a siderurgia brasileira

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Economy & Finance


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Apresentação sobre o setor siderúrgico brasileiro.

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Page 1: A siderurgia brasileira
Page 2: A siderurgia brasileira

O Aço está presente no início das principais cadeias produtivas, sendo

matéria-prima principal e nunca produto final, estando presente nas

seguintes cadeias:

• Automobilística

• Auto Peças

• Linha branca

• Ferroviária

• Aeronáutica

• Construção Civil

• Construção Mecânica

• Outras

Page 3: A siderurgia brasileira

Até a consolidação do setor siderúrgico, o mercado contava com

dezessete siderúrgicas de aços longos, duas de aços planos e depois uma

terceira, no mercado brasileiro.

Dividida em dois principais setores: aços planos e aços longos, o

produto nunca é final, mas, matéria-prima . No período de 1992/1994,

com o Programa Nacional de Desestatização – PND que, de certa forma

trouxe alguma abertura de mercado, iniciou-se o processo de

reestruturação do setor no Brasil, mas, não impediu a concentração no

setor que trabalha com metas de colocação no mercado. A produção de

aço bruto no Brasil em 1993 era de:

25,200 milhões de toneladas

Page 4: A siderurgia brasileira

Em termos nominais a produção evoluiu de 25,2 milhões de t para 34,6

milhões de t, no período 1993/2012, uma média de 1,98% ao ano, porque

a produção é controlada em função da demanda e nesta média o setor

sempre vai buscar o protecionismo tarifário ou técnico.

Evolução da Produção Brasileira

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

31.147 32.909 31.610 30.901 33.782 33.713 26.507 32.928 35.162 34.681

Page 5: A siderurgia brasileira

Nenhum outro país produtor de aços demonstra a mesma oscilação na

produção como o Brasil. Nos últimos dez anos o país produziu uma média

de 32,2 milhões de toneladas ao ano, crescimento menor que a demanda.

O problema do aço no Brasil não é de demanda, mas de oferta.

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5000

10000

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20000

25000

30000

35000

40000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Page 6: A siderurgia brasileira

A informalidade de acertos e a falta de concorrência externa favorece este

cenário de estagnação e baixa produção. A forma predominante de

concorrência combinada entre as empresas produtoras de aços contribui para

a estagnação. Nas fases de crise ou de aquecimento da demanda prevalecem

as metas de colocação e acordos em torno de preços. Do total da produção

brasileira, em média, somente 75% são de aços laminados:

Evolução da Produção Brasileira

Período 2008 2009 2010 2011 2012

Aço Bruto 33.713 26.507 32,928 35,162 34.681

Aço Laminado 25.000 20.000 25.000 25.131 26.238

Page 7: A siderurgia brasileira

O Brasil se transformou em matriz mundial de recursos de baixo valor

agregado, o que se nota pela simples verificação da balança comercial. A

siderurgia brasileira exporta em regra placas de aço, saindo fora desse

modelo no período de 2005 a 2007 com o boom chinês demonstrado à

época das construções para as Olimpíadas e a Copa do Mundo, período

em que toda a produção era exportada. Em média, da produção brasileira

de aço bruto, 75% (setenta e cinco por cento) são laminados de aço:

Page 8: A siderurgia brasileira

Do Programa Nacional de Desestatização – PND restou a seguinte estruturação: Aços Longos: Gerdau: Gerdau – Cosigua (Cia. Siderúrgica da Guanabara) – Usiba (Usina

Siderúrgica da Bahia) – Cosinor (Cia. Siderúrgica do Nordeste) – Pains (Cia.

Siderúrgica Pains) – Aliperti – Açominas (Aços Minas Gerais – até então

produzia vergalhões). ArcelorMittal: Cia. Siderúrgica Belgo Mineira – Cia. Ferro e Aço Dedini –

Cofavi – Cia. Ferro e Aço Vitória – Cia. Siderúrgica Mendes Júnior – Cia.

Siderúrgica Itaunense. Votorantim: Cia. Siderúrgica Barra Mansa. Planos: Usiminas: Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais – Cosipa – Cia. Siderúrgica

Paulista; ArcelorMittal: Acesita – Cia. Sid. Tubarão – CST. (ArcelorMittal-Tubarão); CSN: Cia. Siderúrgica Nacional – CSN.

Page 9: A siderurgia brasileira

Do processo de reestruturação da siderurgia brasileira houve

significativa redução do número de empresas no país agravando os

problemas da concentração e cada grupo estruturando sua rede

própria de distribuição como forma de maximizar seus lucros:

Siderúrgicas Distribuição Coligada

Gerdau Comercial Gerdau

CSN - Cia. Sid. Nacional Cia. Metalúrgica Prada - INAL

Soluções Usiminas Fasal - Zamprogna - Dufer - Rio Negro

ArcelorMittal ArcelorMittal-Distribuição (Belgo) - Gonvarri - Manchester

Com o controle da produção, oferta e distribuição, maximizando

lucros, o resultado é o duopólio com preços combinados, controle

e divisão de mercado onde o resultado é a transferência de renda

dos consumidores e a diminuição da produção, reduzindo o bem

estar da sociedade.

Page 10: A siderurgia brasileira

Se o país através de medidas tarifárias favorece as atividades

siderúrgicas concentradas em detrimento da livre concorrência está

cometendo um crime contra a economia popular e protegendo o

que há de mais concentrado, relegando o país ao atraso e

prejudicando as cadeias produtivas de maior valor agregado.

Page 11: A siderurgia brasileira

Principais Importadores de Aço Plano Comercial no Brasil – Por Grupo

Mix de Produtos Grupos Participação

7208.10.00 a 7210.90.00 Siderúrgicas Brasileiras 48%

7209.10.00 a 7210.90.00 Montadoras de Veículos 14%

7208.10.00 a 7210.90.00 Máquinas Equipamentos 11%

7208.10.00 a 7210.90.00 Distribuidores e Transformadores 13%

7208.36.00 e 7210.61.00 Tradings 4%

As importações de aço pelas siderúrgicas brasileiras, em relação ao

total das importações brasileiras, pelo menos nos últimos dez anos

é superior a 40% (quarenta por cento) e isso se dá pela estagnação

do setor podendo ser verificado no Departamento de Planejamento

e Desenvolvimento do Comércio Exterior – Depla:

Page 12: A siderurgia brasileira

Não se sustentando ainda os alegados “excessos de produção

mundial”, retórica recorrente que a siderurgia brasileira sempre

utilizou, podendo ser observado nos anos de 2000, 2001, 2002, 2004,

2005, 2006, 2008, 2010, 2012 e agora em 2013. Na verdade o setor

sempre buscou o protecionismo enquanto se beneficiou das cadeias

internacionais.

Importações Brasileiras de Aço Plano Comercial

Em Relação à Produção Mundial: 00.228% (duzentos e vinte e oito centésimos).

Em Relação à Produção Brasileira: 06.456% (seis inteiros, quatrocentos e cinquenta e seis centésimos).

Page 13: A siderurgia brasileira

O Executivo Federal, através da Resolução nº 70, de 28 de setembro de

2012 elevou de 12% para 25% sem levar a Consulta Pública, as alíquotas

do Imposto de Importação incidente sobre Chapas Grossas de aço da

posição 7208.51.00, cujo único fabricante no país é a Usiminas e de Fio-

máquina da posição 7213.91.90, produzido por um duopólio, matéria-

prima utilizada em diversos setores, na fabricação de diversos produtos.

Page 14: A siderurgia brasileira

O Fio-máquina de aço é utilizado na fabricação de diversos produtos, como,

por exemplo: arames de aço da posição 7217.10; arames de aço galvanizado

da posição 7217.20; arame farpado da posição 7213.00.00; cordoalhas para

concreto da posição 7312.10.90; perfis leves da posição 7216.69; pregos de

aço da posição 7317.00.90; grampos de aço da posição 8305.20.00; clips da

posição 8305.90.00; grampos para molas da posição 7318.15.00; parafusos

de aço da posição 7415.33.00; barras de aço da posição 7215; vergalhões de

aço CA-60B da posição 7213.10.00:

Page 15: A siderurgia brasileira

Finalmente os vergalhões de aço, onde na importação já existe uma

barreira técnica traduzida na Portaria Inmetro nº 73/2010 onde, para

introduzir o produto no país há a necessidade de superar as barreiras:

• Certificar o exportador e o importador;

• Enviar amostras para serem analisadas no Brasil;

• Constituir um representante no país para receber reclamações nos termos da

Lei nº 8.078/1990.

E o setor no Brasil é um cartel formalmente condenado no órgão de defesa

da concorrência.

Page 16: A siderurgia brasileira

O aço é o principal insumo na cadeia de suprimentos de diversos setores,

cuja logística tem sérias deficiências competitivas em razão da

concentração. A necessidade dos setores que tem o aço como principal

insumo é de imediata desgravação tarifária.

No atual modelo da siderurgia brasileira com divisão de mercado, atuação

concertada e barreiras técnicas e tarifárias, há um enorme prejuízo e falta

de competitividade nas cadeias que têm o aço como insumo refletindo na

balança comercial brasileira e nos preços aos consumidores.

Page 17: A siderurgia brasileira

Abrifa – Associação Brasileira das Empresas

Importadoras e Fabricantes de Aço

Rinaldo Maciel de Freitas Superintendente