revista viver bem 13

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ANO 4 | EDIÇÃO 13 | SET/OUT/NOV 2012 Está na hora de organizar a agenda e priorizar sua saúde Sem tempo pra malhar? COMPORTAMENTO Saiba como superar a timidez ENTREVISTA Elizabeth Monteiro fala sobre o sentimento de culpa das mães RECOMEÇO Mulheres e homens encontram uma nova motivação após a viuvez

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Revista viver bem Número 13

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A N O 4 | E D I Ç Ã O 1 3 | S E T / O U T / N O V 2 0 1 2

Está na hora de organizar a agenda e priorizar sua saúde

Sem tempo pra malhar?

COMPORTaMENTOSaiba como superar a timidez

ENTREVISTaElizabeth Monteiro fala sobre o sentimento de culpa das mães

RECOMEÇOMulheres e homens encontram

uma nova motivação após a viuvez

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Expediente

Quando uma mulher descobre que está grávida uma explosão de sentimentos acontece dentro dela. É impressionante como um simples “positivo” no papel é capaz de pro-vocar tantas mudanças. As emoções são potencializadas e tudo o que sen-timos é mais intenso, muito mais in-tenso. Provavelmente, os homens que estiverem lendo esse texto vão pensar que é, no mínimo, um exagero. Mas quem é mãe, quem já passou por esse momento de descoberta, sabe do que estou falando.

Entre tantos sentimentos, a culpa parece que chega colada com a ma-ternidade. Passei a refletir mais sobre isso quando uma amiga que acabou de descobrir que está grávida me li-gou para contar que estava com um descolamento na placenta. A preocu-pação natural com a saúde do bebê foi sufocada por um enorme senti-mento de culpa. Culpa? Sim! Afinal, o descolamento não teria acontecido se ela não estivesse trabalhando, se não tivesse viajado, se não tivesse fei-to isso ou aquilo...

Por coincidência (ou providên-cia), a entrevistada dessa edição é a

pedagoga Elizabeth Monteiro, auto-ra do livro “A culpa da mãe”. Numa conversa esclarecedora com a jorna-lista Taciana Chiquetti, ela fala sobre os prejuízos que a “culpa” pode trazer e orienta mães (e pais) sobre como superar os desafios da educação nos tempos modernos.

Alimentação, saúde, beleza, com-portamento, infância e maturidade. Essa edição, como todas as outras, traz reportagens sobre cada um des-ses temas. A novidade é a coluna “Eu vivo bem”, destinada para os leitores contarem suas conquistas nessa bus-ca pelo autoconhecimento, qualidade de vida e felicidade.

A reportagem de capa destaca a importância de organizar a agenda e priorizar um momento do dia para a prática de exercícios. Se continuar parado, aí sim pode se sentir culpa-do por descuidar do seu bem maior, a sua saúde.

Boa leitura!

Juliana [email protected]

@jufariasgarcia

Edição nº 13 | set/out/nov/2012

Direção geral

Juliana Garcia e Patrícia Guedeville

Coordenação editorial

Juliana Garcia

Textos

Daniele Oliveira, Eugênio Bezerra e

Taciana Chiquetti

Revisão

Márcia Melo

Fotos

Ramón Vasconcelos

Projeto Gráfico

Carlos Soares

Diagramação

GR Design Editorial

www.grdesigneditorial.com.br

Comercial

GGTec Produções

Impressão

Impressão Gráfica

Tiragem

10.000 exemplares

Fale conosco

84 3213.8592

[email protected]

Culpa

Giov

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Rei

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Sumário14 18 24 30 3834 42 50

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AlimentAçãoRodízio de pães faz bem à saúde

SAÚDeAprenda a gerenciaro estresse

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CaPa

Modelo: Luis Henrique

Foto: Ramón Vasconcelos

Agradecimento: Academia Nova Stylo

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viv

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em

Conexão Viver BemQuem estava sentindo falta do Co-

nexão Viver Bem, suspenso no mês de agosto em virtude da interdição do Espaço Folha do Parque das Du-nas, teve a oportunidade de colocar o corpo em movimento com a equipe do programa no mês de setembro. No dia 01, participamos do encerramento da VIII Semana de Educação Física e

Nutrição da UnP, uma manhã dedica-da aos cuidados com a saúde, alimen-tação saudável e atividade física. Um conexão especial aconteceu nos dias 15 e 16, dentro da programação do Circuito Qualidade de Vida Nordes-tão. Foram 8 horas dedicadas à prática de exercícios com aulas de várias mo-dalidades. Confira as fotos:

01. Treino de corrida com a Natal

Runner

02. Equipe do Espaço Vivo antes da

aula de pilates

03. Studio Body Fit e a aula de body

attack

04. Seve Cunha, do Espaço

Corpomente, comandou a aula de yoga

05. Platinum Prime e a aula de Sh´Ban

06. Treinamento Funcional – Platinum

Prime

07. Jump Show com as academias

Flex e SummerFit

08. Set Entretenimento encerrou o

evento com a aula de dança

Uma maratona de exercícios com aulas de oito modalidades

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Em setembro, o Viver Bem come-çou a acompanhar o desenvolvimen-to do programa de incentivo à prática da corrida que o Instituto de Radio-logia de Natal implantou para os seus colaboradores. Os treinos com a Na-tal Runner já estão a todo vapor e a meta do grupo é fazer bonito na Meia Maratona de Natal, marcada para o dia 10 de novembro. Para acompa-nhar a evolução da equipe, os treinos e a participação nas provas é só se li-gar no Viver Bem, todos os sábados, às 9h, na Tv Ponta Negra.

Depois de concluir os 21km na Meia Maratona do Rio de Janeiro, a apresentadora do Viver Bem, Juliana Gar-cia, encara um novo desafi o. Ao lado do jornalista Luís Henrique, está no comando do programa Tudo de Bom, uma revista eletrônica, com uma hora de duração, exibido todos os dias, às 10h40, na Tv Ponta Negra.

O Tudo de Bom aborda temas variados como moda, entretenimento, saúde, fi tness, gastronomia, educação e muito mais.

Corra também

Viver Bem é Tudo de Bom

SUA OPINIÃO

“Gostei muito da reportagem sobre as artes marciais. Pratico Muay Tai há 6 meses e confirmo todos os be-nefícios citados.”

Jessica Helena, por email

“A entrevista com Martha Medeiros foi a melhor de todas as edições. Pa-lavras certas para levantar o astral e a autoestima de qualquer mulher.”

Georgia Reis, por email

“Ao ler a reportagem sobre saladas, descobri que a minha não tinha nada de saudável. Que bom que vocês abriram meus olhos e ensinaram re-ceitas de molhos saudáveis.”

Kaline Nóbrega, por email

“Na minha família, as alergias são causas de muito sofrimento. Foi bom me identificar com outras pessoas que enfrentam o mesmo problema e

saber que é possível ter qualidade de vida apesar desse problema.”

Luís alberto, por email

“Gosto do jeito que vocês abordam certos assuntos, como por exem-plo, a reportagem sobre os chacras. Desmistificou muita coisa, abrindo novas possibilidades para os leito-res desfrutarem a vida.”

Elói Mendes, por email

PROGRaMa VIVER BEM - SÁBaDO, 9H, Na TV PONTa NEGRa - WWW.GUIaVIVERBEM.COM.BR - TWITTER: @PROG_VIVERBEM

Parte da equipe de colaboradores do IRN depois de um treino de qualidade

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Pergunteao personal

Brígida Sousa Educadora física, pós-gra-

duada em exercícios físicos

aplicados a grupos especiais.

Com 26 anos de experi-

ência, atua como personal

trainner em academias e em

domicílio.

1. musculação engorda? Bethânia Pires – por email

Se a pessoa estiver parada e começar a fazer muscu-lação, existe sim um ganho de massa muscular, em de-trimento da perda calórica, dependendo da regularida-de dos treinos. Esse ganho de massa muscular aparece na balança, como ganho de peso, mas isso não signifi ca que a pessoa engordou e sim que ela está fazendo uma substituição da massa gorda pela massa magra.

2. Jogo futebol duas vezes por semana há mais de 10 anos. isso é sufi ciente para manter minha saúde?

Cláudio José – por email

Não. O fato de você estar fazendo uma prática des-portiva é sim muito positivo. No entanto, isso não é o ideal. Lembrando que temos 7 dias numa semana, dois dias apenas não é o sufi ciente para se ter saúde. O seu corpo está tendo benefícios, mas ele já está condicio-nado e acomodado pela frequência que você adotou.

3. Tenho 46 anos. vejo muitas pessoas praticando corrida. ainda dá tempo pra eu começar a correr?

Lolita Fagundes – por email

Sim. Não há tempo ideal para se começar uma ati-vidade física. O ideal, na verdade, é começar. Não de-vemos nos prender à idade, mas precisamos, a partir dos 40, obrigatoriamente, de um check-up para saber-mos como estão as nossas taxas e o coração. Baseados nesta liberação médica, teremos como indicar o me-lhor tipo de exercício para você. A corrida poderá ser

praticada sim, mas a princípio você terá que começar caminhando, pelo menos na sua primeira semana. De-pois você poderá aumentar o ritmo da sua caminha-da até começar a fazer pequenos trotes (corrida leve), evoluindo até a corrida propriamente dita.

5. Tenho pressão alta. É verdade que não posso fazer musculação?

Pedro Lago – por email

Pelo contrário, a musculação pode ajudar a contro-lar a sua pressão arterial. No entanto, a atividade deve ser moderada e acompanhada por um educador físico, para que se possa dosar a atividade corretamente. É necessário, sempre, levar em consideração a idade e o seu histórico em relação à prática de atividades físi-cas. Se você está parado há muito tempo, é um fator de risco para se retomar a prática, tendo-se em vista este alerta dado pela sua pressão arterial.

6. sempre me exercitei. acabei de completar 50 anos. Todos falam que o metabolismo desacelera. preciso treinar mais forte? Faço musculação.

José Pinto – por email

Cada metabolismo funciona de forma diferente para as situações propostas. Se você é uma pessoa ativa e sempre foi, ótimo! Quanto ao aumento da intensi-dade dos exercícios, depende. Não é porque você tem 50 anos que a sua atividade deve ser mais forte. Não funciona de forma tão simples assim. O correto é que a cada mês a intensidade dos exercícios seja modifi cada para que o metabolismo reaja a essas modifi cações e continue a trabalhar sempre em alta.

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Por Cásio Barreto - [email protected]

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Desde que acordamos, inicia-mos (sem perceber, muitas vezes) uma série de questionamentos que permearão o nosso dia até o fi nal. Eles se constituem de coisas sim-ples, como escolher a roupa que iremos usar (coisa de meninas), passando por qual o melhor cami-nho para chegar ao trabalho que evite o tráfego, até que programa assistir na televisão (algo cada vez mais difícil). Esses são alguns dos exemplos das várias dúvidas que invadem constantemente nossas vidas e que ilustram como ela são recheadas de confl itos.

Caninga, aperreio, duelo, con-tenda, luta, combate, tumulto são alguns dos vários sinônimos que a língua portuguesa e o nordestinês encontraram para expressar aqui-lo que é tão inerente ao ser huma-no quanto a sua própria condição de ser pensante. Se Descartes, na Idade Média, já afi rmava que pen-sar é condição sine qua non para existir (“penso, logo existo”), o ho-mem moderno bem que poderia substituir essa famosa citação por “penso, logo brigo”. E essa briga inicia-se logo aos primeiros raios de sol, quando tentamos decidir se pulamos da cama ou se fi camos apenas “só mais 5 minutinhos”, para ao longo do dia se estender para os demais que nos rodeiam. Seja pela vaga de estacionamento

no supermercado, o fi lho que não quer aprender, o marido que troca a esposa pelo futebol, a esposa que não quer namorar ou as pressões do chefe no trabalho, o nosso dia a dia é repleto de confl itos. Então, como resolvê-los?

Ora, como já foi dito, se os con-fl itos são inerentes a nossa condi-ção humana, é impossível disso-ciar-nos deles. Portanto, o caminho

único a ser traçado é aprender a administrá-los, até porque alguns autores insistem em afi rmar que confl ito não se resolve, se gerencia, pois assim que “solucionamos” um, outro se prepara para se instalar.

Nesse contexto, algumas or-ganizações já se preocupam com o impacto dos confl itos nos am-bientes laborais, sendo inclusive preocupação do governo federal, que indica a mediação como fer-ramenta para administrar essas arestas. A mediação é uma forma de composição voluntária entre as partes, podendo ser estas pesso-as físicas ou jurídicas, e tem lugar quando as possibilidades de enten-dimento direto entre as partes se esgotaram, tornando necessária a intervenção de um terceiro impar-cial e sem interesse direto na de-manda para auxiliá-las a encontrar a solução do confl ito. O mediador, dessa forma, desempenha um pa-pel ativo com notável grau de ini-ciativa, não só porque a sua con-duta tem o objetivo de aproximar as partes confl itantes, separadas pela distância dos pontos de vista de cada uma, mas também porque apresenta alternativas para estudo dos interessados. As tentativas de composição formuladas pelo me-diador não têm efeito vinculativo para os sujeitos do confl ito, que podem acatá-las ou não.

Deixe de caningar!!!Ar

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Caninga, aperreio, duelo, contenda, luta, combate, tumulto são

alguns dos vários sinônimos que a

língua portuguesa e o nordestinês

encontraram para expressar aquilo

que é tão inerente ao ser humano quanto a sua

própria condição de ser pensante.

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Praia de Maracajaú, a 40 min. de Natal manoapark.com.br 84 3211-2140 • 9987-6747

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Com o neto Arthur, companheiro da pedalada

Há poucos meses comprei uma bicicleta, mas quase não a usei por um motivo simples: as instruções de como usar as marchas não vieram junto e, após muitas tentativas frus-tradas, tomei uma decisão. O dono da loja não quis acreditar em meu pedi-do. Chegou até a se oferecer para me ensinar a usar as benditas, mas o des-gaste era imenso nessas alturas e não houve acordo possível: as marchas foram desativadas, para meu total alí-vio! Coisas de gente mais velha...

A oportunidade de testar meu ve-ículo de duas rodas nessa nova versão veio com um convite desafiador para pedalar pela cidade: 24 quilômetros, com aparato policial e tudo!

A cumplicidade das nuvens en-cobrindo o sol, as presenças lindas de meu neto, filha e genro, aliadas à promessa subjacente de uma grande aventura deram o tom que necessitava.

Quem resiste a tanto apelo?Crianças foram amparadas com

essa iniciativa. As da Casa de Carida-de que recebeu as doações dos parti-cipantes e uma criança aqui de quase

60 anos, que se flagrou rindo de tudo e de nada o tempo todo...

Ri das minhas limitações quando chegamos aos trechos mais íngremes – “use as marchas” - alguém me su-geriu...Ri mais ainda! Ri das minhas conquistas, mesmo sem as marchas auxiliares, depois que consegui pas-sar pelas lombadas mais cruéis... Foi um encantamento sem fim! A cada metro percorrido, uma Natal vista sob ângulos jamais presenciados...

Nesse instante sagrado, nada mais importava. Exausta e feliz! Desafian-do meus limites e a inércia que os finais de semana sugerem ao corpo cansado de uma semana de trabalho contínuo.

Estava completamente presente, onde só a alegria ocupava todos os espaços de meu ser. Não havia julga-mento de absolutamente nada. Tudo estava perfeito – como é, como foi e sempre será.

Observe quando estiver se exerci-tando, principalmente se a integridade de seu corpo depender disso. A mente não interfere e existe um grande pra-

zer nisso. Esse é o espaço de medita-ção, o caminho para sentir Deus em você. É um lugar onde a mente não é convidada a entrar, daí o riso brota fácil, a alegria ativa as cores da vida...

Não por acaso alguns mestres su-gerem a meditação dinâmica, onde a movimentação corporal é o ponto alto para diminuir a interferência dos pensamentos.

Onde não há interferência mental não há conflito, a natureza intrínseca da mente. Quando você chega nesse patamar, você chega ao coração, onde mora o amor em toda a sua plenitude.

Se estiver difícil de assimilar esse contexto, relaxe. Quem gosta de teo-ria é a mente, usurpadora dos melho-res momentos de nossas vidas.

Tenha a experiência, permita-se!Deixe que esse riso contido, es-

premido dentro de você venha para a superfície e exploda em milhões de partículas de saúde física, mental, es-piritual!

Élcia [email protected]

MeditAção

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba

de adquirir sua nova plataforma

cirúrgica, a mais moderna do

Norte-Nordeste, para correção

de miopia, hipermetropia ou

astigmatismo. Ela é composta

pelo alegretto de última geração

para correção de ametropias

e do laser de femtossegundo

que é usado para execução

do flap, o que torna a cirurgia

totalmente realizada por laser

e aumenta a sua precisão.

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Andrea Cariello

Ela é arquiteta e há mais de 15 anos atua na área de ambientação resi-dencial. Faz parte da equipe do Programa Art&Design e de quebra aca-bou de colocar no ar um blog (www.deadica.com.br) para compartilhar dicas legais.

Andrea tem um fi lho de 13 anos, que , segundo ela, é a sua grande fonte de alegria e inspiração para lutar. Alegre e comunicativa, ela contou para a Viver Bem em Revista suas receitas de beleza e bem estar.

1. você segue algum ritual para man-ter a beleza da pele e dos cabelos? A minha manutenção básica é fi ltro solar na pele e leave in nos cabelos, sempre. Ritual sagrado mesmo é só a limpeza. Não consigo dormir com a pele suja, mas os cremes, confesso que não consigo todos os dias.

2. como é sua alimentação diária? Pela loucura que é o meu dia a dia não consigo estabelecer uma rotina organizada, mas procuro sempre co-mer coisas saudáveis. Adoro comer de tudo, mas hoje tenho a consciência de evitar certas coisas como um refri-gerante ou sanduiche, por exemplo.

3. Qual a sua atividade física prefe-rida? Adoro spinning! Tem uma queima calórica muito considerável...

4. o que gosta de fazer nas horas li-vres? Não sei muito bem o signifi cado des-ta palavra, mas dentro da minha ro-tina atual e frenética, procuro alguns momentos de diversão, pra relaxar. Adoro assistir fi lmes, viajar, tentar ar-rumar a casa...

5. como será a andrea daqui a 20 anos?Atualmente não tenho a menor no-ção, mas espero colher da vida regra-da que sigo hoje muita saúde e paz.

6. o que é viver bem pra você?Viver bem pra mim é ter saúde, estar em paz comigo mesma, não fazer e nem desejar o mal a ninguém e sentir a energia das pessoas que me querem bem ao redor.

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Pele de bebê

Vários benefícios em apenas uma embalagem. A proposta de um pro-duto facial com diversas funções para a pele vem fazendo sucesso na For-mule Farmácia de Manipulação, loca-lizada no bairro de Lagoa Nova e em breve com filial na Av. Afonso Pena, no bairro de Petrópolis, em Natal.

O BB Cream Multifuncional é a mais recente novidade no estabele-cimento que conta com 13 linhas de produtos destinados para nutrição, cabelo, face, corpo, proteção, assim como opções de vinhoterapia, argan, romã, frutais e uma linha verde. “Por ter este conceito multifuncional, o pro-duto está fazendo muito sucesso entre os clientes. Quem faz, aprova, acaba levando”, relata a farmacêutica especia-lista em manipulação alopática e pro-prietária da Formule, Luciana Liberato.

Desenvolvido por dermatologis-tas alemães, o BB Cream rapidamente tornou-se uma tendência cosmética mundial, já que oferece fotoproteção, cobertura de imperfeições, hidrata-ção, redução de rugas, clareamento, firmeza de pele, além de efeito natural de maquiagem. As celebridades core-anas foram as primeiras a comprovar

as vantagens deste produto, que ficou famoso no continente asiático e de-pois no mundo todo.

Aplicando o produto apenas uma vez ao dia, os usuários estão tendo acesso a um protetor solar (Fator de Proteção Solar – FPS - 40), creme embelezador de toque sequinho, to-nalizante, hidratante, redutor de ru-gas e marcas de expressão e também a um primer – produto que prepara e antecede a maquiagem. “Por mais suave que seja a maquiagem, sempre existem componentes que agridem a pele, por isso usar o BB Cream é im-portante. Os pigmentos desse produto são de origem mineral, motivo que o torna muito mais saudável para o ros-to, colo e pescoço”, observa Luciana. A textura do produto é superagradável e se adequa a todos os tons de pele, uni-formizando a aparência da pele.

Há 11 anos na capital potiguar, a Formule – única farmácia da cidade a receber por quatro vezes consecutivas a certificação do Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral (Sinamm) - estará, em bre-ve, com mais uma sede e manterá o serviço de call center com entrega em

BB Cream Multifuncionaltem tudo o que sua pele precisa

Luciana Liberato: farmacêutica e proprietária da Formule Farmácia de Manipulação

domicílio, que retira as prescrições médicas sem custo para o cliente.

Formule Farmáciade manipulaçãoAv. Nascimento de Castro, 1765Lojas 15 e 16 - Lagoa NovaFone: 84 3234-0314www.formulefarmacia.com.brwww.facebook.com/formulefarmaciawww.twitter.com/formulefarma

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Sem tempo para malhar?Saiba como organizar o dia para conquistar mais saúde e um corpo em forma

Por Eugênio Bezerra

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Ricos ou pobres, pretos ou brancos todos temos em comum o tempo: nossas 24 horas são iguais para todos. Não podem ser encurtadas ou estendidas, mas sim devi-damente aproveitadas. Dividir bem o tempo para acomo-dar trabalho, estudo, atividade física, descanso e lazer é um desafio que pode ser vencido e a gente ensina como.

Ouvimos muito as pessoas se queixarem da velocidade da vida moderna, da ansiedade e da correria sem descan-so, sem tempo. Será?

Vamos imaginar a seguinte situação. Você está ma-triculado na academia e todos os dias se programa para malhar. Mas chega a hora e você sempre se lembra de um compromisso mais importante. Nesses casos, não tem problema: a malhação pode esperar, certo? Errado! Os exercícios físicos também devem ter um horário reserva-do na sua agenda.

Andreia Schultz é exceção à regra. Ela tem 23 anos, 54 kg bem distribuídos em 1,74 metros de altura. É mode-lo. Tá explicado! Nós acompanhamos a correria dela num dia de trabalho. Acorda cedo. Vai para a faculdade na qual cursa o penúltimo ano do curso de Direito, almoça na rua mesmo e se manda para o estágio num escritório de advo-cacia. À noite vai para academia? Nem sempre. A carreira de modelo e os imprevistos são motivos suficientes para Andreia cancelar a malhação. “Às vezes tenho que estudar ou alguma campanha publicitária, passarela, enfim, com-promissos que me fazem mudar o roteiro do dia e não ir para academia . Aí tenho que controlar a alimentação pra compensar a falta de exercícios”.

Para as consultoras de recursos humanos Karina Braga e Roberta Forastieri, é necessário prever os imprevistos. Se a imprevisibilidade é a grande culpada por suas faltas na academia - e até em outros programas -, você pode apren-der a driblá-la sem muitas dificuldades. A primeira lição é não agendar mais compromissos do que você pode cum-prir. A segunda é sempre reservar um espaço para os im-previstos. E, se eles aparecerem ao longo do dia e o tempo reservado não for o suficiente, não tem problema. Sabe a lei da compensação que funciona na dieta? Funciona aqui também! “Quando você for organizar seu dia deixe um es-paço para eventuais problemas. Caso não seja suficiente, faça uma hora extra, por exemplo”, diz Karina Braga.

O empresário Ricardo Barros dribla os imprevistos re-servando um dia da semana para eles. “Eu malho quatro vezes na semana por 45 minutos e deixo a quarta para os imprevistos, viagens, resolver problemas e vou adequando de acordo com meus compromissos”, explica o empresário.

“Às vezes tenho que estudar ou alguma campanha

publicitária, passarela, enfim, compromissos que me fazem mudar o roteiro do dia e não

ir para academia . Aí tenho que controlar a alimentação

pra compensar a falta de exercícios”

Andreia Schultz, modelo

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ORGaNIZE-SEComo qualquer outra atividade, fica mais fácil se estiver organizada, ou seja, estabeleça horários, planeje e se comprometa. Não deixe para “quando der”.

PROCURE a aTIVIDaDE FÍSICa QUE LHE aGRaDaNão adianta ir na “vibe” dos outros. Cada um tem uma atividade física que mais gosta, descubra qual é a sua.

TENHa CIÊNCIa DO QUE É SaÚDEFazer, no mínimo, quatro vezes por semana atividades de 30 a 40 minutos que envolvam exercícios aeróbios e musculação, já é mais do que suficiente para aquisição de todos os benefícios proporcionados pela atividade física.

COMPROMETa-SEEncare como uma receita médica. Afinal, você faz isso pela sua saúde, não é apenas lazer, é algo tão importan-te como um remédio. É saúde preventiva!

NÃO DESaNIMESe propôs a si mesma fazer quatro vezes por semana e perdeu algum desses dias, não esquente, insista. O que vai interessar é a atividade física a longo prazo.

LUGaR NÃO É DESCULPaNão tem tempo de ir à academia, informe-se e procure um profissional de Educação Física com um programa de atividade física e faça em casa. Se nem houver tempo para isso, caminhe, corra, mexa-se!

DICAS PARA QUEM NÃO TEM TEMPO PRA MALHAR

“É preciso descobrir qualé a motivação individuale estabelecer as estratégiasde motivação interna paraa mudança”Roberta Forastieri, consultora de RH

Ainda segundo as consultoras de recursos humanos Karina Braga e Roberta Forastieri, planejar é importante. Mas antes é preciso defi nir objetivos. Que resultados você quer alcançar com a atividade física? Você quer melhorar a saúde? Arrumar um namorado novo e pra isso vai preci-sar fi car com o corpo em dia? Defi nidos o objetivo e as me-tas a longo, médio e curto prazos fi ca mais fácil conseguir a aderência aos exercícios. “Tem gente que se sente bem vendo a foto de uma pessoa com a barriga sarada e quer fi car daquele jeito. Outras pessoas olham para a imagem de alguém com sobrepeso e se sentem provocadas a não fi car daquele jeito. Cada um tem um estimulo pra con-tinuar fazendo os exercícios físicos e é preciso descobrir qual é a motivação individual e estabelecer as estratégias de motivação interna para a mudança”, esclarece Roberta.

Aos 46 anos, o empresário Ricardo Barros encontrou na comparação com os amigos do tempo de escola o es-tímulo para continuar malhando. “Melhora a autoestima. Você passa a se amar mais. Quando eu encontro os ami-gos do colégio lembro que na época eu era jovem, cheio de espinhas, magro e da cabeça grande. Quando encontro os amigos hoje, a maioria está com bucho e carecas. As meninas que achava demais. Nossa! Eu olho assim e pen-so: eu não fi cava com uma velha dessa nem a pau”, brinca o empresário.

Encontre um estímulo

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Outra coisa importante que as consultoras alertam é para a noção de tempo. Às vezes, as pessoas acabam per-dendo tempo com atividades que não deveriam ou não são prioritárias de acordo com os objetivos estabelecidos por elas mesmas. “Perdemos tempo pensando em coisas que já passaram ou nos preocupando com coisas que ain-da vão acontecer. É preciso trazer a mente para o tempo da ação, o presente”, constatam Karina e Roberta. Preocu-pação é a ocupação antes do tempo. “É preciso ter clareza da percepção do tempo passado, presente e futuro. Mesmo que a pessoa faça uma agenda e se organize, ela não cum-pre. É uma espécie de autossabotagem que vai roubar o tempo do pensamento que não está no presente”, explicam as consultoras, tendo por base os conhecimentos e concei-tos da neurolinguística.

Com experiência de quem atua há mais de 15 anos como educador físico, Damião Pereira garante que vale à pena organizar o tempo e dedicar parte dele à atividade física. “Praticando exercícios regularmente, pelo menos 3 vezes por semana com treinos de 40 minutos de duração, você vai ter resultados na melhoria da saúde, além de pre-venir doenças”.

A recomendação do professor Damião Pereira é re-forçada por estudo realizado na Universidade McMaster, no Canadá, que revelou que é possível ter importantes ganhos mesmo com poucos minutos de atividade física diária. Isso signifi ca que, se administrarmos de forma efi -ciente o nosso dia, podemos dedicar um tempo para nosso bem estar. Segundo a pesquisa, realizar dez séries de ape-nas um minuto de bicicleta, com um minuto de descanso entre elas, três vezes por semana, é tão efi ciente na melho-ria da musculatura quanto a prática de muitas horas de exercícios convencionais de longa duração. São menos de 30 minutos para manter-se em forma, acredite!

De olho no tempo

- Antes de começar a praticar qualquer tipo de atividade física, mesmo sendo de intensidade moderada, vá a um médico e faça um exame para ver como anda a sua saúde.- Outro ponto muito importante é a nossa alimentação. Nós não podemos iniciar um programa de atividade física sem nos preocuparmos com o que vamos comer. - Aliar um bom programa de atividade física a uma dieta alimentar adequada é um passo enorme para uma vida saudável. Anime-se e comece desde já.

LEMBRE-SE

“É preciso ter regularidade, mas, praticando exercícios pelo menos 3 vezes por semana com treinos de 40 minutos de duração, você vai ter resultados na melhoria da saúde, além de prevenir doenças”Damião Pereira, educador físico

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Toxina do bem

A toxina botulínica, mais co-nhecida por Botox™ (que é a marca comercial americana da toxina bo-tulínica), auxilia no tratamento da ce-faléia e enxaqueca crônica de origem dentária (parafunção), na despro-gramação muscular, após implantes dentários com carga imediata, tam-bém pode ser efi caz no tratamento de alguns distúrbios odontológicos que muito incomodam e que são bastante comuns, como o bruxismo, o sorri-so gengival, a assimetria do sorriso, a salivação excessiva e disfunções da ATM (articulação temporomandi-bular), por exemplo. Sua fi nalidade pode ser, portanto, terapêutica.

Um odontólogo, com treinamento específi co, está habilitado a utilizar este recurso para as reabilitações orais, de acordo com a Resolução nº 112/ 2011 do Conselho Federal de Odontologia. A aplicação da toxina botulínica é um procedimento seguro e efi caz, quando realizado com critério, por isso, o diag-nóstico e o planejamento detalhado do tratamento são fundamentais.

“O bruxismo é o problema mais comum. Em muitos casos, os pacien-tes podem, até mesmo, deixar de usar a placa depois da aplicação da toxina.

Já no caso do sorriso gengival, é pos-sível, com esta nova técnica, evitar a cirurgia para a correção do proble-ma”, conta Cloaldo Mendonça, espe-cialista em Ortodontia, com curso de atualização profi ssional em Toxina Botulínica Aplicada à Odontologia.

Acometendo 15% das crianças e afetando, indistintamente, cerca de 30% dos homens e mulheres, o bruxis-mo é uma desordem funcional – asso-ciada a fatores genéticos, situações de estresse, tensão, ansiedade ou a proble-mas físicos de oclusão ou fechamento inadequado da boca - que se caracte-riza pelo ranger ou apertar dos den-tes durante o sono. Essa pressão pode provocar desgaste e amolecimento dos dentes. Dor de cabeça é outro sintoma muito comum nesta doença.

De origem biológica, obtida a partir da bactéria Clostridium bo-tulinum, a toxina botulínica atua bloqueando a liberação de um neu-rotransmissor chamado acetilcolina, que interfere na capacidade de con-tração muscular. Desta forma, ocorre diminuição da contração de alguns músculos que podem estar infl uen-ciando nas funções habituais de fala, mastigação e sorriso.

Odontologia se rende aos benefícios do Botox

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Por Taciana Chiquetti

clÍnica oral design / naTalFones: 84 3222-4191 / 8852-3320 / 9920-2959

odonTo Trairi / sanTa cruzFones: 84 9658-1988 / 8897-9899

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O pão nosso de cada dia

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Ele está presente na mesa da maioria dos brasileiros todos os dias. Comer pão faz bem à saúde, mas é preciso fazer escolhas saudáveis e consumir com moderação

Por Juliana garcia

Você come pão todos os dias? Se essa pergunta for feita na casa da mi-croempresária Adriana Bezerril, 36 anos, a resposta será um sim em alto e bom tom. A família inteira é vicia-da em pão. Ele tem seu lugar reser-vado na mesa do café da manhã e do jantar. “Às vezes, também me rendo a um pão doce na hora do lanche”, confessa Adriana, que já tentou reti-rar o alimento da dieta várias vezes, mas só conseguiu manter distância dele por, no máximo, três dias. “Eu sinto muita falta quando não como. E quando estou na TPM, o desejo é ainda maior. Devoro vários pães de uma vez e depois sofro com o peso na consciência”.

O peso na consciência certamente está associado ao medo de encarar a balança, pois ela pode denunciar al-guns quilinhos a mais. No entanto, é importante frisar que o pão não en-gorda ninguém sozinho. O que faz

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O glúten é uma proteína do trigo presente em massas e farinhas. É ele que dá liga na massa e também ajuda o pão a crescer. Algumas pessoas são sensíveis a essa proteína, não conse-guem fazer a digestão e são obrigadas a retirar o glúten da dieta. Alguns es-pecialistas, entre eles a nutricionista Fátima Nunes, acreditam que o ex-cesso de glúten pode causar prejuízos até mesmo para quem não tem aler-gia à proteína. “Unhas fracas, olhei-ras, queda de cabelo, gases, prisão de

ventre e estufamento abdominal são alguns dos sintomas que podem estar relacionados ao excesso de glúten. É preciso observar, retirar o glúten por um período, depois voltar a consumi--lo. Não existem regras. Cada pessoa reage de uma maneira”, explica a nu-tricionista, que também alerta para os riscos da retirada do glúten e do pão da dieta sem a orientação de um pro-fissional para que sejam feitas as subs-tituições adequadas, de forma a não comprometer a nutrição do corpo.

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“Eu sinto muita falta quando não como. E quando estouna TPM, o desejo é ainda maior”Adriana Bezerril, microempresária

“Unhas fracas, olheiras, queda de cabelo, gases, prisãode ventre e estufamento abdominal são alguns dos sintomas

que podem estar relacionados ao excesso de glúten”Fátima Nunes, nutricionista

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elos uma pessoa engordar são os hábitos

alimentares, os excessos e o sedenta-rismo. O pão é rico em carboidratos, nutrientes importantes, pois são eles que fornecem energia para o orga-nismo funcionar. Portanto, é um ali-mento que faz bem.

De acordo com a Associação Bra-sileira da Indústria da Panificação e Confeitaria, o pão francês é o preferi-do. No Brasil, 56% dos pães são rela-cionados a produtos oriundos da fari-nha branca ou refinada. Na sequência de vendas estão os destinados para os lanches, como pão de cachorro quente e hambúrguer, e também bis-naguinha. Já os mais saudáveis, como

o integral, o de grãos ou sem glúten, ocupam as últimas posições.

Segundo a nutricionista Fátima Nunes, é aí onde mora o problema. “Apesar de ser uma boa fonte de car-boidratos, o pão francês tem uma quantidade muito grande de sódio, entre 300 e 500 mg, e o ideal é que essa quantidade não ultrapasse os 200mg. O sal é um grande vilão da saúde, pode levar a problemas como hipertensão e retenção de líquidos, por isso eu não recomendo o con-sumo de pão branco, pois a farinha refinada não tem nenhum nutriente, o melhor é optar pelas versões mais saudáveis”, orienta.

E o glúten?

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PÃO INTEGRaLTem mais fibras que o pão branco e exige mais

tempo de mastigação. Isso faz com que a pessoa se sinta saciada por mais tempo.

PÃO COM LINHaÇaRico em ômega 3 e leguinianas, substâncias que

fazem a diferença na formação e equilíbrio dos hor-mônios femininos progesterona e estrógeno. O con-sumo frequente reduz os sinais e sintomas da TPM.

PÃO COM aVEIaContém uma boa quantidade de fibras solúveis,

que aceleram o movimento intestinal e, com isso, o bolo fecal fica menos tempo no intestino. Ajuda a re-duzir o colesterol, triglicérides e previne a formação de tumores, principalmente os do tubo digestivo.

PÃO COM CENTEIOO farelo de centeio contém fibras insolúveis e

uma boa quantidade de zinco. Contribui para o au-mento da imunidade e a redução de risco de câncer.

PARA AJUDAR NA ESCOLHA

Rodízio da saúdeVariar o cardápio é sempre o melhor caminho quan-

do se fala em nutrição de qualidade. Imagine como seria sua vida se você comesse ovo, doces, carnes todos os dias. Com o pão não é diferente. “Ele é uma boa fonte de car-boidratos, mas não é a única. Existem outras opções que, além de fornecer energia, também ajudam a controlar os níveis de glicose”, explica Fátima Nunes. Ela se refere às raízes como batata doce, inhame e macaxeira. Outras op-ções para substituir o pão são o cuscuz e a tapioca. “O ide-al é fazer esse rodízio. Deixe para comer pão apenas duas vezes por semana. Assim, quando tiver vontade de comer até mesmo um pão branco, seu organismo não vai sentir tanto”, orienta.

O rodízio também pode ser feito entre os tipos de pães. Existem várias opções no mercado. Tem pão integral, de linhaça, de centeio. Tem opções que são feitas sem o glú-ten, como o pão de quinoa, amaranto, com farinha de ar-roz. Hoje já existem empresas especializadas na produção dessas novas versões de pães saudáveis. Vlademir dos San-tos é proprietário de uma delas, a Lírius Boutique do Pão. Toda a produção é artesanal, sem a adição de aditivos quí-micos e com o teor de sódio reduzido. “Oferecemos um produto diferenciado e muito saudável, inclusive para os clientes que optaram por excluir o glúten da dieta”, diz o empresário.

Feita a opção pelos pães mais saudáveis, é preciso tam-bém fi car atento ao que se passa sobre ele. Geralmente, a manteiga, os molhos, os queijos gordurosos, os patês e outros alimentos usados para incrementar a fatia acabam colocando tudo a perder. “Uma boa opção para acompa-nhar o pão é um patê feito com ricota amassada, atum ou frango desfi ado, maionese de soja e cenoura ralada. As-sim, você vai acrescentar mais saúde ao pão”, complemen-ta a nutricionista Fátima Nunes.

“Oferecemos um produto diferenciado e muito

saudável, inclusive para os clientes que optaram por excluir o glúten da dieta”

Vlademir dos Santos, proprietário da Lírius Boutique do Pão

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Basta só olhar para a foto do novo biscoito trufado da leve doçura pra ficar com água na boca. É um tipo de alfajor - biscoito do tipo Maria com delicioso recheio de doce de leite e maravilhosa cobertura de chocolate do tipo suisso. É verdade que quem segue uma dieta de restrição calórica precisa consumir com moderação. Cada um possui em média 153kcal. Mas comer doces como esses, princi-palmente o chocolate, tem seus pon-tos positivos. Eles ajudam a aumentar a produção de serotonina, um neuro-transmissor que melhora o humor e é produzido pelo organismo em res-posta aos momentos de felicidade.

A Leve Doçura acaba de chegar ao mercado. A empresa surgiu de uma parceria entre a Leve Delícia, empre-sa de sanduiches leves, presente no mercado há 8 anos, e a renomada do-ceira pernambucana Franci Lelis. Os biscoitos trufados são os primeiros produtos da marca e você pode es-colher entre os recheios de chocolate

ou doce de leite. Os clientes podem aguardar os futuros lançamentos, dentro dessa mesma linha. Todos seguindo o mesmo padrão de quali-dade com que são produzidos os 18 sabores de Sanduiches Leve Delícia.

“Aproveitamos a logística de dis-tribuição e a clientela dos sanduiches da Leve Delícia para colocar esse novo produto no mercado. A aceita-ção está sendo ótima. O produto tem qualidade, um sabor maravilhoso e pode ser encontrado nas melhores lojas de conveniência, padarias e lan-chonetes no Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco”, comemora a proprietária Neide Franco.

Os produtos da Leve Doçura tam-bém estão disponíveis para encomen-das para aniversários, casamentos e outros eventos.

leve doçuraFones: 84 3218 6288 / 84 8746 [email protected] Neide Franco, feliz pelo sucesso do lançamento

Vai valer à pena dar uma escapadinha da dieta para provar essa delícia

Leve Doçura28

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A moda das siglasFilhos? FilhosMelhor não tê-losNoites de insônia (...)

(...) Chupam gileteBebem shampooAteiam fogoNo quarteirão...

Filhos... Filhos?Melhor não tê-los!Mas se não os temosComo sabê-lo? (...)

Por Taciana Chiquetti

Vinícius de Moraes, em seu poema “Enjoadinho”, des-creve a rotina dos pais acompanhando o desenvolvimen-to de seus fi lhos. Correndo os olhos pelos versos, fi ca a dúvida que talvez o poetinha não tenha pensado quando escreveu o texto: até que ponto as travessuras, o desassos-sego, a distração e a falta de atenção são características normais de uma criança ou indícios de transtornos?

As siglas TDA e TDAH (Transtorno de Défi cit de Atenção e Transtorno de Défi cit de Atenção com Hipe-ratividade) parece que viraram moda nas escolas e con-sultórios pediátricos e psicológicos na atualidade. Mas é preciso cautela, antes de chegar a conclusões.

A jornalista Renata Passos, mãe de Gabriel (19) e Ar-thur (9), já experiente como mãe, sabia bem que a poesia, quando se trata de fi lhos, transforma-se em prosa quando se depara com a vida real. Uma história que exige grandes doses de paciência e dedicação. Quando se tem um fi lho com TDA ou TDAH, a dose precisa ser aumentada e ser paciente tem que passar a ser um estilo de vida. “Eu acha-va que a facilidade em perder os objetos, ser mais disperso que o normal, ter uma caligrafi a ruim e ser desorganizado eram características masculinas ou típicas da idade, pois já tenho um menino. Geralmente, os meninos são assim, ao

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“Alguns comportamentos típicos de TDAH podem

revelar outras patologias, como ansiedade, disritmia

e, até mesmo, deficiência auditiva”

Luiza Meira Pires, pediatra

contrário das meninas. Mas quando Arthur começou a ter uma queda significativa no rendimento escolar, comecei a me preocupar e investigar melhor o que poderia estar havendo com ele”, relata. Ficar de castigo era rotina para o garoto e não saber como lidar com ele era angustiante para os pais.

Desde então, ela peregrinou por diversos especialistas até encontrar a pediatra comportamental e hebiatra Luiza Meira Pires, que depois de pesquisar o comportamento de Arthur e realizar uma série de exames chegou ao diagnós-tico de TDA moderado. “Quando a escola e a família não dão conta, eles vêm ao meu consultório, mas, para se che-gar a um diagnóstico desses transtornos, é preciso uma in-vestigação criteriosa. Alguns comportamentos típicos de TDAH podem revelar outras patologias, como ansiedade, disritmia e, até mesmo, deficiência auditiva”, explica a mé-dica, que começou a se especializar no assunto depois de viver esta realidade em sua própria casa.

Cerca de 3% a 5% da população no mundo possuem TDA com ou sem hiperatividade, sendo mais comum em meninos. “Trata-se de uma alteração neuroquímica no lobo frontal, com a diminuição dos neurotransmisso-res dopamina e noradrenalina, que interferem nas ações

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executivas, planejamento, organização e atenção. Por isso, o tratamento inclui medicação, além de psicoterapia”, ex-plica. “As escolas não tem preparo para as especifi cidades dos alunos. O diagnóstico precoce é importante para dar o apoio que a criança precisa e para que a autoestima dela não fi que comprometida”, opina Renata.

Segundo Luiza, existe um protocolo a ser seguido para não se banalizar o transtorno. O primeiro passo é verifi -car o grau de prejuízo que ela está tendo em sua vida. De-pois disso, ela analisa se o comportamento se repete em diferentes ambientes. Para ser classifi cado como TDA ou TDAH, é preciso ainda pontuar um questionário de rastre-amento da classifi cação internacional das doenças mentais (DSM4), que apura desatenção, hiperatividade e impulsi-vidade. Caso o resultado seja positivo, a pediatra solicita exames oft almológicos, laboratoriais, de audiometria e eletroencefalograma (EEG) para buscar possíveis causas orgânicas que justifi quem a alteração de comportamento. Somente depois dessa pesquisa, é possível determinar se há ou não os transtornos e partir para o tratamento.

A médica relata que é constante a angústia dos pais quando veem seus fi lhos rejeitados ou excluídos, inclusive por membros da família. “Eles não cumprem ordens e não conseguem administrar o tempo, por exemplo, porque não conseguem. Não é porque eles não querem. Os pais precisam entender que isso não é culpa nem da criança e nem dos pais”, diz. Algumas doenças podem estar associa-das ao transtorno, como: depressão, ansiedade, delinquên-cia e dependência química. Por isso, para Luiza, trata-se de um problema de saúde pública em que a informação sobre ele deve ser difundida para as pessoas.

A poesia de Moraes destaca as difi culdades e os desa-fi os de ser pai e mãe, mas também é generosa ao mostrar que, qualquer que seja a limitação do fi lho, ele vale à pena.

Filhos...Mas se não os temosComo sabê-los?Como saberQue maciezaNos seus cabelosQue cheiro mornoNa sua carneQue gosto doceNa sua boca!Que coisa loucaQue coisa lindaQue os fi lhos são!

“Quando Arthur começou a ter uma queda signifi cativa no

rendimento escolar, comecei a me preocupar e investigar melhor o que poderia estar

havendo com ele”Renata Passos, jornalista

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Elizabeth Monteiro

Para ser uma boa mãe é necessário ter

amadurecimento, bom equilíbrio

afetivo-emocional e desejar muito o filho

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viver Bem em revista - Quais os tipos mais frequentes de culpa que os pais enfrentam, atualmente, em nosso modelo de educação? Por que a mãe se sente mais culpada?

elizabeth monteiro - Os pais, principalmente as mães, carregam muitas culpas. As mães se sentem culpadas quando a sua família não se enquadra no modelo da família “perfeita”. As mães são as maiores responsáveis pela criação dos filhos e ficam mais tempo com eles. Por-tanto, assumem maiores respon-sabilidades. Quando alguma coisa não vai bem, o mundo as acusa e quando o mundo não as acusa, elas mesmas se acusam: “Onde foi que eu errei?”. Culpam-se porque o fi-lho não vai bem na escola, porque não obedece, porque tem alguma dificuldade física ou psíquica... São tantas as culpas. Dentro do mode-lo atual de educação, onde a mídia passa que é preciso TER para SER, as mães também se culpam por não poderem dar o mundo aos seus fi-lhos. As mães que trabalham fora, então... São as mais culpadas, por-que pensam que, dando tudo, repa-rarão a sua ausência.

vBr - Quais os principais erros co-metidos?

em – Eu não gosto de apontar os erros que as mães cometem, até porque também sou mãe, errei e erro muito. O importante é apren-der com os erros, pois ninguém tem culpa daquilo que não sabe, mas passa a ter a partir do momento em que sabe. Nenhum filho precisa de uma mãe perfeita, mas penso que a atitude mais grave na criação de um filho é a mania que os adultos

têm de rotular a criança. A criança e o jovem não sabem quem eles são. Quando o adulto diz ao menor que ele é um burro, chato, preguiçoso, insuportável, este jovem está rece-bendo um papel na vida: um rótulo. E, assim, passará a agir e a se com-portar de acordo com o rótulo que recebeu. Isso é grave!

vBr - Como dar limites sem sentir culpa?

em – Para se dar limites sem cul-pa, é preciso ser firme e delicado ao mesmo tempo. Sempre digo que a firmeza não exclui a delicadeza. Pais que resolvem tudo aos tapas e ber-ros ensinam aos filhos que é desta forma que se resolvem os problemas e eles receberão de volta as mesmas agressões. A gente colhe aquilo que planta. Só se educa bem quando se é um bom modelo. Os pais devem agir de acordo com aquilo que pen-sam e sentem. Devem educar de acordo com o seu sistema de cren-ças e de valores. Antes de dar limite ao filho, deve-se olhar para dentro de si e pensar. Não é bom seguir modelos externos. Exemplo: se você acha que o seu filho não tem idade para ir para festas e baladas, não permita. Se a sua vizinha permite, isso é problema dela e basta expli-car isso ao seu filho. Claro que não é fácil, mas devemos educar usando o bom senso. Penso que, para dar li-mites precisos, também é necessário não esperar que a sua paciência se esgote. Em campo tenso, todos bri-gam e perdem a razão.

vBr - A escola pode ajudar a famí-lia a construir uma educação mais efetiva para os filhos e menos “cul-pada” para os pais? De que maneira?

Por Taciana Chiquetti

Ela define família como seu prin-cipal alimento. Talvez, por isso, resol-veu formar uma bem numerosa para se sentir sempre nutrida de amor. E, diante da experiência própria e da formação acadêmica, também se sen-tiu à vontade para passar o que apren-deu para frente. Pedagoga, psicóloga, psicopedagoga, Elizabeth Monteiro também é escritora. Em seu livro mais recente “A culpa é da mãe”, ela relata suas vivências e dá sua contri-buição para outras mães, à luz do co-nhecimento adquirido.

“Escrever é uma forma de falar com o outro, além das paredes do meu consultório, e fazer algo pelas famílias. Precisamos investir nas nos-sas crianças, futuros cidadãos deste mundo, que muito precisa melhorar. Não nasci somente para saborear a vida, mas para deixar uma parcela de contribuição daquilo que sei, àqueles que necessitam”, define-se.

Casada há quarenta anos com o primeiro namorado, tem quatro fi-lhos e, no momento, quatro netinhos. Em seu consultório particular, na cidade de São Paulo, atende a crian-ças, adolescentes e adultos. Além dis-so, dá palestras e cursos pelo Brasil. Nesta edição da Revista Viver Bem, Elizabeth orienta sobre os limites na educação dos filhos.

Uma pequena demonstração de que ela enfrenta suas culpas, tanto quanto sugere que seus leitores tam-bém enfrentem, é que não tem ne-nhum problema em assumir os seus 63 anos de idade. Seu ano de nasci-mento está lá, estampado em seu site na internet (www.elizabethmonteiro.com.br). É justamente esta maturida-de que a faz multiplicadora de consci-ências tranquilas.

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“O peso da culpa faz com que as mães mimem demais os seus fi lhos e não

exerçam adequadamente a autoridade que lhes compete”

em – A escola deve cumprir a sua parte, assim como a família. Famí-lia e escola devem estar sempre de mãos dadas. Cabe à escola transmi-tir cultura, conhecimento, informa-ção, acolhendo e aceitando todos, sabendo trabalhar com as diferenças e com as difi culdades. Integrando--os dentro da cultura e dos valores da sociedade em que estão inseridos. Cabe à família transmitir tudo, mais os valores familiares e sociais. Escola e família devem trabalhar juntas, le-vando os jovens à aprendizagem do exercício diário da cidadania. O que é muito comum de se ver atualmen-te são os pais terceirizando os seus fi lhos e a escola se livrando dos alu-nos que apresentam difi culdades. Os pais nunca devem falar mal da escola e dos professores dos fi lhos nem das pessoas que cuidam deste indivíduo.

vBr - As mulheres estão se tornando mães cada vez mais tarde. Isso é po-sitivo na relação entre mães e fi lhos?

em – Não importa a idade. Para ser uma boa mãe é necessário ter ama-durecimento, bom equilíbrio afetivo--emocional e desejar muito o fi lho. Desejar um fi lho não signifi ca cum-prir com um papel cultural ou social. Desejar um fi lho implica em querer dar a este ser uma condição de vida em que ele se sinta aceito e amado do

jeito que ele é. Todas as mães amam os seus fi lhos, mas poucas os aceitam como são. Para mim, isso não é amor.

vBr - Como os novos arranjos fa-miliares, diferentes do tradicional pai-mãe-fi lhos, têm interferido nos medos de quem conduz a educação em casa?

em – Apesar dos novos arranjos fa-miliares, não existe maior sociedade, nestas cinco mil diferentes sociedades familiares espalhadas pelo mundo, em que a família, como grupo de pessoas que habitam o mesmo lugar, não te-nha um poder forte sobre o indivíduo. Apesar das transformações e dos dife-rentes formatos existentes, a família é a principal responsável pela educação, transmissão de valores, formação de identidade, pela prevenção e cura dos muitos transtornos existentes.

vBr - Quais são as principais an-gústias que as mulheres apresentam com relação à maternidade? Como os maridos ou outros familiares podem contribuir para minimizá-las?

em – As principais angústias com relação à maternidade dizem respei-to à saúde da criança, a sua perfeição física, ao parto e à amamentação. Em seguida, dizem respeito à educação e às questões fi nanceiras. A melhor

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maneira de ajudar estas mulheres está em não sofrer antecipadamente junto com elas. É aprender e ensiná-las a li-dar com os problemas e difi culdades à medida em que forem surgindo.

vBr - Quais as consequências de mães mais culpadas para seus fi lhos?

em – Mães culpadas não sabem edu-car e se posicionar diante da criança. As crianças precisam de modelos para crescer. Modelos de pessoas fortes, fi r-mes, autoconfi antes e seguras. O peso da culpa faz com que as mães mimem demais os seus fi lhos e não exerçam adequadamente a autoridade que lhes compete. As mães se queixam de não

ter autoridade e da ausência dos pais. Na verdade, algumas também temem assumir os seus fi lhos. Ninguém quer carregar o peso da responsabilidade, então pedem conselhos e orientação a terceiros, quando bastaria assumir aquilo que pensam e em que acre-ditam, sem medo de errar e sentir culpa. Os fi lhos dependem muito mais das atitudes dos pais do que de sermões ou críticas. É preciso que as mães acreditem em seu potencial, em seus esforços, aprendam com os er-ros. Seguir o modelo dos outros não é bom, porque o que serve para uma família, não serve para outra. Assim como o que serve para um fi lho, não serve para o outro. Não dá para ser a

mesma mãe para todos os fi lhos, sim-plesmente porque eles são diferentes e deve-se tratá-los de forma diferente: uma mãe para cada fi lho. Filhos de mães inseguras e culpadas sentem-se abandonados moralmente.

vBr - Ajuda profi ssional, leituras ou outras formas de se buscar informa-ção são sempre bem vindas?

em – Os pais precisam ler, conhe-cer, saber sobre o desenvolvimento do fi lho para tomar atitudes corre-tas. A mãe deve estudar muito e se autoconhecer para lidar com as suas difi culdades (sem culpa), conhecer e aceitar o outro.

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A angústia das bochechas rosadas

Por Taciana Chiquetti

A timidez é mais comum do que se

imagina.Mas, se ela

compromete a sua qualidade de vida,

está na hora de buscar ajuda para

superá-laco

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Começa com um sorrisinho sem mostrar os dentes. Depois, passa por sempre optar pelo local mais discreto da sala até evoluir para evitar con-tatos mais íntimos com as pessoas e exposições em público. As bochechas rosadas de quem é tímido definitiva-mente não são sinais de saúde. Pelo contrário, escondem intensa angús-tia, que, por sua vez, desencadeia uma série de limitações.

Por mais que o senso comum acre-dite “Fulano é assim mesmo. É o jeito dele”, é preciso atentar para o fato de que, em qualquer situação em que o indivíduo não realiza o seu potencial, existe um problema psicológico. A ti-midez – sensação de intenso medo e ansiedade nas mais diversas situações sociais - pode trazer prejuízos sig-nificativos para a qualidade de vida de uma pessoa, em vários aspectos, como social, profissional, econômico, sexual e familiar. As dificuldades para a formação de vínculos emocionais e o comprometimento de desempenho no ambiente profissional são os mais problemáticos.

Os tímidos e fóbicos sociais ca-

sam-se mais tarde e tendem a ser me-nos felizes no relacionamento conju-gal. Além disso, conseguem menos oportunidades de ascensão profis-sional e possuem maiores chances de sofrer com a depressão. As causas da timidez são múltiplas e geralmente resultam de um processo e não de um fator isolado.

TraTamenToObservando a crescente deman-

da relacionada à ansiedade social, a psicóloga Neuciane Gomes da Silva, do departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), resolveu colocar o foco de seu trabalho neste problema e, em 2006, criou o projeto “Enfren-tamento da Timidez”, em Natal, com a proposta de trabalhar a timidez por meio da terapia breve (Abordagem Cognitiva-Comportamental).

Trata-se de uma terapia em grupo em que são realizados doze encontros semanais no Serviço de Psicologia Aplicada da UFRN para o tratamen-to breve e focal. Lá, os participantes – jovens e adultos, não restritos à

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“É um problema muito comum e as pessoas precisam saber que pode ser superado, pois existe tratamento”Neuciane Gomes, psicóloga

comunidade acadêmica - vivenciam atividades que permitem a eles en-contrar um caminho para mudar o tripé pensamento-sentimento-com-portamento de forma positiva para seu benefício.

As inscrições acontecem no início de cada ano. Os interessados passam por uma triagem, com a aplicação de testes psicológicos e, se a fobia social for identificada, passam a integrar o grupo. Caso o problema seja outro, a pessoa é encaminhada para outro serviço. O programa consiste em de-senvolver, nas pessoas, habilidades sociais para que possam aprender gradualmente a lidar com o medo e a

ansiedade relacionados a sua vida so-cial. “É um problema muito comum e as pessoas precisam saber que pode ser superado, pois existe tratamento. No grupo, eles entendem que não es-tão só, outras pessoas também têm o mesmo problema”, explica Neuciane.

Pesquisas realizadas mundial-mente demonstram que aproxima-damente metade das pessoas sofre com a timidez em algum momento de suas vidas, que pode ser crônica ou situacional. Na timidez crônica a pessoa experimenta dificuldade em praticamente todas as áreas do con-vívio social. Os homens adultos são o perfil mais frequente que apresenta

timidez, porém quem mais busca aju-da são as mulheres.

A “famosa” vontade de se escon-der, sumir ou sair correndo quando a ansiedade e o medo estão instalados limitam a vida de quem passa pelo problema. Para a estudante Eloísa Silveira (21), falar em público é algo extremamente desgastante. Sem-pre que está diante desta necessida-de, ela apresenta diversos sintomas, como tremores, choros, altos níveis de ansiedade e tende a ter um com-portamento de fuga e esquiva. “Fico pensando que não sou capaz de fa-lar sobre o assunto proposto, acre-ditando que quem assiste sabe mais do que eu. Então, fico extremamente nervosa e chego a não coordenar as ideias, trocando as palavras”, conta, relatando que gostaria de fazer tera-pia para identificar os motivos desta limitação.

De acordo com a psicóloga, nem sempre quem tem medo de falar em público, por exemplo, apresenta ne-cessariamente outras dificuldades so-ciais. Existem variações na fobia so-cial. “Há pessoas que não conseguem

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CAUSAS MAIS FREQUENTES

PaIS OU UM DOS PaIS TÍMIDOA percepção depreciada de si mesmo o faz depreciar ou não confiar no(a) filho(a).

PaIS OU UM DOS PaIS MUITO aGRESSIVOIsso faz com que o filho tenha uma visão dos outros como potencialmente hostis.

EXPERIÊNCIaS DE HUMILHaÇÕES SILENCIOSaS OU PÚBLICaSIsso corrói o “eu” ou produz distorções no “eu” que está se desenvolvendo.

FaMILIaRES CRÍTICOSAlgumas famílias têm uma cultura muito crítica. Essa postura pode ser velada ou aberta, direta (dirigida para dentro dela mesma) ou indireta (críticas dirigi-das a pessoas de fora).

PROBLEMaS FaMILIaRES QUE CaUSEM VERGONHaÉ comum as crianças ou adolescentes sentirem-se envergonhados durante um processo de separação dos pais, por exemplo. Isso pode ser superado em pouco tempo ou pode permanecer como uma forma de auto-depreciação. Problemas familiares de outra natureza podem também causar esse dano.

FaMÍLIaS aFETIVaMENTE FRIaSFamílias que não exprimem os sentimentos ou os ex-prime muito pouco, principalmente os sentimentos de carinho e alegria pelas realizações de alguém do grupo, podem contribuir indiretamente para a timi-dez. Esse comportamento não ajuda a desenvolver uma percepção pessoal de capacidade de realiza-ção, de competência, de ser capaz de ser amado, de ser estimado, de ser respeitado pelos outros.

Experiências como essas desenvolvem percep-ções do “eu” como sendo frágil e sujeito à crítica dos outros.

Fonte: www.psicologado.com.br – Artigo das psicólogas Laíla Gabriela Carvalho de Sousa e Maralice Alves de Sousa.

ter um relacionamento amoroso, assinar um documento na frente de outras pessoas ou usar um banheiro coletivo. São formas focais do problema, que também devem ser tratadas”, diz.

No grupo, o terapeuta estimula a busca de soluções dos próprios envolvidos e propõe o enfrentamento das situ-ações afl itivas. O tratamento consiste em alguns passos, como a psicoeducação, ou seja, o psicólogo explica aos participantes o que é o transtorno, fala sobre a possibili-dade de tratamento, sobre a importância da qualidade dos pensamentos e da necessidade de se elevar a autoestima. Depois, trabalha com a atribuição de tarefas e exercícios para serem executados dentro e fora do grupo. Em segui-da, incentiva a interação dos depoimentos dos integrantes e estimula a refl exão sobre as soluções. “Os resultados tem sido muito bons ao longo de todos esses anos. A ideia é que a pessoa se torne sua própria terapeuta e se sinta pre-parada para enfrentar as situações. Geralmente, os parti-cipantes saem muito bem após o processo e se mostram muito mais auto-confi antes”, relata Neuciane.

Sair do casulo que a timidez provoca e bater asas para viver as relações com liberdade não é uma tarefa fácil, por isso a ajuda profi ssional é de grande valia e pode abreviar, em um curto espaço de tempo, anos e anos de isolamento e desconforto. Para viver bem, é preciso estar aberto para a vida.

“Fico extremamente nervosa e chego a não coordenar as ideias, trocando as palavras”Eloísa Silveira, estudante

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Xô, estresse!Considerado o mal do século,o estresse também tem seu lado positivo. É preciso aprendera gerenciar suas reações

Por Taciana Chiquetti

Há quem considere o cão de guarda a melhor exempli-ficação do estresse. O processo de estresse no ser humano se assemelha a um cachorro de estimação que zela pela nossa integridade: ele dá sinais contundentes de ameaça ou permanece tranquilo ao nosso lado, quando tudo está bem. A palavra “estresse” já faz parte do vocabulário coti-diano das pessoas. Já virou, até mesmo, verbo, conjugado de diversas maneiras: “Tô estressado!”, “Não me estressa...” Por isso, são necessários alguns esclarecimentos para sa-ber as diferenças entre estresse positivo e negativo.

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“A competição e os frequentes ajustes às inovações

tecnológicas, por exemplo, são fontes inesgotáveis de estresse.

Na tentativa de adaptar-se às mudanças ambientais e

em adequar-se às interações sociais, a pessoa pode chegar

ao estresse excessivo”Suely Mendonça, psicóloga

“O estresse é uma reação do organismo que ocor-re quando ele precisa lidar com situações que exijam um grande esforço emocional para serem superadas. Quanto mais a situação durar ou quanto mais grave ela for, mais es-tressada a pessoa pode ficar. Porém, há meios de se apren-der a lidar com o estresse de modo que, mesmo nos piores momentos, o organismo não entre em colapso”. Esta é a definição da especialista Marilda Lipp – psicóloga e funda-dora do Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS), entidade com sede em Campinas-SP e filiais em diversos estados brasileiros, que se destina a promover a prevenção e o tratamento do estresse excessivo desde 1985.

O CPCS é a primeira entidade no Brasil especifica-mente organizada com o objetivo de realizar pesquisas sobre o estresse e seus efeitos. A unidade mais próxima do Rio Grande do Norte fica em Recife-PE, liderada pela psicóloga Suely Mendonça. “A velocidade das mudanças, a necessidade de atualização constante e o acúmulo de funções no mundo corporativo geram desafios físicos e psicológicos. A competição e os frequentes ajustes às ino-vações tecnológicas, por exemplo, são fontes inesgotáveis de estresse. Na tentativa de adaptar-se às mudanças am-bientais e adequar-se às interações sociais, a pessoa pode

chegar ao estresse excessivo”, explica Suely, que também é membro do Conselho Científico da Associação Brasileira de Stress. Por outro lado, é o estresse positivo que permite as realizações e que coloca a pessoa na ativa.

Muitas pesquisas realizadas pela instituição, em dife-rentes grupos - escolares, adolescentes, universitários e adultos - revelam a prevalência de sintomas de estresse ex-cessivo significativamente mais alta em mulheres. Segun-do a psicóloga, apesar de não se ter uma resposta precisa, acredita-se que grande parte do estresse feminino pode ser atribuída à diversidade de papéis acumulados pela mulher na sociedade moderna e pelo padrão de perfeição a ela imposto no desempenho desses papéis.

Além das mulheres, os apressadinhos, em geral, cor-respondem ao perfil mais vulnerável ao estresse negativo. “Pessoas com esse padrão de comportamento estabelecem muitos objetivos simultaneamente, gostam de fazer mui-tas coisas ao mesmo tempo, agem de forma rápida e têm dificuldade de concentrar-se. Nas relações interpessoais, costumam ser impacientes, irritadiças e hostis com outras pessoas e exigem muito de si. O estilo de vida oriundo desse padrão torna essa pessoa uma verdadeira usina de estresse”, alerta Suely.

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Efeitos e consequências

EQUILÍBRIO PASSO A PASSO

Pessoas mais vulneráveis ao estresse excessivo podem encontrar o equilíbrio seguindo os seguintes passos:

• Aprendendo a reconhecer os sinais físicos e psicológicos do estresse em si mesma;• Identificando as fontes externas de estresse e tentando afastá-las, se possível;• Identificando as fontes internas de estresse e tentando modificar a forma de pensar, agir e sentir para uma melhor adequação;• Assumindo os estressores inevitáveis e aprendendo a lidar com eles, buscando ajuda, se necessário.

“Não há problema em se estressar, o

problema é não sair desta condição”

Akal Muret Singh, mestre em yoga

Apesar de constituir uma reação natural do organismo, em excesso, o estresse pode sim ser extremamente prejudicial, causando muito mais do que um desconforto e a perda da qua-lidade de vida. O desequilíbrio pode levar a transtornos mentais, que pro-vocam prejuízos pessoais, profi ssio-nais, familiares e sociais. Problemas físicos e emocionais, confl itos inter-pessoais, queda da produtividade e desemprego, por exemplo, são fontes recorrentes de estresse. Nos consultó-rios psicológicos, o que mais se cons-tata, por causa do estresse em excesso, são disfunções como o transtorno do pânico, o transtorno depressivo e o transtorno de ansiedade generalizada.

Para lidar com o estresse do dia a dia, a melhor recomendação é ado-tar um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação balanceada, atividade física regular (que é um antidepressivo natural), a busca pela estabilidade emocional e práticas de relaxamento - os chamados pilares para o gerenciamento do estresse.

O professor de kundalini yoga, há mais de 30 anos, Akal Muret Singh, já incorporou esses pilares em sua vida e, hoje, consegue ser portador da boa notícia de que é possível vencer o estresse “do mal” e dar boas-vindas ao estresse “do bem”. Ele orienta que uma respiração adequada e técnicas de relaxamento fazem a diferença para se viver bem. “Nós nos estres-samos todos os dias, então também temos que sair do estresse todos os dias. O estresse negativo certamente é uma questão de saúde pública, pois desencadeia diversas doenças. Não há problema em se estressar, o problema é não sair desta condição”, alerta.

Ponto fundamental para manter

o cão de guarda mansinho é mudar a forma como se interpreta as situ-ações que nos acontecem. “Precisa-mos encarar a vida de forma cada vez menos ameaçadora. É a nossa reação que defi ne o nosso estresse. Quando você se sente mais forte e mais confi ante, você consegue rela-xar. Massagem, kundalini yoga e bio-energética são alguns caminhos para isso”, explica Akal.

Vale salientar, portanto, que nem todas as pessoas respondem às de-mandas do cotidiano com estresse excessivo. “Se existem muitas diver-

gências entre as diversas dimensões da vida, as quais são responsáveis por um mal estar pessoal, sem que a pes-soa consiga sozinha realizar as mu-danças necessárias, a solução pode vir através do suporte psicoterápico com o propósito de auxiliar no reco-nhecimento do que se quer e do que se está realizando na vida. A psicote-rapia pode ser importante no ajuste das disfunções, evitando o estresse”, conclui a psicóloga especialista no as-sunto. Se tratado com atenção, o cão chamado “Estresse” é, sem dúvida, o fi el melhor amigo do homem.

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A vez do sorrisoQuem é que não lembra do filme

“Náufrago”, em que o personagem do ator Tom Hanks deixa sempre para amanhã a visita ao dentista e, depois, passa pelas consequências de protelar esse cuidado com seu sorriso? Pen-sando no ritmo intenso de ativida-des que as pessoas vivem atualmente, uma clínica de odontologia, em Natal, criou um serviço que soluciona o pro-blema tão comum da falta de tempo.

A Orale, localizada no bairro Petrópolis há nove anos, dispõe de um serviço diferenciado conheci-do por “Day Spa Odontológico” em

que o paciente pode fazer todos os procedimentos de que necessita no menor espaço de tempo possível. “O atendimento é planejado de forma a evitar retornos, condensando tudo o que precisa ser feito em apenas um dia”, explica a cirugiã-dentista espe-cialista em endodontia, Andréa Lira. Para os muito ocupados, que contam com a tecnologia para otimizar suas tarefas, a Orale Odontologia Perso-nalizada disponibiliza aos clientes um cyber hall com computadores e internet wireless.

Oferecer odontologia personali-

Day Spa Odontológico oferece conforto e

agilidade aos pacientes

Equipe integrada para oferecer atendimento em nove especialidades. José Sandro Silva, Priscila Alencar, Hallissa Simplício, Andréa Lira e Danilo Gonzaga (em pé). Anna Lucy Sobral, João Marcelo Arcoverde e Katharine Frota (sentados).

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zada e multidisciplinar (de bebê à idosos) com profis-sionais mestres e doutores que passam frequentemen-te por atualizações, é o foco principal da clínica. Isso possibilita tratamento completo em um mesmo local. “A interação entre os profissionais é muito grande, por isso conseguimos atingir um alto índice de sucesso em nossos tratamentos”, observa a ortodontista Hallissa Simplício. As especialidades contempladas são: cirurgia buco-maxilo-facial, dentística, endodontia, implanto-dontia, odontopediatria, ortodontia, periodontia, pró-tese e fonoaudiologia.

Para personalizar o atendimento, a diferença já começa no acolhimento do paciente. “Toda a equipe é treinada para colocar este conceito em prática. Contamos com uma pro-fissional especializada em gestão de pessoas para identificar as necessidades do cliente”, relata o implantodontista João Marcelo Arcoverde, destacando que este serviço é uma ex-clusividade da Orale, em Natal. Os atendimentos são sem-pre com hora marcada, o que acaba por otimizar o tempo dos nossos clientes.

Outro diferencial é o trabalho com crianças, que con-tam com um espaço exclusivo para elas na clínica, com

brinquedos, canais infantis de TV e internet, além de fraldário. “O atendimento visa romper com o medo que, geralmente, as crianças possuem de ir ao dentista. Ofere-cemos o pré-natal odontológico para que o acesso à saúde dos dentes comece desde cedo”, informa a odontopediatra Priscila Alencar.

A Orale também prima pela responsabilidade social, apoiando projetos sociais voltados para a área de odonto-logia. As ações nesta área visam esclarecer, educar e ajudar as pessoas a cuidar melhor do seu sorriso.

Com relação à estrutura, a clínica Orale possui 100% de acessibilidade e segurança, com câmeras de vigilân-cia e segurança externo. Além disso, há uma central de esterilização e de limpeza de materiais que segue rígidos protocolos de biossegurança. O horário de atendimento na clínica é de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h e, aos sábados, das 8h às 12h.

orale odonTologia personalizadaAv. Campos Sales, 632 – PetrópolisFone: 84 3211-4522. Fax: 84 3211-4522www.clinicaorale.com.br

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Tesouro dos tempos de bebê Álbuns de fotografia, o mimo oferecido na materni-

dade, a primeira roupinha... São muitas as lembranças que as famílias gostam de ter dos tempos de bebê. Mas os avanços tecnológicos permitem, hoje em dia, que um verdadeiro tesouro fique guardado para a vida toda e que seja utilizado nos momentos de maior necessidade: as cé-lulas- tronco do cordão umbilical.

Essas células primárias são capazes de se transformar em células de qualquer órgão ou tecidos do corpo huma-no, como sangue, ossos, nervos e músculos, por isso po-dem ser fundamentais na cura de diversas doenças, caso ocorram no futuro. Atualmente, mais de 80 patologias podem ser tratadas por meio do transplante de células--tronco, como linfomas, leucemias e paralisia cerebral de recém-nascidos. Além disso, mais de 200 terapias estão em fase de pesquisa em todo o mundo.

Células-tronco coletadasdo cordão umbilical já podemser utilizadas no tratamentode 80 patologias

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Existem diversos bancos públicos e privados de cordão umbilical pelo planeta e Natal já conta com os serviços do maior banco privado das Américas: o BCU, com dez anos de atuação no Brasil, no México, na Argentina e nos Estados Unidos. São 25 mil cordões criopreservados. No Rio Grande do Norte, o escritório do Banco de Cordão Umbilical (BCU) funciona há cerca de um ano, no bairro Lagoa Nova. “Nosso diferencial é que temos atendimen-to 24 horas por dia. Estamos intensificando o trabalho de orientação aos pais e profissionais da área da saúde para mostrar os benefícios da coleta, que ocorre somente na hora do parto”, explica o médico Maurício Galvão Pereira. Segundo ele, a demanda por esse tipo de serviço vem au-mentando no Estado.

Os irmãos e até mesmo os pais podem ser beneficia-dos, em casos de doenças, pelas células coletadas. “As chances são menores para os pais e para os irmãos, giram em torno de 25%, mas existem. Já houve casos de pais que decidiram ter mais um filho na esperança de coletar as cé-lulas e salvar outro filho já doente”, conta.

No parto, que pode ser normal ou cesárea, após o nasci-mento do bebê e o corte do cordão umbilical é o momento para se obter as células, sem qualquer risco para a mãe ou o recém-nascido. Logo depois, o material é acondicionado

em recipiente térmico e encaminhado imediatamente para o laboratório central do BCU, na cidade de São Paulo, por meio de transporte aéreo. Para a coleta do material, é utili-zado um sistema totalmente fechado para o processamento das amostras, o que elimina a possibilidade de contamina-ção externa. “Além disso, esta forma garante maior obtenção de células-tronco e uma maior viabilidade celular”, orienta.

O armazenamento é feito em bolsas de congelamento bi-partidas, com um envelope especial (overwrap), para otimizar o aproveitamento e garantir a segurança do pro-cesso. As bolsas são congeladas em nitrogênio líquido a 196º C negativos. Adequado às normas da vigilância sani-tária, o processo ainda provê suporte técnico e gratuidade no transporte do material para qualquer lugar do mundo.

Para esclarecer sobre os benefícios das células-tronco coletadas do cordão umbilical, o BCU faz um trabalho de orientação e divulgação constante. A cada dois meses, uma palestra gratuita, com a participação de pediatra, obstetra, nutricionistas e a equipe do BCU, é realizada para gestantes, em Natal.

Bcu BrasilAv. Lima e Silva, 1611, Ed. Blue Tower Center, sala 411.Fone: 84 3086-1532 | www.bcubrasil.com.br

“Já houve casos de pais que decidiram ter mais um filho na esperança de coletar as células

e salvar o outro filho já doente”Maurício Galvão Pereira, médico

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Democratizando as questões ambientais

para um mundo melhorSe a Eco 92 mudou

o mundo, a Rio +20 mudou a sociedade

Por Eugênio Bezerra A primeira conferência sobre o homem e o meio ambiente foi rea-lizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Em junho de 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a ECO 92 e os temas sobre a ecologia e sustentabi-lidade do planeta ganharam grandes espaços na mídia mundial. Durante o encontro, o mundo inteiro reconhe-ceu que a Terra estava em perigo e as-

sinou 4 documentos que até hoje são importantes no combate à destruição do planeta: a Agenda 21, a Conven-ção sobre Diversidade Biológica, a Convenção sobre Mudanças Climáti-cas e o Tratado das Florestas.

Vinte anos depois, em junho deste ano, o debate continuou com a reali-zação da RIO + 20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvi-

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Hoje, 16% da população mundial consomem 70% do total do poder de consumo e já estamos consumindo 50% a mais do que a Terra é capaz de produzir

mento Sustentável. Assim como também continuaram a explora-ção desenfreada dos recursos naturais, a poluição, o desmatamento e tantas outras formas de destruição do planeta.

E de novo uma velha constatação. A Terra continua correndo perigo. O que a natureza levou milhões de anos para criar equili-bradamente, o homem tratou de destruir em poucas décadas. Mas algo vem mudando? Parece que sim. A Eco 92 mudou o mundo ou como ele era conhecido até então. Caiu a ilusão de que os recursos naturais são abundantes. Não são. Os países e os governantes passa-ram a ser inseridos na discussão sobre o futuro do planeta. Deixou de ser “papo de ambientalista” para tornar-se assunto de interesse de todos os governantes. A ecologia passou a fazer parte do dia a dia, inclusive na educação das crianças. Passados 20 anos, a segunda Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentá-vel tem um balanço (acreditem) positivo também. Enquanto a Eco 92 mudou o mundo, a Rio + 20 está mudando a sociedade. Com a realização da conferência, o debate sobre as questões ambientais chegou às pessoas. Tanto é verdade que o destaque do evento foi a participação popular através da presença e também de protestos. A mobilização ganhou as ruas. Índios, veganos e mulheres protestaram e/ou defenderam seus pontos de vista. Se nenhum documento mais contundente foi assinado. Se não houve punição para os países que continuam poluindo e destruindo o planeta. A conferência trouxe a consciência planetária de que devemos fazer alguma coisa e logo.

Convém salientar que, atualmente, os países, principalmente os mais ricos estão mais interessados em salvar suas economias inter-nas do que a economia verde planetária.

Hoje, 16% da população mundial consomem 70 % do total do poder de consumo e já estamos consumindo 50% a mais do que a Terra é capaz de produzir. Estamos a caminho de um colapso do sis-tema de produção em virtude do consumo desequilibrado. O atual modelo de desenvolvimento é insustentável. Durante o fórum dos cientistas que aconteceu na PUC – Rio (Pontifícia Universidade Ca-tólica) dentro da programação da Rio +20, a temática foi debatida e os mais de 500 cientistas de 75 países, entre eles os seis ganhadores do prêmio Nobel, denunciaram o alto risco que a humanidade corre se não mudarmos meios de produção e de consumo.

Parece que os ecos de todos esses alertas desde 1992 até hoje fo-ram ouvidos nos quatro cantos do planeta. A consciência e a mobi-lização da sociedade fizeram despertar a esperança de um cenário diferente. Claro que algumas mudanças ainda vão demorar, serão mais lentas. É preciso “cair a ficha” de que temos urgência nessas questões. Se os governantes hesitam, há quem tome a dianteira e faça a diferença em favor de um mundo melhor e mais justo.

Você pode até continuar achando que a Rio+20 não teve re-sultados importantes. Mas o fato é que, a partir da conferência, o mundo ficou mais consciente e melhor.

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De concreto destaco, pois tive a alegria e honra de par-ticipar da reunião da cúpula do C-40, o compromisso dos prefeitos de 59 cidades que respondem por 20% do PIB mundial – se fosse um país seria o mais rico do mundo e terceiro mais populoso com 544 milhões de habitantes – de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 1,3 bilhão de toneladas até 2030. É mais do que Canadá e Mé-xico poderiam emitir juntos no mesmo período. Prefeitos assumiram a responsabilidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e só alcançarão esse resultado com investimento mais e melhor em transporte público, tra-tamento do esgoto, uso de energias renováveis, adequa-do recolhimento e destinação de lixo. Enfim, fazendo o dever de casa. Cuidando das cidades e das pessoas que nela vivem. As lições e bons exemplos estão ai. Depende dos governantes sim, mas muito mais do engajamento da sociedade.

Os países, cada um dentro de sua realidade, devem estimular a mudança para racionalizar a energia, reciclar dejetos, voltar a usufruir dos bens da natureza repondo o que se tira dela. Em 2050, a Terra terá quase dez bilhões de pessoas que

precisarão se alimentar, se vestir, se locomover, mas já ul-trapassamos a nossa capacidade de reposição do que con-sumimos e não será desmatando para plantar soja que o planeta recuperará seu equilíbrio produtivo. Em muitas partes do mundo ainda é uma realidade a pobreza extre-ma, a fome e as doenças endêmicas. A insegurança ali-mentar está aumentando, assim como o desemprego e a agitação social e política. Muitos países desenvolvidos ain-da estão se recuperando da última crise financeira e, como vivemos numa economia global, isso afeta imediatamente outras regiões.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável, a Rio+20, foi encerrada com a divul-gação do documento final, contendo 49 páginas, denomi-nado O futuro que queremos. O balanço dos dez dias de discussões dividiu opiniões. Autoridades brasileiras consi-deram um avanço a inclusão do desenvolvimento susten-tável com erradicação da pobreza, enquanto movimentos sociais e alguns líderes estrangeiros condenam a falta de ousadia do texto. Parece que perdemos tempo. De repente

o Rio, Cidade Maravilhosa, ficou cheio de turistas. Mas foi além disso...

O mundo que nós queremos

Mudança climática Uso de água doce Ciclo do nitrogênio Acidifi cação Poluição química Concentração de D

estruiçã

o da c

amad

a

P

erda

da

biod

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M

udança

no uso

e fósforo dos oceanos aerossol atmosférico

do ozônio

da terra

Águ

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Educação

Resiliência

Voz ativa

Empr

ego

Energia

Equidade

Social

Igualdade

de gênero

SaúdeAlimento

O gráfico mostra que a vida humana é possível

entre o piso das necessidades sociais

e o teto da capacidade do ambiente

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Um passo de cada vez

É assim que se chega ao Ninho do Tigre,

um templo do Butão

Por Daniele Oliveira

Fotos: Daniele Oliveira

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Deixar o vento suave de verão que sopra do Himalaia entrar na alma é uma chance de renovação. E uma boa oportunidade para isso é enfrentar um treking rigoroso até o Ninho do Tigre (Taktshang), monastério mais importante do Butão. Sim, estamos na Ásia, exatamente entre as gigantes China e Índia. Aqui é o país onde mo-ram a alegria, o amor e a fé.

Antes do desafi o da caminhada, vale dizer que o Butão é um reino muito, mas muito distante mesmo e que por aqui o povo se orgulha de medir seu desenvolvimento econô-mico por meio de um indicador dife-rente de tudo que já vi. Nada de PIB - Produto Interno Bruto, e sim FIB – Felicidade Interna Bruta. Parece irre-al para nós ocidentais, mas o governo do Butão leva a sério e mantém admi-nistrativamente até um Departamen-to da Felicidade.

Para o rei do Butão, Jigme Khe-sar Wangchuk (30), o monarca mais jovem do mundo, o progresso não pode ser mensurado apenas pelo mo-vimento fi nanceiro. Se a felicidade não estiver dentro de cada um, em seu pequeno país de apenas 700 mil habitantes, nada vale à pena.

A fé desse povo das montanhas pode ser vista por todos os lados, principalmente no caminho que leva ao Ninho do Tigre. Saindo de Paro, onde está o único aeroporto do país, seguimos por 30 minutos de carro entre muito verde (70% do Butão são cobertos por verde!), montanhas e tranquilidade. Chegando no vale onde conseguimos avistar o Ninho, o desafi o mais parece impossível. Para se chegar ao mais alto monu-mento sagrado da fé budista é preciso mais do que disposição, você tem que acreditar de verdade que vai conse-guir encarar pelo menos seis horas de

caminhada com terreno irregular e absolutamente íngreme, com pedras soltas, lutando contra a falta de ar por causa da altitude.

O Ninho do Tigre fi ca a 3.120 me-tros acima do nível do mar. Além da energia, muita fé e vontade de chegar lá, o aventureiro não pode deixar fal-tar na mochila uma garrafi nha térmi-ca com água, boné, protetor solar e, na minha opinião, o mais signifi ca-tivo e relevante, um cajado na mão. Sinceramente, quando me entrega-ram na saída para a caminhada achei que fosse frescura, mas acredite, não é e agradeço pela humildade de ter aceitado. Foi meu fi el companheiro.

Por todo o Butão existem muitos mosteiros e neste país onde a paz e a felicidade interior estão sempre em primeiro lugar, os locais de retiro es-piritual são considerados sagrados, mas o Ninho do Tigre é ainda mais especial. Na verdade, ele resume a história do budismo butanês. É um santuário para peregrinação e guarda nele um pouquinho das lendas e das tradições locais. Essa jóia encravada em meio à montanha foi construída em 1692 e envolve uma lenda insepa-rável da história. Dizem os butaneses que na metade do século VIII, Buda veio até este lugar, mas não cami-nhando, ele veio voando nas costas de um tigre alado que posou no alto de uma pedra na montanha, meditou por três meses inteiros e foi ali tam-bém que ele derrotou oito monstros...

E assim o budismo vem sendo cada vez mais difundido pelo mundo, soprando ao vento palavras de amor e respeito. Vento que sopra fazendo dançar as bandeirinhas coloridas que indicam o caminho até o Ninho do Tigre e levam para as divindades as orações e pedidos feitos ao se pendu-rar cada uma delas.

“Nada de PIB - Produto Interno Bruto e sim FIB – Felicidade Interna Bruta. Parece irreal para nós ocidentais, mas o governo do Butão leva a sério e mantém administrativamente até um Departamento da Felicidade”Daniele Oliveira, jornalista

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O esplendor da visão do Ninho do Tigre (maior); Menina butanesa com trajes típicos; Butanês em oração; Peregrinos desafiando seus limites.

As três horas de subida são alivia-das no momento do encontro com o grande templo. Receber uma meda-lha depois de uma maratona deve ser a mesma sensação. Missão cumprida com louvor. Infelizmente não se pode filmar ou fotografar do lado de den-tro dos templos, então o peregrino tem que levar embora, na alma e no coração, a energia forte presente nos sete templos magníficos, todos com paredes de pedra e imagens budistas. Quando decidir aparecer por aqui não esqueça de estar também prepa-rado para se enfrentar. Um passo de cada vez. A caminhada abre as portas para você refletir, colocar os pensa-mentos no lugar e, principalmente, agradecer por ter tido a oportunidade de viver aquele momento único. Um pouco de mim ficou no Butão.

Dicas de como chegar até lá, onde ficar e tudo mais você encontra no embarqueimediato.net.br.

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Por mais surpreendente que pa-reça, crianças e adolescentes tam-bém podem apresentar problemas cardíacos. Na maioria das vezes, são cardiopatias congênitas, ou seja, que estão presentes desde o nascimento. No Brasil, 1% das crianças nasce com as chamadas doenças do coração. No Rio Grande do Norte, as estimativas dos especialistas apontam que, pelo menos, 500 crianças fazem parte da estatística. O diagnóstico precoce in-terfere diretamente nas possibilida-des de se oferecer o tratamento mais indicado e melhorar os resultados e a qualidade de vida futura da criança.

Constatando essa necessidade relevante, uma organização não go-vernamental de Natal resolveu abra-çar esta causa: a Amico - Associação Amigos do Coração, localizada no bairro Lagoa Nova. “Hoje, temos condições de atender a 30% dessa demanda do Estado, mas queremos ampliar esta capacidade”, observa o fundador da entidade, o médico anestesiologista José Madson Vidal.

Há dois anos funcionando como casa de apoio, a ong já acolheu 108 crianças de diversos municípios do RN e já realizou, através de parcerias com hospitais especializados, 134 ci-rurgias cardíacas. Com uma equipe multidisciplinar, a Amico já conta-biliza mais de 600 consultas clínicas e dispõe de serviço de odontologia, pediatria, psicologia, nutrição, fi-sioterapia e outras especialidades. A entidade também é responsável por agilizar exames de ecocardiograma e tomografia na rede de saúde pública e privada.

Para manter a estrutura de atendi-mento aos pacientes, eles dependem exclusivamente de doações. Do mês de agosto de 2011 ao mês de junho de 2012, foram gastos R$ 265.072,59. Em média, por mês, são gastos R$ 25 mil em medicamentos, manutenção, alimentação, pagamento de funcio-nários e outras despesas. “Nós preci-samos de doações. Por isso, criamos uma rede de associados, pessoas que se cadastram e recebem um boleto

bancário em casa todos os meses. O valor mínimo de contribuição é R$ 10”, informa o médico.

A Amico também recebe doações de roupas, brinquedos, móveis e arti-gos para o bazar, que funciona diaria-mente na casa. No bazar, também são encontrados produtos da própria ong para comercialização, como camise-tas com a logomarca da entidade.

para colaBorar com a amico, enTre em conTaTo:Av. Amintas Barros, 1350, Lagoa NovaFone: 84 3206 1941/ 9659 4445Twitter: www.twitter.com/amico_rn so

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Amigos do coração

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Hora de recomeçarPor Taciana Chiquetti

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A viuvez chega e transforma a vida de homens e mulheres. Mas é possível superar a saudade e iniciar um novo ciclo de felicidade

“A minha própria retomada de vida aconteceu por causa do apoio da comunidade e da minha família”Sandra Santos, presidente e fundadora da Associação das Viúvas e Viúvos do RN

A cama parece grande demais, a mesa posta já não é para dois e as lembranças são mais presentes do que o relato do dia. Tal vazio unido às dúvidas e medos próprios da fase madura – a chamada terceira idade – podem trazer consequências devas-tadoras, dependendo da forma como tudo isso é encarado. Sim, deprimir--se é possível... Mas, felizmente, reco-meçar e escrever um novo capítulo da própria história também!

De acordo com a Associação das Viúvas e Viúvos do Rio Grande do Norte – única entidade no Brasil des-tinada a este público -, localizada no bairro Cidade Alta, em Natal, exis-tem mais de 14 mil viúvos no Estado. Fundada em 1989, a instituição pos-sui cerca de quatro mil associados e oferece assistência psicológica, aten-dimento médico em diversas especia-lidades e cursos para várias áreas de atuação (cabeleireiro, artesanato, se-cretariado, idiomas, etc). “Aqui, estas pessoas encontram apoio e amparo. A minha própria retomada de vida aconteceu por causa do apoio da co-munidade e da minha família”, relata

a presidente e fundadora da Associa-ção, Sandra Santos, que ficou viúva depois de 14 anos de casamento, no dia de natal. “Por mais que o tempo passe, a pessoa se torna insubstituí-vel. Mesmo retomando minha vida, com o trabalho na entidade, nunca mais conseguimos fazer um jantar natalino em minha casa, depois da morte dele em um acidente automo-bilístico”, conta.

Do total de idosos conhecidos no Brasil, 55% são mulheres, que apresentam uma expectativa de vida superior aos homens. A viuvez das mulheres idosas é 3,4 vezes maior do que a dos homens idosos, mas são justamente eles que precisam de mais apoio. Pelo menos, é o que se observa na entidade. No entanto, devido à ex-pectativa de vida maior, e por terem mais chance de se tornarem viúvas na terceira idade, a tendência é que as mulheres idosas tenham uma velhice mais solitária.

A viuvez é dolorosa em todas as idades. E engana-se quem pensa que esta experiência é comum somente após os 60 anos. “Já acolhemos viúvas

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“Negar a dor não é a melhor saída. Da espécie animal, o homem é o único que não consegue viver só”José Araújo, psicólogo e psicanalista

com 18 anos! Mas boa parte é de meia idade – de 30 a 50 anos”, observa San-dra. No entanto, segundo o psicólogo e psicanalista, José Araújo, quando o casal é idoso, após muitos anos jun-tos, os efeitos da perda do parceiro pode ser devastador e trazer diversas outros tipos de perdas em consequ-ência, como a fi nanceira, por exem-plo. “A viuvez no idoso pode levar à depressão fatal, pois há uma série de outras condições que são perdidas com a morte, adquiridas no processo de vida a dois em que as identidades já se misturaram. Eles já pensam e decidem tudo em conjunto”, explica. Quando a depressão se instala, uma gama de outros problemas vem no encalço: passam negligenciar a boa higiene e a alimentação saudável e o sistema imunológico fi ca mais com-prometido – “prato cheio” para doen-ças oportunistas.

Daí, a pergunta que não cala é: “e agora, como continuar?” Aos que pensam que terapia é uma boa saída, de fato, é sim. Porém, poucos idosos procuram este auxílio. “Eles só vem quando são trazidos pelos fi lhos, que já estão, geralmente, muito ocupados com seus afazeres”, diz o psicólogo. A orientação, segundo ele, é deixar o

viúvo se lastimar e chorar a sua dor para que ele consiga elaborar seu luto. Depois, apoiá-lo e estimulá-lo à prática de atividades físicas e recrea-tivas e a formar uma rede de amiza-de. Substituir, no ritmo do enlutado, hábitos de casal por novos hábitos é recomendado: trocar a cama por uma de solteiro, doar pertences, deixar de colocar mesa para dois, por exemplo.

A psicoterapia - não somente para quem perdeu o companheiro, mas para a família que vive o problema - também é uma importante aliada para o tão sonhado recomeço. “Negar a dor não é a melhor saída. Da espé-cie animal, o homem é o único que não consegue viver só”, frisa.

Sentindo-se amparada, útil para a comunidade e motivada a criar os quatro fi lhos, Sandra elaborou seu luto, enxugou suas lágrimas e optou pela vida. A consequência de viver fe-liz e se abrir para o novo ciclo, apesar da perda, resultou na chegada de um novo companheiro, também viúvo.

Um estudo realizado na Suécia e divulgado recentemente, segundo o portal da Terceira Idade (http://www.portalterceiraidade.org.br), sugere que, na atualidade, as pessoas com mais de 70 anos possuem uma vida

GRUPOS DE APOIO

Uma equipe de psicólogas de Natal realiza um trabalho de grupo de apoio às pessoas que estão vivenciando processos variados de perdas e lutos em suas vidas por meio da terapia em grupo. As profissionais fazem parte do Núcleo de Apoio Apego e Perdas, que funciona, há dois anos, no bairro de Lagoa Nova, na capital potiguar. “No apoio do grupo, as pessoas conseguem se identificar com os problemas das outras e unem forças para superar o momento de dificuldade, orientadas pelas profissionais de Psicologia”, observa a psicóloga Millena Câmara, especialista em Psicologia do Luto. O luto por morte e as perdas que ocorrem por causa dos divórcios e separações são os principais motivos que levam as pessoas a procurar ajuda psicológica atualmente.

Além dos grupos “reais”, o ambiente virtual também tem seu papel neste contexto. As redes sociais, atualmente, estão utilizadas por quem sofre a perda, como forma de expressar seus sentimentos e, de certa forma, buscar apoio sem que seja preciso “encarar” diretamente a sociedade, como também pelos que sentem a necessidade de prestar sua solidariedade e apoio. Escrever pode, em alguns momentos, proteger do contato com a dor do outro, que tanto mobiliza e remete às próprias dores. As redes na internet, como forma de apoio, podem ser importantes em momentos como esses, mas precisam ser cuidadosamente utilizadas para não contribuírem para que um luto complicado se instale e a dor se torne crônica.

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“E engana-se quem pensaque esta experiência é comum

somente após os 60 anos.Já acolhemos viúvas com

18 anos! Mas boa parte é de meia idade – de 30 a 50 anos”

Sandra Santos, presidente e fundadora da Associação das Viúvas e Viúvos do Rio Grande do Norte

sexual mais ativa e sentem mais prazer do que os idosos de três décadas atrás. As tardes dançantes de sexta-feira e as excursões para diversos destinos, dentro e fora do RN, promovidas pela Associação dos Viúvos, são excelentes oportunidades de interação social em que é possível fa-zer novos amigos e, até mesmo, novos amores. “A morte é uma coisa certa, mas a vida continua. Então, o melhor que temos a fazer é cumprir nossa missão com amor ao pró-ximo. Em nossa instituição, somos uma grande família”.

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bem No dia que fui convidada a es-

crever para essa coluna, aconteceu um fato extremamente desagradável, fomos roubadas na empresa. Leva-ram nosso equipamento de gravação (câmera, microfone, baterias) enfim, tudo o que usamos para fazer as gra-vações do programa Viver Bem e dos trabalhos da produtora.

Foi um susto enorme, mas foi também uma maneira de aprender que tem coisas que fogem totalmen-te ao nosso controle e dessa forma, exigem uma boa dose de aceitação e confiança.

E fiquei pensando sobre isso, as-sim como o roubo dos equipamen-tos, muitas vezes a vida nos presen-teia com situações adversas, mas que sempre trazem algum aprendizado.

Aprender a viver bem é um exer-cício diário, de paciência, tolerân-cia, compaixão, amor por si mesmo e pelos outros, e principalmente a tal da aceitação: das situações, das pessoas, enfim, da vida como ela se apresenta pra nos!

Cada dia é um novo dia, com coisas boas e ruins, com fatos novos, e aí é que entra a nossa decisão de viver bem e aproveitar o momento presente, da forma como ele vem, afinal, é tudo o que temos: o presen-te. Já que o passado não tem volta e o futuro ainda não chegou. Então, aceita o desafio?

Patrícia GuedevillePublicitária e diretora comercial

do Viver [email protected]

Fiquepresente

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