ÓrgÃo do partido conservador

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ÓRGÃO DO PARTIDO CONSERVADOR PROPRIEDADE DO REDACTOR - JOSÉ PEDRO XAVIER DA VEIGA Anno III Ouro-Preto, 7 de Dezembro de 1882 Numero 129 Pede-se ás pessoas quo «lc- vem á esta typõgraphia, não de assignaturas conto tam- bem «lc pul>licaç3es c impres- s3és avulsas, a bondade «le mandarem saldar suas contas com a possivel brevidade, A PROVÍNCIA de minas Pr. Cornelio «le XSIagalhitcs E' com sincero pezar que registramos aqui a triste noticia do fallecimento, em S. Paulo, do Dr. Cornelio Perei- ra de Magalhães, nosso parlicul tr ami- go e illustre adversário polilico. Enfermando em Goyaz pouco tempo depois de encetar a administração dessa provincia, que lhe foi merecidamenle confiada pelo gabinete Martinho Cam- pos, o Dr. Cornelio de Magalhães vio-se forçado a abandonar a honrosa com- missão cm que novos e bons serviços ia prestar ao paiz. .Da regresso á Baependy, sua terra natal, forão progressivamente se agra- vando seus padeclmenlos. Nem os ex- tremos de sua virtuosa esposa, nem os soceorros de hábeis facultativos, nem a dedicação e proficiência medica de seu venerando pai, que foi ao encontro do filho idolatrado e acompanhou-o de Ube- raba á S. Paulo, nada pôde deter a marcha da enfermidade fatal. Após lon- gos sofírimentos, pouco antes de chegar à cidade sul-minoira da qual era um dos nrais distinclos filhos, o Dr. Corne- lio de Magalhães exhalou o derradeiro alento á 30 de Novembro ultimo. Na academia de medicina do Rio de Janeiro, na imprensa baependyana e na tribuna de nossa assembléa legislativa provincial, o Dr. Cornelio de Magalhães deixou seu nome inscripto com honra e brilho. Inlelligencia vigorosa, nolavel appli- eação ao estudo, patriotismo sincero, caracter integro o altivo-—laes os pre- dicados que exalçavão o nome do nosso inditoso cornprovinciano e amigo, tão prematuramente arrebatado á familia e á palria aos 34 annos de idade 1 O partido liberal mineiro, o verda- deiro partido liberal, que nâo sacrifica a nobre religião dos princípios pela ido- latria depressora de inculcados chefes, esse partido, que tão mingoa.lo ve- mos... deve deplorar no passamento do 1 Dr. Cornelio de Magalhães a morle de uma das melhores esperanças. Nós tambem deploramos nessa morle a perda do amigo e do cornprovinciano, que, desprotegido e pobre, soube ilius- trar seu nome nos certamens fecundos d&s idéas, sem descer jamais à arena das especulações e dos convicios, que infelizmente tem sido para muitos a escada do engrandecimento e do poder. Bntclligencia precoce Enlre os estudantes de preparatórios, quo em grande numero concorrerão aos exames geraes de Novembro e Dezembro nesta capital, atlrahio geral atlenção o menino João Martins de Carvalho Mou- rão, filho do nosso distineto amigo Dr. Aureliano «Marlins de Carvalho Mourão, advogado em S. João d'El-Rey. Com dez annos apenas de idade, e pa- recendo ainda mais criança pela sua compleição franzina, o menino Mourão é um raro e notável exemplo de precocida de intellectual. Tendo iniciado seus es- tudos de primeiras letras aos sele annos dc idade, nos tres annos que se conlão d'então para preparou-so etn por- tuguez, latim, francez e inglez, lendo tambem princípios de arithmetica e geo- graphia I Nas bancas geraes de preparatórios acaba o menino Mourão de submetter-se aos exames de porluguez, francez, inglez e latira, tendo sido approvado plenamen- le em todas essas matérias. Esta interessante criança tornou-se aqui objecto de muilas sympathias, não se podendo deixar do admirar-lhe a lo- quacidado e precoce inlelligencia, à par de sen refletido raciocínio etn annos tão tenros. Que os fruetos do futuro correspondão às florescentes esperanças do presente. Taes são os nossos votos. Acadêmicos Acabão de fazer aclos na faculdade ju- ridica de S. Paulo, obtendo lisongeiro resultado, os seguintes estudantes per- tencentes á familias desta cidade: 2.s anno Srs. Francisco do Paula Amaral, Cesarino Cypriano Ribeiro, An- tonio Carlos Soares de Albergaria, Af- fonso Coelho de Magalhães Gomes, Ge- raldo Leite dn Magalhães Gomes e José Coelho de Magalhães Gomes. 3.° anno Sr. Boa ventura S,raphico de Brilo Guerra. Baríio «Io Petrópolis Pinou-se na corte, á 30 de Novembro ultimo, o Dr. Manoel de Valladão Pimen** ta, Barão de Petrópolis, talvez o mais afamado medico do Brazil e, com cer- lesa, um dos homens que, no nosso paiz e na sua especialidade, mais lustre de- rão ao seu nome. O Barão de Petrópolis falleceu com 80 annos de idade, após meio século de exercicio glorioso da profissão em que tantos triumphos conquistou, por sua inlelligencia privilegiada e grande cabe- dal scientifico. Orçamento provincial Num officio sobre a publicação das leis provinciaes, dirigido ao Dr. secre- tario do governo e que vem no Liberal de 29 de Novembro, -se diz, como res- posta á Provincia, que na publicação do orçamento provincial não se derão todos os erros ou enganos á que allu- dimos em um de nossos números an- terio res. Relativamente á palavra —fica, em vez de -— ficar que foi o que a as- sembléa votou, o que se conclue é que a omissão do r —, que altera subs* tancial menlo a disposição legal no pe- riodo, foi devida á infidelidade do au- tographo; mas o erro nem por isso deixa de ser real. « Bespeclivamente á 1.' parte, obser- va o digno Sr. chefe de secção P. Quei- roga, i que de lodo não lem razão a Provincial, a acerescenta:—• « No aulo- grapho referido eslá mesmo 500:000$ *, e nem podia ser por menos, desde que, sendo a divida flucluante da provincia de 529:000$000, se determinasse a lei do orçamento que ioda ella fosse con- vertida em um empréstimo, á que vinha acerescentar que o excedente seja ¦pago com as sobras da receita? » S. S. è que de todo não tem razão, ' A divida flucluante da provincia não é de 829:000$, mas de 529:80G$923. (llelalorio do Sr. Dr. T. Oltoni, pagi- nas 81 e 13 do annexo B). E no mesmo numero do Liberal Mi- neiro (152 de 7 de Novembro ultimo), que publicou a lei do orçamento pro- vincial, vem publicada ( pag. 3.% fo- lumna 5.') uma emenda da commissão de orçamonto da assembléa provincial, emenda que foi approvada, na qual se dispõe o seguinte:—« Ao arl. 4.°—Em vez de 500 contos, diga-se 520 con- tos. » Fica, pois, demonstrado que a recla- mação da Provincia procede em todas as suas partes e,. reciprocamente, que a contestação opposta carece de funda- menlo. SuppressiKo dc cadeiras Forão supprimidas as cadeiras de ins- trucção secundaria das cidades de Bae- pendy, Sanla Barbara, Itabira, Jaiiu«*i- ria, Juiz de Fóra, Leopoldina, Pouso Alegre, Serro, Tres Ponlas, Tamanduá e Sete Lagoas. Itestauracfio * Foi restaurada a cadeira do sexo mas- culino da freguezia de S. Roque, ler- mo de Piumliy. Demissão Concedeu-se a que solicitou o profes- sor da freguezia do Brejo das Almas, t*rmo do Montes Claros, Euzebio Alves Sarmento. Vitaliciedadc Forão declarados vitalícios os profes- sores Vicente Ferreira de Souza, José dos Santos Carvalho, Anionio Belarmino de Paula Lima o Severiano Alves de Moraes. Habilitação Forão igualmente declarados habili- tados, conforme o regulamento n. 84, os professores Antonio Belarmino de Paula Lima, João José Rabello, D. Elisa Maria da Conceição e Severiano Alves de Moraes. globo Filhotismo A' propósito da recente nomeação do Sr. Marti ra Francisco Filho paraa presi- dencia do Espirito Santo, escreveu o Glo- bo o seguinte : « Demittido o Sr. Inglez de Souza, da presidência do Espirito Santo, foi nomea- do o Sr. Martim Filho, deputado. Porque ? In nomine Palris, o filho vai ad Spiri- lura Sanclum, Amen. *? Conferência O engenheiro de minas Sr. Chrispinia* no Tavares fará domingo, 10 do corren- le mez, ao meio dia, no paço da assem- bléa provincial, uma conferência sobre o estado aclual da metallurgia do fer- ro na provincia e os meios d empregar para effecluar-se uma reforma neste gran- de ramo da industria nacional; para o que convidão-se as pessoas que quize* rem assistir. Carmo do BSio Claro JUIZES DE PAZ Advogado Carlos A. R. Campos (c.) Annanias Gomes Pereira (c.) José da Cosia Faria (I.) José Cesario Baplista Boeno (1.) VEREADORES: Primeiro escrutínio Advogado Carlos Augusto R.Campos(c) Annanias Gomes Pereira (c.) José Pinio de Magalhães (c.) José do Carmo Freire (I.) Antonio Carlos da Cruz (1.) Segundo escrutínio : João Pinto Vilella (c.) José Carlos de SanfAnna (c.) José Baptista dos Santos (I.) Jeremias Luiz Marques (I.) Os seguintes votados para juizes de paz e vereadores são conservadores. Capellílo-tononte do exercito Por decreto de 25 do corrente foi provido n'este poslo o Rerm. Sr. padre- mestre Honorio Benedicto Ottoni, depu- tado provincial. Provimentos interinos Concedeu-se provimento interino nas cadeiras da cidade do Curvello e fre- guezias do Córrego do Ouro e Concei- ção dos Ouros á D. Virgínia de Alva- renga, D. Clara Maria das Dores, Mar- tiniano Severo de Oliveira, 'Alfredo Au- gusto Gama e D. Maria Izabel Grillo da Gama. A população do A ultima edição de estatística dos Drs. Behm o Wagner, publicada este anno, acusa um augmento de população no glo- bo, durante os últimos dous annos,islo é, desde que foi publicada a ullima eslalis- ca em 1880, de 33,000,000 de habitan- tes, o que realmente é bastante anima- dor para os que poderião julgar que o numero dos habitantes do nosso nlanela lendia a diminuir. A população indicada na estalistica para os diversos continentes é a seguinte: Europa 327,743,400; Ásia 795,591,000 ; África 205,823,200; America 100,415,400 Austrália e 1'olynesia, 4,432,000; Regiões Polares 82,500 ; total para todo o globo, 1,443,837,500 habitantes. A estalistica conlóm alguns outros da- dos de interesse ; a Grécia teve nm aug- mento de população, em dous annos, de 299:950 habitantes, com a acquisiçüo de novos territórios. A Russia Asiática aug menlou tambem em território e em po- pulação.queéaclualmcnte de 14,983,750; incluído todo o seu aclual território na Europa o na Ásia, o império moscovita tem uma população de 98,323,000. O mais curioso é que a população do império chinezdiminuio de 434,500,000 habitantes a 371,200,000. Esta diminuição ó divida a terem sido corrigidos os erros das estatísticas ante- riores, que nunca tinhão sido precisas. Aos Eslados-Unidos a estalistica uma população de 50.442,000 habitantes; ao Canada, a do 4,324,810 ; ao México. 9,575,279; â America Cenlral,2,891,600, e á America do Sul, 28,010,354, incluir- do a do Brazil, que fôrma quasi a me- tade desla cifra,isto é, mais de 12,000,000 de habitantes. t\ crise do caie O abaixamento crescente nos preços do café, nos mercados de exportação, e as exagenidissimas tarifas de nossas vias-ferreas, eslão produzindo seus na- luraes e deploráveis effeilos. Sabemos que não poucos cultivadores d'aquelle gênero, complelameute desani- mados, tem deixado de mandar colher n café, abandonando-o na arvore, e oulros estão mandando roçar os cafezaes pa- ra plantar, em substiluição d'elles, mi- Iho, feijão, etc. ! Parecerá talvez imprudente lão in- usilado alvitre, mas elle explica-se in- felizmente. Entre muitos faclos recenles, sabomos que alguns cafelistas do município do Muriahé, lendo feilo remessas para a corte de consideráveis partidas de café, longe de haverem qualquer resultado, tiverão ainda de paj/ar á sens corres- pondentes certas quantias, além do pro- dueto da venda de seu gênero, pelas despezas de frete nas estradas de ferro, direitos de exportação, etc. 11 Nestas circumstancias, e a não baver um remédio à crise que atravessa a lavoura cafeeira, será realmente melhor roçar os cafezaes e, em lugar d*elles... plantar batatas I Donativo importante O dislineto fazendeiro e capitalista, do município de Mar de Hespanha, Exm. Sr. Barão de Louriçal,acaba de dar novo e eloqüente testemunho de sua generosi- dade e sentimentos caridosos. Tendo a commissão de obras da ma- Iriz de Mar de Hespanha, composta dos honrados e prestantes cidadãos Srs. coro- nel Or. Joaquim Barbosa do Castro, ca- pilão Evaristo Gonçalves Machado, Mo- deslo Henrique de Mattos e Antonio Gon- çalves de Rezende, se dirigido à S. Exc. solicitando-lhe um auxilio em beneficio das mesmas obras, o benemérito barão de prompto aquiesceu á essa solicitação, subscrovendo-se cavalheiramenle com a importante quantia de dez contos de róis. Temos sincero prazer em regristrar este novo acto de generosidade e civismo, que bem raoslra os nobres sentimentos do illustre Sr. Barão de Louriçal. Para 1883 Distribuímos com o presente numero uma folhinha para o anno de 1883, offerecida aos Srs. assignantes da Pro- vincia de Minas. a A Folha Nova » Esle ò o titulo de um novo diario cuja publicação começou na còrle a 23 de Novombro ultimo. A Folha Nova promette prospera e brilhante carreira, a julgarmos pelos primeiros números com que fomos ob- sequiados, e que agradecemos. Eslão á frenle de sua redacção jor- nalistas babeis e trabalhadores, sendo notável a variedade dos assumptos Ira* tados nos edicloriaes e e*m seu copioso noticiário, o que muilo deve agradar ao publico. Saudámos cordialmente ao novo e illustre collega da imprensa fluminense. Correio Escrevem-nos da cidade de Pouso Alto para que solicitemos providencias do Sr. administrador dos correios para as irre- gularidades que se dão no serviço da agencia daquella cidade, que freqüente- mente destino errado á corresponden- cia que deve expedir, e não cumpre ou- tros deveres, d'ahi resultando prejuízos e conlrariedades para o publico.

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Page 1: ÓRGÃO DO PARTIDO CONSERVADOR

ÓRGÃO DO PARTIDO CONSERVADORPROPRIEDADE DO REDACTOR - JOSÉ PEDRO XAVIER DA VEIGA

Anno III Ouro-Preto, 7 de Dezembro de 1882 Numero 129Pede-se ás pessoas quo «lc-

vem á esta typõgraphia, nãosó de assignaturas conto tam-bem «lc pul>licaç3es c impres-s3és avulsas, a bondade «lemandarem saldar suas contascom a possivel brevidade,

A PROVÍNCIA de minasPr. Cornelio «le XSIagalhitcs

E' com sincero pezar que registramosaqui a triste noticia do fallecimento,em S. Paulo, do Dr. Cornelio Perei-ra de Magalhães, nosso parlicul tr ami-

go e illustre adversário polilico.Enfermando em Goyaz pouco tempo

depois de encetar a administração dessa

provincia, que lhe foi merecidamenleconfiada pelo gabinete Martinho Cam-

pos, o Dr. Cornelio de Magalhães vio-seforçado a abandonar a honrosa com-missão cm que novos e bons serviçosia prestar ao paiz.

.Da regresso á Baependy, sua terranatal, forão progressivamente se agra-vando seus padeclmenlos. Nem os ex-tremos de sua virtuosa esposa, nem ossoceorros de hábeis facultativos, nem adedicação e proficiência medica de seuvenerando pai, que foi ao encontro dofilho idolatrado e acompanhou-o de Ube-raba á S. Paulo, nada pôde deter amarcha da enfermidade fatal. Após lon-

gos sofírimentos, pouco antes de chegarà cidade sul-minoira da qual era umdos nrais distinclos filhos, o Dr. Corne-lio de Magalhães exhalou o derradeiroalento á 30 de Novembro ultimo.

Na academia de medicina do Rio deJaneiro, na imprensa baependyana e na

tribuna de nossa assembléa legislativa

provincial, o Dr. Cornelio de Magalhãesdeixou seu nome inscripto com honra e

brilho.Inlelligencia vigorosa, nolavel appli-

eação ao estudo, patriotismo sincero,caracter integro o altivo-—laes os pre-dicados que exalçavão o nome do nossoinditoso cornprovinciano e amigo, tão

prematuramente arrebatado á familiae á palria aos 34 annos de idade 1

O partido liberal mineiro, o verda-deiro partido liberal, que nâo sacrificaa nobre religião dos princípios pela ido-latria depressora de inculcados chefes,esse partido, que já tão mingoa.lo ve-mos... deve deplorar no passamento do

1 Dr. Cornelio de Magalhães a morle deuma das melhores esperanças.

Nós tambem deploramos nessa morlea perda do amigo e do cornprovinciano,

que, desprotegido e pobre, soube ilius-trar seu nome nos certamens fecundosd&s idéas, sem descer jamais à arenadas especulações e dos convicios, queinfelizmente tem sido para muitos aescada do engrandecimento e do poder.

Bntclligencia precoceEnlre os estudantes de preparatórios,

quo em grande numero concorrerão aosexames geraes de Novembro e Dezembronesta capital, atlrahio geral atlenção omenino João Martins de Carvalho Mou-rão, filho do nosso distineto amigo Dr.Aureliano «Marlins de Carvalho Mourão,advogado em S. João d'El-Rey.

Com dez annos apenas de idade, e pa-recendo ainda mais criança pela suacompleição franzina, o menino Mourão éum raro e notável exemplo de precocidade intellectual. Tendo iniciado seus es-tudos de primeiras letras aos sele annosdc idade, nos tres annos que se conlãod'então para cá — preparou-so etn por-tuguez, latim, francez e inglez, já lendotambem princípios de arithmetica e geo-graphia I

Nas bancas geraes de preparatóriosacaba o menino Mourão de submetter-seaos exames de porluguez, francez, ingleze latira, tendo sido approvado plenamen-le em todas essas matérias.

Esta interessante criança tornou-seaqui objecto de muilas sympathias, nãose podendo deixar do admirar-lhe a lo-quacidado e precoce inlelligencia, à parde sen refletido raciocínio etn annos tãotenros.

Que os fruetos do futuro correspondãoàs florescentes esperanças do presente.Taes são os nossos votos.

AcadêmicosAcabão de fazer aclos na faculdade ju-

ridica de S. Paulo, obtendo lisongeiroresultado, os seguintes estudantes per-tencentes á familias desta cidade:

2.s anno — Srs. Francisco do PaulaAmaral, Cesarino Cypriano Ribeiro, An-tonio Carlos Soares de Albergaria, Af-fonso Coelho de Magalhães Gomes, Ge-raldo Leite dn Magalhães Gomes e JoséCoelho de Magalhães Gomes.

3.° anno — Sr. Boa ventura S,raphicode Brilo Guerra.

Baríio «Io PetrópolisPinou-se na corte, á 30 de Novembro

ultimo, o Dr. Manoel de Valladão Pimen**ta, Barão de Petrópolis, talvez o maisafamado medico do Brazil e, com cer-lesa, um dos homens que, no nosso paize na sua especialidade, mais lustre de-rão ao seu nome.

O Barão de Petrópolis falleceu com80 annos de idade, após meio século deexercicio glorioso da profissão em quetantos triumphos conquistou, por suainlelligencia privilegiada e grande cabe-dal scientifico.

Orçamento provincialNum officio sobre a publicação das

leis provinciaes, dirigido ao Dr. secre-tario do governo e que vem no Liberalde 29 de Novembro, -se diz, como res-posta á Provincia, que na publicaçãodo orçamento provincial não se derãotodos os erros ou enganos á que allu-dimos em um de nossos números an-terio res.

Relativamente á palavra —fica, emvez de -— ficar — que foi o que a as-sembléa votou, o que se conclue é quea omissão do — r —, que altera subs*tancial menlo a disposição legal no pe-riodo, foi devida á infidelidade do au-tographo; mas o erro nem por issodeixa de ser real.

« Bespeclivamente á 1.' parte, obser-va o digno Sr. chefe de secção P. Quei-roga, i que de lodo não lem razão aProvincial, a acerescenta:—• « No aulo-grapho referido eslá mesmo 500:000$ *,e nem podia ser por menos, desde que,sendo a divida flucluante da provinciade 529:000$000, se determinasse a leido orçamento que ioda ella fosse con-vertida em um sú empréstimo, á quevinha acerescentar que o excedente seja¦pago com as sobras da receita? »

S. S. è que de todo não tem razão,' A divida flucluante da provincia não

é só de 829:000$, mas de 529:80G$923.(llelalorio do Sr. Dr. T. Oltoni, pagi-nas 81 e 13 do annexo B).

E no mesmo numero do Liberal Mi-neiro (152 de 7 de Novembro ultimo),que publicou a lei do orçamento pro-vincial, vem publicada ( pag. 3.% fo-lumna 5.') uma emenda da commissãode orçamonto da assembléa provincial,emenda que foi approvada, na qual sedispõe o seguinte:—« Ao arl. 4.°—Emvez de 500 contos, diga-se 520 con-tos. »

Fica, pois, demonstrado que a recla-mação da Provincia procede em todasas suas partes e,. reciprocamente, quea contestação opposta carece de funda-menlo.

SuppressiKo dc cadeirasForão supprimidas as cadeiras de ins-

trucção secundaria das cidades de Bae-pendy, Sanla Barbara, Itabira, Jaiiu«*i-ria, Juiz de Fóra, Leopoldina, PousoAlegre, Serro, Tres Ponlas, Tamanduáe Sete Lagoas.

Itestauracfio*Foi restaurada a cadeira do sexo mas-

culino da freguezia de S. Roque, ler-mo de Piumliy.

DemissãoConcedeu-se a que solicitou o profes-

sor da freguezia do Brejo das Almas,t*rmo do Montes Claros, Euzebio AlvesSarmento.

VitaliciedadcForão declarados vitalícios os profes-

sores Vicente Ferreira de Souza, Josédos Santos Carvalho, Anionio Belarminode Paula Lima o Severiano Alves deMoraes.

HabilitaçãoForão igualmente declarados habili-

tados, conforme o regulamento n. 84,os professores Antonio Belarmino dePaula Lima, João José Rabello, D. ElisaMaria da Conceição e Severiano Alvesde Moraes.

globo

FilhotismoA' propósito da recente nomeação do

Sr. Marti ra Francisco Filho paraa presi-dencia do Espirito Santo, escreveu o Glo-bo o seguinte :

« Demittido o Sr. Inglez de Souza, dapresidência do Espirito Santo, foi nomea-do o Sr. Martim Filho, deputado.

Porque ?In nomine Palris, o filho vai ad Spiri-

lura Sanclum,Amen. *?

ConferênciaO engenheiro de minas Sr. Chrispinia*

no Tavares fará domingo, 10 do corren-le mez, ao meio dia, no paço da assem-bléa provincial, uma conferência sobre— o estado aclual da metallurgia do fer-ro na provincia e os meios d empregar

para effecluar-se uma reforma neste gran-de ramo da industria nacional; — parao que convidão-se as pessoas que quize*rem assistir.

Carmo do BSio ClaroJUIZES DE PAZ

Advogado Carlos A. R. Campos (c.)Annanias Gomes Pereira (c.)José da Cosia Faria (I.)José Cesario Baplista Boeno (1.)

VEREADORES:

Primeiro escrutínioAdvogado Carlos Augusto R.Campos(c)Annanias Gomes Pereira (c.)José Pinio de Magalhães (c.)José do Carmo Freire (I.)Antonio Carlos da Cruz (1.)

Segundo escrutínio :João Pinto Vilella (c.)José Carlos de SanfAnna (c.)José Baptista dos Santos (I.)Jeremias Luiz Marques (I.)Os seguintes votados para juizes de

paz e vereadores são conservadores.

Capellílo-tononte do exercito

Por decreto de 25 do corrente foi

provido n'este poslo o Rerm. Sr. padre-mestre Honorio Benedicto Ottoni, depu-

tado provincial.

Provimentos interinosConcedeu-se provimento interino nas

cadeiras da cidade do Curvello e fre-guezias do Córrego do Ouro e Concei-ção dos Ouros á D. Virgínia de Alva-renga, D. Clara Maria das Dores, Mar-tiniano Severo de Oliveira, 'Alfredo

Au-gusto Gama e D. Maria Izabel Grilloda Gama.

A população doA ultima edição de estatística dos Drs.

Behm o Wagner, publicada este anno,acusa um augmento de população no glo-bo, durante os últimos dous annos,islo é,desde que foi publicada a ullima eslalis-ca em 1880, de 33,000,000 de habitan-tes, o que realmente é bastante anima-dor para os que poderião julgar que onumero dos habitantes do nosso nlanelalendia a diminuir.

A população indicada na estalisticapara os diversos continentes é a seguinte:Europa 327,743,400; Ásia 795,591,000 ;África 205,823,200; America 100,415,400Austrália e 1'olynesia, 4,432,000; RegiõesPolares 82,500 ; total para todo o globo,1,443,837,500 habitantes.

A estalistica conlóm alguns outros da-dos de interesse ; a Grécia teve nm aug-mento de população, em dous annos, de299:950 habitantes, com a acquisiçüo denovos territórios. A Russia Asiática augmenlou tambem em território e em po-pulação.queéaclualmcnte de 14,983,750;incluído todo o seu aclual território naEuropa o na Ásia, o império moscovitatem uma população de 98,323,000.

O mais curioso é que a população doimpério chinezdiminuio de 434,500,000habitantes a 371,200,000.

Esta diminuição ó divida a terem sidocorrigidos os erros das estatísticas ante-riores, que nunca tinhão sido precisas.

Aos Eslados-Unidos a estalistica dá umapopulação de 50.442,000 habitantes; aoCanada, a do 4,324,810 ; ao México.9,575,279; â America Cenlral,2,891,600,e á America do Sul, 28,010,354, incluir-do a do Brazil, que fôrma quasi a me-tade desla cifra,isto é, mais de 12,000,000de habitantes.

t\ crise do caieO abaixamento crescente nos preços

do café, nos mercados de exportação,e as exagenidissimas tarifas de nossasvias-ferreas, eslão produzindo seus na-luraes e deploráveis effeilos.

Sabemos que não poucos cultivadoresd'aquelle gênero, complelameute desani-mados, tem deixado de mandar colher ncafé, abandonando-o na arvore, e oulrosestão mandando roçar os cafezaes pa-ra plantar, em substiluição d'elles, mi-Iho, feijão, etc. !

Parecerá talvez imprudente lão in-usilado alvitre, mas elle explica-se in-felizmente.

Entre muitos faclos recenles, sabomosque alguns cafelistas do município doMuriahé, lendo feilo remessas para acorte de consideráveis partidas de café,longe de haverem qualquer resultado,tiverão ainda de paj/ar á sens corres-pondentes certas quantias, além do pro-dueto da venda de seu gênero, pelasdespezas de frete nas estradas de ferro,direitos de exportação, etc. 11

Nestas circumstancias, e a não baverum remédio à crise que atravessa alavoura cafeeira, será realmente melhorroçar os cafezaes e, em lugar d*elles...plantar batatas I

Donativo importanteO dislineto fazendeiro e capitalista, do

município de Mar de Hespanha, Exm.Sr. Barão de Louriçal,acaba de dar novoe eloqüente testemunho de sua generosi-dade e sentimentos caridosos.

Tendo a commissão de obras da ma-Iriz de Mar de Hespanha, composta doshonrados e prestantes cidadãos Srs. coro-nel Or. Joaquim Barbosa do Castro, ca-pilão Evaristo Gonçalves Machado, Mo-deslo Henrique de Mattos e Antonio Gon-çalves de Rezende, se dirigido à S. Exc.solicitando-lhe um auxilio em beneficiodas mesmas obras, o benemérito barãode prompto aquiesceu á essa solicitação,subscrovendo-se cavalheiramenle com aimportante quantia de dez contos de róis.

Temos sincero prazer em regristrareste novo acto de generosidade e civismo,que bem raoslra os nobres sentimentosdo illustre Sr. Barão de Louriçal.

Para 1883Distribuímos com o presente numero

uma folhinha para o anno de 1883,offerecida aos Srs. assignantes da Pro-vincia de Minas.

a A Folha Nova »Esle ò o titulo de um novo diario

cuja publicação começou na còrle a 23de Novombro ultimo.

A Folha Nova promette prospera ebrilhante carreira, a julgarmos pelosprimeiros números com que fomos ob-sequiados, e que agradecemos.

Eslão á frenle de sua redacção jor-nalistas babeis e trabalhadores, sendonotável a variedade dos assumptos Ira*tados nos edicloriaes e e*m seu copiosonoticiário, o que muilo deve agradar aopublico.

Saudámos cordialmente ao novo eillustre collega da imprensa fluminense.

CorreioEscrevem-nos da cidade de Pouso Alto

para que solicitemos providencias do Sr.administrador dos correios para as irre-gularidades que se dão no serviço daagencia daquella cidade, que freqüente-mente dá destino errado á corresponden-cia que deve expedir, e não cumpre ou-tros deveres, d'ahi resultando prejuízos econlrariedades para o publico.

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*• Publicações

Recebemos e agradecemos as seguio-tes:

Repertório do trovador popular, ou

collecção de modinhas, recitativos, etc,editado na typographia Carioca, da côrle.

Projecto de emancipação do elemen-to servil, pelo Sr. Dias da Silva Junior,redactor do Jornal do Agricultor.

0 autor indica no seu escripto algu-mas medidas certamente úteis para o

fim que tem em vista, isto é, a gra-dual e lenta transformação do trabalho.

Entre essas medidas notão-se : a pro-hibição do trafico de escravos inter pro-vincial e a creação de novas taxas es-

peciaes,, para augmento do fundo deemancipação.

Discursos pronunciados na camaralomporaria, nas sessões de 12 de Setem-bro e 4 de Outubro próximo passado,pelo illustrado Sr. conselheiro AffonsoPenna.

O Precursor (de Caravellas), nume-ro extraordinário consagrado á inaugu-ração da eslrada de ferro Bauia e Minas.

Foi publicado à 9 de Novembro, diad'aquella inauguração, trazendo nas qua-tro paginas bonitas cercaduras e conten-do diversos artigos interessantes sobre afesta da referida inauguração e acerca dofuturo da esperançosa empreza — estra-da de ferro Baiua e Minas.

— Folhinha civil e ecclesiaslica minei-ra, do bispado de Marianna, cnm diver-sas indicações úteis, para 1883.

Foi edictada em Marianna, na typogra-phia do nosso prestimoso amigo Sr. alfe-res Joaquim Affonso Rodrigues de Moraes.

Quasi todas estas emendas, Sr. presidente,forão formuladas de accordo com os cálculosque fiz, tendo era vista não só a media do trien-nio liquidado, mas também o calculo da repar-tição de fazenda provincial, o orçamento apre-sentado pela nobre commissão d» fazenda e di-versos dados que se contêm nos documentos of-ficiaes.

Ha, porem, Sr. presidenle, duas destas ver-bas, as que se referem aos impostos de 3 e 6 %sobre exportação, que me parecerão orçadas de-vidamente pela commissão, assim como outras.

Nestas a reducção que proponho provém, nãodo exagero do calculo da nobre commissão, masporque, como disse entào à casa o oia conlir-mo, pretendo no artigo respectivo, aquelle queversa sobre a pauta, apresentar modificaçõesquanto ao numero de gêneros tributados e quan-to ao preço eni que estão alli avaliados certosartigos.

O Sn. Menelio:—E' uma necessidade impres-cindivel.

O Sn. X. da Veiga:—Limitar-me-hia, Sr. pre-sidente, a estas ligeiras reflexões,-- apresentandoas emendas que formulei, se nào fora o brilban-te discurso hoje proferido nesta tribuna pelomeu distineto coliega, amigo e co-religionario,o nobre deputado pelo 4.' districto desla pro-vincia. (Apoiados).

O Sn. T. da Motta:—E' bondade de V. Exc.O Sn. X. da Veiga:—Sr. presidente, o nobre

deputado ao iniciar o seu discurso, a que moreliro, nos disse que sentia-se constrangido,por segregar-se, no debate, de amigos a quemS. Exc, faz a honra...

O Sn. T. da Motta:—Não faço honra alguma;cumpro o meu dever.

O Sn. X. da Veiga;—. . .de mostrar-se ligadopor laços de alfeição.

De minha parte, agradeço e retribuo esta af-feição, e a retribuo com verdadeira eordiali-dade.

Antes de conhecer pessoalmente o nobre de-putado, já dedicava á S. Exc sincera estima eapreço, porque via no nobre deputado um dig-no cóntinuador das tradicçòes honrosas de umadislincla familia, í\ qual pertencerão, e são, paranós mineiros, recordações saudosas, cidadãosillustres e beneméritos,* como o respeilavel co-ronel Joaquim C. Teixeira da Motta (apoiados;muito bem), o illustrado ür. João Pinto Murei-ra (apoiadissimo; muito bem), e o talentoso mo-co, tào prematuramente finado, Dr. Joaquim deVasconcellos T. da Motia (muitos apoiados), dequem me lembro sempre com saudade.

O Sn. T. da Motta:—Muito agradecido.O Sn. X. da Veiga:—Mas, Sr. presidente, es-

tas considerações de affeiçào e estima privadasjamais me detiverão e jamais me hão de deternesta tribuna ou em qualquer^ outra parte,_ nocumprimento stricto de

« Concordando, como disse, com o requeri-"menlo, em seu fundo, isto e, que i manifesta afraude no intuito de se lesar a fazenda publica,discordo inteiramente da apreciação que faz doregulamento, attribuindn-llie providencias quepossão evitar essas mesmas fraudes. Que ellasse dão, prova-se não só com o relatório apresen-lado pelo Sr. direçior da fazenda provincial....como por lerem-se dado essas fraudes jà airte-riomenle, em trimestres que não sào menciona-dos nesse relatório e dos quaes oxistem docu-mentos na repartição dü fazenda.

« De conformidade com o regulamente e coma lei, o collector exigio que a companliia lhefornecesse a conta....

« Vão ver, meus Srs., a fraudep começando apatentear-so: aquelle trimestre, de que o colloe-lor jà tinha balanço, balanço |que existe na di-rectona de fazenda, demonstrando um lucro li-quido de 140:0005, vem inciuido nessa contageral com uni lucro somente de G0;000$!.... li'preciso que haja livros casuisticos da despeza ereceita dessa companhia para em um dia ser olucro liquido de um trimestre 140:000$ e nooutro dia 60:000$.

Produccffo do ferroAvalia-se em 19 milhões e meio de

toneladas a producção annual do ferrono mundo,

Eis a porporção em que figurão naproducção as diversas nações:

Naçõis Annos ToneladasInglaterra. . . 1881 «,377:364Estados-Unidos. 1881 4,144:254Allemanha . . 1881 2,803:400França . . . . 1881 622:288Bélgica .... 1881 448:685Áustria Hungria 1880 399:6280Suécia .... 1880 289:212Luxembourg . 1881 231:341Rússia .... 1881 76:000Itália .... 1876 73:000Hespanha. . . 1873 40:001Turquia ... 10:000Japão .... 1877 46:000

Oulro» paizes, cora menor producçãoO Brazil, apesar da sua grande rique-

za mineral, mas duvido ao pequeno de-senvolvimento da industria metallurgicaentre hós, produz apenas diariamente,na fabrica do Ypanema,3000 kil. dí*ferro. Está, porém, nas intenções do go-verno elevar aquella producção a 20:000kil. diários de ferro em guza e 12:000de ferio balido e aço. *

As quatro primeiras nações produzem, 88 por cento da fabricação tolal do ferro

O paiz que mais consome são os Estados-Unidos, (29 por cento) ; depois aGrã-Bretanha (23 por cento). Só estasduas nações absorvem mais da metadeda producção total.

ASSEMBLÉA PROVINCIAL

SESSÃO DE 6 DE OUTUBRO DE 1882.

O Sr. Xavier da Veiga:—Sr

meu dever. (Apoiados).Êsrse dever, Sr. presiilenle, de algum modo se

accentúa, cabendo-me a tarefa de mais uma vezreagir, e reagir com a energia de que sou capaz,contra as tendências abusivas de uma emprezapoderosa (apoiados), altamente protegida (apoia-dos) por indivíduos que, sem exhibirem-se àluz meridiana, lêm exercido e continuào a exer-cer a este respeito a mais nociva iniluencia nosnegócios públicos (muitos apoiados) do nossopaiz (muilos apoiados).

Sr. presidente, a casa recorda-se, porque estábem viva ainda em sua lembrança, da argumen-tação de que servio-se o nobre deputado a quemme refiro; de que S. Exc, nào obstante a suareconhecida illustração (apoiados) e o seu pro-vado talento (apoiados), nào pôde destruir umsó dos argumentos apresentados, não só na tri-buna, como na imprensa, contra o abusivo pro-cedimento da companhia de que se trata e da-quelles que a protegem de modo escandaloso,em detrimento dos legítimos interesses e dusdireitos incontestáveis de nossa provincia.(Apoiados).

Juridicamente, nenhum dos argumentos ad-duzidos pelo nobre deputado procede. Para queassim acontecesse, Sr presidente, seria precisoque essa companhia, collocada como verdadeiroEstado dentro do Estado, fosse superior á pro-pria lei, alçasse-se a uma esphera inaccessivel ásnossas deliberações, para d'abi continuar a zom-bar das decretos legislativos desla casa e da ac-cão do governo provincial.

O Sn. C. Sena:—Tem-nos insultado vergo-nhosamente.

O Sn. X. da Veiga:—Nem são de hoje, Srs.,os reclamos e os protestos que os abusos deslaempreza têm provocado; protestos e reclamosque jamais forào destruídos à luz do debate,porque Sr. presidente, por mais força quo te-nha a intelligencia, ella nào pôde destruir o quese deriva da realidade dos factos e o que estána consciência publica. (Apoiados).

Ainda na sessào do anno passado, nós sabe-mos e consla dos annaes, foi apresentado ejustificado desenvolvidamente nesla casa umrequerimento do entào deputado, boje ministroda guerra, o Sr. conselheiro C. Allonso, assimconcebido (lê):

« Roqueiro que se peeào ao governo as se-guinles informações:

« Porque se deixou de cobrar no exercício de1880—1881 o imposto sobre o ouro estabelecidona legislação provincial?

« Sendo manifestas a simulação c fraude daescripturação exbibida pela companhia do MorroVelho aos' agentes fiscaes, segundo consta dedocumentos irrecusáveis, de que tem a directo-ria de fazenda pleno conhecimento e constão deseu relatório, porque nào lançou mão, paraacautelar os interesses da provincia, das medi-das autorisadas pelo art. 4." § 2." da lei n. 2176de 9 de Novembro de 1878 e mais pelo regula-rnento n. 80 de 21 de Hlarco do mosmo anno,arts. 5.', G», 7.° e 8.°?

« Não julga a administração da provincia queaquelle procedimento da referida conipanliiaconstitue delicto previsto pelo código criminal ?

« Quaes as providencias tomadas para suapunição ?

« Sala das sessões, 17 de Agosto de 1881—Carlos Affonso. »

Esle entào representante da provincia nestacasa desenvolveu cabalmente os pontos do seurequerimento de informações, com assenlimentogeral da assembléa.

« Esta fraude eslá provada alé á evidencia. »Eis, Srs, em aUirmaçâo categórica, positiva e

demonstrada, os factos' increpados na tribuna ena imprensa á celebre companhia do Morro Ve-lho, aceusação formidável, à que até hoje nàoconsta que' ella respondesse, procurando, aomenos, atTenuar o péssimo efleito que deveriaproduzir o elíectivamente tem produzido noanimo de todos os bens cidadãos (apoiados), detodos aquelles que sc interessão pelo cumpri-mento das leis, pela prosperidade da provincia,pelo decoro de nossa administração e pela mo-ralidade na direcção do negócios públicos.(Apoiados).

0 Su. T. da Motta:—Menos d'aquelles queestiverem ao faclo dos motivos que a companhialem lido para se oppor a esse pagamento.

O Sh. X. da Veiga:—Não ha motivos que jus-tifiquem o emprego dos meios tortuosos, illicitosc inconfessáveis (apoiados), a que tem recorridoa companhia para eximir-se ao cumprimento deum dever, quando nenhuma outra empreza daprovincia jamais abala ngou-se a menoscabar denossas leis por modo tào indecente e obstinado.(Muilos apoiados).

Eu mostrei, e os factos o comprovào exbe-rantemente, quo a companhia do Morro Velhotem *stado no propósito lirme, deliberado e per-tiriaz de nào concorrer para as despezas da pro-vincia de Minas com um ceitil siquer (apoiados);qualquer que seja o imposto, grande ou peque-no, maior ou menor, subre o bruto ou sobre oliquido de sua extracção,cila continuará, a julgarpelos tristes antecedentes que conhecemos, noseu systema de resistência e obstinação, lançan-do mão de todos os recursos, ainda os mais re-prehensiveis, para fugir ao cumprimento dalei e defraudar os cofres da provincia. (Apoia-dos).

Um Sn. Deputado:—Essa companhia é indignade nossa attenção. (Apoiados).

O Sn. X. da Veiga:—A assembléa sabe, mes-mo pelo histórico que fez boje o meu nobrecoliega, que em 1875 o imposto foi creado,adoptando-se a taxa de 4 por cento sobro a ren-da bruta. A companhia nào pagou.

Mais larde, foi modificada a lei, dispondo-seque o tributo recataria sobre a renda liquida. Acompanhia ainda nào pagou mas

presidente, desempenhando-me do compromis-so que contrahi perante a assembléa, vou ofíe-recer à sua consideração as emendas que formu-lei, relativamente âs verbas do orçamento dareceita provincial. Nellas se contêm diversasalterações, para mais e para menos, de eonfor-inidaiíe cora as razões que expendi nesta tribu-na, razões derivadas dos algarismos que expuze que serão, no meu conceito, a realidade maisprovável do futuro exercício financeiro da pro-vincia, quanto a receita publica.

O Sn. M. Fulgencio:—Apoiado.O Sr. Drumond:—N5o apoiado.O Sr. X. da Veiga:—As emendas que for-

mulei, Sr. presidente, são as seguintes (lê).

Ergueu-se logo para discutir o requerimentoum depulado daquella zona, o Sr. coronel Ja-cinlho Dias da Silva, não para contestar os fun-d.imentos e as asserções afiirmadas e demonstra-das pelo deputado aquém me refiro, mas paracorroboral-as com o seu testemunho, unicamfln-te divergindo quanto aos meios que se conlêmno regulamento n. 80 para evitar a continuaçãoda fraude increpada á companhia do Morro Ve-lho e que foi enlão demonstrada cabalmente.Eu lerei á assembléa alguns trechos desse dis-curso, trechos frisantes, concludentissimos,tristemente [significativos e que até hoje, noemtanto, não forão respondidos, nem ao menos

J contestados pela companhia. (Apoiados). (Lê).

Hoje o imposto é sobre a re:ula brutasimplesmente de um por cento.

A companhia continua a nào pagar, reluetan-do sempre o sempre empregando meios incon-féssaveis, senão criminosos, que a collocão atésob a acção do nosso código penal! (Numero-sos apoiados).

Bastaria o facto articulado na imprensa e natribuna pelo ex-depulado Sr. coronel J. Dias,facto não contestado, e do qual assegurào-meque existem documentos comprobalorios na di-rectoria de fazenda, isto é, de haver a compa-nhia fornecido tros balancetes differentes, rela-tivos ao mesmo trimestre, ao trimestre decorri-do de Oulubro a Dezembro do 187S (apoiados),para ficar patente a má fé com que ella sysle-ma tica me nte procedo.

O primeiro d'esses balancetes apresentava umsaldo de 141:847$170; o segundo, que deverialer apresentadu augmento, segundo a argumen-laçâo do nobre deputado, já oüerecia algaris-môs • absolutamente dillerenlos, ficando redu-zido o saldo do referido trimestre a menos demetade, isto é, a 60:249$742 !

Mais larde, fazendo-lhe sentir a repartiçãofiscal de Sabarà quão eslranhavel era esta dii'-ferença para menos, a companhia procurou at-tenual-a, elevando por uma terceira conla, ain-da relativa ao mesmo trimestre, o saldo, quepassou a ser, nào de 60:000j?o00 e menos de141:000^000, mas de reis 76:328$472, E' istoserio? E'isto próprio de gente honrada?...(Apoiados).

O Sn. Sevemino de Rezende:—Tem lançadomão de todos os meios.

O Sn. Uias Foutes:—E' exacto, de todos osmeios.

O Su. João Luiz:—Não ha defeza possivelpara a companhia. (Apoiados).

O Sn. T. da Motta dá um aparte.O Sn. X. da Veiga:—Nào ha.O Sn. T. da Motta:—Ainda hoje li aqui um

balanço da companhia, provando qual foi a som-ma apresentada nesse exercício.

ü Sn. Menelio:—Pôde ser falso, como foràoos outros. (Apoiados).

O Sn. X. da Veiga:—Nào ha defeza possivel,como bom diz o meu nobre coliega; e eu acre-dito que a assembléa provincial de Minas maisuma vez dará testemunho honroso de sua bom-bridade, do seu patriotismo e do sua altiva inde-pendência, reagindo por palavras e por aclos(apoiados) contra os abusos criminosos e capri-chosos e até ínsolentes (apoiados) dista compa-nhia, que pretende ser superior ás lois provin-ciaes e governar ao próprio governo da provin-cia. (Apoiados; muito bem).

Si este, desgraçadamente, já fraqueou peranteella, pela inlervenção clandestina de potentados,que a protegem nesta siluaçào, honra seja feita àassembléa mineira, que jamais recuou no cumpri-mento do dever! (Muilo bem).

Sr. presidente, permitia a casa que recordeum facto e com elle termine as ligeiras e des

ros (apoiados); quando, desde enlão, de tnnopira enno, esses sentimentos philantropicos ehumanitários oada vez mais honrão • elevío ocaracter nacional (apoiados; muito bem!); q«»n-,<lo, em 1871, Sr. prosidente, a nação brazilei-f a ergueu grande brado porante todo o univar-so, desfraldando a bandeiw emancipadora, quese divisa na lei memorável de 28 de Setembro1871 (muitos apoiados); quando o sentimentoda liberdade, implantado pela inwma nature-za, agita-se vivaz em todas as almas e íaz pulsarem ancias de melhor futuro todos os coraçõesbrazileiros (apoiados); quem ousa atacar o grau-dc principio cia liberdade c illudir a lei na pn-tica de attentados deshumanos?!

Sào, Srs., os subditos de uma jrande nação,que pretende impor-se como a libertadora dosopprimidos, eque, inesmo á propósito da ins-lituição servil, valendo-se do direito da força,nos tem feilo tragar vilipendies e humilhações 1

Sio esses que, sectários do sórdido ulihtans-mo, apregoado e preconisado por ura dos maiscelebres de seus escriptores, derão recentementeem nosso paiz os mais deploráveis exemplos,porquanto, esquecidos da historia que lhesimpõe sagrados deveres, illudindo a lei, macu-laudo a mesma bandeira ingleza, têm-se locu-pletado vil e criminosamente com o suor depossoas livres, reduzidas [â escravidão. (Apoia-dos).

Durante 23 lonflos annos de prepotência etyrannia, mais de 300 homens, Srs., a quem euchamo de nossos concidadãos, porque erão li-vros desde 1859 (apoiados), forào arbitraria eescandalosamente reduzidos e conservados nocaptivoiro, pela ganância e capricho preponde-rante desta companhia ingleza, cessionária ourepresentante de outra da mesma nacionalidade.

__! depois d'ella haver esgotado todas as tricasforenses, todos os meios que poude explorar,pondo cm jogo seu poder e em icção o patro-nato desconununal em que se escuda, como ostribunaes do paiz souberào afinal fazer justiçaaos infelizes opprimidos, no reconhecimento desua liberdade, por tanlo lempo clandestinamen-to confiscada, ainda a companhia relueta nocumprimento do dever e da lei, pleiteando pe-rante esses mesmos tribunaes, afim de não pa-gar aos libertos o salário á que têm direito!(Apoiados).

Isto, Srs., com relação somente aquelles quesobreviverão ao longo e illegal captiveiro, poisdo 300 e tantos, que erão os supposlos escravos,só restào cento e poucos.

Aos que morrerão, cerca de 200, quem indem-nisa dos sollrimentos porque passarão?! (muitobem!). 0 mal irreparável que soffrerào na sualiberdade, como attenual-o siquer?!

E quem |praticou taes attentados ou dollesfoi cúmplice implacável?!—Essa mesma com-panhia, que insolentemente ainda hoje zombadas nossas leis (muilo bem), defraudandoos co-fres provinciaes (apoiados)\ Esses mesmos phi-lantropicos inglezes, contra cuja ousadia todosos brazileiros patriotas se devem erguer indig-nados! (Muito bem).

Sr. presidento, desculpem-me V. Exc, o a ca-sa, se fallei com algum calor neste debate....

Vozes:—Fallou brilhantemente, perfeitamen-te bem. (Apoiados).O Sr X. da Veiga:— é o calor, Srs., queprovem da consciência do direito supplanlado eescarnecido, é o calor que se diriva do pátrio-tismo ulcerado (muito bem) e da dignidade oflen-dida. (Apoiados).

Me pronunciando desfarte, Sr. presidente,não sou órgão de um partido, mas énho daopinião revoltada. Procuro apenas, como repre-jentanlo do povo, zelar ne3ta tribuna a autono-mia. as leis e os brios de nossa provincia (apoia-dos), que se tem procurado vilipendiar e quedevemos todos erguer tão alto, que jamais lhespossão tocar os estrangeiros insolentes. (Muitobem! Perfeitamente\\),

E' apoiada o entra conjunctamente em dis-cussão a seguinte emenda:

Passão os inspectores tle circulo amunicipaes (boa idéa); o como não pre-lendo continuar, é bem que antecipada-mente, nesta tribuna de publicidade,vos clie»ue a noticia desta minha re-solução ou antes previno a minha des-pedida.

Sedo pontuaes em mandar com tem-po vossas aclas de exames e mappasdo 4." trimestre e do 1.° o 2." trimes-tre do anno futuro, em que finda meulempo, para que eu também possa gar-büso dar cumprimento dos dous qua-dros, como sou obrigado pelo preceiAodo art. 12 § 22 e dt? § unico do art.14. Aqui me. é muilo agradável lem-brar uma idéa que seria muilo Tanta-josa, a reimpressão do regulamento n.84 (visto eslar esgotada a impressão)em 4." ou 8.' de papel, e mandar-se üao menos para cada escola a servirde leitura para os meninos mais adian-tados, e para eslar o professor a parde suas obrigações.

Com o mais profundo acatamentoaproveito a opportunidade para agra-decer aos Exms. presidentes q.ie melevantarão de minha obscuridade, lem-brando-se deste pobre filho de Marian-na para oecupar esses cargos, e aosSrs. .inspectores geraes a attenção e be-nignidade que sempre me dispensarão,e a promptidão com que satisfizerãoos pedidos e reclamos de livros e uten-sis qne erão compatíveis em disponi-bilidade.

Srs. delegados e professores. — Jádeveis eslar de posse de um folheio— Leituras Úteis, um para o delegadoe oulro para o supplente, um para oprofessor e oulro para prêmio do dis-cipulo mais adiantado; ahi reuni oque julguei ulil e agradável; mandeilevantar adiantada minha gratificaçãode inspeclor á receber era Fevereirofuturo, 200Í500O, para empregal-a emuOO folhetos, deixando com elles a leuv-branca de minha obscura passagem em20 annos por este ramo de serviço pu-blico, nos quaes, si pouco ou nada fiz,não me faltou a boa vontade.

#Aceitai, pois, a minha despedida an-

lecipada para o fira de .Hilho, si antesnão desmerecer a confiança dos pode-res consti luidos.

O inspector,

Conego >lo.\o Custodio Coelho Pintode Ancuieta.

N. 3.No § 1.» (3% de exportação—em vez de

100:000$000 diga-se—8l:000g.(4% sobre o café) em vez de

«50:000,? diga-se 900:000g.(6'/o de exportação) om vez de

250:000$000 diga-se—227:000$.(Industrias c profissões) em vez de

300:0008 diga-sn—260:000$.(Novos e velhos direitos) em vez de

147:700$ diga-se—150:000$.(Emolumentos de secretaria) em

vez de 30:000$ diga-se—33.000$.(Registro, transmissão e venda de

escravos) em vez de 220:000$diga-se 240:000$.

No § 12." (Taxas itinerária) em vez de600:00$ diga-se—580:000g.

No § 13," (Sellos e emolumentos da guardanacional) em vez de 20:000$ di-ga-se—6:000$.

No § 15." (Imposto sobre o sal)—suppri-ma-sc.

No § 17." (Transito em estradas de ferro) emvez de 40:000$ diga-se—30:000$.

No § 2."

No § 3.»

No § 4.°

No § 0.»

No § 7.°

No § 8.»

Saladas sessões, 6 de Outubro de 1882.-da Veiga.

-X.

SECÇÃO LIVRE

Marianna

pretenciosas considerações que hoje trouxe átribuna.

Quando, desde 1850, anno memorável, emque, pelo esforço benemérito do illustrado esta-dista E. de Queiroz, se poz termo a esse trall-co infame que nos trazia os filhos ua costad'Africa para povoarem o nosso paiz (apoiados),a idéa de emancipação, os sentimentos de com-miseraçào, em favor de uma raça opprimida einfeliz, começarão a se desenvolver e a eclioareloqüentemente cm todos os corações Lraziloi-

Srs. delegados e professores de ambosos sexos do 2fl.° circulo litterario riostermos desta cidade a da Piranga. — Es-laes n'<_ste momonto dando o fruclode vossos trabalhos nos exames do limdo anno lectivo; ainda bsm j ides des-cançar para retemperar vossas forças erecomeça.' de novo o magistério da ins-irucção e educação da mocidade con-fiada a vossos cuidados.

Sabeis muilo bem que fui inspeclormunicipal e de comarca, e hoje aindado circulo, o deste eslá a findar-se mi-nha missão no fim de .lunho futuro,como vereis no Liberal Mineiro n. 152(orçamento); ahi lambem vereis (nasdisposições geraes) a inspirada idéa doensino repartido em duas turmas, pelamanhã e alarde, podendo os discipu-les maiores freqüentarão mesmo tem-po a escola o a ollicina de sua vo-cação.

Rio Novo (Minas)V S. Exc o Sr. Dr. Theophilo Oltoni,

muilo digno presidenle da provincia ;

Chama-se a attenção de S. Exc. paraa injusta e infeliz destituição do alfaresLeite do cargo de delegado de policia,que occupava satisfactoriemente n'eslelugar. E' inexplicável esse acto do go-verno, pois ha pouco tempo para aquiveio commissionado aquelle oiiicial, ápedido das autoridades superiores, quereconhecião a necessidade de um de-legado d'essa ordem.

0 alferes Leile foi sempre uma auto"riflado modelo e geralmente estimadocomo cidadão e como commandante dodestacamento, tornando-se hoje, maisdo que nunca, necessária a sua pre-sença n'esla cidade.

PTesse senlido forão enviados á pre-sidencia, no dia 22 do corrente, do-cumentos verdadeiramente espontâneos,sendo um do seus primeiros signata-tios o novo delegado nomeado, que,convido da garantia que nos offereceo alferes Leile, já solicitou a sua ex-oneração, pedindo que seja reintegradoaquelle; fazemos votos para que che-guem ás mãos do Sr. Dr. TheophiloOltoni Iodos os papeis que remeftèmosá S. Exc, afim de que não seja iIlu-dido, como já o foi pela pessoa quesolicitou a demissão de que trata-se,pessoa que, certamente, não é destacidade, pois todos aqui desejão sincera-mente a reparação d'aquelle aclo in-justo.

Semelhante acto só poderia ler sidomachinado por algum perverso assas-sino, a quem não pôde convir a ga-rantia de nossos mais sagrados direi-tos, garantia personificada no delegadodemittido.

Esperão os rio-novenses que o Sr. Dr.Theophilo Oltoni, baseando-se nos hon-rosos documenlos qne lhe enviarão,não deixará de attender ao justo pe-dido que lhe é dirigido: — a reinte-gração do alferes Leile no cargo dedelegado de policia.

24 de Novembro de 1882.

SiMi-LicuNO Augusto José de Gouvèa.

Page 3: ÓRGÃO DO PARTIDO CONSERVADOR

a

A província de minas

Bagtgem

I

Tendo sido injuriado e calumniado eraum nojento pasquim inserto nos nu-mero 52 e 53 do periódico Estrella doSul de 8 e 15 de Outubro p. passado,assignado por José Gonçalves da Silvei-ra Gondim, chamei a juizo o respectivoimpressor,—Cherobino For bino dos San-tos para exhibir o autographo: satis-feito isto, verificou-se ser o único res-ponsavel o dito impressor, por ter apre-sentado o autographo sem as formalida-des legaes; nem ao menos a assigna-tura de seu autor linha I pelo que tevede correr o processo contra elle.

Convicto o impressor do crim-, pro-curou empenhos para que eu desistissedo processo ; e laes forão os empenhosque não pude deixar de acceder, poisnue partirão de pessoas que me são ca-ras • assim pois, desisti do processo emaudiência de 23 de Outubro.

Visto como os dous miseráveis calum-niadores, que o comprometlerão, nãotiverão coragem de carregar com asconseqüências do immundo pasquim,passo a dizer algumas palavras acercados mesmos.—.losé Gunçalves Gondim,não podendo se justificar das aceusaçoesque lhe tenho feilo (por ser por elle pro-vocado), assalariou ao miserável JoséMaria Vieira da Silva, ex-professor delatim desta cidade, para em seu nome

' escrever, e dar publicidade, aquelles no-

jentos pasquins*. Vieira que não temconsciência de seus actos, por se acharcompletamente inulilisado. não hesitouem aceitar o salário para tão asquerosofim ; e, eis a escrever quantas menti-ras è calumnias lhe suggere sua estraga-da memória Dará assim agradar à seupatrão : e, não tendo matéria paraaceusar-me, lançou mão de injurias,calumnias efutilidades como os leitoresteem vislo ; e esquecido de que já foi

professor de latim aqui, e que nunca tevefreqüência legal, e que passava mezes emozes sem leccionar um só dia, por seachar sempre perturbado das idéias; eque quando acontecia dar um mappa,era este fictício, sendo contemplados nomesmo—homens de mais de 30 annoscora a idade de 20 annos, e meninos doum anno com a idade de—onze. eslu-dando latim e francez; sendo que al-auns d'elles alé hoje ainda não sabem oa b c, e ouiros agora é que entrarãopára a escola de 1." lettras, comosejao,—entre outros muitos,—os filhos deJoaquim José de Mello, Manoel de MelloCabral, Antônio Rodrigues Cabral deMello filhos e netos de João PereiraCaixeta, os quaes até hoje não sabemsyllabas, e alguns ainda não tocarão aidade de oito annos, e que erão dadosnos mappas com a idade de 11 annos,

oulr'ora dormir ao relento, perder cha-péo, etc.

Si trato dacullurade repolhos e deoutros misteres nas horas vagas, é por-que tenho familia, o quando assento-mecom esta á meza sei d'onde saiu o neces-sario.—« Que ando deporta em portacontando novidades e fazendo intrigas. »Desafio ao miserável assalariado quedeclare quaes sâo essas portas, e quaesas novidades e intrigas que tenho feilo,sob pena de passar por um infame men-liroso, si o não fizor.—«Quebem avisadoandei quando me empenhei para que seupatrão José Gonçalves hão fosse inspec-lor de instrucção publica, porque ellenão consentiria que eu ganhasse o dinheiro do Estado sem que prestasse o menorserviço publico.»—Ora, José Maria, aindamenliste I Com quem mõ empenhei ?aponle-o: apenas liz p artigo que foipublicado na Provincia de Minas, enada mais. José Maria, o publico co-nhece-te muito, e o que foste como pro-fessor do latim i conteste mal e indivi-damente o dinheiro do Estado ; nuncacumprisle com teus deveres. O publicoconhece muito quem é José GonçalvesGondim: conhece muito quem é o ceiebre estellionalario Joaquim Pereira Pin-to, e, finalmente, o publico conhe-memuho, elle que nos julgue.

Eis—porque (talvez), em logar dasuppressão da minha cadeira viesse a domiserável e digno de compaixão—JoséMaria Vieira da Silva.

Finalisando—peço aos meus detracto-res—José Maria Vieira, Josó GonçalvesGondim e ao celeberrimo estellionalarioJoaquim PereiraPinto, que, quando qui-zerem me injuriar e calumniar com seusimmundos pasquins, assignem-os e res-ponsabilisera-se na forma da lei, e naocomprometia» aos impressores, comotem feito alé aqui.—Bagagem, 8 de No-vembro de 1882.

me com a lei e as conveniências da so-sociedade.

Sendo necessário havemos de voltar aimprensa para dizermos mais algumacousa. Mas talvez não 8>ja preciso, por-que acreditamos que a presidenoia ha decumprir o seu dever nesta questão, docontrario se poderá dizer que ó um no-gocio de compadres.

Um por muitos.Ouro Preto, 1.° de Dezembro de 1882.

EDITAES

Como o miserável assalariado disseque o indulgenle Abreu não pôde soffrnr-me em sua casa, e que eu lá já não en-trava, cumpre-me dizer algumas pala-vras a respeito : Tendo eu de partir nodia 16 de Julho do anno passado comminha filha para Paracatú, afim d'ellaoppor-se a cadeira do sexo femininodesla cidade, que se achava em concur-so, acontece que pelo correio de 12 doreferido mez veio um officio do direclorda escola normal d'aquella cidade aoinspector deste circulo, porem com en-dereço ao Dr. Eduardo, e indo eu âagencia no dia io, o agenle. que é o talindulgenle Abreu, disse-me que tinhavindo de Paracalú o dito officio, e entãodisse-lhe eu que talvez fosse algumacousa acerca do concurso da cadeira, eque, estando eu de partida para alli,não me convinha ir na duvida, e queachava bom que elle entregasse o ollicioao inspector supplente, que se achavaem exercício, vislo como o Dr. Eduardonão era mais inspeclor, e alem disso nãose achava no lo^ar; pois que, bem podiaser que a cadeira tivesse sido retiradado concurso, e que iamos fazer umaviagem perdida; porem o indulgenleAbreu não quiz acceder ao meu pedido;fiz então seni ir ao inspector supplente ooceorrido, e o mesmo pedio-me paradizer ao indulgenle Abreu que elle tinhaordem do Dr. Eduardo para abrir osnos mappa- -.iu « «uo-- vv, .» -, Qrüein ao ur. _._uaruu paia -uu. u.

para assim illudir á inspeciona geral; o(Bcjos que viessem com seu nome, e. --«« nul n flia Am llll- tinha ...___...._ „:- _ tn„nr,Ar. .mn *.tne que raro era o dia em que tinha 3ou 4 alumnos, e esses mesmos erão de. •" lettras; e entretanto, quando acon-tecia dar algum mappa figuravão neste35 alumnos lille ainda outra—comfreqüência maior que dias úteis /Me

que nunca delegado algum encontrou o

ponto diário di sua aula, e quando acon-tecia exigil-o-queixava se o professor—dizendo—que o delegado nao linhaeducação. E.... é esse miserável que,esquecido de tudo isso, não se pejou d •

receber salário para injuriar-me 1 —ho-

mem que não tem consciência de seusactos; que falta a verdade até no juramenlo em juizo i haja vista ao inque-rito policial pelo assassinato de umeferimentos em outro—escravos de Sattao& Comp., cujo conflicto teve lugar em

casa do dilo ex-professor. Acostumadoa faltar á verdade não trepidou em es-crever as asneiras que contem seu pas-quim, para assim agradara seu patrão:e esquecido (como è de custumej de

nue tenho immensos documentos firma-

dospof elle, disse-que ha 18 annos

dei um só alumno prompto:-quandop*"° tas dos oxams aradas por e

Vê-se o contrario ; cujo n. de aUmnos

promptossóbe a vinte; nao se mencionando os das actas em queo mesmo nagw-viu de examinadorensino...

Ora, si não ensinasse teria constar*-temente a aula bem freqüentada ? _ aosei e nem faço diligencia : nao sei. everdade, é beber cachaça, e nem laçodiligencia disso. « Andas com uma gai-ola ás]costas dando um ridiculo especla-culo, e o tempo que o sobra deste ser-viço empregas no tratamento das abe-lhas na cultura dos repolhos. » Nuncaandei com gaiola ás costa, e quanto aotratamento das abelhas, tenho uma pes-soa encarregada disso, e quanlo a culta-ra de repolhos é verdade, gosto e ai-virto-me muito cora ella, e e serviço

que só se faz pela manhã o a tarde,não ma interrompe as horas leclivas;

»e nem tudo isso é espectaculo: es-pectaculo é sahir a rua e voltar beba-

voltando eu á agencia e fazendo ver istoao dito agente, este respond.u-me que,—como me tinha visto com interesse desaber o que continha o officio, já tinhafeito d'elle entrega á senhora do Dr.Eduardo; pelo que tive de responder-lhe que, elle então tinha feito de propo-sito, e que não esperava que assim pra-ticasse commijjo: o dito Abreu mos-trando-se offendido foi apresentar o al-ludido officio (já aberto I) ao Sr. ins-peclor supplenle capitão Francisco Joa-quim de Mello. Ora, tendo eu amisadeao indulgenle Abreu desde que para aquivim, e elle mostrava-me oulro tanio,senti profundamente semelhante proce-dimento ; e vendo que sua amizade nãoera sincera relirei-rae, deixando de fre-quental-o: si aindi alli vou, ó quandotenho de sellar alguns papeis, pois é alliagencia do correio e collectoria. Não haquem ignore que o Sr. indulgente Abreufaz timbre de ser esquisito.

Quanto ao dizer-se que quero inspectorillustrado, e que jâ tive o Dr. Eduardo,e que este pedindo a suppressão de mi-nha cadeira loi p ir um qui pro quo su-primida a de latim e fr&ncêz, em poucaspalavras respondo:

Fui por algum tempo secretario doex-inspector Montandon, tínhamos ami-

['RAN-isco José Clementino.

IbiturunaChamamos a atlenção do Exm Sr.

presidenle da provincia para um artigoinserto no Luzeiro de 12 do correntemez, (Novembto), periódico que se pu-blica em.S. João d'El-Rey, sob a epigra-phe Ibituruna, e aguardamos as provi-ciências.

Eis o artigo:Felizmente está concluída a ponle

que o governo da provincia mandouconstruir sobre o Rio das Mor les, naIbituruna, e, examinada pelo engenhei-ro, achou-a esle bem construída e du-radoura para a servidão publica ; poreminfelizmente, uma subida e descida in-grime na testada, a esquerda da mes-ma ponte, a torna imprestável e aban-donada. Assim vai acontecendo, visloque os transeuntes que por alli passãouma vez, não repetem segunda, recio-sos do imminenle perigo que offe-rece a descida, que descamba para orio, donde o mais pequeno dercuido oufalseamento pôde dai com um carro,cargueiro e mesmo cavalleiro dentrod'agna encaixoeirada do rio ; e por issoestão deixando esla para ir passar naponte particular dos Martins, por ca-minhos mais longes e também parti-culares, despresando a estrada publica,que passa pelos arraiaes de Itabirunae de Nazareth.

Pelo mesmo molivo os fazendeiros damalta do Macaia e de Perdões, estãoprivados de transportar seus gênerosem carros para S. João d'El-Rey, so-ffrendo desta sorte o commercio, queha annos esperava por aquella ponleafim de encetar novamente suas rela-ções paralisadas desde que as enchén-tes levarão a antiga ponte abaixo dade que tratamos.

No entretanto, não é este um malsem remédio. Mande a câmara muni-cipala do S João D'elftei, ou o gover-no da provincia, abrir uma eslrada naextensão de dous kilometros, quandomuito, margeando o rio pelo lugar de-nominado Pilouros, a sahir na lesta-da a esquerda da ponte, mediante aconstrucção de uma pequena cava quenão offerece difficuldade; e alli estãosanados' os receios dos transeuntes,aproveitada a obra que tanto cuslouao cofre da província, e o tranportedos gêneros estabelecido com anima-

Revisão do alistamentoeleitoral

ção, em demanda da via-ferrea Oestedo Minas, e do mercado de S. Joãod'1-l-Rey.

Chamamos por tanto a atlenção des-previnida de quem competir para man-dar examina*.' o lugar que indicamos—do arraial da Itabiruna á ponte; mar-geando o rio pelos Pilouros—e tapan-do os ouvidos ao canlico das sereias,porque aonde eslá o bem publico ces-sa o particular.

O transeunte.

O Dr. Francisco de Salles Dias Ribeiro,juiz substituto com jurisdicçâo plenadá comarca de Ouro Prelo:Faz saber que os cidadãos abaixo de-

clarados forão alistados eleitores por estacomarca, aos quaes fica marcado o pra-so de quarenta e cioco dias, que cor-rerá da data da publicação deste pelaimprensa, para o recebimento do seustitulos que lhes s.rão entregues das 10da manhã ás 4 horas da tarde na salado paço da câmara municipal desla ci-dade, observando-se o disposto no de-creto n. 3122 de 7 de Outubro de 1882,art. 1." § 22:—Os titulos de eleitoresde que tratão os §§ 15 e 16 do art.6.° da lei n. 3,0!_9 poderáõ ser entre-gues a seus procuradores especiaes, pas-sando esles recibos nas respectivas pro-curações, que Qcaràõ archivadas. Nestecaso, o cidadão a quem pertencer o ti-tulo o assignarâ, nos termos dos ditosparagraphos, perante o juiz de paz emexercicio da parochia ou dislriclo desua residência, ficando registrado esseacto no competente prolocollo do escri-vão do juiz de paz.

Ouro Preto1. • Quarteirão

Francisco de Paula Dias, .0 an-nos de idade, filho de Maria Magda-lena, viuvo, arrendatário de predio, ren-da legal, sabe ler e escrever.

2.' QuarteirãoAnlonio Silverio da Silva, filho de

outro, viuvo, idadi) ignorada, soldado re-formado do exercilo, renda de 2529000,sabe ler e escrever.

Felippe Nery Fernandes Fraga, fi-lho de Manoel Fernandes Fraga, casado,idade ignorada, furriel reformado docorpo policial, renda de 3609000, sabeler e escrever.

Joaquim Cyriaco Ferreira da Silva,filiação ignorada, 41 annos de idade,solteiro, empregado publico, renda de3:3009, sabe ler e escrever.

Luiz Marianno Rodrigues da Costa,31 annos de idade, casado, filho deAntônio Rodrigues da Costa, engenheirode minas, renda legal, sabe ler e es-crever.

Samuel Christiano Brandão, 28 an-nos de idade, solteiro, professor, filhode Pedro Maria Xavier da Silva Bran-dão, renda legal, sabe ler e escrever.Mudado da comarca de Ubá, onde eraalistado, para esta parochia.

3.° QuarteirãoAntônio Lopes de Oliveira, 34 an-

nos de idado, filho de Leandro Lopesde Oliveira, casado, alferes da guardaurbana, renda legal, sabe ler e es-crever.

Carlos Manoel Gomes, 28 annos deidade, solteiro, filiação ignorada, em-pregado publico, renda de 1:2009000,sabe ler e escrever.

15 José Bernardes de Paula Arnéira,filiação ignorada, 34 annes de idade,casado, empregado publico, renda de2:2008009, sabe ler e escrever.

16 Josó Fernandes Vieira, filiação,idade e estado ignorado, soldado ro-formado do corpo policial, renda do3608000, sabe ler e escrever.

17 Josó Felicíssimo de Paula Xavier,filho de oulro, com 21 annos de ida-de, casado, empregado publico, reudade 1:2009000, sabe ler e escrever.

18 Manoel das Dores Teixeira, filhode Faustino Pereira, 52 annos de ida-de, casado, sargento reformado do cor-po policial, renda de 3409000, sabçlor fi escrever»

19 Manoel da Costa Matliias, 53 an-nos de idade, viuvo, filho de José daCosta Malhias, soldado reformado docorpo policial, sabe ler e escrever, ren-da de 3G09000.

20 Raymundo Fernandes Monteiro, fi-lho de oulro, 37 annos de idade, ca-sado, tenenle do exercito, renda do1:8009000, sabe ler e escrever.

21 Raymundo Nonato da Silva Alhay-de, filho de Antônio da Silva Athayde,58 annos de idade, viuvo, capitalista,renda de 3:600j?000, sabe ler e escre-ver. Mudado da parochia de S. Barlho-lomeu para esta.

Disse que eu nao sad6) e esta acabou-se desda que nao

Antônio Dias1 . ° Quarteirão

22 José Fortunalo da Silva, filho deBeatriz Dias da Silva, 42 annos de ida-de, casado, soldado reformado do corpopolicial, renda de 3609000, sabe ler oescrever.

2." Quarteirão23 Albino Barbosa da Silva, 52 annos

de idade, filho de Luiz Barbosa da Silva,casado, arrendatário de predio, rendalegal, sabe ler e escrever.

24 Luiz Gonzaga de Figueiredo, filhode Maria Euzebia, 37 annos de idade,casado, soldado reformado do corpo po-licia!, renda de 2929O00, sabe ler eescrever.

24 Luiz Tertuliano de Moraes, filiação,idade e estado ignorado, renda legal,tenente do corpo policial, sabe ler eescrever.

26 Pedro Coelho de Magalhães Gomes,filho de Anlonio Coelho Ferreira, 38de idade, solteiro, negociante matri-culado, renda legal, sabe ler e escrever.

4." Quarteirão27 Feliciano José das Neves, filho de

oulro, 39 annos de idade, estado igno-rado, jurado, renda legal, sabe ler eescrever.

_.• Quarteirão28 Antônio Alves de Carvalho, filho

de Julião Alves de Carvalho, 52 annosde idade, casado, sargento reformadodo corpo policial, renda de 4009000,sabe ler e escrever.

29 Silverio Lagoa Pereira Bello, filhode Anlonio Vicente Bello, 36 annos deidade, casado, cabo reformado do cor-po policial, renda de 3809000, sabe lere escrever.

7.8 Quarleirão30 Anlonio Rodrigues Chaves, 52 an-

nos de idade, filiação e estado ignora-do, furriel reformado do corpo policial,renda de 4009000, sabe ler e escrever.

31 Affonso José de Oliveira, filho deManoel José de Oliveira, 23 annos deidade, solteiro, empregado publico, ren-da de 1:2009000, sabe ler e escrever.

32 Francisco Augusto Fernandes Adão,lilho de Luiz Fernandes Adão, 47 an-nos de idade, casado, alferes reforma-do do corpo policial, renda de 6009000,sabe ler e escrever.

concordei com certas proposições queetle me apresen'ou acerca das provasdos opposilorasá cadeira do sexo femi-nino desta cidade, pelo que tornou-seelle meu desaffeclo (o publico desta ci-dade e a inspecloria geral não ignorão omotivo ), e tratou de pedir a suppressãode minha cadeira; porem, constando-me que elle dera semelhante passo, re-

piesentei logo á inspectoria geral con-tra tal exigência, e fundamentei minharepresentação com os molivos acimaexpostos; e fiz senlir que o dilo inspec-tor tendo pedido a suppressão da cadeirade primeiras lettras, deixara de pedir ada de latim e francez, que não Unhafreqüência alguma; e que assim proce-dia porque o respectivo professor era seu

sr :ss ?5i. p w.n-*s •ete °rso °ciicio5-

A escola normal e suas an-nexas

Acompanhamos ao autor do artigo coraeste titulo publicado na Provincia deMinai de hontem, por ser justa a recla-mação que faz e que o Exm. Sr. presi-dente da provincia deve attender.

E' verdade que estão fazendo na casaquo se pretende alugar ao governo uraaentrada pela trazeira, por causa das tropas e carros qu_ se agglomerão todo odia na rua da Policia. Mas no becco emque se eslá fazendo a nova entrada hacousa peior do que tropas e carros, quoé umasucia de mulheres á tôa, farpellasde soldados, perto das quaes não podemnem devem passar meninas innocentescomo as que frequentão a escola normal

Confiamos que o honrado Exm. Sr.Dr. Theophilo Ottoni não será surdo á re-clamação do povo, sò tendo ouvidos paraattender aos pedidos e empenhos do donodo predio, ou de seus pretectores; e quenão altenderá para o interesse de quemquizer fazer um gordo contracto da alu-gúel, em prejuízo da província, das fami-lias e do ensino e educação.

O interesse de um indivíduo não pôde(.üiupauico u b , «Tri-orrin nãn dfiVft nrncfidfif SinaO COnfor-governo não deve proceder sinão confor*

4." QuarteirãoJosephino Torqualo de Magalhães

e Castro, 27 annos de idade, filho depaiz incógnitos, empregado publico, ren-da de 1:4009000, sabe ler e escrever.

9." Quarteirão10 Augusto Coutinho, filho de João

Baptisia de Souza Coutinho, 25 annosde idade, solteiro, renda de 1:2009000.empregado publico, sabe ler e escrever.

10." Quarteirão11 David José Joaquim, 50 annos de

idade, fili »ção e estado ignorado, fur-riel reformado do corpo policial, ren-da de 3409000, sabe ler e escrever.

12 Francisco Netto de Souza, 49 an-nos de idade, filho de Maria FernandesCoelho, renda de 3409000, soldado re-formado do corpo policial, sabe lur eescrever»

13 Gabriel de Oliveira Santos, filhodo bacharel Marcai José dos Sanlos, 23annos de idade, solteiro, renda legal,sabe ler e escrever.

14 Josè Jacintho Fagundes, 26 annosde idade, filho de Jacir.lho José Fagun-des, solteiro, continuo da secretaria daassem-léa provincial, renda de 80Q9QQO.sabe ler e escrever.

8." Quarteirão33 Antônio de Jesus Passos, 58 an-

nos de idade, filho de Manoel de JesusTorqubto, viuvo, porteiro aposentado,renda de 7009000, sabe ler e escrever.

34 Claudino José Coelho da Nativi-dade, filho de Pedro José Coelho, ida-de e estado ignorado, furriel reforma-do do corpo policial, renda de 2049000,sabe ler e escrever.

35 Francisco Romão Pio Pereira, fi-liação, idade e estado ignorado, jurado,renda legal, sabe ler e escrever.

36 Justino Luiz de Mendonça, filhode Francisco de Paula Mendonça, 28annos de idade, solteiro, professor pu-blico, renda legal, sabe ler e escrever.

37 Lucio da Silva Lessa, filho deAntônio da Silva Lessa, 65 annos deidade, ordens sacras, renda legal, sabeler e escrever..

38 Sabino Machado da Luz, filho depais incógnitos, 49 annos de idade, ca-sado, soldado reformado do corpo po-licial, renda de 3609000, sabe ler eescrever. „,. _

.9 Sabino de Jesus Passos, filiação,idade e estado ignorados, soldado refor-mado do corpo policial, renda legal,sabe ler e escrerer.

Page 4: ÓRGÃO DO PARTIDO CONSERVADOR

A PROVÍNCIA DE MINAS

I

Caciiosira do Campo10.° Quarteirão

40 Francisco Josó Pereira, filho deJosé Joaquim Pereira da Fonseca, 36annos de idade, estado ignorado, pro-prietario, renda legal, sabe ler e es-crever.

41 Ignacio José Pereira da Fonseca,filho de Ignacio Josó Pereira, 30 annosde idade, casado, juiz de paz, renda

•tflegal, sabe ler e escrever.Casa Branca

5. ° Quarteirão42 Carlos Pereira da Cruz, filho de

Francisco Pereira da Cruz, 30 annos deidade, casado, proprietário, renda legal,sabe ler e escrever.

Ouro Biunco43 Fortunato Lobo Leite Pereira, fi-

lho de José Raymundo Lobo Leite 1 e-reira, idade e estado ignorado, proprietario, renda legal, sabe ler e escrever.

Relação dos cidadãos qut não forãoalislados eleitores, por não terem salisfeitoas exigências dos despachos lançados emsuas petições, os quaes forão publicadosno periódico—« A Provincia de Minas 5—n. 121 de 15 de Outubro do correnleanno:

Ouro PretoAntonio Thomaz de Godoy.Antonio Fortunato da Fonseca.Avelino Francisco Máximo.Alcides Catão da Rocha Medrado.

ü Claudino José Coelho «la Natividade.Francisco José de Oliveira.

F< licissimo Alves da Costa.Bacharel Josò Anlonio Alves de Brilo.José Soares de Miranda Jordão.

10 Dr. José Aldrete de Mendonça Ran-gel de Queiroz Carreira.

11 José Pedro Furst.12 Joaquim Emydio da Rocha Couto.13 Joaquim da Fonseca Villa-Nova.14 João Orozimbo Teixeira.15 Julio Cezar de Queiroz Guimarães.16 Luiz Fernandes Valle.17 Bacharel Manoel de Magalhães Gomes.18 Manoel de Paula Ferreira.19 Martinho Alexandre de Macedo.20 Pedro Gonçalves da Costa.

Antônio Dias21 Padre Anlonio Augusto d'Alkmim.22 Anlonio Rodrigues dos Santos.23 Gabriel Ferreira de Mattos.24 Padre Honorio Benedicio Ottoni.25 José Pereira da Fonseca.26 José Pinheiro de Paiva.27 José da Cunha Velasco.28 João Baptista Teixeira Ruas.29 João Lúcio Ferreira Guedes.30 Joaquim Rodolpho Nogueira.31 Luiz Caetano Dias.32 Luiz Barbosa da Silva.33 Marcelino José da Traga.34 Nicoláo José Ferreira.

Antônio Pereira35 Torquato José Lopes Camello

S. Bartholomeu36 João Baptista de Athayde.

Cachoeiras do Campo37 Francisco Augusto de Figueiredo

Murla.¦ Congonha do Campo

38 Antonio Henriques Eiras.Ouro Branco

39 Fortunato da Costa Reis Carvalho.Piedade do Paraopeba

40 Fraocisco de Paula Celestino.41 1. aymundoCyrillo Ferreira dos Sanlos.

2.° Despacho.—-Os supplicanles nãotendo provado o que por este juizo foideterminado, julgo-os sem direilos aserem reconhecidos e alistados comoeleitores pelas suas respectivas parochias.

Ouro Preto42 Alcides Catão da Rocha Medrado

2." Despacho.—Tendo sido apresen-tada fora do prazo legal, indefiro opedido do supplicante.

• 43 Cláudio Benedicio de Caslro Montei-ro de Barros.

2." Despacho.—Julgo não provado odireito do supplicante, a ser reconheci-do e alistado como eleitor da parochiade Ouro Prelo, visto como não provoua sua mudança da comarca onde foraqualificado, e nem a sua eliminação doalistamento de que fazia parte comopreceitúa o art. 32 parle 2.* do reg.n. 8,213 de 13 de Agosto de 1881.44 Casimiro Josó de Souza.

2.° Despacho.—Não tendo o suppli-cante cumprido o despacho deste juizo,e nem juntado titulo de suas proprie-dades, julgo sem direito a ser reconhe-cido e alistado eleitor pela parochia deOuro Preto.45 Eduardo Augusto Alvares da Costa

2." Despacho,—Pelos documentos offe-recidos pelo supplicante proya: ser te-

tente do corpo de policia, com o venci-monto annual de rs. 1:188#000, prova serdomiciliario a mais de um anno na pa*rochia de Ouro Preto, mas não tendofeito reconhecer a sua letra, como pre-ceilúa o art. 26 § 2 % julgo não pro-vado o seu direito para ser reconhecidoeleitor pela parochia de Ouro Preto.46 Francisco Albano da Silva.

2.° Despcaho.—Não tendo o suppli-cante provado ter renda legal, provi-niente de arrendamento de predio, deconformidade com o art. 14 § 1/ doreg. de 13 do Agoslo de 1881, julgonão provado o seu direito a ser reco-nhecido eleitor pela parocbia de OuroPreto.47 Francisco de Lemos.—Eliminado porter-s-i mudado para a parochia da ci-dade! da Bagagem.48 Padre José Nunes Cardozo de Rezen-de.—Idem para a parochia do Bomsuc-cesso.49 João Martins Coelho.

2.' Despacho.—Não provando o sup-plicante ter a renda legal, provinientede arrendamento, para o fim de seralistado como eleitor de conformidadecomo disposlo no art. 14 § 1." do regde 13 de Agoslo de 1881, e despachodesle juizo, julgo não provado o seudireito a ser alistado eleitor pela pa-rochia de Ouro Prelo.50 Manoel Pires de Figueiredo Camargos.—Idem.51 Manoel Izidoro da Silva Ramos.

2." Despj\ciio.—Julgo não provado odireito do supplicante a ser reconhecidoe alistado como eleitor da parochia deOuro Prelo, vislo como não provou asua mudança da comarca onde foraqualificado, e nem a sua eliminação doalistamento de que fazia parle comoprecdtüa o art. 32 parle 2.' do reg. n.8,213 de 13 do Agoslo de 1881.

Antônio Dias52 José Caetano Aleixo.

2." Desp/.cho.—Não provando o sup-plicante ter à renda legal, provenientede arrendamento, para o fim de seralistado como eleitor de conformidadecom o disposto no art. 14 § 1.* do reg.de 13 Agosto de 1881, e despacho destejuizo, julgo não provado o seu direitoã ser reconhecido e alistado como elei-tor pela parochia de Antonio Dias.53 Vicente Ferreira do Espirilo-Sanlo.

2.° DESP,umo.—Idem.Ouro Branco

54 Diogo Mendes dos Reis.2." Despacho.—A prova de renda con-

sislente em apólices da divida publica,é feita com certidão authenlica de pos-suil-as o cidadão em nome próprio, des-de um anno antes, pelo menos, do ul-limo dia do praso d art. 27 (art. 11do reg. de 13 de Agosto de 1881). A cer-tidão apresentada pelo supplicante pro-va ser-elle possuidor de cinco apólices eque as possue em nome próprio, nãoprova que elle as possuía alé 31 deAgosto de 1881, ou um anno anles dopraso que ao l.°de Setembro em vis-ta do art. 16, assim pois, julgo nãoprovado o seu direito a ser reconheci-do e alistado eleitor pela parochia deOuro Branco.

S. Josi; do Paraopeba55 Francisco Martins Nogueira.

2.° Despacho.—Julgo não provado odireito do supplicante a ser reconhe-cido e alistado como eleitor pela paro-chia do S. José do Paraopeba, vislo co-mo os tilulos sob números 1 e 3 offe-recidos para provar a renda legal, sãoimprestáveis, vislo como o direito e ac-ção á herança não conslilue em face dalei titulos legaes para provar a renda, eos tilulos sob números 2 e 4 são insuf-ficieptes.

Do que para constar mandei passaro presente que será publicado pela im-prensa. Dado e passado nesla ImperiaCidade de Ouro Preto, de Novembro de1882. E eu Pedro d'Alcantara Feu üeCarvalho, tabelliào encarregado do alis-lamento eleitoral o subscrevo. (3—1).

Execução civelO Dr. Francisco Salles Dias Ribeiro,

juiz substituto do .civel com jurisdiçãoplena da comarca do Ouro Prelo.

Faz saber que no dia 18 de Dezom-bro do corrente anno, ao meio dia, de-veráõ ser apresentadas propostas parasor arrematado o escravo Marcelino,cabra com 24 annos de idade mais oumenos, solteiro, filiação ignorada, apli-dão para o trabalho regular, alfaiate,matriculado na collectoria de Ouro Pre-to sob n. 2299,482 da relação apresenta-da a qual lem o numero cinco.

As propostas devem ser sellados, eassignadas pelos proponentes, com preçocerto, na forma do decreto n. 1095 de15 de Março de 1869, art. 2.° 2.' parle;e serão abertas na sala das audiências nopaço da câmara municipal desta cidadeno referido dia e hora.

O escravo se acha em deposito do Dr.Manoel Joaquim do Lemos; e a avaliaçãono eseriptorio do tabelliào Pedro Feu.—Ouro Prelo 18 de Novembro de 1882.—Do que para constar mandei passar opresenle e eu Pedro d'Ah'anlara Feu deCarvalho escrivão o subscrevo. (3—2).

Francisco Salles Dias Ribeiro.

wtnm i iiii ¦nnuiDE

NOSSA SENHORA DAS CAHDÊASEstabelecido na parochia das Gandêas - termo de Tamanduá

AraxáO Dr. Luiz de S. Boaventura Salerno,

juiz de orphãos e auzenies em pleno exer-cicio nesta cidade do Araxá e seu termuna forma da lei.

Faço saber aos habitantes deste termo,e em geral a quem mais convier, que nafreguezia de S. Antônio da Pratinha des-to termo, falleceu inteslado André Alvesda Silva ; homem de côr preta, em es-lado de solteiro, sem que deixasse her-deiros rt conhecidos, deixando uma pe-quena herança menor de duzentos milreis; a qual foi aprehendida pelosubdo-legado d'aquella freguezia, pelo mesmovendida em hasta publica e remettido oseu produeto a esle juizo, que o poz sobdeposito em poder do cidadão Vieior JoséFerreira, a quem no nomeei curador damesma herança e por isso na forma doregulamento de quinze de Junho de1857, convoco aos herdeiros do mes-mo linado e aos que se julgarem comdireito a mesma herança; a comparece-rem neste juizo afim de se habilitaremno prazo de trinta dias sob pena de sejulgar a herança vocanle e devolvida aoKstadi-, conforme o disposlo nos arligos32 o 51 do regulamento citado. E paraque chegue ao conhecimento de todos,mandei passar o presente que serápublicado nesla cidade, e publicada pelafolha official da provincia. Dado e passa-do nesta cidade do Araxá aos 16 de No-vembro de 1882.—Eu, Josó Manoel Tei-xeira, escrivão o escrevi.—Luiz de S.Boaventura Salerno.

Francisco Salles Dias Ribeiro.

O doulor Francisco Salles Dias Ribeiro,juiz substituto com jurisdicção plenada comarca de Ouro Prelo :Faz saber que os dias de sabbados,

designados para audiências desle juizo,sendo sanetificados terão ellas lugar no;dia antecedente, não havendo iguaes im-pedimentos. na sala do paço da câmaramunicipal desta cidade.

Do que, para constar, mandei lavrar opresente — Ouro Preto, vinle e nove de.Novembro de mil oítocentos e oitenta edois. — E eu, Pedro de Alcântara Feude Carvalho, escrivão, o escrevi

Francisco Salles Dias Ribeiro.

collegio de Nossa Senhora das Can-Ííêas, dirigido pela abaixo assignada,dosüna-se ú educação de meninas dequalquer idade, minisirando-lhes o en-sino nas seguinles maiorias:

— Primeiras letras;II —- Grammotica portugueza;III — Arilhmelica.alè decimaesjIV — Syslema métrico ;

— Trabalhos de agulha e outros ser-viços domésticos;

Vi _ Cnlheoismo da doulrina christã.

O anno lectivo começará no dia 7 deJaneiro o terminará ú 30 do Novembro.

O preço da annuidade por cada umaalumna é de 1808000, pagos em duasprestações de 908000 : —n primeira aoentrar a alumna para o collegio, e a se-gunrla no fim do anno lectivo.

O collegio encarrega-se gratuitamen-te da lavagem da roupa das alumnas.

A despeza com medico e bolica,porém,correrá por conta dos pais, lutores ouprolectores das alumnas.

Para pagamento das annuidades, li-vn.s, papel, penna, tinta, ou qualqueroutra despeza eventual, deveráõ os raes-mos pais e proteclores ter na localidadeum correspondente que cumpra suasordens,

As alumnas deveráõ trazer para o col-legio o seguinte:

Seis vestidos de chita para casa ;Um dito preto de merinó ou alpaca

para a missa e outros aclos solenines;Uni cnlxão, duascolxase dois pares

de lençóes, travesseiros e 1'ronbas;Roupa branca e calçado suíficiento

para o uso ;Pentes, thesouras para costura e

unhas, e escovas para denles ;Bacias para banho e para roslo, ele.

A directora incumbe-se do forneci-mento dos livros adoplados no collegio,bem como de papel, penna, linta, etc,sendo a importância desses objeclos sa-tisfeila pelos pais ou correspondentesias alumnas.

Nos domingos e diassnntificados, bemcomo nas oceasiões de festividades reli-

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ANNUNCIOS

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OURO PRETO,

O Dr. Cândido dc Oliveira,havendo regressado da corte, oonti-núa n'esla capital com seu escrip-torio de advocacia á rua do Paranán. 24. — Advoga nas primeira esegunda instâncias e aceita causaspara os termos circumvisinhos.

E' encontrado das 10 ás 2 horasda tarde. (3—2)

SLIÇÕES PARTICULARES

No dia primeiro de mez de De-zembro começarão as lições particu-culores de allemão, inglez, iíeogka-phia, calligrapiiia e debuxo, em casade OTTO HAUEISEN - rua do Tira-distes, n. 45 — n'esta capital.

Todos os domingos, das & ás 6 ho-ras da .tarde — lições de calligra-phia — para os empregados de ca-sas de negocio.

Mais informações sobre isso, áqualquer hora dodia, na mesma casa

46 — RUA DO TIRADENTES — 45

ANTIGA S. JOSÉ (3—3).

giosas, as alumnas irão encorporadas áegreja, sob as vistas da directora.

No caso de moléstia em qualquer dasalumnas, seu pai ou protector será im-mediatamento prevenido,por intermédiodo seu correspondente, ou directamenlesempro que fôr possivel.

Não serão aceitas do collegio meni-nas que soíTrão enfermidades contagio-sas, e aquellas que de taes doenças vie-rem a padecer serão immedialamenteretiradas para as casas de seus pais, ouprolectores, ou correspondentes.

Não são admiltidos no collegio os cas-tigos corporaes. As penas disciplinaresseráõ as seguintes:

1." — Advertência em particular;2.« — Reprehensáo em presença das

demais alumnas;3 ' — Reclusão de uma á quatro horas.Quando estas penas não bastaram,será

a alumna retirada do collegio, prece-dendo aviso á seu pai ou protector.

As recompensas conslaráõ do seguinte:Louvor nas aulas;Notas de bom comportamento en-

viadas semestralmente aos pais ou pro-lectores;

Um livro ou qualquer outro objectode premio nos exames do fim de anno.

As aulas do collegio funecionaráõ das6 e meia ás 0 horas da manhã, e das 4 ás0 da tarde. No intervallo as alumnas pre-pararáõ suas lições e trabalhos.

As quinlas-feiras seráõ destinadas es-pecialmente ao ensino de serviços do-mestiços,

Os exames terão lugar de 24 á 29 deNovembro de cada anno. As notas dosmesmos serão as seguintes:

Approvação ;plena;com louvor;

Reprovação.Findos os exames, seu resultado será

publicado pela imprensa, com os nomesdasalumnasque obtiverem approvações.

Anna Alves Parreira Barbosa

I ACTOS RELIGIOSOS f| A mesa da devoção dc N. S. |,ín da Saúde, que se venera da ca- mj$j polia deS. Sebastião,do morro f|gSK deste nome, leva ao conheci- SRM mento dos devotos que começa- Mw rão do dia 1 do corrente as no- *5 venas resadas pelo Coro Se- *

Jfl MST.ANiSTA, devendo realizar- *h sc. no dia 10 a festividade so- ||«S lemne da mesma Senhora. W.w A's 11 e meia horas desse dia SKs| será cantada uma missa, pre- wi$ gando por essa occasião o Rvd. jj

conego Augusto Leão Quartim, íH e ás 4 dajtarde terá lugar a pro- JBH cissão em fôrma de. erço,sahin- JIffi do os estandartes da Santissi- *H ma Virgem e da Guarda de "kw Honra do Sagrado Coração de ty,? Jesus, bem como a imagem do í| glorioso marlyr S. Sebastião. S

No dia 11 celebrar-se-ha uma Kil missa por alma dos bemfeito.es M«; da devoção e de todos os devo- 2}|r tos fallecidos. í|a; A mesa espera dos morado- SP| res do lugar o obséquio de lim- 9| |)arem as frentes de suas ca- |'J| sas e illuminarem-n'as no dia ií|jw da procissão. jj$I 7 de Dezembro de 1882. H

ÃBYOGABOO Dr. Joáo Joaquim Fonseca de

Albuquerque tem o seu eseriptoriona cidade de Santa Barbara (Minas),de onde responde ás consultas e pôdeser chamado, à qualquer hora, paraos misteres de sua profissão, nãosó neste termo, como nos de Caethé,Sabará, Santa Luzia, Marianna, Ila-bira e Conceição do Serro.

Cidade de Santa Barbara, 16 deNovembro de 1882. (3—3)

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CARTÕES DE VISITA E

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2005)0I>0Gratifica-se com a quantia acima

á quem levar ao abaixo assignado,em S. José do Chopotó, ou em Queluzao alferes Antonio Francisco Baião,o escravo Adão, crioulo, alto, bonsdentes, cara redonda,pés compridos,sem barba, com um signal de quei-madura na perna direita abaixo dojoelho, com 25 annos, mais ou me-nos, de idade ; fugio em fins deAgosto passado e julga-se que tenhaprocurado o campo.

Manoel José Baião.2 Novembro.<íe 1882. (5—2).

Typ. da-—« Província de Minas. »