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Estar em equilibrio consigo e com o mundo é a principal busca do ser humano, isso chama-se "qualidade de vida" e esse é o tema da Revista Bem Viver. Trazer para dentro de sua casa, de forma leve, assuntos que ajudem você a melhorar sua qualidade de vida. Boa leitura

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EDUCANDO LIMPEZAARTE DE

PROJETOS

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2008

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SEM LIMITES

A revista BEM VIVER é umapublicação quadrimestral daConstrutora Pereira Alvim.Av. João Fiusa, 2777Tel. 16 3515 5151Ribeirão [email protected]

Coordenação: Ana Maria Machado

Agência: N.Case Comunicação

Editor/Jornalista Responsável:Godi Júnior - MTB: 43.852/SP

Jornalistas: Thell de Castro eDaniel Smith

Projeto Gráfico e EditoraçãoEletrônica: Rita Corrêa

Produção Fotográfica:Ana Maria Machado e Rita Corrêa

Fotógrafo Responsável: Paulo Marx

Impressão e Fotolito: Gráfica SãoFrancisco

Tiragem: 3000 exemplares

Agradecimentos: First AgencyModels e Line Gonçalves (ma-quiagem)

SENTIMENTOEGOÍSTA

PODERFEMININO

CERCADODE NEVEOBRAS

ARTE DEILUSTRAR

NEGÓCIOSINCENTIVOHOBBYGASTRONOMIAEDITORIAL

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EDIT

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AL

Nesta edição, abordamos os mais diversosconceitos de liberdade. A escolha de ser, ter,conquistar, enfim, trocar experiências, sobretudoviver. Não questionamos a escolha de cada um. Oimportante é poder exercer o pensamento, nãoimporta qual for e se ele será o melhor para o outro,mas se é essencial para você. Independência eliberdade, desde a expressão até a vaidade. Jamaisdesista dos seus sonhos, dos seus objetivos, da suavida. Ela é sua e ninguém tem o direito de mudá-la,a não ser você mesmo. Lute e ame o que você faz,seja qual for sua profissão, pois aquilo que fazemoscom paixão dá sempre bons resultados.

Portanto, confira em cada matéria um ensina-mento. Devemos ter respeito e educação pelo lugaronde vivemos. Precisamos aprender a aproveitar anatureza da melhor maneira possível. Da vida agitadae decisiva de uma mulher resolvida até o ambientecalmo e acolhedor de uma pescaria, que pode sercom a família, com os amigos ou mesmo sozinho.A vida solitária de um andarilho que escolheu viversem vínculos. Passear pelo frio do Valle Nevado ecurtir um caldo quente no inverno.

Para fechar, trazemos duas matérias que retratambem esse novo mundo. Na reportagem sobreilustração, as mudanças que acompanham as no-vas tecnologias; já na educação, tentamos sintetizaratravés de uma dica, ou seja, um remedinho bom:ter mais tempo com os filhos. Caminhe para umfuturo melhor e aprenda a conviver e a dialogar.Tenha criatividade e faça tudo com dedicação. Enfim,viva intensamente, busque novas conquistas e oque você deseja. Sempre há tempo para repensar.Seja mais livre e desperte o jovem que existe emvocê. Pereira Alvim e os seus 15 anos...

Boa leitura.

José Roberto Pereira AlvimDiretor da Construtora Pereira Alvim

Liberdadepara ser e estar

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Este é o cavalo �“Kinderovo�”. O nome foi dado pelas inúmeras surpresas que eleproporciona ao seu dono. Sempre muito brincalhão, o animal vive aprontando. Contao dono que durante um desfile de cavalos, �“Kinderovo�” se assustou com amovimentação e saiu em disparada. A poucos metros de provocar um acidente, desviousua trajetória e acertou um caminhão parado. Felizmente, o animal não se feriu. Não éà toa que agilidade e velocidade são as características mais marcantes do cavalo.

CLI

C E

M C

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Envie sua foto: [email protected]

Um animalágil e veloz

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A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.Todos compareceram. Após tomarem o café, a loucura propôs:

- Vamos brincar de esconde-esconde?- O que é isso? Perguntou a curiosidade.- Esconde-esconde é uma brincadeira em que conto até cem e depois vou procurar;

o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.- 1, 2, 3... - a loucura começou a contar.A pressa se escondeu primeiro, em qualquer lugar. A timidez, tímida como sempre,

se escondeu na copa da árvore. A alegria correu para o meio do jardim, já a tristezacomeçou a chorar, pois não achava um local apropriado para se esconder. A invejaacompanhou o triunfo e se escondeu perto dele, debaixo de uma pedra. A loucuracontinuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O desespero ficoudesesperado ao ver a loucura que já estava no noventa e nove, cem...

Gritou a loucura:- Vou começar a procurar.O primeiro a aparecer foi a curiosidade que já não agüentava mais querendo saber

quem seria o próximo a contar.Ao olhar para o lado a loucura viu a dúvida em cima do muro sem saber em qual

dos lados se escondia melhor. E assim foram aparecendo, a alegria, a tristeza, a timidez...Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:- Onde está o amor?Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurar. Procurou em cima da

montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer. Procurando portodos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um raminho dela e começou acutucar por entre a folhagem. De repente ouviu um grito. Era o amor, gritando por tertido seus olhos rasgados pelos espinhos.

A loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor eaté prometeu servir-lhe para sempre. O amor aceitou as desculpas. Desde então, e atéhoje, o amor é cego e a loucura sempre o acompanha.

Essa pequena e singela parábola traz em seu bojo um pouco do que se pensa doegoísmo. A necessidade do amor monopolizou a vida da loucura, cativando-a emtorno da culpa, responsabilizando-a pelo próprio infortúnio, mediante o pagamento detoda sua dedicação e tempo.

Logo aprendemos que a maior dor do mundo é a nossa, pois nós a sentimos. Pormais que amemos alguém, não conseguimos isolá-lo da sua dor para que nós a sintamospor ela. Creio que aí está toda a ancestralidade do egoísmo, na geração de um verdadeiroescudo pelo instinto de sobrevivência.

CO

NVI

VER Egoísta é aquela

nela e não pensa

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Egoísta é aquela pessoa que só pensa nela e nãopensa em mim? O altruísta é o que pensa em mim

sem pensar em si? E a inveja, o ciúme, a soberba,são privilégios apenas dos egoístas ao amalgamar a

raiva e infelicidade na ambivalência de sentir tristezapelo bem alheio ou alegria pelo mal do outro, num

misto de ódio e desgosto proporcionado pelaprosperidade ou contentamento de alguém? Ou mal

não é senti-las, mas cultivá-las?Questões que temos de perseguir se quisermos

entender que, entre o egoísmo e a generosidade, itenspermanentes e inerentes ao ser humano, está o justo, ondereside o ponto de equilíbrio de todos os projetos com vis-tas ao sucesso: �“Eu penso em você, com você, para nós�”.

Alain de Button nos ensina: �“O que dizer da generosidadealheia senão que apenas não se deve contar com ela�”.

É preciso coragem para vencer o medo e ousar contraa individualidade para gerar o bem comum. Lembro-mede uma cena de �“O Resgate do Soldado Ryan�”, quando ahesitação de um covarde se transforma em mortalha aobravo herói. O covarde morre duas vezes.

Quando alguém deixa de cumprir sua parte na missãoconjunta, o peso tem de ser distribuído aos demais, oque eleva os esforços individuais, colocando em riscoo objetivo inicial.

Possuímos três valores que, depois de perdidos,jamais serão recuperados: a hora que passa, aoportunidade de elevação e a palavra falada; mas trêsprogramas sublimes se desdobram à nossa frente paraajudar a nos recompor: amor, humildade e bom senso,além de lembrar que jamais devemos culpar alguémpor aquilo que nos acontece, pois somos osresponsáveis diretos por tudo de bom ou de mal quesurgir em nosso caminho, lembrando ainda que todosnós somos egoístas, mas não gostamos de assumir.

Dr. Régis Vianna - Psiquiatra

pessoa que só pensaem mim?

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EST

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Esportes de aventura ganham cada vezmais adeptos

Os esportes de aventura, que antigamente eram conhecidos como esportes radicais,surgiram no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. O nome foi alterado paradiminuir os preconceitos e, com isso, aumentar o número de praticantes, tornando-osmais populares. O grande diferencial dessas atividades é a possibilidade de praticá-lasem muitos lugares, já que são diversas as modalidades ligadas à natureza.

Praticados em terra, água e ar, os amantes de aventura descobriram nesses esportesuma maneira de trabalharem seus limites e desafios. Outro fator importante é que,geralmente, essas modalidades são praticadas em grupo, ou seja, o companheirismoestá presente o tempo todo. Além de excelentes atividades físicas, os esportes deaventura servem para conscientização da preservação do meio ambiente.

Na cidade de Ribeirão Preto, o ginecologista Dr. Antônio Marcos Borges de Oliveira, de 69anos, é um grande exemplo de que as atividades de aventura podem ser praticadas por todasas idades. O médico é um praticante regular de quase todas as modalidades que envolvemesses esportes. Segundo ele, faz oito anos que a sua vida mudou completamente.

�“Num certo dia, uma moça veio com a mãe para uma consulta e ela estava com umatatuagem, perguntei o que era e ela respondeu que era �‘To-Bu�’, uma filosofia de vida dosjovens orientais. Gostei muito da tatuagem e, principalmente, do seu significado, o qualrepresenta viagem, autodeterminação e liberdade. Foi aí que me aprofundei no assuntoe resolvi aderir, o que fez com que a minha vida mudasse radicalmente, tanto no contextoprofissional, pois deixei de ser um ginecologista obstetra convencional para trabalhar

Ser naturezaSer natureza

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mais com medicina alternativa, como na minha vida pessoal.Ocorreram mudanças no meu condicionamento físico, alimentaçãoe estilo de vida. Com isso, perdi 34 kg e passei de um médicosedentário para um esportista�”, conta.

De acordo com Antônio Marcos, a nossa vida é feita de 60% deconservadorismo, ou seja, de situações que não podem ser alteradascomo, por exemplo, andar nu pelas ruas, mas 40% sódependem de nós mesmos. �“É por isso que devemos criar,ousar e até mesmo atrever. A nossa vida cronológica dependede cinco coisas: sorte, genética, alimentação, ambiente e aquinta, que é a principal, cabeça, pois tudo que você buscaestá dentro dela. Temos que parar com o comodismo e coma rotina, já que isso só serve para matar as pessoas�”, finaliza.

OpçõesSão muitas as opções de aventura, mas separamos

algumas que podem ser praticadas a 65 km de RibeirãoPreto, mais precisamente na cidade de Altinópolis. Conhecidapopularmente como a Campos do Jordão da região deRibeirão, o município, que é o segundo mais alto do Estadode São Paulo, com 1.050 metros de altitude, possui 35cachoeiras, 12 grutas, cinco rios e cinco morros, o que fazcom que o clima se torne fantástico, com média anual de19º, bem diferente da quente capital do chopp.

Confira algumas modalidades de aventura que podemser praticadas.

Rafting: o rafting (do inglês raft, que significa balsa) é aaventura de descer rios e corredeiras em um bote deborracha. O rafting é um esporte ideal para quem gosta docontato com a natureza. No Brasil, quase todos os roteirossão em lugares de mata preservada ou em reservasecológicas. É um excelente exercício antiestresse.

Bóia-cross: o nome é dado para a atividade �“turística�” dedescer rios utilizando-se de uma câmara de ar de caminhão,amarrada de forma a deslizar sobre a água, levando apenasuma pessoa por bóia. A descida do rio é feita em grupo deamigos, porém não se trata de competição, mas sim umaajuda mútua para chegarem todos juntos no final.

Arborismo: popularmente conhecido como arvorismo, é umesporte que consiste na travessia de um percurso acrobáticorealizado próximo à copa das árvores, onde os praticantespercorrem um percurso suspenso, ultrapassando diferentestipos de obstáculos como escadas, pontes suspensas,tirolesas e outras atividades que podem ser criadas. Alémde árvores, postes também podem servir de base para aprática do esporte.

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ServiçoPlaneta Verde EcoturismoFone: (16) 3665-0118 / 9137-3204Endereço: Avenida Cel Antônio Justino de Figueiredo Júnior, 880, Altinópolis (SP).

Rapel: é uma técnica praticada em descida de rochas, cavernas, prédios, entre outros,utilizando-se de cordas ou cabos. No início, era aplicada em resgates e em espeleologia,para explorar cavernas.

Cascading: é uma das mais recentes modalidades de turismo de aventura. O esporteconsiste em descer uma cachoeira suspenso por uma corda, enfrentando o peso e atemperatura da água, além dos desníveis do relevo. A descida agrega técnicas deespeleologia e de escalada.

Mountain Bike: é uma modalidade de ciclismo na qual o objetivo é transpor percursoscom diversas irregularidades e obstáculos. Praticada em entradas de terra, trilhas defazendas, trilhas em montanhas e dentro de parques, esse esporte envolve resistência,destreza e auto-suficiência. É importante usar sempre o capacete.

Trekking: na tradução para o português, a palavra trekking quer dizer caminhar, trilharou andar. A modalidade nada mais é do que percorrer áreas selvagens a pé, com ousem acompanhamentos, levando o mínimo possível de equipamentos. Freqüentemente,essa atividade é utilizada para se chegar até uma cachoeira no meio do mato ou parase alcançar o topo de uma colina em que o visual é imperdível.

Cavalgada: é um esporte milenar realizado a cavalo. Tem o objetivo de transportar ohomem para caminhos belíssimos. Trata-se de uma excelente atividade envolvendohomem e animal.

Tirolesa: é uma das atividades de aventura mais emocionantes, pois, mesmo nãoexigindo esforço físico do praticante, faz com que o mesmo tenha a oportunidade desentir o prazer de voar contemplando a natureza por um ângulo diferente. A modalidadeconsiste num cabo aéreo ancorado horizontalmente entre dois pontos, no qual oaventureiro se desloca através de roldanas conectadas por mosquetões a uma cadeirinhade alpinismo. Geralmente, é praticada em campo aberto e de preferência acima de umlago, para que no final do percurso o aventureiro possa se soltar de seu equipamento ecair na água, acrescentando assim mais adrenalina e emoção ao momento.

A Bem Viver lembra que essas atividades devem ser acompanhadas por um guialocal ou organizado por uma empresa competente da área, para evitar maioresproblemas e acidentes.

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Os caldos são boas pedidas em diversas ocasiões durante o ano, mas em uma cidadequente como Ribeirão Preto, essas delícias são apreciadas especialmente no inverno. Aestação mais fria do ano acaba fazendo as pessoas aproveitarem mais o aconchego do lar,assistindo a um filme, ouvindo música ou curtindo um hobby, por exemplo. Então, nadamelhor que um caldo bem quente, e de preferência light, pois junto com o inverno vemum natural aumento de apetite, também em virtude do clima frio.

Muita gente não sabe, mas existem diferenças entre caldos e sopas. Segundo a nutricionistaBianca Montagnana, de Ribeirão Preto, a definição moderna de sopa e caldo foi estabelecidano século 18. Antes, no século 17, quando foi inventada a colher, a sopa tornou-se popularna Europa. �“As sopas geralmente são mais líquidas, enquanto os caldos são mais encorpadose contêm ingredientes sólidos�”, explica. �“Os caldos são cozinhados em recipientes fechadospor um período de tempo maior, com fervura leve e menos água�”, completa.

Como o consumo de alimentos quentes aumenta a temperatura corporal, os caldostambém servem para aquecer o corpo e o coração dos mais necessitados, na maioriados casos através de pessoas e entidades beneficentes.

Além de fornecer os nutrientes necessários para o ser humano, os caldos funcionamcomo verdadeiros remédios caseiros para gripes e resfriados. Quem nunca tomou umcaldo preparado pela mamãe ou vovó quando estava com uma gripe daquelas?Segundo os especialistas, o caldo funciona porque os líquidos quentes colaborampara aumentar o movimento dos cílios pulmonares, ajudando na expectoração.

Aquecendo o corpoAquecendo o corpoe o coração

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CALDO VERDEIngredientes• 2 batatas médias• 1 tablete de caldo degalinha• 1 colher de sopa de óleo• 1 colher de sopa de sal• 5 xícaras de chá de água• 1 xícara de chá de couvemanteiga cortada em tiras• 1 lingüiça calabresa defu-mada cortada em rodelas

Modo de preparoNa panela de pressão, co-loque a batata, caldo de gali-nha, óleo, água e sal. Cozi-nhe por cerca de 10 minu-tos até a batata desman-char. Em seguida, bata tu-do no liquidificador. Acres-cente as rodelas de calabre-sa e ferva. Desligue o fogoe adicione a couve manteiga. Na hora de servir, coloque um fio de azeite ou croutons.Fonte: Portal Tudo Gostoso (www.tudogostoso.com.br)

Um dos caldos mais famosos é o caldo verde. O prato, que geralmente tem 165calorias, veio de Portugal e ganhou temperos brasileiros. É feito com batata, couve elingüiça e, por isso, possui carboidrato, fibra, gordura e proteína. �“O melhor é consumiro caldo verde como refeição única�”, afirma Bianca.

Os melhores vegetais para o caldo são: cenoura, cebola descascada,aipo, abobrinha, batata, salsa, batata doce e abóbora;

Se quiser usar ingredientes diferentes, experimente colocar pedaçosde maçã ou pêra;

Você pode fazer o caldo com vegetais e sobras de cascas;

Batatas tendem a turvar o caldo e devem ser usadas em quantidadespequenas;

Para intensificar o sabor e a cor do caldo, refogue os vegetais em umpouco de manteiga antes de juntar a água;

Não misture vegetais de sabor acentuado da família do repolho, comobrócolis e couve-flor, ou de cores muito fortes, como repolho roxo,beterraba e espinafre;

Escolher e lavar muito bem os vegetais;

Muito tomate ou frutas cítricas podem fazer talhar um caldo que leveleite ou creme;

DICAS PARA TORNAR O CALDO IRRESISTÍVEL

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A força

O poder feminino na decisão de compra cresce a cada dia. Estudos mostram que,entre os casais, na hora de escolher bens como imóveis e carros, os homens sãofortemente influenciados pelas esposas. Eles até olham, mas só fecham o negóciodepois que elas dão o aval, constatam especialistas no setor imobiliário.

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Pesquisas mostram que o poder de decisãodas mulheres na hora da compra cresce acada dia e é maior do que se imagina

A forçada mulher

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Todos já sabem dogrande poder de com-pra que elas possuem,mas, de acordo compesquisas, essa forçaconsumista e de influ-enciar é muito maiordo que a grande maio-ria imagina. As mulhe-res respondem peloconsumo de 94% dosmobiliários domésti-cos, 92% de pacotesturísticos, 91% dosimóveis, 88% dos ar-tigos de luxo, 50% doscomputadores e esco-lhem 42% dos carrosnovos.

Os dados vêm depesquisas realizadaspor consultorias eempresas de váriossetores da economia. Trata-se de uma tendência global e os últimos números revelamque o mercado brasileiro se aproxima muito da realidade européia e norte-americana.Essa força feminina, nas maiores economias do mundo, está umbilicalmente ligada àascensão da mulher no mercado de trabalho.

Outro fator de destaque é o crescimento do número de imóveis vendidos parasolteiros, ou melhor, paraas solteiras. Em 2005, decada 100 propostas denegócio, 40 eram de mu-lheres, 30 casadas e 10solteiras; já em 2008, onúmero de solteiras quecompram imóveis au-mentou, já que muitastêm recursos financeirospróprios e nem precisamda ajuda familiar paraadquirir o bem.

Nos Estados Unidos,as solteiras ultrapassa-ram os solteiros na horada compra: respondempor 21% das aquisiçõesde imóveis, contra 9%dos homens, segundoum estudo da NationalAssociation of Realtors.

Portanto, se os mari-dos pensam em comprarum presente de luxo paraas companheiras, é me-lhor pensar um poucoantes de gastar, pois, ca-da vez mais, são elas quedecidem o que queremganhar.

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Arquitetura:a arte

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Arquitetura é, antes de tudo, construção, porém de forma concebida, ou seja, como propósito primordial de ordenar espaços para determinada finalidade, visando umaintenção. De acordo com o dicionário Aurélio, arquitetura significa �“arte de criar espaçosorganizados e animados, por meio do agenciamento urbano e da edificação, paraabrigar os diferentes tipos de atividades urbanas�”. A origem da palavra vem do grego�‘arché�’ que significa �“primeiro�” ou �“principal�” e �‘tékton�’, significando �“construção�”, erefere-se à arte ou a técnica de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano.

Apesar de sua definição, o mundo da arquitetura é complexo e propício a alteraçõesde forma acelerada. Com isso, buscamos uma explicação um pouco mais aprofundadasobre o termo, já que a arquitetura depende, necessariamente, da época da suaocorrência, do meio físico e social, da técnica decorrente dos materiais empregados e,finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização daobra ou do programa proposto.

O estudo da história da arquitetura está relacionado à história da arte. As primeirasobras arquitetônicas e os primeiros monumentos surgiram ainda durante a Pré-História,quando o homem começava a dominar a técnica de trabalhar a pedra. O abrigo, comosendo a construção predominante nas sociedades primitivas, foi o elemento principal daorganização espacial de diversos povos. A presença desse elemento no inconsciente coletivofoi tão forte que fez com que ele marcasse a cultura de diversas sociedades posteriores.

Nos dias atuais, o abrigo ainda continua sendo o principal elemento da arquitetura.As casas e os apartamentos são exemplos clássicos. A grande diferença é que nos

Os profissionais da arquitetura trabalhampara realizar o sonho das pessoas

Arquitetura:a arte

de construir

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tempos antigos, apenas a segurança era trabalhada; hoje, também entram o confortoe as necessidades do homem, com o objetivo de facilitar o dia-a-dia, no interior da suaresidência. A arquitetura ganhou o complemento da decoração do ambiente, iluminação,paisagismo, urbanismo e design.

Os profissionais da arquitetura trabalham para realizar o sonho das pessoas. SegundoRui Spinelli, arquiteto da Construtora Pereira Alvim, o profissional tem que ouvir muitopara aprender. �“Para ser arquiteto, é preciso ser um grande receptor de informações,estar aberto às novas tendências e ouvir o que os clientes estão querendo�”, explica. �“Ogrande diferencial da Pereira Alvim é ter produtos para todos os estilos e segmentos.Aqui, trabalhamos com a identidade do cliente, ou seja, ele faz parte do nosso trabalhoe tudo que produzimos é pensando nos mais variados estilos de vida. Somos umaverdadeira família, cada um no seu estilo, mas todos unidos�”, completa.

Principais arquitetos da históriaOscar Niemeyer, Ruy Ohtake, Renzo Piano, Kisho Kurokawa, Richard Meier,

Norman Foster, Frank Lloyd Wright, Santiago Calatrava, Gaudi, Marcos VitrúvioPolião, entre outros.

O mais antigo tratado arquitetônico de que se tem notícia, e que propõe umadefinição de arquitetura, é o do arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião. Em suas

palavras: �“A arquitetura é uma ciência, surgindode muitas outras, e adornada com muitos evariados ensinamentos: pela ajuda dos quais umjulgamento é formado daqueles trabalhos quesão o resultado das outras artes�”.

A definição de Vitrúvio, apesar de inseridaem um contexto próprio, constitui a base parapraticamente todo o estudo feito dessa arte, epara todas as interpretações até a atualidade.

A interpretação de Leonardo da Vinci dohomem de Vitrúvio sintetiza uma série deideais a respeito da relação do homem com ouniverso. Da mesma forma, ela está associadaà arquitetura, tanto quanto um instrumentode projeto quanto como um símbolo.

Na obra de Vitrúvio, definem-se três oselementos fundamentais da arquitetura: afirmitas (que se refere à estabilidade, aocaráter construtivo da arquitetura), a utilitas(que originalmente se refere à comodidade)e a venustas (associada à beleza e àapreciação estética). Desta forma, e segundoesse ponto de vista, uma construção passaa ser chamada de arquitetura quando, alémde ser firme e bem estruturada (firmitas),possuir uma função (utilitas) e for,principalmente, bela (venustas). Há que senotar que Vitrúvio contextualizava oconceito de beleza segundo os conceitos

clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história,um dos elementos mais polêmicos das várias definições da arquitetura.

História

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Pereira Alvim:

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BEM

Há 15 anos, a Construtora Pereira Alvim vem se dedicando à construção civil deuma maneira inovadora. Responsável por construir patrimônios e criar verdadeiroscartões-postais na cidade, a empresa faz questão de manter a qualidade e o primor emtodos os detalhes. Desde a construção até a entrega de seus empreendimentos, aPereira Alvim é uma empresa diferenciada.

Com organização e limpeza em suas obras, a construtora tem uma imagem decredibilidade e competência. Tudo isso agregado ao trabalho e respeito com seusclientes. Não é difícil reconhecer uma obra da empresa: basta fazer uma visita emqualquer uma das suas construções, que você irá perceber a diferença.

Esse conceito de qualidade e limpeza é passado a todos os funcionários que trabalhamnas obras da Pereira Alvim. Tanto é que, por volta das sete da manhã, antes de começaremo trabalho, esses profissionais são reunidos para uma palestra, onde são passadas instruçõesde como manter a obra agradável para quem vai visitá-la e também para eles próprios, jáque trabalhar num ambiente limpo e organizado é fundamental. Além disso, regras enormas de segurança fazem parte do dia-a-dia desses trabalhadores. Logo após as

Pereira Alvim:construindo

patrimônios

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instruções, para começarbem mais um dia, é reali-zada uma oração.

Sempre utilizandomateriais de primeiraqualidade, a construtoramantém firmes as suasparcerias, exigindo dasmesmas o padrão queseus clientes e futurosmoradores já esperam.Mais do que garantir amodernidade em seusprojetos, a PA não abremão dos pontos fortesque colaboram paramanter firme o seu ali-cerce, que se baseia em qualidade do começo ao fim. Portanto, na certeza de estarconstruindo um patrimônio, a empresa agrega valor em cada detalhe da obra.

Programa Obra LimpaHá dois anos, a Pereira Alvim iniciou um programa

de limpeza e reciclagem de lixo em suas obras. Oprojeto começou a ser praticado durante a construçãodo condomínio Laranjeiras, sendo estendido, em se-

guida, para o EdifícioSequóia. Com o sucessoe o retorno da iniciativa,a Construtora agora querlevar o programa de lim-peza para seus futurosempreendimentos.

Além de deixar o lo-cal de trabalho cada vezmelhor, o programa tam-bém busca incentivar oscolaboradores. De acordocom Francisco Galli de Oliveira, auxiliar técnico de segu-rança da Pereira Alvim, o dinheiro arrecadado nasreciclagens e nas vendas dos materiais é revertido para

eles mesmos. �“Dessa forma, todos os profis-sionais da obra, incluindo os terceirizados,ganham refrigerantes e sobremesa no al-moço�”, conta.

Segundo o auxiliar, os resíduos de lixolimpo, ou seja, aqueles que não possuemgesso, como papel e plástico, são recolhidose mandados para uma planta de reciclagemde Ribeirão Preto. É o próprio trator daconstrutora que colhe e leva o material nolocal. Já a madeira não utilizada é levadapara algumas pizzarias e padarias. Francisco,que já morou na Espanha, finaliza: �“nem porlá encontrei algo parecido�”.

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Pescaria,um momento

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Além de ser uma antiga atividadede sobrevivência, a pesca é fontede lazer para as pessoas

Pescaria,um momentopara relaxar

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A relação do homem com os peixesé tão antiga que registros históricos doséculo VII mostram que, nessa época,a pesca já tinha se tornado uma ativi-dade popular e o consumo já estavaconsolidado entre os europeus.

No Brasil, devido à excelente geografiade grandes rios e afluentes e uma extensacosta, a pesca já existia antes mesmo dodescobrimento pelos portugueses, issoporque os indígenas conheciam métodospróprios para a construção de canoas eutensílios para a captura de peixes. Outrofator importante é que o índice de doençasadvindas do estresse entre os índiosprimitivos é zero. Tudo é feito com prazere sem cobrança.

Dessa forma, com o passar dos anos,o homem moderno descobriu dentro dacultura indígena que a pescaria não eraapenas uma atividade de sobrevivência,mas sim um esporte prazeroso, ou seja,um hobby. É por isso que, não só noBrasil, mas em todo o mundo, a pescariavem se transformando, depois dofutebol, em uma paixão mundial.

Segundo Antônio Benedicto Lázaro dePina, 70 anos, professor universitário eamante da pescaria como esporte de lazer,

essa atividade trata-se de um hobby que interfere, e muito, no cotidiano das pessoas. �“Somosoutros pós-pescaria, principalmente nas atitudes comportamentais. Toda atividade prazerosatem poder relaxante. A exemplo do que se passa comigo, todos os amantes desse saudávellazer se vêem �‘obrigados�’ a se reorganizar após cada pescaria. São dois, três ou mais itens desua tralha necessitando de reparos oucomplementação. É a infra-estrutura doacampamento, do translado, as iscas, tudopensado e compartilhado com muitoprazer, pois a pescaria é, além de tudo,um momento mágico de aprendizageme, ao mesmo tempo, de entretenimento�”.

Apesar do grande número de homensque adoram pescar, as mulheres estãocada vez mais comprando equipamentose se interessando pelo assunto. De acordocom Manoel Dias Ferreira Neto, proprie-tário de uma loja de pesca, as mulheresperceberam que a pesca esportiva faz bemà saúde, já que observaram como osmaridos retornavam mais relaxadosdepois de suas pescarias.

�“Atualmente, graças à maior autono-mia da mulher, visivelmente com mais voze vez, elas não ficam em casa, comoantigamente, e têm a oportunidade de fazercompanhia aos esposos nas saídas delazer. Particularmente, a Antônia, minhaesposa, sempre foi a minha companheiraincondicional nas pescarias de curta elonga duração�”, comenta o professor Pina.

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Modalidades de pescariaComo aumenta cada vez mais o

número de pescadores no País, a RevistaBem Viver separou algumas modali-dades que existem no mundo dapesca. Confira:

Pesca esportiva �– é necessárioconhecer o comportamento dospeixes, bem como as característicasdos locais onde se pretende pescá-los. É feita com iscas artificiais, eessas são movimentadas para dar aimpressão de um peixe vivo ou qualquer outro tipode animal.

Pesca de corrico �– o barco permanece em movimento, com o motor ligado. A iscapode ser natural ou artificial. A técnica consiste em arrastar a isca a uma distânciaentre 20 e 50 cm com a embarcação em baixa velocidade.

Pesca de barranco �– a mais popular em todo o mundo. À beira de um rio, lago ourepresa é o lugar preferido para a construção de ranchos de pesca ou paraacampamentos. Os equipamentos utilizados são varas com molinete ou carretilha,

caniços simples feitos de bambuou varas telescópicas de carbono,além da tradicional linha de mão.

Pesca com mosca �– uma dasmodalidades mais antigas. Onome se deve à isca utilizada queimita insetos, confeccionadasartesanalmente com materiaiscomo pêlos, penas, fios deplástico e linhas de costura. Oequipamento é bem diferente doconvencional.

Pesca de praia �– são utilizadasvaras longas entre 2,5 e 5m; e linhafina, de modo que a isca não sejaarrastada pelas ondas e possaalcançar uma maior distância. Podeser praticada em praias fundas,conhecidas como praias de tombo,ou em praias rasas, onde aprofundidade vai aumentandogradativamente. Muitas vezes énecessário entrar na água até aaltura da cintura a fim de realizarmelhores arremessos.

Pesca de rodada �– o barco deve descer o rio ao sabor da correnteza, enquanto aisca vai se arrastando pelo fundo do rio. Antigamente usavam-se varas de bambu comlinha grossa ou linha de mão. Hoje, varas de molinete e carretilha também são utilizadasnesta técnica. Uma das opções inseridas nesta modalidade é a pesca de batida, ondepreferencialmente são usadas varas de bambu.

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Valle Nevado:,

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Já sabe onde vai passar as férias de julho? Que tal pegar um pouco de neve norosto e esquiar na região das famosas Cordilheiras dos Andes? Apenas quatro horas devôo e pouco mais de uma hora pelas estradas do Chile separam a capital paulista domais moderno e confortável centro de esqui da América Latina, o Valle Nevado.

Localizado a 3.205 metros acima do nível do mar, o Valle Nevado forma, com asestações El Colorado e La Parva, a região conhecida como �“os Três Vales dos Andes�”que, somados, contam com 10.700 hectares de terreno esquiável e 107 km de pistas.Inaugurado em 1988, e planejado em seus mínimos detalhes, conta com infra-estruturahoteleira e gastronômica, além de um moderno sistema de fabricação de neve, quegarante diversão independente das condições climáticas.

Por causa da neve de excelente qualidade e de seus 31 km de pistas, divididas deacordo com o nível de experiência dos esquiadores, o vale é conhecido como o �“ElDorado�” dos esportes de inverno, tanto que é o único lugar da América Latina a sediara Copa do Mundo de Snowboard, contando com uma pista de Border Cross e um HalfPipe, ambos homologados pela Federação Internacional de Snowboard.

A melhor época do ano para visitar o lugar é de julho a outubro, período em queocorrem os principais eventos, incluindo os esportes de inverno. Pessoas de vários lugaresdo mundo viajam a Nevado, atraídas pela neve, e também pelo conforto das acomodações,preocupação constante dos chilenos. �“O principal hotel é o Valle Nevado, com acessodireto às pistas. É praticamente onde tudo acontece; possui vários restaurantes, pubs,cinema e uma piscina aquecida ao ar livre�”, comenta André Giovanni, gerente de market-ing da agência de viagens Maktour. A região também abriga outros hotéis, como o Puertadel Sol, Tres Puntas, Valle del Sol e Valle de La Luna, todos com alto padrão de qualidade.

No vale, encontra-se gastronomia internacional em restaurantes diferentes, queoferecem em suas cartas uma ampla variedade de sabores, aromas e estilos, quepodem ser degustados a qualquer hora do dia. Pode-se, por exemplo, saborear um

Valle Nevado:um paraíso de neve

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dos pratos rápidos nos restau-rantes Slalom ou Bajo Zero, an-tes do retorno às pistas; ou umjantar no La Fourchette D�’or, queoferece comida francesa me-diterrânea; ou ainda se render àsdelícias da culinária italiana norestaurante Don Giovanni.

Ideal para amantes do espor-te, o Valle oferece, além da prá-tica do esqui, passeios em trenópuxado por cães, asa delta,parapente e para os mais ou-sados, o heliski, que transportaos esquiadores de helicópteropara montanhas de difícil acesso.Como o local oferece muitasopções de diversão, o públicotambém é muito variado: vai deprofissionais que participam decompetições até famílias inteirase casais em lua-de-mel. Todos,na verdade, buscam aventura na neve, mesmo que não sejam �‘experts�’ em esquiarmontanha abaixo.

Para conhecer o Valle Nevado e se encantar com as montanhas mais lindas daAmérica do Sul, a agência oferece pacotes a partir de cinco parcelas de US$ 322,00,para cinco noites no hotel Puerta Del Sol, com direito a café da manhã e jantar, ealgumas opções de esportes na montanha. Já o pacote para sete dias no hotel ValleNevado sai por cinco parcelas de US$ 609,00. Ambos partem de Guarulhos (SP).

Confira os principais esportes no Valle NevadoAsa Delta e Parapente: é possível sobrevoar Valle Nevado em Asa Delta ou Parapentedesde a parte mais alta do teleférico El Mirador.

Heliski e Helisnowboard: a bordo de um helicóptero, os esportistas podem subir acumes de até 4.200m e descer de snowboard e ski por vales e ladeiras inexplorados,realizando até 2.500m de desnível em neves virgens.

Snow School: mais de 50 instrutores internacionais, bilíngües, especialistas em esqui alpino,carving, snowboard e guias de alta montanha. Eles ajudam o aluno no início ou aper-

feiçoamento da modalidadeescolhida. São oferecidoscursos de todos os níveis emaulas coletivas ou particulares.

Teleférico Amdes Express:inaugurado na temporada de2001, é um dos mais moder-nos e rápidos do mundo e oprimeiro do Chile.

Pistas de Esqui e Snowboard:são 37 km de pistas, com810m de desnível e 11 meiosde elevação, sendo um tele-férico de alta velocidade, trêsteleféricos, seis teleskis e umatelecorda.

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Uma ilustração tem a função de acompanhar, explicar e acrescentar informação, ouaté mesmo sintetizar um texto. A ilustração pode ser um desenho, uma pintura, umacolagem ou uma fotografia. As primeiras ilustrações editorais em informativos foramutilizadas na Idade Média, em manuscritos, mas somente com a Revolução Industrial,quando os métodos de reprodução dos textos foram aprimorados, é que houve evolução.Atualmente, em plena era digital, existem os desenhistas e cartunistas que não abremmão do papel e lápis, e aqueles que fazem todo o trabalho no computador.

Um dos desenhistas de maior sucesso no Brasil é Maurício de Sousa. Criador daTurma da Mônica e outras dezenas de personagens, reconhecidos mundialmente, elecitou em entrevista como foi o processo de criação da Maurício de Sousa Produções,que conta com uma grande equipe de profissionais. �“Chegou uma altura em que preciseidecidir se queria ser apenas mais um autor ou se pretendia dar um passo à frente emrelação ao meu trabalho, criando, para isso, uma linha de montagem. No mundo inteiroeram poucos os estúdios a funcionar nesse sistema, sendo que o maior exemplo era oda Disney. Em cada etapa do processo, eu ia deixando algo para o estúdio fazer, e isso foibastante doloroso. No começo, eu fazia tudo, desde o argumento ao desenho, passandopelos processos de colorir, colocar as letras nos balões, todas as etapas. Aos poucos, fuideixando as coisas passarem para as mãos do estúdio. Primeiro foi a arte-final, depois osdesenhos e, por fim, os roteiros. Mas sempre estou de olho aberto e se vir algo que nãome agrada, chamo o estúdio e converso. Há personagens que ainda faço questão de sero roteirista, já que eles representam um pouco de mim. É o caso do Horácio, por exemplo�”.

A vida dos ilustradores e cartunistas ficou muito mais fácil depois da chegada e do

É cada vez maior o número de softwares quefacilitam a vida dos ilustradores e cartunistas, masnada substitui o talento

A arte de ilustrar,com ou sem computadorA arte de ilustrar,com ou sem computador

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aprimoramento da computação gráfica, com softwares como o Photoshop, quepermitem aos artistas resultados altamente profissionais. Atualmente, boa parte dosilustradores já recebe treinamento diretamente na frente do monitor.

O engenheiro civil, cartunista e publicitário César Augusto Vilas Bôas, mais conhecidocomo Pelicano, desenvolve desde 1978, com muita capacidade, humor inteligente eirreverência, cartuns e charges. Seus trabalhos já foram publicados em grandes veículos,e ele também fez animações para emissoras de televisão.

Pelicano prefere o trabalho manual, mas reconhece a influência dos computadores. �“Euuso o computador só para colocar cores e dar um trato final. O desenho é feito manualmente.Já existem mesas digitadoras que possibilitam desenhar com o próprio mouse. Acho que,daqui a pouco, a gente vai aposentar o lápis e caneta e fazer tudo digitalmente�”, afirma.

Para Cássio Scavone, o popular Manga, que faz diversos trabalhos em todo o Brasil,inclusive os cartuns que ilustram o quadro do chapéu no �“Programa Raul Gil�”, o trabalhono computador não deixa de ser manual. �“Não entendo porque o trabalho nocomputador não seria manual. Eu trabalho com o que considero a maior invenção dainformática para a arte da ilustração: um tablet, que é a caneta sensível à pressão. Comum software como o Painter, por exemplo, eu consigo chegar o máximo possível pertoda sensação de desenhar manualmente�”, explica.

Manga já trabalhou diversas técnicas e brinca que �“faz anos que não suja a mão�”. �“Já trabalheicom várias técnicas, como ecoline, pastel, aerógrafo, aquarela, bico-de-pena, etc e tal. Muitodisso ainda está presente no que eu faço, apesar da arte já nascer no monitor. Tem gente que temum traço espontâneo e gasta muito menos tempo que eu. Já outros elaboram a arte comdetalhes, e demoram mais. Mas não dá para negar que a tecla �‘undo�’ facilita a vida�”, brinca.

Rodolfo Dammagio, renomado ilustrador brasileiro que vive e trabalha nos EstadosUnidos, desenhando principalmente com a indústria do cinema, ainda prefere pintar edesenhar usando métodos tradicionais. �“Massó faço assim quando é um trabalho próprio,alguma peça de arte para colocar em casa, algopara uma satisfação pessoal�”, conta. No res-tante, se rende aos meios digitais. �“Para o tra-balho, não tem substituto para o Photoshop,que, com suas camadas, facilita para as modi-ficações feitas pelos diretores de arte dos estú-dios�”, completa.

Por outro lado, também ouvimos quem nãousa o computador para desenhar. Um bomexemplo é o dentista e cartunista Carmo VitorFanganiello, de 56 anos. �“Eu era estudante deodontologia quando comecei a publicar meuscartuns na Folha de S. Paulo. Na mes-ma época, existia uma revista cha-mada Balão, que era do pessoal daUSP, que tinha a participação dosirmãos Paulo e Chico Caruso�”, conta.No passado, Carmo também publicouilustrações em algumas revistas deSão Paulo. �“Trabalhei apenas com car-tuns, até ganhei um dinheirinho le-gal, mas depois fiquei apenas comodentista mesmo�”, explica. Ele contaque os cartuns que mais lhe marca-ram são da época da ditadura militar.�“Neste período, todos queriam dar asua contribuição, mostrando cora-gem. Lembro que criei um cartum emcima do bordão �“plante que o governogarante�”, que financiava a agricultura. Aí eu criei um personagem e em três quadrinhosmontei o meu: �‘quem semeia vento, colhe tempestade�’, �‘quem semeia idéias, colhebordoadas�’, e o terceiro era �‘plante que o governo garante�’. Lembro que, quando saiu

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na Folha, meus pais falaram: �‘você é louco, estábrincando com fogo�’. Era uma denúncia darepressão que vivíamos na época�”, explica.

Carmo não é totalmente contrário aos métodosdigitais. �“Mas, até algum tempo atrás, eu tinha orgulhode ser um analfabeto digital, já que não sou da épocados vídeos games como são os meus filhos�”, ressalta.

O fato é que o cartum manual não vai morrertão cedo e quem tem talento ganha com os recur-sos digitais. �“Não acredito que o sistema digital vaiacabar com os cartunistas manuais, pois o cartumé humor e o computador é apenas uma ferramenta.A idéia e a criatividade independe se você sabe ounão trabalhar com recursos digitais�”, conta Carmo,que tem como referência o saudoso Henfil.

�“Quanto ao futuro, depende de quanto para frenteestamos falando. Acho que vai ser difícil comprarum lápis 2B em 3227, mas as pessoas ainda vão poderdesenhar com movimentos parecidos com os nossos,independente do meio ao alcance do artista da época�”,explica Manga. �“Fiz uma capa de revista japonesa, emfunção de um salão de humor português. Com ainternet, alguém pode descobrir um artista do outrolado do mundo, que pode morar em uma favela, porexemplo. Essa pessoa pode ter contato com o quetiver vontade, absorver, misturar tudo e desenvolver aarte através de sua visão. Gente que antes não teria osmeios, por não se achar iluminado, não ter o dom dedesenhar, pode achar um jeito, e o mundo acha umartista. Mediocridade é só o efeito colateral�”.

�“O trabalho manual foi deixado de lado há muitosanos. Nada que se faça hoje em dia não termina emalguma forma digital. O computador fez uma revoluçãono campo de arte comercial e arte gráfica que real-mente deixou a mídia antiga para trás, existem tantascoisas mais práticas, eficientes e econômicas atravésdo uso dos softwares, que praticamente não vale a penafazer do modo tradicional. Mas acredito que aumentoua criatividade humana em geral. Muitas coisas que eramdifíceis de executar ou até impossíveis de fazer hoje estãono nosso cotidiano�”, afirma Dammagio. �“Trouxetambém muitas dores de cabeça. Não vamos esquecerquantas vezes desejamos jogar essa máquina pela janelaquando as coisas não funcionam de acordo�”, brinca.�“O triste é que muita gente ficou para trás, especialmenteartistas mais velhos que não se apegaram aocomputador�”, completa.

Para Pelicano, o computador facilitou muito, prin-cipalmente na área gráfica. �“Antes, mandar uma artepara o jornal ou gráfica era só em mãos ou pelocorreio. Agora, com a ajuda da internet, isso é ins-tantâneo. Não influencia em nada na criação. Quemjá tem talento, com o computador só vai aumentá-lo ainda mais�”, finaliza.

MARIACÂNDIDA

A jornalistaMaria Cândida viveum excelente mo-mento em sua car-reira. A bela, que du-rante vários anosesteve no SBT, apre-senta o �“Programada Tarde�”, diariamen-

te, na Rede Record, e assumiu recentemente o semanal�“Entrevista Record �– Música�” no canal Record News.Confira conversa exclusiva que ela teve com a Bem Viver:

O que é bem viver?Bem viver é estar contente com a vida, com o seutrabalho, em paz com seus familiares. É fazer o bem,estar sempre pronto para ajudar ao próximo. Bem viveré pensar coisas boas, emanar energias positivas e fazerao próximo o que gostaria que fosse feito a você.

Dica de músicaAmo música, amo dançar. São raros os ritmos que nãogosto. A música brasileira, sem dúvida alguma, estárepleta de excelentes trabalhos. Na minha opinião, osCDs Maria Rita �– �“Samba Meu�”; Ana Canas �– �“Amor eCaos�” e Ivete Sangalo �– �“Perfil�”, são os mais recentes emais legais que recomendaria.

Uma dica de filmeO último filme bom que assisti chama-se �“Antes dePartir�”, de Rob Reiner. O roteiro não surpreende, éprevisível. Já a história é bonita e a mensagem devida vale a pena. Mas o que vale a pena mesmo foiapreciar o Jack Nicholson e o Morgan Freemandando um show de interpretação. A sinergia delesem cena me lembrou como é bom assistir filmesaonde a interpretação faz a diferença.

Qual foi o seu melhor momento na TV?Tive muitos momentos bons. Quando estavaesperando minha filha, fiz matérias sobre gravidezdesde o terceiro mês até o parto. Outro momentomuito bacana foi quando visitei o Vietnã e entreinos túneis que os vietcongues utilizaram nasguerras. Quando apresentei programas comauditório, nossa que delicia que foi. Tem tambémas entrevistas com atores de Hollywood, a entrevista

com os Bee Gees um pouco antes da mortede Maurice Gibb e por aí vai... Tive ótimosmomentos. Mas, definitivamente, o meumelhor momento na TV é AGORA! Nuncavivi uma fase tão gostosa e tão prosperacomo essa. Finalmente estou tendo aoportunidade de mostrar o meu trabalho. Eolha que nem comecei ainda... (risos), temmuita coisa nova pintando por aí!

MARIACÂNDIDA

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Viajando pelas estradas do País não é raro encontrar pessoas com mochilas ousacos nas costas, caminhando pelo acostamento. De pele normalmente morena,castigada pelo sol, elas vão de cidade em cidade, onde param para arrumar trabalhoou simplesmente para passar a noite. Os andarilhos, como os conhecemos, são pessoascomuns, que acabam nessa situação por vários motivos, desde problemas econômicosaté desavenças e tragédias familiares. Cada um com uma história.

No site O Buscador (http://obuscador.org), o escritor catarinense Manoel Mendes,44 anos, conta sua aventura como andarilho. Mendes, um apaixonado por caminhadas�– segundo seus cálculos, já andou mais de quatro mil quilômetros �–, trilhou os 200quilômetros da BR-101, partindo de Criciúma até Florianópolis, trecho que percorreuem três noites e quatro dias. As emoções e as dificuldades enfrentadas na viagem elenarra no site, principalmente o contato que teve com quem encontrou pelo caminho.

O escritor se fez andarilho por quatro dias, e conta que pediu café da manhã, lanche, almoçoe jantar durante a viagem, e precisou desembolsar apenas R$ 6,20 no trajeto. O episódio serviupara reflexão. �“Quem não tem coragem de pedir, também não gosta de doar. Aprendi que parapedir é necessária muita coragem, e para receber, muita humildade�”, admite. Essa aventura emuitas outras ele publicou no livro �“O Buscador �– Uma aventura em Machu Picchu�”.

Uma situação vivida por todos os que vivem na estrada é a insegurança a respeitodo que vai acontecer no próximo minuto. Na grande maioria das vezes, os andarilhosganham um prato de comida, um cobertor, uma roupa usada, uma ponte ou umagaragem. �“Se não encontram, ainda podem dormir na beira da estrada, �‘mocozado�’dentro do mato, como eles dizem�”, explica Mendes.

A sina dos andarilhos sempre despertou a curiosidade do jornalista ribeirão-pretanoRenato Moraes. Ele está produzindo um documentário que busca retratar de formamais ampla o que se passa pela mente dessas pessoas.

Existem dois tipos de andarilhos: os que experimentam por aventura, para sentiremcomo é a vida pelas estradas do País, mas que têm casa, família, trabalho e, portanto,gozam de certo conforto; e aqueles que, em grande maioria, vão para as ruas e estradaspor falta de opção, por problemas pessoais que foram demais para suportarem. Mortede parentes, desavenças com os pais ou com a esposa, além de desemprego prolongadoestão entre as principais causas que os levaram a essa vida.

O caso de Ângelo Barros Rodrigues é mais ou menos assim. Vivendo pelas estradas

Conheça a saga dos andarilhos que percorremtodo o Brasil e até outros países em busca detrabalho e melhores condições

Caminhandocontra o vento...Caminhando

contra o vento...

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do País há pouco mais de dois anos, ele foi encontrado pela reportagem de Bem Viverna altura do km 148 da rodovia Anhanguera, sentido Minas Gerais. De boné, mochilanas costas, bermuda e chinelo, o rapaz de 28 anos, nascido em Ribeirão Preto, estavaindo para Delta, primeira cidade do estado mineiro após a travessia da ponte do RioGrande, a cerca de 150 km da capital do chopp.

A promessa de um trabalho oferecido pelo irmão na cidade mineira foi o principalmotivo que levou Ângelo a partir para mais uma viagem. Com fisionomia cansada e pelequeimada pelo sol, o andarilho conta que o motivo que o levou a andar errante pelasestradas atrás de emprego foi um desentendimento que teve com o último patrão, para oqual trabalhou cuidando do gado e da roça durante pouco mais de seis meses. A partir daí,resolveu que trabalharia por conta, apenas prestando serviços, onde quer que fosse.

Com esse plano na cabeça e quase nenhum dinheiro no bolso, Rodrigues foi parar emGuaraçaí (SP), onde trabalhou vendendo abacaxi nas ruas. De lá, seguiu de carona até o Rio

Grande do Sul, passando por Porto Alegre, Rosário do Sul,Uruguaiana e Santana do Livramento, vendendo abacaxis etrabalhando nas lavouras de maçã. Depois de um tempo, aceitandoo convite de um caminhoneiro que lhe dava carona, foi para MonteCarlo, no Uruguai, onde também colheu maçãs durante algunsmeses, mas precisou voltar porque não agüentou o frio.

Em suas viagens a procura de emprego, Ângelo passou poralguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentina,Bolívia, Chile e Peru. No Brasil, esteve nos Estados de São Paulo,Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sule do Norte, Minas Gerais, Pará, Acre e Rondônia. Como nãotinha profissão, o rapaz pegava qualquer serviço que aparecia.Cuidou de animais nas fazendas no sul, colheu e plantou abacaxie trabalhou como chapa. Numa carvoaria em Cáceres (MS),chegou a trabalhar algumas semanas, mas ficou muito doentepor causa das condições de trabalho, e acabou desistindo.

Em todos esses lugares por onde passou, Rodrigues dizque caminhou cerca de dois mil quilômetros. �“Uma vez euprecisei atravessar um local bem deserto no estado do Paraná.Andei durante 15 dias, de manhã até escurecer, mais ou menosuns 40 km por dia�”, conta. Apesar de ter passado por váriascidades, no Brasil e nos países vizinhos, o andarilho revela

que nunca teve curiosidade de conhecê-las. �“Quando eu entro numa cidade é paratrabalhar, não pra conhecer�”.

Nos quase dois anos andando pelas estradas, o rapaz passou por várias dificuldades,principalmente a falta do que comer. �“Já passei fome sim; muitas vezes precisei chupar canapara não morrer de fome�”, revela. Mas ele diz que gosta dessa vida, que já não conseguiriatrabalhar novamente em um emprego fixo, tendo que receber ordens. �“Quero liberdade pratrabalhar, sem ter gente pegando no meu pé�”, explica.

O rapaz preocupa-se com a saúde, tanto queprocura tomar banho todos os dias, seja em rios,lagoas ou nos postos de combustível na beira daestrada, onde geralmente ganha o bilhete que lhe dádireito a usar o chuveiro. Na mochila, carregasabonete, escova de dente e creme dental, itens quesão sempre supridos quando recebe algum dinheiro.Também integram as compras bolachas recheadase iogurtes, que são consumidos durante as viagens.

O andarilho sabe os números do CPF e RG, masperdeu os documentos faz tempo. Também não tiroucarteira de trabalho, pois sempre trabalhou no campo.Ângelo Barros Rodrigues é mais um brasileiro que,apesar de todas as dificuldades, segue adiante o seucaminho. Não tem grandes sonhos, pois a vida lheprivou disso, mas orgulha-se de sua honestidade,de nunca ter precisado roubar nada para comer.

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Educadores destacam: os pais precisampassar mais tempo com os filhos e dosar ouso de computadores

A formação de bons profissionais, com alto nível de conhecimento, competência eambição, é o que todos os pais esperam de uma instituição de ensino ao matricularemnela os seus filhos. Em um mundo globalizado, onde a competitividade é extremamenteacirrada e as mudanças são contínuas, a escola acaba se tornando um agente com amissão de produzir indivíduos cada vez mais aptos às exigências do mercado. Comotem sido o trabalho das escolas nesse contexto? Até que ponto os fatores externosdeterminam o modo como se deve educar os filhos?

Para o professor universitário Davi de Almeida Jané, algumas mudanças vêmocorrendo ao longo dos anos, porém os resultados não são totalmente satisfatórios. Oacesso à educação ficou mais democrático, novas escolas foram construídas e algunsrecursos educativos foram ampliados, como a inclusão digital. Isso fez com quepopulação carente tivesse acesso mais fácil ao conhecimento. �“Por outro lado, hámenos cobranças ao aluno, não só em termos de conhecimento adquirido, mastambém de comportamento do educando, ressaltando muito mais os seus direitos doque os seus deveres escolares�”, destaca.

Como na maioria dos lares o pai e a mãe trabalham, os jovens e adolescentesocupam-se de passatempos tecnológicos. Eles vivem a geração Orkut, Messenger ecelular; comunicam-se através desses meios, marcando encontros e trocando

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mensagens. Alguns, por não terem computador em casa, passam várias horas emlan-houses, onde jogam e conversam com amigos em salas de bate-papo.

Esse universo tecnológico pode ser prejudicial ao aprendizado desses jovens. �“Ospais devem dosar o tempo de utilização desses equipamentos. Essa troca é perigosa,pois estamos criando crianças e adolescentes que têm dificuldade cada vez maior de serelacionarem uns com os outros, de interpretar textos e dados�”, explica Mônica DanielaPadovani de Rezende, coordenadora de uma das escolas do Sesi em Ribeirão Preto.

Para Jané, os pais parecem estar mais preocupados com o que podem dar aos filhos emtermos de bens materiais ou ferramentas para ganhar a vida do que em ajudá-los na construçãode um caráter digno, que possui valores morais e éticos em extinção. �“O tempo de convivênciacom filhos deveria aumentar. Os pais, menos ocupados em ganhar dinheiro, e mais em formaro caráter dos filhos. Viagens e passeios, ou mesmo jogos e passatempos com os filhos, fariamque uma família não fosse apenas pessoas que tem uma chave em comum�”, ressalta.

Os pais também se preocupam com a violência eo uso de drogas nas escolas. O número de agressõescontra professores e entre os alunos está aumentando,da mesma forma que as drogas têm feito cada vezmais vítimas entre eles. Segundo Mônica Rezende, aescola pode contribuir no sentido da prevenção,proporcionando palestras e círculo de discussão sobreo assunto, conscientizando os alunos sobre todos osmales causados pelo seu uso. Para ela, deve-se realizarpalestras também com os pais, no sentido deesclarecer possíveis sintomas ou característica daspessoas que são usuárias.

Nessa luta contra as drogas, o esporte tem umpapel fundamental. A prática de qualquer tipo deatividade física eleva a auto-estima do jovem, alémde estabelecer normas de convivência e regras quepodem ser aplicadas no dia-a-dia. �“O esporte podeajudar na prevenção, pois a prática esportiva, por sisó, elimina o uso de drogas e ocupa parte do tempoque poderia ser canalizado para o envolvimento dealguma forma�”, explica Jané.

Globalização, novas tecnologias, vio-lência e drogas: estes são alguns dos fatoresque, se não forem tratados por pais eprofessores dedicados, podem tornar-se umtropeço na vida profissional e social dosjovens brasileiros. Os pais devem terconsciência de que os filhos precisam deatenção e acompanhamento em todos osmomentos e fases de seu desenvolvimento.�“O importante não é quantidade de horasque os pais dispõe para os filhos, mas sim aqualidade da relação que eles estabelecemdurante o tempo que estão juntos, a qualdeve ter como base o diálogo, a paciência, aconfiança e o respeito�”, destaca a psicólogaVerônica Bonísio.

A psicóloga vê no diálogo e na condutados pais o melhor caminho para evitarproblemas na juventude. �“É importante queos pais sejam exemplos, no dia-dia, de boascondutas e atitudes, para que os filhospossam construir sua personalidade eidentidade com base em valores sólidos, osquais podem contribuir para a formação de cidadãos conscientes dos seus direitos e deveresna sociedade e, conseqüentemente, tornarem-se profissionais éticos e bem sucedidos�”, conclui.

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Em Ribeirão Preto, infelizmente, a falta de consciência com o lixo é preocupante.Na grande maioria, ele é jogado irresponsavelmente nos rios, ruas e calçadas da cidade.

Esse mau hábito, além de demonstrar falta de educação e desrespeito à comunidade,contribui diretamente para as enchentes, um mal que castiga milhares de cidadãosribeirão-pretanos. Comerciantes e moradores das partes baixas dacidade, principalmente nas avenidas Jerônimo Gonçalves e Fran-cisco Junqueira, são os que mais sofrem com as cheias dosrios, um problema que se arrasta há décadas.

A falta de consciência ambiental da população, so-mada ao descaso das autoridades ao longo dos anos,pode culminar na retirada de um dos principais car-tões postais da cidade, já que as obras do projetoantienchente, que pretende amenizar o problemadas inundações ao longo da avenida JerônimoGonçalves até a rotatória Amin Calil estão progra-madas para serem concluídas ainda este ano.

As obras, que deverão ampliar os leitos doRibeirão Preto e do córrego Retiro Saudoso deoito para 14 metros, e alterar o ângulo da curvada confluência de duas avenidas, também irátirar da cidade, num primeiro momento, as maisde 100 palmeiras imperiais plantadas nosarredores da avenida Jerônimo Gonçalves. Um

Taxa de reciclagem do lixo em Ribeirão Preto ébaixa; conheça alguns exemplos de comoeconomizar recursos naturais

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duro golpe à memória de Ribeirão Preto, jáque elas fazem parte da história da cidadedesde que foram plantadas, entre 1912 e1927. Segundo informações, elas serãoreplantadas. É o que se espera, pois a tristezade perder um patrimônio como esse emconseqüência das atitudes erradas dopassado não tem preço.

Por outro lado, com algumas atitudessimples, podemos oferecer um futuromelhor para a nossa cidade. Se cada umfizer a sua parte, como na fábula do beija-flor, que ajudava a apagar o fogo na florestalevando apenas uma gota de água de cadavez em seu bico, deixaremos uma cidademais saudável para as próximas gerações.

Outras dicas: economizar os recursos naturais, não poluir e reciclar antes de descartar,são procedimentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Cada um pode contribuirfazendo a sua parte. Veja abaixo alguns exemplos:

Pilhas e baterias �– Descartadas nos lixões e aterros sanitários, pilhas e bateriaspodem vazar e contaminar o lençol freático, solo, rios e alimentos, eliminando resíduostóxicos que causam danos às pessoas e aos animais. Algumas empresas ligadas aocomércio estão autorizadas a recolher pilhas e baterias portáteis usadas e encaminhá-las para reciclagem, onde se aproveita o plástico, o metal e a borra interna.

Óleo de cozinha �– Cada litro de óleo despejado no esgoto pode poluir cerca deum milhão de litros de água e prejudicar o funcionamento das estações de tratamentode água. O acúmulo de óleos e gorduras nos encanamentos pode causar entupimentos,refluxo de esgoto e até rompimentos nas redes de coleta.

O projeto Cata Óleo, desenvolvido pelo Ladetel (Laboratório de Desenvolvimento deTecnologias Limpas), coleta o óleo das frituras dos bares e restaurantes da cidade e otransforma em biodiesel. A iniciativa, que futuramente se estenderá para toda apopulação, colabora para a preservação da qualidade das águas e ainda fornece matéria-prima para a produção do biodiesel.

Cartuchos e toners �– A Lei Municipal nº 11.267/2007 proíbe o despejo dos resíduosdecorrentes do recarregamento ou recondicionamento de cartuchos de tinta e toner narede de esgoto sanitário, galerias pluviais ou no meio ambiente.Também obriga as empresasa instalarem compartimentos para coleta e armazenamento do pó descartado e das carcaçasrejeitadas, até sua destinação final.

Lâmpadas fluorescentes �– Apesar de ser mais econômica, a lâmpada fluorescentecontém mercúrio metálico, material tóxico e nocivo ao ser humano e ao meio ambiente.

De acordo com a Lei Estadual nº 10.888, os fabricantes,distribuidores, importadores, comerciantes ou revendedoresde produtos são responsáveis pelo recolhimento, a des-contaminação e a destinação final destes resíduos.

Lixo tecnológico �– Anualmente, cerca de 40 milhõesde toneladas de computadores, discos de CD e DVD,celulares, eletroeletrônicos e eletrodomésticos vão parar nolixo e já representam 5% de todo o lixo gerado pelahumanidade. Sobre esse tema, tramita na câmara deRibeirão Preto um Projeto de Lei criado pelo vereadorGilberto Abreu (PV), que obriga as empresas que trabalhamna produção, comercialização e importação deeletroeletrônicos, a ficarem responsáveis pela destinaçãodo material descartado, devendo manter em seus esta-belecimentos, recipientes para a coleta desses produtos edepois encaminhá-los para a destinação final adequada.

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Carros antigos,

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Arte, criatividade e inovação são elementos que marcam os 15 anos da ConstrutoraPereira Alvim. A data especial será comemorada durante todo o ano de 2008 em seunovo Espaço de Negócios, que está localizado na João Fiúsa, 2777. Agora vendas eadministração estão em um só lugar.

Uma das comemorações do aniversário foi realizada no final do mês de abril. Aexposição de carros antigos do Faixa Branca - Clube do Carro Antigo de Ribeirão Preto -atraiu centenas de pessoas ao Espaço Pereira Alvim. O evento contou com mais de 30veículos expostos, das marcas Fiat, Ford, Chevrolet, Volkswagen, entre outros.

Dentre os destaques, estão a Mercedes SL 500, ano 1979, o renomado conversível alemão,paixão do cirurgião-dentista Carlos Gomes Soultello, e o MP Lafer, ano 1976, de EduardoPenteado Crosta, presidente do Clube Faixa Branca. O modelo, produzido no Brasil entre1974 e 1988, marcou época e até hoje é considerado um carro clássico e inspirador.

Venha conferir nossos lançamentos no Espaço de Negócios Pereira Alvim, tomaraquele café especial e fazer o melhor negócio.

Você vai se sentir em casa!

paixão que nãoenvelheceCarros antigos:paixão que não envelhece

Exposição de carros antigos celebra os 15anos da Pereira Alvim

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