revista viver ifrs nº 1

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Revista da Pró-Reitoria de Extensão do IFRS Ano 1 | Nº 01 | Agosto 2013 Viver IFRS Seminário Anual de Servidores Palestras Mesas-redondas Estandes Lançamentos de livros Exposições Apresentações culturais

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Publicação da Pró-Reitoria de Extensão do IFRS

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  • Revista da Pr-Reitoria de Extenso do IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    Viver IFRS

    Seminrio Anual de ServidoresPalestrasMesas-redondasEstandes

    Lanamentos de livrosExposies

    Apresentaes culturais

  • ExpedienteINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL - IFRS

    ReitoraCludia Schiedeck Soares de Souza

    Pr-Reitora de ExtensoViviane Silva Ramos

    Revista Viver IFRSPublicao da Pr-Reitoria de Extenso do IFRSRua General Osrio, 348 | Bairro CentroCEP 95700-000 | Bento Gonalves/RS(54) [email protected]

    EditoriaTnia Aiub

    Projeto Grfico e DiagramaoAndreza Cunha

    CapaCaroline Reimundi

    ColaboradoresAndreza CunhaGetlio Stefanello JniorSlvia Schiedeck

    RevisoCarine Simas da SilvaFabiana Carvalho Donida

  • ApresentaoColegas, amigos e servidores,

    Estou na Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica desde 1997, concursada para a carreira de Magistrio Superior, carreira esta que faz parte, principalmente, das Universidades brasileiras, mas que coexiste com a carreira de Educao Bsica, Tcnica e Tecnolgica na maioria das nossas instituies de Educao Profissional e Tecnolgica.

    Desde aquela poca at o ano de 2013, essa rede passou por inmeras transformaes. Samos de concursos minguados de trs ou quatro vagas para concursos de centenas de vagas ao mesmo tempo. Deixamos para trs os tempos de ausncia de recursos para pagar despesas de custeio e chegamos a um momento em que, planejadamente, o gestor pode inverter rubrica de custeio e utiliz-la para investimento. Ou seja, passamos das dificuldades de arrancar recursos do Governo Federal em Braslia para os bons problemas da execuo rpida do oramento. Os agendamentos necessrios para que professores e tcnicos administrativos pudessem usar os computadores existentes e datashow da instituio ficaram para trs. A angstia de ver os rostos ansiosos de dez, quinze ou vinte alunos disputando uma vaga no nico curso superior pblico federal da Serra Gacha se transformou na realidade de mais de dez novos cursos de graduao espalhados nessa regio. Passamos da lista trplice para escolha de nossos gestores eleio direta dos mesmos pela comunidade escolar. Aquelas escolas federais pequenas e sem expresso poltica no cenrio nacional passaram a ser referncia e vanguarda a partir da criao dos Institutos Federais, com a Lei 11.892/2008. Em resumo, abandonamos as fragilidades que nos deixavam beira da privatizao ou da estadualizao para protagonistas de uma reforma sem volta na conjuntura educacional.

    preciso que se diga que essa transformao ocorreu ao longo dos dez ltimos anos. s vezes mais lentamente do que desejvamos e, muitas vezes, mais rapidamente do que podamos executar. Mas ocorreu e uma realidade para todos aqueles que sempre acreditaram que a Educao Profissional podia ser mais do que simplesmente uma educao para os desafortunados do destino.

    Diante disto, alguns poderiam perguntar: bom, ento no temos mais nada para fazer? Eu diria, ao contrrio, que temos muito a fazer. Temos que consolidar essa nova institucionalidade de forma que nenhum governante possa faz-la retroceder. Temos que ampliar nossa ao, fazendo com que homens e mulheres, jovens e adultos, pobres e ricos, possam acessar uma educao pblica, gratuita e de qualidade.

    Dados recentes demonstram que 88% das vagas para a Educao Superior no Brasil esto na iniciativa privada. E mais, que 42% das vagas da graduao brasileira esto comprometidas apenas com cursos de Administrao e Direito, os quais so absolutamente relevantes para o desenvolvimento do pas, mas que no garantem aquilo que precisamos para potencializar nossas riquezas de forma sustentvel educao, tecnologia, inovao, criatividade, incluso produtiva, insero direta no mundo do trabalho. A expanso das vagas pblicas e gratuitas na Educao passa

    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

  • Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    por uma articulao gigantesca entre todos os entes federativos, os quais devem garantir os recursos necessrios para que isso ocorra. Todavia, passa tambm por um comprometimento imenso de todos ns, hoje concursados na esfera pblica federal. Devemos entender nossa funo como a base fundadora de um pas mais justo, mais inclusivo, menos excludente com aqueles que mais precisam.

    Perceber as nossas limitaes e superar os obstculos de um desafio desse tamanho faz parte desse processo. Para isso, precisamos acreditar que a Educao Profissional pode ser revolucionria, trazendo para o centro do debate no apenas o fazer, mas o pensar e tambm o construir. No podemos aceitar o discurso fcil do retrocesso, tampouco podemos acreditar em falcias de futuro. Precisamos ter responsabilidade, como servidores pblicos federais, com a construo e o desenvolvimento de um mundo melhor que esse, com a formao de um cidado crtico capaz de perceber os melhores caminhos para a sociedade em que vive.

    Por isso, o Seminrio Anual dos Servidores do IFRS tem trazido tona temas como SER IFRS (2012) e, no ano de 2013, o VIVER IFRS, pois preciso criar espaos de discusso; necessrio ouvir o contraditrio, imperativo que pensemos sobre o que somos e o que queremos ser! Isso ocorre pela participao de todos na construo dessa nova identidade que completa cinco anos em dezembro prximo. Somente assim teremos a solidez necessria para enfrentarmos o futuro.

    Contudo, a reflexo sem a ao no transformadora. Quando estamos na sala de aula, sabemos que aquilo que trabalhamos com nossos alunos somente se transformar em algo efetivamente produtivo quando eles puderem comunicar e produzir algo com o conhecimento adquirido. A criao da Revista VIVER IFRS uma das nossas formas de ao, trazendo a integrao entre IFRS e sociedade para dentro da nossa prxis. Que ela possa servir como uma forma de comunicar nossas prticas, provocar novas reflexes, criar novas metodologias, propor novas formas, rever nossos conceitos... Que ela possa servir para mostrar sociedade a riqueza e a grandeza de uma Educao que se preocupa com a incluso... Que ela nos instrumentalize e nos propicie a boa prtica da comunicao...

    Parabns Pr-Reitoria de Extenso!

    Parabns ao IFRS!

    Parabns a todos servidores... Que a experincia do VIVER IFRS se transforme numa longa e proveitosa caminhada....

    Cludia Schiedeck Soares de Souza

    Reitora

  • Viver IFRSSumrio

    EDITORIAL 6

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

    REVISTA

    Publicao mostrar aes e produes do IFRS

    ABERTURA

    Seminrio rene cerca de 700 servidores do IFRS

    PALESTRAS

    IFRS: Identidade, Protagonismo e Transformao Social

    Competncias Essenciais na Administrao Pblica Federal

    MESAS-REDONDAS

    O Trabalho como Vivncia e a Instituio que Queremos

    Pesquisa, Ps-Graduao e Internacionalizao

    do IFRS: Experincias, Possibilidades e Desafios

    Possibilidades e Desafios de uma Instituio

    Multicmpus: Como Construir a Unidade?

    As Polticas de Incluso e a Extenso no IFRS:

    Experincias, Possibilidades e Desafios

    ESPAO VIVENDO IFRS

    Servidores vivem o IFRS durante o 2 SAS

    Apresentaes culturais e exposies

    Livros lanados durante o 2 SAS

    AVALIAO

    Participantes avaliam o 2 SAS

    I SAS

    Ser IFRS foi o tema da primeira edio do SAS

    AGENDA

    Calendrio de Eventos para o 2 semestre de 2013

    PRXIMOS NMEROS

    Como colaborar para a revista Viver IFRS

    7

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  • 6Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    Editorial

    com especial satisfao que apresentamos o nmero um da Revista de Extenso do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul, denominada VIVER IFRS.

    A Extenso, no mbito do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), articulada com o ensino e a pesquisa, compreendida como a promotora de aes que visam interligar a Instituio com as demandas da sociedade.

    As aes de extenso, no contexto de sua prxis, tm como objetivos formar pro-fissionais aptos a exercerem a sua cidadania e a humanizarem o mundo do trabalho, bem como apoiar o desenvolvimento social e econmico do pas.

    No contexto da Extenso, que implica no ato de extender a quem necessita e expandir para fora dos limites institucionais, a divulgao assume primordial im-portncia. O simples ato de socializar os saberes, as aes e seus resultados, sem sombra de dvidas, altera o estado de esprito do leitor que, ao se apropriar de ideias e situaes, passa a modificar uma realidade, colaborando, assim, para o desenvol-vimento local e regional em que vive.

    Nesse sentido, a Revista VIVER IFRS tem como principal propsito a divulgao das aes de Extenso desenvolvidas no mbito do IFRS e nas comunidades de sua abrangncia. A composio da revista, portanto, estar pautada no esprito colabo-rativo, pois, em sua maioria, os autores dos textos representaro os servidores que foram os responsveis por implantar, desenvolver e acompanhar as aes junto sociedade.

    O primeiro nmero da Revista VIVER IFRS traz uma edio especial, pois registra informaes de um dos eventos de maior importncia para a Instituio: o 2 Semi-nrio Anual dos Servidores, onde imperou o senso da construo coletiva e a cor-responsabilidade para a consolidao Institucional, pois contou com a participao aproximada de 70% (setenta por cento) do seu quadro de servidores.

    As diversas aes realizadas, entretanto, so os maiores motivadores desta ini-ciativa, que visam, acima de tudo, valorizar os brilhantes trabalhos que hoje so desenvolvidos entre a Instituio e a sociedade.

    Desta forma, a disseminao de conhecimentos de suma importncia para a formao da cultura extensionista, a qual proporciona, ao longo do tempo, a conso-lidao do Instituto Federal do Rio Grande do Sul enquanto agente de transformao social, bem como a valorizao de seus profissionais e a prtica da cidadania, regis-trando, de maneira concreta e singular, a sua misso para com a sociedade na sua regio de abrangncia.

    Viviane Silva Ramos

    Pr-Reitora de Extenso

  • Viver IFRS

    REVISTA

    7

    Publicao mostrar aes e produes do IFRS Tnia Aiub1

    Aproposta de construo de um peri-dico para a divulgao das aes de extenso do IFRS principia de um certo modo de entender a instituio em que se trabalha: a partir do conceito de unidade. Muito se tem discutido, ao longo dos l-timos 5 anos, sobre o necessrio enten-dimento de uma instituio multicmpus que, alm de preservar as particularida-des de cada unidade, precisa construir uma identidade comum. Os princpios e aes extensionistas, jamais desvincula-dos das prticas de ensino e pesquisa, devem primar pela relao transforma-dora entre institutio de ensino e socie-dade e propor estratgias de crescimento comuns a todas as partes, de forma que todos que fazem parte dessa instituio apropriem-se do sentimento de pertenci-

    1 Professora de Lngua Portuguesa e Coordenadora-geral do Pronatec no IFRS

    mento e comprometimento. Sentimentos necessrios, indiscutveis quando se est falando em educao. O ato de educar nessa instituio deve ser aquele que de-flagre um modo de trabalho ao mesmo tempo peculiar, em consonncia com as particularidades de cada realidade local e um modo de trabalho ancorado nos princpios gerais que nortearam a cons-truo desse instituto e que norteiam as aes que nos fazem crescer: trata-se do trabalho sempre atento ao educando e ao seu crescimento.

    Por isso, essa proposta, que agora se consolida no primeiro volume de um pe-ridico que se lana para ser o rosto do IFRS, fruto dessa vontade de pertenci-mento, dessa imensa vontade de estar numa instituio acolhedora do todo e entendedora de cada particularidade de suas partes. Muito difcil, de uma pers-pectiva simplista, construir uma identi-dade de todo sem desconsiderar muitos

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

    GABRIELA MOREL

    No estande da Reitoria no 2 SAS, servidores puderam escolher o nome e a capa da revista

  • 8REV

    ISTA

    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    aspectos das partes. Mas, de forma com-plexa, com um trabalho sempre voltado a pensar a instituio possvel sair de uma perspectiva simples e ver essa insti-tuio como um grande rizoma, em que o todo e as partes se consolidam pela ideia de conjunto, de articulao sempre lubrificada pela constante troca de expe-rincias e de interlocuo.

    A revista Viver IFRS deriva desse esfor-o de produo de conhecimento que par-te das aes dos cmpus e do esforo de integrao e promoo da cultura extensio-nista que caracteriza o IFRS. Um trabalho iniciado em 2012, a partir de uma ideia que, acolhida pela gesto da instituio, materializa-se neste momento.

    Alm das aes promovidas em mbi-

    to instititucional, procurar-se- a colabo-rao de agentes externos, relacionados prtica extensionista a fim de buscar vias de reflexo. Assim, o peridico con-tar com sees destinadas publicao de textos originais de convidados que proporo um momento de interlocuo e debate sobre a prtica extensionista em mbito nacional.

    Procurando um trabalho que envol-va a comunidade do IFRS, as propostas de nome e capa da revista foram objeto de votao durante o 2 SAS, de forma que todos os servidores presentes pude-ram apoiar e conhecer o projeto. Com 26,79% de votos, o nome Viver IFRS foi o escolhido e passar a denominar a revista.

    12,50%

    26,79%

    11,61%

    25,00%

    14,29%

    9,82%

    0,00%

    5,00%

    10,00%

    15,00%

    20,00%

    25,00%

    30,00%

    Opo 1 Opo 2 Opo 3 Opo 4 Opo 5 Opo 6

    Votao para o nome da revista

  • Viver IFRS

    Reitora do IFRS, Cludia Schiedeck Soares de Souza, ressaltou carter participativo do evento

    AB

    ERTU

    RA

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    Seminrio rene cerca de 700 servidores do IFRSGabriela Morel1

    Joana Paloschi2

    Cerca de 700 servidores do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) participaram da abertura do 2 Semin-rio Anual do Servidores (SAS), que teve como tema Viver IFRS. O evento, que aconteceu no Pavilho da Fundaparque, em Bento Gonalves, de 17 a 19 de abril, uma ao de capacitao onde so debatidos temas importantes para o desenvolvimento profissional dos servi-dores e do instituto.

    A mesa de abertura foi composta pela reitora do IFRS, Cludia Schiedeck Soa-res de Souza; pelo pr-reitor de Adminis-trao, Giovani Silveira Petiz; pelo pr--reitor de Desenvolvimento Institucional, Osvaldo Casares Pinto; pelo pr-reitor de Ensino, Amilton de Moura Figueiredo; pela pr-reitora de Extenso, Viviane Sil-

    1 Jornalista do Cmpus Osrio2 Jornalista do Cmpus Feliz

    va Ramos; pelo pr-reitor de Pesquisa e Inovao, Jlio Xandro Heck; e pela di-retora-geral do Cmpus Caxias dos Sul, Tatiana Weber.

    Representando todos os diretores dos cmpus, Tatiana Weber destacou, em sua fala, que o evento uma oportuni-dade de integrao que permite partilhar experncias e discutir assuntos de inte-resse do IFRS e, por consequncia, de todos os servidores.

    Viviane Ramos, em nome da Comis-so Organizadora do evento, ressaltou o trabalho da equipe no planejamento, organizao e execuo do SAS, que co-meou em setembro de 2012 e envol-veu diversos setores da Reitoria e contou com a colaborao de voluntrios dos cmpus.

    A reitora destacou que o SAS um es-pao democrtico para a construo da identidade institucional, transformao de prticas em exemplos e de fortaleci-mento atravs dos erros e acertos.

    JOANA PALOSCHI

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

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    STR

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    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    Alessandra Nevado1

    Cristine Thomas2

    Na manh de 18 de abril de 2013, a professora e diretora de Ensino do Cmpus Porto Alegre, Mrcia Ama-ral Correa de Moraes, proferiu a pales-tra IFRS: Identidade, Protagonismo e Transformao Social. Mrcia falou so-bre os principais desafios dos Institutos Federais para construo de sua identi-dade e protagonismo e como agentes de transformao social. Segundo a profes-sora, os IFs, criados em 2008, surgiram como uma alternativa devido ao incon-formismo da sociedade com a situao da educao profissional.

    Como um projeto na contramo da atual conjuntura global, os IFs foram a grande materializao da esperana no cenrio educacional colocou.

    Com relao ao desafio da identidade institucional, Mrcia frisou que, apesar dos Institutos Federais serem constitu-dos por diversas unidades, a instituio no pode abrir mo de ser una.

    Temos que construir o sentimento de que somos um Instituto Federal.

    Durante a exposio, a professora se referiu identidade como o DNA da ins-tituio e falou sobre o papel dos servi-dores dentro do instituto.

    Todos somos educadores e educan-dos, e existimos porque estamos servi-o da sociedade. Professores e tcnicos administrativos so todos trabalhadores em Educao. Suas atuaes na escola devem ser integradas pedagogicamente, tendo o reconhecimento da instituio enquanto ao educativa.

    Ao abordar o desafio do protagonis-

    1 Jornalista do Cmpus Caxias do Sul2 Jornalista do Cmpus Porto Alegre

    mo, Mrcia levantou a questo: O que a sociedade espera de ns?, salientando que o servidores necessitam se apropriar do propsito dos Institutos Federais e de onde estamos; compreender-se como agente de construo desse projeto, li-dar com conflitos sob o enfoque posi-tivo, de transformao; implementao do princpio de impessoalidade nas di-menses interna e externa.

    Quanto ao desafio da transformao social, a educadora explicou que os IFs vieram para realizar aes importantes para a sociedade, como a superao da separao entre cincia e tecnologia, te-oria e prtica; a pesquisa consolidada como princpio educativo e cientfico, e aes de extenso como forma efetiva de dilogo permanente com a socieda-de.

    Dar-se conta do que precisa ser me-lhorado e ter fora e coragem para agir em prol dessa melhora. Esse o nosso desafio finalizou.

    IFRS: Identidade, Protagonismo e Transformao Social

    Mrcia: desafio de construir identidade

    ANDRIA PRUINELLI

  • Viver IFRS

    PALESTR

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    Thas Teixeira da Silva1

    Competncias Essenciais na Admi-nistrao Pblica Federal foi o tema da palestra da psicloga Maria Ju-lia Pantoja Britto, professora da Univer-sidade de Braslia, que ocorreu durante o segundo dia do 2 Seminrio Anual de Servidores (SAS) do IFRS.

    Abordando a agenda que est sen-do proposta na dimenso de Gesto de Pessoas pelo Ministrio do Planejamen-to (MPOG), Maria Julia iniciou sua fala afirmando que o servio pblico se jus-tifica quando a sociedade entende que tem suas demandas atendidas.

    Ela apresentou uma nova proposta, baseada em modelos europeus de ges-to pblica de pessoas, voltada para a gesto por competncias, consideran-do como competncias essenciais da administrao pblica: orientao para

    1 Produtora cultural do Cmpus Restinga

    os resultados; trabalho em grupo; viso sistmica (complexidade); comunicao e liderana.

    Foram considerados os conceitos de cultura organizacional, mente coletiva e representao social da organizao, ressignificando o humano no trabalho como propulsor do crescimento profis-sional e institucional.

    Maria Julia doutora em Psicologia Organizacional na rea de aprendiza-gem humana no trabalho. professo-ra adjunta da Universidade de Braslia (UnB) nos cursos de graduao e ps--graduao em Polticas Pblicas e Ges-to do Agronegcio. Possui experincia profissional na rea de Gesto de Pes-soas, mais especificamente, em Trei-namento, Desenvolvimento e Educao (TD&E). Coordena projetos de pesquisa nos temas: aprendizagem no trabalho, comportamento humano nas organiza-es, redes sociais em contextos orga-nizacionais, inovao e competitividade.

    Competncias Essenciais na Administrao Pblica Federal

    Maria Julia Pantoja apresentou modelos de administrao voltados gesto por competncias

    JOANA PALOSCHI

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

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    MES

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    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    Mesa buscou refletir sobre a transformao do ambiente de trabalho para uma melhor vivncia

    GABRIELA MOREL

    O Trabalho como Vivncia e a Instituio que Queremos

    O presente texto relata parte das dis-cusses acerca do tema O Trabalho como vivncia e a Instituio que Quere-mos, tratado durante a Mesa-Redonda no 2 Seminrio Anual de Servidores (SAS) do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). A mesa foi coordenada pelo professor Amilton de Moura Figueiredo, pr-reitor de Ensino do IFRS, e compos-ta pelos debatedores Rudinei Muller, professor do Cmpus Bento Gonalves, Fbio Maral professor do Cmpus Res-tinga, Adriana Ramos, tcnica adminis-trativa do Cmpus Porto Alegre, e Mar-celo Schmitt, professor do Cmpus Porto Alegre. Participaram da mesa tambm como relatores Clvio B. Soares Tercei-ro, professor do Cmpus Porto Alegre, e Simo Mendes de Morais, professor do Cmpus Caxias do Sul.

    Na abertura dos trabalhos, o coorde-nador da mesa salientou que a escolha

    do tema tem por objetivo provocar a re-flexo no sentido de melhorar a vivncia atravs da transformao do ambiente de trabalho, bem como em relao ao respeito s diferenas e o reconhecimen-to de que os seres humanos so seres incompletos e em constante construo. Ressaltou ainda que este projeto inaca-bado envolve o ser e o viver, pressupos-tos fundamentais para a construo do IFRS. A seguir, os debatedores realiza-ram apresentaes individuais sobre a temtica focando aspectos diversos a partir de diferentes perspectivas. Aps, abriu-se espao para um debate amplo com perguntas e participao do pbli-co presente no auditrio.

    O professor Rudinei Muller, abrindo a rodada de explanaes dos debate-dores, discorreu sobre a concepo de Trabalho e o papel do Trabalho na vida, organizando sua fala nos seguintes ei-xos:

  • Viver IFRS

    MESA

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    13

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

    Evoluo histrica do conceito de trabalho;

    O trabalho na sociedade capitalista; Lugar e resultados do trabalho; Sentido do trabalho; Concepo de vida em segundo

    plano.

    Ao abordar o conceito de Trabalho, iniciou enfatizando o sentido negativo atribudo ao trabalho, vinculado a etimo-logia do termo que deriva do substanti-vo latino tripalium, um instrumento de tortura usado na Roma antiga em que os escravos eram amarrados para o su-plcio, refletindo que o trabalho no apenas um meio de dignificar o homem, mas tambm de oprimi-lo. Atravs desse recorte, traou um percurso das relaes de produo e de trabalho, desde a Gr-cia, perodo em que os que no traba-lhavam preocupavam-se com a poltica e com a religio. Seguiu sua explanao passando pela Idade Mdia at a Re-voluo Francesa e a consolidao dos princpios que efetivam o trabalho no processo de produo capitalista, vin-culado produo de lucro, mediante a construo de espaos e a explorao do trabalho. Ao citar Marx, lembrou que o trabalho alienado conduz fuga do mes-mo, contribuindo com a reproduo do capital, fazendo com que o homem no se realize, ratificando a lgica do capita-lismo que de dominao e explorao.

    Considerando o histrico exposto, o professor Rudinei Muller explanou que pensar o trabalho como vivncia exige enfrentar as contradies a ele inerente. Em relao realidade institucional, o professor Rudinei ressaltou que preci-so pensar como construir um ambiente como um lugar de realizao, com par-ticipao coletiva, fruto de um processo de educao. Enfocou tambm a neces-sidade de enfrentar as condies reais que intimidam a participao coletiva.

    Por fim, falou que para discutir o con-ceito de trabalho necessrio tambm

    discutir o conceito de sociedade capi-talista, a diviso de classes e a exclu-so. Assim, os servidores pblicos tm a possibilidade de construo coletiva nos espaos de contradio da sociedade ca-pitalista.

    J o professor Fbio Maral tratou so-bre as relaes entre o Trabalho e a Edu-cao sob a perspectiva da natureza do Trabalho em Educao e o conceito de Escola, abordando as peculiaridades do trabalho que ocorrem no interior da es-cola, em relao a fluxos, processos, tr-mites e embates do processo educativo escolar. Com o udio da msica de Chi-co Buarque Vai trabalhar vagabundo, provocou os participantes a refletirem, questionando sobre o quanto do que nela expresso est presente no cotidiano do IFRS. Aps, salientou a relao entre a msica e o processo capitalista da se-gunda metade do sculo XX no Brasil, questionando onde fica o trabalho como constituidor do ser humano?.

    O professor Fbio frisou a questo de que o trabalho humanizador, cria iden-tidade, sendo que trabalhando, educa-se e educando-se, trabalha-se. No mesmo sentido, ressaltou que no nascemos humanos, nos humanizamos pelo e no trabalho. Lembrou que Paulo Freire tem muito a ensinar sobre isso, pois concebe o papel formativo do trabalho como uma prtica constituinte do ser humano.

    Aps, abordou a perspectiva de que, no capitalismo o trabalho remete a pr-mio, o que distorce o seu significado, pois est no centro das disputas de clas-ses. Partindo desse conceito, fez os se-guintes questionamentos: Que classes sociais estudam no IFRS? Como tornar o IFRS mais atrativo para classes com maior poder aquisitivo?

    Partindo dessa provocao, relatou que o trabalho vira mercadoria no capi-talismo pelo processo de venda da fora de trabalho. As relaes de trabalho tor-nam-se neutralizadas na medida em que o trabalho como mercadoria torna-se a

  • 14

    MES

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    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

    forma hegemnica de trabalho e nega as outras formas de trabalho existentes ao longo da histria. O mundo l fora mercado de trabalho, no h como ne-gar, mas podemos no processo educativo nos tornarmos crticos deste trabalho de-sumano e opressor que torna o trabalho mercadoria.

    O modelo de escola atual surge em conjunto com a fbrica, tendo a finalida-de de adaptar o trabalhador a esse novo tipo de trabalho. Assim, pensar Escola e Educao dissociada do Trabalho su-perficial e ingnuo. preciso formar alu-nos crticos que transformem o mercado de trabalho.O grande desafio da escola construir valores capazes de atender aos interesses do conjunto da humanidade. H uma desintegrao da escola stric-to sensu e a escola da vida, pois separa contedos, disciplinas, formao geral e especfica. O Proeja surge como possi-bilidade de uma nova articulao para repensar a educao e o trabalho.

    Para finalizar, ressaltou que se faz necessrio construir valores capazes de atender aos interesses do conjunto (coletivo) da humanidade e conceber o trabalho politicamente engajado, reco-nhecendo o sujeito em uma sociedade de classes, suas contradies e disputas.

    Na sequncia, Adriana Ramos iniciou sua exposio ressaltando que os profes-sores que a antecederam trouxeram pen-samentos aproximados sobre o trabalho, provocando, aps uma reflexo, sobre os novos servidores e os motivos que os levaram a escolher o servio pblico, le-vantando algumas hipteses, tais como: salrio, estabilidade, segurana, garan-tia de emprego, exigncias da iniciativa privada, entre outras.

    A debatedora ressaltou que, na inicia-tiva privada, o trabalhador enriquece a empresa e seu patro, e no servio pbli-co, quem lucra? Partindo disso, mencio-nou que o trabalho deveria ser pautado pela prestao de servio sociedade e questionou at que ponto o pblico no

    se coloca a servio do privado. Nesse cenrio, abordou o modelo

    americano de servio pblico, estrutura-do em dois polos Estado/mquina - ser-vidores/peas. O servidor visto assim como um mero executor de tarefas, de-finidas pela cpula, sem investimento srio em capacitao. Segundo Adriana, nossas instituies de ensino no in-vestem e nem convidam os servidores a refletir sobre seu trabalho e a buscar ca-pacitao. Partindo desse contexto, fez os seguintes questionamentos: O que significa ser servidor pblico no IFRS? A instituio IFRS sabe quem somos ns? Ser que nos apropriamos do nosso tra-balho?

    Aps, reiterou que os servidores so conduzidos a reproduzir a lgica existen-te sem question-la e sem transform-la. necessrio retornar aos princpios do IFRS, mobilizando esforos para buscar justia, equidade, cidadania e tica nos processos de trabalho de ensino, pesqui-sa e extenso.

    Concluindo, salientou que a gesto necessita reconhecer a coletividade do trabalho, pois ningum trabalha sozinho, embora ocorra continuamente a ideia do individualismo. Como proposies, suge-riu o dimensionamento de pessoal, esta-belecimento de critrios mais coerentes para a alocao de vagas nos cmpus e a real implantao da gesto democrti-ca, caso contrrio o trabalhador no ter comprometimento com a instituio da qual ele no participou da construo.

    Como ltima explanao, o professor Marcelo Schmitt props-se a apresentar aspectos diferentes dos j referidos an-teriormente pelos outros palestrantes, marcadamente marxistas. Iniciou reco-nhecendo o arcabouo terico sobre o Trabalho e sobre a forma como se traba-lha, conflitos e divergncias, bem como a necessidade de respeitar os colegas.

    Posteriormente, iniciou uma discus-so sobre qual o profissional que se quer formar no IFRS para trabalhar no

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    sculo XXI? Refletindo sobre as mudan-as que isso implica em nosso trabalho, ressaltou que pensar a Instituio que queremos no uma questo trivial. Questionou acerca dos que querem ape-nas o emprego.

    Sendo o IFRS um Instituto de Educa-o, de Cincia e de Tecnologia e sendo uma Instituio nova, preciso saber para quem foi feito e como est organi-zada hoje. O professor Marcelo defendeu a ideia de que uma instituio deve es-tar a servio do pas e no do governo. Nessa perspectiva, a Escola deve estar a servio da sociedade, devendo estar em constante debate com o governo.

    Em seguida, mencionou que o Insti-tuto Federal republicano, ressaltando que os servidores precisam parar de agir como sditos, ou seja, esperar que o rei resolva, embora criticando a sua forma de agir. preciso tomar cuidado para no confundir a Instituio que se quer com o trabalho que se deseja, pois nem toda tarefa prazerosa. utopia idealizar um ambiente de trabalho per-feito, mas possvel equalizar as diferen-as e aspiraes pessoais.

    Tambm salientou que o que nos faz gostar do nosso trabalho trabalhar bem, mudando o que pode ser mudado, mas realizando com eficincia as tarefas que so delegadas. Usando exemplos da dinmica do trabalho nas multinacio-nais, afirmou que estamos na contramo da histria, no tendo as principais com-petncias do sculo XXI, que so colabo-rao e trabalho em equipe.

    Outros pontos destacados, na finaliza-o da participao do professor Marce-lo, foram a relao entre a liberdade e o cumprimento dos objetivos, questes so-bre dificuldades cotidianas do trabalho, aceitao da diferena do outro, neces-sidade de uma nova tica e colaborao entre a gesto e os servidores.

    A seguir, foi aberto um espao para discusses e questionamentos aos deba-tedores, sendo relevante ressaltar alguns

    pontos recorrentes, como:

    Colaborao e trabalho em equipe; Prazer em trabalhar; Gesto Democrtica; Papel do Estado na Educao do

    sculo XXI; Polticas de Gesto em relao aos

    servidores; Pluralidade de ideias no IFRS; Projeto de construo de um mundo

    melhor em nvel de Nao.

    Ao final, a coordenao da mesa e a relatoria propuseram alguns encaminha-mentos, reiterando que preciso que todos participem da construo de uma Instituio que contemple a coexistncia de diferentes concepes e um dilogo permanente e democrtico. Isto exige que a Gesto e os Trabalhadores do IFRS reflitam sobre o projeto de Escola (IFRS) e seu papel engajado na transformao da sociedade, considerando as relaes entre Trabalho e Educao e o Trabalha-dor como um sujeito histrico e social, como o prprio Projeto Pedaggico Insti-tucional do IFRS j preconiza.

    Neste sentido, aponta-se a necessida-de de se repensar algumas questes cen-trais acerca do Trabalho como Vivncia e a Instituio que Queremos tais como: a necessidade de um dimensionamento do quadro de pessoal a partir das reais demandas do Trabalho; a estruturao de um processo de acolhida ao servido-res; a redefinio do papel da Gesto de Pessoas; a participao coletiva na for-mulao e na implementao das Pol-ticas de Gesto de Pessoas; a reflexo sobre as relaes entre o processo edu-cativo e o trabalho na Escola; a forma como se pretende implantar a Gesto por Competncias e a avaliao do tra-balho dos servidores do/no IFRS; e, as questes vinculadas integrao social, acessibilidade e s leis de cotas tanto para alunos como para os trabalhadores do IFRS.

  • Pesquisa, Ps-Graduao e Internacionalizao do IFRS: Experincias, Possibilidades e DesafiosClarice Monteiro Escott1

    Glenda Heller Cceres2

    Evandro Manara Miletto3

    Flvia Santos Twardowski Pinto4

    Giovani Giotto5

    Maria Cristina Caminha de Castilhos Frana6

    Jlio Xandro Heck7

    INTRODUO

    Nesse artigo apresentamos as dis-cusses acerca do tema Pesquisa, Ps-Graduao e Internacionalizao no IFRS: Experincias, Possibilidades e Desafios, discutido em mesa-redonda ocorrida durante o 2 Seminrio Anual de Servidores (SAS) do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul8. A mesa foi coordenada pelo pr-reitor de Pesquisa, Ps-gradu-ao e Inovao, professor Jlio Xandro Heck, e contou com a participao dos professores Flvia Santos Twardowski

    1 Doutora em Educao, professora e pr-reitora adjunta de Pesquisa e Inovao do IFRS.2 Mestre em Letras, professora do Cmpus Bento Gonalves.3 Doutor em Cincias da Computao, professor do Cmpus Porto Alegre.4 Doutora em Engenharia de Produo, pro-fessora e diretora de Pesquisa e Inovao do Cmpus Osrio.5 Acadmico do Curso Superior de Enologia do Cmpus Bento Gonalves.6 Doutora em Antropologia Social, professora e diretora de Pesquisa do Cmpus Porto Alegre.7 Doutor em Biologia Celular e Molecular, professor e pr-reitor de Pesquisa e Inovao do IFRS.8 A mesa Pesquisa, Ps-Graduao e Interna-cionalizao do IFRS: Experincias, Possibilida-des e Desafios ocorreu no dia 18 de abril de 2013, na Fundaparque, em Bento Gonalves.

    Pinto (Cmpus Osrio), Maria Cristina Caminha de Castilhos Frana (Cmpus Porto Alegre) e Evandro Manara Miletto (Cmpus Porto Alegre). Tambm compu-seram a mesa como relatoras as profes-soras Clarice Monteiro Escott e Glenda Heller Cceres. Alm destes, participa-ram tambm os professores Cludio Leite (Cmpus Canoas) e Marcus Andr Kurtz Almana (Cmpus Bento Gonalves), como assistentes da mesa.

    A escolha do tema deu-se por meio de ampla participao dos servidores que destacaram a necessidade de discutir as polticas institucionais de fomento pesquisa, a participao dos servidores e alunos em projetos de pesquisa, a ope-racionalizao de bolsas, a infraestrutura de pesquisa no IFRS, dentre outros. No que se refere ps-graduao impera a necessidade de discutir as possibilida-des do IFRS para propor cursos de ps--graduao (especializaes lato sensu, mestrados profissionais e acadmicos, doutorados) uma vez que conta com boa quantidade de doutores na instituio, que busca o reconhecimento externo e novas possibilidades de colaborar ainda mais para a formao de uma socieda-de melhor. Destaca-se a necessidade de discutir as possibilidades de implemen-tar os nveis de ensino previstos em lei e nos quais o IFRS ainda no atua. Por fim, foi apontada a necessidade de abor-dar a internacionalizao, a importncia dos intercmbios de servidores e alunos, bem como a necessidade de convnios com instituies estrangeiras.

    Para tanto, o objetivo da mesa consis-

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    tiu em permitir que pessoas envolvidas diretamente com os temas em questo pudessem tecer as suas consideraes apresentando as suas experincias, apontando os problemas e as dificul-dades na operacionalizao das aes, problematizando as questes envolvi-das, bem como apresentando os desa-fios que se avizinham e as possibilidades existentes no IFRS para consolidao da pesquisa, da ps-graduao e da inter-nacionalizao.

    Para melhor organizao das questes abordadas pelos componentes da mesa, o artigo est organizado conforme sequ-ncia das temticas em foco. Por fim, apresentamos os tpicos principais de-correntes das discusses suscitadas pelo contedo trazido pelos participantes da mesa e apontados pelos docentes e tc-nico administrativos que participaram do evento e prestigiaram a mesa.

    A PESqUISA NO IFRS

    O tema Pesquisa no IFRS foi abordado pela professora Flvia Santos Twardo-wski Pinto, que organizou sua fala em trs eixos: Pesquisa no IFRS - viso dos gestores

    de P&I: Obstculos x conquistas Pesquisa no IFRS - viso do pesquisa-dor: Obstculos x conquistas Aes da Propi

    Ao abordar a Pesquisa no IFRS na vi-so dos gestores de P&I, a palestrante analisa resolues e instruo norma-tivas da pesquisa e inovao do IFRS, destacando, em especial, a Resoluo Conselho Superior (Consup) n 094 / 2010 - Regimento do Comit de Pes-quisa e Inovao; a Resoluo Consup n 095 / 2010 - do Programa Geral de Incentivo Pesquisa e Inovao; e, a Re-soluo Consup n 096 / 2010 - Regi-mento do Programa de Bolsas e Auxlio Institucional (Retificada pela Resoluo n 016/2011). Dentre os obstculos in-dicados pela professora, destacou, em especial, o engessamento dos fluxos e processos de pesquisa impostos, em es-pecial pela Resoluo Consup n 96/10 no que se refere:

    a exigncia de dedicao de 16 horas semanais do bolsista para o de-senvolvimento dos projetos a que est vinculado, o que prejudica a participa-o de alunos do curso tcnico na mo-dalidade integrada, em especial dos cur-sos que so ofertados em turno integral.

    Participantes apontaram desafios e possibilidades para a consolidao da pesquisa no IFRS

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    DANIEL DE MOURA

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    Alm disso, h uma incoerncia frente ao que definem as diretrizes de editais externos (como o Pibic-EM CNPq, por exemplo, que exige dedicao do aluno a partir de 8 horas).

    a definio da concesso de somen-te 1 (um) Auxlio Institucional Produo Cientfica e/ou Tecnolgica (AIPCT) por projeto, por perodo de 12 (doze) meses, no sendo permitida a renovao;

    a definio de que cada servidor (orientador) poder ter apenas um pro-jeto contemplado pelo AIPCT e somente um aluno bolsista, em cada modalidade Bolsa de Iniciao Cientfica e/ou Tecno-lgica no Ensino Superior (Bictes) e/ou Bolsa de Iniciao Cientfica e/ou Tecno-lgica no Ensino Tcnico (Bicet), vincu-lado ao projeto selecionado, sendo que o projeto contemplado no poder receber recursos externos na modalidade reque-rida (Bolsa de Iniciao Cientfica e/ou Tecnolgica e AIPTC).

    No que se refere s Instrues Nor-mativas (IN) da Pr-Reitoria de Pesqui-sa e Inovao (Propi), destacou a IN n 015, de 07 de Dezembro de 2012 que Regulamenta a utilizao e prestao de contas dos recursos do Auxlio Institucio-nal Produo Cientfica e/ou Tecnol-

    Flvia destacou a importncia de participao dos servidores em pesquisa e editais externos

    gica (AIPCT), que, no Artigo 2, 2, define que:

    despesas relacionadas com hos-pedagem e alimentao, passa-gens e despesas com deslocamen-to, apenas para o desenvolvimento das atividades do projeto de pes-quisa9, podero ser executadas sem oramento prvio, entretanto dever ser optado pelo menor valor

    possvel.

    Tal definio acaba por impedir que docentes e estudantes possam utilizar o fomento para deslocamento e despe-sas para apresentao dos resultados da pesquisa em eventos cientficos. Para ilustrar a colocao, relatou a experi-ncia de alunos que ganharam premia-es na segunda maior mostra tcnica do Brasil (27 Mostra Internacional de Cincia e Tecnologia - Mostratec) e que, como premiao, foram contemplados com a possibilidade de apresentar o tra-balho em importante evento cientfico no Chile, sem a possibilidade de utilizao dos recursos disponveis em funo da referida IN.

    No entanto, ressalta que a Propi no-

    9 Destaque da palestrante.

    GABRIELA MOREL

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    meou um Grupo de Trabalho integrado por membros do Comit de Pesquisa e Inovao (Copi) que estuda proposta de reformulao das Resolues (a serem encaminhadas para aprovao do Con-sup) e das Instrues Normativas relati-vas aos processos e fluxos da pesquisa e da inovao.

    Relatou o desconhecimento por par-tes de alguns pesquisadores relaciona-dos aos editais de cotas individuais da Fundao de Amparo Pesquisa do Es-tado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Os projetos submetidos pelos pesquisadores devem ser assinados pelo representante legal do IFRS o que, em funo da carac-terstica multicampi da Instituio, traz dificuldades, uma vez que no pode ser assinado pelo diretor-geral de cmpus, mas apenas pela reitora, pelo pr-reitor e pela pr-reitora adjunta de Pesquisa, Ps-graduao e Inovao, condio essa definida em funo das regras da referida agncia de fomento.

    Considerando o histrico e as carac-tersticas inerentes organizao aca-dmica dos Institutos Federais, a pales-trante destaca:

    Forte identidade para atendimento de atividades do ensino (aulas prticas) em detrimento das atividades de pesqui-sa;

    Infraestrutura precria para a reali-zao de pesquisa, principalmente nos cmpus novos;

    Dificuldade de ter bolsistas dos cur-sos superiores, principalmente em cida-des da serra gacha onde as oportunida-des de trabalho so mais atraentes por remunerarem melhor;

    Falta de interesse de participao de alguns docentes em atividades de pesquisa devido a alta carga horria de ensino e/ou atividades administrativas;

    Diminuio da pesquisa no IFRS devido a muitos servidores estarem re-alizando seus doutorados e mestrados.

    Alm disso, destacou as dificuldades com o sistema de cadastro de processos

    de pesquisa SIGProj/Sipes que no aten-de as necessidades dos cmpus e dos pesquisadores, no d autonomia aos diretores/coordenadores de Pesquisa, no tem interface com outros sistemas como, por exemplo, o Diretrio de Gru-pos de Pesquisa/CNPq e no oferece fer-ramentas que contribuam para a tomada de deciso de gesto. Salientou que interessante que exista um sistema, mas que o mesmo atenda as necessidades existentes.

    Dentre os obstculos apontados, ain-da foi referida a dificuldade dos pesqui-sadores distinguirem as modalidades de pesquisa e bolsas de Iniciao Cientfica e Iniciao Tecnolgica, definies e pr-ticas que necessitam, ainda, ser apro-fundadas no IFRS entre os atores envol-vidos.

    O terceiro tpico contemplou as con-quistas, entre elas aquelas alcanadas por intermdio do programa Cincia sem Fronteiras (CsF). O IFRS conta atualmen-te com 5 (cinco) alunos participantes na graduao sanduche e cerca de 70 ins-critos nesse programa para as selees em andamento. Salientou a importncia das parcerias interinstitucionais e empre-sariais (como as que se do com a UFR-GS, Embrapa e Petrobras, por exemplo) e reforou a importncia da vinculao entre os trabalhos do trip ensino, pes-quisa e extenso. Relatou as dificuldades do Cmpus Canoas para a montagem dos laboratrios de automao industrial e robtica, conquista esta obtida a partir de um convnio com a Petrobras.

    Dentre as aes da Propi consideradas como conquistas, destacou o fomento e orientao em relao participao de pesquisadores em editais externos.

    Como resultado das polticas e aes de pesquisa e inovao, destacou que di-versos trabalhos foram apresentados em diferentes eventos cientficos entre 2011 e 2012, desde eventos tecnolgicos a universitrios. Mostrou que na IV Jorna-da de Produo Cientfica da Educao

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    Profissional e Tecnolgica da Regio Sul o IFRS levou 16 trabalhos de 5 cmpus, obtendo 12 premiaes. Ressaltou ainda a importncia do I Seminrio de Inicia-o Cientfica e Tecnolgica do IFRS (I SICT), realizado pela Propi.

    As reflexes sobre a pesquisa no IFRS encerram com o chamamento aos pro-fessores para participao na pesquisa e nos editais externos, pois h bolsas e fomentos disponveis. A captao de fo-mento externo importante no s para a consolidao da pesquisa no IFRS, mas tambm para os estudantes, uma vez que todos os bolsistas testemunham a favor de suas experincias.

    A PS-GRADUAO NO IFRS

    Ao discutir a temtica da Ps-Gradua-o no IFRS, a professora Maria Cristi-na Caminha de Castilhos Frana iniciou sua fala contextualizando o Projeto Bra-sil Profissionalizado (2007) que, poste-riormente, deu origem, em 2008, aos Institutos Federais (IF). Considerando a necessria compreenso do processo histrico da educao profissional no Brasil, fez um breve resgate que conside-rou, alm da linha de tempo, a concep-o subjacente a cada perodo, a partir dos Ciclos desenvolvimentistas que de-ram veemncia educao profissional:

    no imprio: liceus de artes e ofcios na Repblica: colgios/escolas tc-

    nicas e escolas normais de formao de professores.

    na novssima Repblica: institutos federais, especializaes, mestrados e futuros doutorados profissionais na ps--graduao. (PNPG 2011-2020)

    Nesse cenrio, passou a analisar com mais profundidade a ps-graduao no Brasil, referindo que esse nvel de ensi-no compreende programas que podem ser oferecidos por uma ou mais unida-des (interinstitucional, intercmpus) nas nove grandes reas (Capes), quais sejam: Cincias Agrrias; Biolgicas; da

    Sade; Exatas e da Terra; Humanas; So-ciais Aplicadas; Engenharias; Lingusti-ca, Letras e Artes; Ensino e Multidisci-plinar. Os programas podem ser estrutu-rados nas modalidades lato sensu (espe-cializao) ou stricto sensu (mestrado e doutorado). Os cursos de ps-graduao stricto sensu oferecem a oportunidade de desenvolvimento cientfico e aprofun-damento da formao obtida no nvel de graduao. Os Programas de Ps-Gradu-ao tm como objetivo a formao de recursos humanos altamente qualifica-dos, com vistas ao ensino, pesquisa e ao desenvolvimento cientfico e tecnolgico.

    Desta forma, o projeto nacional apon-ta para a necessidade dos programas de ps-graduao que contribuam para a formao de quadros para os setores produtivos na indstria, servios e gover-nos. Destacou que a graduao e a espe-cializao so revises de conhecimen-tos j produzidos. Em contrapartida, na ps-graduao em nvel de mestrado e doutorado h pesquisas que ampliam o campo cientfico e tecnolgico. O stricto sensu, para ela, localiza-se em um pa-tamar mais elevado de reconhecimento, participao e conhecimentos produzi-dos.

    Alguns dados estruturantes da con-juntura atual dos Programas de Ps-gra-duao foram retomados, desde a poca do imprio, com os liceus; na Repblica, com colgios ou escolas tcnicas; e na Nova Repblica, com os IF, nos quais h especializaes, mestrados e futuros doutorados profissionais. O ensino pro-fissionalizante visa qualificar pessoas para o mercado de trabalho, mas sofre certo estigma histrico. Nesse processo h que se considerar a importncia da proposta dos IF e a professora remete a uma afirmao do professor Jlio Xan-dro Heck em 2010 (ento vice-diretor do Cmpus Porto Alegre do IFRS) que, ao ser indagado em um evento de formao sobre qual era o projeto que se apresen-tava aos novos servidores, respondeu:

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    a possibilidade de construir a histria do Instituto!

    Nesse contexto, o sistema de ensino deve oferecer respostas estratgicas aos problemas nacionais, atravs do fortale-cimento da educao profissional (nfa-se verticalizao do ensino no caso dos IF) com vistas ps-graduao, cujos egressos estaro voltados para mercados no acadmicos (empresas, rgos do governo, organizaes no governamen-tais, movimentos sociais e culturais). A inovao se insere, nessa proposta, como um novo paradigma.

    A professora apontou, tambm, alguns desafios, quais sejam: a) a necessidade de o sistema de ensino oferecer respos-tas estratgicas para a engrenagem de um projeto que nacional; b) a nfase que tem de ser dada verticalizao do ensino, entendendo que a ps-gradu-ao poderia fazer parte desse quadro de verticalizao; e, c) o imperativo de um dilogo constante e de ajuda mtua entre os nveis de escolaridade, quando se trata de um mesmo projeto. Ademais, considerou que os egressos no estaro voltados para o mercado, pois est se organizando um novo paradigma, volta-do para a coletividade (como empresas,

    rgos do governo, ONGs, movimentos sociais e culturais). Participando do Co-mit de Pesquisa do IFRS (Copi), deu-se conta de que as pessoas devem compre-ender pesquisa no como algo particular de seu cmpus, mas como um amplo projeto do Instituto Federal.

    Alm disso, apresentou requisitos para a implantao de programas de ps-graduao, entre os quais destacam--se: a maturao institucional, a partici-pao de pesquisadores produtivos e a existncia de infraestrutura e ambiente consolidados de pesquisa.

    Ao analisar o Plano Nacional de Ps--Graduao, que prev mestrados profis-sionais, apontou que o ponto de partida deveria dar-se com base em:

    diagnstico de necessidades e ofer-tas;

    urgncia de novos arranjos institu-cionais com base em indicadores de so-lidariedade (principalmente no trabalho coletivo dos mestres e doutores, com vistas a no desperdiar capital intelec-tual);

    formao de uma nova agenda de pesquisa (combinando temas, priorida-des e campos disciplinares);

    implementao de aes efetivas

    Implantao de programas de ps-graduo foi um dos temas discutidos na mesa-redonda

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    que atendam a realidade social. Como impasses para a promoo dos

    mestrados profissionais citou o indispen-svel trabalho interdisciplinar, a compo-sio de grupo e linhas de pesquisa di-recionados aos objetivos do Programa, a integrao de pesquisadores com expres-siva produo, a insero internacional e a submisso avaliao da Capes como ferramenta de padronizao dos PPGs.

    Para exemplificar a possibilidade con-creta dos processos de implementao de Programas de Mestrado Profissio-nal, a professora Maria Cristina Frana relatou a experincia do Cmpus Porto Alegre, que resultou na no autorizao da proposta pela Capes. A partir dessa experincia props, ento, uma reviso sobre os procedimentos, o que vem se constituindo em um aprendizado conjun-to daqueles que idealizaram tal projeto.

    Finalizando, a professora Maria Cris-tina sugeriu repensar a Resoluo Con-sup n 82 de 19 de outubro de 2011, que aprova o Regulamento da Atividade Docente do Instituto Federal de Educa-o, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), no sentido de definir uma destinao de horas especificamente para a participao em ps-Graduao.

    INTERNACIONALIzAO DO IFRS

    O professor Evandro Manara Miletto or-ganizou sua anlise sobre a Internaciona-lizao do IFRS partindo de experincias pessoais, passando pela internacionali-zao propriamente dita e alguns depoi-mentos de participantes de programas de pesquisa internacionais para, ento, chegar s consideraes finais. Iniciou sua fala com a questo: Onde quere-mos chegar? Para responder a questo, retomou o processo de insero do IFRS no cenrio da internacionalizao, quan-do da assinatura do acordo de coopera-o durante a Conferncia Anual de Vi-sitas Tcnicas a Colleges e Faculdades, promovido pelo Conif e ACCC - Nigara

    Falls, Canad, em 2010.A assinatura do referido acordo de co-

    operao possibilitou que, em 2011, o Cmpus Porto Alegre recebesse 4 (qua-tro) alunos do Cgep de Sherbrooke, Qubec, para realizao de pesquisa e extenso na rea da biotecnologia como parte das atividades de construo do seu Trabalho de Concluso de Curso (TCC). Para tanto, os alunos contaram com o apoio do Programa de Acolhimen-to ao Aluno Estrangeiro (Coordenado pelo Ncleo de Acompanhamento Aca-dmico - NAAc), bem como com a orien-tao dos professores Telmo Ojeda, Mr-cia Bndchen, Paulo Artur Xavier Konzen de Melo e Silva e ngelo Cssio Horn do mesmo Cmpus.

    No mesmo ano de 2011, o IFRS or-ganizou uma misso ao Canad para visitas tcnicas e apresentao de proje-tos, na qual participaram, alm de repre-sentantes da Reitoria, trs docentes do IFRS, selecionados por edital, a saber: professora Jlia Marques (Cmpus Ben-to Gonalves), professor Anderson Fa-vero Porte (Cmpus Rio Grande) e pro-fessor Evandro Manara Miletto (Cmpus Porto Alegre).

    Como resultado dessa misso, o Cm-pus Porto Alegre recebeu em 2012 um grupo de sete estudantes e dois docentes do Cgep de Sherbrooke, Qubec, para desenvolvimento de projetos de pesqui-sa e extenso nas reas de informtica e meio ambiente. Com envolvimento dos professores Simone Kapusta, Andr Pe-res, Telmo Ojeda e Evandro Manara Mi-letto, foram ministrados aos estudantes canadenses e brasileiros cursos em suas reas especficas. Cabe ressaltar que os instrutores dos cursos foram os prprios alunos, que aceitaram o desafio e a pro-posta de promover a integrao e desen-volver habilidades de comunicao em outro idioma. A ao tambm possibili-tou o desenvolvimento de um projeto de pesquisa sobre Qualidade da gua, o qual j resultou na publicao de um ar-

    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

  • Um dos princpios das relaes

    internacionais a cooperao entre

    os povos para o progresso da humanidade.

    (Art. 4, IX CF)

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    tigo em conjunto. Em 2013, o Cmpus Porto Alegre re-

    ceber um grupo de seis alunos e uma docente da mesma instituio canaden-se com a proposta de realizar, da mes-ma forma, atividades de pesquisa e ex-tenso, quais sejam: complementar as atividades j iniciadas no ano anterior, desenvolvimento de softwares, ativida-des do projeto de pesquisa Qualidade da gua, experimentos e avaliaes, reda-o de artigo, alm de atividades cultu-rais e de integrao.

    Como resultado dessa parceria, atual-mente o Cmpus Porto Alegre e o Cgep de Sherbrooke desenvolvem, conjunta-mente:

    Projeto de Pesqui-sa Qualidade da gua envolvendo seis pro-fessores, seis alunos e um artigo publicado em conferncia nacio-nal;

    Projeto Cinema, Cultura e Mundo do Trabalho em fase de implementao: envol-vendo 136 alunos e seis professores;

    Projeto de Inclu-so Social em fase de implementao: envol-vendo seis professoras e alunos.

    Posteriormente, o professor Evandro abordou com mais profundidade o tema da Internacionalizao, comentando que esta pode ser analisada sobre dois enfoques: o institucional e o acadmi-co (GUIMARES, J. 2012). No enfoque institucional o professor Evandro deta-lhou objetivos mais voltados ao marke-ting interno e externo visando renome institucional; popularizao de cursos; realizao de eventos internacionais; atrao de pesquisadores e produo bibliogrfica. No enfoque acadmico, ressaltou uma preocupao maior com a formao de pessoas, foco na educao

    e cincia; intercmbio de experincias com estrangeiros; aes docentes/dis-centes; colaborao para a cincia atra-vs de atividades de formao, impacto na pesquisa, bem como debates de inte-resse comum.

    Nesse cenrio, analisou e questionou o sentido da internacionalizao, desta-cando um dos princpios das relaes in-ternacionais: cooperao entre os povos para o progresso da humanidade. (Art. 4, IX CF) Destacou, tambm, que no h diretriz explcita para a internaciona-lizao acadmica, referindo que esse processo representa [...] mecanismo essencial para a formao acadmica e para a soluo de problemas brasileiros

    e comuns da humanida-de. (TELES, 2005)

    O professor Evandro Miletto tratou, ademais, dos princpios das rela-es internacionais e da internacionalizao dos IFs, ressaltando objetivos, importncia, linhas mes-tras e estratgias. Entre as estratgias salientou os itens: estruturao da assessoria internacional; capacitao de assesso-res e equipes; promoes de acordo com institui-

    es estrangeiras; criao de projetos de cooperao tcnica; realizao de ativi-dades de mobilidade; atualizao dos portais institucionais e fomento prtica de idiomas. Como modalidades de co-operao, mencionou que os servidores contam com misses, estgios, dupla diplomao e possveis recursos (bolsas CNPQ/Capes; fomento interno e o pro-grama Cincia sem Fronteiras).

    Finalizando, o professor Evandro apontou como desafios a serem enfren-tados na consolidao da internaciona-lizao do IFRS: programas eficientes de cooperao; flexibilidade curricular; compatibilidade curricular; previso dos

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    impactos na matriz oramentria; cria-o de programas lingusticos; inter-cmbio de estudantes, tendo em vista, sempre, o compromisso social. Diante desse cenrio, questionou possibilidades para abordar a internacionalizao. Su-geriu, por exemplo, a oferta de bolsas de estudo no exterior para os alunos com melhor desempenho acadmico e busca de recursos/editais para professores visi-tantes. Apontou, tambm, algumas su-gestes de aes ou processos a serem criados ou aprimorados no IFRS: assu-mir a internacionalizao como poltica e ao institucional; clareza quanto ao modelo e responsabilidades das institui-es envolvidas; treinamento de pessoal de suporte; site institucio-nal com verso em lngua inglesa; aproveitamento curricular da ao reali-zada no exterior (estgio); participao dos docentes visitantes em bancas; en-volvimento com ensino, pesquisa e extenso; bus-ca de editais que fomen-tem essas aes; currcu-lo internacionalizado e fle-xvel; e fomento ao estudo de idiomas. Alm dessas aes, sugeriu tambm a identificao de institui-o parceira potencial para complemen-tar o desenvolvimento local; publicao e utilizao de material em lngua ingle-sa para ambientar estudantes; criao de pgina com programas e projetos em desenvolvimento e divulgao do Progra-ma Ingls sem Fronteiras.

    Na sequncia das apresentaes so-bre o tpico Internacionalizao, o alu-no Giovani Giotto, acadmico do Curso Superior de Enologia do Cmpus Bento Gonalves relatou a sua experincia no Programa Cincia sem Fronteiras. O re-lato foi realizado por vdeo gravado espe-cialmente para o evento, j que o aluno encontra-se finalizando suas atividades

    junto Universidade Catlica do Chile. No relato, o aluno apontou as dificulda-des encontradas no incio do Programa, j que havia pouca informao acerca dos procedimentos necessrios para que o intercmbio se concretizasse. Cita a falta de um fluxo de procedimentos estabelecido no IFRS e at mesmo no CNPq para que proporcionasse a solu-o das dificuldades. No entanto, reitera fortemente a importncia do Programa no seu desenvolvimento profissional e pessoal, pois no Chile, pde ter contato com novas estratgias de ensino e pes-quisa, que certamente sero importan-tes no seu exerccio profissional. Alm disso, lembrou a sua origem humilde no

    interior do municpio de Flores da Cunha e que, sem o Programa jamais teria tido uma oportunidade como essa. Destacou tam-bm a enorme ajuda prestada pelo professor Marcus Almana, seu orientador no Cmpus Bento Gonalves e que o ajudou em todos os momentos. Por fim, apela aos professores que incentivem os seus alunos a fazerem inter-

    cmbio com outros pases.

    DISCUSSES E ENCAMINHAMENTOS

    As reflexes apresentadas pela mesa so-bre as temticas da pesquisa, da ps--graduao e da internacionalizao suscitaram questionamentos dos partici-pantes do evento, entre os quais desta-cam-se: fomento s revistas cientficas no IFRS; valorizao do conhecimento de Ln-gua Estrangeira na experincia de inter-cmbio, incentivo qualificao docente com critrios mais claros para afastamento,

    Aluno do Programa Cincia Fronteiras

    pde ter contato com novas estratgias

    de ensino e pesquisa, que sero importantes no seu

    exerccio profissional

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    inclusive valorizando as instituies es-trangeiras; critrios Capes para a implantao de PPGs no IFRS; nfase no vnculo entre os elementos do trip ensino-pesquisa-extenso; o papel da pesquisa bsica e da pes-quisa aplicada no perfil institucional; sistema SigProj; Programa Cincia sem Fronteiras.

    CONSIDERAES FINAIS

    A construo de uma relao de cola-borao entre a Propi e os cmpus foi definida com vistas ao fortalecimen-to de gesto dos processos inerentes rea, bem como para a consolidao da pesquisa, ps-graduao e inovao no IFRS.

    O 2 SAS configurou-se como um es-pao privilegiado de trocas, pois possi-bilitou um debate profcuo entre a mesa e os servidores participantes. Tal dilogo suscitou um valioso processo de avalia-o das polticas e aes da pesquisa, da ps-graduao e da internacionalizao. Entendemos como LEITE, TUTIKIAN, HOLZ (2000) que a qualidade do ensi-no, da pesquisa e da extenso em uma instituio complexa como o caso do IFRS, no pode ser avaliada atravs de:

    um atributo abstrato, traduzido em determinada propriedade ou con-junto de propriedades inerentes a um objeto, comparada(s) a outros padres de referncia. A qualidade um juzo valorativo que se cons-tri socialmente e, em consequn-cia, implica escolha de um sistema valorativo em um determinado es-pao social. [...] no se pode dis-cutir a problemtica da qualidade sem considerar a pertinncia da educao [...]. (LEITE, TUTIKIAN, HOLZ (2000, p. 24)

    Assim, o contedo reflexivo sobre o processo de implementao da pesqui-sa, da ps-graduao e da internacio-nalizao, suas dificuldades e possibili-dades, constituem-se de sentido apenas

    e somente atravs da voz daqueles que constroem cotidianamente o IFRS. A participao , portanto, condio bsi-ca da gesto democrtica inerente aos processos das instituies pblicas de ensino.

    Por fim, espera-se que as reflexes prossigam e, acima de tudo, sejam transformadas em aes de superao na pesquisa, na ps-graduao e na in-ternacionalizao, e que este momento institucional nico possa servir como uma valiosa ferramenta de gesto para os prximos anos.

    REFERNCIAS

    BRASIL. Plano Nacional de Ps-Gradua-o - PNPG 2011. 2v. Braslia, DF: CA-PES, 2010.

    BRASIL. Constituio Federal. Dispon-vel em: . Acesso em 14 abr. 2013.

    GUIMARES, J. A. A Internacionali-zao da Universidade Brasileira no presente contexto educacional, suas Perspectivas e o papel dos Professores Titulares. Conferncia no ICB. UFRJ. Disponvel em: . Acesso em: 14 abr. 2013.

    LEITE, Denise; TUTIKIAN, Jane; HOLZ, Norberto. Avaliao e compromisso. Cons-truo e prtica da avaliao institucional em uma universidade pblica. Porto Ale-gre: Ed. Universidade, UFRGS, 2000.

    TELES, A. C. T. O. Internacionalizao acadmica: um percurso de desafios. Revista da UFG, v. 7, n. 2, dez. 2005. Disponvel na Web: < http://www.pro-ec.ufg.br/revista_ ufg/45anos/K-interna-cionaliza.html >. Acesso em: 14 abr. 2013.

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    A mesa-redonda Possibilidades e Desafios de uma Instituio Multi-cmpus: como construir a unidade?, coordenada pelo pr-reitor de Desenvol-vimento Institucional, Osvaldo Casares Pinto, teve como participantes a reitora da Universidade Federal do Pampa (Uni-pampa), Ulrika Arns; o reitor do Instituto Federal Sudeste de Minas, Paulo Rogrio Arajo Guimares; o professor do Cm-pus Rio Grande, Jos Eli Santos dos San-tos; e o diretor-geral do Cmpus Canoas, Mariano Nicolao. Foram relatores Lucio Vieira, do Cmpus Porto Alegre, e Fbio A. Marin, do Cmpus Bento Gonalves.

    A grande cena do debate se deu pe-las percepes de um docente em sua vivncia de cmpus, de um gestor na condio de diretor de cmpus e de dois reitores, sendo de um IF e de uma IES. A seguir as percepes sentidas:

    PROFESSOR JOS ELI S. SANTOS CMPUS RIO GRANDE

    Aps trazer breve histrico acerca do cmpus, buscando situar o mesmo no contexto histrico no IFRS, passou a identificar:

    Dificuldades sentidas: Sensao de retrocesso; Insegurana jurdica (normas para

    concursos, progresso, afastamento); Falta de padronizao de procedi-

    mentos administrativos; Falta de autonomia.

    Oportunidades: Construo coletiva e democrtica; Diversidade cultural; Quebra de paradigmas; Participar da revoluo da educa-

    Possibilidades e Desafios de uma Instituio Multicmpus: Como Construir a Unidade?

    Processo de integrao dos cmpus do IFRS foi debatido entre os participantes da mesa

    GABRIELA MOREL

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    o profissional.

    Principais desafios: Agilizar a regulamentao das nor-

    mas (nmero de servidores, distncia); Motivar alunos e servidores a par-

    ticipar; Respeitar os arranjos produtivos lo-

    cais; Conciliar os interesses respeitando

    as diferenas e mantendo a unidade.

    PROFESSOR MARIANO NICOLAO DIRETOR DO CMPUS CANOAS

    Por que ser estrutura multicmpus?Porque foi criado pela Lei. Os Insti-

    tutos Federais so instituies de educa-o superior, bsica e profissional, pluri-curriculares e multicmpus.

    Dificuldades:Necessidade de estreitamento das

    relaes entre os cmpus em todos os mbitos (Ensino, Pesquisa, Extenso & Administrativo).

    Como construir:Pela estratgia da comunicao, atra-

    vs de padronizao de metodologias, com vista fluidez de informaes. Ex: portal web institucional. O que estaria nos portais?

    Sugesto: melhor uso das mdias di-gitais, tais como webconferncia.

    Como construir a unidade?

    No Ensino Respeitando as especificidades, a ter-

    ritorialidade, unificando as matrizes cur-riculares.

    Estabelecer organicidade pedaggica quanto aos modelos de avaliao e da organizao didtica (semestre, bimes-tre, nota, conceito);

    Na Gesto do Conhecimento

    Independente de quem tem cargo, os conhecimentos adquiridos devem ser perpetuados e socializados, ou seja no pertencem ao servidor e sim ao meio ins-titucional.

    PROFESSOR PAULO ROGRIO ARAJO GUIMARAES REITOR DO INSTITUTO FEDERAL SUDESTE MINAS

    Dificuldades no processo de integrao decorrente de estrutura multicmpus, culturas distintas e falta de referencial a seguir.

    Assim como o IFRS, o IF nasceu de uma composio multicmpus, com ca-ractersticas prprias, culturas plurais; exigindo discusso complexa. Pela falta de referencial cada qual seguia seu cami-nho. Observa que o processo de expanso tambm est seguindo este caminho. As prticas correntes observadas se pautam no patrimonialismo, fomento diferen-a, territorialismo exacerbado, interesses polticos partidrios colocados acima da proposta ou do estudo pedaggico. H conceitos de expanso diferentes em cada cmpus. Resposta do governo no acompanha o previsto no plano de metas, fragilizando o prprio plano.

    O governo no fomenta o todo, mas ao mesmo tempo cobra resultados para divulgar para a sociedade.

    Outro ponto que gera preocupao a fragilidade dos vnculos dos professores que atuam em EaD e PRONATEC.

    Identifica tambm a dinmica gover-namental: lentido das aes quanto liberao de cdigos de vagas, recursos humanos insuficientes, infraestrutura inadequada, Sistema de Gesto Integra-da que no responde adequadamente ao criado.

    Sugesto: O uso de boas prticas dentro do IF: Autonomia dos cmpus; Oramento Participativo;

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    rgos colegiados representativos; Audincias e Consultas Pblicas; Fruns e comits; Diretrizes Gerais (Assistncia Estu-

    dantil, Afastamento, Editais Referenciais); SPCH.

    Possibilidades e desafios: construin-do a unidade

    Papel da Reitoria:Como agente de integrao e articu-

    lao - Gesto, Ensino, Pesquisa, Exten-so, Esporte, Lazer, Cultura e Arte (servi-dores e alunos).

    Como agente de planejamento estra-tgico - definindo realmente qual o papel daquele cmpus naquele recorte evo-cando como principio a ser respeitado a pluralidade e as diferenas histricas culturais, reconhecendo que possvel crescer respeitando as individualidades, tendo como meta a excelncia acadmi-ca com um todo.

    PROFESSORA ULRIkA ARNS REITORA UNIPAMPA

    Breve apresentao a respeito de estru-

    Estrutura multicmpus: discusso complexa

    GABRIELA MOREL

    tura recebida e da criao a partir da tutela de duas universidades federais (UFPeL e UFSM).

    Desafio de Gesto: Incluso social e excelncia aca-

    dmica - compromisso social com qualidade acadmica

    Constituir-se enquanto equipe de gesto - princpios da gesto democr-tica (desafios da convivncia ouvir/fa-lar/ceder/construir coletivamente )

    De ordem pedaggica estruturalFocar a questo aspecto humano,

    e aspecto pedaggico. Definir cursos para atender a demanda, visto que grande parte dos alunos da IES so advindos das classes sociais C, D e E.

    Definir projetos pedaggicos arti-culados: graduao e ps-graduao tentando incorporar a teoria e a pr-tica num modelo de extenso na for-mao curricular.

    Estabelecer a investigao no ensi-no acadmico como princpio bsico em modelos curriculares flexveis e inovadores.

    Como construir a unidade?Pela participao coletiva nas de-

    cises, respeitando a diversidade, mantendo dilogo permanente com a comunidade interna e externa, bus-cando espelhar as aes da IES aos anseios dos construtos em que esto inseridos, sempre dialogando no m-bito coletivo plural e no no individu-al, ou seja, um processo de forma-o continuado; propondo a criao de frum de diretores incentivando a discusso e dilogo franco.

    DEBATE

    Por encaminhamento da mesa foram abertos questionamentos:

    Comunicao

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    29Para palestrante, unidade construda pela participao coletiva, respeitando a diversidade

    Necessrio que se busquem ferramen-tais para socializar o que o IF produz. Como fazer? Deve-se buscar meios que sejam de uso comum ao usurio. Uma das prticas sugeridas o uso de mdia eletrni-ca, como o portal web. Relevante saber o que se quer com isso, quem ir operacionalizar e que resultados se desejam. O pano de fundo traz a necessidade de estabe-lecer canais confiveis de acesso a informao tanto para o pblico in-terno como para a so-ciedade. O que se busca com isso transformar as aes em algo produ-tivo, que no fique apenas restrito a A ou B, mas que seja do coletivo.

    AutonomiaConstata-se que h uma pluralidade

    quanto ao processo democrtico da au-tonomia. Enquanto alguns querem ple-na; outros desejam apenas autonomia delegada, ou nenhuma. Como proposta

    necessrio definir uma estratgia geral a ser usada nos cmpus, contudo im-portante buscar o refinamento em cada local, respeitando as caractersticas pr-

    prias.

    Padronizao de processos

    Est claro que ne-cessrio e urgente que se faam mapeamentos macro e micro das fun-es e atividades em cada cmpus e a par-tir de tal definir as es-pecifidades. A questo explicitada refere-se responsabilidade pela operacionalizao do processo, ou seja, quem

    ir executar? Como possibilidade aponta-da: contratao de pessoa jurdica.

    Fruns democrticosChama ateno que, em sendo demo-

    crticos, sejam eficientes e eficazes. A discusso nestes deve apontar para uma deciso mesmo que essa seja posterior-mente modificada.

    necessrio e urgente que se faam mapeamentos macro e micro das funes e atividades em cada

    cmpus e a partir de tal definir as especifidades.

    GABRIELA MOREL

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    As Polticas de Incluso e a Extenso no IFRS: Experincias, Possibilidades e DesafiosViviane Silva Ramos1

    Carla Regina Andr Silva2

    Olavo Ramalho Marques3

    Cibele Schwanke4 Cristiane Cmara5 Mrcia Pereira Pedroso6 Elisngela Batista Maciel Rodrigues7 Marcos Antonio de Oliveira8 Liliane Dufau da Silva9

    INTRODUO

    Diante do cenrio de expanso e con-solidao Institucional, o tema Pol-ticas de Incluso e a Extenso no IFRS: Experincias, Possibilidades e Desafios foi pauta de discusso durante o 2 Se-minrio Anual dos Servidores (SAS) do IFRS, realizado em abril de 2013.

    A apresentao das Experincias, Possibilidades e Desafios, no mbito do tema em questo, foi coordenada pela pr-reitora de Extenso, Viviane Silva Ramos, e contou com a participao dos servidores Carla Regina Andr Silva, Ola-vo Ramalho Marques, Cibele Schwanke e Cristiane Cmara. Tambm compuse-ram a mesa, na condio de relatoras,

    1 Mestre em Cincias, professora do Cmpus Serto e pr-reitora de Extenso do IFRS.2 Mestre em Enfermagem, enfermeira do Cm-pus Rio Grande.3 Mestre em Antropologia Social, professor do Cmpus Caxias do Sul.4 Doutora em Cincias, professora e diretora de Extenso do Cmpus Porto Alegre.5 Especialista em Educao Especial Inclusiva, pedagoga do Cmpus Erechim.6 Doutora em Psicologia, psicloga do Cmpus Restinga.7 Especialista em Auditoria e Finanas, contado-ra do Cmpus Bento Gonalves.8 Mestre em Cincias, professor e diretor de Extenso do Cmpus Serto.9 Mestre em Matemtica, professora do Cmpus Porto Alegre.

    as servidoras Mrcia Pereira Pedroso e Elisngela Batista Maciel Rodrigues. Tambm participaram, na condio de assistentes de mesa, os servidores Mar-cos Antonio de Oliveira, Liliane Dufau da Silva.

    A escolha do tema foi realizada atra-vs da ampla participao dos servido-res, que destacaram a necessidade de discutir as Polticas de Incluso e a Ex-tenso no IFRS. Dessa maneira, o obje-tivo da mesa consistiu na apresentao das aes executadas no IFRS, na inten-o de socializar as experincias/situa-es observadas at o momento, apon-tar as potencialidades institucionais, bem como elaborar estratgias para os desafios, visando consolidao das Po-lticas de Incluso e Extenso no IFRS.

    AS POLTICAS DE INCLUSO E A ExTENSO NO IFRS: ExPERINCIAS, POSSIBILIDADES E DESAFIOS DOS NAPNES

    O tema As polticas de Incluso e a Ex-tenso no IFRS: Experincias, Possibili-dades e Desafios dos Ncleos de Apoio s Pessoas com Necessidades Educacio-nais Especiais foi tratado pela servidora Carla Regina Andr Silva, que abordou o contexto histrico da incluso no Bra-sil, bem como questes relacionadas ao desconhecimento, violncia, preconcei-tos e discriminao acerca do assunto.

    Apesar dos entraves e problemas re-lacionados ao termo incluso, o Brasil j possua, em 2009, aproximadamente quatrocentos Ncleos de Apoio s Pes-soas com Necessidades Educacionais Especiais (Napnes). No IFRS, os Nap-nes compem a estrutura regimental da

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    Instituio e esto organizados em cada um dos 12 cmpus, estando, atualmen-te, vinculados ao setor de Extenso de cada unidade administrativa.

    Mas, O que estamos construindo so-bre a incluso no IFRS?. Sobre o assun-to, destacaram-se as Experincias, Pos-sibilidades e Desafios, conforme abaixo especificadas:

    Experincias De acordo com as experincias relata-das, ainda no h alunos com necessi-dades especficas em todos os cmpus do IFRS. O assunto, entretanto, segundo a palestrante, necessita ser tratado junto aos alunos e servidores de cada unidade administrativa da instituio.

    Nesse sentido, foram citadas as ati-vidades desenvolvidas at o momento acerca do tema, tais como: acompanha-mento da incluso; apoio da Comisso Permanente de Processo Seletivo Dis-cente (Coperse); visitas a parceiros vo-luntrios; participao em eventos; pro-duo de blogs; atividades voluntrias e construo de materiais pedaggicos.

    Dentre as conquistas, citam-se: os resultados positivos alcanados nos pro-

    jetos desenvolvidos; a estruturao de espaos fsicos e recursos para as aes; desenvolvimento de aes de reflexo so-bre a incluso; conquista de credibilida-de nas parcerias de trabalhos realizados e incluso de alunos com necessidades especficas.

    Apesar da necessidade de desenvolvi-mento de aes relacionadas incluso, ainda h carncia de Recursos Humanos com carga horria especfica e destinada exclusivamente para este fim; falta de conhecimento e formao para trabalhar com o conceito de deficincias. Alm dis-so, tambm se observa a resistncia de professores em romper barreiras e investir no desenvolvimento de alunos em poten-cial.

    PossibilidadesDentre as possibilidades que visam ao incremento das aes de incluso na Instituio, possvel destacar a inser-o de questes relativas incluso nos planos de cursos, a partir de adaptaes curriculares, metodologias de ensino e materiais didticos. Aliado a isso, a ca-pacitao de servidores de extrema im-portncia para atuao frente s deman-

    Pr-reitora Viviane Silva Ramos coordenou discusso sobre incluso e extenso no instituto

    JOANA PALOSCHI

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    das de incluso no IFRS. No obstante a isso, a busca constan-

    te de integrao com o ensino, em seus distintos nveis de ensino, relevante para a consolidao das polticas de in-cluso no IFRS.

    DesafiosDe acordo com a reali-dade observada, citam--se alguns dos desafios que se apresentam at o momento: equipar os Napnes; melhorar a in-fraestrutura de acessi-bilidade nos cmpus; melhorar os ndices de permanncia; efetivar os objetivos contidos no Plano de Desenvol-vimento Institucional (PDI); definio de re-cursos dos cmpus para as aes de incluso; setor de Gesto de Pessoas com afinidade e conhecimento sobre o assunto; incluso de cotas para Portadores de Necessidades Especiais (PNEs), nas polticas afirmativas do IFRS.

    A palestra que abordou As polticas de Incluso e a Extenso no IFRS: Ex-perincias, Possibilidades e Desafios dos Ncleos de Apoio s Pessoas com Ne-cessidades Educacionais Especiais foi finalizada com os questionamentos Ns somos uma instituio inclusiva? e O que estamos fazendo individualmente e coletivamente para efetivar a incluso no IFRS?.

    INCLUSO SOCIAL

    O tema Incluso Social foi tratado pelo servidor Olavo Ramalho Marques, o qual desempenha suas funes docentes no Cmpus Caxias do Sul e coordena os tra-balhos do Ncleo de Estudos Afro-bra-sileiros e Indgenas (Neabis) na referida unidade administrativa. Assim como os

    Nanpnes, os Neabis tambm esto vin-culados ao setor de Extenso do cmpus e compem a estrutura regimental da instituio.

    A criao dos Neabis no IFRS decor-reu, entre outros anseios, de consultas de rgos pblicos, como a Secreta-

    ria de Polticas de Pro-moo da Igualdade Racial e a Defensoria Pblica do Rio Grande do Sul, quanto atua-o da instituio so-bre as questes tnico--raciais e, em especial, ao atendimento s Leis n 10.639/2003 e n 11.645/2008. Diante da necessidade exposta, de estudos relacionados ao tema, atualmente 12 dos 40 Neabis do Brasil pertencem ao IFRS.

    Ainda no contexto da incluso social, tratou-se do Plano Nacional de Imple-mentao das diretrizes curriculares nacionais para a educao das relaes tnico-raciais e para o ensino da histria e cultura afro-brasileira e africana.

    Ainda sobre incluso social, foram abordados alguns aspectos da Lei n 10.639/2003, marcada como ponto de chegada das lutas antirraciais no Bra-sil. A referida lei o resultado efetivo da ao de sujeitos e organizaes que buscam novos rumos para a sociedade brasileira.

    Nesse contexto, a criao dos Nea-bis faz parte de polticas de governo no IFRS, visando tratar sobre o assunto nas esferas do ensino, pesquisa e extenso, para fins de implementao de polticas afirmativas. No Cmpus Caxias do Sul, a partir da criao do referido ncleo, objetivou-se a formao de redes de pes-soas que atuam na temtica da cultura e identidade afro-brasileiras e indgenas enquanto participantes de instituies polticas, comunidades religiosas, entre

    Entre os desafios est fomentar uma educao para a

    diversidade cultural, racial e tnica, de classe, para

    construo de uma sociedade igualitria

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    outras.A seguir so apresentadas as Experin-

    cias, Possibilidades e Desafios relaciona-dos ao tema Incluso Social:

    Experincias Dentre as experincias, citam-se: a pro-duo e o resgate de ervas medicinais no tratamento da sade; a realizao da se-mana dos povos indgenas e aes afirma-tivas; a aproximao aldeia Kaingang, de maneira conjunta com os Cmpus Far-roupilha e Cmpus Bento Gonalves.

    Foram relatadas, dentre as dificulda-des, a falta de recursos humanos; falta de incentivo e motivao nos cmpus; necessidade de alocao de carga horria adequadas aos membros dos Neabis para atuarem nos ncleos.

    Possibilidades e desafiosApesar das dificuldades relatadas, foram apresentadas as possibilidades e desa-fios para o IFRS, tais como: a construo de um IFRS inclusivo; constituio dos Neabis como centros de referncia nas questes tnico-raciais em nvel local; fo-mentar uma educao para a diversidade cultural, racial e tnica, de classe, para construo de uma sociedade igualitria;

    produo de material de qualidade; pes-quisas, materiais didticos, entre outros.

    PRONATEC COMO INSTRUMENTO DE INCLUSO SOCIAL

    O tema Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego (Prona-tec) como instrumento de Incluso So-cial, apresentado pela professora Cibele Schwanke, visou refletir sobre as aes destinadas incluso social para a po-pulao que social e economicamente excluda, sendo o Programa um exemplo de incluso.

    Nessa temtica, tambm foi abordada a necessidade de o Pronatec se consti-tuir em uma Poltica Pblica, criada como resposta do Estado s demandas da so-ciedade, bem como da necessidade da implementao de mecanismos que au-mentem sua efetividade, eficcia e efici-ncia.

    ExperinciasDentre as experincias, foram relatados os atores e a articulao necessrios para implementao do programa. Apesar da implementao, entretanto, que tem foco na vulnerabilidade das populaes rela-

    Destacou-se que os cmpus precisam melhorar a infraestrutura de acessibilidade

    DANIEL DE MOURA

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    cionadas ao programa, foi observada uma evaso mdia de 42%.

    As experincias do Pronatec tambm foram demonstradas a partir de um v-deo institucional produzido pelo IFRS - Cmpus Porto Alegre, com experincias relatadas pelos profissionais e pelos es-tudantes.

    A pactuao no Pronatec, em relao ao Estado e ao Brasil, tambm muito significativa e relevante. Pelas deman-das que chegam ao IFRS, sero mais de 10.000 vagas pactuadas e o IFRS pos-sui capilaridade nica no Brasil em re-lao ao Programa, porque o Pronatec atendido nos 12 cmpus da instituio.

    PossibilidadesDentre as possibilidades, foram apresen-tadas as diferentes aes que o Prona-tec proporciona, tanto a partir da Bolsa Formao Trabalhador como a partir da Bolsa Formao Estudante. Dessa for-ma, o potencial de atendimento ao p-blico-alvo ao qual se destina o Pronatec muito significativo e o IFRS tem res-ponsabilidade social perante a demanda que se apresenta.

    DesafiosOs desafios citados foram: ampliar a oferta de vagas; estreitar a articulao com os demandantes; divulgar as aes, publicar os resultados e solucionar os gargalos. Ainda foram relatados que, apesar do oramento adequado, h cer-tas dificuldades quanto liberao dos recursos e falta de pessoal para tratar dos assuntos relativos ao Programa.

    A palestrante prope que o IFRS se assemelhe aos nmeros de execuo do Sistema S, aumentando o nmero de va-gas, pois considera que a instituio tem potencial para tanto.

    Ademais, tambm se observa o pre-conceito perante o Programa, mas que ele trata de incluso, de colocar uma es-cola dentro da outra, com recursos pr-prios que no podem ser ignorados.

    MULHERES MIL

    O tema Mulheres Mil, abordado pela pedagoga Cristiane Cmara, tratou sobre a criao do Programa e a situao des-ta ao no IFRS.

    No Brasil, a criao do Programa Mulheres Mil se deu no ano de 2005, a partir de uma parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e Colleges Canadenses. Desta ao con-junta, resultou a oferta do primeiro curso e a qualificao de camareiras. A partir do sucesso deste caso, foram realizados, posteriormente, 12 projetos polticos.

    No IFRS, a meta qualificar 100 mu-lheres em cada um dos cmpus. Os cur-sos tm durao de 160 horas, os quais so divididos em 80 horas especficas na rea tcnica e 80 horas de oficinas diferenciadas na rea da sade, empre-endedorismo, informtica e cidadania.

    ExperinciasEm um primeiro momento houve resis-tncia de algumas mulheres, principal-mente pelas vivncias diferenciadas. Entretanto, a partir da apropriao dos novos conhecimentos, de experincias que no faziam parte da sua rotina, elas passaram a integrar-se ao Programa.

    Os resultados, obtidos at o momen-to, refletiram na empregabilidade; aces-so s informaes; confiana; enriqueci-mento do vocabulrio; melhoria na sa-de emocional e mulheres includas na Instituio. Ainda, dentre os resultados, foram apresentadas imagens dos cursos e ao final, um filme, com uma entrevis-ta realizada pela palestrante e sua cole-ga, ambas gestoras do Mulheres Mil do Cmpus Erechim, com uma estudante do programa, no Painel de entrevistas da TV Erechim.

    DificuldadesAs dificuldades observadas at o mo-mento, na implantao do Programa Mulheres Mil, foram: formao de equi-

    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

  • Viver IFRS

    MESA

    S-RED

    ON

    DAS

    35

    pe de trabalho; servidores atuando vo-luntariamente; resistncia devido ao pblico-alvo; firmar parcerias; perma-nncia e concluso dos cursos por parte das alunas e evaso.

    DesafiosO programa faz parte dos objetivos dos Institutos Federais, sendo um servio prestado e, portanto, no se constitui em favor prestado pelo Instituto.

    DISCUSSES E ENCAMINHAMENTOS

    Durante a seo de debates acerca do tema Polticas de Incluso e a Extenso no IFRS: Experincias, Possibilidades e Desafios, destacaram-se:

    a falta de uma Poltica Nacional de Assistncia Estudantil para os Institutos Federais;

    necessidade de regulao dos re-cursos que so destinados Assistncia Estudantil, de forma que contemple o cmpus com maior necessidade de re-cursos;

    redistribuio de recursos de Assis-tncia Estudantil para os cmpus que

    Cibele: IFRS tem responsabilidade social perante a demanda que se apresenta no Pronatec

    JOANA PALOSCHI

    mais necessitam; necessidade de rediscusso da Lei,

    em mbito nacional, a fim de regularizar determinadas inconsistncias, tal como o relato de alunos negros que estudaram parcialmente em escola pblica no logra-rem acesso pela lei de cotas, mas sim os brancos, em funo da autodeclarao;

    necessidade de recursos especficos de Assistncia Estudantil para os alunos cotistas, com registro da demanda junto ao Conif;

    registro de demandas do Pronatec Campo, que integra o Pronatec, junto Secretaria de Desenvolvimento Agrrio em Porto Alegre, rgo vinculado ao Mi-nistrio do Desenvolvimento Agrrio.

    auxlio dos Napnes juntos aos pro-fessores, visando capacitao para a prtica docente aos alunos portadores de necessidades especiais;

    importncia da participao de ser-vidores em eventos de capacitao para discutir assuntos relacionados incluso e atividade docente;

    realizao do plano de ao nos cmpus, para garantir recursos para os Neabis.

    Ano 1 | N 01 | Agosto 2013

  • ESPA

    O

    VIV

    END

    O IF

    RS

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    Um pouco do que viver IFRS foi apresentado nos estandes dos 12 cmpus, Reitoria e Associao dos Servidores. Alm dos trabalhos desenvolvidos nas unidades, quem passou pelo Espao Vivendo IFRS teve a oportunidade de apreciar a vernissage e participar do lanamento de livros.

    Servidores vivem o IFRS durante o 2 SAS

    O espao Vivendo IFRS foi pensado para proporcionar a todas as unidades do Instituto a exposio de suas vivncias, alm de contemplar os projetos nas reas de ensino, pesquisa, extenso e desenvolvimento institucional possibilitando que os servidores conheam as atividades desenvolvidas.

    Joana Paloschi, Alessandra Nevado e Andria Pruinelli1

    1 Jornalistas

    DANIEL DE MOURA

    DANIEL DE MOURAGABRIELA MOREL

    Viver IFRSAno 1 | N 01 | Agosto 2013

  • Viver IFRS

    ESPA

    O VIVEN

    DO

    IFRS

    37

    O Cmpus Serto mostrou aes do Projeto de Incentivo ao Desenvolvi-mento de Artesanato de Referncia Cultural, desenvolvido por meio da Oficina Criativa com a comunidade Quilombola de Mormaa, que utiliza retalhos na confeco de bolsas, cha-veiros e outros materiais. Alm disso, os servidores distriburam queijo, sa-lame e iogurte produzidos nos setores do curso Tcnico em