revista prápensar edição 1

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ZONA LESTE EDIÇÃO 1 JUNHO 2012 SAÚDE Doenças de inverno começam a aparecer e é preciso ter cuidados especiais durante a estação ENTREVISTA Beto Custódio fala das dificuldades, propostas e realizações do Espaço Cultural Professor Paulo Freire TRANSPORTE População sente no dia a dia os efeitos da demora e da lotação no transporte público

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A Revista Prápensar propõe, discute e pretende gerar opções civilizadas do 'viver em SP'

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Page 1: Revista Prápensar edição 1

ZONA LESTE EDIÇÃO 1 JUNHO 2012

SAÚDE Doenças de inverno começam a aparecer

e é preciso ter cuidados especiais durante a estação

ENTREVISTABeto Custódio fala das

dificuldades, propostas e realizações do Espaço

Cultural Professor Paulo Freire

TRANSPORTE População sente no dia a dia os efeitos

da demora e da lotação no transporte público

Page 2: Revista Prápensar edição 1

Queremos conhecer você que é estudante universitário e mora na região de Guaianases, Itaquera e São Miguel.

Estamos lançando o “Projeto Pensar” na Zona Leste e contamos com sua participação.

Como é a vida do

universitárioque mora na

Zona Leste?

Envie sua resposta para [email protected]

Visite o site:www.revistaprapensar.com.br

Queremos conhecer você que é estudante universitário e mora na região de Guaianases, Itaquera e São Miguel.

Estamos lançando o “Projeto Pensar” na Zona Leste e contamos com sua participação.

Como é a vida do

universitárioque mora na

Zona Leste?

Envie sua resposta para [email protected]

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Page 3: Revista Prápensar edição 1

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SaúdeDoenças de inverno

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Coluna (educação)3

Cotidiano

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EntrevistaBeto Custódio

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EducaçãoProuni

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14 CulturaExiste cultura na periferia

17 Memória

18 Serviços

Irmãos Nunes

A realidade do transporte público

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editorial

O começo de um projetoÉ com muita satisfação que estamos lançando a revista PRÁPENSAR na Zona Leste. Professor universitário desde 1985, tendo passado pela UNIP, UNI-NOVE, FISP e FMU, onde leciono até hoje, acompanhei a chegada de uma legião de alunos ao ensino superior, que seria inimaginável na década de 60 ou 70.Em sua grande maioria, são estudan-tes trabalhadores que dedicam a maior parte de seu tempo à própria formação que vai garantir sua ascensão social e colocação no mercado de trabalho, cada vez mais carente de mão de obra especializada e bem formada. Foi pensando nestes estudantes que em 2003 um grupo de professores fundou a PROPENSAR, com a missão desenvolver projetos que beneficiem a sociedade e valorizem o papel do universitário como agente transfor-mador da sociedade. O projeto da ONG previa o lançamento da revista PRÁPENSAR com o objetivo de ser o elo entre a sociedade e a ONG. Depois de muita luta conseguimos lançar a Prápensar Zona Leste, com o objetivo de discutir as questões diretamente ligadas à vida nos bairros, começando pelo Extremo Leste.Queremos discutir os bairros, pois por mais que o mundo esteja interliga-do por redes sociais, é no bairro em que vivemos, fazemos amigos, temos problemas e somos solidários.Convidamos a todos os interessados para participar de nosso projeto atra-vés do portal, reclamando, sugerindo, enfim, levantando questões que se-jam PRÁPENSAR.

Norberto AvelanedaEditor responsável da revista PRÁPENSAR

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editorial

O começo de um projetoÉ com muita satisfação que estamos lançando a revista PRÁPENSAR na Zona Leste. Professor universitário desde 1985, tendo passado pela UNIP, UNI-NOVE, FISP e FMU, onde leciono até hoje, acompanhei a chegada de uma legião de alunos ao ensino superior, que seria inimaginável na década de 60 ou 70.Em sua grande maioria, são estudan-tes trabalhadores que dedicam a maior parte de seu tempo à própria formação que vai garantir sua ascensão social e colocação no mercado de trabalho, cada vez mais carente de mão de obra especializada e bem formada. Foi pensando nestes estudantes que em 2003 um grupo de professores fundou a PROPENSAR, com a missão desenvolver projetos que beneficiem a sociedade e valorizem o papel do universitário como agente transfor-mador da sociedade. O projeto da ONG previa o lançamento da revista PRÁPENSAR com o objetivo de ser o elo entre a sociedade e a ONG. Depois de muita luta conseguimos lançar a Prápensar Zona Leste, com o objetivo de discutir as questões diretamente ligadas à vida nos bairros, começando pelo Extremo Leste.Queremos discutir os bairros, pois por mais que o mundo esteja interliga-do por redes sociais, é no bairro em que vivemos, fazemos amigos, temos problemas e somos solidários.Convidamos a todos os interessados para participar de nosso projeto atra-vés do portal, reclamando, sugerindo, enfim, levantando questões que se-jam PRÁPENSAR.

Norberto AvelanedaEditor responsável da revista PRÁPENSAR

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educação

Recente pesquisa elaborada pelo CENPEC – instituição que atua em pesquisas educacionais – monstrou a alta vulnerabilida-de de muitos bairros da periferia de São Paulo e os impactos em suas escolas públicas, municipais e estaduais. Os dados apontam a falta de equipamentos públicos que ofertem a “rede de proteção social” a crianças e adolescentes locais e garantam aprendizagem e desenvolvimento plenos dos potenciais humanos de cada um. A educação pensada como uma propulsora desses potenciais sofre com a falta de investimentos e de uma política pública que atenda às necessidades dos paulistanos.

Na educação, os últimos anos têm sido marcados por “experi-mentos” de toda ordem: “Pós-esco-la”, “Escola da Família”, “São Paulo é uma Escola”, ”Escola Integral”, sem contudo alinhavar uma política duradoura na cidade. Exemplo do quadro é a Educação Infantil. Há um imenso contingente de crianças de 0 a 5 anos que não encontram vagas para matricular-se nas esco-las. O fosso social é ainda maior, pois às crianças da rede municipal dos bairros periféricos tem-se ofer-tado o acesso a uma educação “se-cundária”, muitas vezes inadequada quando comparada à rede Direta.

Acreditar e defender uma edu-

cação pública de qualidade signifi-ca carregar o direito não apenas ao acesso, mas ao acesso com qualida-de. Por tal defesa é que discordamos da forma como têm sido realizados os convênios na rede municipal. O excesso de convênios, feitos sem cri-térios e preocupação com a oferta de qualidade, não produz os efeitos esperados na aprendizagem e de-senvolvimento das crianças.

Na outra ponta encontramos um Ensino Fundamental universalizado na cidade, que não garante uma escola que seja, a um só tempo, lu-gar da cultura, da leitura, da escrita,

A Educação na Cidade de São Paulo“Se a educação sozinha não pode transformar a

sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” Paulo Freire

Beto Custódio

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educação

Recente pesquisa elaborada pelo CENPEC – instituição que atua em pesquisas educacionais – monstrou a alta vulnerabilida-de de muitos bairros da periferia de São Paulo e os impactos em suas escolas públicas, municipais e estaduais. Os dados apontam a falta de equipamentos públicos que ofertem a “rede de proteção social” a crianças e adolescentes locais e garantam aprendizagem e desenvolvimento plenos dos potenciais humanos de cada um. A educação pensada como uma propulsora desses potenciais sofre com a falta de investimentos e de uma política pública que atenda às necessidades dos paulistanos.

Na educação, os últimos anos têm sido marcados por “experi-mentos” de toda ordem: “Pós-esco-la”, “Escola da Família”, “São Paulo é uma Escola”, ”Escola Integral”, sem contudo alinhavar uma política duradoura na cidade. Exemplo do quadro é a Educação Infantil. Há um imenso contingente de crianças de 0 a 5 anos que não encontram vagas para matricular-se nas esco-las. O fosso social é ainda maior, pois às crianças da rede municipal dos bairros periféricos tem-se ofer-tado o acesso a uma educação “se-cundária”, muitas vezes inadequada quando comparada à rede Direta.

Acreditar e defender uma edu-

cação pública de qualidade signifi-ca carregar o direito não apenas ao acesso, mas ao acesso com qualida-de. Por tal defesa é que discordamos da forma como têm sido realizados os convênios na rede municipal. O excesso de convênios, feitos sem cri-térios e preocupação com a oferta de qualidade, não produz os efeitos esperados na aprendizagem e de-senvolvimento das crianças.

Na outra ponta encontramos um Ensino Fundamental universalizado na cidade, que não garante uma escola que seja, a um só tempo, lu-gar da cultura, da leitura, da escrita,

A Educação na Cidade de São Paulo“Se a educação sozinha não pode transformar a

sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” Paulo Freire

Beto Custódio

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do domínio técnico e da cidadania. Tanto na rede de ensino municipal quanto estadual, os indicadores de avaliação das escolas apresentam resultados ruins. Alunos com dificul-dades de aprendizagem frequentam escolas com pouca iluminação, sem recursos materiais, superlota-das e professores com baixos salá-rios, sem falar na precariedade no estímulo pedagógico.

O retrato do Ensino Médio apresenta esse quadro, além de um agravante: a desvinculação entre educação-cultura-mundo do traba-lho cria altíssimas taxas de absente-ísmo, levando à números alarman-tes: 40% dos alunos que iniciam o Ensino Médio abandonam os estu-dos antes do término. As múltiplas identidades dos jovens ainda en-frentam olhares preconceituosos da burocrática e contraditória estrutura do sistema escolar.

A luta pela implantação de Ensi-no Técnico e Superior vem ganhan-do forças, com iniciativas como a implantação de universidades fede-rais no entorno da cidade de São Paulo e quiçá no município. Sem dúvida, a educação municipal está aguardando o momento de ser priorizada em ações efetivas. Espe-ra-se que ela não seja uma exten-são do governo do Estado, ou uma filial. São Paulo precisa reescrever sua história.

Beto Custódio é professor e foi vereador no periodo entre2001 e 2008.

Prouni já beneficiou cerca de 100 mil estudantes

na Zona LesteO Programa Universidade para

Todos oferece aos jovens de baixa renda bolsas de estudos em universidades particulares

Já se foi o tempo em que ingres-sar na universidade era privilégio da elite econômica do país. Com o cres-cimento da oferta de vagas para o ensino superior nas décadas de 90 e 2000 houve um aumento no número de jovens que entram nas universida-des. Hoje em dia, ter diploma univer-sitário é uma exigência de um merca-do em crescimento, e reforça o papel de país emergente que o Brasil repre-senta na América do Sul e no mun-do. Infelizmente, o crescimento do número de vagas nas universidades públicas não conseguiu acompanhar esse crescimento do país, enquanto o número de faculdades particulares só vem aumentando das últimas déca-das para cá.

Estudantes devem ficar atentos às inscrições

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Foi a partir desse contexto que o Governo, através do Ministério da Educação, criou o Programa Univer-sidade para Todos, ou Prouni. Se tra-ta de um programa de incentivo ao acesso à universidade para quem não têm condições financeiras suficientes para tal. O Prouni, fundado pelo Governo Federal no ano de 2004 e institucionalizado em 2005, oferece bolsas de estudos integrais e parciais em instituições de educação superior privadas para cursos de graduação e de formação específica.

Do ano de 2005 ao primeiro se-mestre de 2012, somente na cidade de São Paulo o programa contemplou 326.950 bolsistas – destes, cerca de 30% pertecem à Zona Leste da cida-de, ou seja, um valor que se aproxi-ma de 100 mil bolsistas. O número é alto: exemplo de que vale a pena tentar uma vaga. Uma importante amostra disso são os dados do Cen-so da Educação Superior de 2005 para a região metropolitana de São Paulo, que apresentam, para o dado ano, um grande aumento do número de ingressantes nas instituições parti-culares, que vinha diminuindo desde o ano de 2001. De 2003 à 2004, o crescimento havia sido de 4%. Com o Prouni, ocorreu um aumento de 10,4% em 2005. De lá para os dias atuais, o programa já atendeu mais de 1 milhão de estudantes, sendo a maioria deles bolsistas integrais.

Quem quiser participar do progra-ma deve ter cursado o ensino médio da rede pública ou da particular na condição de bolsista integral. Ainda, o programa abrange pessoas com deficiência física e professores da rede pública de ensino, que podem concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura normal

superior ou pedagogia. Nesses últimos casos, não é preciso comprovar renda. Para os demais estudantes que não possuem diploma de ensino superior, o Prouni oferece bolsas integrais a quem possui renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Já se a renda por pessoa for de até três salários mínimos, é possível conseguir bolsas parciais de 50%.

Para se candidatar às bolsas referentes ao próximo semestre, é importante ficar atento nas datas de inscrição do processo seletivo. Até o fechamento desta edição da Revista Prápensar, o Prouni ainda não havia liberado informações sobre as inscrições. No entando, como o segundo semestre do ano se aproxima, é preciso ficar ligado! As informações serão lançadas no site oficial do programa, em http://siteprouni.mec.gov.br/index.php. Vale ressaltar que os candidatos não precisam fazer vestibular e nem estar matriculados nas instituições em que desejam estudar.

O necessário para se inscrever é

Você tem uma Banda?

Queremos conhecer o seu trabalho.Entre em contato através do [email protected]

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saúde

Doenças de inverno atacam boa parte da população

Gripe, asma, bronquite e pneumonia estão entre os principais males causados pelo clima frio. Sistema público de

saúde não é eficiente para atender a demanda de casos.

A chegada do inverno brasileiro se aproxima, com data marcada para 20 de junho. Mas, antes mesmo do dia exato de seu início, o clima frio já toma conta das ruas, invade as casas e afugenta as pessoas para debaixo das cobertas. O tempo gelado não é somente motivo para faltar às aulas ou ao trabalho: a época é propícia para a difusão de doenças típicas da estação.

As doenças sazonais são aquelas que aparecem com maior frequência em uma dada estação do ano. No in-verno, com o tempo frio e chuvoso, os principais problemas são relacio-nados ao sistema respiratório. Basta o frio começar para que o corpo dê seus primeiros sinais de doenças, que costumam atacar principalmente as crianças, idosos, pessoas alérgicas e aquelas que já sofrem de problemas respiratórios.

A Conselheira Gestora da uni-dade CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) da cidade de Tira-dentes, Maria Auxiliadora, 44, expli-ca que com a queda de temperatura as pessoas acabam por se vestir com roupas mais grossas e ficam em lu-gares fechados, respirando o mesmo ar que está naqueles ambientes. As-sim, estão mais expostas à umidade e criam um ambiente ideal para a proliferação de microorganismos. A auxiliadora acrescenta que, ao sa-írem muito cedo para as atividades cotidianas, os indivíduos entram em contato direto com o frio durante essa época do ano. “A imunidade do indivíduo baixa”, diz ela, o que o leva a adoecer com mais facilidade.

As principais doenças do período são asma, amidalite, bronquite, gripe, otite (infecção de ouvido), pneumonia,

Inverno gera aumento no número de doenças

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resfriado, rinite, sinusite e meningite, além da tosse que ataca a população no frio. São elas, especialmente, que levam as pessoas a procurar as uni-

aN .onrevni o etnarud edúas ed sedadmaioria dos casos, os sintomas são do-res de cabeça, mal estar, sensações de “corpo mole” e secreções pelo nariz e boca, como aponta Maria Auxiliadora.

Para defender os organismos des-ses males, alguns cuidados básicos devem ser tomados. Manter uma ali-mentação saudável é um passo im-portante, pois prepara o corpo para ficar protegido de doenças. Verduras, frutas e legumes devem entrar nas refeições diárias. Tomar muita água também ajuda, uma vez que o líqui-do facilita a eliminação das secreções que os pulmões produzem. Ainda, é necessário manter a casa limpa – livre de sujeira e poeira – e os ambientes arejados. Evitar friagem e chuva é um passo que também não deve ser esquecido, e os cuidados devem ser redobrados com as crianças.

Quando questionada sobre como a população deve ser informada so-bre como prevenir as doenças de inverno, Auxiliadora aponta para um problema. “É muito complicado informar para a população o que se deve fazer para diminuir os riscos das doenças. Mesmo porque essa infor-mação deveria ser dada nas escolas, desde nas CEIs, EMEs, Pré. Devería-mos pensar em formas de multiplicar essas conhecimentos”. Para ela, as vacinas estão entre as melhores for-mas de combate a algumas doenças, incluindo as sazonais. É importante manter uma vacinação adequada na infância. Nos adultos, as vacinas contra a gripe e a pneumonia podem representar soluções.

Procuramos, ainda, saber quais

programas existem na região para ajudar a população no período crí-tico das doenças de inverno, e se es-ses programas são eficientes. Maria Auxiliadora não tem papas na língua ao responder as questões. Para a profissional, “a eficiência dos atendi-mentos é uma incógnita, pois a saúde virou um comércio. Não temos pro-fissionais suficientes e qualificados na questão da humanização. Hoje, temos uma terceirização da saúde pública, o que é absurdo”, revela. Ela completa: “O SUS está quebrado, su-cateado. E mais, é direito do povo e dever do Estado, e esse mesmo Esta-do é omisso”.

Abertura e encerramento de empresas

Contabilidade R Tiso

Rua Joaquim Machado, 180 - Sl. 34 - Lapa

Tel (11) 3487-1282 Fax (11) 2157-4686

[email protected]:

Alterações ContratuaisContabilidade em Geral

Imposto de Renda Pessoa Fisica e Juridica

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resfriado, rinite, sinusite e meningite, além da tosse que ataca a população no frio. São elas, especialmente, que levam as pessoas a procurar as uni-

aN .onrevni o etnarud edúas ed sedadmaioria dos casos, os sintomas são do-res de cabeça, mal estar, sensações de “corpo mole” e secreções pelo nariz e boca, como aponta Maria Auxiliadora.

Para defender os organismos des-ses males, alguns cuidados básicos devem ser tomados. Manter uma ali-mentação saudável é um passo im-portante, pois prepara o corpo para ficar protegido de doenças. Verduras, frutas e legumes devem entrar nas refeições diárias. Tomar muita água também ajuda, uma vez que o líqui-do facilita a eliminação das secreções que os pulmões produzem. Ainda, é necessário manter a casa limpa – livre de sujeira e poeira – e os ambientes arejados. Evitar friagem e chuva é um passo que também não deve ser esquecido, e os cuidados devem ser redobrados com as crianças.

Quando questionada sobre como a população deve ser informada so-bre como prevenir as doenças de inverno, Auxiliadora aponta para um problema. “É muito complicado informar para a população o que se deve fazer para diminuir os riscos das doenças. Mesmo porque essa infor-mação deveria ser dada nas escolas, desde nas CEIs, EMEs, Pré. Devería-mos pensar em formas de multiplicar essas conhecimentos”. Para ela, as vacinas estão entre as melhores for-mas de combate a algumas doenças, incluindo as sazonais. É importante manter uma vacinação adequada na infância. Nos adultos, as vacinas contra a gripe e a pneumonia podem representar soluções.

Procuramos, ainda, saber quais

programas existem na região para ajudar a população no período crí-tico das doenças de inverno, e se es-ses programas são eficientes. Maria Auxiliadora não tem papas na língua ao responder as questões. Para a profissional, “a eficiência dos atendi-mentos é uma incógnita, pois a saúde virou um comércio. Não temos pro-fissionais suficientes e qualificados na questão da humanização. Hoje, temos uma terceirização da saúde pública, o que é absurdo”, revela. Ela completa: “O SUS está quebrado, su-cateado. E mais, é direito do povo e dever do Estado, e esse mesmo Esta-do é omisso”.

Abertura e encerramento de empresas

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transporte

Em uma metrópole como São Paulo, com mais de 10 milhões de pessoas, os desafios do transporte público são gigantes e suas falhas afetam a qualidade de vida dos mo-radores, que têm de trocar horas de descanso por horas de deslocamen-to e viajar em veículos com lotação excessiva. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, na capital 31% dos moradores levam mais de uma hora no transporte para o trabalho – situa-ção que se agrava, e muito, em áreas distantes do centro como o extremo leste da cidade.

De Guaianases, para se chegar até o centro é preciso percorrer uma distância de 31 quilômetros – traje-to que pode ser feito de trem ou de ônibus e que leva no mínimo 30 mi-nutos. Dados da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)

apontam que 90,6% das viagens rea-lizadas pela Expresso Leste – um dos principais meios de transporte dos moradores, que vai da estação Luz até a estação Guaianazes – são por motivo de trabalho, onde atrasos não são bem-vindos.

O atendente de telemarketing André Gonçalves, 20, sai de Guaia-nases às 6h todo dia, para que es-teja às 8h na Vila Madalena, onde trabalha. “O que mais me incomoda é o intervalo entre os trens”, afirma Gonçalves. Caso semelhante é o de Simone Nunes, 28. A auxiliar de lim-peza diz que apesar de não se deslo-car nos horários de pico do transporte público, a demora dos ônibus e trens atrapalha seu trajeto diário à Aveni-da Paulista. “Aos sábados, a espera é ainda maior”, pontua.

O descontentamento da popu-

Linha Expresso Leste é campeã de tempo de espera entre um trem e outro, e ônibus da região têm a maior porcentagem de atrasos.

Entre a superlotação e a demoraPopulação espera insatisfeita pela chegada dos trens

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lação com o transporte público de São Paulo não se restringe ao tempo de locomoção. De acordo com pes-quisa realizada este ano pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) a superlotação é o princi-pal incômodo apontado por 57% das 2.387 pessoas entrevistadas sobre a qualidade do transporte. Na região de Guaianases, pesquisa local rea-lizada pela Revista Prápensar mostra um percentual ainda maior: 60% dos entrevistados declaram a lotação como o principal problema do trans-porte público na área.

De acordo com padrões da en-tidade internacional Comunidade de Metrôs, é aceitável que se comporte até seis pessoas por metro quadrado nos trens e metrôs, mas não é isso que a população vem enfrentando. Apesar de ser a maneira mais rápida de transportar moradores do extre-mo leste às regiões centrais de São Paulo, a Linha 11 Coral – que vai da estação Luz até a estação Estudantes – leva cerca de 2, 32 milhões de pas-sageiros por dia útil. A média de 7,3 passageiros por metro quadrado de

vagão dispara nos horários de pico na parcela da Linha 11 conhecida como Expresso Leste, quando os usu-ários viajam espremidos. Para quem vai da estação Guaianazes à estação Estudantes a média cai para 6,2 pas-sageiros por metro de vagão ao lon-go do dia, mas nos horários de pico, a situação é estressante. “Os trens e metrôs são bons, mas não suportam o volume de pessoas que se utiliza deles”, diz a técnica de nutrição Sue-li Aparecida da Costa, 55, que usa os serviços da CPTM, do Metrô e da SPtrans.

Para quem anda de ônibus, da-dos desanimadores foram apresen-tados recentemente pela São Paulo Transportes (SPTrans), empresa que gerencia a frota municipal de ônibus da capital. A pesquisa mostra que de seus 14.937 veículos autorizados a circular prestando o serviço de trans-porte coletivo da cidade, em média 15% sofrem atrasos para sair das garagens. A zona leste é campeã no descumprimento de horários: em mé-dia, na região, somente sete em cada 10 partidas são realizadas no horá-

Excesso de pessoas nos ônibus causa desconforto

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rio, isto é, 30% dos carros saem atra-sados das garagens. A companhia calcula a relação entre as partidas programadas dos ônibus e aquelas que são realizadas efetivamente.

O auxiliar de limpeza Alson Olivei-ra da Costa, 30, vai todos os dias até a região de Tatuapé à trabalho. Para ele, que se utiliza frequentemente dos ônibus como meio de transporte, os atrasos são desgastantes. Soma-se a isso ônibus cheios e desconfortáveis. “Além da gente ter que esperar muito, pega os ônibus lotados e acaba fican-do de pé”, reclama Oliveira.

O que é ruim fica ainda pior

A penúltima quarta-feira do mês de maio, dia 23, foi marcada por tumulto e caos no trânsito de São Paulo. Uma greve dos trabalhadores do Metrô e de parcela dos trens que abastecem a cidade foi iniciada as 0h do mesmo dia, impossibilitando a população de utilizar grande parte do transporte público e gerando um congestionamento recorde na cidade. Em torno das 10h haviam 249 quilô-metros de lentidão nas ruas, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A greve paralisou parcialmente as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha do Metrô, além de atingir as estações que integram as linhas Safira e Coral da CPTM. Os ônibus da cidade foram insuficientes para atender a demanda de passageiros, o que ocasionou ho-ras de espera nas filas e pontos super-lotados pela cidade. Os metroviários, insatisfeitos com proposta de reajus-te salarial, reivindicavam aumento, equipação salarial e jornada de 36 horas semanais. Os trabalhadores que atuam nas duas linhas da CPTM

que aderiram à greve, representados pelo Sindicado da Central do Brasil, também pediam novos salários e aumento do valor dos tíquetes-re-feição.

Do outro lado da linha

A CPTM prevê mudanças na infra-estrutura de todas as linhas, de ma-neira que em dois anos o tempo de espera nas plataformas seja reduzido, segundo a companhia. Hoje, o pior intervalo no sistema ocorre justamen-te na Linha 11 – Coral, chegando aos 8 minutos entre um trem e outro, fato que levou a empresa a desenvolver o Projeto Modernização da Linha 11. O projeto prevê que até 2014 este tempo seja diminuído, atendendo a demanda reprimida e expandindo a oferta dos serviços para proporcionar maior conforto, rapidez, confiabili-dade e segurança à população que necessita de deslocamento. O investi-mento total previsto é de US$ 161,46 milhões, que serão utilizados para a aquisição de novos trens e realização de estudos e ações para fortalecer os órgãos públicos envolvidos e promo-ver o desenvolvimento das políticas de transporte urbano integrado. O prazo previsto para o projeto é de 26 meses, com término em dezembro deste ano. A entrega do primeiro trem está prevista para junho de 2012.

Serviço: olho vivo

Usuários de ônibus na capital po-dem obter informações úteis ao seu dia a dia no site www.olhovivo.sptrans.com.br. O programa Olho Vivo moni-tora toda a frota e dá informações em tempo real.

Assim é possível saber, de qual-

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quer celular com acesso à internet, em quantos minutos o próximo ônibus da linha que você usa irá passar no seu ponto, quantas linhas fazem o seu tra-jeto, que ônibus você deve pegar para chegar a determinado endereço.

Em sua página na internet, a SP-Trans explica que isso é possível por-que todos os ônibus e microônibus da cidade possuem um GPS (Sistema de Posicionamento Global), através dele é possível detectar a posição em que o veículo se encontra em qualquer ponto da cidade e a previsão de che-gada dele no terminal. O usuário visu-aliza quantos ônibus da linha estão no

itinerário e por onde estão passando, em tempo real.

Ainda de acordo com a SPTrans, os usuários do transporte público por ônibus na capital contam com inter-net gratuita nos pontos do corredor Rebouças. São oito paradas – Caio Prado, Paulista, Clínicas, Brasil, Faria Lima Eldorado, Vital Brasil e Jorge João Saad – onde o usuário pode acessar a internet por 15 minutos, inclusive o Olho Vivo, e saber em quanto tempo o seu ônibus vai pas-sar. Como é livre, pode acessar ainda e-mails e redes sociais.

“O atraso dos ônibus é ruim. Têm dias que preciso esperar bastante para voltar para casa, em uma fila cheia de gente que também não quer pas-sar todo aquele tempo ali, parada.”Márcia Denise Santos, 42, costureira

A superlotação incomoda a todos. Eu, que já tenho de acordar antes das 5h para estar na universidade, em Tietê, as 7h, sinto falta de algum conforto no transporte.”Wilson Gabriel Oliveira, 25, estudante de música

Todo dia, tudo igual Moradores se queixam de tempo de espera e superlotação

“A lotação em horas de pico é a pior coisa. Além do aperto, as pes-soas ficam de pé nos ônibus e nos trens, deixando o percurso ainda mais difícil.”Maria Lúcia, 52, doméstica

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entrevista

Nos fale um pouco da história da Espaço Cultural Professor Paulo Freire

Tudo começou em 2001, quando assumi o primeiro Mandato de Verea-dor por São Paulo. Na oportunidade, o Escritório Político respondia às ex-pectativas da população da Zona Les-te, especialmente Guaianases, Bairro em que resido desde 1961. Naquele local eram recebidos os eleitores e demais moradores que nos fossem procurar, além de acontecerem ações culturais durante as noites e finais de semana, garantindo que o Vereador estivesse mais próximo da população.

Por quais problemas e dificul-dades o centro passou ao lon-go dos anos?

Primeiramente a dificuldade foi encontrar um lugar acessível, centra-lizado e do melhor tamanho possível. Depois, passamos a nos preocupar

em conseguir pagar as dívidas que iam se amontoando, como aluguel, água, luz, etc. Outra preocupação era relacionada à quem ministraria os cursos, que comumente são cobra-dos. No entanto, nossa procura era por quem o fizesse voluntariamente, o que acabamos alcançando com êxi-to. Hoje em dia, além dos problemas antigos, temos dificuldades em aten-der a demanda que só aumenta, pois o espaço já se tornou pequeno.

Para quem o espaço se destina?É destinado às diversas faixas etá-

rias (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos). Todos são muito participativos, o que gera uma rotati-vidade de cerca de 3 mil pessoas por mês.

O Espaço Cultural Prof. Paulo Freire promove diversas ativi-dades voltadas à população

A Ong Propensar lança a Revista Prápensar com o apoio do Espaço Cultural Professor Paulo Freire, um local que promove a educação, a cultura e o lazer na região. Conversamos com Beto Custódio, ativo incentivador e colabo-rador do espaço, para entender melhor como ele funciona.

Espaço Cultural Professor Paulo Freire aposta na Educação

Entrevista: Beto Custódio

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Beto Cutódio fala da importância do Espaço Cultural

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local. Sua proposta, ao montar o local, era a de dar a essas pessoas uma alternativa aos problemas de educação na re-gião?

Exatamente, pois não há Políticas Públicas em setores primordiais como Educação, Cultura, Esporte, Lazer, Ci-dadania, Entretenimento, etc. Embora haja uma relevância na questão edu-cacional, enxergamos essas outras di-ficuldades. No entanto, o mais grave é o acesso à educação de qualidade, que o Poder Público ainda não conse-guiu levar ao conjunto de moradores da região.

Qual o envolvimento dos jo-vens com o Espaço? Como esse público pode participar?

A juventude tem sido uma grande parte do público de nosso eventos. Para se ter uma idéia, somente entre capoeira, judô e inglês, temos mais de 200 jovens, além dos que parti-cipam de outras ações. Para usar o espaço, basta procurar nossos cola-boradores, que estão no local todos os dias, e encontrar a melhor forma de participar. Podem, inclusive, ligar no telefone 2554-1001. Para os que preferirem fazer uma visita basta se dirigir ao local, que fica na Estrada do Lajeado Velho, 125- Lajeado.

Quais os procedimentos para quem quer ajudar/atuar no espaço?

Temos várias possibilidades. Es-tamos à disposição em nosso ende-reço e telefone, realizando inscrições nas ações em que ainda cabem mais pessoas e acolhendo aqueles que desejam dedicar parte de seu tempo promovendo atividades no Espaço Cultural Prof. Paulo Freire.

Fique Atento!

O Espaço Cultural Profes-sor Paulo Freire promove diversas ações, dentre as quais Beto destaca:LibrasCurso Preparatório (concurso/ educação)CapoeiraJudôGinástica aeróbicaLíngua inglesaLíngua espanholaCurso pré vestibular (educafro)Alfabetizção de jovens e adul-tos (mova)Assessoria jurídica (encami-nhamentos)Atendimento psicológico

[email protected]

Queremos conhecer o seu trabalho.Entre em contato através do

Você participade algum

projeto cultural?

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cultura

Existe cultura na periferiaApesar da carência, movimentos e apresentações culturais são al-ternativas para quem busca conteúdo e entretenimento na região

Quem procura atividades culturais nas periferias da cidade sabe das difi-culdades que existem para encontrá--las. Assistir a uma peça, ir a uma sessão de cinema, ouvir boa música, participar de atividades de dança e literatura. Essas tarefas, tão comuns e abundantes no centro de São Pau-lo, tendem a ficar mais raras quanto mais longe estamos da região central.

Foi pensando nisso que surgiram, na região de Guaianases, alguns mo-vimentos culturais capazes de contor-nar a carência e promover encontros entre a população, com destaque ao público jovem. O Arte Maloqueira é exemplo disso. O coletivo, que existe desde o ano de 2010, procura levar arte e cultura para quem tem pouco contato com os temas. Bruno Vinicius dos Santos, 21, integrante do grupo, sabe que produzir essa programação não é tarefa fácil: “As dificuldades são

imensas, incluindo o dialógo com os espaços públicos, subprefeituras e prefeituras”.

Mas o Arte Maloqueira, que tem a origem de seu nome na palavra in-dígena “macola”, ou “casa simples”, prossegue na luta. Atualmente, orga-niza o Sarau da Maloca todo segun-do sábado de cada mês na Biblioteca Cora Coralina, a partir das 17h, com rodas de violão, DJs e poesia. Além disso, promove atividades junto a ou-tros coletivos. “A ação é local, mas o pensamento tem que ser global”, como afirma Richard David Manuel Junior, 22, educador socioeducativo e membro do coletivo.

Outra alternativa é a proposta do Cine Campinho, projeto de audiovi-sual que acontece em um campo de futebol da comunidade no bairro do Jardim Bandeirantes. No Cine são exibidos filmes nacionais e interna-

O Coletivo Arte Maloqueira se apresenta em sarau literário em Guaianases

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cionais em um telão. Depois de cada apresentação, é aberto espaço para que artistas mostrem suas linguagens culturais e animem quem compare-cer. As sessões ocorrem uma vez por mês, com público mínimo de cerca de 150 pessoas. A proposta é a de “propíciar um espaço de convivência entre os moradores, estreirando suas relações; discutindo os problemas que afetam a região e a cidade de são Paulo e valorizando os espaços públicos, dando força aos grupos culturais”, como nos contou Pedro Oliveira, 27, educador que atua no projeto.

O valor da literatura

José Edivaldo Lopes, 49, mais co-nhecido como Cacá Lopes, apresenta uma proposta diferente. Autodidata na música, desenvolveu uma técnica para driblar a paralisia no braço e

Cacá Lopes, que incentiva a Literatura de Cordel

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tocar violão. O gosto musical levou a algo mais: a paixão pela Literatura de Cordel, gênero literário popular com origem em relatos orais. A partir daí, Cacá passou a atuar no Proje-to Cultural Cordel nas Escolas, que visa estimular a leitura de material de Cordel e apresentar sua importância como patrimônio histórico e cultural do nosso povo.

Por meio da Literatura de Cordel, esteve em cerca de 400 escolas. O artista atua ainda no movimento Ca-ravana do Cordel, grupo criado há 4 anos - em São Paulo - que reúne cor-delistas, pesquisadores, artistas plás-ticos, músicos, repentistas e entusias-tas da poesia popular em busca de manter viva a cultura do Cordel. Para Cacá, o esforço vale a pena: “O cor-del nunca esteve tão vivo! Apesar dos altos e baixos, a Literatura de Cordel atravessou a fase ruim para ressurgir forte nos dias atuais”.

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CEU é Show

Os Centros Educacionais Unifica-dos (CEUs) constituem uma rede de cultura, formação comunitária, entre-tenimento, esporte e lazer. Cituados nas periferias da cidade, oferecem variado menu cultural de graça, in-cluindo teatro, cinema, música, dan-ça e circo. O destaque fica para o espaço O CEU é Show, onde progra-mação de qualidade é apresentada à população.

Grandes nomes vem passando pe-las salas dos CEUs. Em Guaianases, por exemplo, o CEU Lajeado recebeu o ator Antônio Abujamra com o espe-táculo A Voz do Provocador, enquan-to o CEU Jambeiro apresentou Fábio Assunção na peça Adultérios. Para os próximos meses, as apostas na região são a peça Ensina-me a viver, com a atriz Glória Menezes, que acontece nos dias 27, 28 e 29 de Julho no CEU Iná-cio Monteiro e o show da Mariangela Zan no CEU Lajeado, dia 24 de junho às 19h. Os convites para as apresen-tações do CEU é Show são gratuitos e devem ser retirados com antecedência no CEU onde o evento ocorrerá.

Para informações detalhadas so-bre a programação, acesse: http://www.portalsme.prefeitura.sp.gov.br/ceueshow/default.htm.

Quer participar?

Quem se interessar pelos mo-vimentos culturais da região e quiser participar tem espaço. No caso do Cine Campinho, basta entrar em contato com o Pedro pelo email [email protected]. Para saber mais sobre o projeto, é só acessar o blog: cine-campinho.wordpress.com. O pes-soal do Arte Maloqueira segue a mesma linha, incentivando a tro-ca de ideias entre os interessados e os membros do coletivo. Para mais detalhes, entrar em contato com Bruno pelo e-mail [email protected].

peça “Ensina-me a viver” no CEU Inácio Monteiro

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memória

Quem fez algum curso de Ma-rketing já ouviu falar em macro e microambiente, análise situacional e outros termos do gênero. Nomes difí-ceis para uma ideia simples: a de que quando as mudanças chegam, as ne-cessidades das pessoas também mu-dam, e o empresário que não acom-panhar tais transformações “dança”.

Um caso de negócio que acom-panha as diferentes situações origi-nadas do progresso na região é o do Asinha Assados, administrado pelos irmãos Jeff, Jair, Gil e Ney, mineiros da cidade de Bueno Brandão - MG.

Tudo começou em 1983, quando foi fundada pela família no Jardim He-lena a Avícola Nunes. Uma avícola, para que todos entendam, era um tipo de comércio comum à época, onde se abatia, limpava e vendia frango. Atualmente, o negócio praticamen-te sumiu sem deixar rastros. Por uma série de questões, quem quer comprar frango hoje em dia vai a um supermer-cado ou, quando muito, ao açougue.

Atentos às mudanças de costumes e ao fato de que a Avícola virou o

ponto de encontro de amigos, desejo-sos de cerveja estupidamente gelada, boa conversa e de petiscos para de-pois do futebol, os proprietários come-çaram a servir como aperitivo o que hoje é o carro chefe de seu negócio: as famosas asinhas de frango assadas ou fritas. A empreitada deu certo, o negócio não parou de crescer e hoje é um dos pontos tradicionais da região, agora chamado de Asinha Assados.

O local é um convite para se pas-sar um tempo agradável. Lá, é possí-vel degustar vários tipos de porções enquanto se aprecia uma cerveja bem gelada, comprar grande variedade de carnes assadas ou para assar em casa e contar com um amplo espaço para reuniões, onde fica à disposição uma boa churrasqueira.

A beleza da história se dá no fato de que onde poderíamos facilmente encontrar quatro irmãos reclamando do progresso da região e saudosis-tas do passado, nos deparamos com quatro amigos tocando com muito amor um negócio que não para de crescer. É ou não é Prápensar?

Asinha Assados cresce sem medo do progressoCom visão de futuro e muito trabalho, o que era uma

avícola se tornou um ponto de encontro no Jardim Helena

Os irmãos Jeff e Jair Nunes

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ASSOCIAÇÔES

Associação Beneficente Arco-írisE-mail: [email protected]: 2016-8638Endereço: Rua Gaspar Aranha, 254

Associação das Donas de CasaEndereço: Rua Coman-dante General Americano Freire, 448 Tel 2557- 0311/6557-0311

Casa dos Meninos IEndereço: Rua Açucena do Brejo, 16 A –Email: [email protected]: 2035-1877

Casa dos Meninos IIE-mail: [email protected]: 2035-1625Endereço: Rua Aldeia dos Machacalis, 698

Casa Viviane dos SantosRua Professor Pereira Frazão 50E-mail: [email protected]: 2553-2424

Movimento das Mulheres de GuaianasesTel: 9288-4554Endereço: Rua Coman-dante Carlos Ruhl, 91

BIBLIOTECAS

Biblioteca Jamil Almansur Haddad Rua Andes, 491Atendimento: 2ª a 6ª, das 9h às 18h; sábado, das 9h às 15hTel: [email protected]

Biblioteca Cora Coralina (Infanto-Juvenil)Rua Otelo Augusto Ribeiro, 113Tel 2557-8004Atendimento: 2ª a 6ª, das 9h às 18h; sábado, das 9h às 16h.

CENTROS CULTURAIS

Centro cultural de GuaianasesTel: 2961-0883Endereço: Rua Professor Cosme Deodato Tadeu, 136

Centro da JuventudeTel: 2016-8825Endereço: Rua Francisco Nunes Cuba, 03

Espaço Cultural Carlos MariguellaE-mail: [email protected]: 2553-1466Endereço: Rua Carvalho de Araújo, 06 (Próximo à Estrada de Poá)

serviço

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Espaço Cultural Paulo FreireE-mail: [email protected] Tel: 2554-1001 Endereço: Estrada do Lajeado Velho, 125Falar com: Donisete

Espaço Cultural Mundo da LuaEmail: [email protected]: 9826-8213Endereço: Rua Professor Cosme Deodato Tadeu, 335

CEUS

CEU JambeiroEndereço: Av. Flores do Jambeiro s/n - Jardim Moreno Tels: 011-2960-2054/57

CEU LajeadoRua Manoel da Mota Coutinho, 293 - LajeadoTel: 011-3397-6950

CEU Inácio MonteiroRua Barão Barroso do Amazonas s/n - Cohab Inácio MonteiroTel: 011-2518-9048/2518-9042

CEU Água AzulAv. dos Metalúrgicos, 1262 - Cidade TiradentesTel: 011-2016-4476

CONSELHOS TUTELARES

Conselho Tutelar Lajeado Rua Professor Cosme Deodato Tadeu, 136Tel: 2557-0334/2557-8764

Conselho Tutelar GuaianasesRua Ismael da Rocha, 79Tel: 2961-6822/2557-9953/72557-1911

EDUCAÇÃO

Diretoria Geral de Educação GuaianasesRua Agapito Maluf, 58Vila Princesa IsabelTelefone: 3397-8841E-mail: [email protected]

Centro Integrado deEducação de Jovens e Adultos (CIEJA)Site: ciejaguaianases.ning.comE-mail: [email protected] 2557-1831Endereço: Rua Dr. Meira Penna, 33

Kolplin EducacionalSite: www.kolpingeduca-cional.com.brTel: 2557-5144 / 2557-2044 / 2557-6462Endereço: Rua Antônio Tadeu, 59

Universidade Metodista de São Paulo – pólo GuaianasesSite: www.metodista.brE-mail: [email protected]: 2557-8191Endereço: Rua Coutinho e Melo, 180

ETEC de Guaianazes – Escola Técnica Estadual de Guaianazes:Rua Feliciano de Mendonça, 290Tel: 2552-0140

Site: www.etecdeguaiana-zes.com.br

Faculdade GuaianásRua Otelo Augusto Ribei-ro, 411 Email: [email protected]: (11) 2016-9600 www.faculdadeguaianas.com.br

SAÚDE

Hospital Geral de Guaianazes “Jesus Teixeira da Costa” Avenida Miguel Achiole da Fonseca, 1092 - Jd S Paulo Tel: 2551-3300

AMA Jardim EtelvinaR. Manuel Teodor Xavier, 138 - GuaianasesCEP: 08430-570 Tel: 2035-1756 / 2035-5079

AMA Presidente Juscelino KubitshekAV. Utaro Kanai, 286 - Cohab Presidente JuscelinoCEP: 08465-000 Tel: 2555-4474 / 2555-0360

AMB espc São CarlosRua Macabú, 35 - Jd São CarlosCEP: 08411-470 Tel: 2557-7021/2553-0247

CAPS ad GUAIANASESRua Professor Francisco Pi-nheiro, 139 - GuaianasesCEP: 08410-020 Tel:2553-2240/2553-2281

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Tel:2553-2240/2553-2281

CAPS adulto GuainasesArthur Bispo do RosárioRua Serra do mar, 56 - GuaianasesCEP: 08410-165 Tel: 2961-3240/2554-3179

CEO GuaianasesRua Macabú, 35 - Jd São CarlosCEP: 08411-470 Tel: 2557-7021/2961-4311

Cr Plantas Medicinais Práticas Naturais em Saúde - GuaianasesRua Prof. Cosme Deodato Tadeu, 136 - GuaianasesCEP: 08450-380 Tel:2961-0883/2552-5011 ramal 2

CTA DST/AIDS Vila ChabilândiaEstr. do Lajeado Velho, 76 - LajeadoCEP: 08451-000 Tel:2557-9571/2552-5015

NIR / UBS Jardim SoaresR. Feliciano de Mendon-ça, 496 - Jd soaresCep: 08460-365 Fone:2557-7022/2553-3232

Nisa Jardim São CarlosRua Macabú, 35 - Jd São CarlosCEP: 08411-470 Tel: 2557-7021 / 2553-0247

PSM Julio TupyR. Serra da queimada, 800 - Pq GuaianasesCep: 08431-640 Tel:2035-9475

UBS Guaianases IIRua Comandante Carlos Ruhl, 189 - GuaianasesCEP: 08410-120 Tel: 2557-8132/2554-4064

UBS Guaianazes IRua Professor Cosme Deodato Tadeu, 90 - GuaianasesCep: 08450-380 Tel:2557-8177/2554-4124

UBS Jardim AuroraAv Claudio da Costa, 54 - GuaianasesCep: 08431-160 Tel:2135-1671 / 2035-9528

UBS Jardim BandeirantesRua Pacheco Aranha, 4 Cep: 08450-410 Tel:2557-5273

UBS Jardim EtelvinaRua Manuel Teodoro Xa-vier, 138 - GuaianiasesCEP: 08430-570 Tel: 2035-1756 / 2035-5079

UBS Jardim FanganielloRua Francisco Nunes Cubas, 60 - LajeadoCEP: 08450-460 Tel: 2557-6698 / 2554-3323

UBS Jardim Robru - GuaianasesAv Nordestina, 5593 - LajeadoCep: 08431-410 Fone:2035-1860/2034-1133

UBS Jardim SoaresRua Feliciano de

Mendonça, 496 - Jd SoaresCEP: 08460-365 Tel: 2557-7022 / 2553-3232

UBS Prefeito Celso Augusto DanielRua Jorge Maraccini Pon-filio, 210 - Cj. Hab. Juscelino KubitschekCEP: 08465-050 Tel: 2556-7997 / 2556-5185

UBS Presidente Juscelino KubitschekAv Utaro Kanai, 286 - Co-hab Presidente JuscelinoCEP: 08465-000 Tel: 2555-4474/2555-0360

UBS Primeiro de OutubroTravessa Açucena do Bre-jo, 16 B - Jd LourdesCEP: 08441-010 Tel: 2035-8010

UBS Santa LuziaRua Conjunto da Paz, 39 - Jd MiriamCEP: 08142-360 Tel: 2569-1887

UBS Vila ChabilãndiaEstra. do Lageado Velho, 76 - LajeadoCEP: 08451-000 Tel: 2557-9571/2552-5015

UBS Vila CosmopolitaRua Aldeia Maria, 258 - GuaianasesCEP: 08021-070 Tel: 2555-8583/[email protected]

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Como é a vida dotrabalhador,

e morador

da Zona Leste?

Queremos conhecer você morador de Guaianases, Itaquera e São Miguel.Estamos lançando o “Projeto Pensar” na Zona Leste e contamos com sua participação.

Conte e envie sua história [email protected]

e aguarde que entraremos em contato.

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