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Meio Ambiente - Obras - Eventos - Administração Jovens que vivem em condomínios Nº 8 - Mar/Abr - 2010 Revista

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Revista VV Mar-Abr 2010

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Page 1: Revista VV Mar-Abr 2010

Meio Ambiente - Obras - Eventos - Administração

Jovens que vivem em condomínios

Nº 8 - Mar/Abr - 2010

Revis

ta

Page 2: Revista VV Mar-Abr 2010

Editorial

2

Expediente - A Revista Vila Verde é um veículo produzido pelo Conselho Diretor da Associação dos Amigos do Vila Verde. Essa

publicação não se responsabiliza por idéias ou conceitos emitidos por pessoas que não sejam do Conselho. Distribuição Gratuita.

Administração - Estrada da Boa Vista, s/n, Itapevi - SP CEP 06670-330 - Tel/fax: 011-41451300 / 41451311

e-mail: [email protected] - Jornalista Responsável: Paulo Ishimaru - MTB: 53.592

Caro associado,

Esta edição chega recheada de assuntos

e reportagens sobre o que aconteceu nos

meses de março e abril no Vila Verde.

Embora a revista tenha poucas páginas,

podemos perceber que, nas últimas edições,

um terço ou mais do conteúdo é voltado

para a questão do trânsito.

A estrada do Pau Furado ganha artigo

especial enviado por moradores, ao mesmo

tempo em que a prefeitura de Cotia

finalmente atende nossas solicitações com

um simbólico tapa-buracos.

Depois de três reuniões com o secretário de

obras de Cotia, colhemos algum resultado.

Ainda não é o que precisamos, mas vamos

continuar trabalhando para um dia termos a

Pau Furado toda recapeada.

Enquanto brigamos para chegar bem ao

Vila Verde, em nossas ruas internas o

desrespeito continua geral. Crianças no volante,

adultos estacionando sob as placas de proibido

estacionar, motoqueiro sem capacete etc.

Como podemos ver nas páginas desta

edição, a parceria com o batalhão de polícia de

Itapevi está se estreitando e é preciso que todos

cumpram a leis de trânsito, para evitar

problemas com a justiça.

A matéria de capa mostra as dificuldades

e os prazeres dos jovens que vivem em

condomínios tão distantes da cidade como o

nosso e como os pais precisam acompanhar

e devem lidar com o processo de

crescimento dos seus filhos dentro de

condomínios fechados.

O meio ambiente ganhou com o grande

encontro realizado entre as áreas de soltura

no parque do Ibirapuera. O Vila Verde mais

uma vez foi destaque. Não só pela rica

qualidade natural de sua fauna e flora, mas

principalmente pelo sério trabalho

desenvolvido todos esses anos pelo projeto

ASAS.

Boa leitura

Page 3: Revista VV Mar-Abr 2010

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Administração

Ronda ostensiva

No dia 23 de março, na sede da

Associação dos Amigos do Vila Verde,

aconteceu um encontro onde estiveram

presentes membros do Conselho Diretor, da

Administração e o Comandante do 20º

Batalhão da Polícia Militar de Itapevi, Capitão

Ângelo Aparecido Moutinho. O objetivo foi

estabelecer uma parceria mais próxima entre

o condomínio e as autoridades da cidade.

Essa reunião faz parte de uma política

adotada pela administração anterior, e agora

pela atual, de proporcionar maior segurança

às pessoas do condomínio. A expectativa é

que a presença da força policial contribua

para inibição de atos criminosos no Vila

Verde e nas redondezas.

Além da busca de maior segurança, essa

parceria com a Polícia Militar visa, também,

acabar com as infrações de trânsito nas ruas

do condomínio. Para isso, as autoridades do

Departamento Municipal de Trânsito e

Transpor tes , DEMUTRAN, também

aumentarão as blitzes dentro do Vila Verde.

Junto com a realização de campanhas

internas de educação e conscientização, se

iniciará a fase de fiscalização. Diante da

pouca adesão de alguns moradores em

adotarem as práticas do Código Nacional de

Trânsito, a presença da polícia e do

DEMUTRAN será fundamental para

diminuição de riscos de acidente de trânsito.

A Administração do Vila Verde solicita,

mais uma vez, às pessoas: Respeitem todas

as leis de trânsito vigentes e, principalmente,

não permitam menores de idade

conduzirem carros ou motos, pois a

fiscalização será mais rigorosa e poderá

aplicar multas, apreender veículos e/ou seus

condutores.

Cenas comuns: Condutores sem capacetes e equipamentos de segurança

Acima: Reunião para busca de mais segurança. Abaixo: Adriano Bruhns ,Capitão Moutinho e o Presidente Rodrigo Pio

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Obras

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Melhorias contínuas

O ritmo das obras no Vila Verde está intenso. O empenho da Diretoria e da Administração está tornando o residencial num dos melhores da região. Fotos:

: Sala de convivência (em fase final),

: Reservatório reformado (até 2011, todos serão), 6 e 7: Fase de acabamento da

1: Escada hidráulica de escoamento de águas das alamedas Figueiras, Imbaúba e Mulungu, 2

3: Nova sinalização área de lazer, 4: Projeto do barramento da ETA II (em fase final), 5

Portaria II (já em funcionamento) e novo piso entre as portarias II e III

1

2

4 5

3

6 7

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Obras

Pequena grande obra: Novo espaço de areia no parquinho faz sucesso entre os pequenos

moradores do Vila Verde

Lazer

1º Passeio Ciclístico do Vila Verde.

Um grupo de vizinhos e amigos do Vila

Verde - Vanderly, Beto e Rogério sempre se

reunem aos finais de semana para se

aventurarem de Bike pelas trilhas da região.

Destes encontros surgiu a idéia de um

evento maior e, agora, com o apoio da

Administração, acontecerá o 1º Passeio

Ciclístico do Vila Verde.

Com um percurso de aproximadamente

10 quilômetros, jovens a partir de 12 anos e

adultos estão convidados a participar desta

aventura. Após a chegada do grupo, por

volta do meio dia, um percurso menor

dentro do nosso condomínio será montado

para a participação dos baixinhos de 5 a 12

anos que quiserem participar do evento.

Inscreva-se e venha pedalar com a gente.

Data: 15/05/2010Saída às 09:00 da

Área de lazerInformações:4145 - 2614

com Prof. Cláudio

Page 6: Revista VV Mar-Abr 2010

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Esportes

Torneio de Tênis

Nos dias 13 e 14 de março aconteceu

mais um torneio infanto juvenil de tênis no

Vila Verde. Os vencedores foram:

Categoria A - Campeão: Rodolfo Coutinho,

Vice-campeão: Thiago Souza

Categoria A Duplas - Campeã: João Paulo e

Alexandre Cescon, Vice-campeã: Gustavo

Moreira e Gabriel Lopes

Categoria B Duplas - Campeã: Luiz

Guilherme e Lucas Rafael, Vice-Campeã: Caio

Henrique e Pedro Esperandio, 3º Lugar: Caio

Rocha e Vinicius Soares

Xadrez

No dia 27 de março ocorreu a 1º Etapa do Circuito Vila Verde de Xadrez. Será realizada uma etapa por mês até novembro, quando acontecerá a grande final. Quanto maior for a participação, mais pontos serão acumulados pelo competidor. O evento é para todas as idades. Participe das próximas etapas. Inscrições e informações com o professor Claudio. Telefone: 4145-2614 ou diretamente no Centro Cultural.

Vencedores:Adulto Masculino1º - Rubens Chaves / 2º - Alexandre Stefanelli3º - Jorge NovaesFeminino1º - Vera Lucia CoimbraSub-151º - Gustavo Moreira / 2º - Gabriel LopesSub-121º - Pedro Martins

Page 7: Revista VV Mar-Abr 2010

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Meio Ambiente

Vila Verde - Referência em projeto

ambiental

No dia 08 de março de 2010 foi realizado,

pelo IBAMA, o III Encontro de CETAS (Centro

de Triagem de Animais Silvestres) e ASM

(Área de Soltura e Monitoramento) do

Estado de São Paulo, na Universidade Aberta

do Meio Ambiente e da Cultura de Paz

(UMAPAZ), no Parque Ibirapuera.

O evento contou com a participação de

técnicos das Áreas de Soltura do Estado e

teve o objetivo de proporcionar a troca de

experiências entre os Cetas e as ASMs, além

de exposições especiais sobre reabilitação e

reintrodução de psitacídeos (araras,

papagaios, periquitos...). O Vila Verde teve a

opor tun idade de ap resen ta r aos

participantes seu Projeto ASAS. Devido às

ótimas condições de soltura de animais e da

fauna da região, o Vila Verde colabora

e f e t i va m e n t e n a r e i n t ro d u ç ã o e

monitoramento de animais silvestres através

do projeto. Todas as espécies soltas na mata

do condomínio são as que foram

apreendidas pela Polícia Militar Ambiental,

pelo IBAMA e órgãos oficiais.

O Vila Verde foi representado pelo

Gerente Administrativo Antonio Pannellini

Neto, pela estagiária de biologia Juliana de

Lima Cianfa e pela Bióloga Adriana Ferreira

que realizou uma apresentação ilustrando

todas as etapas de soltura no condomínio, as

experiências positivas e negativas que o Vila

Verde acumula desde o início deste projeto.

Conheça o trabalho ambiental realizado

pelo condomínio acessando o site: www.vila-

verde.org.br

Fotos: Apresentação da bióloga Adriana no encontro

e animais soltos no Vila Verde. Na sequência:

Bigodinho, Azulão e Tucano-do-Bico-Verde

Page 8: Revista VV Mar-Abr 2010

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Eventos

Acampamento

Crianças + Educação + Família +

Responsabilidade e muita Diversão =

Acampamento no Vila Verde. Mais uma vez o

evento, realizado entre os dias 27 e 28 de

março, tornou a vida no condomínio mais

alegre, com uma programação cheia de

recreações e brincadeiras. Esta edição

contou com 23 barracas, 60 crianças,

brincadeiras educativas como Caça ao

Tesouro de materiais reciclados, piquenique

noturno e, na manhã seguinte, caminhada

com monitores contratados, que deram

aulas sobre a fauna e a flora. Para completar,

um delicioso café da manhã fornecido pelo

Empório da Vila. Após o café, também, foi

realizada uma oficina de Terrariun, onde as

crianças puderam “cultivar o planeta em uma

garrafa PET” e uma palestra sobre animais. O

evento foi coordenado pelo professor

Cláudio com a assistência das estagiarias

Andreza e Glucia e dos funcionários da SCM.

Page 9: Revista VV Mar-Abr 2010

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Bichos

No d ia 28 de março , após o

acampamento, a equipe de eventos realizou

uma apresentação para conscientizar, desde

cedo, as crianças sobre as questões

ambientais. O educador, através de um

teatro ambiental, ensinou aos pequenos a

importância da reciclagem e da preservação.

Durante a apresentação foram expostos

animais silvestres vivos (todos cadastrados,

fiscalizados e com autorização de manejo

dada pelo IBAMA).

O ponto máximo foi a hora em que os

animais puderam ser tocados, com todo

critério de segurança adotado pela equipe. A

calopsita, a jiboia, os sapos, as tartarugas, o

porquinho da índia foram as estrelas do

evento. Todos que assistiram a apresentação

receberam um certificado de Defensor

Global. Fotos: - Contato

com a jiboia , 3 - Sapo (amigo contra dengue), 4 -

Tartarugas, 5 - Criançada participativa, 6 -

Certificado de Defensor Global

1 - Apresentação educativa, 2

1

2

3

4

5

6

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Pau Furado, Cabeça Oca

por Paulo Sergio Panse Silveira e Claudia

Barreto Lins - Comissão de Meio Ambiente

do Vila Verde

Não passa uma semana sem que

ouçamos alguém comentar sobre incidentes

relacionados com excesso de velocidade na

Estrada do Pau Furado. Neste artigo traçarei

um paralelo com o conhecimento humano,

que pode ser classificado em áreas, das mais

s imples para as mais complexas ,

tradicionalmente chamadas de Ciências

Exatas, Biológicas e Humanas. Seguindo este

tipo de classificação, sugiro que as pessoas

que transformam a Estrada do Pau Furado

em uma aventura estão, ao contrário do que

pensam, abaixo da capacidade que

poderiam ter em todas as áreas que

acabamos de mencionar. O argumento que

se segue pede que considerem a

possibilidade de melhorar atitudes.

As Ciências Exatas (assim chamadas,

embora nem sempre tão exatas assim), onde

se incluem matemática, química e física, são

as mais simples. Com isto não quero dizer

que o domínio sobre estas áreas seja fácil,

mas que seu objeto de estudo é

relativamente simples, a ponto de que

equações razoavelmente acuradas puderam

ser escritas. Antes de correr, é preciso fazer as

contas. É apenas uma questão de álgebra. Da

portaria do Vila Verde até a Raposo Tavares

são 3 km. À velocidade sinalizada de 40

km/h, leva-se 4,5 minutos para percorrê-la.

Indo a 90 km/h, um teste de habilidades de

piloto, leva-se 2 minutos. Será que o risco

compensa para economizar 2 ou 3 minutos?

Por exemplo, indo para o trabalho dentro da

cidade de São Paulo é comum enfrentarmos

cerca de 1 hora e meia para chegar ao

destino; correndo na estradinha alguém

chegaria em 1 hora e 27 minutos... e talvez

nem isto! É difícil que o tempo que se

economiza na Pau Furado possa se manter

ao longo do trajeto porque, em horários de

trânsito, é muito comum empacar sob o

Rodoanel ou um pouco adiante, e quem

entra na Raposo Tavares 3 minutos mais

tarde vai encostar poucos metros atrás do

possante aventureiro.

As Ciências Biológicas estudam maior

complexidade, na qual elementos químicos,

seguindo leis da física, interagem e

organizam-se para gerar vida, campo da

Botânica e Biologia, sendo que nossa

espéc ie , estudada pe la Medic ina ,

desenvolveu sistemas nervosos capazes de

elaborar raciocínios e emoções, campo da

Psicologia. Seres biológicos dependem, para

ter vida longa e saudável, de preservar sua

saúde mental e seus mecanismos

fisiológicos. Não vou considerar aqui o

estrago óbvio que pode ser feito por um

acidente. Penso no estresse. No nível

psicológico, pessoas que correm em locais

inapropriados revelam desajuste, podem

estar escravizadas por seus instintos

competitivos, tornando-se incapazes de

aproveitar a paz de espírito e de apreciar a

vida. Nem a deles, nem a dos outros, nem a

dos animais que nos cercam. Quando saio do

Vila Verde e sei que vou enfrentar a Raposo

Tavares até o trabalho em São Paulo, prefiro ir

devagar, degustando a Estrada do Pau

Furado, adiando um pouco o encontro com

Artigo

Pau Furado: tema constante de debates

Page 11: Revista VV Mar-Abr 2010

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motoqueiros cortando pela direita a mais de

100Km/h e caminhões fumarentos

espalhando material particulado da queima

incompleta do óleo diesel à minha frente.

Uso a Pau Furado para obter, antes de

começar o dia, um momento de calma que

procuro esticar pelas horas seguintes.

Quando volto, e saio da Raposo Tavares,

faço esforço para desacelerar porque já

cheguei, posso começar a curtir a mata como

se entrasse em outro mundo, busco

recuperar o sossego e me preparar para o

jantar e uma boa noite de sono. Entre sair e

voltar para casa, procuro me lembrar de

como é um privilégio morar aqui,

lamentando ver infelizes moradores da

cidade, apressados para chegar alguns

minutos antes de mim ao destino. Para mim

não é possível compreender a atitude dos

motoristas desses possantes, a não ser que

imagine que não tenham refletido o

suficiente. Não é inteligente, morando no

Vila Verde, ainda manter este nível de

angústia e não conseguir mudar de

comportamento quando se dirige em uma

estradinha como a do Pau Furado. Estas

pessoas arriscam-se a morrer cedo, de

complicações de hipertensão ou diabetes,

de acidente vascular cerebral ou infarto, dor

abdominal por úlcera perfurada, ou

quaisquer outros eventos desagradáveis

nesta linha.

Com grau ainda maior de complexidade,

temos as Ciências Humanas que lidam com

as comunidades que formamos, campo da

Sociologia, Economia, História e Direito,

entre outros exemplos. Aqueles que correm

não causam estrago apenas à própria saúde.

Não conseguem perceber a importância do

convívio harmonioso em sociedade, não

poupam o ambiente, queimam mais

combustível que o necessário, além de

arruinarem a suspensão de seus carros na

estradinha (que, diga-se de passagem, bem

que se beneficiaria de um recapeamento).

Em termos financeiros, esta também é uma

atitude negativa, que contribui para dar má

fama ao Vila Verde e diminuir o valor de

nossas propriedades à medida que espalha-

se por aí que moram neste condomínio

pessoas que têm tal comportamento

inadequado. Para a História, fica a impressão

registrada pelas placas, lombadas e valetas,

de que aqui moravam pessoas incapacitadas

para lembrar regras mínimas de civilidade.

Enfim, no Direito, tem-se a falta de formação

ou informação refletida no desrespeito às leis

e aos direitos dos demais.

Por fim, gostaria de dirigir uma palavra

àqueles que guiam com pressa pela nossa

estrada de acesso ou dentro do próprio

condomínio. Espero que esteja lendo e

entendendo que, embora possa soar

desconfortável em alguns trechos, antes de

querer confronto ou endurecimento de

condutas, este artigo pretende uma

chamada à consciência. Os que andam

devagar pela estrada do Pau Furado não são

“lerdos e obtusos”, apenas demonstram, isto

sim, capacidade de desfrutar aquilo que

conquistaram e prezar o sossego do Vila

Verde, e também uma compreensão maior

de tudo que expusemos acima. Correr, ao

contrário da imagem positiva de “força e

ousadia” ou “altivez e imponência” que se

pode pensar transmitir, revela incapacidade

de relaxar e usufruir, frustração, despreparo

ou mesquinhez. A gente embarca na correria

das cidades e, às vezes, por falta de reflexão,

continua repetindo comportamentos

viciados. Falando como médico e educadora,

por sua própria saúde (sem mencionar a dos

outros ou dos animais) e demonstração de

inteligência, trabalhe para mudar de hábito e

atitude. Você pode completar a mudança

que já fez, em corpo, trazendo para o

sossego do Vila Verde também a sua mente.

Seja bem vindo!

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Capa

ser jovem e viver num condomínio

distante implica em maior atenção dos pais?

O que os jovens pensam desse

isolamento?

É mais saudável a vida desses jovens que

moram longe dos centros?

Independente dos princípios, valores e

da forma que os pais educam seus filhos,

podemos dizer, no mínimo, que a vida social

num condomínio distante tem alguns

componentes sociais distintos daqueles que

vivem nos centros e bairros urbanos.

Muitos dos moradores mudaram para o

Vila Verde acreditando ser o local ideal para

criação de seus filhos. Mas esses se tornaram

ou se tornarão adolescentes. E nessa fase, em

que esses jovens começam a criar laços

sociais mais abrangentes, viver afastado

pode ser difícil ou ótimo, dependendo de

como filhos e pais encaram essa realidade.

Para entender melhor o comportamento

desses jovens, diante da realidade de viver

no Vila Verde, a psicóloga Ana Torres, mestre

e doutoranda pela Universidade de São

Paulo – USP, esclarece alguns pontos que

podem auxiliar pais e jovens na busca de

uma vida social saudável.

Como os adolescentes podem

"driblar" o isolamento de forma sadia?

Adolescentes tendem a formar grupos

com pessoas com interesses e características

similares: grupos de esporte, tipos de música

etc. Manter o contato com esses grupos,

para quem mora mais distante dos grandes

centros, é mais complexo, pois envolve

planejamento antecipado e apoio dos pais

para levar ou buscar no ponto de ônibus ou

nos lugares. Porém, aprender a lidar com

planejamento antecipado, ter de descobrir

como chegar e como voltar de um encontro

é uma habilidade importante e interessante

Page 13: Revista VV Mar-Abr 2010

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de ser desenvolvida.

Como é o convívio diário dos grupos

de adolescentes em condomínios?

A convivência com outros adolescentes e

crianças moradoras do condomínio pode ser

bastante interessante, pois se trata de um

grupo mais heterogêneo, onde é necessário

aprender a lidar com as diferenças, inclusive

ter amigos de idades um pouco diferente

pode ser uma experiência bastante rica e um

exercício de tolerância e desenvolvimento

emocional.

Na formação de grupos de amizade,

como os pais devem agir para

acompanhar a vida social de seus filhos?

A necessidade de acompanhamento do

grupo social dos filhos varia com a idade da

criança, crianças mais jovens precisam de

limites mais rígidos e acompanhamento

mais próximo. Ao ficarem mais velhos, pode

e deve ocorrer negociação e os pais devem

dar um pouco mais de autonomia aos filhos.

No entanto, é sempre necessár io

acompanhar os filhos em suas atividades,

conhecer quem é seu filho, o que ele gosta

de fazer. Ir junto andar de bicicleta, passear

no condomínio, experimentar trilhas,

pequenas aventuras que o ambiente

proporciona. Fazer atividades juntos é uma

excelente oportunidade de conhecer,

entender e ensinar os filhos, sem que o

ensino seja o objetivo do encontro. É

interessante manter a casa aberta para trazer

amigos, fazer reuniões, naturalmente vai se

conhecendo o grupo de amigos. Dada a

distancia, é importante que os pais exijam

planejamento antecipado dos filhos quando

pretendem fazer coisas fora do condomínio,

combinar quem vai levar, com quem voltam,

a que horas. É importante que os pais

também se disponham, às vezes, a levar os

filhos, ou buscá-los. Aos mais velhos pode-se

dar mais autonomia, levando e buscando no

ponto de ônibus . Mas é preciso que as coisas

sejam combinadas com antecedência. Não

diga sempre não, nem sempre sim. Crie

regras claras e siga essas regras.

Como evitar que esses jovens se

envolvam em problemas?

Não existe como fazer que jovens nunca

se envolvam com problemas. Faz parte do

crescimento correr alguns riscos e aprender

limites, para, inclusive, aprender a lidar com

esses riscos. Cada criança amadurece num

ritmo diferente, e isso significa que serão

mais ou menos capazes de lidar com

diferentes tipos de problemas em diferentes

idades. Por isso é necessário conhecer quem

é seu filho, saber com o que ele é capaz de

lidar, com o que não é. O que ele já tem

maturidade para entender, o que ainda não.

Com quais responsabilidades ele é capaz de

lidar. Acompanhar é conhecer seu filho. Dar

limites é dar amor... pois você diz que não

quer que ele se machuque, os pais protegem

seus filhos dando limites e também deixando

que eles aprendam limites.

Existe alguma diferença na educação

de um adolescente nesse cenário de um

que vive nos centros urbanos?

Sim, existe. Existem algumas vantagens,

como as crianças terem maior liberdade de

ficar na rua, experimentarem atividades

físicas, contato com a natureza... ralar o

joelho faz bem para o desenvolvimento dos

filhos. Ter amigos fora da escola, ter de se

relacionar com pessoas diferentes. Também

facilita que os pais tenham contato com o

grupo de amigos, que acompanhem nas

atividades. A maior dificuldade é ter

necessidades diferentes de crianças que

estão mais próximas de centros, como ter de

planejar as coisas com antecedência, não ter

como simplesmente sair e voltar por sua

própria conta de festas e atividades noturnas

com amigos de fora do condomínio. Mas

essa dificuldade pode se transformar em

vantagem com pais atentos e interessados,

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pois são oportunidades de aprendizagem.

No entanto, isso implica em uma maior

participação, interesse e trabalho dos pais.

Crianças não se criam sozinhas, com babás

ou televisão, precisam de grupos de amigos,

de adultos e especialmente de pais que os

ensinem.

Os Jovens

Os amigos Felipe Borba, Juan Queiroz,

Polini Cimbra e Diego de Los confirmam a

analise da psicóloga quanto a necessidade

de programação. Umas das principais

queixas destes jovens moradores do Vila

Verde é a falta de transporte para as áreas

urbanas. “Tudo depende de carona” revela

Felipe, que continua “infelizmente há poucos

horários de ônibus, quando queremos ir ao

cinema, ou fazer qualquer outra atividade,

mesmo em Cotia que é mais próximo,

precisamos de carona. Deveria haver mais

horários de ônibus”.

De acordo com esses jovens as atividades

na área de lazer, como o futebol, contribuem

para o condomínio ser mais atrativo. Eles

também se reúnem nos finais de semana no

comercio local para conversarem, lancharem

e se integrarem. Assuntos como musica,

paquera, escola, moda e esportes são temas

constantes desses encontros.

Para dar mais alternativas para estes

jovens a diretoria e administração do Vila

Verde, através de suas comissões, sempre

buscam organizar atividades culturais e

esportivas. Nesse sentido, mais uma grande

atração será realizada, o 1º Festival de Rock

do Vila Verde. Um evento com boa musica

que também tem objetivo de auxiliar a

comunidade carente com os alimentos que

serão arrecadados como ingresso.

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Page 15: Revista VV Mar-Abr 2010

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Administração

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Nosso Olhar

ANTES DA METAMORFOSE. Flagrada no quintal de casa, na luz do fim de tarde. Foto: Amália Safatle