revista pronews 48 - uma pra mim, uma pra tu: um caso de segmentaÇÃo

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7/10/2014 Revista Pronews http://www.revistapronews.com.br/edicoes/48/historia_da_comunicacao.html 1/1 revista de comunicação e marketing NE Anuncie Editorial Expediente Edições Anteriores Lista de Discussão Matérias Notas Seções Giro Giro Brasil Na Web Entrevista Ficha técnica Brainstorm A vez do cliente De olho na campanha Click Nádia Rebouças Eu recomendo Produção & CIA História da Comunicação Nome : E-mail : Estado : Cidade : Setembro de 2003 | nº 48 | Capa: Duck Comunicação UMA PRA MIM, UMA PRA TU: UM CASO DE SEGMENTAÇÃO Ivelise Gomes Satisfazer os desejos mais específicos dos leitores foi a arma utilizada pelas revistas para se imporem no mercado editorial e, por isso, correspondem a um excelente objeto de análise e estudo da sociedade, uma vez que participaram ativamente da história da imprensa e guardaram características originárias de diversos grupos sociais do mundo, durante seu desenvolvimento enquanto meio de comunicação. Com certeza, sua influência mais forte pode ser observado no começo do século, período de transformações radicais. Foi nesta época, por exemplo, que o mercado recebeu a primeira das publicações a causar a maior revolução editorial: a Marie Claire, magazine francês lançado em 1937, com capa e diagramação mais agradáveis, e nome pessoal. Então, chega a II Guerra Mundial e, para entreter a população, lançam-se as fotonovelas, histórias desenvolvidas através de fotografias e textos curtos. Anos depois, o mundo é abalado pela ousadia de Hugh Marston Hefner que lançou, em 1953, a sua Playboy, considerada a melhor e mais gostosa revista masculina. Neste mesmo período, nasceu a Time, a primeira revista mensal de informação com um bom trabalho de pesquisa e apuração sobre acontecimentos do mundo todo. Era o surgimento do processo de segmentação das revistas, que foi se adaptando, cada vez mais, aos perfis dos seus públicos, ganhando força no mercado editorial e evoluindo com o passar do tempo para o modelo atual, que abrange veículos de assuntos especializado (profissional e não profissional) e aqueles especializados em público (comportamento e generalidades). Hoje, são cerca de 65 mil títulos espalhados no mundo, que discorrem sobre diversos assuntos, mas mantêm o mesmo foco das publicações de outrora: trazer informação e entretenimento para o leitor. As revistas especializadas nunca estiveram tão em voga quanto agora. Atualmente, este universo é dividido entre dezenas de segmentos como economia, moda, decoração, saúde, jardins, informática, propaganda e bordo, fora aquelas dirigidas especificamente a homens, mulheres e adolescentes das classes A e B ("revistas de comportamento"). Além de poder de compra, esses públicos têm instrução para manter o hábito da leitura e, assim, o mercado. Por isso, a grande maioria das revistas é pensada com o objetivo de fazer o produto certo para o público certo e atingir uma circulação significativa, para defender o interesse dos anunciantes. Assim, visando interesses pessoais e representando as "posturas sexuais" de seus leitores, o produto tem conquistado nichos de mercado, antes nunca trabalhados como o público gay, por exemplo, que, até algumas décadas atrás, vivia num submundo fechado. Hoje, derrubados os muros do preconceito, conquistaram espaço na mídia com revistas próprias como a americana The List e a italiana King, depois de figurar em capas dos principais periódicos do mundo - como K.D. Lang, na Vanity Fair, em 1993. A revista de comportamento conseguiu se sedimentar no mercado editorial mundial, diferenciando-se dos demais meios pela sua capacidade de apreender as mudanças da sociedade, de forma instantânea, e criar novos conceitos de comportamento. Hoje, o periódico ocupa um papel importante na comunicação e continua crescendo, apesar das crises econômicas dos tempos modernos e do surgimento de novas mídias como a internet, a TV interativa e o papel digital. Recife . Salvador . Fortaleza . Natal . João Pessoa . Maceió . Teresina . Aracajú

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Desenvolvimento das revistas segmentadas

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Page 1: Revista pronews 48 - UMA PRA MIM, UMA PRA TU: UM CASO DE SEGMENTAÇÃO

7/10/2014 Revista Pronews

http://www.revistapronews.com.br/edicoes/48/historia_da_comunicacao.html 1/1

revista de comunicação e marketing NE Anuncie Editorial Expediente Edições Anteriores Lista de Discussão

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Giro Giro Brasil Na Web Entrevista Ficha técnica Brainstorm A vez do cliente De olho na campanha Click Nádia Rebouças Eu recomendo Produção & CIA História da Comunicação

Nome :

E-mail :

Estado :

Cidade :

Setembro de 2003 | nº 48 | Capa: Duck Comunicação

UMA PRA MIM, UMA PRA TU: UM CASO DE SEGMENTAÇÃOIvelise Gomes

Satisfazer os desejos mais específicos dos leitores foi a armautilizada pelas revistas para se imporem no mercado editoriale, por isso, correspondem a um excelente objeto de análise eestudo da sociedade, uma vez que participaram ativamente dahistória da imprensa e guardaram características originárias dediversos grupos sociais do mundo, durante seudesenvolvimento enquanto meio de comunicação. Comcerteza, sua influência mais forte pode ser observado nocomeço do século, período de transformações radicais.Foi nesta época, por exemplo, que o mercado recebeu aprimeira das publicações a causar a maior revolução editorial:a Marie Claire, magazine francês lançado em 1937, com capa ediagramação mais agradáveis, e nome pessoal.

Então, chega a II Guerra Mundial e, para entreter a população, lançam-se as fotonovelas, históriasdesenvolvidas através de fotografias e textos curtos. Anos depois, o mundo é abalado pela ousadiade Hugh Marston Hefner que lançou, em 1953, a sua Playboy, considerada a melhor e mais gostosarevista masculina. Neste mesmo período, nasceu a Time, a primeira revista mensal de informaçãocom um bom trabalho de pesquisa e apuração sobre acontecimentos do mundo todo.Era o surgimento do processo de segmentação das revistas, que foi se adaptando, cada vez mais, aosperfis dos seus públicos, ganhando força no mercado editorial e evoluindo com o passar do tempopara o modelo atual, que abrange veículos de assuntos especializado (profissional e não profissional)e aqueles especializados em público (comportamento e generalidades). Hoje, são cerca de 65 miltítulos espalhados no mundo, que discorrem sobre diversos assuntos, mas mantêm o mesmo focodas publicações de outrora: trazer informação e entretenimento para o leitor.As revistas especializadas nunca estiveram tão em voga quanto agora. Atualmente, este universo édividido entre dezenas de segmentos como economia, moda, decoração, saúde, jardins, informática,propaganda e bordo, fora aquelas dirigidas especificamente a homens, mulheres e adolescentes dasclasses A e B ("revistas de comportamento"). Além de poder de compra, esses públicos têm instruçãopara manter o hábito da leitura e, assim, o mercado. Por isso, a grande maioria das revistas épensada com o objetivo de fazer o produto certo para o público certo e atingir uma circulaçãosignificativa, para defender o interesse dos anunciantes.Assim, visando interesses pessoais e representando as "posturas sexuais" de seus leitores, o produtotem conquistado nichos de mercado, antes nunca trabalhados como o público gay, por exemplo, que,até algumas décadas atrás, vivia num submundo fechado. Hoje, derrubados os muros do preconceito,conquistaram espaço na mídia com revistas próprias como a americana The List e a italiana King,depois de figurar em capas dos principais periódicos do mundo - como K.D. Lang, na Vanity Fair, em1993.A revista de comportamento conseguiu se sedimentar no mercado editorial mundial, diferenciando-sedos demais meios pela sua capacidade de apreender as mudanças da sociedade, de formainstantânea, e criar novos conceitos de comportamento. Hoje, o periódico ocupa um papel importantena comunicação e continua crescendo, apesar das crises econômicas dos tempos modernos e dosurgimento de novas mídias como a internet, a TV interativa e o papel digital.

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