Érica macÊdo de santana
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UniAGES
Centro Universitário
Bacharelado em Nutrição
ÉRICA MACÊDO DE SANTANA
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs):
uma visão sobre a correta higienização dos alimentos
Paripiranga
2021
ÉRICA MACÊDO DE SANTANA
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs):
uma visão sobre a correta higienização dos alimentos
Monografia apresentada no curso de graduação do
Centro Universitário AGES como um dos pré-
requisitos para obtenção do título de bacharel em
Nutrição.
Orientador: Prof. Me. Igor Macedo Brandão
Paripiranga
2021
ÉRICA MACÊDO DE SANTANA
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs):
uma visão sobre a correta higienização dos alimentos
Monografia apresentada como exigência parcial
para obtenção do título de bacharel em Nutrição à
Comissão Julgadora designada pela Coordenação de
Trabalhos de Conclusão de Curso do UniAGES.
Paripiranga, ___ de __________ de 2021.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Igor Macedo Brandão
UniAGES
Prof. Fábio Luiz Oliveira de Carvalho
UniAGES
Prof. Dalmo de Moura Costa
UniAGES
AGRADECIMENTOS
Esperei muito por esse momento, sempre soube com iniciar e a quem eu devia toda
minha gratidão a Deus, pois sem ele nada disso seria possível, eu não poderia estar vivendo um
dos melhores momentos da minha vida sem ele, sou tão grata a ti senhor por todos os momentos,
o senhor sempre esteve lá comigo, me dando suporte para continuar, não existe palavras que
possa expressar a minha gratidão, só sei sentir e agradecer.
A minha amada mãe Armandina Pitanga, como eu te amo, como eu sinto orgulho de ser
sua filha, como eu sinto orgulho de te orgulhar, meu amor por a senhora é imensurável, sou tão
grata a ti minha mãe, que se dedicou não somente esses quatro anos, mas a vida toda para dar
o melhor para mim, sempre me apoiou para a conquista do meu sonho, obrigada mãezinha por
tudo, obrigada por abrir mão de seus sonhos e viver os meus, obrigada por sempre dizer que eu
conseguiria, isso fez tanta diferença, a senhora me apoiou tanto, nunca permitiu que eu me
desanimasse, te amo.
A meu pai Evandro Santana, minha eterna gratidão por durante esses quatro anos ter me
apoiado e vivido comigo esse sonho, sem o senhor nada disso também seria possível, sabemos
o quanto foi difícil, mas vencemos, mesmo sem seus estudos sempre soube que isso era o
melhor pra mim, lembro que quando eu era pequena o senhor exigia muito de mim dedicação
aos estudos, hoje eu entendo e agradeço ao senhor por isso, te amo e obrigada por tudo.
A minha estrela, a pessoa que eu discursei e prometi uma linda homenagem, a meu
grande amor, a pessoa que sempre sorria quando me via indo à faculdade, a pessoa que visitou
e fez questão de conhecer a minha república comigo, a pessoa que se preocupou onde eu iria
guardar as minhas roupas e me deu um móvel para guardá-las, a minha amada vozinha Morenita
obrigada, como eu te amo e sinto falta da senhora vovó, sei o quanto a senhora desejava estar
comigo na realização desse sonho, como a senhora amava ver seus filhos e seus netos se
formando, como a senhora amava festas e ser vaidosa, minha vozinha sei que de onde a senhora
estiver, estás feliz por essa conquista que é nossa, sinto sua falta, mas sei que estar ao lado de
Deus em quem a senhora tinha tanta fé foi o seu melhor, pra sempre te amarei.
A minha família e amigos o meu muito obrigada, em especial a minha prima Catiane
Macêdo que sempre me apoiou e mesmos de longe sempre se preocupou comigo, e todas as
minhas amigas em especial Joice Santana (irmã de outra mãe) e Cassiane Reis (comadre), que
sempre me apoiaram em tudo e sempre falaram que eu conseguiria, obrigada meninas, amo
vocês.
A minha querida e amada sogra Maria Cristina, muito obrigada por seus ensinamentos,
por sempre me apoiar e dizer que eu conseguiria obrigada por cada elogio, obrigada por sempre
me fazer prosseguir, você além de sogra é uma boa amiga, e como uma mãe para mim, te amo
muito.
Ao meu quarteto fantástico Beatriz Dantas, Taislaine Menezes e Adriane Silva vocês
foram e são tão importantes durante essa caminhada, vocês foram e são essenciais, quantos
momentos de alegria vivemos (espero viver vários ainda), quantas risadas pelos corredores da
Ages nos demos, quanta saudade eu sinto de vocês, Deus escolheu as pessoas certas para
andarem comigo de mãos dadas nessa caminhada, obrigada por cada momento, amo vocês.
A minha mãe da faculdade Chirley Fagundes, obrigada por sempre nos apoiarmos, você
foi a primeira pessoa que chegou até nós e nos ensinou tanta coisa, compartilhou conosco suas
histórias, nossa como és guerreira, tenho muito orgulho de ter te conhecido e feito parte da sua
vida, obrigada por tudo minha querida mãe da faculdade. Obrigada, as minhas colegas de
república em especial Samara Loiola que foi uma grande parceira, obrigada por cada sorriso.
Obrigada a Thamires Rodrigues por ter estado comigo no início dessa jornada e ter me apoiado,
você foi essencial, cuidou de mim com tanto carinho, gratidão.
Tive muitos professores, mais vocês marcaram a minha trajetória, professora Barbara
Chagas no meu primeiro período, minha primeira aula você estava lá, nossa que mulher forte,
o jeito como você ensinava todos aprendiam, meu primeiro curso você estava lá, fui até Simão
Dias atrás do conhecimento através de você, quando tinha um projeto a gente dava a vida porque
você também dava, tinha um prazer de ver tudo ficando lindo e bem apresentável, meus
melhores projetos foram ao seu lado, muito obrigada.
A professora Jamylle Araújo, obrigada pela sua doçura, pelo seu amor em nos
ensinarmos, por sempre chegar na aula alegre e nos alegrar, eu aprendi tanto com você, você
foi tão essencial para minha formação, obrigada professora por fazer a diferença em minha vida
pessoal e acadêmica.
A professora Ingrid Siqueira da disciplina de Higiene e legislação de alimentos muito
obrigada, eu me lembro com muito carinho dessa disciplina e de seus ensinamentos, eu me
apaixonei por cada aula teórica e pratica, você fez muita falta ao longo de outras disciplinas.
Ao professor Rôas de Araujo obrigada por tirar tantas duvidas minhas, obrigada por ter nos
levado para conhecer o laboratório da Universidade Federal de Sergipe, foi uma viagem de
tantos conhecimentos e risadas, você também fez a diferença na minha formação acadêmica.
Ao professor Igor Brandão que além de coordenador ao longo da maioria da minha
formação foi também um grande professor, na maioria de todos meus períodos, mas em especial
no segundo período que falou uma frase que marcou a minha vida “Devemos viver a nutrição
sem terrorismo, devemos cuidar dos nossos pacientes e mostramos a eles que nenhum alimento
faz mal, mas sim o excesso de qualquer alimento”, essa frase marcou a minha vida pessoal e
acadêmica, obrigada também por ser o nosso orientador de TCC e por sempre tirar nossas
duvidas, obrigada por ter feito a diferença na minha vida.
Ao meu preceptor top, cheio de luz e amor dos estágios de nutrição social e UAN
Jeovani Santana muito obrigada, você sabe o carinho imenso que não só eu, mas todos da turma
têm a você, você fez com que os estágios online tivessem vida e alegria, fez com que
trabalhássemos duro durante mais de um mês, todos os dias para darmos o nosso melhor, muito
obriga pelos seus bons dias alegres, você fez a diferença.
Enfim, muito obrigada a mim, isso mesmo, obrigada a mim pela dedicação todos os dias
durante esses quatro anos, obrigada a mim por lutar, passar noites sem dormir preocupada com
algum trabalho, prova, estágio e TCC, obrigada a mim pela minha grande conquista, a nutrição
mudou a minha vida e eu sou grata à nutrição por ter me mostrado que posso modificar vidas,
posso salvar vidas através dela.
RESUMO
Objetivo: Realizar uma revisão integrativa com o objetivo de avaliar as doenças transmitidas
por alimentos e a importância da higienização correta de alimentos para evitar contaminação.
Método: Procedeu em busca de termos que definissem Salmonela, Escherichia Coli, Listeria
Monocytogenes, higienização correta de alimentos e boas práticas de fabricação e manipulação.
Em seguida, realizou-se uma revisão da literatura nas bases de dados LILACS e SciELO. Foram
incluídos somente estudos em português, publicados no período de 2016 a 2020, realizados com
seres humanos, alimentos e ambientes de trabalho, disponíveis completos e com o tema
compatível ao pesquisado. Resultados: Foram utilizados métodos específicos para a avaliação
da presença de patógenos nos alimentos, humanos e ambientes de trabalho. Os patógenos
encontrados poderiam ocasionar doenças nos consumidores e a higienização correta juntamente
com as boas práticas de fabricação e manipulação pode evitar essa contaminação. Conclusão:
A maior parte dos artigos encontrou a presença desses patógenos nos alimentos, e também a
maioria concorda que a higienização correta e a aplicação das boas práticas de fabricação e
manipulação evitam essa contaminação.
PALAVRAS-CHAVE: Salmonela, Escherichia Coli. Listeria Monocytogenes. Higienização
correta de alimentos. Boas práticas de fabricação e manipulação.
ABSTRACT
Objective: To conduct an integrative review with the objective of evaluating foodborne diseases
and the importance of correct food hygiene to avoid contamination. Method: Proceeded in
search of terms that defined Salmonella, Escherichia Coli, Listeria Monocytogenes, correct
food hygiene and good manufacturing and handling practices. Next, a literature review was
conducted in LILACS and SciELO databases. Only studies in Portuguese, published from 2016
to 2020, conducted with human beings, food and work environments, available complete and
with the theme compatible with the researched, were included. Results: Specific methods were
used to evaluate the presence of pathogens in food, humans and work environments. The
pathogens found could cause diseases in consumers and the correct hygiene along with good
manufacturing and handling practices can prevent this contamination. Conclusion: Most articles
found the presence of these pathogens in food, and most also agree that correct hygiene and the
application of good manufacturing and handling practices avoid this contamination.
KEYWORDS: Salmonella, Escherichia Coli. Listeria Monocytogenes. Correct hygiene of
food. Good manufacturing and handling practices.
LISTAS
LISTA DE FIGURAS
1: Sintomas de infecção por Salmonella...................................................................................14
2: Ciclo de transmissão por Salmonella....................................................................................15
3: Ciclo de transmissão por Escherichia Coli...........................................................................24
4: Contaminação do leite por meio ambiente, animal e homem...............................................28
5: Higienização correta das mãos..............................................................................................35
6: Hábito de higiene correto dos manipuladores de alimentos.................................................36
7: Importância da higienização da geladeira evitando contaminação por patógenos...............39
8: Higienização de hortaliças....................................................................................................43
9: Diagrama do processo de obtenção do corpus......................................................................45
LISTA DE QUADROS
1: Síntese dos estudos relacionados: relação entre doenças transmitidas por patógenos e a prevenção
pela higienização correta e aplicação de Boas Práticas de Fabricação e Manipulação..................45-51
LISTA DE TABELAS
1: Alimentos e agentes causadores de doenças alimentares.....................................................33
2: Conservação de alimentos no freezer..............................................................................39-40
3: Conservação de alimentos na geladeira...........................................................................40-41
LISTA DE SIGLAS
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
BP Boas Práticas
DTAs Doenças Transmitidas por Alimentos
EAM Embalagem em Atmosfera Modificada
OMS Organização Mundial da Saúde
PHPO Procedimentos Padrão de Higiene Operacional
POP Procedimentos Operacionais Padronizados
PVPS Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
SIF Serviço de Inspeção Federal
VE-DTA Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11
2 METODOLOGIA................................................................................................................13
3 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................14
3.1 Salmonella......................................................................................................................14
3.1.2 Sorvete....................................................................................................................15
3.1.3 Frango.....................................................................................................................16
3.1.4 Ovos........................................................................................................................18
3.1.5 Leite........................................................................................................................19
3.1.6 Queijos....................................................................................................................21
3.1.7 Suínos.....................................................................................................................22
3.2 Escherichia Coli.............................................................................................................23
3.2.1 Frango.....................................................................................................................24
3.2.2 Carnes e Derivados.................................................................................................24
3.2.3 Leite........................................................................................................................25
3.2.4 Queijo e Derivados.................................................................................................26
3.2.5 Suínos.....................................................................................................................26
3.2.6 Saladas in Natura....................................................................................................27
3.3 Listeria Monocytogenes.................................................................................................27
3.3.1 Hortaliças................................................................................................................28
3.3.2 Leite........................................................................................................................29
3.3.3 Queijos....................................................................................................................30
3.3.4 Frango.....................................................................................................................31
3.3.5 Suínos e Derivados.................................................................................................31
3.3.6 Carne Moída...........................................................................................................32
3.3.7 Linguiças................................................................................................................32
3.4 Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos............................................33
3.5 Higienizações Correta dos Alimentos............................................................................42
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................45
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................55
REFERÊNCIAS......................................................................................................................56
11
1 INTRODUÇÃO
As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) surgem decorrente a ingestão de
alimentos ou água contaminada. Existem vários tipos de DTAs no mundo, onde a maioria delas
é referente a infecções causadas por vírus, parasitas, bactérias e suas toxinas. Para a ocorrência
de um surto de DTA é necessário que dois ou mais indivíduos tenham apresentados sintomas
semelhantes ou doença após a ingestão de alimentos ou água contaminados no local ou origem
de fabricação (BRASIL, 2010).
Alguns aspectos gerais sobre as DTAs é que a ocorrência pode estar relacionada com
variados fatores, como: consumo de alimentos contaminados, higiene pessoal inadequada,
saneamento inadequado ou consumo de água contaminada. O órgão que monitora os surtos das
DTAs no Brasil é conhecido como: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das
Doenças Transmitidas por Alimentos (VE-DTA). Tem como objetivo reduzir a incidência de
casos de DTAs diante dos problemas e sua extensão, assim, criar medidas de controle e
prevenção, com o propósito do avanço da qualidade de vida dos indivíduos (BRASIL, 2010).
O diagnostico pode ser clínico diante o dialogo com o paciente devido os hábitos
alimentares, ingestão de alimentos suspeitos, tempo da doença e a presença de familiares ou
outros indivíduos com os mesmos sintomas ou laboratorial através de exames e amostras
coletadas. Já o tratamento a depender da doença pode ser realizado através de medicamentos
receitados por um médico, consumo de alimentos adequados e ingestão de líquidos. (BRASIL,
2010).
As DTAssão microorganismos prejudiciais à saúde dentre eles, existem a Salmonela,
Escherichia Coli e a Listeria Monocytogenes que podem ser encontradas nos alimentos e que
são consideradas infecções causadas por bactérias e suas toxinas. Em adultos que possuem uma
saúde boa a maior parte das DTAs não deixam sequelas e acabam durando poucos dias. Só que
quando ocorrem em crianças, idosos, gestantes e indivíduos enfermos podem ocasionar danos
mais graves podendo causar até a morte. Os sintomas mais comuns dessas doenças são:
vômitos, dores abdominais, febre, diarréia, dor de cabeça, olhos inchados e alteração na visão
(SÁ et al., 2016).
Segundo Zurlini et al. (2018), a segurança e higiene dos alimentos são essenciais para
se ter um bom produto, um alimento para ser considerado seguro não deve conter
microorganismos, nem substâncias que sejam consideradas nocivas podendo causar danos a
saúde do consumidor. Dessa forma, é necessário que ocorra a prevenção dessas substâncias e
12
agentes através dos cuidados e regras que serão aplicados no decorrer de todas as etapas do
preparo do alimento ser consumido.
A transmissão e contaminação dessas doenças ocorrem mais devido a contaminação
microbiana, que acontece devido à falta de preparo dos manipuladores na hora da manipulação
dos alimentos, também por conta do espaço de trabalho e locais de armazenamento poder estar
com alguma irregularidade e más condições de higiene, além disso, pode haver falhas na higiene
pessoal dos manipuladores, higiene operacional e na higienização dos equipamentos (ZURLINI
et al., 2018).
Assim, é de suma importância a realização das Boas Práticas (BP), que realizam
procedimentos que podem ser aplicados em todas as unidades de alimentação, tendo como
objetivo obter um produto alimentício de qualidade, garantindo condições higiênicos sanitárias
no preparo e processamento do alimento, isto é, uma soma de medidas e normas que auxiliam
na forma correta de fabricação da produção dos alimentos, tendo como propósito dizimar as
prováveis fontes de contaminação do alimento e proporcionar a saúde do consumidor
(ZURLINI et al., 2018).
Dessa forma, a revisão integrativa proporciona a discussão e analise de resultados que
serão obtidos, assim, possibilitando a realização de possíveis pesquisas cientificas. Tendo como
problemática: como a má higienização dos alimentos pode ocasionar doenças transmitidas por
patógenos. Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa relacionado a analise
de patógenos que são mais frequentes em doenças transmitidas por alimentos, também
observando como a má higienização dos alimentos pode ocasionar as DTAsa partir dos
patógenos Salmonela, Listeria monocytogenes e Escherichia Coli.
13
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, realizada no Centro Universitário Ages, em
Paripiranga- Bahia. Para a realização deste estudo, foram utilizados os seguintes descritores:
“Salmonella”, “Listeria monocytogenes”, “Escherichia coli”, “Higienização correta de
alimentos” e “ Boas praticas de fabricação e manipulação de alimentos”, limitando assim o
idioma em português para os estudos realizados em alimentos que poderiam estar
contaminados, ambientes propícios às doenças transmissíveis por alimentos, importância da
higienização correta de alimentos e temas compatíveis com o assunto pesquisado no trabalho,
sendo os limitadores temporais no período de publicação de 2016 até 2020, assim consultados
nas bases de dados LILACS (78) e SciELO (10).
Na primeira seleção o objetivo foi retirar a duplicidade nas bases de dados, assim
restaram (83) artigos. Logo em seguida ocorreu a escolha por títulos, resultando em (83)
publicações selecionadas. Após a leitura dos resumos foram excluídos (7), pois não eram
compatíveis com tema pesquisado. Assim, restaram (27) sendo lidos na íntegra e,
posteriormente, ocorreu à exclusão dos artigos que não atendiam o objetivo da pesquisa. Com
isso, o estudo foi finalizado com a inclusão de (11) artigos.
14
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Salmonella
De acordo com Moraes, et al. (2014), a Salmonella é um patógeno zoonótico, ou seja,
pode ser encontrado em animais ou seres humanos sendo possíveis hospedeiros. É destacado
como agente causador de toxinfecções alimentar em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
A bactéria tem características complexas que auxilia na sua distribuição no meio ambiente,
elevando assim, o impacto na saúde pública. Dessa forma, esses microorganismos podem
sobreviver durante vários períodos em diversos reservatórios como: água, ambiente e cama de
aviário.
Segundo Hamú (2018), as doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são vinculadas
pela contaminação de microorganismos podendo ser eles: patogênicos, objetos lesivos,
substâncias químicas ou que possuam em sua composição constituintes tóxicos que podem ser
ingeridos pelos consumidores, assim ocasionando sintomas como: diarréia, dores abdominais,
náuseas, vômitos, sendo estes os sinais mais comuns.
Figura 1: Sintomas de infecção por Salmonella.
Fonte: CEIFADORES, (2016).
Além disso, pode ocasionar vários tipos de enfermidades, sendo representada por um
desconforto intestinal, podendo ocorrer casos mais graves como distúrbio neurológico e
causando até a morte em alguns casos (BRAGA et al., 2010). Desse modo, as altas incidências
de DTAs atualmente decorrem devido a vários fatores, como: produção, distribuição,
15
crescimento populacional, modificação na forma de preparo, aumento no consumo de alimentos
inseguros, pobreza e ausência de conhecimento dos indivíduos (LEITE; WAISSMANN, 2012).
Figura 2: Ciclo de transmissão por Salmonella.
Fonte: GARROTE, Fernanda (2017).
3.1.2 Sorvete
Segundo Hamú (2018), os mecanismos patogênicos podem se classificados de três
formas: toxinfecções, infecções e intoxicações. No caso da Salmonella spp, as infecções são
causadas devido à deglutição do microorganismo patogênico. O sorvete faz parte dos produtos
preferidos para o consumo humano, principalmente no verão, sendo consumido por diferentes
idades. Em sua composição pode aderir diferentes patógenos, assim, podendo ocasionar
contaminação na produção, transporte e armazenamento.
O consumo desse alimento pode causar doenças em específicos grupos como crianças,
idosos e indivíduos debilitados. É considerado um dos alimentos para a alta multiplicação
bacteriana, pois existem vários microrganismos que sobrevivem às baixas temperaturas. Nas
DTAs a salmonelose se dá devido a ingredientes contaminados como o ovo ou leite na
realização do preparo do sorvete. O sorvete também é conhecido pela função terapêutica nos
quadros de úlcera e gastrites crônicas, por conta do resfriamento que auxilia na desobstrução
da mucosa inflamada e na estimulação da eliminação de enzimas digestivas (HAMÚ, 2018).
16
3.1.3 Frango
Segundo Freitas, et al. (2019), o consumo e produção de carne de frango aumentou
bastante durante os últimos anos no Brasil, sendo considerado o segundo país produtor de carne
de frango no mundo. A vários fatores positivos para o consumo de frango, sendo ele
considerado uma carne saudável por conter ferro, proteínas de qualidade, adequação do
consumo para todas faixas etárias, quantidade mínima de gordura e por conter vitaminas.
O frango pode se transformar fonte de propagação de microorganismo patogênico no
momento em que seja produzido, manipulado ou armazenado sem ter atenção ou seguido os
cuidados necessários higiênico-sanitários. O consumo de alimentos contaminados por
patógenos devido à manipulação ou processamento inadequado faz parte dos riscos mais
importantes diante a saúde coletiva (FREITAS et al., 2019).
De acordo com Dias, et al. (2019), a Salmonella entererica faz parte dos
microrganismos associados as toxinfecções alimentares diante do consumo de produtos de
origem animal. Além disso, a presença de Salmonella está vinculada na saúde pública
principalmente devido aos tipos de cortes de frangos que acabam contendo uma alta carga de
microorganismos.
Aves do tipo silvestres são reservatórios de Salmonella, por conta da sua alta
mobilidade, podendo assim ser provedoras de disseminação de microorganismos para o meio
ambiente e outros animais, podendo eles ser domésticos, silvestres ou até mesmo o ser humano.
Por isso, é essencial ter o conhecimento sobre quais tipos de espécies da avifauna podem ser
predispostas a abrigar essa bactéria patogênica (DIAS et al.,2019).
Segundo Freitas, et al., (2019), os microorganismos patogênicos podem causar a
infecção alimentar, a Salmonella pode tanto está presente em alimentos ingeridos, quanto pode
também colonizar no intestino humano e acabar alterando o funcionamento gastrointestinal,
podendo ocasionar as enterites, ou seja, pode acabar causando a inflamação na mucosa do
intestino delgado.
Diante de Freitas et al. (2019), a carne de frango ou produtos derivados só podem
apresentar uma boa qualidade microbiológica se ocorrer a garantia que os padrões higiênico-
sanitário foram realizados durante a produção, processamento, manipulação e comercialização,
assim, se esses processos foram realizados de forma correta terá um produto de boa qualidade.
De acordo com Calaça et al. (2019), a Salmonella Enteritidis é um patógeno que se
encontra na família Enterobacteriacease, sendo de origem alimentar, encontrado em diversas
17
espécies de animais distribuídos na natureza, podendo também ser encontrados em frangos de
corte, causando perdas econômicas significativas por conta do alto custo com a erradicação e o
tipode medidas de controle.
Pintos neonatos quando contaminados com a Salmonella Enteritidis podem desenvolver
danos intestinais que acabam piorando o desenvolvimento das aves. No Brasil uma das formas
de tratamento para as salmoneloses de forma que minimize os efeitos no trato gastrintestinal
das aves é sobre o uso de antimicrobianos que tem a capacidade de melhorar o desempenho nas
rações das aves, sendo que nesse país ainda não foi proibido o uso desse método (CALAÇA et
al., 2019).
Segundo Carvalho; Cortez (2005), os surtos de toxinfecção alimentar que são
ocasionados por Salmonella envolvem vários tipos de alimentos, sendo a carne de aves mais
suscetíveis a esse patógeno. No abate desses animais as ocorrências e a quantidade da
Salmonella variam a depender das condições do manejo durante a criação, cuidados higiênicos
e na manipulação das carcaças.
Em diferentes países constam que 30 a 50% das carcaças desses devidos frangos
congelados ou até mesmo refrigerados estão contaminados pela Salmonella. Já no Brasil a
contaminação por esse patógeno nos frangos e inclusive em seus derivados variam de 9,15 a
86,7%, dessa forma, a salmonelose em humanos é de fundamental importância para os dados
epidemiológicos de alimentos de origem animal, sobretudo na carne de frango (CARVALHO;
CORTEZ, 2005).
De acordo Isolan, et al. (2019), o Brasil é considerado o maior país de exportação de
carne de frango do mundo e em seguida os Estados Unidos, assim, representa a utilização de
técnicas desenvolvidas e reconhecidas de manejo, sendo essas técnicas como o avanço da
tecnologia no abate, obtendo a qualidade higiênico-sanitária, dessa forma, garante a
comercialização do frango em mais de 150 países no mundo.
Segundo Isolan, et al. (2019), o monitoramento e controle microbiológico da Salmonella
spp em empresas avícolas que são registradas no Serviço de Inspeção Federal (SIF), tem como
objetivo a redução da prevalência de agentes, assim, estabelecendo uma qualidade adequada de
proteção ao consumidor. O Regulamento Técnico das aves acaba proibindo a entrada de
carcaças que possua qualquer tipo de contaminação que seja visível no sistema de pré-
resfriamento ou pré-chiller, ou seja, nesses processos as aves são imersas em tanques de inox,
por doze minutos, a uma de temperatura de10 a18ºC, com dois litros de água por ave.
De acordo com Pickler, et al. (2012), um dos novos métodos de controle de salmonelose
nos frangos é o uso de ácidos orgânicos na ração e na água desses animais, tendo como objetivo
18
um mecanismo de ação que irá reduzir o pH do interior das células bacterianas, sendo o
propósito criar uma atividade antimicrobiana, esse ácido seria lipossolúvel que teria a
capacidade de atravessar a membrana celular, assim, gerando a reação antimicrobiana.
Já Flores et al. (2012), dizem que a principal forma para controlar a fontes bacterianas
nas granjas avícolas se dar a partir dos antimicrobianos, pois, a utilização de drogas como
medida preventiva é questionada devido o surgimento da resistência dos antimicrobianos no
meio das bactérias patogênicas. Mas que alguns antibióticos podem auxiliar na colonização,
aumentando e prolongando a dispersão de Salmonella spp. Assim, a reprovação do uso de
antibióticos na avicultura acabou gerando a necessidade de desenvolver inovações nas formas
para o controle das infecções bacterianas.
O refile de carcaças é um sistema de lavagem de carcaças no abate de aves que tem
como objetivo realizar a remoção de contaminação de conteúdo gastrointestinal que seja visível
diante as superfícies externas e internas da carcaça. Sendo realizada antes da etapa de pré-
resfriamento, esse sistema foi adotado recentemente no Brasil (ISOLAN et al., 2019).
3.1.4 Ovos
Os ovos são muito consumidos no Brasil, pois apresentam preços acessíveis para
obtenção do produto, além de fazer parte do hábito alimentar da população, sendo um alimento
rico em proteína e que possui um alto valor biológico, sendo rico também em vitamina A. A
maioria dos ovos podem apresentar pouca ou nenhuma contaminação na postura, na realidade
a contaminação ocorrer normalmente depois da oviposição (ARAGON-ALEGRO et al., 2005).
Segundo Aradon-Alegro et al. (2005), a contaminação provavelmente ocorre no contato
do ovo com as fezes das aves, ou seja, o microrganismo penetra podendo ser através de rachaduras
microscópicas ou poros da casca depois da lavagem. Eles também podem ser contaminados por
via transovariana, dessa forma, a contaminação ocorre no trato intestinal da ave, migra para o
tecido do aparelho reprodutor, principalmente o ovário e o oviduto posterior devido na gema,
assim, nem os processos de desinfecção dos ovos podem ser eficazes.
De acordo com Melo, et al. (2015), a produção de ovos se destaca bastante na agricultura
familiar, rico em aminoácidos essenciais, minerais, ácidos graxos e vitaminas K e D. Por possuir
um ótimo valor nutricional principalmente por serem ovos de espécie caipira possuem a
coloração da gema forte do que os ovos convencionais, ou seja, ovos de granja.
19
Segundo Rêgo, et al. (2012), os ovos quando são destinados para a industrialização,
deve conter qualidade no uso comestível, além de necessitar ter a casca íntegra e que não possua
sujeiras ou algo estranho. Se ovo estiver trincado ou apresentar alguma fenda na casca poderá
ser utilizado em processamentos normais, a partir do momento em que ele não apresentar
membranas da casca rompidas. Se a membrana da casca estiver rompida, só poderá utilizar o
ovo se a gema estiver intacta e não aderente na casca.
O ovo pasteurizado pode ser contaminado por diversas formas, até mesmo pela alta
contaminação microbiana da própria matéria-prima, pode ocorrer devido a tempo-temperatura
na hora da pasteurização ou pela contaminação pós-processamento. Dessa forma, a
pasteurização deve ser adequada e também é necessária a higienização dos equipamentos que
são determinantes de contaminação da microbiota por resíduos no final do processo. Sabendo
que é a microbiota e o tipo de refrigeração determina a vida do produto, juntamente com o
aquecimento e a embalagem asséptica que auxilia no tempo de vida dos ovos integral
pasteurizado (RÊGO et al., 2012).
No caso da contaminação ser externa, ou seja, na casca do ovo é de suma importância e
necessidade para a vida na prateleira e até mesmo para a segurança dos consumidores. Para
tentar reduzir falhas de contaminação pelo meio de microorganismos, sendo eles patogênicos
ou deteriorantes é necessário que os ovos passem por um processo de lavagem da casca e
pasteurização (ARAGON-ALEGRO et al., 2005).
3.1.5 Leite
De acordo com Silva et al. (2008), o leite por possuir uma boa composição faz parte dos
alimentos mais complexos com relação a conteúdo nutricional, sendo fundamental para a
alimentação humana, mas também é um produto que constitui alta capacidade de desenvolver
uma grande gama de diferentes microorganismos, incluindo os patógenos. Dessa forma, a
qualidade do leite deve ser observada com extrema atenção por técnicos e autoridades da saúde
devido ser de alto risco de propagação de microorganismos, podendo ocasionar surtos de
doenças de origem alimentar nos indivíduos.
A realização de pesquisas de qualidade no leite em diversas regiões do Brasil observou
uma elevação no percentual de amostras que estavam fora dos padrões microbiológicos e físico-
químico que é estabelecido pela legislação. O controle higiênico-sanitário é essencial desde a
20
fase que o leite cru sai da fazenda até chegar à embalagem do produto final, devido ter atenção
e cuidado, pois condições inadequadas acarretam a veiculação de doenças para os indivíduos
consumidores (SILVA et al., 2008).
Segundo Arcuri, et al. (2006), o modo de como as bactérias e suas enzimas agem sobre
os componentes lácteos podem causar diversas alterações no leite e em seus derivados, isso
pode causar aroma e sabor indesejado, menor tempo de vida do leite na prateleira, causando
interferências no processo e inclusive redução do alimento na preparação de derivados.
Algo que determina o leite antes pasteurização é a temperatura e o tempo de
armazenamento, na forma que interfere na velocidade do desenvolvimento dos
microorganismos contaminantes. A diminuição da atividade de enzimas degradativas depende
das temperaturas baixas que terão a capacidade de inibir ou reduzir a forma da multiplicação
de algumas bactérias. Para garantir segurança e qualidade do leite e derivados é necessário o
leite ser obtido de vacas sadias, tendo as condições higiênico-sanitária adequadas, sendo que
seu resfriamento deve ser a partir de 4°C (ARCURI et al., 2006).
O Brasil é um dos países que é caracterizado pela contaminação de leite pasteurizado
devido à deficiência de higiene e manejo na hora da realização da ordenha, assim, ocorre
elevados índices de mastite além de falta de atenção com a correta desinfecção e manutenção
de equipamentos utilizados para a ordenha e falta de treinamento com os colaboradores (SILVA
et al., 2008).
O leite que possui uma boa qualidade é determinado a partir do sabor, valor nutritivo e
inocuidade (qualidade), além da importância dos parâmetros físico e químico que para ser
considerado satisfatório deve conter a ausência de pesticidas, antibióticos, conservantes, água
e sujidades. O leite além de ser veículo para diversos microorganismos faz parte de um dos
principais produtos para veiculação de Salmonella spp. (NEGOCEKI; ANDRADE, 2016). De
acordo com Negoceki; Andrade, (2016), leite e derivados que não passaram pelo processo de
pasteurização não devem ser consumidos para evitar doenças de origem alimentar, inclusive a
Salmonella.
Segundo Gallo; Oliveira; Caruso, (1983), sabe-se que o leite e derivados possuem
fundamental importância na alimentação diária, devido o alto fornecimento de proteína,
carboidrato, gorduras, minerais e vitaminas. Por possuir composição e pH propício ao
crescimento e desenvolvimento microbiano em especial as bactérias, essa presença pode
ocorrer por conta de esterilização e pasteurização inadequada, má higiene dos equipamentos,
falta de condições de higiene na aquisição do leite e processamento, más condições de
distribuição, armazenamento e embalagem.
21
Segundo Buzi, et al. (2009), o leite de búfala possui teor maior de proteínas e gorduras
do que de outras espécies, esse leite pode produzir diversos produtos incluindo queijos,
requeijão, iogurte e manteiga, mas um dos principais produtos mais produzidos é a mussarela.
A quantidade de carga microbiana do leite de búfala cru é essencial para a qualidade final dos
produtos lácteos produzidos, já que é quase impossível desenvolver melhora nas propriedades
dos derivados a depender da quantidade de microorganismos presentes no leite quando ainda
in natura for elevado.
3.1.6 Queijos
De acordo com Souza, et al. (2014), o queijo coalho é obtido através da coagulação do
leite no meio do coalho ou das enzimas coagulantes, sendo que pode está integrada ou não nas
ações das bactérias lácteas, podendo ser comercializadas com até dez dias após a fabricação. O
queijo coalho é típico do Nordeste e onde se realizam as produções, decorrendo de tradições
dos produtores familiares. Mas a falta de padrões da qualidade da matéria-prima e até mesmo
da forma de processamento do queijo, acaba gerando produtos com baixa qualidade no mercado
e ao consumidor, devido ao estado higiênico-sanitário e a falta de padronização.
Queijos quando frescos e macios possuem ambientes propícios para a proliferação de
vários patógenos, diante disso, atualmente tem se associado a casos de doenças transmitidas por
alimentos em diversos países. É um dos alimentos considerados predispostos a patógenos sobre
manuseio inadequado e origem alimentar, por conta de serem fabricados com leite cru e que na
maioria das vezes não passou por um processo de maturação, sendo muito consumido por
indivíduos de todas as faixas etárias (ECKERT; WEBBER, 2014).
O correto é a elaboração de queijos a partir do leite pasteurizado, já que o queijo é um
alimento que tem um alto consumo no Brasil e por ser um produto de fácil contaminação
microbiológica, observando ainda a sua composição nutricional e alta produção artesanal, deve-
se sempre avaliar a qualidade microbiológica para garantir a segurança do produto (ECKERT;
WEBBER, 2014).
22
3.1.7 Suínos
Segundo Kich, et al. (2005), os produtos suínos são considerados fonte de infecção de
salmonelose em 10 a 19% dos casos. Suínos portadores de Salmonella por muitas vezes passam
despercebidos na granja e abatedouro, devido não apresentarem sinais clínicos da doença,
causando assim, gastroenterite em humanos na hora do consumo.
De 100% das carcaças desse animal 70% da contaminação ocorre pelos próprios animais
portadores e os outros 30% ocorrem por conta da contaminação cruzada. Quando há presença
de sorovar de Salmonella nos alimentos é necessário denominar como impróprio para consumo.
Sendo assim, as indústrias têm criado estratégias para o controle com o objetivo de garantir
segurança dos alimentos no produto final (KICH et al., 2005).
Dos surtos de toxinfecção alimentar em humanos a Salmonella encontrada na carne
suína é responsável de 5 a 30% deles. Os surtos de salmonelose em humanos devem ocorrer
devido à alta demanda de derivados suínos sendo do tipo frescal. A linguiça é um dos produtos
que apresentam maiores riscos, por conta da contaminação e proliferação de microorganismos
no preparo, manufatura e no estoque do determinado produto (SPRICIGO et al., 2008).
Pode ocorrer a presença de Salmonella spp. em linfonodos submandibulares e tonsilas
que se encontram na massa de embutidos, assim, podendo conter também no intestino dos
suínos na hora do abate, podendo isolar esses microorganismos na produção final, também pode
ocorrer o aumento de Salmonella spp. no pré abate ou pós. O Brasil é um dos países que somente
nos estados de Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentaram a prevalência
de Salmonella nos produtos de origem suína por um determinado tipo de análise (SPRICIGO
et al., 2008).
De acordo com Kich, et al. (2005), a Salmonella pode ser distribuída grandemente em
sistema de produção, ou seja, é necessário a realização dos estudos regionais para observar os
fatores que mais são de risco e que auxiliam nas infecções, para assim, poder ocorrer as
orientações e criação dos tipos de programas de controle e segurança que serão viáveis para as
granjas.
A Salmonella spp. causa infecção nos indivíduos e é muito encontrada em suínos onde
os rebanhos e amostras que são coletas das carcaças no abate são infectadas. Para ocorrer à
chegada da segurança desse produto até o consumidor é necessário que seja iniciado a forma
de identificar e reduzir a taxa de Salmonella antes mesmo do abate, dessa forma aumentando a
segurança dos produtos (NEITZKE; WEBER, 2017).
23
No pré-abate a redução do patógeno pode garantir a diminuição da contaminação no
abate. Fora o estado sanitário das granjas, ainda tem como possível contaminação por
Salmonella a ração, transporte, e espera para a realização do pré-abate. O Brasil é um país que
os casos de salmonelose ocorrem devido também a falta de saneamento básico, condições
hiênico-sanitário precárias da maioria dos indivíduos e, além disso, a falta de controle de
qualidade de certas indústrias alimentícias e inclusive de pequenos abatedouros (NEITZKE;
WEBER, 2017).
3.2 Escherichia Coli
A Escherichia Coli é uma bactéria considerada Gram negativa que pertence à família
Enterovacteriaceae, muito encontrada na microbiota entérica de aves e mamíferos. Podem
crescer em temperaturas de 18 a 44°C, mas a temperatura ideal é de até 37°C. As cepas da
E.coli são consideradas patógenos transmisssores de alimentos, podem ser encontrados nas
fezes e podem ter amplas distribuições, existem em pequenas quantidades no ambiente podendo
ser encontrada nos alimentos. Por ser um microorganismo indicador, sua presença nos
alimentos em alta quantidade é considerado a possibilidade de contaminação fecal e pode existir
outros microorganismos enteropatogênicos (PEREIRA; ABREU; FERREIRA, 2016).
Existem quatro tipos de E.coli que podem ocasionar doenças gastrointestinais. A E.coli
enterotoxigénicase fixa na mucosa do intestino e produz toxinas, que causam a diarréia aquosa
e outros sintomas como: cólicas abdominais, febre baixa, fadiga e náuseas, que podem durar de
três a dezenove dias. A E.coli enteroinvasiva quando as células da mucosa do intestino se
multiplicam acabam invadindo os enterócitos, assim ocasionando morte das células, sendo os
sintomas febre, fezes com sangue, dores abdominais, dor de cabeça e arrepios. Os sintomas
podem começar a aparecer entre8 há 24 horas após o consumo do alimento contaminado, a
duração é de dias ou até mesmo semanas (PEREIRA; ABREU; FERREIRA, 2016).
A E.coli enteropatogênica causam diarreias em recém nascidos, a bactéria pode causar
lesões nas microvilosidade intestinal, assim, causando sintomas como: diarréia aquosa e
problema na absorção de nutrientes, também ocasionam sintomas como arrepios, vômitos,
náuseas, febres e dores abdominais. Por fim, a E.coli enterohemorrágica sua toxina produz
verotoxinas que causam a morte das células do intestino grosso, ocasionando diarréias com
24
sangue, a incubação ocorre em 3 a 9 dias, cerca de 5 a 10% dos indivíduos afetados podem
desenvolver doenças como a insuficiência renal aguda e trombose (SOUZA,2006).
Figura 3: Ciclo de transmissão por Escherichia Coli. Fonte: HOMERO, Vilma (2006).
3.2.1 Frango
Segundo De Oliveira Leite, Franco, 2006 o frango tem a capacidade de ser contaminado
por E.coli ou outros patógenos, devido ser um alimento perecível, as bactérias fazem parte da
deterioração e redução do prazo de vida comercial devido casos de surtos por contaminação
alimentar. A enumeração de coliformes para liberar o consumo de carne de aves é essencial, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), junto com a Resolução RDC 12 (2 de
janeiro de 2001), exige a enumeração para a segurança do consumidor. A E.coli pode ser
patogênica para homens e animas, podendo ocasionar infecções graves, sendo capaz de levar o
indivíduo até a óbito.
De acordo com Minharro, et al. (2006), a maioria dasas aves de abate com doenças
respiratórias podem ser ocasionadas por E.coli, além disso, ainda tem a capacidade de ocasionar
casos severos de infecção septicêmica, ou seja, infecção generalizada que atinge todos os órgãos
da ave contaminada, assim, acaba ocasionado casos de acometimento dos sacos aéreos das aves.
3.2.2 Carnes e Derivados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) teve como estimativa dois milhões de mortes
a cada ano, ocasionadas por doenças diarréicas que são adquiridas por ingestão de alimentos
25
contaminados, no Brasil a maioria é causa por Escherichia coli patogênica e Salmonella e
outras. Diante dos alimentos mais contaminados e predispostos a infecções alimentares está a
carne bovina processada, in natura e miúdos (ROMERO et al., 2016).
Segundo Romero, et al. (2016), a carne comercializa moída tem a capacidade de
aumentar o risco de contaminação, devido o contato ser maior com o ambiente. A carne quando
moída possui um alto valor de óxido-redução positivo, devido o aumento de contato com o
oxigênio, assim facilitando o avanço de microorganismos aeróbicos ou facultativos, sendo esses
microorganismos patogênicos e deteriorantes.
A carne de sol é obtida devido a salga e desidratação pelo ar atmosférico de cortes
cárneos de carne bovina. A produção dessa carne ocorre por normas típicas e regionais precárias
de higiene, assim, ocorrendo à falta de controle de qualidade do produto e aumentando o risco
a saúde do consumidor. A produção e comercialização da carne de sol não possuem normas
técnicas, nem padrão de identidade e qualidade de órgãos oficiais, assim, são produzidas dessa
forma (SOUZA et al., 2015).
De acordo com Souza, et al. (2015), a microbiota da carne decorre das condições em
que o animal foi criado, abatido e processado. A E.coli é uma indicadora de qualidade sanitária,
que pode desenvolver os erros de manipulação dos alimentos. A propagação dessa bactéria
patogênica pode ter inibição devido às condições de estocagem, também pela diminuição da
temperatura, forma da salga e a desidratação.
3.2.3 Leite
Devido sua composição química o leite é um ótimo meio de cultura que facilita a
contaminação por diversos microorganismos. Com isso, o leite deve ser ordenhado com higiene
e ser mantido em baixa temperatura, assim, garantindo características químicas, físicas e
nutricionais de qualidade. A E.coli pode ser encontrada nos mamíferos, e as vacas se incluem a
esse meio, por isso se deve ter atenção e higiene regrada entre a manipulação até o consumo
(CAMPOS et al., 2006).
Segundo Maciel, et al. (2008), dizem que o Brasil no ano de 2006 produziu uma alta
quantidade de litros de leite, sendo que 34% desse leite não era inspecionado, pois, a maioria
dos litros de leite eram para o mercado informal, ou seja, leite vendido diretamente para o
consumidor. O leite informal é comercializado pelo pequeno produtor, mas, esse tipo de
26
comercialização é proibido por lei e eleva os riscos à saúde do consumidor. Esse leite pode
conter alta quantidade E.coli, a bactéria é conhecida como uma das principais de contaminação
por origem fecal, assim, elevando o risco de patógenos.
3.2.4 Queijo e Derivados
De acordo com Marques, et al. (2016), dizem que o queijo ralado é um dos alimentos
considerado como prático, que já vem pronto para consumo e pode ser utilizado em diversas
preparações inclusive massas e molhos. É considerado um alimento perecível, assim, estando
suscetível a contaminação por microorganismos, provocando assim, riscos a saúde da
população, já que sua produção ocorre em diversas etapas até o produto final.
A E.coli é uma bactéria que é considerada responsável por graves intoxicações
alimentares, no queijo ralado o surgimento do microorganismo se da a partir da matéria-prima,
ar, solo e a forma em que é processado, inclusive das instalações, equipamentos e higiene dos
manipuladores (MARQUES et al., 2016). Segundo Moreira; Okuru, (2017), a ricota é um tipo
de queijo consumido mundialmente, por conta do baixo teor de gordura e boa quantidade de
nutrientes, mas, possui alta concentração de água, assim, permitindo que seja meio propício de
crescimento de microorganismos causando toxiinfecções graves, sendo a E.coli um dos
contaminantes mais encontrados em queijos tipo ricota.
3.2.5 Suínos
Segundo Cattani, et al. (2013), os microorganismos presentes nas carnes suínas se
resulta pela contaminação de animais vivos, manipuladores, ambiente, equipamento ou forma
de processamento. Por isso, a necessidade de manejar adequadamente a carne, desenvolvendo
assim tipos de estratégias de processamento durante cada etapa. O Brasil é um dos países
maiores de exportação da carne de porco, assim, é de fundamental importância adquirir a
qualidade do produto. A E.coli faz parte dos patógenos encontrados na carne suína.
Uma das principais bactérias que causam enterite é a E.coli, ela tem a capacidade de se
colonizar do epitélio intestinal. A carne de porco representa risco ao consumidor quando
27
contaminada com E.coli, podendo causar as infecções entéricas que afetam o estômago e
intestino,assim, sendo capaz de resultar em morbidade e mortalidade, na maioria das vezes
ocasionam sequelas no trato gastrintestinal, os danos podem ser permanentes ou passageiros.
(MENIN et al., 2008).
3.2.6 Saladas in Natura
Com a presença das mudanças de hábitos alimentares da população devido à
preocupação com a saúde, ocorreu um aumento no consumo de saladas. As hortaliças que são
consumidas pelos indivíduos possuem grande aporte de minerais ricos em vitaminas, sendo que
a vitamina A é mais predisposta nesses vegetais, e também se encontra o cálcio
(STRACCIALANO et al., 2016).
De acordo com Straccialano, et al., (2016), as verduras e frutas podem conter diversos
microorganismos, especialmente patógenos, dessa forma, também estão relacionadas aos casos
de DTAspelo mundo. A E.coli é um dos patógenos encontrado em verduras folhosas. Essa
contaminação pode ocorrer através do solo que pode estar contaminado devido ao adubo
orgânico ou fezes de algum animal, pela água que pode se encontrar contaminada diante a
irrigação, ou até mesmo devido à forma de manuseio, higiene e preparo do alimento, conhecido
com contaminação cruzada.
3.3 Listeria Monocytogenes
A Listeria Monocytogenes pode ser encontrada no animal, homem e meio ambiente, na
natureza tem a capacidade de sobreviver por longo tempo, e coloniza em vegetais, solo, água e
alimentos. Diferentes de outros patógenos têma capacidade de resistir a diversas condições,
como: altas concentrações de NaCl (cloreto de sódio), baixa oxigenação e ambientes com pH
baixo (BRANDÃO et al., 2013).
28
Figura 4: Contaminação do leite por meio ambiente, animal e homem.
Fonte: FAMV, (2019).
Segundo Brandão, et al. (2013), a L. monocytogenes é um patógeno intracelular
facultativo e pode ocasionar infecções severas, desenvolvendo quadros de meningite,
septicemia, infecção no sistema nervoso aborto e até mesmo morte. Acomete gestantes, idosos,
crianças, adultos e indivíduos imunodeprimidos, assim, formando os grupos de risco para o
desenvolvimento da listeriose, sendo um problema para a saúde pública, tendo uma alta taxa de
mortalidade de 20 a 30%, O período de incubação da listeriose é longo e varia de 3 a 70 dias,
dessa forma, dificultando a identificação do agente causador e rastreamento da origem da
contaminação do alimento.
3.3.1 Hortaliças
As hortaliças são componentes essenciais para uma alimentação saudável, pois tem a
capacidade de fornecer uma variedade de nutrientes, vitaminas e minerais que auxiliam a boa
qualidade da saúde. A L.monocytogenes é um microorganismo patogênico que pode ser
encontra nas hortaliças, por conta da capacidade de se multiplicar em temperaturas refrigeradas,
as hortaliças minimamente processadas são alimentos prontos para consumo, assim, são
consideradas condutores de infecção por patógenos (TRESSELER et al., 2009).
As hortaliças minimamente processadas passam por etapas de seleção e higienização,
as etapas são pré-seleção, em seguida são classificadas, logo depois lavadas, sofrem o corte e
enxague, também passando por centrifugação por fim são embaladas e armazenadas em
refrigeração (TRESSELER et al., 2009).
29
Segundo Costa, Vanetti; Puschamann, (2009), uma das medidas essências para
conservaçãodos produtos minimamente processados é a refrigeração, devido às temperaturas
terem a capacidade de afetar qualidade e aparência do produto como, por exemplo, textura e
conteúdo das vitaminas. Um dos problemas que são associados às hortaliças minimamente
processadas é a manutenção da temperatura baixa, durante a distribuição do produto, transporte
e comercialização, pois, o excesso da temperatura pode ocasionar a multiplicação e crescimento
dos patógenos.
A ocorrência desses patógenos nas hortaliças minimante processadas é de 0 a 19%, a
capacidade de sobreviver e crescer em hortaliças minimante processadas decorre ao tipo de
hortaliça, ou seja, idade do produto, tipo de procedimento realizado no processamento,
temperatura, concentração de patógenos e a atmosfera de armazenamento. Diante das hortaliças
comercializadas no Brasil a couve é considerada a mais comercializada e consumida (COSTA;
VANETTI; PUSCHAMANN, 2009).
A realização da lavagem com agentes sanitizantes é o único momento e etapa que tem
a capacidade de reduzir a carga microbiana antes de o produto ser armazenado. Assim, essas
hortaliças minimante processadas são produtos que estão prontos para o consumo do
consumidor é de extrema importância que estejam livres de patógenos e assim reduzidos de
deterioradores, para melhor agregar a alimentação do consumidor (ARAÚJO et al., 2015).
3.3.2 Leite
Segundo Catão; Ceballos (2001), durante a realização de produção, elaboração,
transporte, armazenamento e distribuição, todos os tipos de alimentos estão suscetíveis a
contaminação por substancias tóxicas ou por bactérias, vírus, parasitas e patógenos. No Brasil
o leite é obtido em condições higiênico-sanitária ruins, assim, ocorrer a presença de vários
microorganismos, constituindo um risco para a população, devido também a falta de tratamento
térmico. A L. Monocytogenes faz parte de um dos patógenos que possui a capacidade de
contaminar o leite.
Tem capacidade de se desenvolver entre 0°C e 44°C, embora prefira se propagara entre
30°C e 37°C, assim, podendo sobreviver em alimentos congelados, o pH tolerável é de 5 a 9.
No Brasil a diversos casos da presença de L. monocytogenes em leite e derivados (CATÃO;
CEBALLOS, 2001). De acordo com Arcuri, et al. (2006), a realização da ação das bactérias ou
30
das enzimas nos componentes lácteos podem ocasionar diversas alterações no leite e derivados.
Isso pode alterar o sabor e aroma tornando-o indesejável, interfere nos processos tecnológicos
e redução do rendimento do produto, em particular o queijo e diminui a vida do produto na
prateleira.
A contaminação do leite cru pode ocorrer através do próprio animal, homem ou
ambiente. Para obter leite de qualidade é necessário que as vacas estejam sadias, as condições
de higiene estejam adequadas e o resfriamento deve ser imediato a 4°C, sendo essas medidas
primarias para garantir a boa qualidade do produto e a segurança do leite, derivados e
principalmente do consumidor (ARCURI et al., 2006).
3.3.3 Queijos
Por conta da alta taxa de mortalidade por listeriose é de suma importância que seja
detectado a L.monocytognes nos alimentos prontos para consumo. Os queijos de pasta moles
estão entre os alimentos descritos de surtos de listeriose. Diversos tipos de alimentos estão
associados aos surtos de listeriose com, por exemplo, carnes, saladas, peixes defumados, leite
não pasteurizado, queijos não pasteurizados, vegetais e alimentos prontos pra consumo e
processados (COELHOB; CORREIAB; VALENTEA, 2017).
SegundoCatão; Ceballos (2001), a alta frequências de casos de listeriose por conta do
consumo de queijos e derivados de leite, mostra a importância de evidenciar esses
acontecimentos, pois, os casos de contaminações decorrente no Rio de Janeiro eram de 19,6%
de amostras positivas de L. Monocytogenes. De acordo com Pinto, et al. (2011), o queijo minas
frescal faz parte dos queijos mais populares do Brasil, dessa forma, é produzido em larga escala
e consumido por diversos indivíduos de todo o país. O consumo desse queijo deve ser imediato,
devido ele não sofrer maturação e possuir curta durabilidade no mercado.
Devido o queijo minas frescal possuir baixo custo e ser fabricado de forma simples faz
parte dos queijos mais comercializados em vários locais, como: bares, mercearias e feiras livres,
nesses locais ele é armazenado em sacos plásticos normais e amarrado com fecho metálico sem
usar vácuo. O soro desse queijo fica ao redor do produto, por conta de ser um produto que
possui alta umidade, assim, proporcionando e favorecendo o crescimento de microorganismos
que causam odores desagradáveis ao produto. Além disso, ele passa por uma grande
manipulação que podem gerar a contaminação e multiplicação bacteriana, podendo ser
patogênicas e causar intoxicação ou infecção alimentar nos indivíduos (PINTO et al., 2011).
31
No estado do Rio Grande do Sul e em diversos lugares brasileiros, é uma tradição o
consumo de produtos artesanais, como por exemplo, o queijo, pois, são considerados pelos
indivíduos produtos naturais e mais saborosos. Por serem produzidos artesanalmente, esses
produtos podem conter microrganismos que podem ocasionar doenças na população que os
consumirem, a L. Monocytogenes é um dos patógenos muito encontrada nesses queijos
(ZAFFARI; MELLO; COSTA, 2007).
3.3.4 Frango
Segundo Menezes, et al., (2018), a ocorrência de microorganismos na carne de frango de
corte irá depender do tipo de manejo, criação e cuidados higiênicos com o animal durante o abate
e manipulação das carcaças. Microorganismos identificados nas carcaças são decorrentes da pele
e pernas das aves quando ainda vivas, também decorrente da via respiratória, trato intestinal,
ambiente e processamento nas indústrias. A L. Monocytogenes é um dos patógenos responsáveis
pela toxiinfecção alimentares por aves, o trato intestinal delas em especial da galinha e do peru
fazem parte dos reservatórios mais comuns e naturais desse patógeno.
Nas indústrias de alimentos existem cepas de L.monocytogenes resistentes que possuem
a capacidade de durar meses ou ate mesmo anos em ambientes que ocorrem o processamento de
alimentos, assim, podendo ocasionar contaminações no produto final. Existem muitos estágios
para a realização de produção, processamento e armazenamento de frangos, esses, sendo grande
fonte de contaminação por listeria, dessa forma, devendo entender o modo de produtividade desse
alimento para estabelecer controle e evitar contaminação (NÁLERIO et al., 2009).
3.3.5 Suínos e Derivados
Nas carnes cruas L. Monocytogenes é frequente, ultrapassando de 40% a depender do
tipo do produto. Nos diversos surtos de listeriose que estão relacionados a produtos de origem
suína processados, a contaminação por listeria em carnes suínas cruas são de 16% e 68% em
matadouros sendo suas superfícies de trabalho o local da ocorrência da contaminação. As
carcaças suínas contaminadas no processo de abate podem ser devido às fezes do animal que
32
podem conter a L. monocytogenes ou devido à contaminação no próprio abate por superfície,
utensílio contaminado ou equipamento, a contaminação da carcaça também pode ocorrer
devido os manipuladores (DOS SANTOS et al., 2005).
Alimentos com carne suína e derivados produzidos e consumidos sem tratamento
térmico pós-processamento são veículos da L. monocytogenes. O presunto cozido é elaborado
a partir do pernil do suíno sendo ele sem osso e pele, por possuir uma atividade de água torna-
se suscetível a contaminação bacteriana. No Brasil, principalmente no Nordeste não possui
investigações sobre a qualidade do produto suíno e nem de seus derivados presentes no
comércio (FAI et al., 2011).
3.3.6 Carne Moída
Segundo Mantilla, et al. (2007), a carne moída bovina é muito manuseada, assim,
possibilita o alto crescimento bacteriano permitindo o desenvolvimento de patógenos como L.
monocytogenes que podem permanecer estocados na temperatura de refrigeração da carne
moída até chegar ao consumidor e preparação, assim podendo ocasionar toxiinfecção, a listeria
é um agente que ocorre em 98% dos casos em indivíduos e 85% em animais.
3.3.7 Linguiças
Segundo Silva, et al., (2004), as linguiças mistas do tipo frescal são de origem animal e
possui alta concentração de água, devido serem muito manipuladas e não passarem no processo
de tratamento térmico podem ser veículos de patógenos. O produto é bem consumido no Sul e
está sendo relacionado a diversos casos de toxiinfecção alimentar. O crescimento de L.
monocytogenes no processamento dessas linguiças não está esclarecido, dessa forma, tendo a
necessidade de um auxilio no controle e processamento do alimento, para assegurar a venda das
linguiças com qualidade e higiene-sanitária.
33
Alimento Agente causador de DTAs
Sorvete Salmonella
Frango Salmonella, Escherichia Coli e Listeria
Ovo Salmonella
Leite Salmonella, Escherichia Coli e Listeria
Queijo Salmonella, Escherichia Coli e Listeria
Suíno Salmonella, Escherichia Coli e Listeria
Carne e derivados Escherichia Coli e Listeria
Salada in natura Escherichia Coli
Linguiça Listeria
Hortaliças Listeria
Tabela 1: Alimentos e agentes causadores de doenças alimentares.
Fonte: Elaborado com base em Do Nascimento; De Sena; Castro (2018).
3.4 Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos
As Boas Práticas de Fabricação é a ocorrência de realizações de higiene que devem ser
utilizados pelas indústrias de alimentos, sendo seguida pelos manipuladores de alimentos, desde
o processo de aquisição da matéria-prima até o consumidor. As BPF têm como objetivo garantir
a qualidade dos alimentos e evitar as DTAs que ocorrem devido o consumo de alimentos
contaminados. A qualidadedos alimentos faz parte de condições de equilíbrio, também da
ausência de defeitos do produto. É de suma importância que todos os procedimentos realizados
no produto sejam registrados os resultados, assim, as analises do processo de qualidade dos
alimentos deve ser documentada e arquivada, dessa forma, tendo comprovações e podendo
realizar consultas se necessário (SOARES; MENDES; DE OMENA MESSIAS, 2014).
A criação do Manual de Boas Práticas de Fabricação é realizada pelo um profissional
nutricionista, é um documento que tem a finalidade de dizer sobre as situações das operações e
dos procedimentos que devem ser realizados no estabelecimento. No caso do Manual para as
empresas de alimentos devem conter diversas instruções como: higiene pessoal, edifícios e
instalações, produção e operação, equipamentos e utensílios, limpeza e sanitização,
armazenamento e distribuição, controle de pragas, garantia de qualidade e os treinamentos com
os manipuladores de alimentos (SOARES; MENDES; DE OMENA MESSIAS, 2014).
34
Os manipuladores de alimentos fazem parte e possuem um papel importante na
prevenção e combate das toxiinfecções de diversas doenças de origem alimentar, sendo que são
responsáveis por cada etapa desde a elaboração até a exposição da venda desde o contato direto
ou indireto, ou seja, o individuo que lava, descasca, corta, rala, cozinha e prepara os
alimentos.Para a promoção e manutenção da saúde a alimentação é essencial, isso desde a
produção, manipulação de alimentos até o produto final, dessa forma, deve ocorrer dentro dos
padrões higiênico-sanitário (DA SILVA; CORREIA, 2009).
Segundo Fortunato; Vicenzi (2014), as Boas Práticas de Manipulação devem ser
aplicadas e conhecidas por qualquer manipulador de alimentos, assim, proporcionando o
cuidado da qualidade sensorial e higiênico-sanitária dos alimentos e dos manipuladores, assim,
evitando a contaminação e ricos de DTAs. Muitos manipuladores de alimentos não conhecem
as BPM, dessa forma, favorecendo assim a insegurança alimentar.
De acordo com Dos Santos, et al. (2016), a adaptação da higiene pessoal e ambiental
nos serviços de alimentação, previne/evita a contaminação cruzada, assim, impedindo que a as
mãos dos manipuladores e as superfícies de contato direto com o alimento possa-se tornar um
condutor de contaminação. Para isso, é necessário aderir à aplicação de diagnóstico, sendo
realizado a partir de uma lista de verificação, assim, avaliando as condições higiênico-sanitárias
do local, também na elaboração de plano de ação dos planejamentos das não conformidades
detectadas, com a presença de um profissional nutricionista para identificar as possíveis falhas
na área de alimentos e corrigi-las.
Devido às práticas incorretas de manipulação e processamento, os alimentos acabam
sendo expostos a perigos ou possibilidades de contaminação por patógenos. Uma das principais
estratégias para o controle da qualidade dos produtos são a detecção e correção rápida dessas
falhas no processamento de alimentos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
manipuladores de alimentos de forma direta ou indireta são os causadores da contaminação de
alimentos em 26% dos surtos bacterianos apresentados por alimentos (OLIVEIRA et al., 2015).
Isso pode ocorrer devido os manipuladores poderem estar doentes, ou ser um portador
assintomático, ou seja, não possui sintomas da doença, mas está infectado. Também pode
ocorrer devido a hábitos inadequados de higiene ou ao utilizar métodos inadequados e anti-
higiênicos na hora da preparação dos alimentos. O manipulador sadio também tem capacidade
de contaminar os alimentos através do nariz, garganta, boca e trato intestinal. Algumas das
medidas de controle compreendem a realização da higienização correta das mãos, distribuição
de alimentos e treinamento e conscientização dos profissionais que preparam os alimentos
(OLIVEIRA et al., 2015).
35
É de suma importância que a higienização das mãos dos manipuladores de alimentos
seja feita sempre que: chegar ao trabalho, antes de manipular o alimento, quando tocar em
matérias prováveis de contaminação (ex: garrafa, embalagem e alimento sujo), após utilização
de banheiro, após tossir, assuar ou espirrar, após manipular alimentos crus e antes de começar
a manipular os cozidos, após jogar o lixo fora, após a utilização de vassoura, material de limpeza
e panos, após tocar no sapato, todas as vezes que a mão estiver suja por algo, após ser
interrompido no serviço e sempre que houver necessidade, pois a higienização das mãos é um
dos primeiros passos para evitar a contaminação cruzada dos alimentos (GARCIA,
BASSINELLO, 2007).
Figura 5: Higienização correta das mãos.
Fonte: Clinica Ex Vitam, (2016).
Segunda Da Silva, et al. (2018), a Agência Nacional de Vigilância de Alimentos
(ANVISA), diante a Portaria CVS-6/99, criou critérios para a higiene e boas praticas de
manipulação de alimentos nos estabelecimentos comerciais. Sendo realizado o controle da
saúde do manipulador e sendo avaliada a forma de trabalho. Também realizando exames
periódicos nos funcionários para não ocorrer riscos de contaminação ou serem portadores de
doenças infecciosas e parasitológicas que possam contaminar os alimentos.
Conhecer os fatores do processo de contaminação dos alimentos é essencial para a
realização da criação dos mecanismos de controle e prevenção. A via mais comum de
contaminação de alimentos e ambiente é a viaoral, também fazem parte da contaminação tipos
de lesões na pele, adornos pessoais, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sendo esses
veículos de agentes patogênicos (MEDEIROS; CARVALHO; FRANCO, 2017).
Através da prática da forma correta de realização dos processos de produção seguros e
na realização de ferramentas de qualidade e controle têm a competência de capacitar os
manipuladores, sendo esse um papel fundamental. A falta dessa qualificação profissional acaba
gerando dificuldade na realização das implantações do processo produtivo e na realização de
36
criação e aplicação de ferramentas de controle e qualidade (MEDEIROS; CARVALHO;
FRANCO, 2017).
Microrganismos causadores de DTAs desfrutam de todas as ocasiões de erros sanitários
durante a manipulação para poder se alojarem nos alimentos, assim provocando doenças nos
indivíduos. A maioria dos manipuladores não tem noção do que perigo real da contaminação
biológica de alimentos, assim, também não sabendo como evitá-las. A prevenção das DTAs
decorre a hábitos de higiene corretos como: banhos diários, higienização de cabelos, unhas,
boca (dentes), pés e orelhas; também decorrente a proteger locais que estão com algum
ferimento, não se pode fazer o uso de cosméticos: perfumes, maquiagem, esmalte, hidratante e
talco e por fim a realização da troca de uniformes e lavagem das mãos todas às vezes necessárias
(CAMPOS; UENO, 2014).
Figura 6: Hábito de higiene correto dos manipuladores de alimentos.
Fonte: Alimentos Online, (2020).
Segundo Campos; Ueno, (2014), a contaminação cruzada ocorre através de
microorganismos dos alimentos crus para os cozidos, sendo as mãos dos manipuladores o meio
de transporte para a contaminação cruzada, bem como, as superfícies, roupas e utensílios. O
método de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) tem como finalidade
garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos.
O nutricionista na pratica de capacitação para os manipuladores de alimentos irá ensinar
e passar conhecimento e aprendizado com relação aos conteúdos necessários a serem abordados
para os manipuladores, como por exemplo, como ocorre a contaminação e como evitá-la
(GONZALEZ et al., 2009). Segundo Takahashi, et al. (2013), a ANVISA cita que os
manipuladores de alimento necessitam ser capacitados e supervisionados principalmente com
relação a higiene pessoal, manipulação higiênica e das ocorrências das DTAs. O meio eficaz e
37
mais recomendável para promover mudanças na manipulação de alimentos incorreta é através
dos programas de treinamento para os manipuladores de alimentos.
O Ministério da Saúde criou portarias 1428 de 26/12/1993 e 326 de 30/07/1997 que tem
como finalidade estabelecer orientações de inspeção sanitária, sendo verificado pelo APPCC,
da determinada emprese produtora de serviços de alimentos, assim, levando em conta os
aspectos necessários para a aplicação BPF. Para a realização das condições de higiene e
produção de alimentos seguros é necessário primeiro a implantação das BPF e os POP´S
(Procedimento Operacional Padrão)legislação criada pela Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC n°275 de 21 de outubro de 2002, aprovada pela ANVISA, depois a implantação do
APPCC que auxilia no controle de cada etapa de processo dos alimentos, fazendo parte também
das medidas de segurança alimentar e tendo como ponto principal a criação das legislações para
produção de alimentos (AKUTSU et al, 2005).
Segundo Akutsu, et al. (2005), o APPCC é efetivo pois ao invés de detectar presenças
de patógenos nos alimentos durante o processo de produção final, ele atua ainda com um plano
para a minimização dos riscos de transmissão, através do controle dos procedimentos corretos
no decorrer da produção de alimentos. Com o auxílio das BPF faz com que atinja padrões de
identidade e qualidade dos produtos da área de alimentos, também envolvendo bebidas,
matérias que tenham contato com os alimentos e utensílios.
Os alimentos na maioria das vezes apresentam contaminação por vários tipos de
microorganismos, o que devemos nos preocupar é com relação à sobrevivência dos mesmos
nos alimentos e sua multiplicação, ou que outros tipos possam aparecer como efeito de uma
contaminação ambiental ou até mesmo devido à manipulação inadequada do alimento. Uma
ferramenta que nos permite realizar uma avaliação previa das condições higiênico-sanitárias
dos estabelecimentos de produção de alimentos é o check-list. A avaliação ocorre através de
requisitos relacionados a recursos humanos como: condição ambiental, instalações, sanitização,
produção, equipamentos, saneamento, embalagem e rotulagem, controle do mercado e controle
de qualidade (DE SOUZA GENTA; MAURÍCIO; MATIOLI, 2005).
Segundo, De Souza Genta; Maurício; Matioli (2005), avaliação inicial do check-list tem
como objetivo identificar os pontos críticos ou não conformidades. Diante disso, os dados
apurados poderão elaborar ações corretivas para as instalações, procedimentos e processos de
produção, com o objetivo de minimizar ou eliminar os ricos físicos, químico e biológico que
possa prejudicar o alimento e principalmente a saúde do consumidor.
De acordo com, Jóse (2012), diz que a realização da produção, preparação, distribuição,
armazenamento e comercialização dos alimentos com segurança, fazem parte de funções que
38
exige cuidados diversificados no ambiente de trabalho. Existem vários casos de DTAs por todo
o mundo, a maioria das vezes essa contaminação ocorre devido a manipulação do produto ou
pelo produto já pronto para o consumo.
As feiras livres fazem parte da constituição dos riscos de saúde da população, devido os
alimentos ser facilmente contaminados por patógenos, por conta de condições inadequadas no
local de preparo, armazenamento e falta de conhecimento dos feirantes (manipuladores) sobre
as formas corretas de manipulação higiênica. Alguns estabelecimentos de comercio ambulante
não possuem água tratada, com isso, dificulta a higienização correta das mãos e utensílios
utilizados no preparo das refeições (BORGES et al., 2008).
É necessário a atenção com a saúde da população, com isso, os comerciantes devem ser
qualificados através de programas de segurança alimentar, tendo em vista a garantia da
qualidade dos alimentos manipulados, assegurando assim a sobrevivência e continuidade do
setor comércio informal (BORGES et al., 2008). Segundo Ferreira; De Lima; Aguiar, (2020)
as avaliações realizadas com frequência em condições de BP nos serviços de alimentação é a
garantia para um alimento seguro. As medidas corretivas são realizadas a partir dos
conhecimentos diante da situação das condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos,
assim, as medidas serão aplicadas para tornar o local mais seguro e dentro das conformidades.
Sabe-se que a segurança é primordial para a qualidade dos alimentos, um alimento
seguro é aquele que possui propriedades nutricionais almejadas pelo consumidor, sem causar
danos à saúde, sem tirar o prazer do alimento e sem desviar a felicidade de comer um alimento
seguro, assim, tendo à ausência de qualquer contaminação que possa ocasionar prejuízo a saúde
do consumidor (MACHADO et al., 2009).
Após o contato inicial as bactérias têm a capacidade de sobreviver nas mãos e superfícies
por várias horas ou dias, assim, para garantir a segurança alimentar é de suma importância que
as mãos sejam lavas corretamente, igualmente com as superfícies, sendo elas sanitizadas. A
eficácia do processo é observada através da detecção de microorganismos indicadores, sendo
ele um ou um grupo de microrganismos que detecta patógenos (SOUZA et al., 2015). Nas
indústrias de alimentos a qualidade e segurança do produto são sempre o mais importante,
devido a qualquer problema poder ocasionar ou comprometer a saúde dos consumidores
(FIGUEIREDO; COSTA NETO, 2001).
Hortaliça e frutas estão sofrendo diversas alterações na produção devido à crescente
globalização. Com isso, o cuidado no processo dos alimentos, higiene do refrigerador,
esterilização de maquinas, higiene de produtos e escolha das embalagens é necessário para
evitar os patógenos. Assim, para o aumento da vida útil do produto, sendo preservadas as
39
características, é de suma importância que seja utilizado a Embalagem em Atmosfera
Modificada (EAM), que tem como objetivo realizar a substituição da atmosfera normal, sendo
a permeabilidade aos gases, vapor da água e a capacidade de conservar o lacre da embalagem,
prolongando a vida do alimento na prateleira (FERREIRA et al., 2016).
Figura 7: Importância da higienização da geladeira evitando contaminação por patógenos.
Fonte: CARDOSO, Luiza Carvalho (2019).
O alimento para fornecer os nutrientes necessários para os indivíduos é de suma
importância que seja processado por todas as etapas, assim, também priorizando as condições
de higiene, armazenamento e transporte adequado para cada devido alimento seja ele
refrigerado ou não, também é importante a utilização de matéria prima adequada, ou seja, de
qualidade. A não realização dessas etapas faz com que o alimento fique propício a ser fonte de
DTAs. Sendo favorável ao crescimento de microorganismo através dos fatores ambientais
extrínsecos e intrínsecos, incluindo temperatura e umidade, assim é necessário serem
armazenados e utilizados em temperaturas e tempos idéias no freezer e geladeira antes, durante
e depois que o alimento já estiver chegado ao consumidor (CORREIA et al., 2017).
PRODUTO TEMPO DE CONSERVAÇÃO
Carne bovina comprada em mercado ou açougue 2 meses
Carne moída (500g) 3 meses
Carne cozida 3 meses
Carne de porco fresca 3 a 4 meses
Linguiça (500g) 1 mês
Miúdos (500g) 2 meses
Pernil (500g) 2 meses
Presunto Fatiado 30 dias
40
Inteiro até 2 meses
Peixe gordo 2 a 3 meses
Peixe magro 6 a 8 meses
Peixe cozido 2 a 3 meses
Leite fresco 4 meses
Leite homogeneizado 2 a 3 meses
Queijo em geral 6 meses
Ricota com tempero 1 mês
Sorvete industrializado Conforme indicação do fabricante
Sorvete caseiro 2 a 3 meses
Frutas (polpa) 12 meses
Hortaliças (prontas para consumo) 3 meses
Aves de caça 6 meses
Frango 9 meses
Frango congelado (comercial) 2 meses
Galinha (2quilos) 6 meses
Miúdos congelados de aves (coração, moela,
fígado)
3 meses
OBS: Alimentos descongelados não podem ser congelados novamente
Tabela 2: Conservação de alimentos no freezer.
Fonte: Elaborado com base em Fernandes; Guimarães; Fernandes, (2015).
ALIMENTO TEMPO DE CONSERVAÇÃO
Ovos
Inteiro 14 dias na geladeira
Queijos
Queijo-de-minas (ricota) 5 dias
Queijo em fatias 3 dias
Queijo inteiro 2 meses
Queijo em pedaços 1 mês
Carnes
Carnes frescas: boi, porco, miúdos 2 dias
Carne moída, cortada em cubos, linguiça 2 dias na gaveta
41
2 semanas congelador
Frios
Presunto inteiro 1 semana
Presunto fatiado 1 semana
Linguiça seca ou semi-seca 3 dias
Peixes 1 dia
Aves (todas)
Frescas ou descongeladas 2 dias
Pratos cozidos ou enlatados
Frutas, hortaliças 1 dia
Carnes, peixes e aves 2 dias
Frutas
Maça 4 semanas
Abacate, melão, mamão, pêssego 5 dias
Morango, goiaba, manga, figo 3 dias
Fruta cítrica (laranja, limão, tangerina) 1 semana
Uva, ameixa fresca 5 dias
Abacaxi 7 dias
Hortaliças
Aspargo, couve 5 dias
Beterraba, cenoura, nabo, rabanete 2 semanas
Couve-flor, maxixe, salsão, quiabo e vagem 5 dias
Verduras de folhas: alface, espinafre 5 dias
Leite
Leite integral e desnatado 4 dias
OBS: Prazos de validades de produtos abertos devem seguir as instruções do fabricante.
Tabela 3: Conservação de alimentos na geladeira.
Fonte: Elaborado com base em Fernandes; Guimarães; Fernandes, (2015).
Segundo De Carvalho, et al. (2012), ao realizar a higiene pessoal e as BPF é necessário
observar com atenção se os manipuladores de alimentos realizam as etapas de forma correta,
assim, evitando a contaminação dos alimentos. As BPF são utilizadas com o objetivo de
diminuir a contaminação de alimentos e assegurar alimentos seguros e com qualidade,
42
controlando água, pragas, higiene do manipulador, contaminação cruzada e higiene de
utensílios e superfícies.
É necessário ter atenção na higiene dos manipuladores devido o ser humano ser um
grande agente contaminante, pois, possui muitas bactérias: intestino- até 10 bilhões (g), saliva-
750 milhões (ml), axilas-2,5 milhões (cm2) e nas mãos- até 62.500 (poro), assim, sendo de
extrema importância a realização da higiene correta dos manipuladores de alimentos (GARCIA,
BASSINELLO, 2007).
3.5 Higienizações Correta dos Alimentos
Para a inibição, multiplicação e distribuição de possíveis patógenos sãonecessário que
existam métodos de proteção para desenvolver a forma correta de higienizar os alimentos.
Assim, produzir alimentos limpos, seguros e livres de microorganismos patogênicos por
contaminação direta ou indireta, sendo que os mesmos devem ser livres de sujidades visíveis
ao olho nu e não visíveis, estando também livres de contaminação e deterioração por fungos e
bactérias. Quatro fatores que devem ser associados durante compra, manipulação e preparação
são as condições da matéria-prima, como por exemplo, odor, aparência e consistência, em
seguida a higiene e o cuidado do manipulador, a estrutura física e as condições higiênico-
sanitária do ambiente (forma de estoque e maneira de estocagem), e por fim, a limpeza dos
equipamentos e ambiente (FERNANDES; GUIMARÃES; FERNANDES, 2015).
A preparação de alimentos com higiene correta e a garantia de que não haja possíveis
DTAs os manipuladores de alimentos devem realizar o passo a passo, a fim de evitar
contaminação. Primeiro, lavar as mãos antes e após o preparo da manipulação de alimentos
crus. Segundo, os alimentos devem ser bem cozidos (altas temperaturas- mínimo 70°C).
Terceiro, impedir o contado de alimentos crus com cozidos e sempre lavar os utensílios
utilizados em alimentos crus antes de utilizar nos cozidos. Quarto, não permitir que alimentos
refrigerados e congelados fiquem fora de refrigeração (freezer) e por fim, quinto, não se deve
descongelar os alimentos em temperatura ambiente e sim no micro-ondas (preparações
imediatas) ou deixar descongelar na geladeira se não for prepará-lo imediatamente, no caso das
carnes deve-se utilizar um recipiente tampado para descongelá-las (FERNANDES;
GUIMARÃES; FERNANDES, 2015).
43
A sanitização auxilia nos procedimentos de limpeza e desinfecção do alimento, assim,
assegurando que os alimentos possam chegar em condições apropriadas para o consumo dos
indivíduos. A limpeza tem o papel de remover sujidades que se encontrem na superfície da
matéria prima ou no localde preparo dos alimentos e utensílios, assim, retirando o que se vê. Já
a sanitização reduz a carga microbiana que possa estar presente logo após a lavagem, por meio
de agentes sanitizantes, assim retirando o que não se vê. Alimentos industrializados devem ser
higienizados com álcool 70% antes de serem abertos exemplo (enlatados, caixas, embalagens
em geral, sacos plásticos e vidros). Já os alimentos não-industrializados como os vegetais
devem ser higienizados em local próprio de higiene dos mesmos, devem ser selecionados
(retirar folhas, frutas e legumes danificados), lavar criteriosamente um a um e por fim deve-se
ocorrer a sanitização dos vegetais (permanecer 15 minutos em soluções sanitizantes e logo após
serem lavados em água corrente (GARCIA, BASSINELLO, 2007).
Figura 8: Higienização de hortaliças.
Fonte: GIUSTI, Johnny (2020).
Antes de utilizar os ovos é necessário observar se não possui rachaduras, se houver
alguma é necessário ser descartado. Os ovos só podem ser lavados na água corrente e depois
colocados em solução clorada por 2 minutos, antes de ser utilizado, antes do uso não pode
devido que ao lavar o ovo se retira a película protetora, assim, acaba podendo ser contaminado
na geladeira. Com relação ao armazenamento deve-se armazenar em temperaturas a cerca de
10°C e somente utilizar em até 15 dias e se armazenado em temperatura ambiente deve ser
utilizado até 1 semana (GARCIA, BASSINELLO, 2007).
44
Segundo Fernandes; Guimarães; Fernandes, (2015), existem alguns cuidados
específicos na hora da preparação dos alimentos, como utilizar o método PVPS - Primeiro que
Vence é o Primeiro que Sai. E os cuidados com relação às carnes cruas e vegetais que não são
lavados, pois, podem acabar transferindo microrganismos causadores de DTAs para alimentos
prontos, através de utensílios como bacias, talheres, pratos e tabuleiros, sendo conhecida como
contaminação cruzada.
45
88 artigos - Bases de Dados: LILACS e Scielo
83 artigos após a remoção por duplicidade
83 artigos identificados pelo título
7 artigos não abordavam tema compatível com o pesquisado após a leitura dos resumos
27 artigos foram lidos na íntegra e excluídos aqueles não atendiam ao objetivo
11 artigos foram incluídos pelos critérios de seleção
IDENTIFICAÇÃO
TRIAGEM
ELEGIBILIDADE
INCLUSÃO
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 9: Diagrama do processo de obtenção do corpus
Fonte: Construção da pesquisadora (2021)
AUTOR/ ANO
PATÓGENO/
HIGIENIZAÇÃO
CORRETA/ BPF
INSTRUMENTO DE
PESQUISA
RESULTADOS DA
PESQUISA
Ferreira, Cláudia
Gregório, Eric
Costa, Jéssica
De Paula,
Rubiana
De Araújo Neta,
Haydée
Fontes, Mariana
(2016)
Salmonella - Coleta de 12 tipos de
diferentes hortaliças
minimamente
processadas dentro de
cinco redes de
supermercados de Belo
Horizonte.
-Amostras dentro do
prazo de validade.
-- 50% das amostras
foram consideradas fora
do padrão de consumo
estabelecido pelo
ministério da saúde.
- Falha no mantimento
dos produtos
refrigerados.
-Prováveis práticas de
higiene e sanitização
incorretas decorrentes
das indústrias
fornecedoras
-Prováveis
contaminações cruzadas
Negoceki,
Alessandra
De Andrade, Uriel
Salmonella
-Laudos da qualidade
microbiológica e físico-
química do leite
- Amostras satisfatórias
75,7%.
46
(2016) pasteurizado de acordo
com a legislação
vigente pela
Secretaria de saúde do
Estado do Paraná.
-Cidades com amostras
irregulares: Cascavel
(40%), Campo Mourão
(39,3%), Ivaiporã
(31,5%), Jacarézinho
(30,5%), Paranavaí
(30,4%), Apacuana
(29,5%) e Ponta Grossa
(28,6%).
-Presença de
Salmonella spp. e
coliformes 35° e 45° C
nas amostras analisadas
56,2%, 13,4% 30,3%.
-Amostra com
alterações da criscopia
28,1%.
-Amostra com
alterações da fosfatase
alcalina e peroxidade
1%.
- ¼ das amostras não
estão dentro dos padrões
e as análises
microbiológicas
insatisfatórias.
Mottin, Vanessa
Silva, Larissa
Rocha, Joselia
Texeira, Milton
(2016)
Escherichia Coli
-Analise de 18
amostras de queijo
Minas Frescal.
- Três lotes diferentes
de três marcas, sendo
elas fabricação
industrial e comercial
inspecionadas pelo
Serviço de Inspeção
Federal.
-Somente 16,6%
estavam dentro dos
padrões da legislação
vigente.
- Produtos impróprios
para consumo.
- Somente uma marca
estava atendendo a
legislação em torno de
um parâmetro.
- Condições higiênico-
sanitárias inadequadas.
Da Silva, Raquel
Santos, Ana Paula
Soares, Lilian
(2017)
Escherichia Coli
(coliformes
termotolerantes)
- Amostras coletadas
das mãos de
manipuladores de
restaurantes comerciais
e institucionais na
cidade de Salvador/ Ba.
- Foi assinado um
termo de
consentimento pelos
indivíduos que
-As amostras das mãos
dos manipuladores de
alimentos dos
restaurantes comerciais
e institucionais para o
microorganismo
coliformes
termotolerantes
apresentaram 100%
dentro do valor
recomendável.
47
participaram da
pesquisa.
Barbosa, Talita
De Souza, Ylka
Da Silva, Izabel
Freire, Daniel
Orsi, Daniela
(2017)
Listeria
Monocytogenes
-Coleta de seis
embalagens contendo
100-250g de couve
minimamente
processada.
- Marcas diferentes e de
diferentes redes de
supermercados na
cidade de Brasília.
- Amostras nas
embalagens originais e
dentro do prazo de
validade.
-Listeria
monocytogenes foi
detectada em metades
das amostras,
caracterizado pelo
excesso do tempo de
estocagem ou
armazenamento.
Moreira, Mariana
Okura, Mônica
(2017)
Listeria
Monocytogenes
-19 amostras de ricotas
de 17 produtos
diferentes, sendo 5
condimentadas.
-Unidades coletadas
aleatoriamente, em 5
redes de diferentes
supermercados na
cidades de Franca-SP e
Uberaba-MG.
-Na tabela 3 foi
detectado a presença de
Listeria monocytogenes
em 28,6% das amostras.
- Na tabela 4 foi
detectado a presença de
Listeria monocytogenes
em 80% das amostras.
Rossi, Eliandra
Gruzela, Raquel
Kochhann,
Marília
Menezes, Larissa
Honorato, Jessica
(2020)
Higienização
Correta de
Alimentos
-240 consumidores
entrevistados,
residentes de uma
cidade do Sul do Brasil.
-Utilizou um
questionário com
questões de múltipla
escolha, que foi
enviado para os
participantes via e-
mail.
-100% dos
consumidores realizam
a lavagem da alface
antes do consumo.
-72,5% utilizam agua
tratada (clorada) na
higienização.
-52,1% armazenam na
geladeira sem
higienizar.
-92,6% não realizam a
higienização correta do
alimento.
-5,4% utilizam vinagre
na hora da higienização.
-7,5% realizam a forma
recomendada pela
Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
Isolan, L
Perdoncini, G
Todeschini, B
Santos, L
Guahyba, A
Depner, R
Higienização
Correta de
Alimentos
-Cinco abatedouros sob
Inspeção Federal, no
Estado do Rio Grande
do Sul.
-Antes das instalações
do método de lavagem
foram identificados 156
resultados positivos
para salmonela spp.,
48
Nascimento,V
(2019) - Total de 4632
carcaças de frangos.
-Sendo 2692 antes do
método de lavagem e
1940 após o método de
lavagem.
depois das instalações
das lavagens foram
identificados 83
resultados positivos.
-Nem todos os
estabelecimentos
apresentaram resultados
positivos com relação à
redução do patógeno.
Bastos, Leonídya
Silva, Laíz
Casaes, Roberta
Sant’Anna,
Mônica
(2018)
Boas Práticas de
Fabricação
- Aplicação de
questionário com
manipuladores de 19
Unidades de
Alimentação e Nutrição
offshore, localizadas
nas cidades de
Campos- RJ, Santos-SP
e Vitória- ES.
-100% dos
manipuladores tinham
recebido treinamentos
de BPF.
-75% conseguiram
demonstrar
conhecimento com
relação às BPF.
-Os manipuladores
dessas unidades
apresentaram um nível
excelente de
conhecimento sobre as
BPF.
Biazzotto,
Caroline
Ribeiro, Leandro
Maequetti, César
(2016)
Boas Práticas de
Fabricação
-Estudo realizado em
um restaurante
comercial no
Município de São
Bernardo do Campo-
SP, que serve refeições
do tipo self servisse e à
la carte.
- Ferramenta utilizada
na avaliação foi o
checklist de BPM,
contendo 65 questões
para a avaliação da
parte estrutural do
estabelecimento.
-Questões todas
requisitadas pela RDC
n° 216/2004 da
ANVISA.
-Queda significativa das
não conformidades nos
primeiros 4 meses de
trabalho, devido a
implementação das
ferramentas de
qualidade.
- Evolução das
conformidades,
avaliadas pelo checklist
aplicado no
estabelecimento.
-Através do gráfico 1 foi
possível observar as
melhorias ocorridas nos
setores trabalhados.
-Percebeu a necessidade
de uma acessória e
consultoria técnica com
relação à higiene e
sanidade dos alimentos.
-Constante troca de
funcionários de alguns
setores prejudica o
estabelecimento,
provocando prejuízos
49
na realização dos
trabalhos.
Souza, Eliane
De Araujo, Jany
Silva, Cinthia
Albuquerque,
Glaucia
(2017)
Boas Práticas de
Fabricação
-Estudo realizado em
dois serviços de
alimentação e nutrição
(hoteleiro e uma
empresa alimentícia).
- Aplicação de
checklist baseado na
RDC n° 216/2004.
-Analisado 55 itens,
que foram divididos em
edificação, instalações
e equipamentos,
higienização de
instalações,
equipamentos, moveis
e utensílios,
manipuladores,
preparação de
alimentos e exposição
ao consumo do
alimento preparado.
-Na tabela 2 a Unidade
Hoteleira demonstrou
um percentual maior de
inadequação do que a
Unidade da Empresa
Alimentícia com
relação a edificações,
instalações e
equipamentos.
-Unidade alimentícia
piso e parede não
estavam em boas
condições,
apresentavam
rachaduras alguns
estavam quebrados.
- Hotelaria os pisos e
paredes estavam em
bom estado de
conservação.
-Hotelaria não existia
barreiras físicas na
realização das
atividades gerando
assim, risco de
contaminação.
-Hotelaria o sistema de
climatização não estava
em bom estado e não
tinha realizado
nenhuma manutenção
periódica dos
equipamentos.
-Hotelaria não existia
produtos para a higiene
pessoal nas instalações
sanitárias.
-Na tabela 2 com
relação à higiene das
instalações,
equipamentos,
utensílios e móveis a
Unidade Hoteleira tinha
100% de conformidades
comparadas com a
Unidade alimentícia que
tinha 14% de não
conformidades.
50
- Unidade alimentícia
não existia POPs ou
rotinas impressas para
auxiliar os funcionários.
-Unidade alimentícia
43% dos itens com
relação a manipulação
de alimentos estão em
não conformidades,
sendo esse percentual
maior do que na
Unidade Hoteleira que é
de 20%.
-Unidade Hoteleira o
manipulador não
higieniza as mãos
quando chega, antes e
após manipular o
alimento.
-Unidade Hoteleira os
manipuladores falavam
e cantavam durante a
realização das
atividades, assim,
comprometendo o
alimento, igualmente
acontecia na Unidade
alimentícia.
-Unidade Hoteleira os
manipuladores não
higienizavam as mãos
após manipular
alimentos crus e depois
já manipulavam
alimentos prontos,
igualmente acontecia na
Unidade alimentícia.
-Unidade Hoteleira os
óleos utilizados na
realização das frituras
eram reutilizados por
varais vezes.
-Unidade Hoteleira os
alimentos refrigerados e
congelados não
apresentavam
informações como datas
de preparo e prazo de
validade e a temperatura
de armazenamento não
51
era monitorada e nem
registrada na planilha.
-Unidade Hoteleira
manipuladores não
realizavam a
higienização das mãos e
não faziam o uso de
luvas descartáveis,
igualmente na Unidade
alimentícia com 20% de
não conformidades.
-Unidade Hoteleira
inadequação no
monitoramento de
equipamentos da
realização de
distribuição de
alimentos preparados.
-Unidade alimentícia
apresentou 55 itens
analisados em que 35
itens (63%) estavam em
conformidade e 20 itens
(37%) estavam em não
conformidade.
-Unidade Hoteleira
também 55 itens foram
avaliados, sendo que 31
itens (56%) estavam em
conformidades e 24
itens (44%) estavam em
não conformidades. Quadro 1: Síntese dos estudos relacionados: relação entre doenças transmitidas por patógenos e a prevenção pela
higienização correta e aplicação de Boas Práticas de Fabricação e Manipulação.
Fonte: Construção da pesquisadora (2021)
Ferreira, Cláudia, et al. (2016), afirmam que a Salmonella spp. é responsável por
infecções graves, devido à ingestão de alimentos contaminados, sendo que a mesma pode ser
encontrada em diversos locais como: solo, água, animais, humanos, ar, nas fezes de animais e
humanos e em equipamentos, mas é mais encontrada no trato intestinal de animais e humanos.
Assim, podendo contaminar diversos alimentos, sendo os principais os que contem proteínas e
carboidratos e também em alimentos que possuem alto teor de umidade.
Negoceki, Alessandra; Andrade, Uriel, (2016), afirmam que a Salmonella spp. é um
dos principais microorganismo que pode ser encontrado no leite, sendo que o mesmo é um
veiculo para a detecção de vários outros microorganismos. Com o objetivo de evitar as doenças
de origem alimentar, sendo um dos principais causadores de doenças alimentares a Salmonella,
52
não é recomendável consumo de alimentos como leite e derivados que não passaram pelo
processo da realização da pasteurização.
Mottin, Vanessa, et al. (2016), afirmam que o patógeno Escherichia Coli é considerado
uma das bactérias mais procuradas em alimentos, principalmente quando se trata de um grupo
representada por coliformes termotolerantes (coliformes 45°C), ou seja, coliformes fecais.
Podendo ser encontrado no intestino de humanos e animais, sendo isso sua característica
principal, mas também pode ser encontrado no meio ambiente. É conhecida como uma bactéria
Gram-negativa que possui a capacidade de fermentar a lactose presente nos alimentos, tendo
como consequência o estofamento das embalagens e as alterações nos alimentos.
Da Silva, Raquel; Santos, Ana Paula; Soares, Lilian (2017), afirmam que doenças que
possuem origem alimentar estão na maioria das vezes relacionadas a bactérias como a
Escherichia Coli, pois, relacionam-se com as características dos alimentos, como os fatores
intrínsecos, ou seja, relação com o meio ambiente em que o alimento se encontra e os fatores
extrínsecos que auxilia na multiplicação do microorganismo. A presença da E.Coli pode apontar
falta de qualidade da água ou alimento, falha na realização do processo de higiene pessoal,
podendo também surgir pelo fato da contaminação cruzada.
Barbosa, Talita, et al. (2017), afirmam que bactérias patogênicas como a Listeria
monocytogenes está relacionada com doenças transmitidas por alimentos com relação ao
consumo de frutas e hortaliças contaminadas. Sendo ela uma bactéria causadora da listeriose,
doença essa que possui altas taxas de mortalidade e que acomete indivíduos como, recém-
nascidos, gestantes, imunodeprimidos e idosos. A presença desses microorgansimos em
vegetais está ligado por conta do tempo de estocagem ou pelo tipo de armazenamento por conta
de altas temperaturas.
Moreira, Mariana, Okura, Mônica (2017), afirmam que a Listeria monocytogenes faz
parte dos microorganismos que mais são encontrados em queijo do tipo ricota, sendo que na
maioria das vezes a contaminação é decorrente a má qualidade de matéria-prima e a falta de
higiene na hora da produção, dessa forma, acaba interferindo na boa qualidade do produto e
comprometendo, além da saúde do consumidor a segurança do mesmo na realização do produto
final.
Rossi, Eliandra, et al. (2020), afirmam que a maioria dos consumidores fazem a
higienização das hortaliças somente com água antes do consumo. Dessa forma, fazendo com
que ocorra o aumento da predisposição de uma contaminação por DTA, devido esse método
não eliminar patógenos. Além disso, cita a existências de sanitizantes como: hipoclorito de
53
sódio, ácido ascórbico e ácido acético que auxiliam na higienização correta desses alimentos.
Sendo que o hipoclorito de sódio faz parte de um dos mais utilizados na realização da
desinfecção, devido ter um baixo custo e possuir ação rápida e eficaz. Antes da higienização
com hipoclorito deve-se realizar a retirada das folhas, partes e unidades que se encontra em
estado de deterioração e logo após lavar em água corrente, a recomendação da higienização
com hipoclorito de sódio nas hortaliças é de 15 a 30 minutos em soluções de 50-200 ppm.
Isolan, Leonardo, et al. (2019), afirmam que o sistema de lavagem de carcaças de aves
após o abate com o intuito da remoção da contaminação devido ao conteúdo encontrado no trato
gastrointestinal que são encontrados nas superfícies internas e externas das carcaças das aves
antes da etapa de pré-resfriamento é uma pratica que foi adotada recentemente no Brasil. Esse
sistema tem como objetivo zerar a contaminação por fezes encontradas nas carcaças antes de
passarem pela etapa de resfriamento, a lavagem ocorre através de um chuveiro final na parte de
evisceração, tentando atender as diretrizes do governo, as aves chegam nos abatedouros com
bactérias na pele de difícil remoção, assim, dificultando a remoção por lavagem com água, para
obter sucesso nesse sistema é necessário um equipamento de qualidade na realização da
lavagem, observar o tempo de exposição da carcaça, a pressão e quantidade de água, o tempo
na hora do abate e o local direcionado dos jatos de água.
Bastos, Leonídya et al. (2018), afirmam que as Boas Praticas de Fabricação são um
conjunto de medidas que necessitam serem adquiridas pelos serviços de alimentação e
industrias alimentícias, tendo como objetivo garantir a qualidade dos produtos alimentícios,
através dos regulamentos técnicos corretos. Além disso, tem como papel fundamental que os
manipuladores de alimentos tenham conhecimento sobre as BPF, pois, o mesmo é fundamental
na realização das etapas de preparação, sendo que ele pode ser um veiculo transmissor de
agentes patogênicos alimentares quando ocorre algum erro durante o processo de manipulação,
dessa forma, não é possível realizar melhorias sem que ocorra a conscientização dos
manipuladores, devendo os mesmos ser avaliados por profissionais nutricionistas.
Biazzotto, Caroline; Ribeiro, Leandro; Marquetti, César (2016), afirmam que é de
extrema importância da adição das BPF, Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e
Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), tendo como objetivo garantir qualidade
de alimentação, treinamento dos manipuladores de alimentos com relação à higiene pessoal,
equipamentos, utensílios, superfícies de manipulação, paredes, pisos, ralos e higiene de
alimentos, assim, possibilitando a minimização dos riscos de contaminação de alimentos. O
MBP terá exposto todos os procedimentos das atividades da área de produção de alimentos. Os
POP’s são instruções de como realizar cada procedimento, contendo o nome, cargo e função
54
dos indivíduos responsável pela atividade, sento aprovado, datado e assinado por um
responsável do estabelecimento, devendo também realizar registros da data de preparação dos
alimentos, tendo que ser mantidos por no mínimo 30 dias.
Souza, Eliane, et al. (2017), afirmam que as BPM são compostas por princípios e regras
que determinam o manuseio correto dos alimentos, assim garantindo uma alimentação de
qualidade e segura. As BPM têm como objetivo garantir a qualidade higiênico sanitária, assim,
auxiliando na prevenção de doenças transmitidas por alimentos contaminados, as BPM devem
ser adotadas pelas empresas que trabalham com manipulação de alimentos, tendo como função
garantir qualidade e as conformidades dos produtos alimentícios. A falta de adesão dessas
praticas podem ocasionar consequências graves nos estabelecimentos, assim, dificultando a
segurança do alimento para o consumidor.
55
5 CONCLUSÃO
Os estudos avaliados demonstraram que os patógenos estão presentes nos alimentos
devido à falta de higienização correta dos mesmos, também pela falta de aplicação das boas
praticas de fabricação e manipulação. Assim, foi possível observar que muitas doenças que
ocorrem nos seres humanos são devido à falta desses procedimentos que tem como objetivo
entregar ao consumidor um alimento seguro para o consumo e livres de DTAs.
Os autores citados parecem concordar com relação à forma de transmissão dos
patógenos nos alimentos e sobre o que eles podem ocasionar nos seres humanos, também estão
de acordo com a importância da higienização correta dos alimentos juntamente com a aplicação
das boas praticas de fabricação e manipulação de alimentos. Dessa forma, as boas práticas e a
higienização correta de alimentos são de fundamental importância para evitar e minimizar a
transmissão de doenças por alimentos para os indivíduos, assim, podendo proporcionar
alimentos seguros para os consumidores.
56
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63
TERMO DE RESPONSABILIDADE
RESERVADO AO REVISOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
Anexar documento comprobatório de habilidade com a língua, exceto quando revisado pelo
orientador.
Eu, FÁBIO LUIZ OLIVEIRA DE CARVALHO, declaro inteira responsabilidade pela
revisão da Língua Portuguesa do Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia),
intitulado:
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs): uma visão sobre a correta higienização dos alimentos
a ser entregue por ÉRICA MACÊDO DE SANTANA, acadêmico (a) do curso de NUTRIÇÃO. Em testemunho da verdade, assino a presente declaração, ciente da minha
responsabilidade no que se refere à revisão do texto escrito no trabalho.
Paripiranga, 26 de Junho de 2021.
Assinatura do revisor
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TERMO DE RESPONSABILIDADE
RESERVADO AO TRADUTOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: INGLÊS, ESPANHOL
OU FRANCÊS.
Anexar documento comprobatório da habilidade do tradutor, oriundo de IES ou instituto de
línguas.
Eu, PEDRO HENRIQUE DE GOUVÊA_, declaro inteira responsabilidade pela
tradução do Resumo (Abstract/Resumen/Résumé) referente ao Trabalho de
Conclusão de Curso (Monografia), intitulada:
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs): uma visão sobre a correta higienização dos alimentos
a ser entregue por ÉRICA MACÊDO DE SANTANA, acadêmico (a) do curso de NUTRIÇÃO.
Em testemunho da verdade, assino a presente declaração, ciente da minha
responsabilidade pelo zelo do trabalho no que se refere à tradução para a língua
estrangeira.
Paripiranga, 26 de junho de 2021.
Assinatura do tradutor
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