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Alunos: Carlos Mororó Thiago Galvão JOHN LOCKE O LIBERALISMO ECONÔMICO AS REVOLUÇÕES INGLESAS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS TEORIAS POLÍTICAS CLÁSSICAS

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Page 1: Alunos: Carlos Mororó Thiago Galvão JOHN LOCKE O LIBERALISMO ECONÔMICO AS REVOLUÇÕES INGLESAS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE

Alunos:Carlos MororóThiago Galvão

JOHN LOCKE O LIBERALISMO ECONÔMICO AS REVOLUÇÕES INGLESAS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAISTEORIAS POLÍTICAS CLÁSSICAS

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- Locke nasceu em 29 de agosto de 1632 no seio de uma família burguesa da cidade de Bristol e morreu em 28 de outubro de 1704 na cidade de Harlow.

JOHN LOCKE

- Em 1652 foi estudar em Oxford, formando-se em medicina e tornando-se professor.

- Em 1666 foi requisitado como médico e conselheiro do Lorde Shaftesbury, destacado político liberal, líder dos whigs e opositor do rei Carlos II no parlamento.

- Shaftesbury foi mentor político de Locke exercendo grande influência em sua formação liberal.

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- Além de defensor da liberdade e da tolerância religiosas, Locke é considerado fundador do empirismo, doutrina segundo a qual todo conhecimento deriva da experiência .

JOHN LOCKE

- Como filósofo, é conhecido pela teoria da tábula rasa do conhecimento (obra: Ensaio sobre o conhecimento humano).

- Trata-se de uma crítica à doutrina da ideias inatas, formulada por Platão e retomada por Descartes = Ideias, princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.

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AS REVOLUÇÕES INGLESAS

- O século XVII foi marcado pelo antagonismo entre a Coroa e o Parlamento, controlados, respectivamente, pela dinastia Stuart defensora do absolutismo, e a burguesia ascendente, partidária do liberalismo.

- A crise político-religiosa foi agravada pela rivalidade econômica entre os beneficiários dos privilégios e monopólios mercantilistas concedidos pelo Estado e os setores que advogam a liberdade de comércio e de produção.- Em 1640, o confronto entre o rei Carlos I e o Parlamento gerou uma sangrenta guerra civil que terminou em 1649 com a vitória das forças parlamentares = A Revolução Puritana = execução de Carlos I e implantação da república na Inglaterra.

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AS REVOLUÇÕES INGLESAS

- O Protetorado de Cromwell, apoiado no exército e na burguesia puritana, transformou a Inglaterra numa grande potência naval e comercial.

- Durante a Restauração (1660 – 88), o conflito entre a Coroa e o Parlamento foi reativado, que se opunha à política pró-católica e pró-francesa dos Stuart.

- Em 1660 a morte do Lorde Protetor envolveu o país numa crise política cuja solução, para evitar uma nova guerra civil, foi a Restauração da monarquia e o retorno dos Stuart ao trono inglês.

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AS REVOLUÇÕES INGLESAS

- Em 1680, no reinado de Carlos II, o Parlamento se dividiu em dois partidos, os Tories (conservadores) e os Whigs (liberais).

- A crise da Restauração ocorreu no reinado de Jaime II, soberano católico e absolutista. Os abusos reais levaram à união dos Tories e Whigs que, aliando-se a Guilherme de Orange, chefe de Estado da Holanda e genro de Jaime II, organizaram uma conspiração contra o monarca “papista”.

- A Revolução Gloriosa (1688) assinalou o triunfo do liberalismo político sobre o absolutismo e, com a aprovação do Bill of Rights em 1689, assegurou a supremacia legal do Parlamento sobre a realeza e instituiu na Inglaterra uma monarquia limitada.

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• O Primeiro tratado

OS DOIS TRATADOS SOBRE O GOVERNO CIVIL

- Refutação do Patriarca, obra de Robert Filmer

- Critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas.

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OS DOIS TRATADOS SOBRE O GOVERNO CIVIL

• O Segundo tratado

- Um ensaio sobre a origem, extensão e objetivo do governo civil;

- Todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais: direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos, os homens haviam criado governos que se desrespeitassem esses direitos o povo podia se revoltar contra eles e não eram obrigadas a aceitar suas decisões.

- Marco na história do pensamento político e com grande influência sobre as revoluções liberais da época moderna;

- Considerado por Norberto Bobbio como a primeira e mais completa formulação do Estado liberal.

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• O estado de natureza

O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

- Hobbes, Rousseau e Locke = representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais

- Situação real e historicamente determinada pela qual passara a maior parte da humanidade e na qual ainda encontravam-se alguns povos

- Difere do estado de guerra Hobbesiano, pois trata-se de um estado de relativa paz, concórdia e harmonia

- O modelo jusnaturalista de Locke é semelhante ao de Hobbes: ambos partem do estado de natureza que, pela mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• A teoria da propriedade

- A teoria da propriedade de Locke é muito inovadora para sua época e difere bastante da de Hobbes

- Para Locke, ao contrário de Hobbes, a propriedade já existe no estado de natureza e, sendo uma instituição anterior à sociedade, é um direito natural do individuo que não pode ser violado pelo Estado.

- O homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e se seu trabalho.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• O contrato social

- O estado de natureza não está isento de inconvenientes como a violação da propriedade (vida, liberdade e bens) devido a falta de leis e juiz imparcial.

- O contrato de Locke não se assemelha ao contrato de Hobbes.

- É a necessidade de superar esses inconvenientes, segundo Locke, que leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si um contrato social, que realiza a passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• O contrato social

- O contrato de Locke não se assemelha ao contrato de Hobbes.

- Para Locke, trata-se de uma pacto de consentimento em que os homens concordam livremente em formar a sociedade civil para preservar e consolidar os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• A sociedade política ou civil

- A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil se opera quando, através do contrato social, os indivíduos singulares dão seu consentimento unânime para a entrada no estado civil.

- Estabelecido o estado civil, ocorre a escolha da forma de governo que, de acordo com a teoria aristotélica, pode ser governada por um (monarquia), por poucos (oligarquia) ou por muitos (democracia).

- Para Locke, qualquer que seja a sua forma, “todo o governo não possui outra finalidade além de conservação da propriedade”.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• A sociedade política ou civil

- Definida a forma de governo, cabe à maioria escolher o poder legislativo, que Locke denomina como poder supremo.

- Em suma, são, para Locke, os principais fundamentos do estado civil:

o livre consentimento dos indivíduos para o estabelecimento da sociedade; o livre consentimento da comunidade para formação da forma de governo; a proteção dos direitos de propriedade pelo governo; o controle do executivo pelo legislativo; e o controle do governo pela sociedade.

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O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

• O direito de resistência

- O estado de guerra imposto pelo governo configura a dissolução do estado civil e o retorno ao estado de natureza, onde a inexistência de um árbitro comum faz de Deus o único juiz.

- Segundo Locke, a doutrina da legitimidade da resistência ao exercício ilegal do poder reconhece ao povo, quando este não tem outro recurso ou a quem apelar para sua proteção, o direito de recorrer a força para deposição do governo rebelde.

- Locke afirma que, quando o executivo e o legislativo violam a lei estabelecida e atentam contra a propriedade, o governo deixa de cumprir o fim a que fora destinado, tornando-se ilegal e tirano.

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CONCLUSÕES

• Os direitos naturais inalienáveis do indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade constituem para Locke o cerne do estado civil e ele é considerado por isso o pai do individualismo liberal.

• É um representante dos ideais burgueses e afirma que o poder do Estado deve ser limitado pelos direitos naturais humanos e fiscalizado pelo legislativo que teria primazia sobre os demais poderes, ou seja, ao dividir o privado do público o seu interesse é dá autonomia a burguesia.