absolutismo inglês e revoluções inglesas

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16/04/2012 1 Absolutismo Inglês Revoluções Inglesas Prof. Jorge Miklos Abril/2012 Absolutismo DEFINIÇÃO Absolutismo: absoluta concentração de poderes políticos nas mãos dos monarcas europeus, durante a Idade Moderna, que comandam seus Estados sem qualquer interferência. Absolutismo As monarquias nacionais europeias nasceram no final da Idade Média, graças à aliança estabelecida entre rei e a burguesia e, a partir de então, os reis ampliaram seus poderes, monopolizando o governo.

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A Europa do século XVIII assistiu à derrocada da estrutura do Antigo Regime, cujo episódio derradeiro foi a Revolução Francesa. Antes, porém, ainda durante o século XVII as bases do Antigo Regime foram duramente atingidas pelas críticas contra o Absolutismo que, na Inglaterra foi eliminado depois de um processo revolucionário.

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Absolutismo Inglês Revoluções Inglesas

Prof. Jorge Miklos

Abril/2012

Absolutismo

• DEFINIÇÃO

• Absolutismo: absoluta concentração de poderes políticos nas mãos dos monarcas europeus, durante a Idade Moderna, que comandam seus Estados sem qualquer interferência.

Absolutismo

• As monarquias nacionais europeias nasceram no final da Idade Média, graças à aliança estabelecida entre rei e a burguesia e, a partir de então, os reis ampliaram seus poderes, monopolizando o governo.

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Absolutismo

Absolutismo

• Os monarcas absolutistas europeus controlavam o exército (permanente e profissional), a cobrança de tributos e a justiça dos seus reinos.

• Controlavam, portanto, um grande e oneroso aparelho de Estado que demandava recursos constantes para seu sustento.

Absolutismo

TEORIAS ABSOLUTISTAS

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Absolutismo

• No início da Idade Moderna, alguns pensadores dedicaram-se a justificar os poderes absolutos dos reis, dentre os quais se destacaram:

Nicolau Maquiavel

• Italiano (Florença

• Escreveu O Príncipe

• Considerado o pai da Teoria Política Moderna

• “Os fins justificam os meios”

Thomas Hobbes

• Pensador inglês

• Escreveu “O Leviatã”

• “O homem é o lobo do homem”

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Jacques Bossuet • Pensador Francês

• Escreveu “A política inspirada nas Sagradas Escrituras”

• “O trono de um rei não é o trono de um homem mas o trono de Deus na terra”

ABSOLUTISMO INGLÊS

Henrique VIIIHenrique VIII

• Rompeu com a Igreja Católica

• Fundou a Igreja Anglicana

• Fortaleceu o Absolutismo

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Absolutismo Inglês

• Seu filho, Eduardo VI (1547-1553), teve um reinado curto e foi substituído pela meia-irmã, Maria Tudor, ou Maria Sangüinária, católica famosa pelas perseguições que impôs aos protestantes.

Maria I (18 de Fevereiro 1516 - 17 de Novembro 1558) foi Rainha de Inglaterra e da Irlanda, da casa de Tudor, desde 19 de Julho de 1553 até à sua morte. É lembrada pela sua tentativa de restabelecer o Catolicismo como religião oficial, depois do movimento protestante iniciado nos reinados anteriores. Para tal mandou perseguir e executar cerca de 300 alegados heréticos, o que lhe valeu o cognome Bloody Mary (Maria, a Sanguinária).

Elizabeth I (7 de setembro de 1533 — 24 de março de 1603), também conhecida no Brasil sob a variante Elisabete I, e em Portugal como Isabel I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess.

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Absolutismo Inglês

• Além disso, foi responsável pela implantação de uma agressiva política mercantilista, buscando aumentar o poderio da Inglaterra nos mares:

• favoreceu o comércio inglês,

• estimulou a pirataria e a construção naval, obtendo incalculáveis recursos para o tesouro real.

• Procurou ainda dar início à colonização inglesa na América do Norte, fundando a Colônia da Virgínia.

• Derrotou a Invencível Armada da Espanha

Quadro de 1588 comemorativo da vitória sobre a Armada Espanhola (vista ao fundo).

"sei que tenho o corpo de uma mulher fraca e

frágil; mas tenho também o

coração e o estômago de um rei - e de um rei de Inglaterra!".

Revoluções Inglesas

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Revoluções Inglesas

A DINASTIA STUART

Revoluções Inglesas

• Os reis da dinastia Stuart, Jaime I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649), tentaram dar continuidade ao absolutismo de seus antecessores.

• As alterações socioeconômicas por que passara a Inglaterra ao longo do século XVI, porém, impediram-nos de concretizar plenamente seu objetivo.

Jaime I • perseguiu violentamente

católicos e calvinistas

• adotou uma política fiscal e tributária de péssimas repercussões: criou novos impostos e aumentou os existentes.

• Como o Parlamento negou-se a colaborar com o monarca foi por ele dissolvido em 1614, assim permanecendo até 1621.

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Carlos I

– procurou manter a concentração absoluta de poderes herdada dos Tudor.

– Procurou negociar com o Parlamento a aprovação de novos impostos e, em 1628, conseguiu novas fontes de recursos.

– Para isso, porém, teve que jurar a Petição de Direitos que previa o fim das prisões arbitrárias e da imposição de tributos ilegais.

Revoluções Inglesas

• O fechamento do Parlamento em 1640, gerou uma violenta reação por parte dos setores anti-absolutistas da sociedade inglesa que passaram a enfrentar o rei, primeiro criticando, mas depois pegando em armas, originando uma guerra civil.

Guerra Civil

• O conflito armado entre adeptos do absolutismo monárquico (chamados cavaleiros) e seus opositores (conhecidos como cabeças redondas e liderados por Oliver Cromwell) iniciou-se em 1642.

• Os cabeças redondas melhor organizados e mais disciplinados venceram, aprisionaram e executaram o rei e instauraram o regime republicano na Inglaterra, em 1649.

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Revoluções Inglesas

A REPÚBLICA PURITANA (1649-1658)

Revoluções Inglesas

• Em 1651, Cromwell instituiu os Atos de Navegação, determinando que todas as mercadorias que entrassem ou saíssem dos portos ingleses deveriam ser transportadas por navios ingleses. Assim, o governante procurava fortalecer a construção naval no país e o comércio externo da Inglaterra, obtendo a supremacia naval inglesa.

• Tal ato, porém, desagradou enormemente os holandeses que detinham a hegemonia marítima até então.

• A guerra entre Holanda e Inglaterra foi inevitável e terminou com uma importante vitória inglesa, a qual se tornou a primeira potência naval europeia e mundial.

Revoluções Inglesas

A RESTAURAÇÃO STUART E A REVOLUÇÃO GLORIOSA

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Revoluções Inglesas

• Em 1660, diante da instabilidade do governo de Ricardo Cromwell, o Parlamento foi reconvocado e reinstituiu a Monarquia na Inglaterra, coroando Carlos II (1660-1685).

• Este monarca, educado na França durante o período republicano e simpatizante do catolicismo e do absolutismo, promoveu uma política de aproximação com aquele país e com Roma.

Revoluções Inglesas

• A morte de Carlos II fez subir ao trono inglês o já idoso Jaime II (1685-1688).

• Católico convicto e declarado, o novo monarca ameaçou restabelecer o catolicismo como religião oficial na Inglaterra, almejando, assim, restaurar o Absolutismo e reduzir a influência política da nobreza anglicana e da burguesia monopolista.

Revoluções Inglesas

• Diante da ameaça católica e absolutista, o Parlamento inglês ofereceu, em 1688, a Coroa britânica a Guilherme de Orange.

• Este, por seu turno, era também herdeiro do trono holandês e, para assumir o trono inglês, abdicou da sucessão holandesa.

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Revoluções Inglesas

• Além disso, teve que jurar o Bill of Rights (Declaração de Direitos) que estabelecia as bases da monarquia parlamentar na Inglaterra:

• o Parlamento era responsável pela aprovação ou não de impostos, garantia-se a liberdade individual aos cidadãos e a propriedade privada, o poder seria dividido em executivo, legislativo e judiciário.

Referências

• ANDERSON, Perry. O Estado Absolutista no Ocidente. In: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1989.

• FLORENZANO, Modesto. As revoluções burguesas. 12. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.

• HILL, C. Uma revolução burguesa? In: Revista Brasileira de História, n. 7, p. 7-32, 1984.

• STONE, Lawrence. La Revolución Inglesa. In: VVAA; Revoluciones y rebeliones de la Europa moderna. Madrid: Alianza, 1978.

• TREVOR-ROPER, H. R. Religião, Reforma e transformação social. Lisboa, Presença/Martins Fontes, 1972.