 5,1% maior em relação ao mesmo perío-do de 2011. Esse resultado foi in-fluenciado significativamente pelo crescimento das exportações, uma vez que o mercado interno permaneceu praticamente es-tável em relação ao primeiro trimestre de 2011. No mesmo período, o consumo aparente (pro-dução nacional menos exportações mais im-portações) fechou o trimestre com R$ 26,0 bi-lhões, resultado 8,4% superior ao do primeiro

trimestre de 2011, sendo que os importados representaram 58% desse valor, seguidos pelo mer-cado interno (28%) e da revenda e a incorporação à produção de bens de capital importados (14%), o que evidencia a forte participa-ção dos produtos importados no mercado doméstico.

Seguindo o comportamento verificado em me-ses anteriores, o setor de máquinas agrícolas continua apresentando crescimento significa-tivo, o qual, juntamente com o setor de bens sob encomenda, tem puxado mais fortemente o desempenho positivo da indústria de bens de capital mecânicos em 2012. Já os setores

Enquanto o faturamento do setor cresceu 5,1%, o déficit da balança comercial cresceu 7,5% no primeiro trimestre deste ano,

em comparação com o mesmo período de 2011, e este resultado só não foi pior devido ao aumento das exportações.

cREscEm AS EXPORTAÇÕES DE MÁQUINAS

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EstatísticasSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

53Estatísticas

de máquinas têxteis, máquinas para plásti-co, máquinas para madeira e máquinas-fer-ramenta continuam apresentando quedas do nível de faturamento na comparação com os resultados de 2011, e ainda se mostram abai-xo dos níveis pré-crise financeira.

Balança comercial – No primeiro trimestre de 2012, a balança comercial de máquinas e equipamentos fechou com um déficit US$ 4,4 bilhões, valor 7,5% superior ao verificado no primeiro trimestre de 2011. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indús-tria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, esse resultado só não foi pior em razão do bom desempenho das ex-portações no primeiro trimestre, mais especi-ficamente no mês de março, que tiveram um crescimento de 29,4% na comparação com o mês de março de 2011, enquanto que no mesmo período as importações caíram 1,5%. “As exportações continuam sendo impulsio-nadas pelas transações intercompany, e os grupos que apresentaram as maiores contri-buições para o crescimento dessa variável, na comparação com os três primeiros meses do ano passado foram: máquinas para a indústria de transformação e máquinas para logística e construção civil”, disse Aubert.

A América Latina é o principal destino das exportações de bens de capital, porém a participação desse destino no total exporta-

do tem perdido força nos últimos meses. As exportações para o Mercosul caíram de 41% no primeiro trimestre de 2011 para 33% em 2012. No que se refere às exportações, os Estados Unidos, China e Alemanha represen-tam as principais origens, sendo que em 2004 os chineses ocupavam a 10ª posição e hoje ocupam a segunda posição em valor e a pri-meira em peso.

Emprego – O setor fechou o mês de março de 2012 com 259.440 trabalhadores registra-dos – resultado 1,3% inferior ao de fevereiro. Comparando março com o mesmo mês de 2011, verifica-se uma tendência de queda no nível de emprego no médio prazo, que se in-tensificou ainda mais no último mês. No mês de março de 2012 o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) e o número de semanas para o atendimento dos pedidos em carteira conseguiram alcançar melhores resul-tados dos que os verificados no mês anterior, muito embora essa recuperação consiga ape-nas aplacar as quedas expressivas verificadas nos últimos meses. Apesar da ligeira retoma-da, o NUCI de março de 2012 (77,9%) ficou 5,1% abaixo do resultado verificado no mes-mo mês de 2011. A carteira de pedidos fechou o mês de março com o total de 16,3 semanas, resultado 8,8% inferior ao observado no mesmo mês de 2011.

www.abimaq.org.br

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Realizada no período de 24 a 26 de abril, no centro de exposições Imi-grantes, em São Paulo, a Expoa-

lumínio 2012 – Exposição Internacional do Alumínio reuniu num único evento inovação, tecnologia e negócios, atingindo as expecta-tivas de palestrantes, expositores e visitantes. Durante a solenidade de abertura do encon-tro, o presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Adjarma Azevedo, mencionou o desenvolvimento da indústria do alumínio no Brasil, destacando que o aumento da taxa média de crescimento do consumo domésti-co de produtos de alumínio foi de 9,8% nos últimos cinco anos, resultado do empenho do governo em melhorar a renda da população. Segundo Azeve-do, esse crescimento levará o Brasil a triplicar seu consumo de alumínio até 2025, atingindo um volu-me de 4,5 milhões de toneladas.

De acordo com Paulo Magalhães, vice-presidente da Abal, enquanto o PIB do país cresceu 2,7%, o do setor não passou de 0,01%. A principal queixa das empresas do setor é o aumento nas importações e o alto custo da folha de pagamento, cuja desone-ração poderia garantir maior sua competitividade e melhorar seus índices de produtividade. A solução

para os transformadores de alumínio também pas-sa pela revisão nos alto custo dos financiamentos que, na opinião de Magalhães, “leva a lucratividade da empresa para os cofres dos bancos.”

A principal feira de negócios da indústria do alumí-nio na América Latina contou com oitenta estan-des de empresas nacionais e internacionais, que expuseram máquinas, equipamentos, insumos e produtos para toda a cadeia produtiva do alumí-nio e setores consumidores do metal. O público que compareceu nos três dias de exposição foi de aproximadamente 15 mil visitantes.

www.expoaluminio.com.br

EXPOALUMÍNIO DEBATEU O futuro DO SETOR

Nos três dias do evento, empresários e especialistas analisaram os rumos da indústria nacional do alumínio.

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EventosSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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Feira líder mundial para tecnologias industriais realizada anualmente em Hannover, Alemanha, a Hannover

Messe 2012, realizada no período de 23 a 27 de abril, teve a China como país parceiro ofi-cial. O evento contou com 475 expositores, distribuídos em oito setores: automação indus-trial, energia, mobilitec, fábrica digital, equipa-mentos industriais, coiltechnica, industrialgre-entec, pesquisa e tecnologia. Sob a bandeira

da sustentabilidade e das tecnologias verdes, este ano as atenções estiveram voltadas para a automação industrial e tecnologia da infor-mação, energia e tecnologias ambientais, sub-contratação industrial, tecnologias de fabrica-ção, serviços e pesquisa e desenvolvimento. O Brasil compareceu ao evento deste ano com 135 empresas e entidades.

www.hannovermesse.de

FORTE PrESENÇA BRASILEIRA NA HANNOVER MESSE

O tema central da tradicional feira alemã foi a sustentabilidade ambiental através de tecnologias verdes.

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56 Eventos Eventos

AUTOMEC PESADOS & COMERCIAIS ATINGE EXPECtAtIVASO evento realizou sua terceira

edição reunindo mais de seiscentos expositores e gerou

ótimas perspectivas de negócios.

Destinado aos compradores da indús-tria automobilística nacional e interna-cional, comerciantes de autopeças e

acessórios, profissionais de logística, empresá-rios da indústria, frotistas e oficinas mecânicas, a 3ª Automec Pesados & Comerciais – Feira In-ternacional de Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados & Comerciais, realizada no período de 10 a 14 de abril, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, atingiu a expectativa dos seus mais de seiscentos exposi-tores e cerca de 35 mil visitantes.

Voltado para os profissionais do setor, o even-to atraiu um público qualificado, interessado em conhecer os lançamentos e atualizar os conheci-mentos sobre as novidades do mercado. Segun-do um levantamento feito pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento,

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EventosSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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73% dos visitantes da feira pertencem ao nível gerencial em suas empresas.

A Grips Editora participou da Automec Pesados & Comer-ciais, distribuindo suas publicações – as revistas Siderur-gia Brasil e Agrimotor e o Guia de Compras da Siderur-gia Brasileira e Metais Não Ferrosos – aos profissionais interessados em acompanhar as últimas novidades tecno-lógicas e de mercado desses setores.

www.automecpesados.com.br

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EventosSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

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O anúncio de novos investimentos no Espírito Santo, a ampliação de grandes indústrias e a instalação de

novos projetos prometem aquecer o setor metalmecânico capixaba. Uma amostra dessa pujança poderá ser vista na Mec Show 2012, principal feira do segmento no estado, que será realizada no período de 24 a 27 de julho. Segundo seus organizadores, terá uma área de exposição 20% maior do que a do ano passado. Em sua quinta edição, o evento contará com 180 expositores de vários estados brasileiros, que vão apresentar as novidades do setor, considerado um dos mais fortes da economia do estado. No Espírito Santo, o segmento é responsável pela movimentação de R$ 8 bi-lhões por ano e pela geração de 30 mil empregos diretos.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES), Luiz Alberto Carvalho, a Mec Show é mais do que uma feira. “Trata-se de um movimento que visa o desenvolvimento do setor através da valorização da indústria metalmecânica do Estado e do Brasil”, afirma. Ele ainda destaca que a feira consegue aglutinar informações e produtos em um único espaço apresentando o que há de mais moderno para o

setor. Neste ano, o evento vai contar com con-ferências na área de Tecnologia e Inovação, Implantação de um Centro de Tecnologia e Im-

plantação de um Complexo Naval. “O resultado dessa in-teração é um ambiente propício à geração de negócios.”

A Mec Show 2012 será realizada no pavilhão de exposi-ção de Carapina, na Serra, promovida pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES) e do Centro Capixaba de Desenvolvi-mento Metalmecânico (Cdmec), e organizada pela Milanez & Milaneze. Nos quatro dias do evento, os visitantes terão oportunidades de participar de Rodadas de Negócios, e de cursos e painéis técnicos sobre a indústria naval, si-derurgia, mineração, inovação tecnológica e outros. A fei-ra conta ainda com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Asso-ciação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equi-pamentos Industriais (Abimei), Secretaria de Estado do Desenvolvimento (Sedes), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES) e a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

www.mecshow.com.br

EVENTO COM rECorDE DE EXPOSITORESCom 180 expositores, a Mec Show 2012 contará ainda com

rodadas de negócios, cursos e painéis técnicos.

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

60 Eventos Eventos

EVENTO PIoNEIro DO SETOR DE EMBALAGEM

A Expo Embala, evento pioneiro voltado ao segmento de embalagem, recebeu mais de cinco

mil visitantes altamente qualificados.

Realizada no período de 24 a 27 de abril, no centro de exposições Imigrantes, em

São Paulo, a primeira edição da Expo Embala contou com 96 expositores e mais de cinco mil pessoas visitaram o local. A Pack Summit, conferência que aconteceu simultaneamente à feira, proporcionou discussões sobre embalagem e contou com a partici-pação de palestrantes de peso, como executivos de empresas como Nestlé, Pão de Açúcar, Instituto de Tecnolo-gia de Alimentos (Ital), Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), entre outros, que compartilharam sua experiência com o público.

A Expo Embala foi organizada a partir de pesquisa realizada pelo grupo Growth from Knowledge (GfK) e pela Escola Superior de Propa-ganda e Marketing (ESPM). O estudo avaliou a gestão da em-balagem no Brasil e concluiu que, apesar de fundamental para atrair e comunicar benefícios da mar-ca, ainda é baixa a integração da embalagem com as demais ativi-dades de marketing desenvolvidas nas corpora-ções. O evento é resultado da joint-venture criada entre a Clarion Events, multinacional inglesa or-ganizadora de grandes feiras e conferências, e a Greenfield, que está entre as principais marcas de feiras regionais do Brasil.

Para Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events, organizadora da feira, junto com a

Greenfield, “o grande di-ferencial da Expo Embala foi fazer um evento total-mente voltado para todos os setores de embalagens, processos, equipamentos e acessórios, rotulagem e etiquetagem de diversos segmentos, como agrone-gócio, alimentos e bebidas,

cosméticos e farmacêutico.”

Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield, afirma que a Pack Summit, proporcionou o compartilha-mento de informações de importantes organiza-ções. “Atingimos um grande número de pessoas no seminário e pudemos oferecer um conteúdo de qualidade em cada módulo”, disse.www.expoembala.com.br

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EventosSIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

61Eventos

FEIRA CAtArINENSE ESPERA VINTE MIL VISITANTES

Consolidada como um dos maiores polos industriais do Brasil, Criciúma sediará em junho a terceira

edição da Sul Metal & Mineração.

A Sul Metal & Minera-ção, que será realizada no período de 24 a 29

de junho, no pavilhão de expo-sições José Ijair Conti, em Cri-ciúma (SC), será um momento de encontro com especialistas, compradores, executivos com poder de decisão e empresários dos setores metalmecânico, de mineração e tecnologia. A expectativa da Fama Feiras e Eventos, organizadora da terceira edição do evento, é de contar com duzentos expositores e mais de vinte mil visitantes. As empresas inte-ressadas já tinham confirmado sua presença em 75% do espaço de exposição.

Uma das novidades para este ano, é a reali-zação paralela da I Feira Nacional de Equipa-mentos e Tecnologia para Construção, unindo

expositores dos três setores. Outro destaque será a Roda-da de Negócios e palestras técnicas com especialistas nas áreas. A feira também é uma oportunidade para micro e pequenas empresas am-

pliarem seus contatos com potenciais clientes desses mercados.

A Sul Metal & Mineração 2012 é uma iniciativa do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Caravaggio (Simec), do Sin-dicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Criciúma (Sindimetal) e do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), em parceria com a Fama Feiras e Eventos.

www.sulmetalmineracao.com.br

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62 Empresas & Negócios Empresas & Negócios

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Empresas & Negócios 63SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

63Empresas & Negócios

IABR APROVA A UNIFICAÇÃO DO

ICMS O InstItuto Aço BrAsIl (IABr) distribuiu a seguinte nota com seu posicionamento sobre a aprovação da unificação da alíquota do ICMS pelo Senado Federal, que acaba com a chamada ‘guerra dos portos’:“O Senado Fede-ral corrigiu grave distorção na eco-nomia brasi le i ra que prejudicava a produção e a geração de em-pregos, aprovan-do o projeto de resolução 72/10, que unifica em 4% a alíquota do ICMS em operações interestaduais com produtos importados. É inaceitável que alguns esta-dos sob o pretexto de atrair mercadorias para seus portos acabem por conceder aos produtos importados incentivos que criem competição desleal com o produto nacional. A assimetria competitiva foi corrigida”www.acobrasil.org.br

VOESTALPINE MEINCOL CONQUISTA CERTIFICAÇÕES

A voestalpine MeIncol conquistou a Certifica-ção ISO 14001:2004, uma norma internacional que tem como finalidade estabelecer um sistema de gestão ambiental. Com essa certificação, além de participar ativamente da promoção do desenvolvimento sustentável, a empresa incrementa ainda mais sua imagem em âmbito mundial como organização séria e preocupada com a questão ambiental. Recentemente, a voestalpine Meincol também obteve a Certificação ISO TS 16949:2009, um pré-requisito para acesso à indústria automotiva no mundo. Desta forma, ambas as certificações ratificam o processo de evolução e reestrutura-ção da empresa, iniciado com a aquisição pelo Grupo voestalpine em 2007. Atualmente, a voes-talpine Meincol tem capacidade para processar cerca de 160 mil toneladas de tubos e perfis de aço anuais e objetiva seguir os passos da matriz austríaca fazendo jus ao slogan promocional da companhia ‘Um passo à frente’ (One Step Ahead). www.meincol.com.br

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DUAS DÉCADAS DISTRIBUINDO METAIS

Empresa especializada no forneci-mento de metais ferrosos e não fer-rosos, a lunAMetAIs comemora, no dia 11 de maio deste ano, vinte anos de atuação no mercado de distribuição de bronze, cobre, latão, e alumínio. Sediada na Zona Sul de São Paulo, a empresa tem um estoque estratégico de produtos básicos para fazer a pronta en-trega desses materiais, inteiros ou cortados sob medida, de acordo com o desenho ou amostra de cada cliente. A empresa também está estruturada para fabricar peças de acordo com cada necessidade, para as mais variadas aplicações no setor industrial. www.lunametais.com.br

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

64 Empresas & Negócios Empresas & Negócios

SAMARCO APRIMORA EMBARQUE DE NAVIOS Junto com uma empresa de tecnologia, a sAMArco vem desenvolvendo um sistema inédito, mais seguro, econômico e eficiente para fazer a leitura do calado dos navios, utilizando câmeras e um software específi-co, que já está sendo implantado no porto de Ubu, de propriedade da empresa, localizado no município de Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo. “Trata-se de uma inovação na área portuária. No Brasil, ainda não há registro de aplicação desse tipo de tecnologia”, afirma Marco Antonio Muniz Gamaro, engenheiro especialista da companhia. O sistema funciona com câmeras instaladas no quebra-mar e na parte inferior do píer. As imagens são transmi-tidas ao vivo para o software, que gera uma estatística confiável da leitura da carga que está sendo embarcada. Atualmente, a leitura do calado é realizada por inspetores que percorrem os lados dos navios utilizando lanchas ou outras embarcações e conferem as marcações do calado no costado. Esse procedimento implica gastos com combustível e maior tempo para a conferência. Além disso, o mar revolto pode dificultar a tarefa.www.samarco.com.br

NOVA IMPRESSORA DE CÓDIGOS DE

BARRASFabricada pela DAtAMAx-o´neIl, a I-Class Mark II é uma impressora de códigos de barras industriais desenvolvida para o controle de ativos, marcação de produtos finalizados, etiquetas de embalagem, entre suas principais funções, nas indústrias siderúrgicas, metal-mecânica, automotiva, eletrônica, entre outras indústrias de atividade pesada. Com um processa-dor ultrarrápido, maior memória e ampla seleção de portas de comunicação, as principais características da I-Class Mark II são: construção robusta, tela LCD e engrenagens no lugar de correias.www.datamax-oneil.com

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CARBINOX INVESTE EM INFRAESTRUTURA A cArBInox tem investido em infraestrutura e no portfólio de fornecedores para oferecer produtos às empresas de engenharia que operam no mercado do pré-sal atendendo aos requisitos das normas Petrobras N-1704 e N-1706. Seu portfólio é formado por tubos, barras, chapas e conexões em aço inoxi-dável, ligas especiais e aço carbono, inclusive com tratamento HIC para utilização em ambientes com H2 e H2S (com elevada concentração de enxofre), agilidade e eficiência técnica. “Para fortalecer nossa rede de fornecedores para o pré-sal, nós temos visitado diversos fabricantes na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. Além disso, estamos investindo em nossa própria estrutura. Criamos uma Divisão de Conexões e uma Coordenadoria de Óleo e Gás para responder às necessidades desse segmento”, diz Paulo Moraes Correa, diretor da Divisão Trading da Carbinox. Para qualificar seus fornecedores, a empresa segue os padrões da ISO 9001 e realiza visitas técnicas nos fabricantes, contrata terceiros para inspecionar os materiais adquiridos e faz levan-tamento e conferência de certificações como ISO 9000, ABS, Lloyd’s, DNV, TUV, ABS e BV.www.carbinox.com.br

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Empresas & Negócios 65SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

65Empresas & Negócios

NOVO SITE DA RED BUD

A reD BuD InDustrIes, fabricante de equipamentos para proces-samento de b o b i n a s d e aço, sediada no estado de Il l inois, EUA, lançou um novo site, que oferece informações adi-cionais e navegação simplificada. O site conta com vídeos dos equipamentos da empresa em opera-ção, junto com aplicativos de fácil utilização.www.redbudindustries.com

FORTE INCREMENTO NA PRODUÇÃO DE

NÍQUEL A Anglo AMerIcAn aumentou em 97% a sua produção de níquel contido em ferroníquel no Brasil, passando de 6.100 toneladas no primeiro trimestre de 2011 para 12.000 toneladas no primeiro trimestre deste ano. Em comparação com o último trimestre de 2011, período em que a produção foi de 9.900 toneladas, o cresci-mento foi de 21%. Esses dados são atribuídos principalmente à contribuição da Operação Barro Alto, em Goiás, que teve a sua primeira corrida de metal em março de 2011 e continua em processo de forte incremento. Durante o pri-meiro trimestre deste ano, a unidade industrial operou com 70% da sua capacidade.A Anglo American investiu US$ 140 milhões em sua divisão de exploração e novos negócios nos três primeiros meses deste ano, o que significou um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2011. Esse crescimento é atribuído às pesquisas de exploração de níquel, cobre e polimetálicos.www.angloamerican.com.br

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SIDERURGIA BRASIL • MAIO 2012

66 Anunciantes

Abrinq ..................................................................................................................................................... 58

Aço Amazonense Ind. e Com. de Ferro e Aço Ltda. ................................................................................ 52

Açokorte Indústria Metalúrgica e Comércio Ltda. ....................................................................................... 9

Aços e Metais Moldalum Ltda. ................................................................................................................. 63

Aços Favorit Distribuidora Ltda. ............................................................................................................... 27

Aços Vic Ltda. ......................................................................................................................................... 57

Açotubo Indústria e Comércio Ltda. ........................................................................................................ 17

ACR Sistemas Industriais Ltda. ................................................................................................................ 37

Acysa Indústria e Comércio de Tubos Ltda. ............................................................................................. 37

Balanças Navarro Ltda. ........................................................................................................................... 33

Bardella S/A Indústrias Mecânicas. . ......................................................................................................... 11

Brasmetal Waelzholz S.A. Indústria e Comércio ...............................................................................4ª capa

Ciência Perfeita Imp. e Exp. Ltda. - Water Gass ....................................................................................... 45

Comercial de Ferro e Aço Labatut Ltda. .................................................................................................. 49

Coneflan Comércio de Flanges ................................................................................................................ 43

Conforma Estampagem e Conformação de Metais ................................................................................. 19

Dantubos Comércio de Produtos Siderúrgicos Ltda. ............................................................................... 35

Divimec Tecnologia Industrial Ltda. .......................................................................................................... 15

Extretec Indústria e Comércio de Trefilados Ltda. .................................................................................... 21

Felifer Embalagens Indústria e Comércio Ltda. ........................................................................................ 47

Flanjaço Indústria Comércio Ltda. ............................................................................................................ 51

Foxwall Ind. e Com. de Válvulas de Controle Ltda. .................................................................................. 65

Grips Editora ...................................................................................................................................3ª capa

IAM&M - Inst. de Ass. Merc. e Mercadométrica Ltda. .............................................................................. 25

Instituto Aço Brasil ................................................................................................................................... 31

Lunametais Comércio de Aços e Metais Ltda. ......................................................................................... 65

Mec Show 2012 ...................................................................................................................................... 18

Metalmag Produtos Magnéticos Ltda. ..................................................................................................... 35

Metalurgia 2012 ...................................................................................................................................... 62

Metalúrgica Golin S.A. ............................................................................................................................... 7

Metalúrgica Várzea Paulista Ltda. - Unistamp .......................................................................................... 23

MRK Aços ............................................................................................................................................... 41

Oxipira Automação Ind. e Com. de Máqs. Inds. Ltda. .............................................................................. 13

Regional Telhas ....................................................................................................................................... 29

Revista Agrimotor .................................................................................................................................... 54

SPTF - Sociedade Paulista de Tubos Flexíveis Ltda. ................................................................................ 53

Sul Metal & Mineração 2012 .................................................................................................................... 30

Tec Tor Indústria e Comércio de Equipamentos Ltda. .............................................................................. 55

Teciam Telas e Tecidos Metálicos Ltda. ............................................................................................2ª capa

Tradefer Ferro e Aços Ltda. ..................................................................................................................... 59

Tubotech 2013 ........................................................................................................................................ 38

Unival Com. de Válvulas e Acessórios Inds. Ltda. .................................................................................... 61

Villares Metals S.A. .................................................................................................................................... 5

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Anunciantes

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