revista bem viver - 9ª edição

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EMPREENDER As histórias de luta, desafios e vitória de três grandes mulheres BELEZA Maquiagem para cada tipo de olho ENTREVISTA Angela Furtado Braga A delegada das Mulheres BEM ESTAR A dieta de acordo com o seu temperamento A FLOR DA PELE Assoalho Pélvico como cuidar dessa parte do corpo Ano III | 9ªEdição | ABRIL de 2013 Distribuição Gratuita foto: Thereza Zambotti A mulher que supera os desafios Racibe Faria

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9ª Edição da Revista Bem Viver, de Varginha - MG com Racibe Faria na capa.

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Page 1: Revista Bem Viver - 9ª Edição

EMPREENDERAs histórias de luta,

desafios e vitóriade três grandes

mulheres

BELEZAMaquiagem

para cada tipo

de olho

ENTREVISTAAngela Furtado BragaA delegadadas Mulheres

BEMESTAR

A dieta de acordocom o seu

temperamento

A FLORDA PELEAssoalhoPélvicocomo cuidardessa partedo corpo

Ano III | 9ªEdição | ABRIL de 2013

Distribuição Gratuita

foto

: Th

ereza Zam

botti

A mulher que supera os desafiosRacibe Faria

Page 2: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Entre em contato conosco:

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Porque viver bem, é fazer boas escolhas!

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Porque viver bem, é fazer boas escolhas!

A Revista que fala de mulher para mulher.

A mulher que faz suas escolhas,que quer se informar e viver bem.

A revista que almeja sempre trazer boa informação,de maneira clara e objetiva.

A BEM VIVER trata de assuntos com naturalidade,audácia, inteligência e respeito.

Revista feminina sim, mas que também é lidae apreciada pelo homem.

A Revista que fala de mulher para mulher.

A mulher que faz suas escolhas,que quer se informar e viver bem.

A revista que almeja sempre trazer boa informação,de maneira clara e objetiva.

A BEM VIVER trata de assuntos com naturalidade,audácia, inteligência e respeito.

Revista feminina sim, mas que também é lidae apreciada pelo homem.

A Revista que fala de mulher para mulher.

A mulher que faz suas escolhas,que quer se informar e viver bem.

A revista que almeja sempre trazer boa informação,de maneira clara e objetiva.

A BEM VIVER trata de assuntos com naturalidade,audácia, inteligência e respeito.

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A Revista que fala de mulher para mulher.

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A revista que almeja sempre trazer boa informação,de maneira clara e objetiva.

A BEM VIVER trata de assuntos com naturalidade,audácia, inteligência e respeito.

Revista feminina sim, mas que também é lidae apreciada pelo homem.

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A Revista que fala de mulher para mulher.

A mulher que faz suas escolhas,que quer se informar e viver bem.

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Revista feminina sim, mas que também é lidae apreciada pelo homem.

Page 4: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Editorial2013....é assim que quero começar este editorial da

primeira edição do ano. Nós, da Revista Bem Viver,

estamos muito felizes por iniciar mais uma edição e

não poderia deixar de citar aqui o quanto somos gra-

tas por cada leitor (a) que nos prestigia. A cada edição

me sinto mais responsável por buscar preparar uma

revista com matérias informativas, gostosas de ler e,

principalmente, que elevem a autoestima das mulhe-

res incentivando-as a nunca desistir de seus sonhos.

A Bem Viver tem como objetivo maior levar a felici-

dade através das palavras, conteúdos, imagens, tudo

em forma de revista. Não queremos ser mais uma re-

vista, queremos ser um veículo que te transporta a

um momento especial, só seu. Reflita, pense e acredi-

te, assim como nós, que basta querer e agir que você

consegue mudar o que quiser em sua vida.

Então bem vindo 2013 e mãos à obra, mulheres!

Rosilhane Faria

Diretora

Diretora ResponsávelRosilhane Faria

EditoraAdriene Olímpio

Jornalista ResponsávelLuciana Vanessa - MTB MG 7645

TextosLuciana VanessaVanderlei Júnior

Edição e Direção de ArteMarcelo Hanickel

FotografiaVaninha Bíscaro

ColaboradoresDrª Renata M. Campos, Daniela Chagas, Ana Paula Martins, Aryanne Ribeiro.

CapaFoto e Maquiagem: Thereza ZambottiCabelo: Studio Netto Comunian

AtendimentoRosilhane [email protected]

ComercialAvenida Ana Jacinta, 719, Bom PastorVarginha/MG – CEP: 37014-240E-mail:[email protected] Telefone: (35) 3067.2600ou (35) 8847.7288

CirculaçãoVarginha e cidades circunvizinhas

Revista Bem Viver

Expediente

As opiniões, em matérias assinadas, são de exclusiva responsabilidade de seus autores, bem como os anún-cios publicados que são de responsabilidade dos anun-ciantes. Sua distribuição é gratuita. É proibida a reprodução, to-tal ou parcial, do textoe de todo o conteúdo sem autorização.

Abril 20134

Page 5: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Sumário20 DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃONUCAP

22 EDUCAÇÃOA história de Terezinha Richartz

28 FIQUE POR DENTROIrmã Noemi – A freira centenária

30 EMPREENDERMulher empreendedora - Francine de Oliveira

32 ESPORTERugby praticado por elas

34 EMPREENDERMulher empreendedora - Andreia Mendonça

36 CARREIRA E TRABALHOConsultora de Beleza

38 EMPREENDERMulher empreendedora - Bel Lima

42 CARREIRA E TRABALHOInformação - os novos direitos dos trabalhadores domésticos

43 BOA VIAGEMViajar é possível

44 VIVA BEMAcabamento de ambientes

46 VIVA CULTURAValentina Mangiapelo

06 BEM ESTARA dieta para cada tipo de temperamento

08 SAÚDEMamografia x Câncer de Tireoide

10 SAÚDE O consumo de energéticos

12 A FLOR DA PELEAssoalho pélvico - como cuidar

18 COMPORTAMENTOMãe - ser ou não ser?

ENTREVISTAA delegada das

mulheres

40

EM CENARacibe Fariaa mulher que supera desafios

24

Abril 2013 5

BELEZAMaquiagem para cada tipo de olho

14

Page 6: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Quem já não testou pelo menos três tipos de dieta “milagrosa” ensinada por parentes, conhecidas ou amigas? Pois é, a gente

faz de tudo para perder uns quilinhos e apela pra vários testes, mes-mo sem ter certeza dos resultados.

Mas o que a gente esquece é que ninguém é igual a ninguém e exatamente por isso que os tratamentos também devem ser dife-rentes de pessoa pra pessoa. Por exemplo: você já parou pra pensar qual é o seu temperamento?

De acordo com a nutricionista do Hospital Maternidade São Cris-tóvão, Sylvia Pereira, o temperamento pode influenciar diretamen-te no resultado das dietas, levando em conta se a pessoa é ansiosa, compulsiva ou impulsiva. Cada um desses traços de temperamento tem características específicas e dietas, também.

As diagnosticadas compulsivas devem minimizar a vontade de comer e para isso devem buscar alternativas como alimentos ricos em fibras, para prolongar a sensação de saciedade. Também devem optar por alimentos que contenham triptofano, que é uma substân-cia que diminui o apetite. Nozes, bananas e legumes são muito in-dicados, mas café, chocolates e refrigerantes a base de cola devem ser evitados pois aumentam a agitação.

As ansiosas tem o equilíbrio físico e emocional muito alterado e por isso devem privilegiar alimentos que contenham vitamina C, que otimizam o funcionamento do sistema nervoso. Alimentos com triptofano também são indicados nesses casos assim como os car-boidratos, que fornecem açúcar para o cérebro dando sensação de

bem estar. Laranja, kiwi, acerola, limão, peixe, leite, frutas oleagino-sas e alimentos integrais não podem faltar. Já o café, doces e açúcar refinado devem ficar longe do prato. O álcool também é um grande vilão, já que, a longo prazo, compromete o sistema nervoso.

Já as emotivas podem equilibrar-se com alimentos que sejam fonte de folato, uma vitamina que funciona como um antidepressi-vo natural. Os alimentos indicados para quem tem este tipo de tem-peramento são o fígado, feijão, vegetais frescos, folhas verdes escu-ras, carnes magras, peixes, aves sem pele, ovos, nozes, castanhas, queijos magros e tofu. Os grandes vilões, também para as emotivas, são as bebidas a base de cafeína, o açúcar refinado e o álcool.

E por fim, as impulsivas. Essas devem buscar propriedades cal-mantes que são encontradas no alface e alimentos ricos em ômega 6 e ômega 3, que auxiliam na redução da irritabilidade. Frutas cítri-cas são uma ótima pedida para as impulsivas. Lentilha, soja, milho, cereais integrais, leite e derivados, também. Agora se você é impul-siva corra do café, do chá preto, chocolates, energéticos, guaraná e refrigerantes à base de cola. E não custa repetir: o álcool é o grande vilão da saúde, principalmente da mulher e se seu objetivo é ema-grecer e ser saudável, repense bem aquela cervejinha geladinha e as doses consumidas em grandes proporções. Além de prejudicar sua dieta, vai prejudicar seu sistema nervoso e podem desencadear várias doenças.

Fonte: vilamulher.terra.com.br

Bem Estar

??

Abril 20136

Alimentação

Sabia que existe uma dieta para cada tipo de temperamento?

Page 7: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Agora também comDECORAÇÃO DE FESTAS!

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Page 8: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Uma polêmica agitou a internet nos últimos meses. Várias

pessoas compartilharam uma postagem que dizia que seria

obrigatório o uso de protetor da tireoide durante a realização do

exame de mamografia, pois a não utilização desse protetor poderia

aumentar as chances de câncer de tireoide. A revista BEM VIVER foi

atrás da informação e descobrimos que algumas autoridades médi-

cas discordam completamente desta informação e dizem que é um

perigo, podendo desestimular mulheres de passarem pelo exame.

De acordo com o a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio

Brasileiro de Radiologia, esta informação não tem base científica. A

argumentação da comissão é que há vários estudos que compro-

vam que a exposição da tireoide à radiação durante a mamografia

é mínima. A Agência Internacional de Energia Atômica diz mais. De

acordo com a agência, a exposição de outros locais que não sejam

a mama é insignificante devido à proteção da própria mama e da

bandeja de suporte existente no mamógrafo.

Graças a este estudo da Agência Internacional de Energia Atômi-

ca, não existe a obrigatoriedade do uso dos protetores de tireoide

nos exames de mamografia, podendo ser utilizado apenas em casos

em que a paciente solicite. Ainda de acordo com a agência, a ques-

tão é mais psicológica podendo, inclusive, atrapalhar o exame caso

não seja bem colocado.

No mês de março, no programa “Esquenta”, apresentado por

Regina Casé e exibido pela Rede Globo, o médico Drauzio Varella

fez uma declaração polêmica dizendo que o autoexame é bom só

para o governo. De acordo com o médico, o autoexame só consegue

identificar um tumor com o tamanho de 3 centímetros de diâmetro.

Drauzio explicou que neste tamanho o tratamento já passa a ser

mais complicado e que o correto é fazer a mamografia pelo menos

uma vez por ano. “Todas as cidades deveriam ter um aparelho de

mamografia, porque é mais barato fazer o exame preventivo que

tratar o câncer depois que ele é descoberto. Por isso que existe tan-

ta propaganda em cima do autoexame. Ele é bom só para o gover-

no”, disse o médico.

A mamografia é indicada para mulheres acima dos 40 anos, mas

se existe algum caso de câncer na família, mulheres com menos ida-

de também devem passar pelo exame.

A mamografia pode causar câncer de tireoide?

Saúde

Abril 20138

Informação

Page 9: Revista Bem Viver - 9ª Edição

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Page 10: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Saúde

Abril 201310

Atenção

Ouve-se muito falar dos riscos do consumo de energéticos. Mesmo assim, a bebida torna-se cada vez mais popular

entre jovens. Com o número de adolescentes grávidas, já é uma preocupação o consumo de energéticos por este grupo. Em 2010, os Emirados Árabes Unidos proibiu a venda das bebidas Red Bull e Monster para menores de 16 anos, diabéticos e mulheres grávidas. Com base em um re-latório publicado no New York Times sobre os riscos da bebida, cinco motivos foram listados para este tipo de público evitar o consumo.

De acordo com o relatório, as mulheres jo-vens tendem a utilizar a bebida no café da ma-nhã para estimular o desempenho ao longo do dia. Um erro gravíssimo já que a composição do energético contém mais cafeína que quatro latas de coca-cola. A bebida também contém 13 colheres de chá de açúcar, o que aumenta a desidratação, suprime o siste-ma imunológico, aumenta as chances de inflamação e elevam os níveis de insulina. Alguns médicos afirmam que só o teor de açúcar nos energéticos devia ser motivo suficiente para mulheres grávidas ficarem longe da bebida, mas ela pode ser muito mais prejudicial e perigosa, principalmente nessa fase.

Um mito é achar que energéticos não podem comprome-

ter pessoas que não tem históricos de doenças cardíacas ou

hipertensão. Isso não é verdade. Os energéticos podem matar

até jovens saudáveis. De acordo com um artigo escrito na re-

vista Mayo Clinic Procceding, pelo Dr. John P. Higgins, os jo-

vens estão consumindo energéticos num ritmo acelerado e os

malefícios são a longo prazo. Após investigar alguns casos, o centro de ciências da saúde

da Universidade do Texas e a Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que cerca de 5 casos de morte estavam relacionados ao consumo de energéticos. Uma pessoa de 28 anos, saudável, morreu vítima de uma parada cardíaca. Outro jovem, de 18 anos, morreu jogando basquete após consumir duas latas de energético e foram catalogados outros 4 casos de surtos maníacos em pessoas bipolares.

Sabendo disso, todo cuidado é pouco, mas principalmen-te as mulheres grávidas estão na mira dos estudos sobre os malefícios do consumo de energéticos. Se você pretende ter energia, a dica então é tomar muita água. Um corpo hidratado é um corpo energizado.

Grávidas eenergéticos

Page 11: Revista Bem Viver - 9ª Edição

A acupuntura auricular é a parte da medicina tradicional chinesa que se ocupa do diagnóstico e tratamento de algu-mas doenças através da estimulação de pontos energéticos localizados no pavilhão auricular. É uma técnica comple-mentar podendo ser associada a outras terapias ou mesmo a um tratamento médico convencional, sendo reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pode-se afirmar que a auriculoterapia é uma “nova arma” para o tratamento de vários problemas como cefaleia, dis-túrbios do sono, alterações menstruais, ansiedade, depres-são, alergia, dores articulares, dores na coluna, distúrbios digestivos e stress. A terapia ainda é muito eficiente no tratamento de dependências químicas como alcoolismo e tabagismo e até mesmo no tratamento de transtornos ali-mentares, obesidade e anorexia.

Marque já sua consulta e venha experimentar este méto-do milenar de tratamento que regulariza as funções corpo-rais e psicológicas.

Mat PilatesMelhore sua qualidade de vida utilizando o método pila-

tes, técnica de condicionamento físico e mental que trabalha o corpo de uma forma global. O pilates é capaz de restabe-lecer e aumentar a flexibilidade, força muscular, equilíbrio, melhorar a respiração, concentração, coordenação motora, fortalecimento abdominal, alivio de tensões, estresse, dores crônicas, corrigir postura e prevenir lesões. O método é indi-cado para reabilitação física, fitness e bem estar.

O Mat Pilates é um conjunto de exercícios livres reali-zados no solo com ou sem o uso de acessórios como bo-las, rolos, entre outros; que buscam, sobretudo, fortalecer a musculatura abdominal atingindo seu equilíbrio com as

partes posterior, laterais e os rotadores do tronco. A aula é ministrada por fisioterapeuta com formação no método. São no máximo dois alunos por aula para que o atendimento seja feito de forma específica.

Agende sua aula experimental de Mat Pilates gratuita e conheça o método que mudou a qualidade de vida de mui-tas pessoas no mundo.

Benefícios:

• Melhora alongamento, flexibilidade e força muscular• Correção postural• Melhora da concentração, coordenação motora e equilíbrio• Trabalha a respiração• Controle corporal• Alivio de tensões, ansiedade e fadiga• Melhora qualidade de vida e bem estar• Promove equilíbrio entre corpo e mente

Keila Aparecida Paiva SouzaFisioterapeuta

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Estética e Cosmética: Rosane Marques Lilian Mantovani

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AcupunturaAuricular

Rosane, Lilian (em pé), Keila e Leilane (sentadas)

Page 12: Revista Bem Viver - 9ª Edição

O nome parece estranho, mas as consequências do não cuidado com esta região tem se tornado cada vez mais comuns. O asso-

alho pélvico é um conjunto de músculos e ligamentos responsáveis por suportar os órgãos pélvicos que são formados por útero, bexiga, ovários, entre outros; além de ser um dos responsáveis por manter a continência urinária, fecal e as funções sexuais. É mais ou menos como uma cama elástica que suporta o peso destes órgãos.

Como toda musculatura, ao longo dos anos os músculos que compõem o assoalho pélvico perdem a elasticidade, a força e pre-cisam de tratamento. Outros fatores importantes que aumentam o enfraquecimento do assoalho pélvico através de lesões são: o aumento das pressões intraabdominais (tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados e praticar esportes, principalmente musculação), o trabalho de parto (normal ou cesáreo) e a queda do estrogênio, o hormônio feminino.

Tratamentos:

Urofisioterapia - Toda fisioterapia é um processo de reabilitação

muscular. O caso do tratamento do assoalho pélvico não é diferente

e existe uma especialidade médica chamada “urofisioterapia”. As

mulheres devem se preocupar com os seus músculos do assoalho

pélvico a partir dos 40 anos. O músculo mais conhecido dessa re-

gião é o períneo e como a maior parte da constituição das fibras

desses músculos é de colágeno, sabemos que durante o processo

de envelhecimento haverá menor produção e isso compromete, em

muito, a saúde da mulher. Porém, os homens, também possuem

esses músculos e somente serão afligidos pelos sintomas de perda

de urina caso tenham passado por algum procedimento cirúrgico

de próstata. Sendo assim, a urofisioterapia é uma especialidade que

trata desses músculos, seja na infância ou na fase adulta de homens

e mulheres. A boa saúde está ligada diretamente a um processo de

involução e para isso é preciso envelhecer com qualidade.

Psicologia - Nos casos de incontinência noturna em mulheres

acima de 40 anos, a ansiedade pode ser um fator agravante. Nesse

período ela pode surgir pelo medo da aproximação de momentos

como a menopausa, a aposentadoria, o envelhecimento e até dos

mitos sobre a perda do desejo sexual. Numa sociedade marcada

pela pressão às mulheres no que diz respeito à beleza e a idade, as

que se encontram na chamada “meia- idade” sentem-se no limbo,

ou seja, nem lá e nem cá. Neste sentido é muito importante ter a

Assoalho pélvicoA Flor da Pele

Abril 201312

imag

em il

ustr

ativa

Você sabe que parte é essa do corpoe como cuidar dela?

Page 13: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Cuidados

possibilidade de expressão e alguém que a escute. Por isso a impor-

tância de um trabalho em equipe voltado para o ser que envelhece

e não unicamente o ser que adoece. Uma clínica do sujeito permite

que as pessoas sejam tratadas particularmente mesmo quando a

patologia física é a mesma. A ciência psíquica contribui para que a

passagem pela meia-idade seja vivenciada como crescimento pes-

soal e ao mesmo tempo um ciclo natural da vida onde a mulher

ainda continua a ser mulher.

Nutrição – A obesidade também pode ser considerada um dos

fatores responsáveis pela incontinência urinária. Além de ser a vilã

nos riscos de doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos, o

acúmulo de gordura também exerce uma pressão sobre todos os

órgãos, inclusive sobre a bexiga e o períneo. Essa pressão leva a uma

sobrecarga abdominal comprimindo a bexiga, o períneo e criando

um quadro de incontinência urinária. O tratamento nutricional, que

corrige o comportamento alimentar inadequado, também está as-

sociado aos tratamentos do assoalho pélvico e à saúde da mulher,

buscando mais qualidade de vida.

Colaboradoras:

Dra. Renata M. Campos, Daniela Chagas e Ana Paula Martins

imag

em il

ustr

ativa

Reabilitação Uroginecológica (incontinência urinária e fecal)Sexualidade (disfunções sexuais)Especialista em enurese (incontinência urinária infantil)RPG-RPM (Reeducação Postural Global)Tratamento da Coluna VertebralFormação em Biofeedback-USA

Doutora - Unicamp.SPMembro da ICS (Sociedade Internacional de Continência)Assistência técnica e Perícia Judicial

Rua Alferes Joaquim Antônio, 100 - Vila Pinto - Varginha/MGFones: (35) 3221.7343 | 9900.3836 - [email protected]

Pro�ssionais

• Renata Campos - cre�to 35175Doutora e Mestre - Unicamp-SPUro�sioterapiaReabilitação do Assoalho PélvicoRPG-RPM (Reeducação Postural e Proprioceptiva Global) • Daniela ChagasPsicóloga Clínica - CRP - 04/34266

• Ana Paula Martins de SousaNutricionista - CRN - 4117

Drª Renata - Daniela - Ana Paula - Patrícia (secretária)

Page 14: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Olhopor olho, maquiagem pormaquiagem

Beleza

Abril 201314

Para dar aquela valorizada no olho na hora da maquia-gem é muito importante levar em consideração seu

formato de rosto. Muitas vezes queremos copiar makes de famosas, mas não percebemos que o formato dos nos-sos olhos é totalmente diferente do que queremos copiar.

Uma boa maquiagem pode realçar ainda mais sua beleza e com dicas simples, você pode ficar tão linda quanto sua inspiradora.

Fonte: Jessica Moraes/ vilamulher.terra.com.br

Page 15: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Maquiagem

Abril 2013 15

Olhos redondos - para olhos redon-dos, a maquiagem esfumada é a pedida. Para alongá-los, faça um traço com lápis preto que contorne o olho inteiro, na pálpebra de cima e na de baixo. Os dois riscos devem ser mais grossos no canto externo do olho e devem fi-car voltados para cima, no tradicional estilo gatinho.

Olhos puxados - combine uma sombra mais clara no cônca-vo rente aos cílios com uma mais escura perto da dobra das pálpe-bras, depois esfume até misturar os dois tons. Use um lápis para fazer um traço rente aos cílios su-periores, aplique curvex e másca-ra de cílios.

Olhos amendoados - os olhos amendoados são considerados pelos es-tudiosos de beleza o formato mais bonito. Para ficar ainda mais linda, use um delinea-dor em gel, creme ou líquido com um pincel fininho para contornar a área em volta dos cílios superiores. Na linha d’água, esfume sombra preta, e no côncavo, aplique três tons de sombra: um tom nude, um marrom e um preto, para fazer as pálpebras parece-rem maiores e mais definidas.

Olhos apertados - para quem tem os olhos mais apertadinhos, deve-se evitar usar sombras pretas ou delinear os olhos, pois quanto maior o traço do de-lineador, menor o olho parece. Um tru-que ótimo é usar lápis de olho branco ou nude na linha d’água para dar a ilusão de olho mais aberto, combinado com uma sombra bem iluminada clara.

Olhos fundos - para disfarçar o côncavo marcado, aposte em sombras claras ou médias, como coral, peroladas ou metálicas. Evite sombras escuras, que aumentam a sensação de profundidade. Pode usar delineador bem rente à raiz dos cílios superiores, mas com um traço leve até chegar à borda externa.

Page 16: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Exclusividade em primeiro lugar

O casamento é um momento exclusivo e por isso o tratamento da noiva também tem que ter exclusividade

Especialista em penteados, o cabeleirei-ro Netto Comunian vem se destacando

cada vez mais quando o assunto é noivas. No mercado há mais de 13 anos, seu salão tem recebido mulheres que procuram, aci-ma de tudo, exclusividade.

Adotando um atendimento personaliza-do, Netto recebe apenas uma noiva por dia. “Eu nunca agendo mais que uma noiva por ocasião. É um momento único e elas que-rem exclusividade total neste dia”. E para garantir tanta exclusividade, Netto atende a noiva inclusive durante a recepção. “Eu vou até a recepção para fazer o retoque do penteado e maquiagem e com isso deixar a noiva ainda mais segura”.

Antenado às novas tendências, Netto também destaca que os penteados devem ser pensados usando técnicas de visagis-mo, ou seja, entendendo o rosto da noiva e estudando sua personalidade. Frequen-tador de cursos e feiras em todo o Brasil, Netto conta que, almeja, em breve, fazer cursos de atualização no exterior trazendo novas tendências para o seu trabalho.

Habituado a todo tipo e gosto, o cabe-leireiro ainda afirmou que não existe um padrão quando o assunto é penteado de noivas, mas concorda que as influências da moda tem forte apelo na hora da escolha.

“Muitas trazem fotos dos penteados que desejam e também levam em consideração modelos usados em filmes ou novelas, mas

o importante é entender que tudo depende do formato de rosto. Muitas vezes eu adapto o penteado escolhido ao rosto da noiva e to-das se sentem muito satisfeitas. Na verda-de essa é minha principal meta: deixá-las extremamente satisfeitas”.

Estrutura e equipe

Para este atendimento personalizado, Net-to conta com o apoio de um maquiador com vários anos de experiência além de uma equipe super competente formada por um escovista (o escovista é o Julio, que Netto garante ser uma atração à parte e garantia de alegria às mulheres que frequentam seu salão) e uma secretária, que auxilia em toda a preparação da noiva até a hora da coloca-ção do vestido. O salão ainda oferece todo tipo de tratamento para a estética capilar que são: hidratações, tinturas, mechas, se-lagem, cortes, escovas, entre outros.

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Page 17: Revista Bem Viver - 9ª Edição

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Page 18: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Mãe

Você lembra quando era pequena e via seus amigos homens ganharem presentes muito mais divertidos que os seus?

Eram carrinhos, foguetes, jogos criativos. Você ganhava bonecas que imitavam bebês, utensílios domésticos em miniatura, casinhas de boneca. Isso não era por acaso. Se você acha que os homens sempre foram estimulados à liberdade, você está certa. Isso acontece desde a primeira idade, principalmente na escolha dos brinquedos. A me-nina é treinada desde cedo para ser dona de casa e principalmente, mãe. Mas o que fazer com as meninas que não querem ter filhos? Pode parecer uma aberração, pois fazemos parte de uma cidade de interior, ainda com alguns pensamentos interioranos, mas de acordo com o último censo do IBGE, em 2010, 14% das mulheres brasileiras não querem ter filhos. Na pesquisa anterior eram 10%.

Em 5 anos, a média de filhos por mulher caiu de 6,1 para 1,9 e quanto mais instrução, mais tarde e menos filhos a mulher tem. O fato é que a mulher vem assumindo a vontade própria sem levar em conta conceitos pré-impostos e sim, sua condição física e emocional para ter uma pessoa dependendo exclusivamente dela.

A inserção da mulher no mercado de trabalho também é um fator levado em conta. Algumas mulheres acreditam que um filho ou uma casa podem não ser o bastante para sua felicidade e que o sucesso profissional pode trazer prazeres compatíveis.

As que ousam na troca da maternidade pelo sucesso profis-sional ou até mesmo por um estilo de vida dedicado apenas a si mesma e ao autoconhecimento, também relatam encontrar satis-fação e problemas, assim como as que optaram pela maternidade e a vida caseira, ou seja, a felicidade e o sofrimento independem de ser, ou não, mãe.

Para a psicanalista e escritora, Regina Navarro, autora de onze li-vros sobre relacionamento amoroso e sexual, a pressão ideológica para que a mulher seja mãe é tanta, que muitas se convencem que querem ter filhos, sem que tal desejo exista realmente.

Muitos médicos são unanimes em afirmar que a maior conquista das mulheres foi a pílula anticoncepcional. A pílula nada mais é que o poder de escolha da mulher sobre o que ela quer fazer da sua vida fértil “útil”. Existem casos em que a mulher não deseja ter filhos, mas sofre a pressão do parceiro. Pressão por pressão, nós sabemos bem que as mulheres estão acostumadas à ela, mas é desgastante para um relacionamento limitar os sonhos do parceiro. Por isso a dica é deixar bem claro desde o começo da relação qual sua opinião, se você é uma das mulheres que não escolheu para sua vida a materni-dade. Até porque, se chega aquele momento onde o casal diz que a relação precisa de um filho porque o convívio está monótono, essa é a hora de rever o que os dois estão fazendo da vida e não criar uma

vida para corrigir a sua.

Ser ou não ser?Comportamento

Abril 201318

Page 19: Revista Bem Viver - 9ª Edição

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Page 20: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Em uma casa muito bem localizada e estruturada no bairro Jardim Ande-

re, em Varginha, está a sede do NUCAP – Núcleo de Capacitação para a Paz. No dia da entrevista, confesso que passei pelo local sem acreditar que ali seria a sede do Núcleo. Preconceito meu e tristemente devo confessar. Como jornalista, acostuma-da em ver o atendimento que o setor pú-blico oferece achei que o lugar seria muito bem estruturado para receber presidiários. Foi aí que tive uma das mais importantes lições da minha vida pessoal e profissional: ouvir da vice-presidente do Núcleo que o lugar não foi construído para atender presi-

diárias, mas sim, seres humanos. Claro que devo me envergonhar da minha atitude, mas fiquei surpresa quando Liliana Paiva, vice-presidente e Ângela Toledo, coorde-nadora do NUCAP; disseram que não fui a única. “No início não foi fácil. Enfrentamos preconceito de todos os tipos”, disseram Ângela e Liliana.

Isso não diminuiu minha culpa, mas certamente abriu meus olhos para aquele lugar e para aquelas pessoas. A começar por Ângela e Liliana que durante a entre-vista me contaram que nem sabiam onde ficava o presídio em Varginha. Depois de trabalharem como voluntárias na Pastoral

Carcerária perceberam que aquelas eram pessoas como elas, como eu, que comete-ram erros sim, como todos podem cometer um dia, mas precisavam de oportunidades. “Eu acho que a mulher consegue enxergar as pessoas além do crime que elas comete-ram”, disse Ângela.

E foi enxergando de verdade aquelas mulheres que estavam no presídio de Var-ginha que tudo teve início. Com a impor-tante e fundamental ajuda de uma em-presa privada da cidade surgiu o NUCAP. Com o apoio do judiciário, da Defensoria Pública, da Prefeitura de Varginha e de vo-luntários empenhados em melhorar a vida

Nós conseguimos olhara mulher além do crime

que ela cometeu

De Coração para Coração

Abril 201320

Direita para a esquerda: Ângela Mara Toledo, coordenadora do NUCAP, Drª Samantha Vilarinho Mello Alves, defensora públicaDr° Oilson Nunes dos Santos Hoffmann Shimitt, juiz da vara Criminal, Cleber Marques de Paiva, Presidente do NUCAP e Liliana Botelho Nogueira Paiva, vice presidente do NUCAP

“No início não foi fácil. Enfrentamos preconceito de todos os tipos”

Page 21: Revista Bem Viver - 9ª Edição

NUCAP

Abril 2013 21

destas pessoas, 10 profissionais foram con-tratados como: enfermeiros, psicólogos, professores, advogados, assistentes sociais e profissionais para a área administrativa. O local recebe as presidiárias que passam o dia com seus filhos fazendo atividades comuns de uma casa, ajudando nos deve-res da escola, dando banho, ajudando nas refeições e tendo momentos de lazer. Ah, e mais uma importante lição: o nome corre-to não é presidiárias e sim, “reeducandas”. À noite elas retornam ao presídio. Na ver-dade, a principal função quando o Núcleo foi criado era atender as crianças filhas de mulheres que estão presas. “Nossa maior preocupação sempre foi com as crianças. Elas não cometeram crime algum”, reafir-mou Liliana.

Hoje, são mais de 340 pessoas atendi-das entre mulheres, homens e seus filhos. Os reeducandos homens começaram a ser atendidos recentemente e os que estão em regime semiaberto trabalham no Núcleo como pedreiros, pintores, eletricistas e ou-tras atividades que podem contar com essa mão de obra. Eles também recebem todo

tipo de atenção como, por exemplo, aten-dimento médico, jurídico e aulas de reforço escolar.

E se você está surpreso por este trabalho ser desenvolvido em Varginha saiba que o Brasil inteiro também se surpreendeu. Isso porque o projeto “MÃES QUE CUIDAM”, nome dado a este atendimento às mulhe-res que estão presas e a seus filhos, ganhou o mais importante prêmio do Poder Judici-ário Nacional, o prêmio INNOVARE. Mais de 400 trabalhos desenvolvidos em todo o país concorreram e o de Varginha ficou em primeiro lugar, sendo considerado o proje-to mais inovador.

Além de ganhar o prêmio de R$ 50 mil, o “MÃES QUE CUIDAM” ganhou o respeito de todo o país e principalmente das pes-soas que são atendidas no projeto. Para Ângela e Liliana o prêmio maior é ver as pessoas recuperadas. “Para nós, recuperar uma vida já é um número importante”; dis-seram as responsáveis pelo Nucap.

Agora os planos são terminar a reforma dos vários espaços que existem na sede: uma quadra poliesportiva, uma piscina e

um novo refeitório, que já está sendo cons-

truído. Para melhorar o atendimento, o de-

safio também é tornar o projeto sustentá-

vel e para isso serão realizadas campanhas

de arrecadação de recursos. Liliana reforça

que o Núcleo pode ser visitado por pessoas

que queiram conhecer ou até mesmo aju-

dar nos trabalhos que tem muitos resulta-

dos positivos para apresentar.

Resultados positivos como o da reedu-

canda que passou no vestibular e vai cursar

uma faculdade aqui na cidade. Também os

homens e mulheres que estão sendo rein-

seridos no mercado de trabalho e as crian-

ças que não são mais afastadas de suas

mães e estão livres das penosas visitas ao

presídio que as obrigava às humilhantes

revistas íntimas, da mesma forma que os

adultos. “Tirar as crianças desse ambiente

é uma vitória incalculável. Não queremos

que elas cresçam achando que aquele é um

lugar normal. Queremos justamente que

elas e suas mães não precisem jamais optar

pelo crime”, ressaltou a coordenadora.

Ângela Mara Toledo, coordenadora do NUCAP e Liliana Botelho Nogueira Paiva,vice presidente do NUCAP

“Nossa maior preocupação sempre foi com as crianças. Elas não cometeram crime algum.”

“Tirar as crianças desse ambiente é uma vitória in-calculável. Não queremos que elas cresçam achando que aquele é um lugar normal...”

Page 22: Revista Bem Viver - 9ª Edição

No mês em que a revista homenageia várias mulheres, nada mais justo que homenagear uma autêntica e valiosa representante

feminina da educação, em Varginha. Terezinha Richartz é professora do UNIS – Centro Universitário do Sul de Minas. Doutora em Socio-logia e Política, muito querida por seus alunos, Terezinha teve uma dura jornada até chegar onde chegou na profissão.

Filha de pais agricultores, mãe semianalfabeta, pai que cursou até a 4ª série do ensino fundamental e que vivem da agricultura até hoje; a professora, que tem cinco irmãos, teve seu destino total-mente alterado em função de uma doença. Vítima de uma deformi-dade na coluna que só começou a ser tratada aos nove anos, quan-do os sintomas se acentuaram; ela teve que ser tratada em Curitiba, há 500 km de distância de sua cidade natal, Francisco Beltrão, no Pa-raná. O longo tratamento dos 10 aos 20 anos e as duas cirurgias com longos período engessada, fazendo, inclusive, com que ela perdesse anos letivos, são considerados por Terezinha o primeiro desafio de sua vida profissional e também o que a determinou.

Sem poder trabalhar na roça como os outros irmãos, por causa da doença, os pais permitiram que ela morasse na cidade para estudar.

O ensino fundamental I e parte II cursou na escola pública rural. O restante do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, na cidade, na escola pública. Na graduação cursou Sociologia e Política em São Paulo. Logo na sequência fez mestrado e depois doutorado. Quando fez doutorado já morava em Varginha, aumentando o desgaste com as viagens até a capital paulista. A pouca base em alguns conteúdos fizeram com que ela tivesse que estudar muito para acompanhar o ritmo imposto por uma universidade de boa qualidade. Sempre precisou trabalhar para custear os estudos, aumentando ainda mais a luta para conciliar estudo, trabalho e, mais tarde, as obrigações como mãe, esposa e dona de casa.

Tendo enfrentado tantos desafios, hoje, Terezinha acredita que as mulheres são mais valorizadas profissionalmente, mas ainda tem muitos obstáculos pela frente. “Apesar das mudan-ças, as mulheres continuam carregando o fardo de um sistema patriarcal, que dificulta a chegada aos altos postos de comando, além de receber menos que os homens pelas mesmas ativida-des, em muitas ocupações”, ressaltou.

E justamente pelas dificuldades existentes, a professora tem admiração por mulheres que conseguem vencer barreiras como Zilda Arns, Irmã Dulce, Marina da Silva, Condoleezza Rice e Dilma Roussef. “Independente de concordar ou não ideologicamente com tudo o que fizeram e fazem, foram mulheres que estiveram e estão à frente no seu tempo, quebrando tabus, por assumirem postura política clara em favor dos menos favorecidos ou por-que, apesar da raça/etnia, classe social e gênero pertencente ao

grupo dos excluídos, conseguiram romper com o nó da exclusão social ocupando postos de relevância”, enfatizou Terezinha.

Ter postura clara e lutar contra as mazelas do patriarcado são diferenciais considerados importantes para diferenciar as mulheres de sucesso profissional, de acordo com Terezinha. Segundo ela, a primeira missão para atingir sucesso é estudar muito e assim ter competência no mercado de trabalho e clareza política de como agir. Em segundo lugar, lutar para que a democracia de gênero aconteça dentro de casa. “Muitas mulheres não atingem o sucesso profissional porque ainda acreditam que sua principal função é ser mães e donas de casa, não compartilhando com seus companheiros os afazeres domésticos. Quando no mercado é necessário deixar esta função socialmente determinada em segundo plano, a vida profissional é abandonada.”

Como mulher e cientista política, a doutora acredita que a eleição de Dilma Rousseff foi um passo importante do Brasil na luta contra a desigualdade de gênero. “No ano passado quando pela última vez o ranking sobre a desigualdade de gênero foi divulgado pelo Fórum Eco-nômico Mundial, o Brasil passou de 82º lugar para o 62º entre 135 pa-íses pesquisados. A diminuição da desigualdade de gênero é graças à eleição de uma mulher para a presidência e de políticas claras adotadas no sentido de combater essas disparidades.”

TerezinhaRichartz

Educação

Abril 201322

História

“Não deixem de lutar pelos seus sonhos. Filhos e marido não merecem viver com uma mulher frustrada que, por

imposição social, deixou de batalhar pelos seus objetivos. Tenham foco e nunca deixem de estudar. Escolham trabalhar

na área que vocês sentem prazer. Estudem muito para que, de fato, a vida profissional possa trazer independência finan-

ceira e satisfação pessoal. Não desanimem frente às dificuldades.

Muitas mulheres que hoje estão em lugar de destaque vieram de realidades muito adversas e mesmo assim não

desanimaram.”

Page 23: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Varginha hoje é um dos principais

centros de negócios do interior de Minas Gerais. Isso já não é novidade. Novidade é que agora os em-presários do Sul de Minas têm onde en-

contrar informações de business voltadas para a região. Essa é uma demanda que a muito os empresários locais buscavam e que começa a ser suprida agora, com o portal de notícias Perfil W Espanha.

Mantido pela W Espanha, o projeto é ousado e tem o ob-jetivo de oferecer o mais variado leque de informações so-bre negócios. O portal de notícias Perfil W Espanha é um site com linha editorial independente, totalmente focado no que acontece no mundo empresarial do Sul de Minas. Segundo Wellington Espanha, diretor da empresa, “o portal nasce jus-tamente para suprir a necessidade que o empresário tem de encontrar informações que influem no seu negócio, pois as revistas especializadas tendem a oferecer informações sobre

grandes centros nacionais ou internacionais e nada local, em que os empreendedores possam ler a se identificar com a sua realidade”.

O portal divulga os mais variados assuntos, desde o perfil do empresário até as notícias nacionais que podem impactar na economia local. “Tudo que é relevante para a informação do empresário e para o mundo dos negócios é assunto do Por-tal, vamos colocar em evidência as nossas riquezas, os nossos potenciais empresariais”, explica Wellington Espanha.

A meta do diretor é que o Perfil W Espanha seja o principal centro de informações sobre negócios e sobre o perfil empre-sarial, além de divulgar os indicadores e análises de mercado. Mas Wellington avisa que o site não é institucional: “nós não queremos ser uma vitrine dos nossos clientes, nós oferece-mos informações sólidas sobre o mercado como um todo, com isenção jornalística”, fala.

O portal tem atualização diária e notícias que interessam a todos que fazem parte do mundo business ou que se inte-ressam pela área e querem ficar atualizados com tudo o que acontece em Varginha. Acesse perfilwespanha.com.br e saiba tudo o que acontece em eventos, novidades, notícias, gastro-nomia e show business.

Portal Perfil W Espanha é a mais nova fonte de informação parao empresário de Varginha e região

Page 24: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Em Cena

Abril 201324

A mulher que supera os

desafios

“Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vematé Maomé. Tento conseguir melhorar ainda mais o atendimento na Acrenoce legislar para as mulheres, mas nãoé fácil não!”

Page 25: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Poucas são as pessoas na cidade que nunca ouviram falar em Raci-

be. Hoje, é conhecida por ser a única mulher vereadora na Câmara de Vargi-nha, mas há cerca de 20 anos Racibe era conhecida por ser uma das mulhe-res mais bonitas da cidade. Não que a beleza fosse seu único atrativo só que é quase uma unanimidade quando se fala sobre Racibe com pessoas de sua geração. “Era realmente uma coi-sa impressionante”, conta uma antiga amiga que costumava ir ao clube com ela. Racibe conserva a beleza de outros tempos e o mesmo ar de menina que aproveitava os dias de sol no clube, só que nos olhos é claramente possível enxergar que a vida nem sempre foi de elogios e verões.

Vinda de uma família humilde, aos 11 anos per-deu o pai vitima de com-plicações em função do alcoolismo. Foi então que Racibe viveu os proble-mas que várias meninas enfrentaram por ingenui-dade, ser muito bonita ou por consequências da perda do pai. Infelizmen-te, muitas pessoas pen-sam que mulheres bonitas não têm problemas, o que não é verdade. É só acom-panharmos as histórias das divas do cinema ou da televisão e perceberemos que elas nem sempre têm um futuro feliz. A maioria delas vive grandes casos de amor que quase sempre não resultam em finais felizes. Também enfrentam problemas com alcoolismo e drogas. Talvez muitos achassem que Racibe não seria forte o suficiente para enfrentar os desafios de ser uma mulher bonita e pobre que precisou passar por várias situações de lutas, sofrimentos e injustiças para hoje se considerar uma mulher vitoriosa.

Pra quem achava que o tempo rou-baria sua beleza, ela continua linda. Pra quem achava que se tornaria uma pessoa egoísta, em 2000 ela fundou em Varginha uma das mais conceitu-

adas casas de tratamento para depen-dentes químicos de todo o estado de Minas Gerais, a Acrenoc (Associação Comunitária de Recuperação Novo Caminho) e para quem achava que ela não abandonaria o vício, do qual foi vítima e quase a matou, Racibe se re-cuperou, formou-se em Direito, depois em Psicologia e é corretora de café há quase 25 anos.

E foi lutando diariamente que Ra-cibe percebeu que muitas pessoas viviam problemas em função do alco-olismo e dependência química e preci-savam apenas de uma oportunidade, assim como ela teve. Hoje, a Acrenoc se mantém graças a seus incansáveis esforços para resgatar os dependentes.

Esforços esses que a conduziram à política e garantiram dois mandatos como vereadora pelo Partido Pro-gressista. Quando perguntei se ela ti-nha entrado na política por causa da Acrenoc não teve o menor receio em ser sincera e disse: sim. “Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vem até Maomé. Tento conseguir melhorar ainda mais o atendimento na Acrenoc e legislar para as mulhe-res, mas não é fácil não!”, desabafa Racibe.Com mais experiência em relação à

política Racibe também confessou que teve muitas dificuldades no primeiro mandato para concluir seus esforços em prol da Acrenoc, por ser oposição à administração do prefeito anterior. Hoje, ela se diz aliviada em ter Antô-nio Silva como prefeito, pois o sonho de fundar a Acrenoc contou muito com o apoio dele.

Mas o fato de hoje ser apoiadora da atual administração não lhe rendeu a calmaria política que imaginava. “Ver--me como vereadora pode não ser inte-ressante para muita gente. Nem mesmo pelo fato de ser a única mulher”.

Mas nem estes problemas abalam a mãe da Daphyne e do Nicholas. Da-

Abril 2013 25

Racibe Faria

Racibe junto à mãe Aparecida

e o filho Nicholas

Família reunida na formatura do sobrinho Ronaldo Jr.; os filhos, Daphyne e Nicholas; a mãe, Aparecida e o irmão Ronaldo

Page 26: Revista Bem Viver - 9ª Edição

phyne é estudante de Medicina e está cursando o 2º ano. Orgulhosa, Racibe enfatiza que a filha foi aprovada em uma Universidade Federal. Nicholas é estudante do ensino médio e filho do segundo casamento. “Os dois são meu

orgulho. Vejo neles, todos os dias, que acertei como mãe e como amiga, ape-sar da gente aprender to-dos os dias como fazer

isso. Sinto-me muito orgulhosa dos seres humanos que são meus filhos”. Também grata pela família, Racibe fala o tempo todo do apoio que sempre recebeu e nunca deixa de citar, a cada frase, o nome de Deus e falar sobre a importância de ter fé na vida. “Dedico minha eterna gratidão primeiramente a Deus, depois à minha mãe, Maria Aparecida e ao meu irmão, Ronaldo Faria. Eles nunca desistiram de mim. Também tenho um carinho especial por minhas primas Myriam Farias Sal-les, Cintia Faria Salles e meus amigos e amigas, citou.

Quando falei sobre relacionamen-

tos amorosos, Racibe disse que está separada e que entende que é difícil para um homem ter um relacionamen-to com uma mulher que vive mais por conta dos internos de um centro de re-abilitação do que em casa. “Eu vou lá todos os dias. À noite, durante o dia, realizo as reuniões, acompanho todos após a internação inclusive nos grupos anônimos de autoajuda (Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos). Não é fácil para um homem entender”, confidenciou.

E não é difícil entender seu encanta-mento pela Acrenoc já que os resulta-dos são os melhores possíveis. Além de ser pioneira no município de Varginha na recuperação de dependentes quí-micos, a entidade é uma das poucas no Brasil com internação gra-tuita. A associação tem uma média de 40 internos entre homens e mulheres e conta, graças à seriedade de seu trabalho, com a ajuda do poder público, de doadores, de comerciantes da cidade, voluntários e várias entida-des religiosas, já que é uma instituição ecumênica.

Como diz o ditado: o tra-balho dignifica o homem. Talvez seja exatamente este trabalho que manteve a vi-talidade de Racibe. Lutando e trabalhando ela venceu todos os desafios que lhe foram impostos. Vencer duas eleições para o cargo de vereadora foi comprovar que as pessoas acreditam realmente no que ela se propõe fazer. Ter dois filhos saudáveis e felizes foi revelar como o ser huma-no conhece pouco da força da mulher e ser hoje uma mulher cheia de amor pelo próximo, prova que os verdadei-ros vencedores são aqueles que não querem vencer sozinhos e têm sempre uma mão estendida para dar o que re-cebem. Esta é uma nova maneira de viver, na filosofia da Acrenoc, baseada nos 12 passos dos Grupos Anônimos.

Política para mulheres

Como única mulher na Câmara de Vereadores de Varginha, Racibe re-presenta uma triste realidade na polí-tica nacional: mulheres não votam em mulheres. Se votassem, a maioria da Câmara seria formada por represen-tantes femininas já que o número de eleitoras mulheres é maior do que de eleitores homens. No Brasil, são 30% das vagas destinadas às mulheres den-tro da legenda. Isso significa que 70% das vagas são para os homens. Na Áfri-ca, as mulheres já têm garantidas 30% das cadeiras no Legislativo. Em São Paulo, por exemplo, a maior capital do país, as mulheres ocupam 9% das ca-deiras. Quando começou no trabalho

de ajuda aos dependentes químicos, Racibe contou com a importante ajuda da então secretária de saúde, Berenice Tavares. Em função desta e de muitas outras demonstrações de preocupação política, Racibe defende que a mulher tem um olhar especial para os proble-mas da sociedade e acredita que só com a união poderemos chegar a uma sociedade mais justa, contando com a importante colaboração feminina.

Abril 201326

Em Cena

A filhaDaphyne

As primas Myriam Farias Salles e Cintia Faria Salles

Racibe na plenária da Câmara Municipal de Varginha

Page 27: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Novos projetos

Além de trabalhar incansavelmente pela Acrenoc, Racibe tem tempo de ela-borar e lutar por planos ainda maiores. Ela acredita que neste ano de 2013 conse-guirá implantar o atendimento involuntá-rio na instituição. O atendimento involun-tário é quando o dependente não precisa autorizar a internação bastando que os familiares autorizem e ele é levado, mes-mo contra a vontade. Mesmo com os aca-lorados debates sobre a eficiência ou não da internação involuntária, Racibe afirma que não pode ficar de braços cruzados diante dos diversos relatos de mães que não sabem mais o que fazer. “Imagina o que é a vida de uma mãe que não pode sair para trabalhar porque quando vol-ta o filho roubou tudo dentro de casa e vendeu para comprar crack? Essa mãe precisa de ajuda, tanto quanto o filho”, destacou. A vereadora ainda garante que vai lutar pelos projetos apresentados por ela, como a construção da sede própria da Delegacia da Mulher, a construção de um abrigo para amparo às mulheres víti-mas de violência doméstica e a reativa-ção do Conselho dos Direitos da Mulher. Também é de sua autoria a reativação do Conselho Municipal Antidrogas, o Projeto de lei nº 5.366 que institui o calendário oficial de prevenção às drogas e vários outros projetos de lei na área da saúde, educação, segurança, habitação, adoles-cência e idosos.

Racibe Faria

Abril 2013 27

Desejo que nós mulheres, dia após dia, com pequenos gestos que nascem do coração, lutemos com esperança para um mundo mais justo e mais humano, a igualdade de direitos e o direito à diferença.

Page 28: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Irmã Noemi

I rmã Noemi, a freira centenária de uma escola de Varginha, é um livro de autoajuda ambulante. A pequenina mulher que anda

pelos corredores da escola carrega sobre os ombros muito mais que seus quase 103 anos de idade, que completará este ano. Ela carrega o elixir da juventude que muitas pessoas mais novas desconhecem: o bom humor.

Com uma vida dedicada à religiosidade e à educação, todas as histórias que ela lembra claramente e faz questão de contar, che-gam carregadas de risadas e de uma energia contagiante.

Impossível conversar com Irmã Noemi e não sentir uma incrí-vel sensação de felicidade e tranquilidade. Ela, que nasceu em Três Pontas, disse que se tornou freira por vocação. Muita gente pode pensar que isso significou uma vida de orações e clausura mas é exatamente o oposto. Que digam as meninas que enfrentavam os temidos times de vôlei feminino das décadas de 70 e 80 em Varginha.

Eram praticamente imbatíveis as meninas treinadas pela irmã Noemi, que também era atleta. Foram anos de vitórias nos jogos es-tudantis realizados na cidade. Todos os outros times se espelhavam nelas e treinavam para derrotá-las.

E Noemi não se dedicou apenas ao esporte. Professora de mate-mática, inglês e artes, em um tempo onde não existia mimeógrafo nem xerox, chegou a escrever à mão todas as provas com até três

questões diferentes para cada aluno. Hoje irmã Noemi não leciona mais, mas continua morando no

colégio. Aos 78 anos teve câncer de mama e passou por mais de 70 sessões de quimioterapia. Depois do tratamento teve pneumonia e quase morreu. Quando conta o fato diz: “E não é que não morri”(da risada). A cuidadora diz que ela adora piada e da risada até quando leva um tombo. Assim segue alegre dizendo que o bom humor é a chave de tudo.

Quando conversa sobre futuro diz que não tem muita esperança na humanidade porque acredita que as pessoas perderam os verda-deiros valores, mas faz questão de enfatizar que a única alternativa seria tentar salvar os jovens.

A freira centenária

Fique por Dentro

Abril 201328

A freira que lecionava três matérias, escrevia provas à mão e já dominou o vôlei feminino

em Varginha

Page 29: Revista Bem Viver - 9ª Edição

“ Temos a delicadeza das flores,a força de ser mãe,

o carinho de ser esposa,a reciprocidade de ser amiga,

a paixão de ser amante,e o amor por ser Mulher! ”

Page 30: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Francine de Oliveira é coordenadora e professora local na Conexão FGV Sul de

Minas. Destacadamente é mais uma das mulheres empreendedoras de Varginha que colaboram significativamente para o desenvolvimento da cidade e marca o nome na história das mulheres que foram à luta e conseguiram atingir o sucesso pro-fissional. Mãe de 3 filhos, Jonathan, de 14 anos; Ester, de 12 e Sarah de 4 anos; Fran-cine, como milhares de mulheres, teve que encontrar equilíbrio para conseguir atingir os seus objetivos profissionais. Não dife-rente de muitas outras, ela teve uma vida marcada pela busca do sustento já na ado-lescência. Aos 12 anos começou a traba-lhar no antigo Pamev, que hoje se chama Propac – Programa de Profissionalização Adolescente Consciente. Francine diz orgu-lhosa que foi sua primeira realização pro-fissional, trabalhando como guarda mirim. Em função do seu ótimo desempenho foi

contratada para trabalhar no gabinete do prefeito, depois na Secretaria de Esportes, no Hospital Bom Pastor e após 4 anos de serviços no setor público ingressou no se-tor privado trabalhando como organizado-ra de eventos e secretária, em uma escola de inglês. Morou em Pouso Alegre durante um ano e retornou à Varginha para tra-balhar na Associação Comercial. Na ACIV ela considera que teve um desempenho surpreendente. “Uma equipe comercial foi montada sob minha coordenação para atuar também na região. Um trabalho pra-zeroso feito sob muita confiança a mim depositada e com resultados satisfatórios”, ressaltou Francine. Em 2001 iniciou o curso superior em Comunicação Social com habi-litação em Jornalismo. Após perder a bolsa de estudos teve que trancar a matrícula e retomar um ano depois. Formada, enten-deu que todos seus esforços, inclusive o de estar ausente durante a maior parte do dia

e da noite para os filhos e o marido, foram recompensados. Um dos momentos mais tristes da vida de Francine foi perder o pai, antes que ele pudesse vê-la formada, em fevereiro de 2008. “Foi difícil superar a per-da de um ente tão querido. Entender esta situação demandou um tempo para minha reestruturação emocional.” Hoje, desem-penhando um excelente trabalho para o grupo Conexão, conveniado à Fundação Getúlio Vargas, se vê realizada trabalhando em uma instituição que possibilita ao aluno fazer uma pós, MBA´s ou cursos rápidos; na melhor instituição do país. “A missão da FGV é contribuir para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e é isso que faz em mais de 90 cidades brasileiras”, informou Francine. Com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, a profissional acredita que a capa-citação é o divisor de águas na vida de um profissional. Com sua capacitação e com a colaboração de uma equipe comprometida

MulherEmpreendedora

Empreender

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“Colocar Deus na frente de todos os seus sonhos faz toda a diferença e te faz ser uma pessoa diferente”

Page 31: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Francine de Oliveira

com o trabalho, Francine conta que em um ano a empresa acumulou um crescimento de mais de 150% no faturamento anual. E como uma empreendedora busca sempre novos desafios, em 2010 Francine resolveu empreender em seu próprio negócio. Apro-veitando que a mãe havia se profissionali-zado na área da beleza, abriu o Studio Afro Hair; um estúdio de beleza especializado em cabelos crespos. Hoje, com uma carte-la considerável de clientes e um foco bem direcionado, tem crescido eficientemente em Varginha. E ela não parou por ai. Em 2011, com todos seus trabalhos indo super bem nas unidades da Conexão em Vargi-nha, Poços de Caldas e no Studio Afro Hair;

decidiu ingressar na carreira de docência. Era mais um degrau na vida profissional de Francine. Com tanta experiência e vivência profissional, hoje ela diz que o segredo do sucesso é acreditar que se você quer, você pode e você consegue. Também considera importante jamais esquecer suas origens e

das pessoas que contribuem para o seu de-senvolvimento. “Colocar Deus na frente de todos os seus sonhos, faz toda a diferença e te faz ser uma pessoa diferente”. Realizada, com pessoas que ama a sua volta, com a vida espiritual em dia atuando em traba-lhos voluntários; a meta agora é direcionar os filhos para que eles também alcancem seus objetivos e concluir o curso de Dire-to, que termina em 2017. Este ano realiza um sonho que é o de fazer sua primeira viagem internacional, que será para a Fló-rida, nos EUA, para participar de um Semi-nário de Extensão Internacional. Quem vê a jornada dessa mulher batalhadora pensa: como ela consegue tempo para a família? Francine diz que não abre mão de almo-çar com a família e nos finais de semana se dedica somente a eles. “Você pode não ter todo o tempo do mundo que gostaria com eles, mas se o tempo que você tiver for de qualidade, ele se torna auto suficien-te.” Como todas as mulheres entrevistadas nesta edição, Francine citou como mulher de destaque a presidenta Dilma. Ela a citou como exemplo para falar sobre a sensibi-lidade feminina. “A nossa presidenta me tocou muito quando em um discurso so-bre o ocorrido na tragédia de Santa Maria, mesmo antes de ir ao local, não conteve as lágrimas. Isso é sentir a dor do outro e nos faz ser mais solidárias a algumas questões.” Francine também destacou que as mulhe-res estão muito capacitadas para assumir cargos de chefia. “A matriz da Conexão, em São José dos Campos, foi fundada por uma mulher em 1992, Célia Moscardi. Ela atua até hoje na empresa. Dentro do grupo 90% dos funcionários são mulheres e ocupam cargos desde assistentes a líderes.” Como dica para as leitoras da BEM VIVER Franci-ne diz: “Olhe para dentro de você e veja o quanto você é um diamante precioso lapi-dado por Deus. Nunca deixe ninguém dizer que você não é capaz. Busque o conheci-

mento e vá em busca da realização de seus sonhos. Não meça esforços, semeie o sufi-ciente para ter uma boa colheita regando sempre ao seu tempo, com muita disciplina e jamais desista de seus sonhos.”

“Exerça sua fé, esteja preparada através do conhecimento e pratique a ação com ousadia sempre confiando em Deus. Al-gumas barreiras contra mulheres já foram rompidas no passado, o que devemos ago-ra é lapidar o presente e olhar para o futu-ro. Desejo a todas muito sucesso, em todas as áreas de sua vida!”

Abril 2013 31

“Você pode não ter todo o tempo do mundo que gostaria com a família, mas se o tempo que você tiver for de qualida-de, ele se torna auto suficiente.”

“Olhe para dentro de

você e veja o quanto você

é um diamante precioso

lapidado por Deus. Nunca

deixe ninguém dizer que

você não é capaz. Busque

o conhecimento e vá em

busca da realização de

seus sonhos. Não meça es-

forços, semeie o suficiente

para ter uma boa colhei-

ta regando sempre ao seu

tempo, com muita disci-

plina e jamais desista de

seus sonhos.”Av. Princesa Do Sul, 720, Jd. Andere - Varginha - MG Tel.: 35 3222.6570 | 8838.1923

Page 32: Revista Bem Viver - 9ª Edição

As mulheres, definitivamente, passaram a ocupar um espaço maior no mercado

de trabalho e, com isso, elas também ad-quiriram novos hábitos. Além da tradicional visita semanal aos salões de beleza para cuidar do visual e não deixar a vaidade de lado, a classe feminina tem apostado em costumes que antes eram praticados só por eles, os homens. Em Varginha, a inovação fi-cou por conta da prática de um esporte bem diferente: o Rugby. Considerado, anterior-mente, um esporte exclusivamente mascu-lino por ser violento, exigir força e ter muito contato físico.

O Abelhas Rugby é um time somente com mulheres, existe há 12 anos e já con-quistou diversas premiações em campeona-tos estaduais e nacionais. O time possui 12 jogadoras no time profissional e também re-aliza um projeto social com 17 meninas ca-rentes da região do bairro Padre Vitor. “Meu objetivo inicial era jogar rugby, comecei a

praticar com 12 anos. Com o tempo fui per-cebendo os benefícios que esse esporte po-deria trazer em nossas vidas, então percebi que através dele poderia ajudar outras pes-soas e, então, resolvi criar o projeto social. Hoje somos uma família, tudo é tratado com seriedade e em campo consigo disciplina e harmonia delas”, explica a coordenadora do projeto e também treinadora do time, Josy Meneguele.

No Brasil, o Rugby é um esporte que ainda não caiu no gosto do povo. Para mulheres, é ainda mais difícil. “Tem que ter muita força de vontade. Os times não têm patrocínio, não têm apoio, não têm espaço para divulgação na mídia, mas o importante é não desistir por causa dos empecilhos. Eu acho que isso também faz com que tenhamos mais garra e vontade de crescer”, afirma Josy.

Isabela Gerônimo dos Santos treina o rugby há dois anos e o esporte já lhe aju-

dou a enfrentar muitos problemas difíceis na vida. “Recentemente perdi meu pai, fiquei muito abalada e triste, mas o que me deu força pra enfrentar esse problema, com certeza foi o projeto. Todas as meni-nas da equipe foram para mim como uma família, estavam sempre do meu lado” se emociona a menina de 16 anos.

A treinadora, Josy, conta que no início so-freu muito preconceito por querer praticar o Rugby, mas que hoje as pessoas entendem que é um esporte que faz bem como qual-quer outro. “Já pensei muitas vezes em pa-rar, mas persisti por amar o que eu faço, me sinto realizada”. Em relação ao envolvimen-to feminino nos esportes, as atletas afirmam que é cada vez maior o número de mulheres que têm interesse em se ‘aventurar’ nesse meio. A cada vitória, elas conseguem mudar a visão da mulher ser o sexo frágil e conquis-tam seu espaço.

Mulheres dão graçae simpatia a esporteque era totalmentemasculino

Na categoria beach (rugby na areia)o Abelhas Rugby já foi 3° lugar nacional

Garra, determinação, esforço e disciplina resumem o rugby

O abelhas Rugby existe há 12 anos e já conquistoudiversos títulos estaduais e nacionais

Por Vanderlei Junior

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Cheias de CharmeEsporte

Page 33: Revista Bem Viver - 9ª Edição
Page 34: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Andreia Mendonça é mais uma das mu-lheres empreendedoras, que tem his-

tórias de vida de muita luta e que se des-tacam em Varginha. Ela é sócia e gerente de equipe na empresa SoftHouse Assesso-ria em Varginha, que faz o atendimento da Mastermaq Software, que é de Belo Hori-zonte. Ela e o marido tiveram que buscar muita capacitação aqui e fora da cidade, fa-zer vários cursos e isso se tornou muito di-fícil por terem vindo para uma cidade des-conhecida, com duas crianças pequenas, muita vontade e um pouco de medo. Como mãe, Andreia não conseguia render no tra-balho se os filhos não estivessem bem cui-dados. Eram muitas viagens e foram muitos problemas, várias experiências frustrantes, até convidar sua mãe para vir morar aqui em Varginha. Ela aceitou e veio ajudar An-dreia na educação e no cuidado com as crianças. Para Andreia, a maior dificulda-de como empresária e empreendedora foi conquistar o cliente, ganhar sua confiança e consequentemente conquistar o mercado. “Quando chegamos havia um concorrente muito forte e todas as portas se fechavam para nós. Decidimos então estudar a forma

de trabalho deste concorrente, seus produ-tos e como era seu atendimento”, conta. Foi então que mudaram a forma de traba-lho baseando-se nos depoimentos que ou-viam e, melhorando algumas coisas, foram conquistando espaço. Passaram a visitar constantemente os clientes para entender suas necessidades e com isso passaram a valorizá-los dando atenção, porque enten-deram que não é sinal de fraqueza permitir que os outros saibam que são valorizados e sim sinal de segurança e força.

Nos momentos de crise, a empreende-dora conta que tem um diário mental onde ficam as fases que já viveram e sempre quando encontra uma dificuldade vai até ele, relembra e vê o que já superaram ou-tras vezes e vão superar quantas vezes fo-rem necessárias, porque tem um objetivo na vida. “Sabemos onde queremos chegar e em todas as dificuldades reunimos nossa família, mesmo nossos filhos sendo muito jovens e explicamos a situação de forma clara e objetiva. Assim tentamos encontrar, juntos, formas de solucionar os problemas”, destacou Andreia. Para ela, é fundamental a família estar alinhada e em sintonia para

que os negócios obtenham sucesso.Como os planos para o futuro não po-

dem faltar na vida de uma mulher de negó-cios, o desafio de Andreia é crescer nesse mercado que ela considera cruel e desleal. “O que mais precisamos hoje é capacita-ção, porque corremos contra o tempo e conhecimento não vem do dia para noite. Precisamos escolher as pessoas certas pra estarem conosco, esse é outro desafio, mas estamos no caminho”.

Outro traço da personalidade de An-dreia é a lucidez quanto às questões em-presariais e também da vida. “Aprendi a es-tar sempre com “pé no chão”. Precisamos estar atentos também ao presente porque se focarmos somente no futuro, podemos perder oportunidades incríveis bem diante de nossos olhos”.

Se considerando uma mulher realiza-da, Andreia diz ter ao lado pessoas que ama. Ela insiste em resaltar que todas as conquistas de sua vida, tanto profissional quanto pessoal, vieram acompanhadas de grandes pessoas. “Não fiz nada sozinha. Quando chegamos em Varginha eu era mãe e dona de casa, minhas outras quali-

Mulherempreendedora

Andreia Cristina Gonçalves Mendonça

Empreender

Abril 201334

Page 35: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Andreia Cristina

ficações vieram com apoio e trabalho em conjunto com meu marido, Adriano, que é a “luz em minha vida”. Minha mãe, Fátima, que com todo cuidado e carinho cuida da minha casa e de meus filhos; minha irmã Andressa, que trabalha comigo há muitos anos; meu pai, que sempre está presente em minha vida; meu irmão Max, a esposa Erica e a filhinha dele e meus três filhos ma-ravilhosos, Thalles, Hugo e Brunna, que são os presentes mais preciosos que ganhei em minha vida. Pra mim o sucesso só vem se as pessoas que amamos também estiverem felizes. Tenho mais dois irmãos que moram fora e também os amo demais e temos contato sempre, mas esses que citei são os que estão compartilhando comigo todos os momentos que tenho vivido desde que chegamos à Varginha.”

Hoje, ela vê que a mulher conquistou seu espaço na sociedade e tem orgulho de fazer parte dessa geração. “Hoje podemos afirmar que a mulher tem maior autono-mia, liberdade de expressão de suas ideias

e posicionamentos outrora sufocados. Em outras palavras, a mulher do século XXI dei-xou de ser coadjuvante para assumir um lu-gar diferente na sociedade.” Andreia ainda acredita que a mulher deve ficar atenta no impacto dessas mudanças, pois assumiram o papel no mercado de trabalho, mas será que estão cumprindo o papel de donas de casa, mãe e esposa? “Eu sempre me faço essas perguntas porque o homem ainda quer a mulher “dona de casa”. Ele tem ne-cessidade de chegar e ter a comida quenti-nha, as roupas bem cuidadas. E os filhos? Eles precisam de atenção, de carinho, de tempo dedicado, de cuidados com alimen-tação. Hoje as tarefas estão todas divididas com os homens e essa é mais uma conquis-ta das mulheres, pois hoje eles nos ajudam demais e fazem de tudo em casa. Então precisamos ainda aprender muito a lidar com todas essas mudanças sem deixar que isso afete nossos relacionamentos familia-res, pois se a família não tiver estrutura não teremos sucesso profissional.”

Como incentivo para as mulheres que desejar trilhar o caminho do empreendedo-rismo, Andreia dá a dica que é ter um rela-cionamento saudável com Deus, pois acre-dita que ele é uma sustentação e ter ao seu lado as pessoas certas para lhe assessorar. “Saiba o que você quer e o que mais preza, pois nossa vida tem que ter um propósito. Melhor do que ouro é adquirir sabedoria. Faça parcerias. Elas são o componente res-ponsável pelo sucesso e o risco do fracas-so diminuirá quando estiver passando por dificuldades, pois terá alguém para ajudá--la.” Para finalizar, Andreia ainda deixa uma lição de quem claramente aprendeu com a vida e leva para todos os setores sábios ensinamentos. “Depois de alguns anos de carreira aprendi uma verdade importante e comprovada: por mais terrível que seja as ações dos outros no ambiente de trabalho, o importante é como eu ajo.”

Abril 2013 35

“Hoje podemos afirmar que a mulher tem maior autonomia, liberdade de ex-pressão de suas ideias e posicionamentos outrora sufocados. Em outras palavras, a mulher do século XXI deixou de ser coadju-vante para assumir um lugar diferente na sociedade.”

“Depois de alguns anos de car-

reira aprendi uma verdade im-

portante e comprovada: por mais

terrível que seja as ações dos ou-

tros no ambiente de trabalho, o

importante é como eu ajo.”

R. Sta. Catarina, 294, Bom Pastor - Varginha - MGTel.: 35 3223.5208 | 3212.2023

Page 36: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Edinara Dominguito nasceu em uma família de classe média e desde criança sonhava se casar e ser mãe. Com esta meta,

muito nova conseguiu realizar seu sonho e hoje se sente realiza-da com o marido Marcos Dominguito e os três filhos, Déborah, de 13 anos; Marcos Dominguito Filho, de 11 anos e a caçula Isabely Dominguito, hoje com 6 anos. Muito comunicativa, antes do casa-mento trabalhava com o público em uma farmácia de manipulação. Quando teve os filhos decidiu se dedicar apenas à família e ficou 13 anos afastada da vida profissional. Com a vontade de se sentir “útil” como empreendedora e voltar ao mercado de trabalho, rece-bia do marido o apoio para montar o próprio negócio, mas decidiu encontrar uma atividade que a satisfizesse, mas não a tirasse mui-tas horas por dia do lar. Foi então que surgiu uma oportunidade de vendas diretas que propiciavam conciliar o trabalho com o cuidado com os filhos. Com preferência por trabalhos que tenham contato com o público, Edinara encarou o desafio de ser uma consultora de

beleza independente da Mary Kay. Ela conta que a filha mais ve-lha foi sua maior incentivadora. A mãe e as irmãs foram as primei-ras clientes, ajudando no começo do novo negócio. O marido, que achava que seria apenas uma fase para contrapor a vida cansativa de dona de casa, hoje reconhece o sucesso da esposa e se orgulha de seus progressos. Edinara acredita que a experiência como dona de casa capacita toda mulher para entrar no mercado de trabalho e obter sucesso. Neste mês de abril ela comemora o sucesso de ter se tornado uma Diretora de Vendas podendo ajudar outras mulhe-res que também se tornaram consultoras. “Me orgulho muito da minha equipe, que é muito unida, respeitosa e vem conquistando cada vez mais mercado”, destacou Edinara. Trabalhando com ética e

inteligência, elas levam autoestima, beleza e produtos de qualidade para cada vez mais mulheres que adoram o atendimento exclusivo, em casa e com toda comodidade. “Minha equipe é formada por mais de 40 meninas e nossa unidade de vendas independentes Rosa de Saron, é formada por mulheres que também tem outras ativida-des como advogadas, estudantes universitárias e donas de casa.” Sabendo que o mercado de trabalho na área da beleza e estética é o que mais cresce no mundo, Edinara e suas meninas não perdem o foco nunca. “Hoje a mulher não vai nem a padaria sem uma más-cara de cílios, um baton e um blush”. Toda mulher que sonha, pode!

“O sábio de coração será chamado prudente e a doçura dos lábios aumentará o ensino.”

Edinara Dominguito

Consultorade Beleza

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Page 37: Revista Bem Viver - 9ª Edição

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Page 38: Revista Bem Viver - 9ª Edição

“A mulher ainda precisa mostrar na prática que tem competência e em algumas profissões consegue ser muito melhor que os homens”

Bel Lima é estilista, modelista e sócia--proprietária da empresa Bel Lima Ar-

tefatos de Couro Ltda. Ela é responsável pela criação e desenvolvimento de todas as peças fabricadas pela empresa. Como muitas mulheres empreendedoras, Bel enfrentou vários desafios para alcançar o sucesso na carreira. Ela conta que para fa-zer o curso que desejava andava cerca de 8 km a pé por não ter dinheiro para pagar a condução. Também teve que lutar muito depois de formada e ter muita persistência, pois enviava vários currículos para várias empresas sem obter resultado. Foi aí que aconteceu a virada em sua vida. Acreditan-do que nada chegaria de graça começou a desenhar, fabricar e vender suas próprias peças. Vendia de porta em porta até que a fama dos produtos se espalhou e com isso uma empresa a convidou para trabalhar

como estilista na área de bolsas e cintos de couro. Lá adquiriu muita experiência e hoje se considera uma mulher de sucesso, pois teve muita determinação e força de vonta-de em tudo que fez. No dia a dia ela consi-dera cada criação um novo desafio. Como esposa e como mãe se considera também realizada. Mãe de cinco filhos, Priscila, de 26 anos; Fabrício, de 18; Gustavo, de 20; Otavio de 16 e Marcelo, de 12; Bel sabe bem o que é lutar para conseguir lugar no mercado tendo que estar presente na edu-cação dos filhos e na manutenção da famí-lia. “O meu marido, Geraldo Silva Junior, é um companheiro maravilhoso. Ele sempre tem me apoiado em minhas ideias e em todas as lutas diárias. O seu companhei-rismo tem sido constante e fundamental. Este meu depoimento pode ser útil para algumas mulheres que acreditam que se o

primeiro casamento não deu certo, nunca mais irá encontrar sua cara metade. Isto não é verdade e eu sou um exemplo! Viajei 340 km para chegar aqui em Varginha so-mente para trabalhar, mas foi aqui que en-contrei um homem como eu: trabalhador, guerreiro e que tem os mesmos objetivos e sonhos. E com a força de Deus iremos vencer todos os desafios”. A visão que ela tem das mulheres é que elas estão conse-guindo conquistar espaço no mercado de trabalho, porém, até hoje existem grandes desigualdades financeiras entre homens e mulheres. “A mulher ainda precisa mostrar na prática que tem competência e em algu-mas profissões consegue ser muito melhor que os homens”, diz Bel. A estilista ainda lamenta que as mulheres continuem sen-do vistas como o sexo frágil, pois acha que é exatamente o contrário. “Somos fortes,

Empreender

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MulherEmpreendedora

Page 39: Revista Bem Viver - 9ª Edição

“Seja, primeiramente, determinada. Depois, procure ter conhecimento da profissão que escolheu. Ter domínio de assuntos ligados à área e ser persistente também é fundamental. Antes de qualquer decisão na vida, coloque Deus em primeiro lugar. Sem ele nada somos, nada prevalece.”

pulso firme, determinadas”. Quando o assunto é direito da mulher,

Bel acredita que os governantes poderiam fazer muito mais como

mais apoio na construção de creches e licença maternidade prolon-

gada. No caso de liderança feminina, Bel acha que as mulheres estão

preparadíssimas para cargos de comando e chefia. Ela cita a presi-

dente Dilma como uma referência e também algumas ministras. “O

cargo de chefia requer qualidades que nem todas pessoas possuem,

mas as mulheres vem demonstrando grande habilidade”, destaca

Bel. Com um histórico de muita luta e sucesso, Bel Lima diz que mui-

tos desafios surgem diariamente como conciliar a vida de mãe, es-

posa e profissional; mas nada que a faça desanimar. Assim ela segue

administrando uma empresa que exige muita cautela, seriedade,

trabalho e fundamentalmente bom gosto para atender o exigente

e crescente público feminino. A bem sucedida estilista, assim como

outras mulheres empreendedoras que já foram entrevistadas pela

revista, deixa dicas para quem quer alcançar sucesso profissional e

conseguir conciliar a profissão com as questões pessoais e familia-

res. “Seja, primeiramente, determinada. Depois, procure ter conhe-

cimento da profissão que escolheu. Ter domínio de assuntos ligados

à área e ser persistente também é fundamental. Antes de qualquer

decisão na vida, coloque Deus em primeiro lugar. Sem ele nada so-

mos, nada prevalece.”

“TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE.”

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Bel Lima

Fábrica: Av. Antônio Frederico Ozanan, 203 - SionVarginha - MG - Tel.: 35 3223.8700

Loja: Deputado Ribeiro de Rezende, 393 - CentroVarginha - MG - Tel.: 35 8893.1104

Page 40: Revista Bem Viver - 9ª Edição

“Nasci para fazero que faço.”

Em um país onde mais de 40 mil mulheres morreram assassinadas nos últimos 10

anos, Angela Furtado Braga escolheu uma profissão que exige, além de dedicação e envolvimento, uma coragem que muitas pessoas talvez não tivessem. Ela é a delega-da da Delegacia da Mulher em Varginha com um currículo de mais de 20 anos dedicados à Polícia Civil. Uma jovem e linda mulher de 42 anos que ocupa uma sala modesta, com decoração simples e às voltas com vários pro-cessos de agressão. Mesmo num ambiente que a princípio pareça hostil, Angela mantém uma energia positiva, característica das mu-lheres de bem com a vida e bem resolvidas. Talvez seja este o segredo já que o ambiente não a tornou uma mulher dura e insegura, longe disso. A mulher capaz de demonstrar imensa sensibilidade, como se emocionar ao falar do filho, também é capaz de ter deter-minação suficiente para não omitir suas fir-mes opiniões a respeito de agressão, cumpri-mento da lei e até pena de morte. Admirável, para não dizer invejável.

Como você escolheu sua profissão?

Meu pai era delegado em Divinópolis, onde

nasci. Vivi nesse universo a minha vida toda.

Aos 12 anos já tinha lido toda coleção de Aga-

tha Christie e Hitchcock. Eu acho que aquele

período romântico na adolescência para mim

durou só uns dois anos (risos). Ou eu seria

policial ou jornalista investigativa. Comecei

como escrivã, aos 19 anos. Passei por Oli-

veira, Belo Horizonte e hoje estou aqui em

Varginha.

Você sentiu algum tipo de dificuldade

por se tratar de um universo ainda mui-

to masculino?

Nenhuma. Eu às vezes me considero mais ho-

mem que mulher. Eu faço o que eu gosto e

sempre senti que meus colegas me respeita-

vam e confiavam em mim e no meu trabalho.

Acho mais fácil lidar com homem que mulher.

E você nunca se sentiu cobrada para ser

mais feminina?

Nunca. Eu sei quando tenho que ser mais

feminina. Eu conheço muita mulher que é

super feminina e não consegue um compa-

nheiro. Eu, com esse meu jeito, já casei duas

vezes e hoje estou namorando. Isso sem nem

saber cozinhar. (risos)

Você disse que tem um filho de 18 anos. Ele

aceita sua profissão numa boa?

Meu filho é um ser humano maravilhoso.

Ele já me disse que acha estranho porque as

mães dos amigos dele tem livros de auto aju-

da na cabeceira da cama e eu tenho revista

de armas. Mesmo assim ele procura me en-

tender e respeitar meu trabalho, assim como

ele respeita todo ser humano.

A mulher que defende as mulheres

Entrevista

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Page 41: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Você já foi ameaçada alguma vez? Tem medo de morrer?

Tenho muito medo de morrer. Não quero ir antes dos 100 anos de jeito nenhum. Mas não tenho um pingo de medo de ameaça. Eu acredito em Deus e acho que seria injus-to morrer assassinada porque eu procuro ser uma pessoa correta.

Quais as maiores dificuldades que você en-frenta no exercício da profissão?

Falta de estrutura no serviço público e a falta de testemunhas. Às vezes a pessoa vem pro-curar nossa ajuda mas não tem coragem de testemunhar contra o agressor.

Você diria que quantos casos hoje em Vargi-nha são graves em relação à agressão contra a mulher?

Nós atendemos cerca de 40 mulheres por mês aqui na delegacia. Sinceramente, cerca de 70% dos casos poderiam ser resolvidos sem nossa ajuda. Tem muita mulher que vem aqui e eu digo francamente que elas não pre-cisam nem da delegacia nem da polícia, elas precisam de um chaveiro. Em alguns casos basta trocar a fechadura da casa, mas muitas não têm coragem ou tem medo de escândalo e vem procurar a delegacia.

E você acha que esses casos que não são tão graves comprometem os outros?

Comprometem. Se a mulher vem denunciar nós não vamos correr o risco de pagar pra ver se é verdade ou não. Nós temos que cumprir a lei.

E quanto à lei Maria da Penha, você acha que ela tem falhas?

Não, ela é muito boa. O problema é que hoje nós não temos toda a estrutura que a lei pre-vê. A lei por exemplo prevê abrigo para as mulheres sob ameaça e isso não consegui-mos garantir por falta de estrutura e apare-lhamento do estado.

Qual foi o caso que mais te chocou na carreira?

Foi o caso da Adriele, aquela menina de Varginha que foi morta pelo namorado com ajuda da amante. Na época meu filho tinha a mesma idade, 17 anos. Era uma menina boa, não se envolvia em confusões, era boa filha. Seu único erro foi se envolver com o menino errado. Ela estava grávida e foi morta bru-

talmente e enterrada em um cafezal. A mãe registrou a queixa em um dia e nós consegui-mos comprovar que ela estava morta um dia antes. Se a mãe tivesse registrado queixa a tempo e eu não a tivesse encontrado, ia me sentir culpada pelo resto da vida.

E como essa menina que conheceu o cara errado, outras também podem passar pela mesma situação. Você acha que existe um perfil de um agressor ou assassino?

Se tratando do ser humano é muito difícil definir mas minha experiência me mostra que sim. Os agressores, a maioria das vezes, tem algumas características semelhantes: o envolvimento com drogas, inclusive o álcool, não gostam de estudar nem de trabalhar e são agressivos também com familiares e ami-gos. Outra coisa importante é quando um pai ou mãe não gosta do parceiro da filha. Pou-cas vezes a família está enganada. Se sua mãe disser que o cara não é bom, dê um voto de confiança pra ela.

E a mulher, existe um perfil das mulheres que sofrem agressão?

Na maioria das vezes são mulheres de pouca escolaridade, baixa renda e que dependem financeiramente dos companheiros. Mas também existem casos em que as mulheres tem curso superior, independência financeira e mesmo assim se calam quando são agre-didas. Uma amiga psicóloga, que trabalha no Fórum, diz que até essas mulheres mais instruídas se calam em troca de alguma recompensa. Nós podemos não entender mas para elas é melhor ser agredida que perder o status de mulher casada, por exemplo. Na cabeça delas é um bene-fício.

Você é a favor da pena de morte?

Sou. Sou católica, contra o aborto, mas a favor da pena de morte. Lugar de bandido é no cemitério. Eu falo isso no caso de crimes hediondos. Eu não acredito que a pessoa mude. Esse marginal tem que ser tirado do convívio da so-ciedade. As pessoas de bem

não podem virar reféns. Hoje todo mundo vê que as penitenciárias não comportam mais os bandidos e eles custam caro para o estado e a maioria das vezes são reincidentes.

Qual seria sua mensagem para as mulheres que estão lendo essa matéria agora e que passam ou conhecem mulheres que passam pelo problema da agressão?

Eu costumo dizer que o casamento ou os relacionamentos não surgem para serem su-portados. Tem muita mulher que vem aqui e fala que o companheiro é ruim, mas ela su-porta. Ninguém tem que suportar ninguém, nós nascemos para a felicidade. E para que as mulheres se conscientizem eu digo que a primeira surra é culpa do agressor, a segunda é da vítima. Delegacia da Mulher

A delegacia da mulher trabalha apenas com denúncias. Denuncie! Tel 181Pça. João Gonzaga, 91 – Centro – VarginhaOu na Polícia Militar pelo 190

Abril 2013 41

A delegada das mulheres

Page 42: Revista Bem Viver - 9ª Edição

Informação

Recentemente a Câmara de Deputados aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das domésticas. Essa proposta vem

garantir e ampliar alguns direitos aos trabalhadores domésticos. Durante muito tempo esses trabalhadores não tinham seus diretos assegurados, o que muda com a implantação da PEC. O texto já foi aprovado pela Câmara e também promulgado pelo Congresso no início de abril.

A nova proposta afeta qualquer trabalhador que realize suas ativi-dades em ambiente residencial e familiar com vínculo a partir de três dias por semana. Entre eles, estão profissionais responsáveis pela limpeza da residência, lavadeiras, passadeiras, babás, cozinheiras, jardineiros, caseiros de residências na zona urbana e rural, motoris-tas particulares e até pilotos de aviões particulares.

Para a doméstica, Leila Moreno, os novos benefícios trarão mais segurança e valor a sua profissão. “Gosto muito de ser doméstica, mas antes me sentia um pouco desmotivada em continuar sem ter alguns benefícios. As vezes me sentia insegura e com vontade de procurar outro emprego. Agora fico feliz pelo reconhecimento e com certeza, trabalharei ainda mais feliz”, comemora. Leila trabalha em casa de família há mais de 8 anos e nunca pôde usufruir dos direitos normais a qualquer profissional.

Saiba quais os direitos queos empregados domésticos passarão a ter:

- Jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais- Seguro-desemprego- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)- Garantia de salário mínimo- 13º salário- Hora extra- Férias remuneradas- Redução aos riscos de saúde por meio de normas de higiene e segurança- Reconhecimento de acordos coletivos de trabalho- Proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil- Proibição de discriminação do trabalhador portador de deficiência- Proibição do trabalho noturno a menores de 18 anos- Indenização por demissão sem justa causa- Benefício salário família para trabalhadores com ganhos até R$ 971,78- Auxílio escola e creche para filhos com até cinco anos

Saiba quais os deveres queos empregadores passarão a ter:

- Registrar o trabalhador na carteira de trabalho- Remunerar período de férias- Recolher FGTS junto à Caixa todos os meses- Determinar jornada fixa de trabalho semanal- Pagar 13º salário- Pagar hora extra- Reconhecer acordos coletivos- Pagar salário família em razão do dependente do trabalhador de baixa renda- Pagar adicional noturno- Indenizar o trabalhador em caso de demissão sem justa causa- Pagar auxílio creche

Trabalhadores domésticos têm agora seus direitosgarantidos

Carreira e Trabalho

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Por Vanderlei Junior

Veja no quadro, quais são os direitos e deveres que os empregados domésticos passarão a ter.

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Juliana Juvêncio

Como viajartodo anoganhandoapenasum saláriomínimo?

Boa Viagem

Pra quem acha que viajar é coisa de rico vai aí o exemplo da Ju-liana Juvêncio, que tem 25 anos e é babá. Ganhando um salário

mínimo por mês, Juliana diz que já conheceu Aracaju, Santa Catari-na e está quase de malas prontas para Porto Seguro.

Juliana, que é de Boa Esperança, veio para Varginha para tra-balhar e sua primeira viagem foi a trabalho. “Para Aracaju fui com meus patrões. Nessa viagem fui a trabalho e não tive como sair mui-to, mas ali já me despertou uma vontade muito grande de conhe-cer outros lugares.” Foi então que Juliana decidiu fazer uma viagem para Santa Catarina, para a casa de uma amiga. Ficou seis dias no estado e conheceu Balneário Camboriú, Itajaí e as praias Brava e Navegantes. “Achei as pessoas lindas. Os lugares eram bonitos e as pessoas mais ainda. A cidade muito limpa e o atendimento aos tu-ristas excelente”, diz Juliana.

Agora a babá está preparada para conhecer Porto Seguro. Ela diz que as viagens foram todas contratadas em uma agência e dá a dica: “tudo fica mais fácil quando é através de uma agência de viagens. Eu não sabia nem pegar um avião. A agência te dá toda assistência e tem motorista te esperando na porta do aeroporto”.

Juliana diz ainda que viajar é uma questão de planejamento. “Eu não deixo de fazer nada. Saio, compro roupas, mas junto R$ 100,00 todo mês só para investir em viagens”. A moça que também é es-tudante de direito e cursa o terceiro período da faculdade, diz que mesmo tendo cartão de crédito preferiu fazer o pagamento através de boleto. “Meu limite é pequeno, então preferi pagar mensalmen-te no boleto. Só sugiro que as pessoas paguem antes de viajar, que aí o dinheiro sobra mais para a viagem sem você se comprometer com dívidas”.

No final da entrevista Juliana se despediu dizendo que ainda vai viajar muito, porque é uma coisa que ela adora fazer. Não resta a menor dúvida já que, mesmo viajando para Porto Seguro, ela está planejando economizar mais dinheiro para a próxima viagem que será para Buenos Aires, na Argentina.

Uma babá diz que viajar todos os anos é possível até para quem ganha pouco

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Arquitetura

Para os técnicos, acabamento na construção civil é o arremate final da estrutura e dos ambientes da casa feito com os diversos

revestimentos de pisos, paredes e teto. Já para os leigos, é simples-mente o “tchan” final que sua casa vai ter.

Desta maneira os materiais de acabamento de uma maneira ou outra são importantíssimos para que a casa tenha esse toque todo especial. Os acabamentos tem que estar alinhados com o estilo da casa e para isso a escolha desses materiais deve ser feita tanto para projetos novos como para ambientes a serem reformados.

Hoje em dia está muito em alta o uso de acabamento para piso de porcelanato, tanto os tradicionais como os que aparentam madeira. Em lojas de material de construção existem varias opções de cores e desenhos. Para otimizar os custos, a sugestão é que se use o mesmo material em todos os ambientes, pois existem muitas sobras de ma-terial por conta dos recortes feitos na hora do assentamento do piso.

Outra dica para acabamento de piso na área externa é o uso de piso antiderrapante, mais seguro para a circulação e de fácil acesso às rampas, inclusive de garagens.

Para as paredes, os azulejos em tons neutros possibilitam o uso de pastilhas e desenhos feitos com tons mais fortes podendo fazer de um banheiro, por exemplo, um ambiente super descolado.

Já para o teto, o uso de gesso da um acabamento sofisticado. Com a iluminação embutida, dá um charme todo especial, seja ele todo em gesso ou somente com uso das molduras. O importante é usar e abusar da criatividade aliada aos materiais de acabamento com tecnologias sofisticadas e que hoje estão no mercado para to-das as classes sociais.

Não esquecendo que atrás de todo bom material vem sempre um bom profissional de acabamento.

Aryanne Ribeiro

Arquiteta e urbanista

Especialista em estabelecimentos assistenciais de saúde

Acabamento de ambientes

Viva Bem

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A os 26 anos e prestes a lançar seu primeiro trabalho solo, Valentina Mangiapelo está em uma das melhores fases de sua vida pro-

fissional. Com 10 anos de estrada a varginhense diz ter encontrado sua maturidade musical após ter se apresentado muito tempo em banda baile, pubs, festas particulares e em bares de toda região.

“A banda baile foi, sem dúvida, uma escola pra mim. Ter que cantar vários estilos musicais fez com que eu perdesse os pre-conceitos. Eu encontrei meu estilo exatamente por ter interpre-tado todo tipo de música”.

A família também foi sem dúvida uma forte influência no estilo de Valentina. Vinda de família de músicos, ela conta que em casa eram realizadas rodas de viola aos fins de semana onde o avô tocava violão e a mãe acordeão. “Na minha casa sempre se ouviu muito Ro-berto Carlos, Maria Bethania, Elis Regina. Eu cresci ouvindo grandes nomes da MPB”.

Misturando estas influências a grandes nomes da atualidade

como Ana Carolina, Adriana Calcanhoto, Oswaldo Montenegro e

Humberto Guessinger (Engenheiros do Hawai), a cantora varginhen-

se diz ter encontrado o estilo dentro da MPB. “Eu toco MPB só que

com um ritmo mais swingado”, diz a musicista.O CD intitulado “Âmago” será lançado com 12 músicas autorais e

com participação de músicos da região. O lançamento está previsto

ainda para este ano de 2013 com um grande evento. “Eu me preocupei

muito em expor toda a minha verdade e contar um pouco de tudo que

eu vi e vivi nesses anos de carreira”. O trabalho tem o apoio da lei mu-

nicipal de incentivo à cultura e foi aprovado em 2012.

Além do CD e DVD, Valentina também usa da internet para di-

vulgar seu trabalho e até decidir sobre algumas composições. “Acho

que a internet revolucionou a forma como o artista pode disponibi-

lizar seu trabalho e ter acesso ao público. Alguns trabalhos eu lan-

ço antes na rede e sinto a resposta do público. Se tiver uma reper-

cussão legal, quer dizer que estou indo no caminho certo”. Mesmo

com respostas positivas a cantora diz que a internet, embora rápida,

também precisa de amadurecimento.

Quando perguntada sobre o mercado musical para mulheres,

Valentina diz que as mulheres ainda são um diferencial. “Há mais

homens que mulheres na música brasileira. Não acredito que haja

preconceito, apenas que menos mulheres se aventuram. Em função

disso, as cantoras e compositoras, hoje, são valorizadas”.

Facebook: Valentina Mangiapelo

A função da arte é

despertar reações

Valentina mangiapelo

Viva Cultura Música

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