revoluções inglesas 01 o iluminismo é deísta, isto é...

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244 Revoluções Inglesas A revolução inglesa do século XVII assumiu um caráter religioso (anglicanos e católicos X puritanos e presbiterianos) e político (monarquia X parlamento). - No séc. XVI surge o absolutismo dos Tudor, após a guerra das Duas Rosas com Henrique VII. o Durante o absolutismo dos Tudor destacaram-se: Henrique VIII Ato de Supremacia. Elizabete I a Inglaterra alcançou grande desenvolvimento econômico com a criação de indústrias, estabelecimento de monopólios e companhias de comércio. - Com a morte de Elizabete, inicia-se o Absolutismo dos Stuart. - Absolutismo dos Stuart - Durante o governo dos Stuart tem início os conflitos entre o rei e o parlamento. - Jaime I defende a implantação do absolutismo de caráter divino e enfrentou resistências do Parlamento, que fechou-o. Os atritos foram devido a criação e aumento de impostos. - Carlos I os atritos entre o rei e o Parlamento se intensificaram. Em 1628, o Parlamento impõe a Petição de Direitos que reafirmava os princípios da Magna Carta e o rei reage fechando o Parlamento. Em 1637 tenta intervir na Igreja Presbiteriana da Escócia substituindo- a pelo culto anglicano. A Escócia invade a Inglaterra e a população se divide em dois grupos: cavaleiros (Rei) e cabeças redondas (Parlamento). - Com a vitória dos cabeças redondas, inicia-se a República de Cromwell. - A República de Cromwell - Entre as realizações de Cromwell, destacam-se: confisco das terras da Igreja Anglicana e dos realistas; Irlanda e Escócia foram conquistadas e submetidas, Atos de Navegação (1651). - Carlos II restaurou o absolutismo dos Stuarts que procurou orientar a política externa de modo a não prejudicar os franceses e no plano interno decretou o ato de Tolerância que beneficiava os católicos. O Parlamento aprova o Bill of Test e surgiram os Tories e Whigs. - Quando Jaime II pretendeu restabelecer o catolicismo, desprezando os interesses da maioria protestante e intensificou o absolutismo, uniram- se os tories e Whigs na Revolução Gloriosa que derrubou o absolutismo e instaurou a Monarquia Constitucional Parlamentar. - O novo rei, Guilherme III jurou o Bill of Rights (Declaração de Direitos) que estabelecia como competência do Parlamento, lançamento de impostos, liberdade de expressão entre outros. Subia ao poder a burguesia aliada dos grandes proprietários de terra. Consequências da Revolução Inglesa No plano político, a revolução gloriosa marcou o fim do absolutismo na Inglaterra onde o poder do rei passou a ser limitado pelo parlamento, e a monarquia adiquiriu um caráter constitucional. No plano socioeconômico, a revolução gloriosa selou um compromisso entre a burguesia urbana e a nobreza proprietária de grandes terras formando o processo de desenvolvimento do capitalismo industrial. O Iluminismo Corrente de pensamento, também chamada de Ilustração, dominante no século XVIII, especialmente na França, sua principal característica é creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os fenômenos naturais e sociais e a própria crença religiosa. 01 Características Principais: O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais. Acredita que o Homem é naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e o objetivo central dos governantes era garantir os direitos naturais dos homens, ou seja, a liberdade, a igualdade e a propriedade privada. O Iluminismo e a Crítica ao Antigo regime: Absolutismo; Sociedade Estamental; Mercantilismo; Intolerância Religiosa. Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria ideologia, baseando-se nos seguintes concepções: Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico; Para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas. Para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e poder à burguesia. Princípios do Iluminismo: Racionalismo; / Mecanicismo; / Liberalismo econômico; / Liberalismo político. 02 - Principais Teóricos do Iluminismo a) René Descartes (1596-1650) - matemático e filósofo francês, defensor do método lógico e racional para construir o pensamento científico b) Isaac Newton (1642-1727) - cientista inglês, descobridor de várias leis físicas, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional c) John Locke (1632-1704) - considerado o "pai do Iluminismo” Representa o individualismo liberal contra o absolutismo monárquico. Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer idéia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo, e processado pela razão. d) Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento. Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob o comando de um soberano esclarecido. e) O Barão de Montesquieu (1689-1755) - através da sua obra, O Espírito das Leis, pregava a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário, como forma de proteger as garantias individuais e evitar o abuso dos governantes. f) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua obra mais conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios - o bom selvagem - mas depois é pervertido pela sociedade civilizada. Afirma que a origem das desigualdades social estava na propriedade privada. g) Os Enciclopedistas - Grupos políticos afinados com o clero. Entre 1751 e 1772 são publicados 17 volumes planejados em 1750 por Diderot e pelo físico e filósofo Jean Le Rond d'Alembert (1717- 1783), sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta campanha contrária da Igreja e de texto e 11 de pranchas de ilustração.

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Revoluções Inglesas

A revolução inglesa do século XVII assumiu um caráter religioso

(anglicanos e católicos X puritanos e presbiterianos) e político

(monarquia X parlamento).

- No séc. XVI surge o absolutismo dos Tudor, após a guerra das Duas

Rosas com Henrique VII.

o Durante o absolutismo dos Tudor destacaram-se:

Henrique VIII – Ato de Supremacia.

Elizabete I – a Inglaterra alcançou grande desenvolvimento econômico

com a criação de indústrias, estabelecimento de monopólios e

companhias de comércio.

- Com a morte de Elizabete, inicia-se o Absolutismo dos Stuart.

- Absolutismo dos Stuart

- Durante o governo dos Stuart tem início os conflitos entre o rei e o

parlamento.

- Jaime I defende a implantação do absolutismo de caráter divino e

enfrentou resistências do Parlamento, que fechou-o. Os atritos foram

devido a criação e aumento de impostos.

- Carlos I – os atritos entre o rei e o Parlamento se intensificaram. Em

1628, o Parlamento impõe a Petição de Direitos que reafirmava os

princípios da Magna Carta e o rei reage fechando o Parlamento.

Em 1637 tenta intervir na Igreja Presbiteriana da Escócia substituindo-

a pelo culto anglicano. A Escócia invade a Inglaterra e a população se

divide em dois grupos: cavaleiros (Rei) e cabeças redondas

(Parlamento).

- Com a vitória dos cabeças redondas, inicia-se a República de

Cromwell.

- A República de Cromwell

- Entre as realizações de Cromwell, destacam-se: confisco das terras da

Igreja Anglicana e dos realistas; Irlanda e Escócia foram conquistadas

e submetidas, Atos de Navegação (1651).

- Carlos II restaurou o absolutismo dos Stuarts que procurou orientar a

política externa de modo a não prejudicar os franceses e no plano

interno decretou o ato de Tolerância que beneficiava os católicos. O

Parlamento aprova o Bill of Test e surgiram os Tories e Whigs.

- Quando Jaime II pretendeu restabelecer o catolicismo, desprezando os

interesses da maioria protestante e intensificou o absolutismo, uniram-

se os tories e Whigs na Revolução Gloriosa que derrubou o

absolutismo e instaurou a Monarquia Constitucional Parlamentar.

- O novo rei, Guilherme III jurou o Bill of Rights (Declaração de Direitos)

que estabelecia como competência do Parlamento, lançamento de

impostos, liberdade de expressão entre outros. Subia ao poder a

burguesia aliada dos grandes proprietários de terra.

Consequências da Revolução Inglesa

No plano político, a revolução gloriosa marcou o fim do absolutismo na

Inglaterra onde o poder do rei passou a ser limitado pelo parlamento, e

a monarquia adiquiriu um caráter constitucional.

No plano socioeconômico, a revolução gloriosa selou um compromisso

entre a burguesia urbana e a nobreza proprietária de grandes terras

formando o processo de desenvolvimento do capitalismo industrial.

O Iluminismo

Corrente de pensamento, também chamada de Ilustração, dominante

no século XVIII, especialmente na França, sua principal característica

é creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os

fenômenos naturais e sociais e a própria crença religiosa.

01 – Características Principais: O iluminismo é deísta, isto é,

acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu

entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade

de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a

separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como

os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais. Acredita

que o Homem é naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e o

objetivo central dos governantes era garantir os direitos naturais dos

homens, ou seja, a liberdade, a igualdade e a propriedade privada.

O Iluminismo e a Crítica ao Antigo regime: Absolutismo; Sociedade

Estamental; Mercantilismo; Intolerância Religiosa.

Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria

ideologia, baseando-se nos seguintes concepções:

Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico;

Para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas.

Para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e

poder à burguesia.

Princípios do Iluminismo: Racionalismo; / Mecanicismo; / Liberalismo

econômico; / Liberalismo político.

02 - Principais Teóricos do Iluminismo

a) René Descartes (1596-1650) - matemático e filósofo francês,

defensor do método lógico e racional para construir o pensamento

científico

b) Isaac Newton (1642-1727) - cientista inglês, descobridor de várias

leis físicas, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da

ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e

racional

c) John Locke (1632-1704) - considerado o "pai do Iluminismo”

Representa o individualismo liberal contra o absolutismo

monárquico. Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer

idéia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em

decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo,

e processado pela razão.

d) Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a Igreja e a

intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento.

Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob

o comando de um soberano esclarecido.

e) O Barão de Montesquieu (1689-1755) - através da sua obra, O

Espírito das Leis, pregava a separação dos poderes do Estado em

Legislativo, Executivo e Judiciário, como forma de proteger as

garantias individuais e evitar o abuso dos governantes.

f) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua obra mais

conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o

bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases

democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os

homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida

natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce

bom e sem vícios - o bom selvagem - mas depois é pervertido pela

sociedade civilizada. Afirma que a origem das desigualdades social

estava na propriedade privada.

g) Os Enciclopedistas - Grupos políticos afinados com o clero. Entre

1751 e 1772 são publicados 17 volumes planejados em 1750 por

Diderot e pelo físico e filósofo Jean Le Rond d'Alembert (1717-

1783), sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências,

das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta campanha

contrária da Igreja e de texto e 11 de pranchas de ilustração.

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03 - As Teorias Econômicas

a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do Estado na vida

econômica. O mais importante representante da escola fisiocrata é

François Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um poder

natural em ação nas sociedades, que não deve ser contrariado por

leis e regulamentos. É partidário de um capitalismo agrário, com o

aumento da produção agrícola, única solução para gerar riquezas

para uma nação.

b) O Liberalismo Econômico - Seu principal inspirador é o economista

escocês Adam Smith, considerado o pai da economia política, autor

de O ensaio sobre a riqueza das nações, obra fundamental da

literatura econômica. Ataca a política mercantilista por ser baseada

na intervenção estatal e sustenta a necessidade de uma economia

dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado, o laissez-

faire. Para Adam Smith, a verdadeira riqueza das nações está no

trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos

empreendedores Principais expoentes: Thomas Robert Malthus,

defendia a produção de alimentos cresce em progressão aritmética

e a população em progressão geométrica, gerando fome e miséria

das grandes massas. David Ricardo defende a lei férrea dos

salários, segundo a qual o preço da força de trabalho seria sempre

equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do

trabalhador.

04 - Os Déspotas Esclarecidos: As idéias racionalistas e iluministas

influenciam alguns governantes absolutistas, que pretendem governar

segundo a razão e o interesse do povo, sem abandonar, porém, o

poder absoluto. Os mais célebres são: Frederico II, da Prússia;

Catarina II, da Rússia; o marquês de Pombal, ministro português; e

Carlos III, da Espanha. Eles realizam reformas que ampliam a

educação, garantem a liberdade de culto, estimulam a economia,

fortalecem a igualdade civil, uniformizam a administração pública,

introduzem a separação dos poderes judicial e executivo, mas mantêm

a servidão da gleba e a autocracia, aguçando as contradições sociais

e políticas

A INDEPENDÊNCIA DOS EUA

I – A Colonização

Colônias do Norte – agricultura de subsistência, com base na

pequena propriedade familiar. Indústria e comércio e realização de

um contrabando com as Antilhas.

Colônias do Sul – colonização de exploração baseada no

latifúndio, monocultura, trabalho escravo e voltada para a

exportação, plantation.

As colônias eram governadas por representantes ingleses que eram

assessorados por uma assembléia eleita pelos colonos que se

encarregavam de votar leis e impostos. As colônias gozavam de

autonomia político-administrativa.

II – Causas

Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa de regiões na América

entre França e Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído vitoriosa

teve seu tesouro esgotado pelos gastos militares e para se

reequilibrar lançou pesados impostos sobre suas colônias e uma

série de medidas repressivas.

A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra decreta as leis de

Navegação com o objetivo de acabar com a relativa autonomia

administrativa das colônias. A partir daí, a função das colônias

passou a ser de produzir para a metrópole e trazer riquezas para a

burguesia inglesa.

As Leis Coercitivas

Lei do açúcar: taxava sobre a importação que não viesse das

Antilhas Britânicas.

Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo em documentos,

jornais, contratos ou comprovantes de transação comercial.

Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá oriental a América.

Atos de Townshend: conjunto de leis que taxam artigos de

consumo

As leis intoleráveis – tinham por objetivo salvar a Cia das Índias da

má situação financeira e concedeu o monopólio, provocando a

reação dos colonos em boicotes sistemáticos aos produtos ingleses

e nas primeiras tentativas de organização dos colonos para romper

os laços com a metrópole.

III – A Luta pela Independência

- 1o Congresso Continental da Filadélfia – onde foi redigida a

Declaração de Direito para restabelecer a liberdade das colônias,

sob pena de rompimento definitivo com a Metrópole.

- 2o Congresso Continental da Filadélfia – Thomas Jefferson redige

a Declaração de Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não

aceita e os norte-americanos vencem os ingleses na Batalha de

Saratoga em 1777. A partir daí passa a receber ajuda da França e

da Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha de Yorktown com

a vitória dos colonos em 1783 a Inglaterra reconhece a

Independência através do Tratado de Versalhes.

A revolução representou a concretização dos ideais iluministas, o

exemplo para a independência da América Ibérica.

IV-Significados da Independência

Plano interno- A Escravidão negra permaneceu no país.

Plano externo- Os E.U.A adotam uma Política Imperialista de

Dominação.

V – Conquista do Oeste – É estimulada desde o governo de George

Washington (1789-1796), que oferece facilidades, como preços baixos

para as terras conquistadas e prêmios aos pioneiros. Milhares de

colonos organizam caravanas e passam a enfrentar os índios da

região tomando suas terras. Antes da expansão existem cerca de 1

milhão de índios no Oeste norte-americano. Em 1860 a população

indígena está reduzida a cerca de 300 mil, que passam a viver em

reservas oficiais. A ampliação do território foi devido a três recursos: a

compra, diplomacia e guerra.

VI – Guerra de Secessão – Ocorreu entre 1861 e 1865, resultado dos

atritos entre as regiões norte e sul dos Estados Unidos, devido à

divergência dos sistemas econômico, social e político.

Diferenças entre norte e sul – Em 1860 predomina na região norte

dos Estados Unidos a economia agrícola dos farmers (pequenos

produtores), e a indústria com trabalho assalariado. O sul está

organizado em grandes plantações algodoeiras cultivadas por

escravos negros. A eleição de Abraham Lincoln como presidente, em

1861, com uma plataforma política nortista, coloca a União em

confronto com os sulistas. As tensões entre norte e sul crescem devido

às divergências sobre a introdução de uma política protecionista,

defendida pelo norte, e à campanha abolicionista. São criadas

sociedades nortistas que ajudam a fuga de escravos para o norte,

onde ganham a liberdade. Alguns Estados do sul decidem então se

separar e criam a Confederação dos Estados da América (por isso

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passam a ser chamados de confederados), com capital em Richmond,

Virgínia. Apesar de não ser um abolicionista radical, Lincoln não aceita

o desmembramento da União e declara guerra ao sul. A resistência

sulista é muito violenta, apesar da inferioridade de forças e do bloqueio

naval estabelecido pelo norte. Para conseguir o apoio dos negros,

Lincoln emancipa os escravos em 1863. Em abril de 1865 os

confederados se rendem. Dias depois Lincoln é assassinado por um

escravista fanático durante uma apresentação de teatro

VII – Consequências da Secessão - A guerra faz 600 mil mortos,

causa prejuízos de US$ 8 bilhões e deixa o sul destruído. Mesmo com

o fim da escravidão os negros continuam sem direito à propriedade

agrícola e sofrem discriminação econômica, social e política.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1– Conceito

Conjunto de transformações técnicas, econômicas e sociais que se

caracterizam por um duplo aspecto:

substituição da energia física na indústria manufatureira e pela

mecânica na fabril;

formação de duas classes: burguesia e proletariado.

2 – Fases:

1a Fase (1760-1860): carvão e ferro.

2a Fase (1860-1950): aço, eletricidade e capitalismo liberal cede lugar

ao capitalismo monopolista.

3ª Fase (1950- ):microcomputador,microeletrônica, robótica, Química

fina,Biotecnologia e engenharia genética.

3- Fatores do Pioneirismo Inglês (1a Revolução)

Acumulação de capital por meio do comércio marítimo mundial.

Mão-de-obra resultante da revolução agrícola e do cercamento dos

campos.

Localização geográfica que isolava a Inglaterra das guerras

continentais.

Riquezas do subsolo (carvão, ferro, estanho).

Poder político nas mãos da burguesia que permitiu o surgimento de

uma legislação favorável ao capitalismo.

Crescimento Populacional

4 – Principais Inovações Técnicas

Entre as principais invenções mecânicas do período, destacam-se a

máquina de fiar, o tear hidráulico e o tear mecânico, a descoberta

como força motriz, barco a vapor, locomotiva a vapor.

Por volta de 1860, a Revolução Industrial assumiu novas

características – Segunda Rev. Industrial – e uma nova dinâmica

impulsionada por inovações técnicas, como a descoberta da

eletricidade, a invenção de Henry Bessemer para a transformação do

ferro em aço, o surgimento dos meios de transporte(ampliação das

ferrovias seguida das invenções do automóvel e do avião), o

desenvolvimento da indústria química e de outros setores.

5 – Consequências

Consolidação do modo de produção capitalista e da burguesia e

operário como classes antagônicas.

Aumento da população urbana.

Péssimas condições dos operários, provocando movimentos de

contestação como o ludismo (destruição das máquinas).

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

I – Invenções que marcaram a passagem da 1a para a 2

a Revolução:

Processo Bessemer de transformação do ferro em aço.

Dínamo.

Motor de combustão interna.

II – Expansão: França, Alemanha, Itália, Rússia e EUA.

III – Consequências

Surgimento do capitalismo financeiro – supremacia das finanças

sobre a produção.

A formação dos grandes conglomerados econômicos:

- Trustes – as empresas passam a monopolizar a produção, preço e

mercado.

- Cartéis – acordo para manter preços e divisões dos mercados.

- Holding – grande companhia assume o controle acionário de outras

empresas.

Produção em série que provoca a superprodução.

A expansão do imperialismo devido a necessidade de matérias

primas, mercados externos e mão-de-obra barata.

As Ideias Sociais no Século XIX

01 - Socialismo Utópico – Também chamado de socialismo

romântico, surge no início do século XIX e concebe a organização de

uma sociedade ideal sem conflitos ou desigualdades. Os pensadores

buscam no Iluminismo e nos ideais da Revolução Francesa os

fundamentos de sua crítica à sociedade capitalista. O inglês Thomas

Morus é o precursor, com o livro Utopia (1516), no qual afirma que a

propriedade particular é a fonte de toda injustiça social. Os principais

representantes são o inglês Robert Owen, que defende a sociedade

autogerida, e os franceses Charles Fourrier, que pretende uma

organização em que todos vivam harmonicamente, e Saint-Simon, que

idealiza o domínio da ciência sobre uma sociedade sem classes.

Robert Owen (1771-1858), rico industrial inglês que se transforma em

um dos mais importantes socialistas utópicos. Sua contribuição nasce

da própria experiência. Instala em New Lanark (Escócia) uma

comunidade inspirada nos ideais utópicos. Monta uma fiação no centro

de uma comunidade operária e promove a organização de serviços

comunitários de educação, saúde e assistência social. A comunidade

passa a se autogerir e todos os integrantes pertencem à mesma

classe. No lugar de dinheiro circulam vales correspondentes ao

número de horas trabalhadas.

Charles Fourrier (1772-1837) nasce em Besançon, França, filho de um

comerciante de tecidos. Trabalha como comerciante mas acaba falindo

e decide servir o Exército. Afastado da ativa por problemas de saúde,

volta a trabalhar com o comércio e começa a escrever sobre questões

sociais e econômicas. Em 1822 lança o jornal O Falanstério (depois

mudado para A Falange), defendendo sua idéias, influenciadas pelo

idealismo de Rousseau. Propõem que a sociedade se organize em

comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-cidades

onde as pessoas trabalham apenas no que querem. Fourrier defende

assim o fim da dicotomia entre trabalho e prazer. Nos falanstérios os

bens são distribuídos conforme a necessidade. A educação deve se

adaptar às inclinações de cada criança e não existem restrições

morais à prática de sexo.

Saint-Simon (1757-1825) é como fica conhecido o pensador francês

Claude Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon, um dos principais

socialistas utópicos. Nasce em Paris e entra para o Exército com 17

anos. Luta na guerra de Independência dos Estados Unidos e, de volta

à França, abandona seu título de nobreza e adere à Revolução

Francesa. Retoma os estudos aos 40 anos, depois de ter sido preso

durante o Período de Terror. Cursa medicina e a Escola Politécnica.

Começa a se projetar como teórico do socialismo em 1802, com o livro

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Cartas de um habitante de Genebra a seus contemporâneos, no qual

defende uma nova religião baseada na ciência e dedicada ao culto de

Newton. Suas idéias são retomadas pelos tecnocratas no século XX.

02 - Socialismo Científico

Teoria política elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels entre 1848 e

1867. Essa corrente deriva da dialética (resultado da luta de forças

opostas) hegeliana e é influenciada pelo socialismo utópico e pela

economia inglesa. A partir do materialismo histórico, prevê o triunfo

final dos trabalhadores sobre a burguesia. Marx chama de comunismo

essa sociedade e de socialismo o processo de transição do

capitalismo ao comunismo.

Materialismo histórico - Segundo Marx, o homem e suas atividades

são reflexos das condições materiais que o cercam. Estas são

determinadas pela História, que é resultado do confronto de classes

sociais antagônicas que lutam pela hegemonia. A luta de classes é o

motor da história e só desaparece com a instalação de uma sociedade

comunista, sem divisão de classes ou exploração do trabalho, e

baseada na solidariedade. O Estado é o instrumento pelo qual a classe

dominante exerce essa hegemonia sobre as demais. Outro conceito do

marxismo é a Mais-Valia que corresponde ao valor da riqueza

produzida pelo operário além do valor remunerado de sua força de

trabalho e que é apropriado pelos capitalistas.

03 – Anarquismo

Movimento que surge no século XIX, propondo uma organização da

sociedade onde não haja nenhuma forma de autoridade imposta. Para

os anarquistas, uma revolução não deve levar à criação de um novo

Estado porque este seria sempre uma nova forma de poder coercitivo.

O anarquismo tem duas correntes importantes. Uma, pacífica, que tem

como principal representante o francês Pierre-Joseph Proudhon. Para

ele qualquer mudança social deve ser feita com base na fraternidade e

na cooperação entre os homens. A outra corrente afirma que a

modificação da sociedade só pode ser feita depois de destruída toda a

estrutura social existente. Para isso é válida a utilização da violência e

do terrorismo. O russo Mikhail Bakunin, considerado um dos principais

teóricos e militantes do anarquismo, chega a participar de atentados,

influenciado por Serguei Netchaiev, um dos defensores dessa

corrente.

REVOLUÇÃO FRANCESA

I – Causas

1. Situação social - Estamentos sociais:

O 1o e 2

o Estados eram isentos de impostos, como ainda usufruíam o

tesouro real, através de pensões e cargos públicos.

O 3o Estado formava a maioria da população e reivindicava a extinção

dos privilégios e a igualdade civil. Os impostos e as contribuições para

o rei, clero e a nobreza eram pagos pelo 3o Estado.

2. Situação Econômica

- Entraves ao capitalismo: servidão, alfândegas internas e

cooperações de ofício.

- As constantes guerras externas contra a Áustria, Prússia e a

Independência dos Estados Unidos contribuíam para arruinar a

economia. Além disso, havia os pesados gastos com a manutenção

da corte, crescimento da dívida externa.

3. Situação Política

- Absolutismo baseado na Teoria do Direito Divino dos Burbons.

- Desorganização político-administrativa – onde o Estado gastava

mais do que arrecadava.

- Iluminismo – a burguesia tomou consciência da necessidade de

derrubar o Antigo Regime.

II – O Início da Revolução e as jornadas Revolucionárias

- Em meio ao caos econômico, o descontentamento era geral. Luiz

XVI tinha que tomar uma iniciativa para superar a crise.

Sucessivamente o rei indica Turgot que tentou acabar com a

servidão e tentou eliminar as corporações de ofício. Para acabar

com o déficit tentou fazer uma reforma fiscal e foi demitido.

- Necker – reforma fiscal e foi demitido.

- Calonne e a grave crise econômica provocada pela seca, e tratados

com a Inglaterra agrava ainda mais a situação.

- Necker – convocação dos Estados Gerais que desde 1614 não eram

convocados. A burguesia aproveita para fazer reivindicação.

Duplicação do número de representantes, votação por cabeça e

reunião conjuntas.

Jornadas Revolucionárias:

Juramento da sala de jogo da péla – declara-se em Assembléia

Nacional e depois se transformou em Assembléia Nacional

Constituinte.

Tomada da Bastilha – símbolo do absolutismo.

Grande Medo – assinatura da Declaração de Direitos do Homem

que assegurava igualdade, liberdade e fraternidade para aliviar as

pressões.

Transferência do rei para Versalhes.

Fases: * Monarquia Constitucional

- Constituição de 1791: fundamentada no liberalismo, abolia o

feudalismo, estabelecia liberdade de comércio, confirmava o direito

de propriedade privada e voto censitário.

- Constituição Civil do clero: confisco dos bens da Igreja e os padres

passavam a subordinar-se ao Estado.

- Partidos:

Girondinos = alta burguesia comercial e industrial.

Jacobinos = pequena burguesia.

Feuillonts (Planície) – alta burguesia financeira.

Cordeliers – camadas mais populares.

- Organização da Contra revolução, onde os exércitos franceses são

vitoriosos na Batalha de Valmy.

Convenção e República

- Disputa entre girondinos e jacobinos sobre o que fazer com o rei,

vencendo a proposta dos jacobinos que defendia o julgamento e

execução do rei.

- Os girondinos no poder viam na guerra uma forma de aumentarem

suas fortunas e por isso promove a liberalização dos preços.

- Os Sans Cullotes liderados por Jacques Roux exigiam reformas,

controle dos preços. Os jacobinos cercam a Convenção, prendem

os girondinos e assume o poder.

- República Jacobina (Ditadura Jacobina) – período do Terror que

toma as seguintes medidas: abolição da escravidão nas colônias,

fim de todos os privilégios, controle dos preços dos gêneros

alimentícios, distribuição das propriedades dos emigrados, voto

universal.

- Os girondinos derrubam a República jacobina através do Golpe do

09 Termidor e inicia-se o Diretório.

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Diretório

- Abolição da lei do máximo que limitava os preços dos gêneros

alimentícios.

- A volta do voto censitário.

- O poder executivo foi confiado a um diretório de cinco membros.

- Conspiração de Babeuf: tinha por objetivo tomar o poder e

estabelecer uma sociedade mais justa e sem privilégios.

- Os realistas desejavam o retorno dos Burbons.

- Diante da instabilidade interna, ameaça externa e corrupção,

Napoleão através do 18 de Brumário assume o poder.

ERA NAPOLEÔNICA

1 – Consulado

- Napoleão teve como prioridade enfrentar as ameaças externas e

reorganização da economia francesa.

- Procurou eliminar a ameaça externa, vencendo a Segunda

Coligação (Ingl. + Áustria e Rússia). Vence os austríacos na batalha

de Marengo e assina a Paz de Amiens com a Inglaterra, em que

estabeleceu uma trégua e os ingleses renunciam algumas

conquistas coloniais.

- Eliminada a ameaça, Napoleão procura resolver a situação interna,

a crise financeira foi solucionada com a criação do Banco da França,

que exerceria o controle da emissão de papel – moeda. Para

incentivar o desenvolvimento industrial cria a Sociedade de Fomento

à Indústria e realiza obras de infra-estrutura (canais, construção de

estradas, etc.), para diminuir o desemprego. As relações com a

Igreja foram solucionadas com a Concordata de 1801 que

estabelecia a nomeação de bispo pelo consulado e liberdade de

culto. Na Educação reorganizou o ensino francês, que passou a ter

como principal missão à formação de cidadãos capazes de servir ao

estado burguês.

- Código Civil Napoleônico – assegurava as conquistas burguesas

como igualdade de todos perante a lei, o direito de propriedade e

proibição de organização de sindicatos operários. Através de um

plebiscito é coroado imperador.

2 – Império

- Período marcado por guerras externas, em geral lideradas pela

Inglaterra que via na França uma rival no continente aos seus

produtos industrializados.

- No confronto contra a Terceira Coligação (Ingl., Rússia e Áustria),

onde fica comprovada a superioridade da marinha inglesa na

batalha de Trafalgar e em terra a superioridade francesa nas

batalhas de Ulm e Austerlitz. Napoleão destrói o Sacro Império

Romano- Germânico e cria a Confederação do Reno.

- Napoleão visando enfraquecer o poderio inglês decreta o Bloqueio

Continental. A Rússia através da Paz de Til sit adere ao Bloqueio.

Esse bloqueio prejudicou os países europeus que dependiam das

compras de suas matérias-primas pela Inglaterra.

3 – Decadência

- Nacionalismo das Nações Conquistadas – a burguesia dos países

que antes recebera os exércitos como libertadores, voltou-se contra

ele. A Espanha tradicional aliada, revolta-se diante da invasão

napoleônica.

- O Fracasso do Bloqueio Continental – a economia francesa não

possuía estrutura para substituir os ingleses nas relações

econômicas no continente.

- O Fracasso Militar na Rússia – prejudicada pelo bloqueio rompe

com a França que reage invadindo o país. Os russos utilizam a

tática de terra arrasada.

- A 6a Coligação (Prússia, Áustria, Rússia e Inglaterra) – que o venceu

na batalha das Nações em Leipzig. Napoleão foi para a Ilha de Elba.

Com o exílio restabeleceu-se a dinastia dos Burbons com Luiz XVIII.

- Napoleão foge da ilha de Elba e governa durante os Cem Dias,

sendo derrotado na batalha de Walterloo. Foi exilado na ilha de

Santa Helena.

CONGRESSO DE VIENA

- Após a derrota de Napoleão em Leipzig, na batalha as Nações

(1813) as grandes potências européias reorganizam o mapa político

da Europa.

Entre os princípios que nortearam o Congresso temos;

Restauração – volta do Antigo Regime.

Legitimidade – volta das dinastias depostas pela revolução.

Equilíbrio europeu – manutenção da velha ordem pelo equilíbrio de

forças entre as potências.

SANTA ALIANÇA

- Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade foram substituídos

pelos princípios da fé, autoridade e tradição marcando a vitória da

Ideologia Conservadora.

- A Santa Aliança foi um pacto militar entre as grandes potências

participantes do congresso de Viena, com o objetivo de reprimir os

movimentos liberais e nacionalistas decorrentes das idéias

implantadas pela Revolução Francesa.

- O declínio da Santa Aliança:

Retirada da Inglaterra – iniciara seu processo de industrialização,

era importante a expansão dos mercados consumidores. Por isso

apóia os movimentos de independência das colônias latino-

americanas, defendendo o princípio de não-intervenção contrariando

os interesses da Santa Aliança.

Doutrina Monroe – os EUA se opõem qualquer tentativa

recolonizadora.

Revolução Liberal na França que restabeleceu a independência

política da Grécia, Bélgica, adotando Monarquia Constitucional e

Parlamentar

AS REVOLUÇÕES DE 1830

França

- Luiz XVIII assume o poder após a derrota de Napoleão, restaurando

a monarquia dos Burbons. Procurou conciliar a restauração com a

manutenção de algumas conquistas da revolução.

- Após queda de Napoleão vários partidos disputavam o poder:

Ultra-realistas: lutavam pela restauração do Antigo Regime

Constitucionalistas: alta burguesia que defendia a manutenção do

equilíbrio político, através de uma Constituição.

Liberais: defensores dos princípios da Revolução Francesa.

- Na França foi instalada pela Alta Burguesia o Terror Branco que

perseguia e massacrava liberais, republicanos e bonapartistas.

Carlos X – partido ultra-realista

- Decreta as Ordenações de julho que suspendiam a liberdade de

imprensa, dissolviam a Câmara, uma nova lei eleitoral desfavorável

à burguesia. O objetivo desses decretos era reagir contra a oposição

liberal.

- Procurou elevar a carga tributária para contornar a grave crise

econômica.

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- Através das jornadas Gloriosas em 1830, Carlos X foi afastado e no

seu lugar instalado um governo liberal-burguês de Luís Felipe.

- As repercussões da revolução liberais se fazem sentir na: Bélgica

que proclamou sua independência da Holanda; na Itália, Alemanha

e Polônia.

- Luís Felipe realiza uma reforma na Constituição que deu a alta

burguesia o controle de setores básicos da economia (ferrovias,

bancos, minas de carvão e ferro) assegurando condições para a

industrialização.

REVOLUÇÕES DE 1848

- Entre os fatores que determinaram destacam-se:

Liberalismo: contrário às limitações impostas pela monarquia

absolutista.

Nacionalismo: procurou unir os povos de mesma origem e cultura.

Socialismo: pregava a igualdade social e econômica

A crise econômica: entre 1846 e 1848 ocorre uma série de péssimas

colheitas causadas pela seca e por pragas, provocando o aumento

dos preços dos produtos e ruína dos camponeses. No setor

industrial ocorre uma superprodução devido a ausência do poder

aquisitivo da população, causando falência e desemprego.

A miséria e o descontentamento da população, onde camponeses e

operários passam a reivindicar melhores condições de vida.

OBS.: Denomina-se Primavera dos Povos uma série de movimentos

revolucionários de forte conteúdo nacionalista que eclodiu na Europa

em 1848.

A Revolução na França

- Ocorre no governo de Luís Felipe – rei burguês.

- O partido socialista defendia suas idéias por meio de banquetes que

terminava em debates.

- Em 22 de fevereiro – Guizot proíbe a realização de banquetes

provocando a revolução e a derrubada de Luiz Felipe, proclamando

a Segunda República na França. O governo era constituído por

republicanos., socialistas e bonapartistas que decreta o fim da pena

de morte e sufrágio universal. Foram criadas as Oficinas Nacionais

(espécie de fábrica) para diminuir o desemprego.

- Nas eleições sai vitorioso Luiz Napoleão (Napoleão III) que no final

do seu mandato fechou a Assembléia Nacional, uma vez que a

Constituição proibia a reeleição e implanta uma ditadura (18 de

brumário de Luiz Napoleão).

A Revolução de 1848 em outros países

Itália

Estava dividida em vários estados independentes e os movimentos

tinham um caráter liberal e nacionalista. Contra a descentralização e

o absolutismo surgem diversos movimentos: Jovem Itália

(Unificação em torno de uma República) e Resorgimento (Monarquia

Liberal). A primeira tentativa foi feita pelo rei Carlos Alberto, que

falhou.

Alemanha

Após o Congresso de Viena, os Estados alemães foram reunidos

numa Confederação, na qual a Áustria e Prússia eram membros

importantes. Após uma revolução entrega o Trono a Frederico IV rei

da Prússia que sofre oposição da Áustria, que sufoca o sonho de

unificação.

Segundo Império Francês e a Comuna de Paris

Napoleão III procurou desenvolver a economia, garantiu a ordem

social através de um governo autoritário e diminuiu o nível de

desemprego através da execução de inúmeras obras públicas.

Desagradou aos católicos ao retirar seu apoio ao Papa durante os

movimentos de unificação na Itália e envolve-se numa guerra contra a

Prússia, onde foi derrotado e marca a queda do Segundo Império

Francês proclamando a Terceira República Francesa de Thiers.

- A Comuna de Paris foi organizada pelo governo da capital e tinha

por objetivo implantar em Paris um governo revolucionário, de

tendência socialista, com a participação dos trabalhadores. A

burguesia sentindo-se ameaçada pela classe trabalhadora, articulou

a repressão, executando milhares de pessoas em Paris.

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

Causas:

Idéias iluministas – base ideológica para os anseios autonomistas.

Revolução industrial e o liberalismo econômico – os políticos

monopolistas prejudicava a burguesia britânica e as elites coloniais

e o desenvolvimento do capitalismo.

Marginalização política da aristocracia Criolla – os Chapetones

monopolizava o poder político, dominando os altos cargos da

administração colonial. Os criollos sentiam-se prejudicados com o

monopólio que dificultava as transações econômicas e limitava o

acesso aos cargos administrativos e políticos.

Invasão Napoleônica na Espanha e a imposição de José Bonaparte.

O novo rei foi aceito pelas colônias que desencadearam o processo

de emancipação formando juntas governamentais provisórias.

FASES:

1a Etapa:

Precursores: - Revolta de Tupac-Amaru no Peru liderou um

movimento contra os abusos cometidos pelos chapetones.

- Francisco Miranda: proclamou a independência da Venezuela. O

movimento foi reprimido.

O fracasso desses movimentos foi em grande parte da falta e apoio da

Inglaterra que estava empenhada em derrotar Napoleão e a ausência

dos EUA. Também favoreceu o isolamento geográfico entre as

regiões.

2a Etapa

Simon Bolívar desencadeou a Campanha que culminaria com a

libertação da Venezuela, Colômbia e Equador e José San Martín

promovia a libertação da Argentina, Chile e Peru.

No México, a primeira tentativa ocorre em 1810, liderado pelas massas

populares e o movimento foi antes de tudo rural. As insurreições foram

lideradas por Miguel Hidalgo, padre Marelos e Vicente Guerreiro que

enfatizaram reformas populares, propondo o fim da escravidão, a

igualdade de direitos e a condenação da aristocracia. Augustin Itúrbide

enviado pelo rei alia-se a Guerrero no Plano de Iguala e proclama a

independência, igualdade de direitos entre criollos e chapetones. Em

1822 Itúrbe torna-se imperador.

Consequências

Divisão política da América Espanhola.

Nova dependência da América em relação a Inglaterra.

Fortalecimento dos chefes locais, que passaram a disputar o poder,

criando um quadro de anarquia e de dificuldades que deram origem

ao Caudilhismo.

A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA

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01 - Unificação Italiana

Desde a onda revolucionária de 1848 e 1849, contra a dominação

austríaca, começam as tentativas de unificação do reino da Itália.

Durante esse período os revolucionários proclamam pelo menos três

repúblicas, a de São Marcos, a Toscana e a Romana, mas os

exércitos austríacos derrotam os liberais e tropas francesas ocupam

Roma.

Política de Cavour – Em 1852 Camilo Benson, conde de Cavour,

assume a presidência do Conselho do Piemonte e começa a pôr em

prática um programa para a unificação da Itália. Sua estratégia é

mobilizar a população em torno de um único nome, o de Vittorio

Emmanuel, e fazer uma aliança com o imperador francês Napoleão III

para poder enfrentar as forças austríacas.

Sociedade Nacional – Em 1857, Giuseppe Garibaldi - e Pallavicino,

com o apoio de Cavour, fundam a Sociedade Nacional para fomentar a

unidade e conquistar a independência. Fracassam as tentativas de

Cavour de conseguir o apoio estrangeiro. Ganham corpo as

insurreições patrióticas e as tropas de camisas vermelhas organizadas

por Garibaldi. A partir de 1860 Garibaldi passa à ofensiva, liberta a

Sicília e a Calábria, derrota as tropas do papado e dos Bourbon e

estabelece as condições para a instalação de um Estado unificado na

Itália. O Estado é unificado por Vittorio Emmanuel, rei da Sardenha,

entre 1861 e 1870. Proclamado rei da Itália, Vittorio Emmanuel

enfrenta resistência austríaca em devolver Veneza e a recusa do

Estado pontifício em entregar Roma para ser capital do reino.

02 – Unificação Alemã

A divisão da Alemanha em pequenos Estados autônomos atrasa seu

desenvolvimento econômico. As atividades comercial e bancária se

intensificam com a União Aduaneira (Zollverein) de 1834, com o fim da

servidão e com a introdução do trabalho assalariado na agricultura

(1848). A partir de 1862, a Prússia conquista a hegemonia sobre os

demais Estados alemães e aplica uma política interna unificadora e

externa expansionista, tendo Otto von Bismarck como primeiro-

ministro.

Crescimento econômico - A política de Bismarck é facilitada pelo

rápido crescimento econômico germânico, baseado na produção de

carvão mineral e ferro bruto. A produção mecânica, elétrica e química

cresce com a concentração de grandes empresas como Stinnes,

Krupp, Stumm e Siemens. O transporte naval e ferroviário intensifica o

comércio externo. Quando o II Reich (o I Reich é o Sacro Império

Romano-Germânico, instalado por Oto I em 962) é instalado por

Guilherme I, o país já é uma grande potência industrial e militar.

Otto Von Bismarck (1815-1898), conhecido como "chanceler de ferro",

é o grande mentor da unificação alemã sob hegemonia prussiana. É

ministro do rei da Prússia, em 1862. Sua caminhada para alcançar a

unidade alemã sob a hegemonia da Prússia começa com a vitória de

Sadowa, sobre a Áustria, em 1866. A guerra contra a França, em 1870

e 1871, consolida sua política e permite a proclamação do II Reich.

Como chanceler do novo império, dedica-se lhe acrescentar novos

poderes. Combate ferozmente os socialistas, reprimindo-os ao mesmo

tempo em que procura conquistar os trabalhadores com uma política

social. Realiza uma política externa baseada no confronto com a

França.

O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX

O colonialismo do século XIX (neocolonialismo), incrementado a partir

de 1880, tem por base uma nova divisão econômica e política do

mundo pelas potências capitalistas em ascensão. Reino Unido,

Estados Unidos e Alemanha experimentam um auge industrial e

econômico a partir de 1870, seguidos pela França e Japão. Itália e

Rússia ingressam na via da industrialização nesse mesmo período. Os

monopólios e o capital financeiro de cada potência competem

acirradamente pelo controle das fontes de matérias-primas e pelos

mercados situados fora de seus países.

Tipos de colônia - O neocolonialismo desenvolve política que tem por

eixo dois tipos de colônia: as colônias comerciais e as colônias de

assentamento. As colônias comerciais devem fornecer matérias-

primas e, ao mesmo tempo, constituir-se em mercados privilegiados

para produtos e investimentos de capitais das metrópoles. As colônias

de assentamento servem de áreas de recepção dos excedentes

populacionais das metrópoles.

01 - PARTILHA DA ÁFRICA

Ocorre a partir de 1870, quando a Alemanha e a Itália entram em

disputa com a Inglaterra e a França pela conquista de territórios que

sirvam como fontes de abastecimento de matérias-primas industriais e

agrícolas e mercados para seus produtos. Portugal e Espanha

conseguem manter alguns de seus antigos territórios coloniais. A

Conferência de Berlim, em 1884 e 1885, oficializa e estabelece normas

para a partilha. Qualquer posse territorial deve ser comunicada às

potências signatárias e toda potência estabelecida na costa tem direito

ao interior do território, até defrontar com outra zona de influência ou

outro Estado organizado.

França – Conquista territórios no norte da África (Tunísia, Argélia,

Marrocos e parte do Saara), na África ocidental (Senegal, Guiné,

Costa do Marfim, Daomé – atual Benin –, Gabão e Congo – atual Zaire

–, estes últimos denominados África Equatorial Francesa). Domina

também territórios na África central (Níger, Chade e Sudão) e na África

oriental (Madagascar, trocada com o Reino Unido por Zanzibar, atual

Tanzânia), Obok, baía de Tadjurah, os sultanatos de Gobad e Ambado

e os territórios dos Afars e Issas, atual Djibuti.

Reino Unido – Estabelece territórios coloniais na África ocidental

(Gâmbia, Serra Leoa, Costa do Ouro, atual Gana, Nigéria e as ilhas de

Santa Helena e Ascensão), na África oriental (Rodésia, atuais Rep.

Dem. do Congo e Zimbábue, Quênia, Somália, ilha Maurício, Uganda e

Zanzibar, atual Tanzânia, e Niassalândia, atual Malavi), e na África

meridional (União Sul-Africana, incluindo a antiga Colônia do Cabo e

as ex-repúblicas bôeres de Natal, Orange e Transvaal - África do Sul -,

e os protetorados de Bechuanalândia, atual Botsuana, Basutolândia,

atual Lesoto, e Suazilândia).

Alemanha – Conquista Togo e Camarões (África ocidental),

Tanganica e Ruanda-Burundi (África oriental) e Namíbia (África do

sudoeste).

Portugal – Mantém as colônias instaladas na África ocidental (Cabo

Verde, São Tomé, Príncipe, Guiné-Bissau), África do sudoeste (Angola

e Cabinda) e África oriental (Moçambique).

Espanha – Continua com suas posses coloniais na África do norte

(parte do Marrocos, ilhas Canárias, Ceuta, território de Ifni e Saara

Ocidental) e na África ocidental (Guiné Equatorial).

02 – IMPERIALISMO NA ÁSIA

As potências européias, o Japão e os Estados Unidos envolvem-se

numa disputa acirrada para redividir os territórios asiáticos.

Índia - A presença britânica na Índia com a Companhia das Índias

Orientais supera a concorrência portuguesa e francesa desde o século

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XVII. Contra essa hegemonia se rebelam, em 1857, as tropas nativas,

ou cipaios.

Revolta dos Cipaios – Levante de grupos indianos (cipaios) contra a

exploração britânica. Começa em 1857 e é violentamente reprimida

pelos britânicos, terminando no ano seguinte. O governo britânico

dissolve a Companhia das Índias, reorganiza o exército colonial e

converte a Índia em domínio britânico.

Influência britânica – O Reino Unido implanta em território indiano um

sistema de ensino inglês, uma rede ferroviária e a modernização dos

portos. Com seus produtos industriais mais baratos, destrói a

economia rural autárquica e aumenta o desemprego. Os ingleses se

expandem e criam Estados intermediários no Nepal e Butão. Entram

no Tibete para garantir privilégios comerciais. Anexam a Birmânia

(atual Mianmá) e Ceilão (atual Sri Lanka) e tentam disputar com os

russos o domínio do Afeganistão. O domínio britânico faz surgir um

movimento nacionalista entre setores das classes abastadas indianas,

europeizadas nos colégios e universidades inglesas, onde tinham livre

curso as idéias liberais e democráticas. Em 1885 é fundado o

Congresso Nacional Indiano, com o objetivo de obter uma participação

ativa na administração do país.

China – Até meados do século XIX os europeus mantêm feitorias no

território chinês, por onde realizam o comércio com as metrópoles. A

partir daí ocorre uma intensificação nas tentativas de dominar o

mercado chinês por meio de guerras e conquistas.

Guerra do Ópio – Uma das principais atividades do Reino Unido na

região é o cultivo do ópio (em território indiano), que é depois vendido

aos chineses. Em 1840 as autoridades chinesas passam a reprimir a

venda ilegal da droga, o que leva o Reino Unido a declarar a chamada

Guerra do Ópio. O conflito termina dois anos depois pela Paz de

Nanquin, tratado segundo o qual o Reino Unido retoma o comércio de

ópio e obtém ainda a cessão de Hong Kong, ponto estratégico para

comércio que deve ser devolvido à China em 1997. A partir de 1844,

França, Estados Unidos, Inglaterra e Rússia conquistam o controle de

áreas do território chinês, como Xangai e Tientsin.

Revolta dos Boxers – Como reação à dominação estrangeira,

nacionalistas se revoltam contra a dinastia manchu. A Guerra dos

Boxers, nome dado pelos ocidentais aos membros de uma sociedade

secreta chinesa que organizam a revolta, se espalha pelas zonas

costeiras e ao longo do rio Yang-Tse, em 1900. Exércitos estrangeiros

esmagam a rebelião e impõem à China uma abertura à participação

econômica ocidental. O capital estrangeiro implanta indústrias, bancos

e ferrovias.

Japão – pressionado pelos EUA, nos meados do século XIX, foram

estabelecidos acordos comerciais com o mundo ocidental. Essa

abertura econômica japonesa contribuiu para a modernização do

Japão, eliminando os poderes do Xogunato e o imperador promoveu

uma centralização administrativa e uma modernização econômica,

permitindo uma expansão no externo oriente. Esse período é

denominado de “Era Meiji”

03 – DEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA

Ao longo do século XIX, França, Reino Unido e Estados Unidos

disputam entre si a hegemonia econômica e política sobre a América

Latina, que representa fonte de matérias-primas e mercado para seus

produtos industriais. Interferem nas disputas políticas internas, nas

quais revezam-se ditaduras caudilhescas.

México – Perde quase metade de seu território em 1846, como

resultado da guerra contra os Estados Unidos. Califórnia, Arizona,

Novo México, Utah, Nevada e parte do Colorado passam ao domínio

norte-americano. A suspensão do pagamento da dívida externa

mexicana, em 1861, provoca a intervenção da Inglaterra, França e

Espanha, resultando no domínio francês até 1867.

Revolução Mexicana – Independente desde 1821, o México só

consegue consolidar-se como Estado nacional entre 1876 e 1910 com

a ditadura de Porfirio Díaz, o primeiro a ter controle sobre o conjunto

do território. Exportador de produtos agrícolas e minerais, o país é

dominado por uma aristocracia latifundiária. Os camponeses

reivindicam terras e as classes médias urbanas, marginalizadas do

poder, se opõem ao regime. Em 1910 o liberal e também latifundiário

Francisco Madero capitaliza o descontentamento popular e se lança

candidato à sucessão de Díaz. As eleições são fraudadas e Díaz

vence. O episódio desencadeia uma guerra civil e o país entra num

período de instabilidade política que permanece até 1934, quando

Lázaro Cárdenas assume o poder.

Rebelião de 1910 – A reeleição de Díaz provoca um levante popular

no norte e no sul do país. No norte, os rebeldes liderados por Pancho

Villa incorporam-se às tropas do general dissidente Victoriano Huerta.

No sul, um exército de camponeses organiza-se sob o comando de

Emiliano Zapata e exige uma reforma agrária no país. Díaz é deposto

em 1911 e Madero assume o poder. Enfrenta dissidências dentro da

própria elite mexicana e também dos camponeses: Zapata recusa-se a

depor as armas enquanto o governo não realizar a reforma agrária. Em

1913 Huerta depõe e assassina Madero e tenta reprimir os

camponeses. Villa e Zapata retomam as armas apoiadas por um

movimento constitucionalista liderado por Venustiano Carranza. Huerta

é deposto em 1914, Carranza assume o poder e dá início a um

processo de reformas sociais, mas a reforma agrária é novamente

adiada. Em 1915, Villa e Zapata retomam novamente as armas mas

Carranza já domina o país. Em 1917 promulga uma Constituição e

consolida sua liderança. Zapata é assassinado em 1919. Villa retira-se

da luta em 1920 e é assassinado em 1923.

Região do Prata – A influência inglesa mantém-se inalterada até a

Primeira Guerra Mundial (1914-1918), embora sofrendo a concorrência

dos Estados Unidos, França e Alemanha. Ao Reino Unido interessam

os produtos agrícolas e pecuários, os minérios e a manutenção do rio

do Prata como área aberta à sua influência marítima. Em 1828

estimula a Guerra Cisplatina, que leva à independência do Uruguai, e

em 1852 toma as ilhas Malvinas da Argentina.

Argentina – A presença de uma burguesia mercantil desenvolvida em

Buenos Aires, associada ao capital internacional (principalmente

inglês), acirra o conflito interno entre os unitários, partidários de um

governo central forte, e os federalistas, favoráveis à autonomia

regional. A ascensão de Juan Manuel Rosas ao governo de Buenos

Aires marca o início de uma ditadura, de 1829 e 1852, que impõe a

defesa da ordem civil e eclesiástica e resiste às pressões estrangeiras

- o que não impede a ocupação das ilhas Malvinas pelo Reino Unido,

em 1833. Em 1852, a aliança entre o Brasil e o caudilho de Corrientes,

Justo José de Urquiza, derruba Rosas. Em 1853 é elaborada uma

Constituição de caráter federalista, embora ainda com governo

centralizado. Em 1859, a guerra civil entre Buenos Aires, independente

desde 1854, e o governo federal termina com a integração, ao resto do

país, daquela cidade, que, mais tarde, é declarada a capital. A fase

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252

posterior é de desenvolvimento econômico, colonização do interior e

predomínio oligárquico.

Uruguai – Sua posição estratégica, junto ao rio do Prata, torna-o palco

de disputas que remontam à fase colonial. Em 1821 é anexado ao

Brasil, por Portugal, com o nome de Província Cisplatina. A Guerra da

Cisplatina, entre Brasil e Argentina, pela posse da região, possibilita

sua independência, em 27/8/1828. Mas não encerra as disputas

fronteiriças com os latifundiários do Rio Grande do Sul. As

intervenções brasileiras na região - em 1851, contra Manuel Oribe, e

em 1864, contra Atanasio Aguirre, em apoio ao general Venancio

Flores - têm como reação a intervenção paraguaia. É ela que está na

origem da guerra entre esse país e a Tríplice Aliança.

Paraguai – Após a independência, em 1814, o caudilho José Gaspar

Rodríguez de Francia, que governa ditatorialmente com o título de El

Supremo, recusa a anexação à Argentina e isola o país. Em 1840

assume o presidente Carlos Antonio Lopez, que inicia os contatos com

o exterior e uma política de desenvolvimento autônomo, que será

continuada por seu filho, Francisco Solano López. Seus sonhos

expansionistas, de criação do Grande Paraguai, terminam com a

derrota para o Brasil, secundado pela Argentina e Uruguai (1870). O

país fica numa crise profunda, arrasado social e economicamente.

Região do Pacífico – O capital inglês associa-se às oligarquias locais,

estimulando a formação de Estados independentes (Colômbia,

Equador, Peru, Bolívia e Chile). O Reino Unido se dedica

principalmente à exploração de prata, cobre, salitre e outros minerais.

Chile – O autoritarismo de Bernardo O'Higgins o faz ser derrubado, em

1823, por Ramón Freire, ditador até 1826. A desordem que impera

durante o governo do general Francisco Pinto leva à guerra civil e à

ditadura de Diego Portales (1830-1841). Depois disso, com Manuel

Bulnes, o país entra numa fase de estabilidade.

América Central – A hegemonia norte-americana ocorre desde o

início do século XIX. Consolida-se com a desagregação da Federação

das Províncias Unidas da América Central e com a oficialização da

Doutrina Monroe como base da política exterior dos Estados Unidos.

Estes intervêm na região para garantir concessões territoriais a

monopólios agrícolas norte-americanos. A guerra pela independência

de Cuba, iniciada em 1895 por José Martí e Antonio Maceo, serve de

pretexto para a intervenção norte-americana e para o

desencadeamento da guerra entre os Estados Unidos e a Espanha.

Cuba conquista a independência em 1902, sob tutela dos Estados

Unidos. Como resultado da derrota espanhola, em 1898, Porto Rico

passa ao domínio norte-americano. Em 1903, por imposição da frota

naval norte-americana, o Panamá separa-se da Colômbia e concede

aos Estados Unidos a soberania sobre a Zona do Canal do Panamá.

BRASIL IMPÉRIO

As Revoltas Nativistas: São revoltas ocorridas na Segunda metade

do século XVII e 2a metade do século XVIII. Foram motivadas pelo

descontentamento da população contra determinadas medidas da

Metrópole consideradas prejudiciais aos seus interesses.

1. Revolta de Beckman (Maranhão, 1684)

Causas: - O problema da mão-de-obra

- Conflito entre colonos e jesuítas

- A atuação da Companhia de comércio do Maranhão(1682).

Líderes: Manoel e Tomás Beckman.

Objetivo: Acabar com a Cia de comércio.

- Expulsar os jesuítas.

2. A Guerra dos Emboabas – MG (1708-1709)

- Causa: rivalidade entre emboabas (forasteiros) e paulistas que

exigiam o direito exclusivo da extração aurífera.

- Líderes: Paulistas – Amador Bueno da Veiga

Emboabas – Manuel Nunes Viana.

- Morte dos paulistas no Capão da Traição.

- Entre as conseqüências temos: criação da capitania de São Paulo e

Minas de Ouro; surgimento de Vilas- Sabará, Vila Rica, Ribeirão do

Carmo e os paulistas expulsos penetraram no Brasil Central, onde

descobriram ouro em Goiás e no Mato Grosso.

3. A Guerra dos Mascates – Pernambuco (1710-1711)

Causa: Rivalidade entre Olinda e Recife.

Líderes: Mascates: João da Mota. / Olindenses: Bernardo Vieira de

Melo.

Os mascates apesar da superioridade econômica, não tinham

autoridade política, pois a Câmara Municipal localizava-se em Olinda.

Em 1710, os recifenses conseguiram da Coroa a sua emancipação. Os

olindenses, sentindo-se prejudicados invadiram Recife. A luta termina

com a confirmação de Recife a categoria de Vila.

4. Revolta de Felipe dos Santos (Vila Rica – 1720)

Causa: Recriação das Casas de fundição e proibição da circulação der

ouro em pó.

Objetivos: A não recriação das casas de fundição, fim de vários

tributos locais e respeito a liberdade dos revoltosos.

A revolta serviu para o amadurecimento da consciência nacional.

Movimentos de Emancipação Política

1 – Introdução

- Movimentos que visavam a separação do Brasil de Portugal.

- Influências externas: * Revolução Industrial – a Inglaterra defende o

livre comércio e o pacto colonial era a maior barreira.

As idéias Iluministas que criticava o absolutismo, mercantilismo,

sistema colonial defendendo o liberalismo econômico.

Independência dos EUA.

- As mudanças na colônia

A colonização promove o crescimento do Brasil colônia (sociedade

urbana, aumento do fluxo de renda interno, aparecimento das

classes médias).

Metrópole amplia suas exigências em relação a colônia (monopólios,

severa fiscalização e alta tributação, como derrama, proibição de

manufaturas na colônia), provocando reações da população.

2 – Inconfidência Mineira (1789) (Mov. Elitista)

Causas: Decadência da mineração e arrocho das restrições

metropolitana (estabelecimento da derrama, alvará de 1785)

- Influência das idéias iluministas.

- Influência da Independência dos EUA.

- Causa imediata: Cobrança da derrama.

Objetivos: - proclamação de uma república, entretanto alguns

almejavam a Monarquia Constitucional.

- Convocação militar obrigatória;

- Criação de indústrias têxteis e siderúrgicas;

- Criação de universidade;

- Doação de terras às famílias pobres;

- Eliminação dos monopólios.

- Com relação à escravidão ocorreram divergências sobre a

existência ou não escravidão.

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253

Líderes: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva

Alvarenga, Alvarenga Peixoto (Arcádia Mineira), Joaquim José da

Silva Xavier.

A devassa: Traição de Joaquim Silvério dos Reis, onze acusados

condenados à morte e apenas Tiradentes foi executado.

3 A Conjuração do Rio de Janeiro (1794)

- Causa: Membros da sociedade Literária do Rio de Janeiro foram

acusados de defender a República, possuíam obras de escritores

iluministas. Após 02 nos de cárcere os implicados foram

considerados inocentes e postos em liberdade.

4 Conjuração Baiana (1798- popular)

Causas: Decadência econômica da região.

- A prosperidade beneficiava apenas comerciantes e senhores de

engenho.

- Falta de alimento, uma vez que a área de plantio para a

subsistência diminui diante do avanço da lavoura canavieira,

elevando os preços.

- Influência da ala jacobina da Revolução Francesa cuja idéias

eram divulgadas pela sociedade cavaleiro da luz.

Líderes: os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino dos Santos, e

os soldados Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens.

Objetivos: República

Igualdade social / Igualdade racial / Aumento dos salários dos

soldados

O fim do movimento é marcado por delações, prisões, condenações a

morte. A coroa passou a conceder prêmios em dinheiro, privilégios e

cargos importantes aos denunciantes dos chamados crimes de lesa-

majestade.

Chegada da Família Real Durante a primeira metade do século XIX,

Napoleão Bonaparte buscou conquistar a Europa em nome dos ideais

democráticos da Revolução Francesa. Decidido a dominar esse

continente, ele dividiu o continente em aliados e inimigos da França.

Essa divisão foi feita em 1806 com a Decretação do Bloqueio

Continental, por meio do qual ele pretendia sufocar economicamente a

Inglaterra, seu principal adversário.

Aliado do Império britânico, Portugal viu-se em meio a um grave

conflito internacional. Finalmente em 1807, com as tropas francesas

batendo às portas de Lisboa, cerca de 15 mil pessoas – entre nobres,

magistrados, altos funcionários, oficiais, padres e comerciantes, além

da família real com seus serviçais, arquivos e pertences, embarcaram

para o Rio de Janeiro.

Abertura dos Portos: O Brasil encontrado por D. João VI e sua Corte

possuía uma população de aproximadamente quatro (4) milhões de

pessoas, excluindo os índios não aculturados. Mais da metade da

população era composta por escravos negros e pardos. No conjunto

apenas um terço da população era de brancos. A sociedade

continuava predominantemente agrária. As cidades eram modestas e

precárias. As principais cidades eram Salvador (60.000 hab.), Recife

(30.000 hab.), São Paulo (20.000) e o Rio de Janeiro (que com a

instalação da Corte ultrapassou 100.000 hab), o que agravou suas

carências de infra-estrutura (moradia, abastecimento de água,

saneamento, saúde pública etc.).

A vinda da família real (fato único nas Américas) não alterou

completamente esse quadro.

Política Econômica de D. João VI:

Abertura dos portos (1808): autorização para o livre-comércio entre

Brasil e as demais nações não aliadas da França. O imposto de

importação estava assim discriminado: 15% para Inglaterra; 16% para

Portugal e 24% para as demais nações.

Fábricas e Manufaturas (1808): liberação das atividades

manufatureiras. Contudo, a concorrência inglesa concorreu para o não

desenvolvimento desse setor.

Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação

(1808): constituída para regulamentar, fiscalizar e apoiar essas

atividades.

Criação do Banco do Brasil (1808): criado para servir de agente

financeiro do governo, administrar os fundos orçamentários e ampliar a

disponibilidade de moeda e de crédito para o público.

Tratado de Aliança e Comércio com a Inglaterra (1810):

reafirmação da aliança política com a Inglaterra e como paga pela

transferência da família real e sua Corte para o Brasil.

Reino Unido de Portugal e Algarves (1815): O Brasil elevava-se a

condição de Reino Unido o que enfraqueceu o pacto-colonial e

contribuiu para a Independência do Brasil em 1822.

Política e Administração: Criou o Conselho de Estado, Ministérios,

Tribunais, Intendência Geral de Polícia, Arsenal e a Escola da

Marinha; / Academia Real Militar (1810): centro de estudos técnicos e

científicos destinados a preparar oficiais nas áreas de engenharia,

artilharia, geografia, topografia etc.

Cultura: Criação das Escolas médico-cirúrgicas (1808): fundadas em

Salvador e no Rio de janeiro, transformaram-se em Academias em

1813;

Criação da Imprensa Régia (1810): atual Imprensa Oficial no Brasil foi

criada para veicular as publicações do governo;

Criação da Biblioteca Real (1810): instalada no Rio de Janeiro para

acomodar o acervo de livros trazidos de Portugal.

Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (1811): criado para

apoiar o trabalho de naturalistas brasileiros e estrangeiros na pesquisa

da flora do país e de estudo de espécies trazidas do exterior.

Criação do Teatro São João (1813): inaugurado no Rio de Janeiro,

encenava os espetáculos freqüentados pela Côrte.

Temos ainda O Museu Real e a chegada da Missão Francesa e Escola

Real de Ciências, Artes e Ofícios (1816): chegada de artistas e

cientistas que vão colaborar na criação da Primeira Academia

Brasileira de Belas-Artes.

Política Externa:

Guiana Francesa: Após chegar ao Brasil, D.João ordenou a invasão

da Guiana Francesa (1808-1817). Com o apoio inglês o território foi

facilmente conquistado e só devolvido mais tarde, no contexto das

negociações políticas entre Portugal e França, após a derrota do

império napoleônico em 1815.

Banda Oriental: as tropas luso-brasileiras ocuparam a chamada

banda oriental (atual Uruguai). Por trás da ação havia o desejo de

Portugal de fixar fronteira brasileira no rio da Prata, associado ao

interesse de Carlota Joaquina, herdeira do trono espanhol.

Revolução Pernambucana (1817): em 06 de março de 1817, grupos

militares e civis rebelaram-se no Recife, tomaram alguns quartéis e

ocuparam bairros centrais da cidade. Destituíram o governador,

organizaram um movimento republicano provisório e buscaram apoio

na Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia por meio das juntas

revolucionárias. Em 29 de março os rebeldes anunciaram a

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convocação de uma Assembléia Constituinte e proclamou a Lei

Orgânica (esboço de Constituição). Nela ficavam estabelecidos:

soberania popular, separação entre os poderes, liberdade de crença e

culto, liberdade de expressão e igualdade de direitos.

Os líderes na sua quase totalidade pertenciam às camadas sociais

mais elevadas: grandes proprietários, comerciantes, advogados,

padres (Frei Caneca) e militares.

Motivo: insatisfação geral com a carestia da vida no reino, aumento de

impostos com os quais D. João financiava os gastos da Côrte e os

gastos de conquista. Já os senhores de terras queriam desbancar os

comerciantes portugueses. Esse movimento revolucionário foi

patriótico, separatista, antiabsolutista, de inspiração liberal e

republicana, mas em nenhum momento pretendeu modificar de forma

radical a estrutura social e política da região. Foi, portanto mais uma

revolta que revolução. O governo reprimiu a revolta com violência.

Processo de Independência Os motivos para a permanência da

Corte Portuguesa no Brasil nesse momento já não mais existiam, pois

com a ajuda da Inglaterra, os portugueses já haviam afastado as

tropas napoleônicas de seu país. A metrópole portuguesa estava

agora sob o comando de Lord Beresford, comandante britânico.

Portugal estava destruído pela guerra contra os franceses e pela

exploração dos ingleses. As classes abastadas haviam se aliado ao

invasor e, após a sua expulsão se organizaram para manter seus

privilégios. Os portugueses, entretanto, haviam perdido o comércio

colonial e a crise econômica era insustentável. A burguesia mercantil

ressentia-se da perda dos monopólios comerciais que lhe garantiam as

rendas, mas aspirava participar do poder político, acalentando o ideal

liberal. Nos quartéis portugueses a insatisfação era grande.

Em agosto de 1820, uma revolução liberal eclodiu na cidade do

Porto, espalhando-se rapidamente pelo país. Os revolucionários

queriam recuperar os privilégios coloniais. No final do ano foram

eleitas as Cortes Constituintes, visando pôr fim ao absolutismo da

dinastia de Bragança e exigindo o pronto retorno de D. João a

Portugal. As idéias liberais que se propagavam pela Europa chegavam

a Portugal.

Retorno da Corte No Brasil, as notícias do Reino informavam que

Portugal tornara-se uma Monarquia Constitucional, e os cidadãos

seriam iguais perante a lei. D. João adiava seu retorno, mas foi

obrigado a ceder. Em 22 de abril de 1821, a Corte portuguesa

retornava a Portugal. O povo acusava o rei de partir levando as

riquezas do tesouro. D. Pedro ficou no Brasil ocupando o cargo

de regente.

Deputados brasileiros de diversas províncias foram a Lisboa lutar por

princípios defendidos por José Bonifácio de Andrada e Silva, como o

tratamento igualitário entre os dois países.

A euforia brasileira logo se desfez, pois a intenção dos portugueses

era recolonizadora. As Cortes (Parlamento) decretaram o isolamento

da Regência do D. Pedro no Rio de Janeiro – as províncias deveriam

se entender diretamente com Lisboa; a unificação do exército

português e brasileiro sob o mesmo comando; envio de tropas a

Salvador, Recife e Rio de Janeiro; a supressão dos mais importantes

órgãos de administração no Brasil; e a exigência de pronto retorno de

D. Pedro para Portugal.

O “Fico” As medidas recolonizadoras das Cortes geraram resistência

no Brasil, mas a corrente anticolonialista estava dividida. O termo

“brasileiro” era estendido a todos aqueles favoráveis à Independência,

tivessem ou não nascido no Brasil.

A burguesia portuguesa procurava impedir que ocorresse a separação.

O Brasil proporcionava-lhe produtos tropicais: couro, ouro, madeiras a

baixo custo, utilizadas tanto no comércio interno como para a

exportação com altos lucros. Os traficantes lusos também se

beneficiavam do comércio escravo. A elite proprietária, entretanto não

aceitava o retorno ao status colonial. A unidade territorial brasileira

estava ameaçada. Os radicais e os republicanos podiam levar o Brasil

a se fracionar. O grupo moderado desejava uma monarquia

centralizada no Rio de Janeiro, com D. Pedro à frente, sem que

ocorresse uma revolução, pois isso não interessava à elite agrária e

escravista.

Um abaixo-assinado contendo oito (8) mil assinaturas, foi levado a D.

Pedro por José Clemente em 09 de janeiro de 1822 solicitando sua

permanência no Brasil. Pressionado pelo presidente da Câmara e do

Senado ele comprometeu-se diante do povo a permanecer no Brasil, e

a data ficou conhecida como Dia do Fico.

O comprometimento de D. Pedro com o partido favorável à

Independência teve reflexos internos e externos. As Cortes

intensificaram os decretos recolonizadores, enquanto as tropas lusas

sediadas no Brasil se movimentaram contra o regente. Em resposta D.

Pedro determinou que somente tropas que lhe jurassem obediência

poderiam desembarcar. Instituiu o decreto do “Cumpra-se” (as leis

portuguesas só seriam aplicadas após receberem o carimbo de D.

Pedro). Recebeu da maçonaria o título de Defensor Perpétuo do

Brasil e convocou uma Assembléia Geral e Constituinte.

A monarquia encabeçada pelo regente consolidava a hegemonia dos

latifundiários, esvaziava o ideal republicano e refutava o federalismo,

optando por uma forma unitarista de poder (poder centralizado no

Rio de Janeiro).

Em agosto de 1822, quando D. Pedro estava na Capitania de São

Paulo, cegaram ordens de Portugal para que ele voltasse prontamente

a Lisboa, do contrário seriam enviadas tropas ao Brasil.

José Bonifácio enviou um mensageiro, que encontrou D. Pedro

próximo às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo, quando

voltava de Santos. Os relatórios dos irmãos Andrada – José Bonifácio

e Antônio Carlos de Andrada e Silva e a carta de sua esposa Dona

Leopoldina convenceram-no a proclamar a Independência

imediatamente. Era 07 de setembro de 1822.

Primeiro Império Em setembro de 1822 a independência política de

Portugal estava realizada. Contudo, D. Pedro I tinha problemas a

enfrentar, a exemplo: contestação de sua autoridade em muitas

Províncias e as divergências em torno da elaboração da primeira

Constituição, além do reconhecimento internacional do novo Estado.

Conflitos pela Independência Ao ser proclamada a independência,

alguns governos de província permaneceram fiéis ao governo

português. Não se submeteram à autoridade de D. Pedro I: Bahia,

Piauí, Maranhão e Província Cisplatina. Para lutar contra essa situação

a Coroa brasileira contratou mercenários, entre eles lorde Cochrane,

que já havia combatido pela independência do Chile.

Reconhecimento da Independência Ao mesmo tempo em que lutava

para se impor internamente, D. Pedro I preocupava-se em obter apoio

externo para a separação de Portugal. A Inglaterra tinha interesse em

conceder esse apoio para conseguir manter os lucros conseguidos no

comércio com o Brasil. Mas também não queria romper com Portugal

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seu velho aliado. Assim os ingleses assumiram a posição conciliatória

que resultou no Tratado de Paz e Amizade entre Portugal e Brasil

(1825). Em troca o governo brasileiro comprometeu-se em pagar Um

(1) milhão de libras esterlinas. Os Estados Unidos foram os primeiros a

reconhecer a independência do Brasil, em 1824, seguiu-se México

(1825), França e Áustria (após 1825) para não melindrar a Coroa

portuguesa.

A Constituinte de 1823 – Constituição da Mandioca A primeira

Assembléia Constituinte do Brasil foi convocada por D. Pedro antes da

independência, em junho de 1822. Mas somente tomou posse em

maio de 1823. Os deputados eram em sua maioria homens com

grande participação na luta pela independência e com idéias liberais.

Logo começou um clima de desconfiança entre os deputados e D.

Pedro I, que desejava o poder absoluto. Formaram-se assim dois

blocos distintos e opostos: de um lado o imperador e os conservadores

e do outro os liberais que dominavam a Assembléia. Estavam surgindo

nesse momento dois partidos políticos: o Partido Brasileiro (queria

autonomia para a Constituinte) e o Partido Português (defendia

um governo centralizado e forte).

A tensão aumentou quando os jornais liberais “Tamoio” e “Sentinela”

publicaram artigos exaltados contra oficiais portugueses. Houve

espancamento, revolta por parte dos portugueses. D. Pedro exigiu

satisfações à tropa e aos oficiais portugueses. A Assembléia

Constituinte revidou entrando em sessão permanente. O Imperador

dissolveu a Constituinte (noite da agonia) por decreto.

A Constituição de 1824 – Constituição Outorgada

Apesar do que prometia no decreto, D. Pedro I não convocou nova

Constituinte. Nomeou um Conselho de Estado com dez membros,

presidido por ele mesmo, e encarregou-se de elaborar uma nova

Constituição sem consultar o resto da Nação. O Imperador outorgou a

primeira carta Constitucional brasileira.

Pontos importantes da Carta Constitucional:

Criou-se quatro poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e

Moderador;

Os poderes do Imperador estendiam-se às Províncias;

Limites Estreitos de participação popular: somente homens acima de

25 anos que tivessem renda mínima de 100 mil réis/ano. Para ser

deputado 400mil réis/ano e para senador 800 mil réis/ano.

Confederação do Equador Revolta em Pernambuco no ano de 1824,

que permanecia mais ligada aos ideais liberais e republicanos. Foi

proclamada uma república nos moldes da norte-americana. Contudo, a

revolta duraria pouco, pois o governo imperial agiu com rapidez e

violência. Foram contratados mercenários ingleses e alguns senhores

contrários ao movimento que se organizaram em milícias armadas. Em

setembro de 1824 a capital pernambucana foi reconquistada pelo

imperador.

Líderes: Paes de Andrade – fugiu para a Inglaterra; frade Joaquim do

Amor Divino Rabelo e Frei Caneca – mortos;

Fim do Primeiro Reinado

Com a morte de D. João VI (1826), D. Pedro I foi proclamado seu

sucessor em Portugal. Entretanto renunciou em favor de sua filha

Maria da Glória, menor de idade. Esta deveria casar-se com D. Miguel,

irmão de D. Pedro, que exerceria o poder como regente até a

maioridade da princesa.

Em 1828 D. Miguel proclamou-se rei de Portugal e mandou a sobrinha

de volta ao Brasil, estabelecendo um governo absolutista. Esse fato

fez com que o imperador se envolvesse mais nos assuntos de

Portugal, despertando nos brasileiros a desconfiança de que pretendia

unir as duas Coroas.

Em 1830 várias manifestações estudantis começaram a ganhar corpo

em São Paulo. Imediatamente o jornal O Observador Constitucional

deu início a uma campanha pela libertação dos presos nas

manifestações. Em novembro o assassinato do jornalista Líbero

Badaró, desencadeou uma onda de protestos em diversas partes do

país. A crise chegou ao ápice em 1831 quando comerciantes

portugueses organizaram no Rio de Janeiro numa recepção festiva ao

Imperador que voltava de Minas Gerais. Em resposta os grupos

brasileiros saíram às ruas, entoando vivas à Constituição e à

independência. O choque foi inevitável e durou quatro dias.

Em 20 de março de 1831 D. Pedro nomeou um Ministério somente de

brasileiros para tentar aclamar os protestos, quinze dias depois o

substituiu por um de portugueses _ Ministério dos Marqueses. Houve

manifestações – noite das garrafadas.

Em 07 de abril de 1831, abdicou do trono em favor de seu filho menor

D. Pedro II de apenas cinco anos. Nesse mesmo dia embarcou para a

Europa numa embarcação inglesa.

Período Regencial Estendeu-se de 1831 a 1840, sendo uma fase

politicamente agitada.

Correntes Políticas

Partido Brasileiro: representando a aristocracia rural, também

chamados de moderados ou chimangos. Controlavam o poder

político durante a Regência. Líderes: Evaristo da Veiga, Padre Antônio

Feijó.

Partido dos Liberais Exaltados: queriam autonomia para as

províncias e expressavam os interesses dos setores das cidades.

Líderes: Borges da Fonseca e Lelis Augusto May.

Partido Português: favorável ao absolutismo português. Queriam o

retorno de D. Pedro I.

As Regências Trinas A Constituição de 1824 previa eleições de três

membros para formar uma Regência no caso de afastamento do

Imperador.

Regência Trina Provisória: (abril a junho de 1831)

Nicolau de Campos Vergueiro/ José Carneiro de Campos e

Francisco de Lima e Silva: Organizaram as eleições para a Regência

Trina Permanente

Regência Trina Permanente (1831-1835)

José da Costa Carvalho/ Bráulio Muniz e Francisco Lima e Silva

Criou-se a Guarda Nacional: formada por pessoas de posses,

transformou-se na principal força repressiva da aristocracia rural.

Comando: Padre Antônio Feijó que se projetou como defensor da

Ordem Pública;

Foi elaborado o Código de Processo Penal: que atribuía aos

municípios ampla autonomia Judiciária, sendo os juízes de paz eleitos

pela população local. Entretanto a autonomia municipal foi utilizada

para garantir a impunidade dos senhores rurais e estimular as

sangrentas disputas entre os grandes proprietários pelo controle

político.

Reforma na Constituição de 1824.

Ato Adicional de 1834:

Criação de Assembleias Legislativas das províncias; / Extinção do

Conselho de Estado; / Concessão de autonomia às províncias;

Substituição da Regência Trina pela Uma eletiva;

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Regência Una de Feijó

Feijó procurou cercear o conflito na Câmara;

Eclosão de Rebeliões no Brasil;

Renúncia do Regente em 1837.

Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)

Anulação das medidas descentralizadoras;

Lema “Regresso à Ordem”;

Surgimento dos partidos Liberal e Conservador;

Campanha em favor da Antecipação da Maioridade de D. Pedro II;

Lei interpretativa do Ato Adicional de 1834:

Supressão da autonomia das Províncias;

Revoltas do Período Regencial

Cabanagem (1835-1840) – Pará:

Foi a mais violenta das revoltas da Regência, onde morreram mais de

30 mil pessoas.

Inconformismo de fazendeiros e comerciantes contra o Padre Feijó;

Miséria da população;

Deposição do Presidente da Província e ascensão dos revoltosos.

Presidentes Rebeldes:

Félix Malcher: fazendeiro, acusado de traição e de jurar fidelidade ao

imperador, foi deposto.

Pedro Vinagre: abandonou o posto ante os ataques das forças do

governo central apoiadas pelo mercenário John Taylor.

Eduardo Angelim

Obs: os rebeldes tomaram Belém. Contudo pouco mais de uma ano

depois, os cabanos foram para o interior e somente se entregaram em

1840, com a ascensão de D. Pedro II.

Farrapos (1835-1845) – Rio Grande do Sul:

Pesados impostos sobre o charque, couro, muares. Esses impostos

diminuíram a capacidade de concorrência com as mercadorias da

Argentina, Uruguai e Paraguai.

Líderes: bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi.

Ações:

Deposição do Presidente da Província;

Ocupação de porto Alegre;

Proclamação da república Rio-Grandense;

Conquista de Laguna (1839) e Santa Catarina (República Juliana –

mês de julho)

Obs: O movimento foi sufocado por Luís Alves de Lima e Silva

(nomeado Presidente da província em 1842). Foi uma revolta da elite e

por esta razão:

Foram devolvidas as propriedades ocupadas; libertaram-se os

escravos que haviam lutado junto aos rebeldes; os oficiais revoltosos

foram reincorporados ao Exército nos postos que anteriormente

ocupavam.

Sabinada (1837-1838) – Bahia:

Foi o momento culminante de vários movimentos rebeldes na Bahia, a

exemplo da revolta dos malês (1836).

Líder: Francisco Sabino Alves.

Ações: Sublevação das tropas; / Fuga do governador; / Formação de

um governo local; / Proclamação da república Baianense e Separação

da Província até a maioridade de D. Pedro II

Balaiada (1838-1841) - Maranhão:

Causas: Extrema pobreza da população e revolta contra os

proprietários rurais e comerciantes que exploravam a população.

Ações: Ataques a fazendas e promoção de fugas de escravos (Preto

Cosme).

Líderes: Manuel Balaio, Preto Cosme, Raimundo Gomes (Cara Preta).

Obs: Em 1840 o Duque de Caxias tornou-se Presidente da Província e

controlou os focos de revolta. Essa rebelião foi à expressão da

resistência popular, pois muitos dos que não morreram foram

anistiados.

2º Reinado: O Império Oligárquico

Introdução:

Antecipação da maioridade de D. Pedro II – 1840;

Época de apogeu da monarquia brasileira;

No início do 2º Reinado, teve continuidade a centralização da vida

política e administrativa;

Inicialmente deu-se a pacificação do país com repressão às

revoltas do período anterior. Contudo ao final deste período.

Somente em 1870 os problemas passam a incomodar e modificar o

Império.

Consolidação a oligarquia ocorre com um governo conciliador entre

os partidos Conservador e Liberal;

Economia e sociedade do 2º Reinado:

Economia agro-exportadora, especialmente o café. Contudo surgem

novos produtos, tais como cacau e borracha;

A mão-de-obra escrava vai sendo gradualmente substituída pelo

trabalho assalariado (imigrantes);

Modernização Conservadora: mantinha-se o caráter elitista da

dominação política, ao mesmo tempo em que a economia alcançava

índices de crescimento.

Transferência definitiva do eixo econômico e populacional do

Nordeste para o Sudeste

1819 – 51% dos cativos brasileiros pertenciam a senhores nordestinos

1872 – 59% dos escravos estavam no Sudeste

População brasileira à época: O quadro abaixo demonstra a

progressiva substituição da mão-de-obra escrava pela livre e a

entrada de imigrantes no Brasil.

1819 – 69% indivíduos livres (dos quais 30% eram brancos)

1872 – 85% indivíduos livres (dos quais 38% eram brancos)

Café: chegou ao Brasil em 1727, quando seu consumo ainda era

considerado um luxo. Com a Revolução Industrial seu consumo

cresce rapidamente, principalmente nos Estados Unidos e países

europe‟‟‟‟‟‟ us, criando um mercado para o produto brasileiro.

O café utilizou-se do modo de plantation.

Desde 1820 dá-se a ascensão do café, a qual vai durar até 1900.

Locais – São Paulo, Minas Gerais (2º produtor) e Rio de Janeiro.

Questão da mão-de-obra: a partir de 1850, a produção do café ficou

ameaçada pela falta de mão-de-obra: reorganização espacial dos

escravos brasileiros (NE – SU)

Solução: sistema de parceria (não funcionou). A partir de 1870,

chegada de imigrantes (colonato) – o sistema baseava-se na

imigração subvencionada e no trabalho escravo.

Industrialização:

Na década de 1840, já se criara uma situação favorável ao

desenvolvimento industrial. Em 1844 a Tarifa Alves Branco, aumenta

os impostos sobre os produtos importados (em alguns casos,

chegando a 60%). O capital proveniente do café, foi aplicado na

expansão da própria cafeicultura, como também financiou a instalação

de indústrias e na modernização do país.

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Duas medidas favoreceram o crescimento industrial: Tarifa Alves

Branco e a extinção do tráfico negreiro.

Assim, desenvolveu-se no Brasil a indústria de base, ou de bens de

consumo: sabão, vela, chapéu, cigarros, cerveja, tecidos de algodão.

Surgiram também as empresas de navegação, ferrovias, companhias

de seguro etc. Na última década do império, o Brasil já contava com

600 indústrias e 55 mil empregados.

Irineu Evangelista de Souza – barão e visconde de Mauá – homem

de grande iniciativa e visão empresarial. Fundou empresas de

construção de navio a vapor e fundição de ferro. Construiu a primeira

ferrovia no Brasil, a primeira linha de bondes do Rio de Janeiro, foi

responsável pela instalação da iluminação a gás (RJ), pela instalação

do telégrafo e de um cabo submarino ligando Europa e Brasil. Todas

essas realizações foram responsáveis pelo progresso do Sudeste

(tornou-se o principal centro socioeconômico do país). A Era Mauá

significou apenas um surto de industrialização no Brasil do Segundo

Reinado

A Evolução Política do 2º Reinado

Introdução: O Segundo reinado constituiu-se basicamente de três

fases: consolidação oligárquica; da conciliação oligárquica e a

crise do Império.

Consolidação: do golpe da maioridade até a vitória de D. Pedro II sob

as revoltas internas.

Conciliação: momento no qual conservadores e liberais unem-se no

ministério.

Crise: período de agonia que evoluiu para a proclamação da

República.

Fases da Consolidação e Conciliação na Política Interna

Os partidos conservador e liberal criados na Regência eram os dois

grupos políticos de maior expressão do Brasil monárquico. Contudo,

seus interesses não eram assim tão diferentes. Ambos não possuíam

coesão, lutavam cegamente pelo poder, aceitavam e defendiam a

dominação oligárquica, a ordem imperial e escravista da sociedade

brasileira.

O primeiro gabinete do II Reinado foi composto por liberais, (uma vez

que eles realizaram o Golpe da Maioridade). Eles dissolveram a

Câmara e convocaram eleições para deputado. Substituíram chefes de

polícia, presidentes de província etc, ou seja utilizaram o nepotismo e

a violência para vencer a eleição, que ficaria conhecida como eleições

do cacete.

No poder os liberais, não conseguiram debelar as forças farroupilhas,

sendo substituídos pelos conservadores. Esses ao tomar o poder

passaram a perseguir os liberais, dando início a um conflito

denominado Revolta Liberal de 1842.

A Revolta liberal – onda de levantes no Rio de Janeiro, São Paulo e

Minas Gerais. As tropas do governo, comandadas pelo Duque de

Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) sufocaram as revoltas.

Mais uma vez, D. Pedro demitiu os conservadores e instalou os

liberais no poder. Complementando a consolidação, o rei criou o cargo

de primeiro-ministro. Contudo, este parlamentarismo instaurado no

Brasil, era completamente diferente do inglês. Nele o Imperador

possuía todo o poder e podia inclusive demitir o primeiro ministro se

houvesse alguma discordância com o Parlamento (Parlamentarismo

às avessas).

Em 1853 a 1858, graças ao marquês de Paraná (Hermeto Carneiro

Leão) surgiu o novo ministério formado por liberais e conservadores –

Período da Conciliação.

Após 1858, os dois partidos alternaram-se mais uma vez no poder. Até

que em 1870 surgiu o Partido Republicano. A partir de então se

iniciava a decadência do regime monárquico, que acabaria culminando

na Proclamação da República.

Revolução Praieira (Pernambuco, 1848-1850)

Foi a última das rebeliões provinciais e ocorreu em Pernambuco. O

nome estava relacionado ao de um jornal que ficava na rua da Praia.

Neste jornal, os rebeldes escreveram o “Manifesto ao mundo”- escrito

por Borges da Fonseca. Os rebeldes reivindicavam o voto livre e

universal, liberdade de imprensa, garantia de trabalho, nacionalização

do comércio, fim da escravidão e instauração da República. O

movimento foi dissolvido pelas tropas governamentais.

Sufocadas as rebeliões internas, o Brasil voltou-se para a política

externa, ocorrendo nesta fase inúmeros conflitos na região do Prata

(extremo sul do país) e atritos com a Inglaterra.

Conflitos com a Inglaterra – Questão Christie (1863)

Roubo da carga de um navio inglês no Rio Grande do Sul;

Prisão de marinheiros ingleses que faziam arruaça no Rio de Janeiro;

Interferência do rei da Bélgica – Leopoldo I – sentença favorável ao

Brasil.

Rompimento das relações diplomáticas com a Inglaterra durante dois

anos (1863 a 1865).

Pedido de desculpas dos ingleses e reatamento das relações

diplomáticas.

Política Externa do Segundo Reinado

A política externa brasileira orientou-se pelas ações das grandes

potências européias. Assim como o governo brasileiro sofria

intervenções, também interferia nos outros países latino-americanos,

principalmente nos que se localizavam na bacia do Prata.

Para o governo brasileiro era interessante que os navios nacionais

navegassem livremente pela bacia do Prata, evitando que os países

platinos formassem uma única e poderosa nação. A hegemonia

brasileira sempre marcara a região, reproduzindo a pressão que as

grandes potências faziam sobre o Brasil.

Era costumeiro os gaúchos envolverem-se na política interna uruguaia,

e as transações econômicas freqüentemente envolviam brasileiros,

paraguaios, argentinos e uruguaios. A navegabilidade dos rios servia

de traço de união entre essas populações.

O presidente argentino Juan Manuel Rosas não perdia as esperanças

de reconstruir o antigo Vice-Reino do Prata. Na Argentina, federalistas

e unitaristas lutavam pelo poder, utilizando-se da força militar dos

caudilhos, estancieiros e chefes políticos locais.

No Uruguai, os caudilhos agrupavam-se em duas facções: os blancos

(maioria latifundiários) e os colorados (comerciantes de Montevidéu). A

República Oriental do Uruguai nascera na condição de “Estado

tampão”, funcionando como um amortecedor dos conflitos entre o

Brasil e a Argentina. Interessava-lhe, sobretudo, manter a

Independência e a neutralidade política. Os governos do Brasil e

Argentina, porém, sentiam-se no direito de intervir na política interna

uruguaia.

Os paraguaios acalentavam sonhos expansionistas. Com a anexação

de algumas províncias argentinas, do Uruguai e do Rio Grande do Sul,

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poderiam criar “O Grande Paraguai” e ainda ter saída direta para o

Oceano Atlântico.

O governo brasileiro temia essa união na região do Prata e por esta

razão apoiava facções divergentes. Nesse clima de conflito e tensões

políticas ocorreram vários choques militares entre as nações do Prata.

O relacionamento entre Brasil e Paraguai chegava ao limite suportável

da diplomacia.

A Guerra do Paraguai (1864-1870)

O nascimento do Estado paraguaio está vinculado ao

desmembramento do Vice-Reinado do Prata. Em 1811, a região

adquiriu autonomia política sob a liderança do ditador José Francia

que livrou o Paraguai de disputas territoriais. Até 1840 a nação ficou

isolada, inclusive fechando o rio Paraguai à navegação internacional.

Após a morte do presidente, assumiu Carlos Antônio López (1840-

1862). Seu governo manteve a política do isolamento, procurou

erradicar o analfabetismo e implantou fábricas, inclusive de

armamentos e de pólvora. Ferrovias e redes telegráficas forma

construídas, bem como uma usina siderúrgica.

Em 1862 Solano López (El Supremo) sucedeu seu pai na condução

dos destinos da nação paraguaia. Educado na Europa, voltou

inspirado pelas idéias dos déspotas europeus do século XVIII e no

governo de Napoleão III. Com tendência expansionista era defensor do

projeto de um “Paraguai Maior” com acesso direto ao Atlântico.

A invasão do Uruguai por tropas brasileiras e a fuga de Aguirre

(presidente uruguaio) provocaram a imediata reação de Solano López.

Explodiu no Rio de janeiro a notícia de que o Paraguai sem aviso

prévio de guerra capturou o navio brasileiro Marquês de Olinda, que

saíra de Assunção tendo a bordo o presidente da província de Mato

Grosso, Carneiro de Campos.

Solano López armou um esquema de combate esperando contar com

o apoio dos blancos no Uruguai e do general Urquiza na província

Argentina de Entre Rios. Reuniu a princípio 64 mil combatentes,

elevando-os a 100 mil posteriormente. Fortalezas e uma pequena

esquadra fluvial completavam o poder bélico paraguaio.

Em 1864, o presidente paraguaio determinou a invasão do Mato

Grosso, chegando a Dourados. Pediu autorização da Argentina para

cruzar seu território e invadir o Rio Grande do Sul. O presidente Mitre

recusou o pedido e López determinou a invasão do território argentino.

Em 1965 o Paraguai dividiu suas forças, que passaram a atacar em

duas frentes simultaneamente, o norte e o sul. Nesse mesmo ano,

brasileiros, argentinos partidários de Mitre e uruguaios colorados

chefiados por Flores assinaram a Tríplice Aliança contra López.

O almirante Barroso, comandando a esquerda brasileira conseguiu a

vitória na batalha de Riachuelo. O exército invasor paraguaio foi

cercado e rendeu-se em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul em 1865.

Em 1866, o conflito chegava a seu ponto máximo. Forças inimigas

confrontaram-se em Tuiuti, movimentando 65 mil homens. Foi a maior

batalha da guerra, na qual morreram mais de 100mil soldados. Após a

derrota López solicitou a paz. Os aliados impuseram condições

rigorosas, incluindo a renúncia do presidente paraguaio. Ele recusou e

a luta, então, prosseguiu. Entretanto, argentinos e uruguaios retiraram-

se do conflito por questões internas.

Caxias é nomeado para o comando das forças brasileiras e em maio

de 1868 assume o comando dos exércitos aliados. Após reorganizar,

treinar e reequipar suas forças, organizou um plano estratégico: o

exército invadiria o território paraguaio, e a marinha avançaria pelos

rios. Após as vitórias em Curupaiti e novamente em Tuiuti, em 1868,

caía a fortaleza fluvial de Humaitá. Estavam escancaradas as defesas

paraguaias. As vitórias fulminantes de Caxias ficaram conhecidas

como as “Dezembradas” (ocorreram no mês de Dezembro).

Finalmente em 1869, Assunção, capital paraguaia foi tomada.

As tropas de El Supremo resistiram por meio de guerrilhas. Francisco

López foi morto em 1870, em Cerro Cora, próximo a fronteira do Brasil.

Destacam-se como causas da Guerra do Paraguai:

Os conflitos imperialistas relacionados à bacia do Prata.

A política externa do Paraguai.

Os interesses ingleses.

A Crise do Tráfico Negreiro

A pressão inglesa sobre o fim do tráfico negreiro tornou-se mais

intensa na época em que a lavoura cafeeira crescia de a todo vapor.

Vários compromissos e leis para encerrar o comércio negreiro não

haviam sido cumpridas, como a lei de 1831, que declarava ilegal o

comércio transatlântico de escravos. Havia grande resistência dos

proprietários à extinção do tráfico. O mercantilismo colonial tornara a

mão-de-obra escrava a base da produção de mercadorias vendidas no

mercado externo e, além disso, o próprio escravo era uma mercadoria.

Etapas da Abolição da Escravatura:

1831 – O Brasil promulga uma lei que declarava livres os escravos

importados pelo Brasil a partir daquela data – lei não cumprida.

1845 – Bill Aberdeen – aprovada pela Inglaterra dava direito a sua

marinha de atacar navios negreiros. Cumprindo esta lei, a Inglaterra

invadiu portos brasileiros para caçar navios negreiros e prender

traficantes.

1850 – Lei Eusébio de Queirós – proibindo o tráfico negreiro e

autorizando a expulsão dos traficantes do país.

1871 – Lei do Ventre Livre – declarava livres os filhos de escravos

nascidos no Brasil – lei favorável aos proprietários.

1885 – Lei dos Sexagenários – declarava livres os escravos com

mais de 65 anos- lei favorável aos proprietários.

1888 – Lei Áurea – promulgada em 13 de maio pela princesa Isabel

sob pressão da Inglaterra.

Quem fez a abolição? Participaram da campanha abolicionista

intelectuais, jornalistas, políticos, escritores, a exemplo de Joaquim

Nabuco, José do Patrocínio, Raul Pompéia, Castro Alves. Contudo o

fim da escravidão era uma exigência do capitalismo industrial e do

desenvolvimento econômico do país.

Depois de mais de três séculos de escravidão, os negros não tinham

recursos financeiros para trabalhar por conta própria. A maioria deles

continuou desempenhando um papel subalterno. Muitos nem saíram

das fazendas onde trabalhavam muitas vezes os castigos continuaram

de maneira cruel e desumana.

Crise do Segundo Reinado: As idéias republicanas estiveram

presentes no Brasil desde os tempos coloniais. Entretanto, a partir de

1868 se iniciou uma grave crise do sistema imperial brasileiro, tendo

como conseqüência em 1889 a Proclamação da República.

As transformações que ocorreram no Brasil levaram a uma

diversificação social significativa. As novas camadas urbanas tinham

interesses diferentes daqueles representados até então, e os

industriais emergentes pleiteavam uma política protecionista, nem

sempre aprovada pelos agricultores tradicionais. Os fazendeiros do

Oeste Paulista almejavam uma política favorável à imigração, mas os

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senhores de terras mais antigos, que ainda possuíam muitos escravos

eram contrários a essa política.

A ruína do Império aproximava-se rapidamente à medida que não

eram solucionadas as contradições internas que surgiam e cresciam.

Monarquia ou República, porém não eram opções populares, pois a

maioria da população não tinha nem teria qualquer participação ativa

na mudança do regime que ocorreria no final do século XIX.

Assim, em 1870, foi publicado o Manifesto Republicano no jornal A

República – ―Como homens livres e essencialmente subordinados aos

interesses da nossa pátria, não é nossa intenção convulsionar a

sociedade em que vivemos (...) Somos da América e queremos ser

americanos‖.

A princípio o Manifesto não resultou em grandes problemas pois

representava somente o pensamento de uma pequena parcela da

sociedade. Os primeiros nomes ligados ao movimento republicano

foram: Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho, Rangel Pestana,

Aristides Lobo, Prudente de Morais e Campos Sales. Em 1873 nascia

o PRP (Partido Republicano Paulista). Em 1873 esses republicanos

históricos reuniram-se na Convenção de Itu para tratar da estratégia

política dos republicanos. Apesar do esforço, os republicanos não

conseguiram grandes vitórias nas urnas, pois o movimento republicano

não possuía unidade ideológica.

Contudo, a abolição dos escravos em 1888 contribuiu decisivamente

para o fim da monarquia, uma vez que os senhores de escravos

passaram a apoiar maciçamente o Partido Republicano.

O Positivismo entre os Militares: Apesar de nenhum oficial do

exército ter assinado o Manifesto Republicano, novas idéias políticas

se difundiam entre os militares após a Guerra do Paraguai. A

juventude militar advogava uma nova forma de governo e o principal

responsável por isso era o tenente-coronel Benjamin Constant que

lecionava na Escola Militar e era adepto do positivismo. A forma de

governo defendida era a república ditatorial, centralizada e forte

exercida pelos homens das armas que realmente estavam envolvidos

com as questões nacionais.

Questão Religiosa: A Constituição de 1824 estabeleceu como uma

das bases de apoio ao Império a união entre o Estado e a Igreja

Católica, com vantagens recíprocas. A Igreja desfrutava de privilégios,

com o alto clero ocupando lugar de destaque na sociedade. Apesar de

existir liberdade de culto, na prática existiam limitações para o

progresso de outras religiões e seitas.

O Império brasileiro guardava prerrogativas em relação à Igreja.

Mantinha o padroado, que era o direito de o Estado intervir na

nomeação de bispos e na abertura de novos templos, e pelo qual os

clérigos recebiam salários pagos pelo Estado. Outro direito exercido no

Império em relação à Igreja era o beneplácito – os atos ditados pelo

Papa só eram adotados no Brasil após o consentimento do Imperador.

No final do século XIX, membros do governo imperial e da Igreja

Católica tiveram um sério atrito.

Em 1872, os bispos de Olinda e Recife resolveram adotar as

determinações papais, ordenando que as irmandades religiosas

expulsassem os maçons (em grande parte religiosos) de suas

dioceses. O Imperador interveio na questão e os dois bispos forma

condenados à prisão com trabalhos forçados. Embora tivessem sido

indultados (perdoados) pelo Duque de Caxias em 1875, a questão não

ficou encerrada. O clero passou a atacar o Império nas paróquias e a

desgastar a imagem do governo junto aos fiéis.

Questão Militar: A questão militar na verdade resulta de inúmeros

conflitos entre o exército e o governo imperial, ocorridos de 1883 a

1887.

Durante a Guerra do Paraguai, finda em 1870, o exército reorganizou-

se. Antes disso, a Guarda Nacional dividia com o exército a função de

manter a ordem interna. Durante a segunda metade do século XIX,

membros do exército assumiram posições abolicionistas e

republicanas.

A participação militar aumentou a medida que se concretizava o

espírito de corporação, de solidariedade de classe.

Em 1883, o tenente-coronel Sena Madureira foi o porta-voz de uma

reclamação contra a reforma no sistema de aposentadoria militar,

sendo punido. Em 1884, preparou uma grande recepção na escola de

Tiro do Exército, para o mestre jangadeiro Francisco José do

Nascimento, que havia se notabilizado por se recusar, com seus

companheiros, a desembarcar escravos nas praias pa província do

Ceará. O tenente-coronel voltou a ser punido.

Outro episódio ocorreu com o coronel Cunha Matos, que ao

inspecionar as guarnições do Piauí descobriu o desaparecimento de

gêneros do exército e puniu o capitão Pedro José de Lima. Um

deputado amigo do capitão, defendeu-o na Câmara com um discurso

atacando Cunha Matos. O coronel defendeu-se publicamente

utilizando-se da imprensa, o que era proibido, e foi preso. Vários

oficiais protestaram publicamente e deveriam também ser punidos. O

Marechal Deodoro da Fonseca que deveria prender os oficiais,

recusou-se a fazê-lo e foi demitido. Os militares se insurgiram

abertamente contra as ordens do governo imperial.

Esses atritos duraram até às vésperas da Proclamação da República,

quando os oficiais se uniram aos cafeicultores e assim, tiveram papel

decisivo na queda da monarquia no país.

Sergipe no Período Imperial

Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe ainda se encontrava

sob o domínio político da Bahia, o que tornava constante os conflitos

entre sergipanos e baianos.

Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de D. João VI foi

decretada a autonomia política de Sergipe em relação à Bahia. As

autoridades baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821 São

Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente da Província, Carlos

Burlamaqui, preso e conduzido a Salvador.

A Bahia foi também contrária à Independência do Brasil, o que resultou

na invasão de seu território por tropas comandadas por mercenários a

mando do Imperador Pedro I. Somente após essa intervenção é que

Sergipe tornou-se Província do Império. A Política em Sergipe do XIX:

Em se tornando Província foram instalados o governo e os partidos

políticos então designados de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda

era composto por senhores de engenho e portugueses a eles ligados e

residentes em Sergipe. O Partido Liberal era formado por senhores do

gado, embora fosse o predileto dos habitantes urbanos que

alimentavam grande sentimento antilusitano. As eleições eram

marcadas pela violência e pela fraude: ―Perseguições, assassinatos,

raptos, uso de força policial, falsificação de documentos e outros

crimes que ficaram impunes, valia tudo para ganhar a eleição‖ 1. Essa

truculência estendia-se aos homens livres pobres, escravos, dentre

outros.

1 SANTOS, Lenalda Andrade & OLIVA, Terezinha Alves de. Para Conhecer a

História de Sergipe. Aracaju:Opção Gráfica, 1998. p. 59.

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Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837): Em 1836 um fato marcou a

história política local. O Partido Corcunda visando não se lograr

perdedor das eleições à época, promoveu uma adulteração em

documentos e invadiu a Vila de Santo Amarão reduto dos Liberais. Tal

fato resultou em assassinatos, roubos e perseguições aos habitantes

locais. A partir disso, os partidos em Sergipe tiveram seus nomes

modificados para Rapina (Corcunda) e Camondongo (Liberal).

Em 1850, acompanhando o movimento nacional mais uma vez

alteraram-se seus nomes para Conservador e Liberal.

Em 1870 as idéias republicanas chegaram a Sergipe, onde Estância

recebeu o Clube Republicano. Após a abolição o Partido Republicano

foi organizado em laranjeiras (1888). Era formado por profissionais

liberais (Republicanos Históricos).

Povoações em Sergipe: O vale da Cotinguiba configurou-se como a

região economicamente mais importante da Província: Divina Pastora,

Laranjeiras, Maruim, Rosário do Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora

do Socorro, Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a grande

produção de cana-de-açúcar para exportação.

Sociedade e Cultura em Sergipe no século XIX – Nas décadas

iniciais do Império a sociedade sergipana era formada por uma

camada de proprietários de terras e açucarocratas, a maioria da

população era mestiça, isso sem contar os escravos, índios e

portugueses. Como características principais dessa sociedade

podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o cristianismo.

Costumes severos e simplicidade marcavam seu povo. O luxo era algo

reservado apenas às grandes famílias proprietárias.

As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso e a chegada de

informações. A navegação era difícil. Pouca gente viajava.

A educação do sergipano também era difícil. Pequena parcela da

população chegava aos bancos escolares. Somente os abastados

podiam estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres sabiam ler

e escrever.

Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro jornal (periódico),

denominado “Recompilador Sergipano”, criado em Estância pelo

Monsenhor Silveira.

Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico, e as

transformações por que passava o Capitalismo, iniciou-se embora

lentamente a se implantar o transporte ferroviário, criavam-se

instituições financeiras. O crescimento da produção de açúcar trouxe o

desenvolvimento da Zona da Cotinguiba, trazendo o urbanismo e

consequentemente uma sociedade e cidades mais ricas, as quais

incorporaram novidades e artigos de luxo.

Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse momento era a

construção de um porto para desafogar a produção açucareira da

Cotinguiba. Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança da

capital de São Cristóvão para o povoado Santo Antônio do Aracaju.

Mudança da Capital: São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855)

ostentou a posição de Capital da Província. A mudança da capital

também parte fez parte de uma política geográfica que foi dominante

no século XIX em que as capitais brasileiras deveriam ficar próximas

ao oceano, passando de cidades-fortalezas para cidades-portos.

O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853 nomeou para administrar a

Província, o Dr. Inácio Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio

Barbosa enumerou uma pauta de motivos que induziam a idéia de

mudança da Capital: a inoperância da Capital da Província, falta de

porto na cidade para escoar o açúcar produzido na Província, não

havia mais perspectivas de crescimento etc.

Assim a escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória

dos produtores de açúcar da zona da Cotinguiba, região

economicamente mais importante da Província. A transferência da

capital não foi decisão repentina e improvisada, mas sim, bem

estudada tanto geograficamente como politicamente, onde Inácio

Barbosa contou com o apoio irrestrito do Barão de Maruim (João

Gomes de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a

Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a categoria de cidade o

povoado Santo Antônio do Aracaju, com a denominação de cidade do

Aracaju. Uma cidade planejada, que demonstrava a necessidade de se

comunicar com outras regiões. Realizada a mudança houve algumas

manifestações por parte da população no intuito de impedir a saída

das repartições públicas. Em 06 de outubro de 1855, morreu Inácio

Barbosa aos 34 anos vítima do Cólera-morbus.

A Visita do Imperador D. Pedro II. Cinco anos depois da mudança da

capital, Sergipe recebeu a visita do Imperador D. Pedro II e da

Imperatriz D. Tereza Cristina. Eles visitaram Aracaju, São Cristóvão,

Laranjeiras, Estância e Maruim, e passaram por Propriá, Vila Nova

(atual Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e pelo povoado da Barra

dos Coqueiros. Muitos preparativos foram realizados com a intenção

de agradar ao Imperador e de mostrar os progressos da província. Os

senhores de engenho criaram o Imperial Instituto Sergipano de

Agricultura, comprometendo-se, diante do Imperador, a melhorar e

modernizar a agricultura e a contribuírem para libertar aos poucos, os

escravos.

Mas é principalmente a partir dos anos 1870 que as transformações na

vida social tornaram-se maiores. Novas festas, como o carnaval,

alegram as ruas de cidades como Laranjeiras e depois Aracaju. Das

brincadeiras e desfiles de fantasias já participavam ricos, pobres,

homens e mulheres. Isso não era comum. Mesmo nas atividades da

Igreja, as pessoas se dividiam, haviam as Irmandades Religiosas para

pretos, pardos e brancos. As mulheres pouco participavam da vida

social.

As festas populares aumentavam de acordo com o movimento das

cidades. Às vezes eram festas antigas, quase sempre misturadas com

as festas religiosas, como o Natal, por exemplo. Reisado, Chegança,

Cacumbi, Taieiras, Lambe-Sujos ou festas de São João, em quase

toda a província, já guardavam tradições, cantos, danças e a arte que

ainda hoje mantém vivo um dos mais ricos folclores do país.”

Os Principais nomes da cultura sergipana no século XIX :

Manuel Joaquim de Oliveira Campos – é o primeiro nome da

literatura sergipana. Autor da letra do hino de Sergipe, cuja música foi

adaptada de uma antiga ópera (”Italianos em Argel”), por Frei José

Santa Cecília.

Pedro de Calazans – (1836-1874) talentoso poeta, escreveu as obras

“Páginas Soltas”, “Últimas Páginas” e “Ofenísia”.

Tobias Barreto (1839-1889) um dos mais completos intelectuais do

Brasil no Segundo Império, publicou diversos ensaios e estudos de

filosofia e crítica literária. Principais obras: “Discursos”, “Estudos

Alemãs”, “Elogio” e “Menores Loucos”.

Sílvio Romero (1851-1914) Foi um dos maiores críticos literários e

intelectual polemista do seu tempo. Escreveu vasta obra literária, em

que se destacam: “Introdução a História da Literatura Brasileira” e

“Estudos sobre a Poesia Brasileira”.

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261

QUESTÕES DO TIPO V e F

01- (UFS 2010) Considere o texto.

Durante o século XVII, mais precisamente entre 1640 a 1688, a

Inglaterra foi abalada por um processo revolucionário de grandes

proporções. (...) Processo revolucionário que assinalou a superação,

em definitivo, do modo de produção feudal, Do Antigo Regime e de

suas instituições, possibilitando o advento de uma sociedade burguesa

e a emergência da produção capitalista no país.

(Ricardo. Adhemar. Flávio. História. Belo Horizonte. Lê, 1989, p.165)

Sobre o processo revolucionário a que o texto faz referência é

correto afirma que:

0 0 – na guerra civil, ao lado de Carlos I, ficaram os católicos e

anglicanos, constituindo o exercito dos cavaleiros e ao lado do

Parlamento, estavam os presbiterianos e puritanos formando o

exercito dos cabeças redondas.

1 1 – durante a República Puritana, o maior destaque no plano externo

foi a promulgação dos Atos de Navegação, através dos quais se

consolidava a hegemonia da frota mercante inglesa.

2 2 – o Parlamento, durante a Revolução Puritana, atuou em defesa da

expressão política e dos interesses econômicos dos militares e dos

burgueses, que ocupavam cargos públicos.

3 3 – o Ato de exclusão eliminou os anglicanos e os dos postos

públicos e foi imposto pelo rei ao Parlamento, reativando os atritos

entre as várias classes da sociedade inglesa.

4 4 – com Gloriosa, o absolutismo foi substituído pela monarquia

constitucional, em que a realeza ficava controlada pelo Parlamento,

tendo o novo rei assinado a Declaração de Direitos..

02- (UFS 2010) No século XVIII, o processo de crescimento urbano

deu lugar a difusão de idéias liberais e republicanos que apoiaram

movimentos como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.

Analise esses movimentos.

0 0 – A Inconfidência Mineira foi um ato de rebeldia dos homens livres

de Minas Gerais, que influenciados pela Revolução Francesa,

reagiram contra os mecanismos de cobrança de impostos

estabelecidos pela administração colonial, especialmente, a proibição

de circulação do ouro em pó e a criação das casas de fundição.

1 1 – Ambos os movimentos tiveram relação, de um lado, com a

opressão comercial e fiscal sobre a colônia e, de outro, com as

mudanças ocorridas entre as esferas do poder político provocadas

pela decadência da economia açucareira, na economia mineira, em

Minas Gerais.

2 2 – A revolta dos negros de São Domingos teve influencia na

eclosão da Conjuração Baiana devido ter mostrado aos artesãos,

soldados e mulatos da Bahia, que era possível vencer a dominação

dos senhores brancos e instaurar uma República independente

baseada na igualdade entre os cidadãos.

3 3 - Ambos os movimentos pretendiam a República, mas a

Inconfidência Mineira, inspirada na Revolução Americana de 1776, não

se propunha acabar com a escravidão; já a Conjuração Baiana,

influenciada pela Revolução Francesa e de São Domingos, foi mais

radical e , entre seus objetivos estava a abolição da escravidão.

4 4 - A perda de domínios e de negócios, como o domínio do tráfico

negreiro na costa africana, e o desequilíbrio das finanças levaram a

metrópole portuguesa a intensificar os mecanismos de controle

comercial e opressão fiscal sobre a colônia e levarem, no final do

século XVIII , os mineiros e baianos a se rebelarem.

03 - (UFS 2010) Em 1870 o mapa da Europa sofreu profundas

modificações. Novas forças apareceram (...) nascidas da

aspiração pela independência e da unidade nacional. (Renê

Rêmond. O Século XIX. Trad. São Paulo. Cultrix1974, p.160)

Analise as proposições que definiram as mudanças a que o texto

faz referencia.

0 0 – O articulador da unificação do sul da Itália foi o republicano

Garibaldi que organizou a insurreição no Reino das Duas Sicilias,

reunindo um exército de voluntários conhecido como os Mil de

Garibaldi.

1 1 – A unidade italiana obteve êxito com a aliança do Reino do

Piemonte-Sardenha com a França de Napoleão III para anexar

territórios italianos aos norte, sob o domínio da Áustria..

2 2 – Quando as tropas francesas abandonaram o Estado Pontifício

para enfrentar os alemães, as forças de unificação invadiram Roma,

transformando-a na capital italiana, o que foi consagrado em um

plebiscito.

3 3 – Pelo Tratado de Frankfurt a França pagou uma indenização à

Alemanha, bem como, lhe entregou as províncias de Alsácia-Lorena,

fomentando o revanchismo francês e o desenvolvimento industrial

alemão.

4 4 – A aliança entre a Prússia, Moravia e a França incentivou os

movimentos de libertação nacional no Império Austro-Hungáro e

favoreceu a criação do Estado Nacional Prussiano.

04- (UFS 2010) Declarada a maioridade em 23 de julho de 1840, o

jovem de 15 anos seria sagrado imperador no mesmo dia, com o

título de D. Pedro II . Seu governo duraria 49 anos. Seria o último

imperador do Brasil e o dirigente que mais tempo permaneceu no

comando do país. O período de 1840-1870 foi marcado

inicialmente por lutas civis e pela pacificação interna, foi um

período de consolidação do Estado Nacional e de relativa

prosperidade econômica. (ARRUDA , J. Jobson de A. e PILLETI,

Nelson. Toda a História. S. Paulo: Ática. 2003. p.283)

Identifique as afirmações associadas aos acontecimentos na

província de Sergipe, durante o período a que o texto se refere.

0 0 – Revolta de Santo Amaro provocada pela falsificação das atas de

eleição, constando mais votos do que a população da província.

1 1 – Epidemia de cólera na província que se alastrou com rapidez

causando mortandade e crise no abastecimento de alimentos.

2 2 – Reconhecimento por parte do governo central da independência

da província, que pertencia a Bahia de Todos os Santos.

3 3 – Transferência da capital de São Cristovão para Aracaju, para

facilitar o escoamento da produção açucareira da província.

4 4 – Participação dos bispos da província no atrito com o Imperador,

devido a aplicação da bula papal que condenava os sacerdotes.

05- (UFS/2002) As Revoluções Inglesas do século XVII

representaram um marco na vida européia. Analise as

proposições abaixo.

0 0 – Pela primeira vez a burguesia ascendeu ao poder e lançou as

bases para a consolidação de sua própria ordem, responsável pela

hegemonia do Parlamento que permanece até hoje.

1 1 – Desde sua origem a burguesia centrava seus interesses nas

atividades comerciais.

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262

2 2 – O estímulo ao comércio e à indústria no governo de Carlos II

reduziu os atritos entre o rei e o Parlamento, o que favoreceu a

ascensão da pequena burguesia ao poder.

3 3 – Expressou em todos os seus momentos (Revolução Puritana,

Revolução Gloriosa) a disputa pelo poder entre os reis Stuarts e o

Parlamento.

4 4 – A presença de uma mentalidade feudal nas classes média e

urbana, visando a manutenção das estruturas comunais, acelerou o

processo revolucionário que culminou em 1689.

06-. (UFS/2003) O movimento que formulou as idéias que

derrubaram o Antigo Regime é denominado Iluminismo. Analise

as proposições sobre esse movimento.

0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais, idéias defendidas

pelo movimento, forneceram as bases científicas para o

desenvolvimento da tecnologia contemporânea.

1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um governo

democrático, onde reinasse a soberania popular e o domínio da

maioria.

2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os responsáveis pela difusão

das idéias iluministas na Europa Ocidental e na América.

3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura de uma explicação

racional para tudo e pela oposição ao obscurantismo, à tirania e às

injustiças. Essas idéias abriram caminho para a Revolução Francesa.

4 4 – As idéias iluministas influenciaram tanto alguns movimentos

contra o domínio português, como a Inconfidência Mineira e a

Conjuração Baiana, quanto o movimento abolicionista.

07- (UFS/2003) Analise as proposições sobre o Iluminismo.

0 0 – Uma das idéias básicas que norteava as formulações iluministas

era a da liberdade como característica essencial e natural do homem,

em função da qual a sociedade deveria organizar-se.

1 1 – Os autores mais celebres, sobretudo pela influência que seus

trabalhos exerceram sobre a política das principais nações européias,

foram os franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e Jean

Jacques Rousseau.

2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal decorrência política da

filosofia iluminista, que, é preciso frisar, não contestava o Estado nem

o regime monárquico enquanto tal.

3 3 – As bases para uma nova organização política que, de modo

geral, assentava-se em idéias marcadamente individualistas,

centravam no homem os princípios fundamentais da organização

social.

4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo foram os

determinados pelo humanismo cristão, e tinha como base uma

profunda valorização do homem que se contrapunha aos valores

religiosos da época.

08- (UFS/2003) A industrialização no século XVIII, na Grã-

Bretanha, provocou uma mudança social profunda na medida em

que transformou a vida dos homens, sem se preocupar com os

custos sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse

fenômeno, analise as afirmações abaixo.

0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos cercamentos das terras na

Inglaterra foi o fracionamento da grande propriedade e a conseqüente

ascensão dos pequenos proprietários ao poder.

1 1 – O controle técnico do processo de produção passou para as

mãos dos capitalistas no momento em que se instituiu a divisão e o

parcelamento do trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a

visão global do processo.

2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado à violência

destruidora dos trabalhadores desqualificados ingleses que não

entendiam o progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao

movimento conhecido como Luddismo.

3 3 – O operário se especializou em servir uma máquina,

transformando-se em autômato destinado a desempenhar atividades

cotidianas cansativas e monótonas e mais vulnerável aos acidentes de

trabalho.

4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os operários, que

permitisse o aumento de eficiência do operário e maior lucratividade

para o empresário, contribuiu com a organização do trabalho fabril na

Inglaterra.

09- (TCSO) – Analise as informações sobre o movimento nativista

e pró-independência do Brasil:

0 0 – A Guerra dos Emboabas e a Revolta de Beckman são os únicos

movimentos considerados nativistas devido ao seu caráter local.

1 1 – A Revolta de Beckman visava tornar o Brasil livre do domínio

português.

2 2 – A revogação do monopólio comercial dado a Companhia das

Índias do Estado do Maranhão e a expulsão dos jesuítas foram

objetivos da Revolta de Beckman.

3 3 – A Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira são situados nas

chamadas rebeliões separatistas.

4 4 – Tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana

tiveram preocupações emancipacionistas republicanas.

10- (TCSO) - Analise as proposições sobre os Movimentos

Nativistas e separatistas:

0 0 – A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana tiveram como

objetivo romper com o domínio metropolitano sobre a Colônia. Há, no

entanto, uma diferença entre os dois movimentos. O primeiro foi

planejado quase que exclusivamente pela elite branca, enquanto que o

segundo teve a participação de pobres, negros e mulatos.

1 1 – A maior influência que os inconfidentes mineiros receberam

vinha da própria América, com as idéias de Thomas Jefferson, Tom

Payne e Benjamin Franklin, os arautos da independência dos Estados

Unidos.

2 2 – Portugal não conseguiu deter os movimentos nativistas que

questionavam o domínio metropolitano sobre a Colônia e acabou

entrando em um processo de crise.

3 3 – Um dos questionamentos dos movimentos nativistas era sobre o

pacto colonial, ou seja, questionava-se a manutenção do exclusivo

colonial.

4 4 – Os ideais republicanos dos movimentos nativistas e dos

movimentos separatistas tinham como base os ideais defendidos pelos

iluministas e pela Revolução Francesa.

11- (Uel-2008-Adaptada) Sobre a Revolução Industrial, é correto

afirmar:

0 0 – As Américas anglo-saxônica, hispânica e portuguesa não

vivenciaram, como a Europa, o crescimento da mão-de-obra e a

consequente baixa nos salários em função de uma melhor distribuição

dos trabalhadores entre o campo e a cidade.

1 1 – Os países que não vivenciaram o fenômeno da grande indústria

conservaram-se agrícolas e não foram afetados pela supervalorização

dada ao capital após a citada revolução.

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263

2 2 – O comércio internacional pós revolução provocou uma

especialização da produção dividindo o mundo entre áreas produtoras

de matérias-primas e áreas industriais e propiciando o acúmulo de

capital nos países industrializados.

3 3 – Os movimentos sociais surgidos nesse período foram

responsáveis pela disseminação das idéias de liberdade e igualdade

para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as mulheres

que trabalhavam nas fábricas.

4 4 – Mesmo tendo aumentado o número de produtos manufaturados

no mercado, a Revolução Industrial não significou, no primeiro século,

avanços e progresso tecnológico.

12- (TCSO) – A Revolução Francesa representou um marco na

História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao

Antigo Regime. Entre as características da crise do Antigo

Regime, na França, está:

0 0 – A crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela

burguesia, contra os privilégios do clero e da nobreza;

1 1 – O desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução

Industrial;

2 2 – A retomada da expansão comercial francesa, liderada por

Colbert;

3 3 – O apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas

contrárias à nobreza;

4 4 – O fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a

participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.

13- (TCSO) - Sobre a Revolução Francesa, julgue:

0 0 – A Revolução Francesa (1789) concorreu para o desaparecimento

de alguns traços remanescentes do feudalismo, como a servidão.

1 1 – A Primeira República, na França, foi instalada com o Diretório.

2 2 – A fase do Diretório teve como principal característica o

fortalecimento do poder executivo.

3 3 – O Golpe 18 Brumário elevou Napoleão ao Consulado e recebeu

apoio incondicional dos monarquistas que queriam restaurar a

monarquia dos Bourbon.

4 4 – A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi elaborada

durante a Convenção.

14 – (UFS/2007) Considere o texto para responder à questão.

Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa

ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a

produção. É certo que a produção se organiza de forma específica,

dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute

também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o

simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação

das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas

camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos, etc. Assim, a

pouco e pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia

e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se

aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera,

mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A

industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando

atinge o nível de uma mecanização da indústria, todo o conjunto

começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se

acomoda nem com as barreiras do regime exclusivo colonial nem com

o regime escravista de trabalho. (Fernando A. Novais. As dimensões

da independência. in: Carlos G. Mota. 1822 – Dimensões. São

Paulo: Perspectiva, 1972. p. 23)

A transição do feudalismo ao capitalismo completou-se no século

XVIII. Foi nesse momento, ou a partir dele que ocorreu a crise do

sistema colonial e, conseqüentemente, os movimentos de

independência nas áreas coloniais. Analise as afirmações que

confirmam as argumentações do autor do texto.

0 0 – Os movimentos de independência latino-americanos resultaram

da ausência de acordo entre os interesses econômicos da aristocracia

proprietária de terras e as forças capitalistas externas inglesas.

1 1 – Uma vez iniciado o processo de industrialização na Inglaterra, o

sistema colonial, montado sob a ótica do capital mercantil

desestruturou-se completamente e, nas áreas coloniais, passaram a

ocorrer os movimentos de independência.

2 2 – O surgimento de uma nova divisão internacional do trabalho

transformou as antigas regiões coloniais em fornecedoras de produtos

manufaturados e possibilitou a formação de uma elite interessada em

romper os laços coloniais metropolitanos.

3 3 – A crise do sistema colonial está diretamente relacionada com a

introdução do modo de produção capitalista, cujas exigências não

poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos do Antigo Sistema

Colonial, já que este fora o instrumento do capital comercial.

4 4 – Os fatores que atuaram sobre o movimentos de independência

das colônias americanas foram frutos da dinâmica interna de

conscientização das classes dominantes, representantes do povo nas

assembléias das capitanias.

15 – (UFS/2007) Do final do século XVIII ao início do século XIX,

diversos movimentos armados desafiaram o controle de Portugal

sobre a sua colônia brasileira. Juntamente com as mudanças

ocorridas no cenário internacional, tais revoltas aceleraram o pro-

cesso de independência do Brasil. Contextualizando

historicamente esses movimentos, pode-se afirmar que:

0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda metade do século

XVII e primeira do XVIII tiveram caráter exclusivamente local. Foram

reações isoladas contra os privilégios de algumas companhias de

comércio, reação à posição da metrópole em relação a certas

autonomias locais ou, entre outras, contra a política fiscal

metropolitana.

1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um movimento em prol da

libertação colonial: a Guerra dos Mascates. Esta rebelião foi,

essencialmente social, influenciada pelas idéias liberais do iluminismo

e liderada por negros e mulatos.

2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande repercussão na

história por se opor à dominação portuguesa está a Inconfidência

Mineira de 1789, mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes

procuraram difundir no Brasil os ideais de liberdade, igualdade e

fraternidade.

3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à emancipação colonial,

questionava também as desigualdades sociais e pregava uma

democracia racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos os

privilégios.

4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras, colocou em xeque o

sistema colonial como um todo, inserindo-se no movimento mais

amplo que caracteriza a crise do Antigo Regime.

16 – (UFS/2007) Observe atentamente o mapa histórico no início

do século XX.

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(Hector H Bruit. O Imperialismo. São Paulo: Atual; Campinas:

Universidade Estadual de Campinas, 1988, p. 14)

O mapa reflete aspectos importantes das relações entre a Europa

Ocidental e a África. Identifique as afirmações relacionadas ao

contexto histórico e ao mapa.

0 0 – No processo de desenvolvimento do neocolonialismo, os

europeus tiveram a preocupação de partilhar a África com base na

unidade lingüística e cultural dos povos africanos.

1 1 – Um dos instrumentos de penetração e domínio da África

utilizados por alguns paises europeus foi a melhoria dos transportes,

visando explorar as matérias-primas desse continente.

2 2 – Os países industriais europeus realizaram a partilha da África

com o objetivo de iniciar as relações de produção capitalistas e

transformar os africanos em assalariados, consumidores de seus

produtos

3 3 – Os europeus evitaram colonizar áreas de domínio dos povos

muçulmanos porque não estavam dispostos a despender recursos

bélicos e financeiros para envolverem-se em guerras santas.

4 4 – A Inglaterra e a França foram os primeiros na corrida imperialista,

razão que explica o fato de esses países terem se apoderado das

terras férteis e estratégicas do continente africano.

17- (UNIOESTE-ESPECIAL) A América Latina, conquistada,

colonizada e explorada pelas metrópoles ibéricas, passou a ser,

parcialmente, alimentada pelas idéias iluministas, que se

consagraram com a Revolução Francesa, e teve a projeção

crescente dos interesses econômicos do capitalismo industrial,

capitaneado pela Inglaterra. Assim, é pertinente dizer, a respeito

da emancipação latino-americana, que

0 0 – as metrópoles, buscando uma balança comercial favorável,

promoveram o desenvolvimento das colônias.

1 1 – as políticas mercantilistas de Portugal e da Espanha procuravam

obter o desenvolvimento comercial das metrópoles à custa da

exploração de matérias-primas das colônias.

2 2 – as primeiras manifestações de descontentamento não tiveram,

de modo geral, um caráter separatista, mas expressavam uma reação

à exploração e aos abusos das metrópoles.

3 3 – as lutas de independência das colônias espanholas surgiram,

primeiramente, no início do século XIX, no Uruguai, devido à sua

localização estratégica no Prata

4 4 – o Paraguai, que possuía uma forte identidade em torno dos

homens da terra, conquistou a independência em 1811.

18- (TCSO) - Sobre o Primeiro Reinado, julgue:

0 0 – Do ponto de vista político o Primeiro Reinado foi um período de

perfeito equilíbrio entre as forças progressistas e a burguesia agrária.

1 1 – O reconhecimento de nossa independência pela Inglaterra era

importante condição para afirmar internacionalmente o novo país.

2 2 – A impopularidade de D. Pedro I foi resultado da criação do

chamado Ministério dos Brasileiros.

3 3 – Em 1823, D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte. Do

projeto dessa Assembléia constava a fortificação do poder legislativo

em detrimento do poder do Imperador.

4 4 – O Poder Moderador, principal característica da Constituição de

19- (UEM-INVERNO) As afirmações abaixo se referem a uma

série de movimentos sociais deflagrados no período regencial

(1831-40). Sobre essa fase da história do Brasil, que se

caracterizou pela intensa agitação social e por uma grande

efervescência política, assinale o que for correto.

0 0 – As rebeliões regenciais foram orientadas por idéias separatistas

e influenciadas pela Guerra de Secessão dos EUA.

1 1 – Nesse período, existiam três grupos políticos: restauradores ou

caramurus; moderados ou chimangos e os exaltados, farroupilhas ou

jurujubas.

2 2 – A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha teve como uma

de suas principais causas a oposição manifestada pelos gaúchos

contra a excessiva centralização do poder.

3 3 – Apesar do conturbado cenário político que se apresentou durante

o período regencial, em termos econômicos pode-se dizer que houve o

surgimento de um parque manufatureiro que deu origem ao primeiro

surto industrial no Brasil.

4 4 – A Balaiada teve início quando um grupo de políticos liberais – os

bem-te-vis – foi preso pelos moderados conservadores que estavam

no poder. A luta estendeu-se por toda a região e contou com a

participação popular.

20- (UFPE) O ano de 1848 assistiu a várias revoluções na Europa

como, por exemplo, na França e na Itália. O espírito “quarenta e

oito”, como se chamou este período, também atingiu o Brasil e,

particularmente, Pernambuco. Esta questão diz respeito à

Revolução Praieira.

0 0 – A concentração da propriedade fundiária e o monopólio do

comércio a retalho pelos portugueses foram fatores que provocaram a

Revolução Praieira.

1 1 – O Partido da Praia, integrado por liberais pernambucanos, tinha

no jornal o Diário Novo um instrumento de veiculação de suas idéias

políticas.

2 2 – Joaquim Nabuco, líder abolicionista, logo se tornou um

correligionário do jornalista praieiro Borges da Fonseca.

3 3 – Os revolucionários praieiros pretendiam que o Governo

interviesse nos fenômenos de produção, distribuição e comércio..

4 4 – Os revolucionários de Pernambuco lançaram um “Manifesto ao

Mundo” esclarecendo suas posições no que diz respeito ao voto

universal do povo brasileiro, ao trabalho como garantia de vida para o

cidadão brasileiro, ao comércio de retalhos, à reforma do poder

judiciário, dentre outras.

21- (COVEST) A política externa brasileira em direção à região do

Prata, no século XIX, caracterizou-se por intervenções e guerras.

0 0 – O Uruguai esteve sob o controle brasileiro de 1816 a 1827, sob o

nome de Província Císplatina.

1 1 – O Vice-Reino do Prata se constituía das províncias que hoje

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265

correspondem só Uruguai, Paraguai, Argentina e Rio Grande do Sul.

Por intervenção de D. João VI o Rio Grande do Sul se desmembrou e

foi anexado ao Império Brasileiro.

2 2 – As lutas na região cisplatina levariam o Brasil g mais uma

intervenção nessa região - a guerra contra Oribe e Rosas, entre 1850

e 1852.

3 3 – A tríplice aliança entre Uruguai, Brasil e Argentina, em 1865, que

redundou na Guerra do Paraguai, pode ser explicada pelo fato do

Brasil e da Argentina estarem integrados à ordem mundial, dominada

pela Inglaterra, e o Paraguai ter se transformando num país de

economia sólida e força militar considerável, independente dessa

ordem.

4 4 – A Argentina enfrentou a Guerra do Paraguai praticamente

sozinha, pois Brasil e Uruguai estavam empenhados em resolver seus

problemas de fronteira, ainda decorrentes da Colônia do Sacramento e

dos sete Povos do Uruguai.

22- (TCSO) – Sobre a cultura e a sociedade em Sergipe no século

XIX, julgue:

0 0 – O maior exemplo do Barroco sergipano no campo das artes é

visível na cidade de São Cristóvão, onde se destaca o conjunto

arquitetônico da Praça de São Francisco, com o Convento e a Ordem

Terceira.

1 1 – A cultura do negro representa em Sergipe, a cultura dominante

sendo preservada e estimulada.

2 2 – Durante o Segundo Reinado, houve um surto de progresso em

todo o Brasil, atingindo também Sergipe. As cidades se expandiram e

os filhos da burguesia passavam a fazer cursos superiores fora da

Província.

3 3 – A produção literária sergipana em torno das tradições culturais

de seu povo, a história, lendas e costumes servem como ponto de

referência.

4 4 – Dentre os principais grupos folclóricos de Sergipe destaca-se a

Chegança, composta por mulheres, existente em Laranjeiras e

Neópolis.

23- (TCSO) – Sobre a mudança da capital de Sergipe, julgue:

0 0 – A mudança da capital da Província fez parte de uma política

geográfica que foi dominante no século XIX em que as capitais

brasileiras deveriam ficar próximas ao oceano, passando de cidades-

fortalezas para cidades-portos.

1 1 – Dentre os motivos que justificavam a mudança da capital de São

Cristóvão para Aracaju, estava a falta de um porto na cidade para

escoar o açúcar produzido na Província.

2 2 – A escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória

dos produtores de açúcar da zona do Cotinguiba, novo centro de

produção do açúcar.

3 3 - A nova capital, cidade portuária, seria uma capital moderna,

completamente planejada, entretanto a transferência de todos os

serviços e dos funcionários, causou problemas e resistências.

4 4 – A mudança da capital foi uma decisão repentina e improvisada,

sancionada pela resolução nº 413.

24-(UFPE-UFRPE-2002) Os filósofos iluministas franceses Voltaire

e Diderot acreditaram durante um certo período que um déspota

esclarecido poderia ser uma boa alternativa de governo. Segundo

Voltaire e Diderot,

0-0) o termo „déspota‟ refere-se a um governante cujo poder não tem

limites. Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia foram

considerados, durante toda a vida, símbolos do despotismo.

1-1) conhecendo a natureza humana, o déspota esclarecido poderá

instaurar em seu país a liberdade religiosa e modernizar o Estado.

Foram déspotas esclarecidos Luís XIV e Napoleão.

2-2) os monarcas Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia

pareciam ser déspotas esclarecidos. Porém, Frederico II mostrou-se

belicoso demais, e Catarina liderou a invasão da Polônia.

3-3) os déspotas esclarecidos foram a maior experiência política da

Idade Moderna. Maquiavel, ao escrever O Príncipe, ajudou muitos

monarcas a exercerem o poder de forma justa.

4-4) Frederico II e Catarina II poderiam ter se tornado adeptos do

constitucionalismo, entretanto, nunca defenderam este princípio.

25- (UFPE-UFRPE-2002) A Inconfidência Mineira foi o primeiro

movimento político separatista, em que se organizaram setores

da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira para

lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma

República. Sobre esse movimento, podemos afirmar que:

0-0) a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as

autoridades portuguesas terem antecipado a derrama, o que

possibilitou, à polícia e aos funcionários da Junta da Fazenda,

surpreenderem os insurretos.

1-1) os inconfidentes, através de carta enviada por José Joaquim da

Maia ao embaixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio

dos Estados Unidos. Na carta, o que chama atenção é um pedido de

armas.

2-2) um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da

Inconfidência foi o fato de a metrópole aumentar sua pressão fiscal

sobre os mineradores, em razão da queda da produção de ouro, a

partir da segunda metade do século XVIII.

3-3) o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim

Silvério dos Reis e da fragilidade política do movimento, pois os

conspiradores não foram além de ideias e propostas genéricas, sem

penetração e mobilização social.

4-4) a Inconfidência tinha como plano revolucionário: reunir homens e

armas e buscar apoio dentro e fora de Minas para depor o governo,

proclamar a República e abolir a escravatura.

26 - (UFPE-UFRPE-2002) Em relação à chegada da família real e da

corte portuguesa ao Brasil, em 1808, que transformou o Rio de

Janeiro na sede de todo o Império português, analise as

proposições abaixo.

0-0 - Com a vinda da família real e da corte portuguesa para o Brasil,

projetos de modificações urbanas foram propostos para a cidade do

Rio de Janeiro e para a cidade de São Salvador da Bahia, incluindo a

construção de palácios, bancos, academia de artes e lojas.

1-1- A partir de 1821, D. João aplicaria uma política autoritária e

repressora, ao transformar as antigas capitanias hereditárias em

província e ao decretar a criação de quatro novas províncias: Rio

Grande do Norte, Alagoas, Santa Catarina e Sergipe.

2-2 - Paralelamente às reformas internas, o Brasil de D. João VI

adotava uma política externa de alianças: na Guiana, com os

franceses e na Província Cisplatina, com os espanhóis, em 1809.

3-3 - Jean Baptiste Debret, Nicolas Antoine Taunay, Grand Jean de

Montigny e Auguste Taunay foram alguns dos quarenta integrantes da

missão artística francesa financiada pela corte portuguesa que chegou

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266

ao Brasil, na primeira metade do século XIX. Eles assinavam projetos

de arquitetura, pintura e paisagismo para o Rio de Janeiro.

4-4 - Em 1815, ainda sob a regência do príncipe D. João, a colônia foi

elevada à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve. Coroado

como rei, em 1816, D. João VI é considerado, por historiadores

portugueses e brasileiros, um dos maiores estadistas da monarquia

portuguesa.

27- (UFPE-UFRPE-2001) – A vinda da família real portuguesa para

o Brasil provocou mudanças significativas na vida política,

econômica e cultural da colônia. São consideradas medidas

inovadoras adotadas no início do século XIX no Brasil:

0-0) a abertura de novas escolas médias e superiores, no Rio de

Janeiro e em outras capitais do Império.

1-1) a instalação de livrarias, cafés e a difusão da imprensa nas

principais capitais brasileiras.

2-2) a criação de leis para preservar o meio ambiente e a população

indígena.

3-3) a abertura dos portos a todas as nações amigas, permitindo o

aumento do volume dos produtos europeus no comércio brasileiro.

4-4) a instalação de muitas fábricas nas grandes cidades brasileiras e

a ascensão de homens livres na sociedade colonial.

28-(UFPE-UFRPE-2001) – A Sobre a revolução pernambucana de

1817, podemos afirmar que:

0-0) foi um movimento revolucionário apoiado por senhores rurais

pernambucanos e todos os comerciantes portugueses defensores da

república como forma de governo.

1-1) este movimento está ligado à crise de produção do açúcar e do

algodão e à alta dos preços dos gêneros, de primeira necessidade,

importados.

2-2) foram metas defendidas pelos revoltosos de 1817: o governo

parlamentarista com a consolidação do direito monárquico.

3-3) a cobrança de altos impostos para financiar a invasão da Guiana

Francesa pode ser considerada um dos fatores econômicos que

levaram ao estopim da revolta.

4-4) os envolvidos com o pensamento da Ilustração, participantes do

Areópago de Itambé e da Conspiração dos Suassunas, defendiam a

república como forma de governo adotada pelos revolucionários de

1817.

29- (UFPE-UFRPE-2001) – As revoluções do século XIX na Europa

tiveram inicialmente um caráter burguês. A partir de 1848,

adquirem uma outra característica: a de serem socialistas, por

defenderem, basicamente:

0-0) o fim do regime monárquico e uma democracia regida pela

Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, em que

os mais capazes deveriam governar.

1-1) uma transformação do regime econômico, do sistema político e da

estrutura das classes, todos

sob o domínio dos interesses das classes populares.

2-2) uma transformação do regime econômico, mas mantendo-se o

mesmo sistema político e a estrutura de classes, de forma a garantir-

se a prática do livre mercado.

3-3) os interesses populares, a favor de uma transformação do

capitalismo e do regime políticosocial, de forma a superar a exploração

do homem pelo homem.

4-4) uma democracia plural e um regime econômico liberal, de modo

que todos pudessem exercer plenamente a cidadania, regidos pelo

respeito aos direitos humanos.

QUESTÕES MÚLTIPLA ESCOLHA

01 – (UFPE-UFRPE-2002) – A expansão capitalista no século XIX

ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países

europeus sobre a África e a Ásia foi denominado

neocolonialismo. Sobre o resultado da junção desses dois

fenômenos – o imperialismo e o colonialismo – na África e na

Ásia, assinale abaixo a alternativa correta.

a) O imperialismo e o neocolonialismo ajudaram os povos africanos e

asiáticos a saírem de seu atraso secular, possibilitando-lhes o acesso

ao progresso tecnológico.

b) A segunda revolução industrial, o capitalismo monopolista e os

ideais de progresso estão associados ao imperialismo, ao

neocolonialismo e ao completo domínio dos Estados Unidos, no final

do século XIX.

c) Os maiores beneficiários de todo o domínio imperialista e do

neocolonialismo na Ásia e África foi a classe operária européia, em

face do pleno emprego da indústria.

d) Através do imperialismo e do neocolonialismo, as elites econômicas

e políticas inglesas construíram a imagem de que eram o modelo de

cultura e civilização, a ser imitado em todo o mundo.

e) Entre as nações da África, as que transferiram maiores quantidades

de pedras preciosas para a Inglaterra foram Angola e Moçambique, em

razão do neocolonialismo.

02 – (UFPE-UFRPE-2001) - Um dos filósofos iluministas que

exerceram uma enorme influência entre as camadas populares na

França, como também nos movimentos mais radicais durante a

Revolução Francesa, foi:

a) René Descartes, que escreveu o livro clássico O Discurso do

Método, em que apontava a forma como o povo deveria se comportar

face à s elites dirigentes num momento revolucionário.

b) John Locke, por ter sido um dos inspiradores do empirismo, e

defensor que todos quando nascemos somos como uma tábula rasa e

as influências da sociedade é que nos molda.

c) Erasmo de Rotterdam, que escreveu uma obra clássica denominada

O Elogio da Loucura, na qual satiriza os costumes da época, o que

veio a influenciar enormemente as revoluções burguesas do século

XIX.

d) Jean-Jacques Rousseau, que de certa forma tornou-se uma

exceção entre os iluministas, pela crítica à burguesia e à propriedade

privada, escrevendo livros Contrato Social e Discurso sobre a origem

da Desigualdade.

e) Thomas Morus, que escreveu a Utopia, uma obra em que retrata a

vida em uma ilha imaginária, cujos habitantes consideram estupidez

não procurar o prazer por todos os meios possíveis.

03 - UFPE-UFRPE-2001 - Sobre o processo de independência do

Brasil assinale a alternativa correta.

a) Após a Independência, os diferentes grupos liberais existentes no

Brasil unem-se em torno da centralização do poder.

b) Liberais centralistas e liberais federalistas lutaram no início do

século XIX contra a elite conservadora do império

c) As revoltas populares ocorridas durante o primeiro reinado foram

amplamente defendidas pelos liberais centralistas.

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267

d) José Bonifácio apoiou a Independência do Brasil dentro de uma

proposição centralista do estado brasileiro.

e) Depois de consumada a independência, D. Pedro I apoiou-se no

„„partido brasileiro'' afastando-se do „„partido português''.

04 - UFPE-UFRPE-2001 - Sobre a situação econômica do Brasil no

século XIX, assinale a alternativa correta.

a) Com a abolição do tráfico negreiro, os fazendeiros utilizaram mão-

de-obra livre para o plantio de café.Como forma de pagamento, os

trabalhadores poderiam usar as terras do senhor para a produção de

sua subsistência.

b) O comércio interno de escravos agravou a situação econômica do

Norte/Nordeste, mas resolveu o problema de mão-de-obra no Sul e

Sudeste.

c) Após 1850, com o final do tráfico negreiro, inicia-se a

industrialização no Brasil, pois, a mão-de-obra negra abundante

deixará o campo e irá se empregar nos centros urbanos.

d) O êxito da cafeicultura brasileira em Minas, Rio de Janeiro e São

Paulo deveu-se à política imigrantista do governo, que autorizou a

vinda de grandes levas de imigrantes europeus.

e) Com o estabelecimento da lei de terras em 1850, pessoas de

poucos recursos tiveram acesso à terra, com ajuda e apoio dos

grandes proprietários brasileiros.

05 - UFPE-UFRPE-2001 – Sobre a produção do café no Segundo

Reinado, assinale a alternativa correta:

a) Toda a produção agrícola brasileira estava voltada, neste período,

para um novo produto: o café, que, introduzido nas regiões do Sul da

Bahia, rapidamente se espalhou para o Rio de Janeiro e São Paulo.

b) O capital necessário para a implantação de fazendas de café foi

muito maior do que o capital investido na produção do açúcar.

c) Várias foram as áreas de expansão da cultura do café durante o

Segundo Reinado: sertões do Nordeste e região amazônica. O café

produzido nessas regiões foi utilizado para consumo local e para

exportação.

d) A fixação do café no Vale do Paraíba deveu-se às condições

geográficas excepcionais e à mão-de-obra escrava disponível.

e) O oeste paulista, ao contrário do vale do Paraíba, não produziu café

de qualidade e em quantidade desejável. O processo de escoamento

para a exportação foi um dos entraves da comercialização do café

dessa região.

06 - (PUC-1976) A importância maior da Revolução Inglesa do

século XVII, para o processo conhecido como Revolução

Industrial, foi:

a) permitir a ascensão dos comerciantes e empresários industriais ao

comando da política inglesa;

b) possibilitar uma gigantesca reforma agrária que abriu caminho ao

capitalismo britânico;

c) assentar as bases da hegemonia marítima e comercial e comercial

inglesa, a partir dos Atos de Navegações;

d) econômicas mercantilistas; suprimir os últimos remanescentes

feudais e eliminar as formas político-

e) instaurar a liberdade de consciência e estabelecer as bases do

sistema parlamentar

07 - (FGV-1980) A crescente força do Parlamento na Inglaterra e o

conseqüente declínio do poder real foi resultado de uma série de

conflitos entre “parlamentares” e “realistas”.Os eventos mais

nessa sequência de conflitos foram:

a) a Guerra Civil (1642/49) e a Revolução Gloriosa (1688/89);

b) o enforcamento de Carlos II e o levante irlandês;

c) o enforcamento de Jaime II e a guerra com a Escócia;

d) a Restauração (1660) e o enforcamento de Carlos II;

e) a execução de Guilherme de Orange e a Restauração (1660).

08 - (UnB-DF-1980) O Iluminismo, que representou uma profunda

transformação no campo da economia, das Ciências e da política,

pregava:

a) o Liberalismo, que defendia o Absolutismo, mas defendia também

os direitos do homem;

b) o Liberalismo Econômico, que protegia a liberdade do Estado em

produzir, comprar e vender;

c) a Democracia, que apoiava a autonomia do povo na organização do

governo;

d) nenhuma das alternativas são corretas.

09 - (MACKENZIE-1980) A filosofia do Iluminismo, erigiu-se sobre

certo número de concepções fundamentais, sobressaindo-se

entre elas:

a) a Razão é o único guia infalível da sabedoria;

b) o Universo é uma máquina governada por leis inflexíveis que o

homem não pode desprezar;

c)a melhor estrutura da sociedade é a mais simples e a mais natural;

d) o homem não é congenitamente depravado, mas levado a cometer

atos de crueldade e baixeza;

e) todas as alternativas são corretas.

10 - (UGF-1974) A Revolução Industrial significou uma

transformação nas técnicas e nos instrumentos de trabalho,que

consistiu:

a) na substituição do escravo pelo servo;

b) na substituição do escravo pelo homem livre;

c) na produção baseada na máquina, em substituição à ferramenta;

d) no aperfeiçoamento do sistema artesanal;

e) aplicação do espírito criativo ao sistema de produção.

11 - (PUC, 1970) Um dos principais fatores que conduziram à

independência dos EUA foi:

a) a concorrência mercantil na área do Caribe desenvolvida pelo

comercio norte-americano em oposição à Inglaterra;

b) a necessidade de romper o monopólio comercial que a Inglaterra

exercia sobre os produtos agrários do sul dos Estados Unidos;

c) o lançamento sistemático de tributos por parte da Inglaterra, sem

anuência da população norte-americana;

d) a tentativa inglesa de impedir o desenvolvimento de relações

comerciais diretas entre os E.U.A e a França, o que levou esta auxiliar

militarmente os E.U.A na Guerra da Independência;

e) o processamento da Revolução Industrial nos E.U.A, o que

contrariava interesses ingleses.

12 - (PUC,1976) O processo da emancipação das Treze Colônias

Inglesas da América do Norte, na segunda metade do século

XVIII, é denominado de Revolução Americana por muitos

historiadores porque:

a) representou o fim do Antigo Regime político, social e econômico

naquela parte do continente americano;

b) rompeu o Pacto Colonial mercantilista e lançou as bases de uma

sociedade liberal e de tendências democráticas;

c) foi primeira etapa das Revoluções Liberais que a partir dali iriam

propagar-se pela Europa e pelo resto do mundo;

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268

d) assinalou o inicio de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho

assalariado, livre das instituições feudais;

e) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria,

pouco depois, a Revolução Francesa.

13 - (FIB-1973) A Revolução Francesa foi da maior importância

para as transformações políticas e sociais do século XIX.Assinale

a proposição falsa:

a) pelas influências nos movimentos de independência latino-

americana;

b) pela difusão dos ideais republicanos na Europa e América;

c) pelo auxilio francês aos Estados Unidos durante a Guerra de

Independência;

d) pela influência nos movimentos pró-independência no Brasil;

e) pela queda da Monarquia Absoluta e expansão napoleônica.

14 - (UGF,1973) A Revolução Francesa começou:

a) pela convocação dos Estados Gerais;

b) com a tomada da Bastilha;

c) com a condenação de Luís XVI;

d) implantando-se o Terror;

e) com o estabelecimento da Convenção Nacional.

15 - Durante a Revolução Francesa, o Período Napoleônico pode

ser caracterizado:

a) como a fase de consolidação da instituições burguesas;

b) pela vitoria dos princípios de Montesquieu, evidenciada na

promulgação da Constituição do Ano VIII (1799) e na Constituição do

Ano XII (1804), estabelecendo, respectivamente, o Consulado e o

Império;

c) pela sucessão de coligações européias, organizadas pela Inglaterra

com a adesão das Monarquias Absolutas continentais e explicadas

unicamente pelo temor às ambições de Napoleão;

d) pelo início de um governo autoritário que se manteve no poder

exclusivamente pelo apoio do exército;

e) pela decretação do Bloqueio Continental visando levar a Inglaterra

à ruína e ressaltar o gênio militar de Napoleão.

16 - (CESGRANARIO-1975) Após o Congresso de Viena, em 1815,

teve lugar a chamada Política de Intervenção, liderada por

Metternich, cujos instrumentos, político e ideológico, eram,

respectivamente:

1) a Quádrupla Aliança;

2) o Pacto Chaumont;

3) o Tratado de Paris;

4) o Tratado de Viena;

5) a Santa Aliança;

a) 1 e 5 c) 3 e 5 e) 2 e 5

b) 2 e 4 d) 1 e 3

17 - (PUC-1979) As Revoluções de 1830/2 e 1848/50, na Europa

Centro-Ocidental, constituíram um sério golpe na política

intervencionista, contra-revolucionária, preconizada pelo

chanceler austríaco Metternich, desde o Congresso de Viena, em

1815. A derrota dessa política é bem simbolizada pela fuga do

próprio Metternich, em 1848, em condições dramáticas, quando

Viena foi o palco de uma Revolução Liberal. As proposições que

se seguem apontam para alguns dos marcos que assinalam o

avanço do liberalismo entre 1815 e 1850, a despeito da Política de

Intervenção, com exceção de:

a) a ascensão da burguesia ao poder, na França, após as jornadas de

julho de 1830, pondo fim à Restauração aristocrática de 1815;

b) a independência nacional belga e a instalação de uma Monarquia

Constitucional, após a vitoria do levante de 1830 contra os holandeses;

c) o estabelecimento de regimes constitucionais em vários Estados da

Alemanha, inclusive na Prússia;

d) a afirmação do Piemonte, Monarquia liberal, como líder do

Nacionalismo italiano, mesmo derrotado pela Áustria;

e) o reconhecimento das reivindicações nacionais e liberais dos povos

eslavos submetidos à dominação germânica (Viena) e magiar

(Budapest);

18 - (FGV-1980) A intensa participação britânica nos assuntos

latinos-americanos, inclusive no seu processo de independência,

em fins do século XVIII e inícios do século XIX pode ser

constatada:

a) pelo auxílio naval fornecido a San Martin para o ataque a Santiago,

Antofagasta e Quito;

b) pela ocupação britânica da região norte do Chile, que possibilitou a

tomada do poder por um chileno de origem britânica: Bernardo

O‟Higgins;

c) pelos resultados do Congresso de Viena que, entre outras coisas,

estabeleceu que a América Latina estaria dentro da área de influencia

britânica;

d) pelo apoio britânico a certos movimentos de libertação, como os do

Haiti e México;

e) pela invasão britânica de Buenos Aires em 1808, bem como pelo

veto britânico às pretensões da Santa America Látina.

19 - (CESGRANRIO-1978) Os diferentes processos de

independência, vividos pelas colônias inglesas, espanholas e

portuguesas, atestam as diversas transformações econômicas

experimentadas por cada uma dessas metrópoles. Assinale a

alternativa que NÃO reproduz a idéia contida no texto acima:

a) à Inglaterra não mais interessava a vigência do Antigo Sistema

Colonial, já que o desenvolvimento de sua industrialização esbarrava

nas restrições mercantilistas das outras metrópoles;

b) a rigidez da administração espanhola, ao afastar do poder os

“criollos”, isto é, os proprietários nativos das minas e “haciendas”, isto

é, os proprietários nativos das minas e “haciendas”, fez com que os

Cabilos

c) as colônia inglesas da America do Norte esperavam conseguir a sua

independência após o terminio da Guerra dos Sete Anos, mas foi essa

guerra que, depauperando os cofres ingleses, ampliou os interesses

metropolitanos sobre aquela região, provocando conflitos;

d) a independência do Brasil, em 1822, tem sua explicação na

assinatura dos Tratados de “Aliança e Amizade” e “De Comercio e

Navegação”, em 1810,que fizeram de Portugal um vassalo do

capitalismo inglês;

e) as colônias ibéricas não puderam impedir, quando sua emancipação

a permanência dos laços de dependência econômica agora redefinidos

pela emergência do capitalismo na Inglaterra.

20 - (UGF-1977) Já nas primeiras décadas do século XIX, a

Inglaterra insinuou-se na America Latina.Participou das lutas de

Independência dos países desta parte do continente americano e

na consolidação dos Estados Nacionais.Nesse processo de

penetração, papel de destaque foi exercido, exceto:

a) pelos empréstimos efetuados mediante elevadas taxas de juro;

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269

b) pelos comercio com base abundancia de capitais, experiência e

vinculações mercantis;

c) pelos avultados investimentos aplicados em serviços públicos;

d) pelos grupos financeiros britânicos favoráveis ao protecionismo

econômico;

e) pelas expedições cientificas realizadas pelos súditos ingleses.

21 - (UGF-1997) O colonialismo europeu do século XIX diverge do

tipo de colonialismo desenvolvido principalmente por Portugal e

Espanha do século XVI. Dentre os objetivos principais desse novo

colonialismo do século XIX, temos:

a) busca de metais preciosos, principalmente nas Américas e

formação de grandes contingentes populacionais nas colônias;

b) necessidade de mercados produtores de açúcar e fumo para

abastecer as metrópoles;

c) busca de mercados consumidores de bens de produção europeus,

para desenvolver o parque industrial colonial;

d) busca de mercados consumidores de produtos industrializados, com

possibilidade de receber rentáveis investimentos de capitais;

e) motivos de ordem religiosa e cultural, que foram as molas

propulsoras de todo o colonialismo europeu.

22 - (FIB-1979) Um dos objetivos do colonialismo e do

imperialismo, intensificados com o capitalismo monopolista e

financeiro, foi:

a) civilizar sociedades primitivas da África, da Ásia e da América

Latina, beneficiadas com a ação humanitária dos representantes de

sociedades brancas evoluídas;

b) controlar áreas de colocação de capitais excedentes, sem excluir

outros interesses econômicos e políticos;

c) converter ao Cristianismo sociedades pagãs, livrando-as de práticas

de canibalismo e de sacrifícios humanos;

d) demonstrar a superioridade do homem branco, comprovando na

pratica as teorias cientificas e metafísicas;

e) utilizar em beneficio da Humanidade as riquezas inexploradas

existentes em territórios de sociedades ignorantes.

23 - (CESGRANRIO-1976) Na África do Sul, a presença inglesa,

localizada nas colônias do Cabo e de Natal, cresceu desde o

inicio do século XIX, deslocando-se os “boers” para o nordeste,

criando as Republicas de Orange e Transvaal. O inicio, em 1899,

de uma longa e difícil guerra entre os ingleses e os “boers”, foi

motivado:

a) pelo problema da utilização da mão-de-obra africana pelos “boers”;

b) pela descoberta das grandes minas de ouro e diamantes no

Transvaal;

c) pelo projeto inglês de unir o Cabo ao Cairo, o qual atravessa os

territórios “boers”;

d) pela penetração alemã nas Republicas “boers”, dado o apoio que

recebiam estas do “Kaiser” Guilherme III;

e) pela criação da União Sul-Africana, pelas autoridades londrinas.

24 - (UFMG) O período compreendido entre a abdicação de Dom

Pedro I e o Golpe da Maioridade propiciou.

a) O fortalecimento do exército, que adquire, a partir de então,

preponderante papel político.

b) O acirramento das posições relativas ao centralismo e

descentralismo político-administrativo.

c) A participação efetiva da Igreja nas questões relativas ao sistema

escravocrata.

d) A conciliação, a nível político, dos partidos Liberal e Conservador.

e) A formação dos primeiros núcleos de propaganda do Partido

Republicano.

25 - (CARLOS CHAGAS-BA)

I. Após a renúncia de Pedro I (1831), o regime político e a ordem

social não são afetados em face da continuidade do poder em

Pedro I que assume imediatamente o governo.

II. O Ato Adicional de 1834, instrumento de conciliação e fator de

equilíbrio entre as forças políticas, aboliu o Conselho do Estado,

principal órgão de assessoria do imperador.

III. Feíjó, na Regência Una (1835/37), conseguiu restaurar o equilíbrio

social, pacificando o país.

Assinale:

a) Somente a proposição I é correta.

b) Somente a proposição II é correta.

c) Somente a proposição III é correta.

d) São corretas as proposições I e II.

e) São corretas as proposições II e III.

26 - (OSEC-SP) Relativamente à Proclamação da República,

podemos dizer que.

a) Está ligada ao desenvolvimento da lavoura cafeeira.

b) Relaciona-se com a abolição dos escravos.

c) Relaciona-se com a difusão das idéias positivistas.

d) As alternativas a e b são únicas corretas.

e) As alternativas a, b e c são únicas corretas.

27 - (OSEC-SP) O Período Regencial constituiu-se num dos mais

agitados da História do Brasil. Entre as revoltas ocorridas nesse

período está a Sabinada, que pretendia.

a) Estabelecer a República de Piratini no Rio Grande do Sul.

b) Estabelecer um governo republicano liberal em Pernambuco.

c) A abdicação de Dom Pedro I.

d) Estabelecer uma República Provisória na Bahia durante a minoria

de Dom Pedro II.

e) Conseguir a maioridade de Dom Pedro II para pôr fim às regências.

28 - (FATEC-SP) O Ato Adicional de 1834 foi concebido como um

instrumento conciliador e como fator de equilíbrio entre as

principais forças políticas da época. Na ocasião foram votadas

algumas modificações à constituição de 1824, com exceção de:

a) a transformação da Regência Trina em Regência Una.

b) a abolição do Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do

imperador.

c) o fim da vitaliciedade do Senado.

d) a transformação da cidade do Rio de Janeiro em município neutro.

e) o fim dos conselhos de províncias, que cederiam lugar às

assembléias legislativas.

29 - (MACKENZIE) O parlamento às avessas, os partidos de elite e

a "eleição do cacete" marcaram a atuação política dos grandes

proprietários do Segundo Reinado, que tinham por objetivo.

a) Garantir o Império centralizador e escravocrata.

b) Difundir idéias liberais e democráticas.

c) Integrar as várias camadas sociais no processo político.

d) Modernizar a estrutura agroexportadora do país.

e) Romper com dependência externa e o alinhamento com a

Inglaterra.

30 - (MACKENZIE) "Nada mais conservador que um liberal no

poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição..."

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270

(Oliveira Viana). A interpretação correta do trecho anterior,

referente aos partidos políticos do Segundo Reinado, seria.

a) Buscavam integrar as massa no processo político.

b) Combatiam a estrutura escravista de produção.

c) Separavam-se por profundas diferenças ideológicas.

d) Representavam facções da classe proprietária, buscando apenas o

exercício do poder.

e) Distinguiam-se por expressarem o pensamento de setores sociais

diferentes da população.

31 - (CARLOS CHAGAS-BA) 1850, com a Lei Eusébio de Queirós,

assinala importante fato, que teve como uma de suas

consequências imediatas.

a) A crise de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em

desenvolvimento.

b) A decadência da exploração da mineração em Minas Gerais.

c) O fracasso da expansão da agricultura de cana-de-açúcar.

d) A maior penetração do gado bovino na região sanfranciscana.

e) O aumento de imigrantes europeus para a recém-criada indústria.

32 - (UFES) Os anos 70 do século XIX marcaram a aceleração no

processo de desagregação do regime monárquico no Brasil. As

modificações sociais e econômicas que se avolumaram a partir

do ano de 1850, com a abolição do tráfico negreiro, se fizeram

sentir de maneira acentuada na vida política nacional. Vários

fatores acabaram por criar condições para mudanças nesse

sistema político, tais como:

I - A itinerância do café, deixando o vale do Paraíba e buscando o

oeste paulista.

II - A imigração européia, especialmente a alemã e a italiana.

III - O processo crescente de urbanização.

IV - O crescimento das estradas de ferro.

V - Novas idéias surgidas no seio do exército.

Assinale:

a) se apenas a alternativa V estiver correta.

b) se apenas a alternativa II estiver correta.

c) se apenas a alternativa IV estiver correta.

d) se apenas as alternativas III e IV estiverem corretas.

e) se todas as alternativas estiverem corretas.

33 - (SANTA CASA-SP) O Manifesto Republicano de 1870 recebeu

críticas de vários setores brasileiros em virtude de ter.

a) Ignorado a questão da centralização federativa.

b) Defendido apenas os interesses dos fazendeiros de café.

c) Sido omisso no tocante ao problema da escravidão.

d) Atacado a ideologia positivista da oficialidade do exército.

e) Baseado sue conteúdo na Constituição Americana.

34 - (FATEC-SP) Na segunda fase do Segundo Reinado, considera

a fase do apogeu, ocorreu no Brasil um surto de crescimento das

atividades econômicas. Assinale, entre as alternativas a seguir, a

que corresponde aos principais fatores que contribuíram para

esse desenvolvimento.

a) Investimentos particulares nos estaleiros, valorização da mão-de-

obra negra e desenvolvimento do café.

b) Alta das cotações do café, extinção do tráfico negreiro e política

protecionista.

c) Alta das cotações do café, construção de estradas de ferro

facilitando as comunicações e o incentivo ao comércio negreiro.

d) Valorização da mão-de-obra do imigrante, extinção de taxas

alfandegárias e construção de estradas de ferro e de rodagem.

e) A vinda de imigrantes, a extinção do tráfico negreiro e a proibição da

exportação do ouro.

35 - (MACKENZIE) O declínio da monarquia e a propagação dos

ideais republicanos, no final do século passado, ligam-se, sem

dúvida, aos efeitos que a Guerra do Paraguai nos deixou como

herança. Isto porque.

a) A vitória da Tríplice Aliança sobre o Paraguai implicou enormes

prejuízos no campo diplomático, sobretudo em relação à Inglaterra.

b) A guerra acelerou as contradições internas, abalando a mais sólida

base da monarquia - a escravidão - e fazendo emergir um exército

com consciência de seu poder.

c) A derrota brasileira obrigou a monarquia a concessões territoriais

que abalaram a economia.

d) Os partidos conservadores do Império opunham-se à guerra e

defendiam a mudança das estruturas sociais internas.

e) Embora nossa situação econômica se consolidasse com a guerra, a

monarquia não logrou reconciliar as duas facções de nossa política na

época, o Partido Liberal e o Conservador.

36 - (UFMG) Qual a afirmação CERTA em relação à Revolução

Praieira, ocorrida na província de Pernambuco (1848-1850)?

a) Foi um movimento antilusitano que procurava a derrubada da

Regência através do Partido da Ordem.

b) Defendia primordialmente o comércio a nível nacional para

desenvolver a economia de trocas da província.

c) Pretendia a expropriação dos senhores da terra para a proclamação

de uma república independente.

d) Foi um movimento popular que visava a reformas sociais,

principalmente a nacionalização do comércio e a desapropriação dos

engenhos.

e) Tinha um cunho nitidamente republicano como os demais

movimentos de oposição à ordem imperial.

37 - (PUC-SP) A partir de 1870, a Campanha Abolicionista ganhou

força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos, tais

como.

a) A necessidade de mecanização da agricultura nordestina,

principalmente a de cana-de-açúcar, base das exportações.

b) A indefinição dos programas dos partidos políticos, tanto liberais

quanto conservadores.

c) A noção de escravo como um bem, que exigia a indenização para

os proprietários de escravos.

d) A reação do proletariado urbano pelo temor da concorrência no

mercado de trabalho.

e) A falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o

artístico.

38 - (PUC-SP) "Por subir Pedrinho ao trono / Não fique o povo

contente. / Não pode ser boa coisa / Servindo com a mesma

gente." (Manifestação popular, Pernambuco, 1840.) A referência

popular à Declaração da Maioridade exprimia.

a) A necessidade de garantir a monarquia mesmo contra a vontade

popular.

b) O desejo de mudança radical quanto às relações província-governo

central.

c) O repúdio à presença dos portugueses-reinóis no governo imperial.

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271

d) A crítica à conciliação entre liberais e conservadores, para reforçar

seus interesses.

e) As idéias separatistas e nacionalistas reinantes em Pernambuco.

39 - (PUC-SP) A abdicação de Dom Pedro I pôs fim ao Primeiro

Reinado e proporcionou as condições para a consolidação da

independência nacional, uma vez que.

a) As lutas das várias facções políticas se resolveram com a vitória dos

exaltados sobre os moderados.

b) As rebeliões anteriores à abdicação possuíam nítido caráter

reivindicatório de classe.

c) O governo do príncipe não passou de um período de transição em

que a reação portuguesa, apoiada no absolutismo do soberano, se

conservou no poder.

d) As propostas do partido brasileiro contavam com o apoio unânime

dos deputados à Assembléia Constituinte de 1823.

e) As disputas entre conservadores e liberais representaram diferentes

concepções sobre a forma de organizar a vida econômica do país.

40 - (UFBA)

I - A camada dominante na sociedade do Brasil Império compunha-se

de senhores rurais e altos comerciantes.

II - Durante o Período Regencial, a elite dominante brasileira esteve

dividida em facções que lutavam pelo controle do poder.

III - No Segundo Império brasileiro, liberais e conservadores

representavam igualmente os interesses e privilégios da elite

dominante.

a) I é correta.

b) II é correta.

c) I e III são corretas.

d) II e III são corretas.

e) I, II e III são corretas.

41 - (UFU) "Os reflexos da lei do tráfico negreiro (1850) são

transcendentes para a vida econômica do país, modificando, em parte,

sua fisionomia. O país dispunha de poucos capitais que se investiam,

até então, principalmente no tráfico negreiro. Proibido esse comércio, o

capital que se mantém no Brasil fica sem aplicação. É certo que esse

capital pode ser conservado no comércio interno de escravos, mas a

maior parte tem que tomar outro rumo. O espírito empresarial pode

encaminhá-lo, então, para empreendimentos novos e úteis; abrem-se

fábricas, constroem-se estradas de ferro, criam-se bancos e

companhias de todo tipo."

O texto acima afirma que, com a abolição do tráfico negreiro:

a) Abrem-se possibilidades para o comércio interno de escravos.

b) Desenvolve-se o interesse dos empresários estrangeiros pelo país.

c) Inicia-se um surto de novos empreendimentos industriais e

comercias.

d) Começa um vigoroso movimento de capitais estrangeiros para

dentro do país.

e) Instaura-se a economia baseada no trabalho livre.

42 - (OSEC-SP) Foram causas da Proclamação da República.

a) A incapacidade da monarquia em atender às exigências de

descentralização e autonomia, reclamadas pelo núcleo mais dinâmico

da economia: o Oeste Paulista.

b) O não-reconhecimento da monarquia à importância do exército, que

se sentia desprestigiado enquanto instituição.

c) A identificação da monarquia com a instituição da escravidão,

revelada pelas medidas protelatórias tomadas para alongar sua vida.

d) A existência de um difuso sentimento republicano, alimentado pelo

caráter exótico da monarquia brasileira, única em toda a América.

e) Todas as alternativas estão corretas.

43 - (UFPE) A Independência do Brasil despertou interesses

conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual

das alternativas apresenta esses conflitos?

a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se

chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros,

subordinados à hegemonia da Inglaterra.

b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na

liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.

c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do

mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.

d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o

"partido português" e o "partido brasileiro" , levando as Províncias do

Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por

unanimidade, a independência.

e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os

absolutistas lutaram lado a lado pela independência, não deixando que

as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.

44 - (UFPE) Aós a Guerra do Paraguai, os temas mais polêmicos

debatidos no parlamento brasileiro eram a(s):

a) abolição da escravidão e a nova estratégia militar para a ocupação

do Paraguai e Uruguai;

b) abolição da escravidão e a legitimidade do poder absoluto do

imperador;

c) Lei do Ventre Livre e o novo liberalismo econômico;

d) abolição do Tráfico Negreiro e a propaganda republicana;

e) Leis do Sexagenário e do 13 de maio, e o Positivismo.

45 - (UFPE) Examine detidamente o quadro a seguir sobre a

população do Brasil no século XIX.

Anos População

Livre População

Escrava Total

% População Escrava

1850 5.520.000 2.500.000 8.020.000 31

1872 8.429.672 1.510.806 9.930.478 15

1887 13.278.816 723.419 14.002.235 5

Assinale a alternativa que caracteriza o fim do regime escravista.

a) A escravidão já estava condenada moralmente. O ato da Princesa

Isabel foi apenas a confirmação do seu espírito humanista.

b) Os republicanos defendiam uma abolição gradual da escravidão. Os

números contidos nesses quadro indicam a coincidência entre a

decadência do regime escravista e a proclamação da república.

c) Os números apontam para uma decadência desse modo de

produção. Os proprietários de terras e escravos já duvidavam de sua

eficácia.

d) A Lei do Ventre-livre, aprovada em 28 de setembro de 1871, é

responsável pela diminuição da população escrava, no país.

e) A Lei do Sexagenário, promulgada a 28 de setembro de 1885,

libertou a maior parcela de escravo, pondo fim a esse regime.

46 - (UFPE) Assinale a alternativa que define o papel da "abertura

dos portos" no processo de descolonização.

a) A abertura dos portos às nações amigas anulou a política

mercantilista desenvolvida por Portugal, junto à sua antiga colônia na

América, tornando-a de imediato independente.

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272

b) As novas condições criadas pela Revolução Industrial na Inglaterra

e, conseqüentemente, o controle que este país exercia sobre o

comércio internacional e os transportes marítimos, não permitiam a

Portugal, seu antigo aliado, exercer o pacto colonial.

c) A política de portos abertos na América era muito importante para

as colônias e negativa para as metrópoles.

d) A abertura dos portos possibilitou ao BRASIL negociar livremente

com todas as nações, inclusive com a França.

e) Através da abertura dos portos, o BRASIL pôde definir uma política

protecionista de comércio à sua nascente indústria naval.

47 - (FESP) A crise do sistema colonial foi marcada no Brasil por

contestações diversas que comprovam as aspirações de

liberdade do nosso povo. Entre as revoltas podemos destacar as

Conjurações Mineira e Baiana que tiveram em comum:

1. O fundamento ideológico apoiado nos princípios do Iluminismo e de

Revolução Francesa.

2. A proposta de extinção dos privilégios de classe ou cor, abolindo a

escravidão.

3. A inquietação e revolta pela eminente cobrança de impostos em

atraso.

4. A discriminação social evidenciada na aplicação da justiça.

5. A numerosa participação popular caracterizada pela presença de

negros e mulatos.

Assinale a opção correta:

a) 1 e 3

b) 2 e 4

c) 3 e 5

d) 1 e 4

e) 2 e 5

48 - (UFF) "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho,

porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar

fazenda." (Antonil. Cultura e Opulência do Brasil, 1711, Livro I,

Capítulo, IX).

Assinale a opção que, baseada na citação do jesuíta Antonil,

justifica corretamente os fundamentos da sociedade colonial.

a) A sociedade colonial se resumia ao mundo da casa-grande e da

senzala, espaços fundamentais de um mundo rural mediado pelos

engenhos açucareiros.

b) O ideal de sociedade colonial, segundo os inacianos, era o de uma

sociedade de missões, o que explica a crítica do jesuíta Antonil à

escravidão.

c) A estrutura social do Brasil Colônia era fundamentalmente

escravista, uma vez que os setores essenciais da economia colonial, a

exemplo da agro-manufatura do açúcar, dependiam do trabalho

escravo, sobretudo dos africanos.

d) A sociedade escravista erigida na Colônia sempre foi condenada

pelos jesuítas que, a exemplo de Antonil, desejavam ardorosamente

que índios e africanos se dedicassem ao mundo de Deus.

e) A sociedade colonial possuía duas classes, senhores e escravos,

pólos antagônicos do latifúndio ou da "fazenda" mencionada por

Antonil.

49 - (FUVEST) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se

essencialmente.

a) Por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador.

b) Pelo incentivos da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e

negros.

c) Por estar amplamente distribuída entre a população livre,

constituindo a base econômica da sociedade.

d) Por destinar os trabalhos mais penosos aos negros e os mais leves

aos índios.

e) Por impedir a imigração em massa de trabalhadores livres para o

Brasil.

50 - (CESGRANRIO) Assinale a opção cujo conteúdo está ligado à

concretização da emancipação política do Brasil, em 1822.

a) Reforço da política de monopólios adotada pelo governo de D. João

no Brasil.

b) Apoia do rei aos setores liberais da colônia, como no caso da

Revolução Pernambucana.

c) Política recolonizadora do Brasil adotada pela cortes portugueses.

d) Desdobramento da Revolução Liberal do Porto na colônia.

e) Reação das elites coloniais à permanência do Príncipe Herdeiro de

Portugal na colônia.

51 - (UFES) As críticas econômicas ao trabalho escravo e a esse

rentável comércio de seres humanos já eram apresentadas desde

o final do século XVIII e repercutiram na Inglaterra, onde, em 1807,

foi abolido o tráfico de escravos para as colônias britânicas. A

respeito da política antitráfico, enquanto processo de transição

para o trabalho livre no Brasil, pode-se afirmar que:

a) teve início a partir de exigências externas, com a assinatura dos

tratados de 1810 entre Portugal e Inglaterra e, após o "Bill Aberdeen",

culminou com a aprovação das Leis Eusébio de Queiroz e Nabuco de

Araújo.

b) se iniciou com as exigências apresentadas por Talleyrand, no

Congresso de Viena, para a instituição do Reino do Brasil.

c) teve início no Brasil como exigência dos fisiocratas, para o

desenvolvimento do mercado interno e da atividade manufatureira,

considerada como a única fonte produtora de riqueza.

d) foi introduzida no Brasil como tese econômica defendida pelo

romantismo revolucionário ou liberal, que se baseava em princípios

humanitários defendidos por Alves Branco, Eusébio de Queiroz,

Joaquim Nabuco e Castro Alves.

e) resultou na abolição do tráfico negreiro, graças à nova política

alfandegária formulada por Alves Branco, que sobretaxou o ingresso

de escravos, tornando o seu valor comercial excessivamente elevado.

52 - (PUC-MG) RESPONDA A QUESTÃO SEGUINTE COM BASE

NO ESQUEMA ABAIXO.

Refere-se à Revolução Pernambucana de 1817:

I. O objetivo dos rebeldes era proclamar uma república inspirada nos

ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade.

II. Os líderes do movimento foram condenados à morte por

enforcamento.

III. Os revoltosos, após matarem os chefes militares governamentais,

conquistaram o poder por 75 dias.

a) se apenas a afirmação I estiver correta.

b) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.

c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.

d) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmações estiverem corretas.

53 - (UFRN) As Conjurações Mineira e Baiana foram influenciadas

pelas idéias surgidas, no séc. XVIII, na Europa e nos Estados

Unidos. Identifique a opção em que as duas Conjurações estão

adequadamente caracterizadas.

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273

Conjuração Mineira Conjuração Baiana

a) participação significativa da elite branca de Minas Gerais

participação de pobres, negros e mulatos da população urbana de Salvador

b) participação significativa do clero e das camadas mais baixas da população

participação exclusiva das camadas populares

c) participação exclusiva das camadas populares

participação, na sua quase totalidade, de membros do clero

d) participação expressiva de populares articulados pela elite branca

participação significativa do alto clero, de intelectuais e de militares

54 - (UFMG) Assinale a alternativa que apresenta uma

transformação decorrente da vinda da família real para o Brasil.

a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado

pela dificuldade de intercâmbio com a França, país que era então

berço da cultura iluminista ocidental.

b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do

mercado interno, devido ao aumento significativo das exportações

provocado pela Abertura dosPortos.

c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos

urbanos da região centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela

Corte e imitados pela população.

d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio,

decorrente da aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas

nos Tratados de Amizade e Comércio.

e) Todas as alternativas estão corretas

55 - (PUC-RS) A partir do século XVIII, o sistema colonial

português entra em sua fase final, devido a uma série de

modificações ocorridas, tanto na Colônia quanto em nível

externo.

Sobre as causas da crise do sistema colonial, relacionar os fatos

da coluna da esquerda com seu respectivo significado na coluna

da direita.

1 - Inconfidência Mineira

( ) força o retorno da família real a Portugal e tenta recolonizar o Brasil.

2 - Abertura dos portos às nações amigas

( ) determina a equiparação jurídica entre Brasil e Portugal, o que foi feito pelo Congresso de Viena.

3 - Elevação do Brasil a Reino-Unido de Portugal e Algarves

( ) defende idéias de liberdade e de República, contra a opressão fiscal exercida pela Coroa Portuguesa.

4 - Revolução Farroupilha

( ) propicia o rompimento do Pacto Colonial e o comércio direto entre o Brasil e outras nações, sobretudo a Inglaterra.

5 - Revolução do Porto

6 - Guerra de Canudos

A ordem correta dos números da coluna da direita, de cima para baixo,

é

a) 5 - 3 - 1 - 2

b) 5 - 3 - 2 - 1

c) 6 - 4 - 1 - 2

d) 4 - 2 - 1 - 6

e) 3 - 5 - 2 – 1

56 - (PUC-RS) A respeito da figura abaixo, pode-se afirmar que se

refere

a) à Revolução Farroupilha e aos seus ideais separatistas, como se

pode inferir do lema "LIBERDADE, AINDA QUE TARDE".

b) à Inconfidência Mineira e aos seus ideais de liberdade e de

independência, representados na bandeira que virou símbolo dos

inconfidentes.

c) aos movimentos bandeirantes, que buscavam romper as estreitas

fronteiras da colônia, penetrando no interior do território brasileiro.

d) à Guerra Guaranítica, pela qual os índios missioneiros buscavam a

libertação do domínio jesuítico, sendo conhecida pelo grito de guerra

de Sepé Tiaraju: "LIBERDADE, AINDA QUE TARDE".

e) à Confederação do Equador, movimento que lutava pela libertação

deste país do domínio brasileiro, como o lema acima deixa claro.

57 - (PUC-RS) Responder à questão com base no mapa abaixo,

sobre a criação de gado no período colonial brasileiro.

A partir da observação do mapa, pode-se concluir que

a) a criação de gado era atividade exclusiva das regiões litorâneas do

Brasil, sendo esse levado para a feira de Sorocaba, de onde partia

para o mercado externo, grande consumidor de charque e couro.

b) a criação de gado se concentrava no norte do Brasil, devido à

inadequação do solo e do clima desta região para o cultivo da cana-

de-açúcar, não havendo integração com as demais áreas coloniais.

c) a região Sul do Brasil tinha na criação de gado uma importante fonte

de renda, e levava seus derivados para serem comercializados na feira

de Sorocaba, proporcionando uma integração econômica com a região

mineradora.

d) a pecuária só se desenvolveu no Brasil colonial em função do ciclo

canavieiro, tendo por único objetivo abastecer de carne e couro a

população litorânea, carente destes produtos.

e) o gado criado no Rio Grande do Sul não tinha boa aceitação no

mercado interno colonial, por seu alto custo, devido à enorme distância

que separava o sul do sudeste minerador, além da concorrência da

carne estrangeira, de melhor qualidade.

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274

58 - (PUC-RJ) No que se refere às singularidades da sociedade

francesa do chamado Antigo Regime, são corretas as afirmações

abaixo, com EXCEÇÃO de:

a) Os membros da Igreja Católica, em especial, o alto clero,

desfrutavam de cargos e posições sociais que os aproximavam, em

importância, da nobreza de Corte.

b) As hierarquias sociais eram atenuadas pelas possibilidades de

mobilidade vertical e horizontal, fundamentadas por valores de

exaltação do mérito pessoal e do desempenho intelectual ou

econômico.

c) o exercício da representatividade política baseava-se na

organização estamental e viabilizava, na prática, a força decisória do

primeiro e segundo estados dentro dos Estados Gerais.

d) A condição de nascimento era um dos critérios centrais para a

determinação de identidades e influências, interferindo diretamente na

manutenção dos privilégios da nobreza, bem como nas divisões

internas a este grupo.

e) Na classificação jurídico-política, os grupos burgueses, com

destaque para os comerciantes e financistas, compunham, a despeito

de suas riquezas e propriedades juntamente com os camponeses e

sans-cullotes, o chamado Terceiro Estado.

59 - (PUC-RJ) Leia o testemunho de Baxter, puritano inglês:

"Uma grande parte dos cavaleiros e gentil-homens de Inglaterra (...)

aderira ao rei [Carlos I, 1625-1649]. (...) Do lado do Parlamento

estavam uma pequena parte da pequena nobreza de muitos dos

condados e a maior parte dos comerciantes e proprietários,

especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico

de tecidos e de manufaturas desse tipo. (...) Os proprietários e

comerciantes são a força da religião e do civismo no país; e os gentil-

homens, os pedintes e os arrendatários servis são a força da

iniquidade." (Adaptado de: Christopher Hill. A Revolução Inglesa de

1640.)

O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e

políticas que caracterizaram a Revolução Puritana, na Inglaterra,

entre 1642 e 1649. Dentre as afirmativas abaixo, assinale a única

que NÃO apresenta de modo correto uma característica dessa

revolução:

a) Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano,

contribuindo para a afirmação das prerrogativas e interesses dos

grupos que apoiavam o fortalecimento das atribuições do Parlamento.

b) Ela inseriu-se no conjunto de conflitos civis europeus, da primeira

metade do século XVII, marcadamente caracterizados pela

superposição entre identidade política e identidade religiosa.

c) Ela ocasionou uma sangrenta guerra civil, estimuladora, entre outros

aspectos, da proliferação de seitas não-conformistas, profundamente

condenadas e reprimidas pelos puritanos mais moderados.

d) Ela estimulou a crescente aplicação de concepções liberais,

defendidas em especial pelos comerciantes, particularmente no que se

referia às relações mercantis com os colonos da América.

e) Ela representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do

absolutismo monárquico na Europa, simbolizado não só pelo

julgamento, mas, principalmente, pela decapitação do monarca Carlos

I.

60 (PUC-MG) A inauguração da produção industrial no século

XVIII, na Inglaterra, modifica a face da sociedade porque,

EXCETO:

a) transfere o controle da produção das mãos do trabalhador para as

mãos do empresário capitalista.

b) subordina as regras do mercado ao crescente volume da produção

mecanizada.

c) modifica o conceito de consumo, ampliando-o para muito além das

necessidades básicas.

d) propicia a formação de cidades industriais, superando o caráter rural

das sociedades.

e) transforma o trabalhador num ser submisso e alienado,

inviabilizando as organizações de classe.

61 - (PUC-MT) O princípio de que "os fins justificam os meios"

adapta-se à filosofia política de:

a) Thomas Morus.

b) Montaigne.

c) Maquiavel.

d) Calvino.

e) Erasmo de Rotterdam.

62 - (PUC-SP) Na discussão com o Parlamento inglês sobre as

Leis do Açúcar e do Selo (1764-65), os colonos ingleses da

América baseavam sua argumentação para recusar as medidas:

a) Nos prejuízos financeiros advindos do bloqueio aos produtos das

Antilhas.

b) Nos direitos naturais do cidadão à vida, à propriedade e à busca da

felicidade.

c) No fato de não estarem representados na assembléia que votou as

taxas.

d) No princípio de insenção de taxas concedido pela Coroa aos

colonos.

e) No direito inalienável dos súditos ingleses se recusarem a obedecer

leis injustas.

63 - (FUVEST) Os conflitos entre os colonos americanos e a

Inglaterra, que desencadearam a Guerra da Independência dos

Estados Unidos, originaram-se de divergências sobre as

seguintes questões:

a) Direito dos colonos de organizarem milícias; a extinção das

atividades agrícolas no sul; criação de escolas.

b) Liberdade de comércio; representação colonial no Parlamento;

legalidade na cobrança de impostos.

c) Direito do Parlamento de legislar sobre as colônias; importação das

manufaturas inglesas; liberdade de culto.

d) Imigração estrangeira; nomeação governadores; extinção das

assembléias coloniais.

e) Desenvolvimento das manufaturas coloniais; sucessão do trono

inglês; pagamento da dívida da Guerra dos Sete Anos.

64 - (SANTA CASA-SP) As grandes revoluções (Revolução

Americana, 1776; Revolução Francesa, 1789) do século XVIII

refletem, em parte, algumas idéias dos filósofos da Ilustração,

podendo-se destacar entre outras a que:

a) Acentuou que o Estado não possui poder ilimitado, o qual nada mais

é que a somatória do poder dos membros da sociedade.

b) Procurou salientar que a sociedade industrial somente se

desenvolverá a partir de minucioso planejamento econômico.

c) Mostrou que, sem centralização e dependência dos poderes ao

Executivo, não há paz social.

d) Visou defender a tese de que apenas a federalização política é

compatível com a democracia orgânica.

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e) Apontou a necessidade de limitar a liberdade individual, para

impedir que o seu excesso degenere em anarquismo.

65 - (PUC-CAMP) Sabe-se que os filósofos iluministas, com suas

idéias, abriram cominho para a Revolução Francesa. Estes

pensadores, no geral,

a) pregavam a necessidade de uma explicação de caráter místico e

espiritualista para a existência humana.

b) apesar de considerarem que as desigualdades, eram provocadas

pela sociedade e que os homens eram iguais perante a natureza, não

conseguiram contribuir para que os privilégios existentes na sociedade

francesa fossem abolidos.

c) confundiam-se, em muitos casos, com os déspotas esclarecidos,

como Frederico II, da Prússia e José II, da Áustria.

d) destacavam-se por buscar uma explicação racional para todas as

coisas, considerando também que as desigualdades eram provocadas

pela sociedade e que os homens eram iguais perante a natureza.

e) eram contra os privilégios da nobreza, porém justificavam como

necessários os privilégios vivenciados pelos clero.

66 - (CESGRANRIO) Sobre as relações entre o Iluminismo e os

déspotas esclarecidos podemos afirmar que:

a) Estes soberanos não concordavam com nenhuma das idéias

defendidas pelos filósofos iluministas.

b) Utilizaram integralmente todas as novas idéias defendidas pelos

filósofos iluministas.

c) Para modernizarem os seus Estados, utilizaram-se dos princípios

iluministas que não eram incompatíveis com o seu poder absoluto.

d) Usaram principalmente as idéias dos iluministas Maquiavel e

Hobbes.

e) Utilizaram-se exclusivamente das idéias de Rousseau.

67 - (UFG) O Iluminismo como movimento intelectual do século

XVIII, representou:

a) As idéias revolucionárias da burguesia.

b) O renascer do pensamento clássico grego-romano.,

c) A revolução ideológica da aristocracia.

d) A expansão do pensamento religioso.

e) O fortalecimento do estado absolutista.

68 - (UFF) "Consideramos evidentes as seguintes verdades: que todos

os homens foram criados iguais; que receberam de seu Criador certos

direitos inalienáveis; que entre eles estão os direitos à vida, à liberdade

e à busca da felicidade." (Declaração de independência dos Estados

Unidos da América, 2 de julho de 1776.)

Esta passagem denota:

a) O desejo do Congresso Continental de delegados das Treze

Colônias no sentido de empreender reformas profundas na sociedade

do novo país.

b) A utilização de categorias do Direito Natural Racional, no contexto

das idéias do iluminismo.

c) Que o Congresso Continental, apesar de rebelde à Inglaterra,

permanecia fiel ao ideário do absolutismo, pois deste emanavam os

ideais que defendia.

d) Influência das reformas empreendidas no século XVIII pelos

chamados "déspotas esclarecidos" da Europa.

e) Que os delegados das Treze Colônias tinham uma concepção

ingênua e equivocada das sociedades humanas.

69 - (FUVEST-SP) A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em

Pernambuco em 1710, deveu-se:

a) ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição

aos colonizadores portugueses.

b)ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados

pelos portugueses.

c) ao choque entre os comerciantes portugueses do Recife e a

aristocracia rural de Olinda, pelo controle da mão-de-obra escrava.

d) ao choque entre os comerciantes portugueses do Recife e a

aristocracia rural de Olinda, cujas ralações comerciais eram,

respectivamente, de credores e devedores.

e) e uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram

chamados depreciativamente mascates.

70 - (UFSCAR)- O português no Brasil teve de mudar quase

radicalmente o seu sistema de alimentação, cuja base se deslocou,

com sensível déficit, do trigo para a mandioca; e o seu sistema de

lavoura, que as condições físicas e químicas de solo, tanto quanto as

de temperatura ou de clima, não permitiam fosse o mesmo doce

trabalho das terras portuguesas. A esse respeito o colonizador inglês

dos Estados Unidos levou sobre o português do Brasil decidida

vantagem, ali encontrando condições de vida física e fontes de

nutrição semelhantes as da mãe-pátria. (FREIRE, Gilberto. Casa-

grande & senzala, 1933.)

Segundo o texto, o autor

a) prefere as condições naturais oferecidas pela Europa.

b) atribui importância às trocas culturais entre a Europa e a América o

Sul.

c) valoriza os elementos geográficos das terras brasileiras.

d) defende a cultura indígena norte-americana como mais original.

e) acredita que o português teve mais vantagens que o inglês diante

da adversidade geográfica americana.

71 - (FUVEST) - Nas reivindicações dos movimentos políticos que

levaram a independência dos países da América Espanhola,

encontram-se alguns traços comuns. Entre eles, a

a) proposta de igualdade social e étnica.

b) proposição de aliança com a Franca revolucionaria.

c) defesa da liberdade de comercio.

d) adoção do voto universal masculino.

e) decisão de separar o Estado da Igreja.

72 - (UFSCAR-2007) - É prova de mendicidade extrema não ter um

escravo; é indispensável ter ao menos dois negros para carregarem

uma cadeira ricamente ornada e um criado para acompanhar este

trem. Quem saísse à rua sem esta corte de africanos estaria seguro de

passar por um homem abjeto e de economia sórdida. (LISBOA, Jose

da Silva. Carta, 1781.)

Considerando o texto, e correto afirmar que a escravidão

a) impunha um modo de vida de trabalho para ricos e pobres.

b) expressava a decadência moral dos brasileiros.

c) contrastava com a riqueza das elites portuguesas.

d) moldava as relações sociais e econômicas no Brasil.

e) barrava o desenvolvimento dos transportes.

73 - (UFSCAR-2007)- O comercio da Bahia e muito ativo; esta cidade

serve de entreposto para os produtos do sertão, que por ela se

exportam para as diversas partes do mundo; motivo pelo qual se

encontram em seu porto navios de todas as nacionalidades. (...) Os

habitantes das costas vizinhas trazem todos os produtos de suas

plantações para a capital, a fim de trocá-los por mercadorias de

diversos países. Essas trocas constantes e ativas rapidamente fizeram

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da Bahia uma importante cidade, que parece exceder de muito, em

tamanho, o Rio de Janeiro. (Príncipe Maximiliano Wied Neuwvied.

Viagem ao Brasil, 1820.)

O acontecimento histórico que está diretamente ligado ao

contexto descrito pelo autor foi:

a) a Revolta dos Males.

b) a independência dos Estados Unidos.

c) o fim do Bloqueio Continental.

d) a elevação de Salvador a capital da Colônia.

e) a abertura dos portos brasileiros as nações estrangeiras.

74 - (FUVEST) - Em novembro de 1807, a família real portuguesa

deixou Lisboa e, em marco de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O

acontecimento pode ser visto como

a) incapacidade dos Braganca de resistirem à pressão da Espanha

para impedir a anexação de Portugal.

b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-

mãe, Dona Maria I.

c) execução de um velho projeto de mudança do centro politico do

Império português, invocado em épocas de crise.

d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de

Portugal com relação à guerra anglo-francesa.

e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então

primeiro cônsul da Franca.

75 – (VASSOURAS) - «Manufaturas bem protegidas, mas livres de

toda regulamentação autoritária das fabricações e das técnicas, uma

marinha poderosa, instituições parlamentares e politicas favorecendo

confronto de interesses, a Inglaterra estava pronta para a aventura

industrial», no final do século XVII.

Assinale a alternativa correta sobre o mercantilismo.

a) Como as demais políticas mercantilistas, a britânica foi um entrave

ao desenvolvimento, pois não prescindiu das barreiras, aduanas e

restrições, embora mais brandas.

b) Nem sempre o mercantilismo e nem todas as praticas mercantilistas

travam a economia, pois, na Inglaterra, a combinação de liberdade,

controle e incentivo legal contribuíram para a acumulação de capital.

c) A critica fisiocrática, por ser exercida no século XVIII, apresenta o

mercantilismo como uma pratica nociva ao desenvolvimento da

economia agrícola, mas benéfica para a indústria.

d) Na Inglaterra, foi sempre o Parlamento o controlador da economia;

por isso, lá praticamente inexistiu o mercantilismo.

e) A burguesia britânica, objetivando o desenvolvimento manufatureiro

e industrial, rejeitou qualquer intervenção do Estado na economia, ate

o século XVIII.

76 - (UERJ) Nós, habitantes da paróquia de Longeley, abaixo-

assinados, tendo-nos reunido em virtude das ordens do rei, dia 6 do

presente mês de maio de 1789, resolvemos o que se segue:

Pedimos que todos os privilégios sejam abolidos.

Declaramos que se alguém merece ter privilégios e gozar isenções,

são estes, sem contradição, os habitantes do campo, pois são mais

úteis ao Estado, porque por seu trabalho o fazem viver”. (Caderno de

súplicas para os Estados Gerais).

Esta reivindicação dos camponeses francesa às vésperas da

eclosão da Revolução Francesa traduzida um desejo comum aos

demais membros do Terceiro Estado, a saber:

a) a convocação dos Estados Gerais para dar solução à crise

financeira.

b) a formação de uma democracia rural, composta de camponeses

autônomos.

c) a supressão de uma ordem social baseada no privilegio e na

sociedade estamental.

d) o advento de uma sociedade igualitária com o estabelecimento do

sufrágio universal.

e) a distinção da sociedade fundamentada na proposta de cidadãos

ativos e cidadãos passivos.

77 - (UECE) - As transformações implementadas nos

estabelecimentos industriais na atualidade nos mostram a

diminuição cada vez maior do numero de trabalhadores nas

fabricas. As maquinas substituem o trabalho dos homens. A

introdução das máquinas nas fabricas, no entanto, foi

questionada pelos primeiros trabalhadores industriais, no inicio

do século XIX, inclusive através da destruição de máquinas, o

chamado Luddismo. Esta reação acontecia por que:

a) o espírito tradicionalista dos trabalhadores ingleses, aliado à

violência destruidora dos trabalhadores não qualificados, não lhe

permitia compreender o progresso trazido pelas maquinas.

b) apesar do crescente desemprego, a introdução das maquinas era

aceita pelos trabalhadores mais qualificados, que ganhavam mais com

o aumento da produtividade; a quebra de maquinas era comandada

por criminosos a serviço dos pequenos industriais, que não tinham

capital para incrementar a tecnologia.

c) nada do que os industriais implementavam era aceito pelos os

antigos artesões percebiam que determinadas maquinas

desqualificavam o seu trabalho, transformando o trabalhador, que

conhece todas as fases de produção de um objeto, em um operário,

que apenas sabe efetuar algumas tarefas simples com baixos salários

e sujeito ao desemprego.

d) trabalhadores porque havia um controle das antigas corporações

sobre os postos de trabalho e estas não queriam máquinas mais

modernas nas fábricas.

78 - (UFLA-2008) A história permite associar fastos históricos que

ocorrem em lugares e tempos diferentes, que ocorreram em lugares e

tempos diferentes, como, por exemplo, as Revoluções Francesa, de

1789, e Russa, de 1917.

Assinale a alternativa em que as correlações entre ambas as

Revoluções NÂO esta correta.

a) Na Revolução Francesa, as massas populares eram representadas

pelos Sans Culottes, que pertenciam aos Jacobinos e, na Revolução

Russa, eram os soviets. De trabalhadores, que pertenciam aos

bolcheviques.

b) Na Revolução Russa, as massas populares revoltaram-se, tomando

o poder da nobreza e da burguesia, a exemplo do “Terror Branco”

(1794-1795), na Revolução Francesa, e os acontecimentos de

dezembro de 1905 e janeiro de 1906, na Revolução Russa.

c) Na Revolução Francesa e na Revolução Russa, a situação das

massas era de extrema pobreza e miséria, devido à carestia dos

alimentos e da exploração por parte da aristocracia rural, parasitaria de

origem feudal.

d) Tanto na Revolução Francesa como na Revolução Russa, as

massas promoveram assassinatos de nobres, após assumirem o

poder.

79-(UEM PR) Durante o período colonial no Brasil, os conflitos

internos se manifestaram de forma generalizada, atingindo todos

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os setores da sociedade colonial. Além disso, as mudanças

administrativas introduzidas pela coroa portuguesa, visando

centralizar e controlar mais de perto a colônia americana

provocou disputas entre colonos e funcionários do governo, entre

bandeirantes e jesuítas, entre senhores de engenho e

comerciantes. Analise se é verdadeiro ou falso depois marque a

alternativa correta:

( )A "Revolta de Beckman", ocorrida entre 1684-85, no Maranhão, foi

conseqüência direta dos entraves criados pela exploração colonial,

que feriam os interesses dos proprietários das lavouras canavieiras, e

teve como objetivo a abolição do monopólio de comércio exercido por

Portugal.

( )As rebeliões coloniais, ocorridas a partir do século XVIII, adotaram

uma nova bandeira: a luta pela emancipação. Em Minas Gerais,

eclodiram dois movimentos representativos dessa nova reivindicação -

Revolta de Felipe dos Santos (1720) e Inconfidência Mineira (1789).

Ambos tiveram como características fundamentais, além do caráter

emancipatório, a intensa participação das camadas populares.

( )A Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco em 1710, deveu-

se ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a

aristocracia rural de Olinda cujas relações comerciais eram,

respectivamente, de credores e devedores.

A) VVV

B) VFV

C) FFF

80 (UFOP MG) Os movimento nativistas ocorridos no Brasil

Colonial foram movimentos de contestação à dominação da

metrópole portuguesa. Assinale a alternativa que contém três

movimentos nativistas ocorridos no final do período colonial.

a) Guerra dos Emboabas, Revolta de Felipe dos Santos e Guerra dos

Mascates

b) Grito do Ipiranga, a Balaiada e a Sabinada.

c) A Revolução Liberal de 1842, a Revolta dos Malês e a Proclamação

da República.

d) A Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates e a Revolução

Pernambucana de 1817.

81 Analise as afirmativas abaixo sobre a Inconfidência Mineira e, a

seguir, marque a alternativa correta:

I - Uma das suas causas foi a ameaça do fisco com pesados impostos

num ciclo econômico já em declínio.

II - Minas Gerais possuía uma das mais famosas elites intelectuais da

colônia, o que contribuiu para o movimento.

III - Houve influências das idéias iluministas que existiam na Europa.

A) somente a I está correta.

B) somente a I e a II estão corretas.

C) somente a II e a III estão corretas.

D) somente a I, II e a III estão corretas

82 (FATEC) A Conjura Baiana de 1798, conhecida também por

Revolução dos Alfaiates, foi a mais popular rebelião do período

colonial, entre outros motivos, por propor:

A) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia

Constitucional e a manutenção do pacto colonial;

B) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, o fim

da escravidão e a liberdade de comércio;

C) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia

Constitucional, a continuidade da escravidão e a liberdade de

comércio;

D) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, a

continuidade da escravidão e a manutenção das restrições ao

comércio

83 (FGV) Sobre a Inconfidência Mineira é correto afirmar:

A) Foi um movimento que contou com uma ampla participação de

homens livres não-proprietários e até mesmo de muitos escravos

negros.

B) O clero de Minas Gerais não teve nenhuma participação na

conspiração, que tinha uma forte conotação anti-eclesiástica;

C) Entre os planos unanimemente aprovados pelos conspiradores de

Minas estava a abolição da escravatura;

D) Entre os fatores que influenciaram os "inconfidentes" estavam as

"idéias francesas" (o Iluminismo, o Enciclopedismo) e a "justificação

pelo exemplo", da Independência Norte-Americana

84 (UNIFENAS) O ideário político de conteúdo liberal da

Inconfidência Mineira apresentava algumas contradições, dentre

elas:

A) manutenção do regime de trabalho escravo;

B) adoção de um regime político republicano;

C) estabelecimento de uma Universidade em Vila Rica;

D) separação e independência dos poderes executivo, legislativo e

judiciário

QUESTÕES DO ENEM

01 - Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com a

humanização e a mecanização do espaço geográfico ,uma

considerável mudança em termos de produtividade: Chegou-se,

recentemente, à constituição de um meio técnico-científico-

informacional,característico não apenas da vida urbana, mas

também do mundo rural, tanto nos países avançados como nas

regiões mais desenvolvidas dos países pobres. A modernização

da agricultura está associada ao desenvolvimento científico e

tecnológico do processo produtivo em diferentes países. Ao

considerar as novas:

a) introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento econômico

entre o campo e cidade,refletindo diretamente na humanização do

espaço geográfico nos países mais pobres.

b) tecnificação do espaço geográfico marca o modelo,produtivo dos

países ricos, uma vez que pretendem transferir gradativamente as

unidades industriaispara o espaço rural.

c) construção de uma infraestrutura científica e tecnológica promoveu

um conjunto de relações quegeraram novas interações socioespaciais

entre ocampo e a cidade.

d) aquisição de máquinas e implementos industriais, incorporados ao

campo, proporcionou o aumento da produtividade, libertando o campo

da subordinação à cidade.

e) incorporação de novos elementos produtivos oriundos da atividade

rural resultou em uma relação com a cadeia produtiva industrial,

subordinando a cidade ao campo.

02 - O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do

homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a

consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se

organizavam em uma classe específica,a classe operária,diferente da

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classe dos patrões (ou capitalistas). Arevolução Francesa lhes deu

confiança; a revolução industrial trouxe a necessidade da mobilização

permanente. (HOBSBAWN, E. A era das revoluções. São Paulo: Paz e

Terra, 1977)

No texto, analisa-se o impacto das revoluções Francesa e

Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a

“confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do

significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes,

a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela

Revolução Industrial, decorria da compreensão de que

a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente

esforço de qualificação para enfrentamento do desemprego.

b) a completa transformação da economia capitalista seria

fundamental para a emancipação dos operários.

c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as

possibilidades de ganho material para os operários.

d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para

aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.

e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada

com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.

03 - O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que, na

altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito

filhos, declarava que “ Todos os brasileiros se fizessem

franceses, para viverem em igualdade e abundância” O texto faz

referência à conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema

colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos

libertários ocorridos no Brasil por

a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade,

conforme proposto nos movimentos liberais da frança napoleônica.

b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram

os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico.

c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos

Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e

latifundiária.

d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que Sofrerá

influência direta da revolução Francesa propondo o sistema censitário

de votação.

e) defender um governo democrático que garantisse a participação

política das camadas populares, influenciado pelo ideário da

Revolução Francesa.

04 - Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados Como

sínteses das transformações que levaram à consolidação do

capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua

especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado.

Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização

da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de

beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de

ovelhas.Em segundo lugar,concentrou-se na inter-relação do campo

com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou á

liberação de mão de obra.

Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a

Revolução Industrial na Inglaterra foi o

a) aumento do consumo interno.

b) congelamento do salário mínimo.

c)fortalecimento dos sindicatos proletários.

d) enfraquecimento da burguesia industrial.

e) desmembramento das propriedades improdutivas.

05 - No século XX, o transporte rodoviário e a aviação civil aceleraram

o intercâmbio de pessoas e mercadorias, fazendo com que as

distâncias e a percepção subjetiva das mesmas se reduzissem

constantemente. É possível apontar uma tendência de universalização

em vários campos, por exemplo, na globalização da economia, no

armamentismo nuclear, na manipulação genética, entre outros.

Os impactos e efeitos dessa universalização, conforme descritos

no texto, podem ser analisados do ponto de vista moral o que

leva á defesa da criação de normas universais que estejam de

acordo com

a) os valores culturais praticados pelos diferentes povos em suas

tradições e costumes locais.

b) os pactos assinados pelos grandes líderes políticos, os quais

dispõem de condições para tomar decisões.

c) os sentimentos de respeito e fé no cumprimento de valores

religiosos relativos á justiça divina.

d) os sistemas políticos e seus processos consensuais e democráticos

de formação de normas gerais.

e) os imperativos técnico-científicos, que determinam com exatidão o

grau de justiça das normas.

06 - A evolução do processo de transformação de matérias primas em

produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e

maquinofatura.

Um desses estágios foi o artesanato, em que se

a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira

padronizada.

b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente

do modelo de produção em série.

c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento

das máquinas.

d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de

máquinas e trabalho assalariado.

e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes

com vistas a determinar o ritmo de produção.

07 - A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava

em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas

lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua

ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os

novos altos fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a

escravização do homem que seu poder. DEANE, P. A Revolucao

Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços

tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial

Inglesa e as características das cidades industriais no início do

século XIX?

a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava

as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa,

característica da nova sociedade capitalista.

b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava

a eficiência do trabalho industrial.

c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de

transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias

até as fábricas.

d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas

revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período,

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transformando as cidades em locais de experimentação estética e

artística.

e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava

o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas

condições de moradia, saúde e higiene.

08 - O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de

cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns

poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que,

por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e

ao roubo. (MAQUIAVEL, N. O Principe, São Paulo: Martin Claret,

2009.)

No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a

Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem

social, segundo esse autor, baseava-se na:

a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.

b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.

c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.

d) neutralidade diante da condenação dos servos.

e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

09 - Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra

pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos

deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à

desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade

pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa

companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o

espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo

encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do

homem. (HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT,

M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira

Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o

trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-

sociais envolvidos na Revolução Francesa?

a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo

francês como força política dominante.

b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta

burguesia.

c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram

as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.

d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os

intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.

e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas

populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.

10 - A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse

nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes

cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das

estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista,

protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos

ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas

urbanos. SANTOS M. A natureza do espaco: tecnica e tempo, razao

e emocao. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).

O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe

modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados

pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais

movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio

a) das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio

urbano.

b) das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e

culturais.

c) das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e

natureza.

d) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes.

e) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da

natureza.

11 - Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos

mantêm na miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas

roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar

do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso

suor — ah, que bebem vosso sangue? SHELLEY. Os homens da

Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. Historia da Riqueza do Homem. Rio

de Janeiro: Zahar, 1982.

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico

Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições

socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa

durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada

a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos

patrões.

b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços

nas indústrias.

c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.

d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.

e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.

12 - A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia,

mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido mais

lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a

harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:

http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que

propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas

nações integrantes da União Europeia?

a) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em

que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela

Primeira Guerra Mundial.

b) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem

sempre se coaduna os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.

c) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança

por Inglaterra e frança mesmo após décadas do final da segunda

guerra mundial.

d) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e

espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as

demais nações europeias.

e) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos

países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações

protestantes.

13

Ó sublime pergaminho

Libertação geral

A princesa chorou ao receber

A rosa de ouro papal

Uma chuva de flores cobriu o salão

E o negro jornalista

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280

De joelhos beijou a sua mão

Uma voz na varanda do paço ecoou:

―Meu Deus, meu Deus

Está extinta a escravidão‖

O Samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca

do fim da escravidão ainda viva em nossa memória, mas que não

encontra respaldo nos estudos históricos mais recentes. Nessa

concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como

a) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a

redução da jornada de trabalho.

b) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem

consideração pelas lutas de escravos e abolicionistas.

c) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável

pela otimização da inclusão social dos libertos.

d) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes

históricos envolvidos na questão: fazendeiros, governo e escravos.

e) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a

concretização de direitos civis e sociais para os negros.

14

A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos

urbanos no início do século XIX. Lembrando que as atividades

desempenhadas por esses trabalhadores eram diversas, os

escravos de aluguel representados na pintura

a) vendiam a produção da lavoura cafeeira para os moradores das

cidades.

b) trabalhavam nas casas de seus senhores e acompanhavam as

donzelas na rua.

c) realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento para os

seus senhores.

d) eram autônomos, sendo contratados por outros senhores para

realizarem atividades comerciais.

e) aguardavam a sua própria venda após desembarcarem no porto.

15 - Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela

sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava

fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base

tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não

conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes

para o Brasil, pois

a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político

de primeira ordem.

b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia

Platina.

c) concretizou a emancipação dos escravos negros.

d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.

e) solucionou a crise financeira,em razão das indenizações recebidas.

16

Sozinho vai descobrindo o caminho

O rádio fez assim com seu avô

Rodovia, hidrovia, ferrovia

E agora chegando a infovia

Para alegria de todo o interior

O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas centrais

da globalização, diretamente associada ao processo de:

a) evolução da tecnologia da informação.

b) expansão das empresas transnacionais.

c) ampliação dos protecionismos alfandegários.

d) expansão das áreas urbanas do interior.

e) evolução dos fluxos populacionais.

17 - Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama

fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido

ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo.

Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de

que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do

direito o seu ofício e transformou-se, em pouco tempo, em

proeminente advogado da causa abolicionista. AZEVEDO, E. O Orfeu

de carapinha. In: Revista de Historia. Ano 1, n.o 3. Rio de Janeiro:

Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).

A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda

metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais

condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama

exemplifica a

a) impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma

sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.

b) extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse

contexto e a utilização do Direito como canal de luta pela liberdade.

c) rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que

inviabilizava os mecanismos de ascensão social.

d) possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites

dominantes, a um mestiço filho de pai português.

e) troca de favores entre um representante negro e a elite agrária

escravista que outorgara o direito advocatício ao mesmo.

18 – Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica

de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados

encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar

brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república

que já se viu na América Latina, a do Paraguai. CHIAVENATTO, J. J.

Genocidio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo:

Brasiliense, 1979 (adaptado).

II - O imperialismo inglês, "destruindo o Paraguai, mantém o status quo

na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado

economicamente livre". Essa teoria conspiratória vai contra a realidade

dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem

alguma repercussão. (DORATIOTO. F. Maldita guerra: nova historia

da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).

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281

Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas

estão refletindo sobre

a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa

Guerra.

b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.

c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.

d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos

dessa Guerra.

e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino

durante o conflito.

19 - Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período

marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo

poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de

vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos

representavam também o protesto contra a centralização do governo.

Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o

surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era

fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.

O contexto do Período Regencial foi marcado:

a) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.

b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder

central.

c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam

melhores condições de vida.

d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão

social dos "barões do café".

e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que

exigiam o reforço de velhas realidades sociais.

20 – O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas

características de uma determinada corrente de pensamento.

Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos,se

é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a

ninguém sujeito,porque abrirá ele mão dessa liberdade,por que

abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de

qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que,embora no estado

de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e

está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo

todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior

parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça,o proveito da

propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito

arriscado. Essas circunstâncias obrigam – no a abandonar uma

condição que, embora livre,está cheia de temores e perigos

constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar- se

em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se,

para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bensa que

chamo de propriedade.(Os Pensadores.São Paulo, Nova

Cultural,1991.)

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma

tentativa de justificar:

a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.

b) a origem do governo como uma propriedade do rei.

c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza

humana.

d) a origem do governo como uma proteção à vida,aos bens e aos

direitos.

e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da

propriedade.

QUESTÕES SUBJETIVAS

01 - (UFBA-2008) Considerando os conhecimentos sobre a Idade

Moderna, identifique dois componentes econômicos

responsáveis, nesse período, pela articulação entre os mundos

Europeu, Afro-Asiático e Novo Mundo.

02 - (UFBA-2008) O fenômeno do capitalismo industrial –

neocolonialismo – do séc. XIX, provocou profundas mudanças

nas estruturas das áreas dominadas. Com relação a esse fato,

identifique e explique duas dessas mudanças,

03 - (UFBA-2008) De acordo com os conhecimentos sobre o

capitalismo, indique três mudanças socioeconômicas ocorridas

na sociedade ocidental, decorrentes da instalação do capitalismo

industrial, no séc. XIX.

04 - (UFBA-2008) Por que Tiradentes foi o único executado?

05 - (Unicamp-SP) A execução de Tiradentes teve um sentindo bem

mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição

exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os “crimes” foram

práticos, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de

apagar a memória do “criminoso” e reavivar a memória da punição de

seus crimes. Por essas praticas, afirmava-se o poder do soberano e

incutia-se temor em seus súditos. (Adaptado da serie Registros,

n.15,DPH,1992.)

a) Por que as reivindicações dos participantes da Conjuração

Mineira foram consideradas “crismes”, em 1789?

b) O que quer dizer castigo exemplar?

06 - Por que abertura dos portos foi fundamental para atender às

necessidades e conveniências da Corte portuguesa no Brasil?

07 - (VUNESP) “Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são

patentes os reiterados perjuros do Imperador, e está conhecida nossa

ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em

sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As

constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para

os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasileiros, trataremos de

constituir-nos de modo análogo as luzes do século em que vivemos

(...), desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na

encanecida Europa”. (Manifesto dos revolucionários da Confederação

do Equador, 1824).

Com base no texto, indique:

a) o tipo de governo qualificado como “defeituoso”

b) o sistema de governo proposto pelos revoltosos.

08 - (UNESP-1992) "Na busca de soluções para superar crises, os

europeus provocaram a desintegração gradativa da ordem feudal e

abriram caminhos para a consolidação de um novo modo de

produção."

Procure esclarecer a histórica solução encontrada pelos ingleses,

a partir da segunda metade do Século XVII, através das

denominadas Revoluções Burguesas.

09 - (UNICAMP-1995) Para os pensadores do século XVII,

precursores do Iluminismo, a busca do conhecimento deveria ser

guiada pela razão.

a) Aponte três características do pensamento científico do século XVII.

b) Cite dois precursores do Iluminismo.

10 - (UNICAMP-1995) Comentando a Guerra dos Emboabas (1709),

o historiador Antônio Sérgio escreveu:

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282

"Cedo no Brasil se buscaram as minas. Para isso se organizavam

expedições (bandeiras) que se internavam pelo sertão. Enfim, a

descoberta fez-se e a notícia atraiu muita gente. Os habitantes de São

Paulo consideravam como inimigos todos os que pretendiam, como

eles, enriquecer com o ouro". (adaptado de Antônio Sérgio, BREVE

INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL)

a) Quem eram os emboabas e por que os paulistas entraram em

guerra contra eles?

b) Explique as transformações econômicas que a mineração provocou

no Brasil.

11 - (UNESP-1995) Durante a Revolução Francesa, na fase da

Convenção Nacional, destacou-se, como líder revolucionário,

Robespierre. Este assumiu a defesa do ideal democrático e se

manifestou nestes termos:

"Nos Estados aristocráticos a palavra pátria tem sentido unicamente

para as famílias aristocráticas, isto é, para os que se apoderaram da

soberania. Somente na democracia o Estado é realmente a pátria de

todos os indivíduos que o compõem e pode contar com um número de

defensores, preocupados pela sua causa, tão grande quanto o número

de seus cidadãos."

Apoiando-se no texto e aplicando seus conhecimentos:

a) Dê o nome do agrupamento político que Robespierre liderou nos

momentos decisivos da Revolução.

b) Copie o trecho do documento anterior que melhor corresponde à

teoria da vontade geral e indique o nome do filósofo mentor desta

teoria.

12 - (UFPR-1995) Em 1806 o imperador Napoleão Bonaparte

decretou o chamado Bloqueio Continental. Explique as

motivações desse ato e indique suas repercussões.

13 - (FUVEST-1997) Que relação há entre as guerras napoleônicas

e os movimentos de independência da América Espanhola?

14 - (FUVEST-1993) "As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias

inglesas. A cada porta as palavras SUPERFINO DE LONDRES saltam

aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas,

acima de tudo, ferragens de Birmigham, podem ser obtidas nas lojas

do Brasil a um preço um pouco mais alto do que em nossa terra."

Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro foi feita por Mary

Graham, uma inglesa que veio ao Brasil em 1821.

a) Como se explica a grande quantidade de produtos ingleses à venda

no Brasil desde 1808, e sobretudo depois de 1810?

b) Quais os privilégios que os produtos ingleses tinham nas alfândegas

brasileiras?

15 - (UNICAMP-1991) Caio Prado Júnior, falecido em novembro de

1990, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros deste

século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, de

1942, escreveu:

"O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por esses

acontecimentos relevantes que são a transferência da sede da

monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da

emancipação política do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em

nossa evolução e inicia em todos os terrenos, social, político e

econômico, uma fase nova."

Para cada um dos "terrenos" mencionados por Caio Prado Jr. ("social,

político e econômico") indique e analise uma transformação importante

ocorrida no século XIX.

16 - (UFES-2000) Mil pormenores da vida cotidiana mostrariam

facilmente como as vantagens políticas concedidas aos negros se

revelaram vãs. Os direitos políticos foram contornados e o negro

mantido em seu "lugar inferior". Tanto assim que ele não deixou o

Sul... (BRAUDEL, Fernand. "Gramática das civilizações". São Paulo:

Martins Fontes, 1989, p. 431.)

Esse quadro delineia-se nos Estados Unidos da América após a

Guerra da Secessão (1861-1865), que colocou em conflito os

estados americanos do Sul e do Norte. Explique a questão da

escravidão como uma das causas do conflito.

17 - (FUVEST-1987) A colonização inglesa na América foi marcada

por sensíveis diferenças entre o norte e o sul. Caracterize essas

diferenças no que se refere ao trabalho compulsório e aos

aspectos econômicos.

18 - (UNICAMP-1994) "Dois partidos lutam hoje em nossa pátria: o

Restaurador e o Moderado. O primeiro foi leal ao monarca que

abdicou e defende os inquestionáveis direitos do Sr. Pedro II. O

segundo é partidário do sistema republicano e quer reduzir o

Brasil a inúmeras Repúblicas 'fracas' e 'pequenas', e assim seus

membros poderiam tornar-se seus futuros ditadores." (Adaptado

do jornal O CARAMURU de 12 de abril de 1832, citado por Arnaldo

Contier, Imprensa e Ideologia em São Paulo, 1979)

A partir do texto, responda:

a) Em que período da história política do Brasil o texto foi escrito?

b) Qual o regime político defendido pelos partidos citados no texto?

c) Quais são as críticas que o jornal O CARAMURU faz ao Partido

Moderado?

19 - (UNICAMP-1995) As palavras a seguir foram ditas por um

diplomata inglês, no século passado:

"Nossas colônias não têm mais escravos. Por que outras áreas

tropicais haverão de ter? Estamos montando negócios na África. Por

que continuar com o tráfico negreiro, que tira nossa mão de obra de

lá? Além disso, nem a servidão nem a escravidão cabem mais no

mundo de hoje. Viva o trabalho assalariado! E que os salários sejam

gastos na compra das nossas mercadorias."

a) De acordo com esse diplomata, que interesses teria a Inglaterra em

acabar com o tráfico de escravos e com a escravidão?

b) No Brasil, que outros motivos levaram à abolição da escravidão?

20 - (FUVEST-1993) Sobre o fim da escravidão no Brasil,

diferencie a ação do Estado da ação dos escravos e dos

abolicionistas.