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PIAUÍ QUE BROTA DA TERRA ÚLTIMA FRONTEIRA AGRÍCOLA DO BRASIL, COM A LIBERAÇÃO DAS ÁREAS PARA O LIVRE PLANTIO, ESTADO PODERÁ CONSOLIDAR-SE COMO 5° LUGAR EM PRODUÇÃO DE GRÃOS NO PAÍS COTIDIANO DORIZAN RIBEIRO BRAVO DEFENSOR DOS COSTUMES E DA CULTURA DOS GOIANOS MUNICÍPIOS SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO-GO POPULAÇÃO SOFRE COM O DESCASO DAS AUTORIDADES ENTREVISTA GILMAR MENDES, MINISTRO DO STF O CNJ E O PLANEJAMENTO AO COMPLETAR 4 ANOS, A REVISTA POVO TRAZ MUDANÇAS EM EDITORIAS, NOVO PROJETO GRÁFICO E SITE ATUALIZADO COM IMAGENS E VÍDEOS EDIÇÃO 42/ANO 04/FEV I MAR I 2012 WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

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  • PIAU

    QUE BROTADA TERRA LTIMA FRONTEIRA AGRCOLA DO BRASIL, COM A LIBERAO DAS REAS PARA O LIVRE PLANTIO, ESTADO PODER CONSOLIDAR-SE COMO 5 LUGAR EM PRODUO DE GROS NO PAS

    COTIDIANO DORIZAN RIBEIRO BRAVO DEFENSOR DOS COSTUMES E DA CULTURA DOS GOIANOS

    MUNICPIOSSANTO ANTNIO DO DESCOBERTO-GOPOPULAO SOFRE COM O DESCASO DAS AUTORIDADES

    ENTREVISTAGILMAR MENDES,MINISTRO DO STF O CNJ E O PLANEJAMENTO

    AO COMPLETAR 4 ANOS,

    A REVISTA POVO TRAZ

    MUDANAS EM EDITORIAS,

    NOVO PROJETO GRFICO E

    SITE ATUALIZADO

    COM IMAGENS E VDEOS

    EDIO 42/ANO 04/FEV I MAR I 2012WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

  • 2 I EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR

  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I 3

  • 4 I EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

    EditorJornalista Milton Ferreira Nunes

    GO01804JP

    [email protected]

    [email protected]

    Editora de ArteSandra Mesquita

    NotlimArierref

    RedaoO Povo Comunicao

    [email protected]

    ColaboradoresJos C. de Jesus

    Ana S. da Costa

    Alexandre Augusto

    Edson Castro

    Diretora ComercialLucas Yann

    PublicidadesAniceto Castro

    Edmar Guimares

    Edson Gadelha

    Joana Pereira

    RevisoFtima Toledo

    FotgrafoAntonio Padilha

    Design e diagramaoGustavo Nascimento

    Georthon Toledo

    DistribuioDudu

    O Povo Editora, Comunicao, Publicidade, Pesquisas

    & Eventos S/S Ltda

    CNPJ: 09.402.243/0001-20

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    Setor Leste Vila Nova

    CEP: 74.640-160 Goinia Gois

    Fones: (62) 9626-6264 / 3202-4265

    As matrias e artigos no representam necessariamente

    a opinio desta revista. Suas publicaes se baseiam na

    discusso e no respeito s opinies diversas

    EXPEDIENTE

    26PIAUGLEBA GALIOTAProdutor e proprietrio,Marcos Jordo preparapara mais um record naproduo de gros

    NDICE

    48 ECONOMIAGovernador MarconiPerillo, comemora avano da economia goiana

    98 CARNAVAL - RJDe vice-campeUnidos da Tijucaconquista o ttulo em 2012

    50PETROBRASPetrobras quer garantiro futuro das prximas geraes

    47 GOINIAParque Ecolgico Nova Esperana, sero maior da capital

    102 BRASLIAA aposta na oferta de servios e equipamentos na rea da sade

    52 GESTO PBLICASanto Antnio do Descoberto de Gois, mais um exemplo de descaso com a populao

    www.revistapovo.com.br

  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 5

    EDITORIAL

    RESPINGOS DE DNAAos toques bblicos com as maestrias humanas, sempre houve

    a descrena caminhando lado a lado com a firmeza, o link da pureza. do nosso conhecimento que os textos bblicos foram transcritos por mos humanas, por isso, natural que existam falhas.

    At mesmo nas histrias de nosso gracioso Estado brasileiro, surgem fatos que desmontam por completo as ditas verdades que so distribudas impressas para milhes de alunos, com um diferencial de ter todo o aval de uma gama de educadores e intelectuais inseridos em seu ministrio, como exemplo, o da Educao.

    Por outros caminhos, h aqueles que sem nenhum conhecimento do assunto so criadores de leis, dentro da mais pura legitimidade, atravs de um mandato poltico. E so eles que, em quase tudo, mandam e desmandam. Alguns perpetuam no poder, outros encurtam sua permanncia no estrelato.

    A sociedade ainda resiste em aceitar como normal todo tipo de roubalheira, crimes e tantos males que nos afrontam. A propina tornou-se parada obrigatria na maioria das reparties de servios pblicos. E o que falar do esporte, se nem mesmo a Frmula 1 algo difcil de acreditar escapa do suborno, e o pior, protagonizado por um brasileiro.

    J estamos, segundo o calendrio-mor, na era do sculo XXI, com mais de 2012 anos que o redentor Jesus Cristo esteve, em forma humana, na esfera terrestre. E mesmo naquela poca, no escapou nem mesmo um de seus discpulos, num total de 12, de se envolver em corrupo e traio, e todos foram escolhidos a dedo por Ele. E de l para c, o charlatanismo, a lavagem cerebral e a roubalheira ocorrem dia e noite disfaradamente, nos templos, igrejas e afins.

    Bem prximo de nossos olhos, h uma Cmara Municipal, uma Assembleia Legislativa, Congresso e ou Senado Federal. Nestes locais, esto os verdadeiros representantes dos mais de 140.000 brasileiros. Fora de qualquer comentrio quanto aos milhares de vereadores que s vezes se renem uma vez por ms para deliberar sabe-se l o qu, com ganhos trs, cinco, dez, 20 vezes mais do que, por exemplo, um mdico. Indignao. Esta a palavra utilizada para demonstrar o sentimento dos milhes de usurios que pagam adiantado e que dependem do transporte pblico em capitais e cidades que exigem tal mobilidade. No tem como no se chocar com as centenas de denncias indicativas reais de desvio de verbas na sade, agricultura, transporte, entre outros, inclusive nas prprias instituies que so consideradas como filantrpicas.

    Os rgos que devem desenvolver as chamadas fiscalizaes tambm so munidos de humanos. Mas ainda assim, h servidores que desenvolvem seus ofcios com a lealdade a que requer suas funes.

    H um estremecimento no meio poltico quanto eficaz ao policial por nome de Operao Monte Carlo, e, ao que tudo indica, o que se descobriu apenas o comeo de uma pequena parte da banda podre que contamina nosso meio poltico, pblico e empresarial.

    Mas preciso resistir. Ter confiana. Acreditar. Ainda h esperana de o bem triunfar sobre o mal, muito

    embora todos ns estejamos impregnados com o DNA provindo de Ado e Eva, onde tudo isso comeou.

    48 ECONOMIAGovernador MarconiPerillo, comemora avano da economia goiana

    74COTIDIANODorizan Ribeiroem busca doresgate e dastradies dosgoianos

    11 ENTREVISTAMinistro doSupremo TribunalFederal, GilmarMendes e o CNJ

    42 MUNICPIOSMaria do Carmo,prefeita de Santarmdo Par, apoio totalao programa MinhaCasa Minha Vida

    JORNALISTA MILTON FERREIRA

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    ENSAIO

    C

    BANCADA DO PSDB PEDE AO EX-GOVERNADOR JOS SERRA QUE DISPUTE AS ELEIES PREFEITURA DE SO PAULO

    om 22 deputados, a bancada do PSDB na Assembleia Legis-lativa de So Paulo divulgou uma nota para pedir ao ex-

    -governador Jos Serra que dispute a eleio Prefeitura de So Paulo.

    De acordo com os deputados, Serra deve entrar na eleio sem precisar disputar as prvias.

    Reconhecemos a grandeza dos que pleiteiam a candidatura e destacamos que todos so homens pblicos de respeito e de grande contribuio ao nosso partido. Uma das principais marcas do PSDB sempre foi a unidade e no ser di-ferente nessas eleies municipais, afirma o deputado Orlando Moran-do, lder do PSDB na Assembleia, que assina a nota.

    No ltimo dia 14, o governa-dor Geraldo Alckmin indicou que a definio do candidato tucano ter que esperar Serra decidir seu futuro poltico.

    Na ltima semana, os dois pas-saram a negociar as condies para uma possvel candidatura de Serra a prefeito, revelado pela Folha.

    O novo cenrio deixou alar-mados os quatro pr-candidatos inscritos para as prvias convocadas pelo partido para o dia 4 de maro.

    Se ele quiser ser, um ti-mo candidato. Essa uma deciso pessoal do Serra que ns devemos

    aguardar, afirmou Alckmin.Uma das condies apre-

    sentadas pelo ex-governador para considerar a disputa que Alckmin desarme a disputa interna, pacificando o partido para sua campanha.

    Serra recebeu uma romaria de tucanos nos ltimos dias. Avaliou que seria um desastre para qualquer projeto poltico do PSDB uma aliana entre o PT e o PSD, do prefeito Gilberto Kassab.

    Para o ex-governador, isso seria a vitria de um pro-jeto do ex-presidente Lula e transformaria a oposio numa minoria absoluta.

    Se o Serra quiser ser can-didato, ter que disputar as prvias. Estamos trabalhando nisso h seis meses, afirmou o secretrio estadual de Energia, Jos Anbal, um dos quatro can-didatos s prvias.

    O secretrio de Cultura, Andrea Matarazzo, que amigo de Serra e tambm est inscrito para as prvias, disse apenas que quem define a questo o PSDB e o governador.

    O deputado Ricardo Tr-poli disse que as prvias no podem ser canceladas. Outro pr-candidato o secretrio do Meio Ambiente, Bruno Covas.

    VEM, SERRA, VEM

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    En vol vi dos no tu mul to da apu ra odas es co las de sam ba de SoPau lo, Ti a go Ci ro Ta deu Fa ria, 29,e Cau San tos Pe rei ra, 20, ti ve -

    ram su as fi an as pa gas no dia 23 defevereiro e con se gui ram li ber da de pro vi -s ria, se gun do in for ma o da Ad mi nis -tra o Pe ni ten ci ria de So Pau lo.

    O va lor da fi an a, de acor do com oad vo ga do da Ga vi es da Fi el, Da vi Ge -ba ra Ne to, de R$ 12.400 ca da. Osdois fi ca ram pre sos desde quar ta-fei ra(22) na pe ni ten ci ria de Tre mem b, noVa le do Pa ra ba, que fi ca a 140 qui l -me tros da ca pi tal pau lis ta.

    Ti a go foi o res pon s vel por ini ci ar otu mul to na apu ra o na ter a-fei ra, ete ve a fi an a pa ga por sua mu lher.Cau, in te gran te da Ga vi es da Fi el,tam bm par ti ci pou da con fu so e te vesua fi an a pa ga pe la tor ci da or ga ni za -da. Ele ne ga que te nha chu ta do o tro fudes ti na do es co la cam pe.

    Ale xan dre Sa lo mo, di re tor da es co -la de sam ba Ca mi sa Ver de e Bran co, foiin di ci a do pe los cri mes de su pres so dedo cu men tos e da no ao pa tri m nio p -bli co. Ele foi ou vi do na quin ta-fei ra (23)pe lo de le ga do Os val do Ni co Gon al -ves, da De le ga cia de Aten di men to aoTu ris ta (De a tur), e vai res pon der em li ber -da de por que no hou ve fla gran te. Ele uma das pes so as que en tra ram na reada apu ra o e jo ga ram no tas pa ra o ar.

    Ou tra in te gran te da Ca mi sa Ver de eBran co, Jo s lia San tos, tam bm foi ou -vi da pe lo de le ga do e de ve as si nar ter mocir cun stan ci a do por in ci ta o ao cri me.A pe r cia vai ava li ar as ima gens do tu -mul to pa ra ave ri guar se a sus pei ta in ci -tou as pes so as a co me ter o cri me.

    En ve lo pes va zi osAdri a no Sa les Va ni, ad vo ga do de

    Ale xan dre Sa lo mo, dis se que o di re torda Ca mi sa Ver de e Bran co no fez umain va so. O que ele fez foi pro cu rar osvo tos que ha vi am si do sub tra dos. Es tesvo tos po de ri am ter sal va do a Ca mi saVer de do re bai xa men to. A in ten o de leno era des tru ir na da, e sim re cu pe raros vo tos que fo ram sub tra dos. As ima -gens so cla ras, ele ras ga ape nas en ve -lo pes va zi os, afir mou.

    Se gun do o ad vo ga do, Ale xan dreSa lo mo pro cu rou os vo tos, no os en -con trou e en to jo gou fo ra os en ve lo pesva zi os. A pe r cia vai com pro var o quefoi pe go e o que no foi pe go. O quefoi ras ga do e o que no foi ras ga do.

    Ele afir mou que Ale xan dre ti nha au to -ri za o da PM pa ra en trar na rea deapu ra o por que re pre sen ta va o pre si -den te da Ca mi sa Ver de e Bran co. Eleque ria fa lar com o pre si den te da Li ga porcau sa de uma no ta de co mis so de fren -te, a hou ve o tu mul to em que der ru ba -ram aque les por tes e en tra ram.

    Tumulto

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    Com fianas pagas,presos na apurao do carnaval de SPsero soltos

    Depoimentos bem articulados geramsuspeitas de acordo entre as escolasOs de poi men tos con ti nu a ram nasex ta-fei ra (24), quan do fo ram ou -vi dos in te gran tes das es co las P ro -la Ne gra, Ga vi es da Fi el e TomMai or. De acor do com o de le ga doGon al ves, h sus pei ta de quehou ve acor do en tre as es co las pa -ra que a apu ra o fos se in ter rom -pi da por que os de poi men tos es -to bem ar ti cu la dos. (Ma ri a na Pa -si ni, do UOL, em So Pau lo)

    TUMULTO

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  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 11

    ENTREVISTA

    Q

    GILMAR MENDES, MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    A TAREFA MAIS IMPORTANTE DO CNJ DE PLANEJAMENTO

    Qual o papel do CNJ?O CNJ tem um papel multifor-

    me, variado. Sua principal funo no a investigao. Eu diria que a tarefa de planejamento mais im-portante, a tarefa de interpretao, de produo, de seleo de dados e de comunicao de dados, para o planejamento, o diagnstico para as aes. mais importante saber se temos uma distribuio adequada de juzes a partir dos resultados obtidos. A tarefa normativa de regular, de disciplinar, pode ser mais importante porque, com isso, se evita uma srie de desvios. Se existe uma boa disci-plina em matria de distribuio de processos, um sistema eletrnico de distribuio de processos, se evita a falta na distribuio. E com isso se eli-mina uma srie de problemas conhe-cidos, de desvios, de liminares, que s

    POR PEDRO CANRIO E RODRIGO HAIDAR

    uem presenciou a veemn-cia com que o ministro Gilmar Mendes defendeu a competncia originria do

    Conselho Nacional de Justia, em sesso no Supremo Tribunal Fede-ral, pode ter ficado com a impres-so de que ele considera o poder de investigao do rgo a mais importante de suas atribuies. No por menos. Entre outras coisas, Mendes afirmou que at as pedras sabem que as corregedorias no funcionam quando se cuida de julgar os prprios pares. A seguir, leia os principais trechos da entrevista.

    vezes nem envolve o juiz, mas toda uma estrutura viciada. preciso disciplina para que o juiz realmente esteja na comarca. Regras bsicas que j esto previstas. Por outro lado, sabemos que as corregedorias tm muita dificuldade para fazer investigaes nos tribunais. Ento, impe-se a ao do CNJ de forma direta. Agora, imaginar que o CNJ

    vai sair a investigar cada juiz sobre o qual houver uma denncia iluso.

    No ano passado, o senhor alertou para uma crise numrica que se avizinhava, que era a do volume de habeas corpus. A crise chegou. Os ministros do STJ recebem, por dia til, cerca de 30 pedidos de HC com liminares. O senhor acha que h abu-

    Fotos: Divulgao

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    so no manejo de habeas corpus hoje?Mentalmente sempre possvel pensar em novas formas. Agora, o que ns temos, em uma avaliao simples, um ndice de concesso de habeas corpus que chega a 30%, por exemplo, na 2 Turma do Supremo. um ndice alto depois de o problema ter passado por todas as instncias. E um olhar atento verificar que esta-mos discutindo a priso provisria, a denncia recebida em primeiro grau, detalhes do processo criminal na sua origem. Algumas vezes, questes ligadas demora na priso provisria e coisas do tipo. Ento, diante desse quadro, como justificar a restrio ao habeas corpus? J se pensaram vrias formas. Por exemplo, que a leso ter que ter sido perpetrada no tribunal imediatamente inferior ao Supremo. Mas como separar uma coisa da outra do ponto de vista de efetividade?

    No faz muito tempo que o Supremo declarou inconstitucionais benef-cios fiscais concedidos pelos Esta-dos, que provocam a chamada guer-ra fiscal. Ainda assim, h Estados concedendo benefcios fiscais em relao a ICMS, por exemplo. Esse um caso de smula vinculante?

    Talvez, em algum momento. Mas esse um caso que reclama certa ponderao porque nos coloca diante de uma questo poltica muito delica-da, que a falta de polticas regionais e de gesto. Ento, eventualmente, precisamos levar isso em conta. O governo federal, obviamente, no se anima a entrar nesse debate porque ter eventualmente que pagar a conta. Isso envolve discusses sobre dvidas, polticas regionais e, necessa-riamente, novos recursos. Por isso um tema to solto que se transforma na selva que est a. Do ponto de vista apenas formal, no difcil o tribunal editar uma smula vinculante.

    A PEC dos Recursos uma boa sada para dar efetividade para as decises judiciais?

    Acredito que no. Embora a PEC

    so. Criamos uma secretaria para tratar do tema, passamos a verificar os casos no tribunal, criamos a figura do juiz instrutor e evitamos a delegao. Os processos criminais passaram a ter resultados, a despeito dos problemas de tempo. O STJ pode fazer a mesma coisa. O Judicirio tem de melhorar muito em termos de estrutura. Diante disso, a PEC dos Recursos uma boa metfora. A ideia uma boa metfora.

    Em defesa da PEC dos Recursos, o presidente do STF deu o exem-plo do caso do jornalista Pimenta Neves, que, condenado, recorreu tanto que s foi preso quase 11 anos depois do assassinato da Sandra Gomide. Esse no um exemplo que justifica a proposta?

    Observe que o Pimenta Neves levou seis anos para ser julgado pelo Tribunal do Jri em So Paulo. Ento, a maior demora no ocorreu nas demais instncias, mas sim na originria. Voltamos ao problema da estrutura, no dos recursos, j que demorou seis anos para que ele fosse condenado em primeiro grau. Perce-be-se muita mstica em torno desse assunto. E um remdio que causa muito mais males do que benefcios, a meu ver. E criar problemas srios. O Recurso Extraordinrio passaria a ter efeito rescisrio. Mas quando ns revertssemos, por exemplo, uma condenao em desapropriao, o di-nheiro j no teria sido gasto? As fun-es do Supremo e do STJ passariam a ser comprometidas no Recurso Extraordinrio e no Recurso Especial. Podemos usar os remdios normais. Precisamos fazer a Justia usar, e dispomos hoje de mecanismos para faz-lo, metas, julgamentos, foco na rea penal, associar isso com se-gurana pblica. Quer dizer, o Pas precisa se estruturar em torno disso.

    O CNJ vinha dando grandes avanos nesse sentido, no?

    Sim. E necessrio se estruturar para fora do Judicirio. A questo da

    seja abrangente, toda sua justificativa a impunidade na rea criminal. Mas a h uma srie de problemas que comeam no inqurito. Por exem-plo, o Conselho Nacional de Justia descobriu, em Alagoas, quatro mil homicdios sem sequer o inqurito aberto. Eram quatro mil homicdios, sem dvidas. E nem inqurito tinham. Diante desse quadro, de problemas dessa gravidade, eu vou discutir re-cursos criminais no Superior Tribunal de Justia e no Supremo? H crimes de competncia de tribunal do jri com ameaa de prescrio no Brasil todo.

    Pernambuco, por exemplo, tem mil casos de jri para prescrever em torno de Jaboato do Guararapes (cidade da regio metropolitana de Recife).

    Mas esses crimes no prescrevem em 20 anos?

    Exato. So homicdios e tentati-vas de homicdio, que so de compe-tncia de jri, que prescrevem em 20 anos. E a eu vou discutir recurso nos tribunais? esse o problema da Justi-a criminal? Quer dizer, vamos olhar para a estrutura e melhorar. Aqui no Supremo, por exemplo, com a criao dos cargos de juiz instrutor, com foco, dando certa prioridade aos processos criminais, comeamos a julgar. Mas h um trabalho de estrutura por trs dis-

    ENTO, IMPE-SE A AO DO CNJ DE

    FORMA DIRETA. AGORA, IMAGINAR QUE O CNJ

    VAI SAIR A INVESTIGAR CADA JUIZ SOBRE O QUAL HOUVER UMA DENNCIA ILUSO

    ENTREVISTA

  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 13

    Justia criminal uma questo de segurana pblica. Algum que per-tence a uma organizao criminosa preso e, depois de trs anos, solto. Por qu? Porque a Justia no conse-gue julgar. Isso um problema de se-gurana pblica. Tudo isso precisaria ser visto dentro de uma estratgia. Por isso que ns lanamos h tempos a ideia de uma estratgia de seguran-a pblica, com focos para terminar os inquritos, terminar os processos, comear a tomar determinadas me-didas no processo criminal. Isso pre-cisaria ter seguimento. Mas no como tarefa apenas do Judicirio. Isso uma tarefa de todos os rgos envolvidos com o problema. necessrio atentar para a ressocializao. A Justia um cenrio importante, mas apenas um dos cenrios. preciso integrar os sistemas e ter uma viso menos compartimentada do fenmeno.

    necessrio adotar critrios para definir em quais casos ou momentos o MP deve atuar?

    Exatamente. Que tipo de opo preferencial vai fazer o agente do Ministrio Pblico? Haver grupos encarregados dessa misso? Isso tudo precisaria de regras e de defini-es institucionais muito mais claras. Eu no vejo dificuldades de se pensar em uma atividade do Ministrio Pbli-co nessa rea, mas preciso que haja cuidado, sob pena de se criar uma insegurana jurdica. Ns tivemos um caso de habeas corpus em que al-gum era investigado h dois ou trs anos pelo Ministrio Pblico e soube disso quando se divulgou a notcia no jornal. Quando se abre um inqurito contra algum, se sabe que h um in-qurito contra algum. Agora, quan-do se faz esse tipo de investigao a partir da gaveta de um membro do Ministrio Pblico, h um quadro de total falta de controle, inclusive, do processo de investigao. Ento, h muitas questes que precisam ser de-vidamente esclarecidas. No se pode dizer que a investigao por si s absurda, at porque muitas vezes o

    membro do Ministrio Pblico dispe de condies adequadas de realizar o trabalho. Mas preciso que haja realmente algumas definies legais e institucionais.

    H algo de concreto que o Judicirio possa fazer neste ponto de polticas pblicas?

    Podemos ter o auxlio de peri-tos para decidir essas questes na rea de sade. Na minha gesto no CNJ, e a ideia teve continuidade com o ministro Peluso, fizemos um plano para tentar criar grupo de peritos voluntrios que auxiliem o juiz nes-sas demandas para que ele no d respostas extravagantes, para que saiba de fato quando est decidindo sobre um caso grave e que tipo de iniciativa ele pode tomar. E h outras questes, que envolvem poltica de sade. A ao do Judicirio pode aca-bar sendo desorganizadora, tumultu-ria, onerosa para os cofres pblicos. Mas o Estado poderia agir para que os medicamentos tivessem preos compatveis por meio da quebra de patentes ou com negociaes com as prprias multinacionais, como ocorreu no pacote de medicamentos para a aids.

    Neste caso, o Brasil se tornou exem-plo mundial...

    Exatamente. Agora, isso no pode ser feito pelo Judicirio. Isso poltica pblica. O juiz tem que estar consciente de que pode estar sendo at cooptado involuntariamente. Tivemos na audincia pblica que foi realizada aqui no Supremo a in-dicao de que havia fraudes. Labo-ratrios estimulavam o ajuizamento de aes para que determinados medicamentos fossem prescritos. A discusso complexa. Os juzes apenas sabem que existe nos autos. Algum precisa daquele medica-mento e se ele no tiver argumentos contrrios, ir conceder, por falta da implementao devida do servio.

    Ano passado, o Supremo discutiu em diversas sesses o direito liberdade de manifestao e de expresso. Foi o que aconteceu no julgamento da chamada Marcha da Maconha. Quais os limites? vlido defender pacificamente qualquer ideia?

    Essa questo extremamente delicada. No julgamento, chamei a ateno para a necessidade de deli-mitarmos que estvamos discutindo apenas a questo referente poltica de descriminalizao das drogas. Porque podemos ter, daqui a pouco, outros tipos de propostas que a pr-pria Constituio no contempla ou at que exija uma proteo especfica para determinados valores.

  • 16 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

    PAULO AMORIM DEVE SERETRATAR COM HERALDOPEREIRA POR EXPRESSONEGRO DE ALMA BRANCA Os jornalistasHeraldo Pereira,da TV Globo, ePaulo HenriqueAmorim (foto), daTV Record e doblog ConversaAfiada, entraramem um acordo,em audincia deinstruo e julga-mento realizadano ltimo dia 15,em Braslia (DF),referente aomovida porPereira contraAmorim pordanos morais. Aao movidapelo jornalistaHeraldo Pereira(foto) questiona-va a anlise feitapor Amorim, naqual chamava ocolega de profis-so de negro de alma branca einsinuava que Heraldo fosse emprega-do do ministro do Supremo TribunalFederal (STF), Gilmar Mendes.

    16 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br 17 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    VENDAS DE NOVAS LINHAS EMPERNAMBUCO ESTO PROIBIDASOs pernambucanos tm menos umaopo na hora de habilitar linhas decelular ou optar pela portabilidade.Devido falta de qualidade nos seusservios, a Tim, operadora de telefoniamvel, foi proibida por liminar daJustia de vender novas linhas noEstado. A deciso do juiz CludioKitner vale at que a empresa instaleequipamentos necessrios para o bomfuncionamento dos celulares de todosos seus clientes.

    HADDAD INDICA QUEUSAR RENNCIA PREFEITURA CONTRA SERRAPr-candidato do PT na eleiomunicipal de So Paulo,Fernando Haddad (foto) indicou que vai explorar arenncia de Jos Serra prefeitura em 2006, caso otucano confirme sua entradana disputa.

    FLU DERROTA BOTAFOGO E GARANTE FINAL DA TAA GUANABARAO Fluminense ficou na final da Taa Guanabara. O time de Diego Cavalieri,que pegou duas penalidades, se classificou aps vencer o Botafogo nascobranas de pnaltis por 4 a 3. No tempo normal, as equipes empataram por1 a 1, com gols de Elkeson para o Alvinegro e Leandro Euzbio para o Tricolor,todos no segundo tempo. Loco Abreu foi o vilo para o Bota. O uruguaio desperdiou a sua chance e confirmou a queda da sua equipe no torneio.Lucas (Botafogo) e Jean (Fluminense) tambm perderam as cobranas.BRASIL IR CORTAR

    CERCA DE R$ 50 BI DO ORAMENTO, DIZ PIMENTELO governo brasileiro devecortar cerca de R$ 50 bilhes em gastos de seuOramento de 2012 paraajudar a cumprir suas metasfiscais, afirmou o ministro doDesenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior, Fernando Pimentel.

    RENATO ARAGO SER HOMENAGEADO NO RISADARIA 2012O comediante Renato Arago (foto)ser o homenageado da terceiraedio do Risadaria, um dos maioresfestivais de humor da Amrica Latina,que acontece entre 22 e 25 de marono Pavilho da Bienal do Ibirapuera(zona sul de So Paulo).

    APS ACORDO, PRESIDNCIA DA CONAB

    FICAR NOVAMENTE COM PTBAcordo com o PMDB vai

    garantir ao PTB novamenteindicar o presidente da

    Companhia Nacional deAbastecimento (Conab).

    O ministro Mendes Ribeiro(Agricultura/foto)) j foi avisadopelo governo de que ter que

    aceitar o nome levado pelo lderdo PTB na Cmara, deputado

    Jovair Arantes (GO).

    AMEAA DE BOMBA EM HOSPITAL Policial do Grupo de Aes Tticas Especiais (Gate) trabalha na retirada desuposta bomba no Hospital das Clnicas de Ribeiro Preto (SP). Dois andaresdo prdio tiveram de ser interditados e 12 cirurgias foram suspensas. Deacordo com testemunhas, um mototaxista deixou na recepo do HC umpacote endereado diretoria que tinha um artefato como um explosivo, umrelgio digital e duas cartas: Voc acaba de acionar a bomba, ponha acaixa na mesa e saia da sala, dizia uma delas.

    [email protected]

    Curtas e Rpidas

    Fotos: Divulgao

  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 17

    PAULO AMORIM DEVE SERETRATAR COM HERALDOPEREIRA POR EXPRESSONEGRO DE ALMA BRANCA Os jornalistasHeraldo Pereira,da TV Globo, ePaulo HenriqueAmorim (foto), daTV Record e doblog ConversaAfiada, entraramem um acordo,em audincia deinstruo e julga-mento realizadano ltimo dia 15,em Braslia (DF),referente aomovida porPereira contraAmorim pordanos morais. Aao movidapelo jornalistaHeraldo Pereira(foto) questiona-va a anlise feitapor Amorim, naqual chamava ocolega de profis-so de negro de alma branca einsinuava que Heraldo fosse emprega-do do ministro do Supremo TribunalFederal (STF), Gilmar Mendes.

    16 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br 17 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    VENDAS DE NOVAS LINHAS EMPERNAMBUCO ESTO PROIBIDASOs pernambucanos tm menos umaopo na hora de habilitar linhas decelular ou optar pela portabilidade.Devido falta de qualidade nos seusservios, a Tim, operadora de telefoniamvel, foi proibida por liminar daJustia de vender novas linhas noEstado. A deciso do juiz CludioKitner vale at que a empresa instaleequipamentos necessrios para o bomfuncionamento dos celulares de todosos seus clientes.

    HADDAD INDICA QUEUSAR RENNCIA PREFEITURA CONTRA SERRAPr-candidato do PT na eleiomunicipal de So Paulo,Fernando Haddad (foto) indicou que vai explorar arenncia de Jos Serra prefeitura em 2006, caso otucano confirme sua entradana disputa.

    FLU DERROTA BOTAFOGO E GARANTE FINAL DA TAA GUANABARAO Fluminense ficou na final da Taa Guanabara. O time de Diego Cavalieri,que pegou duas penalidades, se classificou aps vencer o Botafogo nascobranas de pnaltis por 4 a 3. No tempo normal, as equipes empataram por1 a 1, com gols de Elkeson para o Alvinegro e Leandro Euzbio para o Tricolor,todos no segundo tempo. Loco Abreu foi o vilo para o Bota. O uruguaio desperdiou a sua chance e confirmou a queda da sua equipe no torneio.Lucas (Botafogo) e Jean (Fluminense) tambm perderam as cobranas.BRASIL IR CORTAR

    CERCA DE R$ 50 BI DO ORAMENTO, DIZ PIMENTELO governo brasileiro devecortar cerca de R$ 50 bilhes em gastos de seuOramento de 2012 paraajudar a cumprir suas metasfiscais, afirmou o ministro doDesenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior, Fernando Pimentel.

    RENATO ARAGO SER HOMENAGEADO NO RISADARIA 2012O comediante Renato Arago (foto)ser o homenageado da terceiraedio do Risadaria, um dos maioresfestivais de humor da Amrica Latina,que acontece entre 22 e 25 de marono Pavilho da Bienal do Ibirapuera(zona sul de So Paulo).

    APS ACORDO, PRESIDNCIA DA CONAB

    FICAR NOVAMENTE COM PTBAcordo com o PMDB vai

    garantir ao PTB novamenteindicar o presidente da

    Companhia Nacional deAbastecimento (Conab).

    O ministro Mendes Ribeiro(Agricultura/foto)) j foi avisadopelo governo de que ter que

    aceitar o nome levado pelo lderdo PTB na Cmara, deputado

    Jovair Arantes (GO).

    AMEAA DE BOMBA EM HOSPITAL Policial do Grupo de Aes Tticas Especiais (Gate) trabalha na retirada desuposta bomba no Hospital das Clnicas de Ribeiro Preto (SP). Dois andaresdo prdio tiveram de ser interditados e 12 cirurgias foram suspensas. Deacordo com testemunhas, um mototaxista deixou na recepo do HC umpacote endereado diretoria que tinha um artefato como um explosivo, umrelgio digital e duas cartas: Voc acaba de acionar a bomba, ponha acaixa na mesa e saia da sala, dizia uma delas.

    [email protected]

    Curtas e Rpidas

    Fotos: Divulgao

  • 18 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 19

  • Go i nia, as sim co mo o Es ta -do de Go i s, vem se des -pon tan do em di ver sos as -pec tos eco n mi cos do Pa s

    e, nos l ti mos qua tro anos, a re gi oque apre sen ta mai or es ta bi li da de nose tor da cons tru o ci vil. As so cia dasao cres ci men to da ci da de, ine vi ta vel -men te sur gem di ver sas pro pos tas decons tru to ras pa ra com pra de im veisna plan ta, j que o seg men to pas sapor um bo om na Ca pi tal.

    Com o cr di to mais f cil e a va ri e da dede im veis na plan ta, prin ci pal men te emre la o aos pre os, o con su mi dor maisafoi to po de, em vez de con quis tar o gran -de so nho da ca sa pr pria, vi ver um ter r velpe sa de lo. A pro va dis so es t no au men todo n me ro de re cla ma es con tra cons tru -to ras jun to ao Ibe dec Se o Go i s.

    De acor do com es ta ts ti ca do Ibe -dec, fo ram re gis tra das 481 re cla ma espe lo atra so da obra em 2010 e 954 noano de 2011, o que sig ni fi ca al ta de98% em com pa ra o ao mes mo pe r o -do de 2010.

    Di an te des te ce n rio, o Ins ti tu to Bra -si lei ro de Es tu do e De fe sa das Re la esde Con su mo Se o Go i s (Ibe dec-GO) aler ta os con su mi do res sobre oassunto. De pois do ca sa men to, a com -pra do im vel pr prio o se gun do atoci vil mais im por tan te na vi da do bra si lei -ro, dis se o pre si den te da en ti da de, Wil -son C sar Ras co vit. O pro ble ma que,com o aces so ao cr di to ca da vez maisf cil e r pi do, as pes so as vi si tam os em -pre en di men tos imo bi li rios e j sa em del com o con tra to as si na do, sem sub me -t-lo an li se de um ad vo ga do, o que im pres cin d vel, ex pli ca.

    Car ti lha ori en ta con su mi do resPa ra aju dar o con su mi dor a vi ver o

    so nho da ca sa pr pria sem do res deca be a, o Ibe dec-GO es t dis po ni bi li -zan do, gra tui ta men te, uma Car ti lha doCon su mi dor Edi o Es pe ci al Cons tru -to ras, por meio do si te www.ibe -dec.org.br. No con te do des te ma te ri also abor da dos v rios te mas que soim por tan tes pa ra que o con su mi dorno te nha pro ble mas na ho ra de ad -qui rir seu im vel de uma cons tru to ra.

    A car ti lha atu al com o mo men to emque vi ve o Pa s, on de h ele va o cons tan -te no vo lu me de cr di to e na quan ti da dede tran sa es imo bi li rias que es to sen -do re a li za das, re sul ta do de um aque ci -men to no se tor de cons tru o ci vil.

    Pa ra quem vai com prar um im vel, acar ti lha traz di cas pa ra que a pes soa pos -sa tra ar um au to per fil de sua ca pa ci da -de eco n mi ca pa ra com pra do im vel,en si nan do tam bm co mo es co lher a

    cons tru to ra e o im vel ade qua do s ne -ces si da des de ca da fa m lia, alm de lis tarqua is os do cu men tos ne ces s rios pa ra ofe cha men to do ne g cio.

    Pa ra quem j com prou um im vel decons tru to ra e es t en fren tan do al gum ti -po de pro ble ma quan to ao im vel ou aocon tra to de com pra e ven da, a car ti lhatam bm lis ta uma s rie de si tu a es eco mo en fren t-las. Por exem plo: qua isos di rei tos do com pra dor em ca sos deen tre ga de um im vel com atra so; pra zode ga ran tia do im vel; im vel com in fil -tra es ou ra cha du ras; res ci so de con -tra to, en tre ou tros.

    Convocao para aes coletivasO Ibedec-GO convoca todos os

    consumidores que tenham problemasde atraso na entrega dos imveis, devcios nos contratos ou nos imveis, aentrar em contato para promover aescoletivas ou individuais.

    Vale ressaltar que as aes coleti-vas so um tipo de processo em queum grupo de consumidores, lesado poruma empresa, entra com uma nicaao por meio do Ibedec-GO, paraquestionar os problemas ou cobrar asindenizaes cabveis. Para tanto,basta que os consumidores renamdocumentos e provas dos fatos e seassociem ao instituto.

    A ao coletiva goza deiseno de custas e colaboracom a celeridade do PoderJudi cirio, pois uma nicaao pode representar 200,300 proprietrios deimveis no mesmo prdio.

    (Marjorie Avelar)

    Defesa do Consumidor

    21 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    Reclamaes contra atrasos de obras na plantaG

    o i nia, as sim co mo o Es ta -do de Go i s, vem se des -pon tan do em di ver sos as -pec tos eco n mi cos do Pa s

    e, nos l ti mos qua tro anos, a re gi oque apre sen ta mai or es ta bi li da de nose tor da cons tru o ci vil. As so cia dasao cres ci men to da ci da de, ine vi ta vel -men te sur gem di ver sas pro pos tas decons tru to ras pa ra com pra de im veisna plan ta, j que o seg men to pas sapor um bo om na Ca pi tal.

    Com o cr di to mais f cil e a va ri e da dede im veis na plan ta, prin ci pal men te emre la o aos pre os, o con su mi dor maisafoi to po de, em vez de con quis tar o gran -de so nho da ca sa pr pria, vi ver um ter r velpe sa de lo. A pro va dis so es t no au men todo n me ro de re cla ma es con tra cons tru -to ras jun to ao Ibe dec Se o Go i s.

    De acor do com es ta ts ti ca do Ibe -dec, fo ram re gis tra das 481 re cla ma espe lo atra so da obra em 2010 e 954 noano de 2011, o que sig ni fi ca al ta de98% em com pa ra o ao mes mo pe r o -do de 2010.

    Di an te des te ce n rio, o Ins ti tu to Bra -si lei ro de Es tu do e De fe sa das Re la esde Con su mo Se o Go i s (Ibe dec-GO) aler ta os con su mi do res sobre oassunto. De pois do ca sa men to, a com -pra do im vel pr prio o se gun do atoci vil mais im por tan te na vi da do bra si lei -ro, dis se o pre si den te da en ti da de, Wil -son C sar Ras co vit. O pro ble ma que,com o aces so ao cr di to ca da vez maisf cil e r pi do, as pes so as vi si tam os em -pre en di men tos imo bi li rios e j sa em del com o con tra to as si na do, sem sub me -t-lo an li se de um ad vo ga do, o que im pres cin d vel, ex pli ca.

    Car ti lha ori en ta con su mi do resPa ra aju dar o con su mi dor a vi ver o

    so nho da ca sa pr pria sem do res deca be a, o Ibe dec-GO es t dis po ni bi li -zan do, gra tui ta men te, uma Car ti lha doCon su mi dor Edi o Es pe ci al Cons tru -to ras, por meio do si te www.ibe -dec.org.br. No con te do des te ma te ri also abor da dos v rios te mas que soim por tan tes pa ra que o con su mi dorno te nha pro ble mas na ho ra de ad -qui rir seu im vel de uma cons tru to ra.

    A car ti lha atu al com o mo men to emque vi ve o Pa s, on de h ele va o cons tan -te no vo lu me de cr di to e na quan ti da dede tran sa es imo bi li rias que es to sen -do re a li za das, re sul ta do de um aque ci -men to no se tor de cons tru o ci vil.

    Pa ra quem vai com prar um im vel, acar ti lha traz di cas pa ra que a pes soa pos -sa tra ar um au to per fil de sua ca pa ci da -de eco n mi ca pa ra com pra do im vel,en si nan do tam bm co mo es co lher a

    cons tru to ra e o im vel ade qua do s ne -ces si da des de ca da fa m lia, alm de lis tarqua is os do cu men tos ne ces s rios pa ra ofe cha men to do ne g cio.

    Pa ra quem j com prou um im vel decons tru to ra e es t en fren tan do al gum ti -po de pro ble ma quan to ao im vel ou aocon tra to de com pra e ven da, a car ti lhatam bm lis ta uma s rie de si tu a es eco mo en fren t-las. Por exem plo: qua isos di rei tos do com pra dor em ca sos deen tre ga de um im vel com atra so; pra zode ga ran tia do im vel; im vel com in fil -tra es ou ra cha du ras; res ci so de con -tra to, en tre ou tros.

    Convocao para aes coletivasO Ibedec-GO convoca todos os

    consumidores que tenham problemasde atraso na entrega dos imveis, devcios nos contratos ou nos imveis, aentrar em contato para promover aescoletivas ou individuais.

    Vale ressaltar que as aes coleti-vas so um tipo de processo em queum grupo de consumidores, lesado poruma empresa, entra com uma nicaao por meio do Ibedec-GO, paraquestionar os problemas ou cobrar asindenizaes cabveis. Para tanto,basta que os consumidores renamdocumentos e provas dos fatos e seassociem ao instituto.

    A ao coletiva goza deiseno de custas e colaboracom a celeridade do PoderJudi cirio, pois uma nicaao pode representar 200,300 proprietrios deimveis no mesmo prdio.

    (Marjorie Avelar)

    Defesa do Consumidor

    21 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    Reclamaes contra atrasos de obras na planta

    DEFESA DO CONSUMIDOR

    WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I I 21

  • 22 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

    Sou madura o suficientepara perdoar, mas noidiota o bastante pra confiar de novo

    22 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br 23 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    Antigamente, o homossexualismo eraproibido no Brasil. Depois,passou a ser tolerado. Hoje aceito como coisa normal...Eu vou-me embora antes quese torne obrigatrio

    ARNALDO JABOR

    Vou conversar com o Dorival,como fiz antes da primeiraconvocao para saber se oque eu estava vendo era amesma opinio que ele tinha.O que faz um atleta chegar naseleo o desempenho noclube e o comportamento. Porque quando voc chegaa um degrau alto, voc no pode no ter respeito spessoas que o ajudaram e o colocaram l. Ingratido pior defeito que o ser humano pode ter

    MANO MENEZES, TCNICO DA SELEOBRASILEIRA, DEMONSTRANDO PREOCUPAOCOM A ATITUDE DO JOVEM SANTISTA

    Os psiquiatras dizem que umaem cada quatro pessoas temalguma deficincia mental...Fique de olho em trs dos seusamigos. Se eles parecerem nor-mais, retardado voc

    ANTNIO PALOCCI

    Nunca espereiser algumimportante.Talvez no o seja,mas o que querque eu seja, oque quer que eufaa, ser o queDEUS escolherpara mim. Sintoque Ele observacada passo meu

    (ELVIS PRESLEY)

    Est evidente que oExecutivo no podeficar merc doLegislativo, como o contrrio tambm nopoderia ser acatado

    CONFCIO MOURA, GOVERNADOR DE RONDNIA,QUESTIONA NO SUPREMOTRIBUNAL FEDERAL (STF)EXECUO DE EMENDAS

    AO ORAMENTO

    Estou aqui no para pedir desculpas, e sim perdo.Cheguei em casa e vi o quefiz. Agi de maneira errada,deixei at meu pai e minhame chateados. complicadoenfrentar isso. Estou arrasado.Peo desculpas ao Edu(Dracena), nosso capito, aos companheiros, torcedores, e principalmente ao Dorival

    NEYMAR, EM ENTREVISTA COLETIVA,NA QUAL SE DESCULPOU POR SUAS

    ATITUDES CONTRA O ATLTICO-GO

    No me considere ochefe, considere-meapenas um colega detrabalho que sempretem razo

    GALVO BUENO

    RAFAELA MILANIZ PALERMO

    O amor verdadeiro comeal onde no se esperamais nada em troca

    ANTOINE DE SAINT-EXUPRY

    Ambiente limpo no oque mais se limpa e sim oque menos se suja

    CHICO XAVIER

    Frases

    Preguioso odono da sauna,que vive do suordos outros

    ROBERTO JUSTUS

    At as pedras sabem que ascorregedorias no funcionamquando se cuida de julgar osprprios pares

    MINISTRO GILMAR MENDES

  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 23

    Sou madura o suficientepara perdoar, mas noidiota o bastante pra confiar de novo

    22 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br 23 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    Antigamente, o homossexualismo eraproibido no Brasil. Depois,passou a ser tolerado. Hoje aceito como coisa normal...Eu vou-me embora antes quese torne obrigatrio

    ARNALDO JABOR

    Vou conversar com o Dorival,como fiz antes da primeiraconvocao para saber se oque eu estava vendo era amesma opinio que ele tinha.O que faz um atleta chegar naseleo o desempenho noclube e o comportamento. Porque quando voc chegaa um degrau alto, voc no pode no ter respeito spessoas que o ajudaram e o colocaram l. Ingratido pior defeito que o ser humano pode ter

    MANO MENEZES, TCNICO DA SELEOBRASILEIRA, DEMONSTRANDO PREOCUPAOCOM A ATITUDE DO JOVEM SANTISTA

    Os psiquiatras dizem que umaem cada quatro pessoas temalguma deficincia mental...Fique de olho em trs dos seusamigos. Se eles parecerem nor-mais, retardado voc

    ANTNIO PALOCCI

    Nunca espereiser algumimportante.Talvez no o seja,mas o que querque eu seja, oque quer que eufaa, ser o queDEUS escolherpara mim. Sintoque Ele observacada passo meu

    (ELVIS PRESLEY)

    Est evidente que oExecutivo no podeficar merc doLegislativo, como o contrrio tambm nopoderia ser acatado

    CONFCIO MOURA, GOVERNADOR DE RONDNIA,QUESTIONA NO SUPREMOTRIBUNAL FEDERAL (STF)EXECUO DE EMENDAS

    AO ORAMENTO

    Estou aqui no para pedir desculpas, e sim perdo.Cheguei em casa e vi o quefiz. Agi de maneira errada,deixei at meu pai e minhame chateados. complicadoenfrentar isso. Estou arrasado.Peo desculpas ao Edu(Dracena), nosso capito, aos companheiros, torcedores, e principalmente ao Dorival

    NEYMAR, EM ENTREVISTA COLETIVA,NA QUAL SE DESCULPOU POR SUAS

    ATITUDES CONTRA O ATLTICO-GO

    No me considere ochefe, considere-meapenas um colega detrabalho que sempretem razo

    GALVO BUENO

    RAFAELA MILANIZ PALERMO

    O amor verdadeiro comeal onde no se esperamais nada em troca

    ANTOINE DE SAINT-EXUPRY

    Ambiente limpo no oque mais se limpa e sim oque menos se suja

    CHICO XAVIER

    Frases

    Preguioso odono da sauna,que vive do suordos outros

    ROBERTO JUSTUS

    At as pedras sabem que ascorregedorias no funcionamquando se cuida de julgar osprprios pares

    MINISTRO GILMAR MENDES

  • REFLEXOESTA COLUNA TEM COMO OBJETIVO DEMONSTRAR QUE O TEMPO O SENHOR DA RAZO, QUE ATITUDES E PENSAMENTOS MUDAM DIA A DIA. PENSE NISSO.

    RODRIGO RANGEL

    O TEMPO & ATITUDESGRAVAES REVELAM FAVORES DE CACHOEIRA A DEMSTENES

    TRECHOS DE CONVERSAS OBTIDAS PELA POLCIA FEDERAL DURANTE OPERAO MONTE CARLO, QUE INVESTIGOU ESQUEMA DE EXPLORAO ILEGAL DE JOGOS, MOSTRAM COMO ERA PRXIMA A LIGAO ENTRE O CONTRAVENTOR E O SENADOR CONSIDERADO AT ENTO EXEMPLO DE HONRADEZ E RETIDO. SERIA ESTE O MTODO MAIS RPIDO PARA ALCANAR O PODER OU O MAIS RPIDO PARA O DESCRDITO E O ISOLAMENTO?

    ovos trechos de conversas gravadas pela Polcia Federal durante a Operao Monte Carlo, que investigou um

    esquema de explorao ilegal de jogos com sede em Gois e neg-cios em Braslia e outros Estados da Federao, do mostras da intimi-dade entre o senador Demstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ser o chefe da quadrilha. Os dilogos, aos quais a revista Veja teve acesso, revelam novos favores do contraventor ao senador de oposio. Num deles, gravado em maio do ano passado, Cachoeira avisa ao senador: No esquece do avio, no, t a espe-rando, t?. Em outro telefonema, tambm do ano passado, ao ouvir de Demstenes a queixa de que seu tablet iPad acabara de quebrar,

    Demstenes:- Fala, professor.

    Cachoeira: - No esquece do avio no, t a esperando, t?

    Demstenes:- J liguei pra ele, t indo l, dei uma enrolada aqui.

    Cachoeira diligente na soluo: diz que vai mandar algum entregar um aparelho novo ao senador.

    A conversa em que Cachoeira se refere ao avio datada de 20 de maio de 2011, uma sexta-feira, e foi registrada nos relatrios da Polcia Federal sob o ttulo Carlinhos ofe-rece aeronave para Demstenes:

    Fotos: Divulgao

    N

    24 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

  • EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 25

    Cachoeira Eu vi, eu vi as cenas l, hein?

    Demstenes ... Isso bom, hein. Isso bom que d um tiro direto neles a n, a gente faz a CPI do PT.

    Cachoeira Exatamente. Beleza.

    Demstenes Falou mestre, um abrao.

    Cachoeira Outro, doutor. Tchau.

    O dilogo em que Cachoeira diz que providenciar um tablet novo para o senador se deu duas semanas depois, em 4 de junho. Num dos rela-trios da operao, a PF resumiu as-sim a conversa: Demstenes recla-ma que seu iPad deu pau, Carlinhos diz que vai mandar algum entregar um novo. No mesmo telefonema, Demstenes diz a Cachoeira que est se dirigindo ao aeroporto para bus-car o Toffoli. De acordo com fontes ligadas investigao, trata-se do ministro Jos Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

    Em 11 de agosto de 2011, Cacho-eira e Demstenes conversam sobre o que seria, na avaliao do senador, um tiro direto no PT. Demstenes fala em abrir uma comisso parla-mentar de inqurito para investigar o partido do governo:

    Em outra conversa, Cachoeira fala com a mulher de Demstenes, Flvia, que comemora a obteno de sua carteira da Ordem dos Advo-gados do Brasil e trata com o contra-ventor a possibilidade de o senador se transferir para o PMDB. Cachoeira se mostra favorvel mudana de partido e tambm confiante de que um dia seu amigo Demstenes possa se tornar ministro da Suprema Corte.

    Flvia T com a vermelha no bolso, pode arrumar cliente a pra mim (...) T com a vermelhaa no bolso (...)Cachoeira - Ah, sua carteira, n? Parabns, viu? Voc vai usar ela muito e s em causa grande.Flvia Eu fui num jantar no Sarney com o Demstenes, o Demstenes hoje um dos influentes que existem no quadro nacional todo, tem trnsito com todo mundo.Cachoeira , sei disso. Ele j foi pro PMDB no?Flvia No, mas o Renan [refere-se a Renan Calheiros, um dos caciques do PMDB] t todo amor por ele que t assustando.Cachoeira Ele me falou, voc acha que ele vai?Flvia Carlinhos, uma deciso to difcil, n? Acho que uma das decises mais difceis que ele tem que tomar essa, viu? Muito complicado, eu acho muito complicado.Cachoeira , mas ele no tem sada, no. Ele tem que ir para o PMDB. Vai fundir o PSDB com o DEM, a ele tem que ir pro PMDB, at virar STF, n? A voc no pode advogar e pronto.

    Carlinhos Cachoeira, ento, vol-ta a parabenizar a mulher do senador por ter obtido a carteira da OAB e ela arremata, agradecendo: Obrigada. Essa conquista a nossa. Depois vamos tomar um champagne.

    Procurado por Veja, Dems-tenes no atendeu as ligaes. Sua assessoria informou que ele no est dando entrevistas sobre

    a investigao. E repassou a tarefa ao advogado do senador, Antnio Carlos Almeida Castro, criminalista estrelado de Braslia, tambm co-nhecido como Kakay. O advogado diz que no falar pontualmente so-bre os dilogos sem antes ter acesso ntegra das conversas envolvendo Demstenes. Ele afirma que esteve pessoalmente com o procurador-

    -geral da Repblica, Roberto Gurgel, para pedir acesso s escutas, mas at hoje no foi atendido. Ou essas conversas so triviais e no tm ind-cio de crime ou os encarregados da investigao teriam que ter passado isso imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, por envolver um senador. Se isso no foi feito, a in-vestigao ilegal, diz o advogado.

  • 26 I EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR

    PIAU

    OURO QUE BRO TA DA TERRA

    DESENVOLVIMENTO

    MILTON FERREIRA

    CONSIDERADA UMA DAS REGIES MAIS PRODUTIVAS DO PAS, ESTADO PROMETE ELEVAR O PIB POR MEIO DO PLANTIO DE GROS E QUER ALCANAR O 5 LUGAR NO RANKING NACIONAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

    26 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR

  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I 27

    PIAU

    OURO QUE BRO TA DA TERRA

    WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I I 27

    Foto: Revista Povo

  • m toda a histria brasileira, desde o seu descobrimento at chegarmos era atual, houve mistura de povos para

    que as regies se desenvolvessem. Na prpria histria do descobrimento citado nesta reportagem, h uma de-monstrao de que os povos sempre trocaram experincias entre si em busca de aprimoramento.

    isto que est acontecendo no novo Piau, onde vrias famlias de diferentes lugares se misturam com nativos procurando adotar uma parceria em que todos ganhem com o retorno gerado pela aplicao dos impostos, investimentos e abertura de novos empregos.

    Isso amplia o Produto Interno Bruto (PIB), que revela o valor de toda riqueza gerada no Pas em um determinado perodo. Seu aumento representa mais qualidade de vida, dignidade e cidadania para a ges-tante, a criana, o jovem, o adulto e o idoso. Independentemente de onde esteja cada famlia, raa, credo religioso e posio sociopoltica, o benefcio chega a todos atravs destes segmentos que norteiam e engrandecem o Pas com um dado importante: trabalho.

    Motivada pelos ecos que vm do Piau, a revista O Povo esteve na regio Sul para averiguar a vera-cidade dos fatos (percorrendo por

    estradas de terra de difcil acesso, s vezes cascalhadas com grandes ato-leiros). Percebeu que grande parte do solo promete reverter a histria de fraqueza econmica para prospe-ridade e riqueza, motivo pelo qual o Estado vem atraindo imigrantes de vrios lugares.

    Como fora destacada da re-gio, o Rio Parnaba j no est mais s. Existem alternativas em conjunto melhorando a cada dia as condies de vida de todos os piauienses por meio de outras fontes.

    Uma que j comeou a jorrar distribuio de renda a todos vem da prpria terra. Trata-se da grande descoberta que promete elevar o fraco desempenho do PIB per capita do Estado (o mais fraco do Brasil) e em curto prazo dobrar os nmeros por meio do plantio de gros.

    Os investimentos esto ocor-rendo na regio Sul, no fabuloso solo do Estado, mais especificamente nos municpios de Uruu, Ribeiro Gonal-ves e Baixa Grande do Ribeiro.

    Com o objetivo de solucionar os grandes conflitos agrrios e facilitar

    o desenvolvimento socioeconmico do povo do Piau, o governo estadual priorizou a regularizao da posse do Cerrado atravs da Lei Ordinria n 6.054, de 7 de janeiro de 2011, que altera o art. 8, caput, e o art. 9, ca-put, da Lei n 5.966, de 13 de janeiro de 2010, que dispe sobre a regulari-zao fundiria do Cerrado Piauiense. Aps ser examinada, passada por todos os trmites legais e aprovada pela Assembleia Legislativa, o Execu-tivo decreta e sanciona a referida lei.

    Especialistas confirmam o que j era esperado: uma avalanche de produtores, milhes em investimen-tos, milhares de novos empregos e muita arrecadao de impostos para os cofres do governo como resultado do plantio de gros.

    O governo agiu com sabedo-ria. Estas terras estavam improduti-vas, no havia muito interesse de pes-soas ou empresas que desejassem, de fato, fazer investimentos reais com estudos e anlises que fizessem jus regio, comenta Jarbas Gomes de Sousa Filho, contador e morador de Baixa Grande.

    E

    Marcos Jordo, proprietrio e produtor naGleba Galiota

    ContadorJarbas Gomes

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  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I 29

    Profundo conhecedor da re-gio, Jarbas assegura que aps a concluso de todo o processo de regularizao das reas que ainda esto para ser liberadas, o Estado ter um choque altamente positivo de receitas. Assim que a Justia permitir o plantio nestas terras, vai haver uma enxurrada de investimen-tos em todo o Estado, prev. Para o contador, j est suficientemente comprovado que as terras da regio esto entre as mais produtivas do Brasil no quesito gros.

    De outro lado, os autctones se dizem satisfeitos com a chegada dos investidores regio.

    De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Traba-lhadoras de Baixa Grande do Ribeiro (com aproximadamente trs mil filiados), Alverito Pereira Lopes, 50, a regio est totalmente valorizada e h muito espao para os trabalha-dores e as trabalhadoras no campo.

    Aqui ns fazemos valer a par-ceria entre produtor e trabalhador. Temos que aproveitar o momento, firmar nossas posies, resguardar

    nossos direitos, mergulhar juntos com esses produtores e garantir que nossa regio chegue ao primeiro lugar em plantio de gros no Brasil, diz, emocionado.

    Alverito, que acompanhou des-de o incio a chegada dos interessa-dos em plantar na regio, afirma que naquele tempo tudo era difcil, sem regras claras e com ocupao desor-denada dos cerrados na agricultura e na pecuria.

    Para ele, os colonos que vieram do Sul do Pas na dcada de 70, e deram incio produo de arroz, no perceberam a possibilidade de produzir tambm soja. Eles no fizeram estudos com o devido cui-dado, tanto que anos mais tarde comearam a surgir investimentos pesados, inclusive com instalao de mquinas para beneficiamento de soja, recorda. Como exemplo cita a Bunge e a Dureino.

    De acordo com o presidente, com as reas livres para o plantio, somando s que j esto produzindo, o Piau ser uma das referncias nacio-nais permanentes muito em breve, fala orgulhoso. Pesquisas mostram que no Piau atualmente planta-se 600.000 ha, uma rea maior do que a cultivada no Estado do Maranho inteiro. Acredita-se que quando toda a rea de plantio estiver em plena produo, os nmeros que repre-sentam a produtividade colocaro o Estado do Piau em 5 lugar ranking nacional de produo de gros.

    Atualmente h uma novidade nos cerrados piauienses, a chamada safrinha. O que antes no era prtica, hoje surpreende os agricultores com uma produo equivalente aos nme-ros de outras regies que se destacam no Pas, como, por exemplo, os Esta-dos do Paran e Mato Grosso.

    Alverito Pereira Lopes, presidente

    do Sindicato dos Trabalhadores e

    Trabalhadoras de Baixa Grande

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    DESENVOLVIMENTO

    FASES DE PREPARO, PLANTIO E COLHEITA NA GLEBA GALIOTA

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  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I 31 WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I I 31

  • Nossa reportagem foi ao Imvel 2 Gleba Data Galiota , que tem 13.764 hectares, um condomnio que j est em plena fase de produo. Segundo um dos proprietrios, imigrante de Gois, Marcos Jordo, 41, a localizao excelente e o solo d garantia segu-ra para uma colheita perfeita.

    No cheguei aqui sozinho, minha famlia veio comigo e est tam-bm presente com o desejo de traba-lhar a terra, valorizando e respeitando as comunidades, os trabalhadores e, cuidadosamente, defender a poltica ambiental, que, diferentemente dos outros Estados, sugere que as reas de reserva de uma determinada re-gio se mantenham em condomnios contnuos a fim de se construir um cinturo ecolgico, aumentando as-sim a proteo aos rios e conservao de suas nascentes e matas ciliares, protegendo e conservando tambm a fauna da regio, pondera.

    Marcos lembra que comeou o plantio com 400 hectares de arroz e hoje, com pouco mais de cinco anos no local, se v plantando 5.000 hec-tares, entre arroz, soja e milho, sendo

    que o total cultivado na Data Galiota chega a 8.000 hectares atualmen-te. Assim como ele, existem nessa rea outros proprietrios, tambm imigrantes de Gois, como o caso de Jos Carlos Rampelloti e outros, todos empenhados no desenvolvi-mento da regio.

    Com investimentos de ponta, inclusive mquinas de ltima gerao para preparar o solo, Marcos salienta que a cada colheita acontece mais um recorde de produo e qualidade devolvido pela terra.

    Em sua propriedade, a produ-o de arroz tem mdia de 60 sacas/ha, com reas de at 80 sc/ha; a soja tem mdia de 57 sc/ha, com reas de at 71 sc/ha; e o milho, plantado este ano, tem perspectiva de 150 sc/ha.

    Uma excelente produtividade. Aqui no h espao de tempo que no seja preenchido. Trabalhamos o ano todo. O produtor tem que ter gosto pelo plantio, amar o campo e entender seus segredos para sobre-viver, esclarece.

    Assim como todo produtor, Marcos comenta que no somente com a terra que preciso se pre-ocupar, mas tambm com os ma-quinrios, que, por sinal, requerem investimentos altssimos, com os produtos agrcolas, as sementes e suas respectivas qualidades. Alm de tudo isso, temos de nos empenhar na qualificao de operadores, para que a mo de obra tcnica permane-a com os trabalhadores da regio, oferecendo, assim, oportunidade de trabalho especializado para os nativos, observa.

    Todo cuidado pouco. H de se ter uma fiscalizao profunda quanto s pragas e outras coisas desse tipo. Depois de tudo isso, vem a presso psicolgica, esperar que tudo saia bem, inclusive que chova, para no amargar um prejuzo no final da colheita, ressalta otimista com a safra deste ano.

    SUCESSO DE PRODUO NA GLEBA GALIOTA

    7.800 km2 de rea territorial; Mais de 12.000 habitantes, sendo metade na zona rural; Mais de 400.000 hectares de cerrado agricultvel; Planta hoje mais de 200.000 ha de soja, milho, algodo, sendo o carro-chefe a soja, usando tecnologia de ponta, com plantio direto; Mais de 1.000 km de estradas vicinais; Mdia de chuva em torno de 1.200 mm anual; A maioria das fazendas est em pleno desenvolvimento.

    Grande extenso de terras planas e alta produtividade; H uma grande rea de terras esperando liberao para se tornarem produtivas; A produtividade de soja alcanada em solo piauiense uma das maiores do Pas; A colheita de milho feita no Estado tambm uma das melhores do Brasil e do Mundo; A produo de algodo se assemelha do milho e ganha proporo cada vez maior.

    BAIXA GRANDE DO RIBEIRO

    ANOTE>>

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    VANTAGENS

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  • EXPECTATIVA DE PRODUO NO CONDOMNIO LARANJEIRASEm situao contrria a outros

    locais produtivos, nossa equipe visitou o Condomnio Laranjeiras, tambm no municpio de Baixa Grande, composto por 73 lotes, com 350 hectares cada, sendo que cada lote possui 105 hectares destinados reserva ambiental, num total de 25.550 hectares para plantio e 7.665 destinados reserva nativa.

    Embora estejam paralisados esperando a anlise da Justia para comear a preparao da terra e respectivamente o plantio de arroz, milho e algodo em suas glebas, os produtores esto firmes e prontos para iniciar suas atividades.

    o que pudemos perceber na nossa conversa com o proprietrio Reginaldo Basilio do Nascimento. Ele, mesmo diante de intensa pres-so, com a demora da liberao do solo para o plantio, no se mostrava desanimado. Para Reginaldo, os juzes e os desembargadores tm uma sobrecarga de trabalho em seus ombros. No podemos culpar as pessoas que esto julgando estas aes, elas vivem tambm como os produtores, com acmulo de servi-os, s vezes, muito alm de suas possibilidades humanas, ressalta.

    Reginaldo insiste: Por que deveramos estar preocupados ou desanimados? A gleba de terras onde estamos, no Condomnio Laranjeiras, foi legalizada igual a outras que se encontram em plena produo. Foi tudo na mesma lei, data, tramitao, lisura, passando por discusses, audincia pblica, avaliaes dos rgos respons-veis, apreciada, votada e aprovada na Assembleia Legislativa, tendo sido decretada e sancionada pelo governador do Estado. Ento, no h nada de alarmante para causar desnimo, retruca otimista.

    Emocionado, Reginaldo diz que, quando v os produtores e os trabalhadores a pleno vapor em outras terras, seu corao bate acelerado e sua mente o coloca dentro de sua gleba em meio s plantaes. assim que eu vivo a cada dia, revela.

    Ele lembra que veio com a famlia do Estado do Paran com a inteno de juntar-se aos piauienses e, com outros produtores, acelerar a economia do Estado. Por isso, espero, ansiosamente, ver, a qual-quer momento, os motores a pleno vapor, comenta.

    Reginaldo Baslio, produtor

    Manoel Lopes e Beto Pereira,sindicalizados

    Oscar,trabalhadorrural em Baixa Grande

    Reginaldo conta que foram os preos acessveis das terras e a in-formao de sua alta produtividade que o atraram, e tambm a outros piauienses e imigrantes de outros Estados, a investir pesado no solo. Aqui decidimos iniciar, com nossa famlia, uma nova vida. No temos como recuar. Estamos dentro da legalidade e logo, logo iremos dar nossa parcela de contribuio com muito trabalho e plantio, conclui.

    Na regio, todos ganham com o desenvolvimento. Este o caso do pequeno produtor rural Manoel Lopes, 60, que possui uma peque-na gleba de terra, Riozinho (250 hectares), no municpio de Baixa Grande (Engasga). L no stio eu crio gado, porco, galinha e planto feijo, arroz, milho, mandioca, entre outras plantaes. Neste movimen-to, o que a gente produz, a gente vende, fala demonstrando alegria.

    De acordo com outro pequeno proprietrio, da Gleba Santa Filo-mena (Riacho das Quixadas), Beto Pereira, 50, no d para comparar o movimento dos produtores. De uns tempos para c, a nossa regio melhorou muito com a chegada dos produtores, destaca.

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    Porm, Oscar, 57, trabalhador rural em Baixa Grande do Ribei-ro, afirma que ele e sua famlia pensavam que os produtores que chegavam ao municpio no iriam se adaptar regio e aos costumes dos nativos. Mas, segundo o pro-dutor, aconteceu algo totalmente inverso: Vi produtores alegres, respeitadores, trabalhadores e muito corretos.

    Indagado por nossa repor-tagem se tem esperana de que a regio venha a ser a nmero um no ranking geral na produo nacional

    de gros, ele declara saber que os produtores que esto na regio no vieram para segurar as terras, mas, sim, para produzir com fora total. No tenho dvidas de que, quando toda a regio estiver sendo plantada, no vai ter pra ningum, garantido o primeiro lugar, acredita.

    Se para nossa equipe foi difcil percorrer pelas longas estradas atra-vs do rico solo que faz brotar ouro em forma de gros, d para perce-ber o sofrimento dos motoristas que transportam toneladas de pesos... Com a palavra, as autoridades.

    CERRADO PIAUIENSE>> INDICADORES>>- Esperana de vida: 79,3 anos (24) Censo 2008; - Mortalidade Infantil: 27,2% (18); - Analfabetismo: 24,3% (26); - IDH: 0,703 (25) mdio - Censo 2005; - Fuso horrio: UTC-3; - Clima: tropical e semirido; - Cd. ISO: 3166-2.

    AMOSTRAS DO ESTADO DO PIAU >>

    - Regio: Nordeste do Brasil; - Estados limtrofes: Tocantins, Maranho, Bahia, Cear e Pernambuco; - Mesorregies: 4; - Microrregies: 15; - Municpios: 224; - Capital: Teresina; - rea total: 251.529,186 km (11); - Populao: estimativa 3.119.015 hab. (17), Censo do IBGE 2010; - Densidade: 12,4 hab./km (18).

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    CERRADO PIAUIENSE>>

    Municpios pertencentes: Bom Jesus, Baixa Grande do Ribeiro, Uruu, Bertolnia, Santa Filomena, Gilbus, Currais, Ribeiro Gonalves, Sebastio Leal, Antnio Almeida, Marcos Parente, Porto Alegre do Piau, Mon-te Alegre, Palmeira do Piau, Manoel Emdio, Barreiras do Piau, Corrente, So Gonalo do Gurgueia, Redeno do Gurgueia, Elizeu Martins, Colnia do Gurgueia, Pavussu, Cristino Castro, Alvo-rada do Gurgueia e Parnagu.

    DADOS ECONMICOS >>

    - PIB: R$ 19.033.000 (23) Censo 2009; - PIB per capita: R$ 6.051 (27).

    DIVISA DA REA EM PLENA PRODUO

    COM A QUE EST ESPERA DE LIBERAO PARA O LIVRE PLANTIO

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  • O 10 Levantamento de acom-panhamento da produo brasileira de gros, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma uma safra recorde este ano no Piau. A produo dever alcanar um total entre 2.385 e 2.500 milhes de toneladas.

    SAFRA RECORDE, UMA NOVA REALIDADEESTUDO DA CONAB MOSTRA QUE PRODUTIVIDADE DE GROS J EST ENTRE AS MAIORES DO TERRITRIO BRASILEIRO

    Para o volume de gros, esse nmero representa um aumento de 72,3% em relao safra passada, de 1,384 milho de toneladas. Neste mesmo perodo, a produtividade cresceu 53%, passando de 1,370 mil quilos por hectare para 2,096 mil. A rea plantada tambm cresceu para 1.138 hectares, contra 1.010 da safra passada.

    Mantendo-se como carro--chefe, a soja foi a grande estrela da produo de gros no Piau. A estimativa da Conab de que ao final da colheita a produo chegue a 1,157 milho de toneladas, cres-cimento de 33,2%. A rea plantada foi ampliada em 10,2%, passando de 343,1 mil para 378,1 mil.

    Com uma evoluo gigante, a produo de arroz apresenta este ano um crescimento de 221,5%, che-gando a 368,3 mil toneladas. Com isso, a produtividade foi multiplicada

    por trs, alcanando 2,5 mil quilos por hectare, contra 840 da safra an-terior. A rea plantada cresceu 9,2%.

    Tendo o dobro de plantio, a cul-tura do milho, por sua vez, apresen-ta crescimento de 100%, passando de 353,6 mil toneladas para 707,2. A produtividade cresceu 76,7%, alcan-ando 2,016 mil quilos por hectare.

    Com maior desempenho, a produo de feijo cresceu 188,6%, passando de 34,1 mil toneladas, na safra anterior, para 98,4 este ano.

    A previso da safra de mais um grande recorde e, junto com outros quatro Estados, coloca o Piau como a ltima fronteira agrcola do Pas.

    fcil ver atravs dos nmeros sua consolidao. Enquanto o cresci-mento da produo de soja no Piau foi de 40%, esse percentual em ou-tros Estados ficou apenas entre 2% e 5%, no chegando a ultrapassar 10%.

    Outro fator importante que as terras do Estado esto melhoran-do e sua expectativa de crescimento cada vez maior. Proprietrios aguardam somente parecer da Jus-tia que libera as reas que esto paralisadas para o plantio.

    A FORA DA IMIGRAOEm 22 de abril de 1500, com a

    chegada da frota comandada por Pedro lvares Cabral ao territrio que hoje se chama Brasil, aportaram europeus, mais especificamente por-tugueses, s terras de Vera Cruz. Entre outras coisas, moravam aqui vrios po-vos indgenas, cuja populao chegava a alguns milhes. E comea, ento, um novo tempo para o atual Brasil.

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  • Com diversificada populao, temos hoje 27 unidades federativas (26 Estados e o Distrito Federal). Para se ter uma viso clara da im-portncia da vinda de vrios povos de diferentes naes, tem-se como exemplo o Estado de So Paulo, onde existem 645 municpios em uma rea de 248.209,426km2.

    Foi a fora destes povos que ajudou a construir e fortalecer o mu-nicpio conhecido como locomoti-va do Brasil, tendo o maior poderio econmico do Pas, bons ndices sociais o terceiro maior ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a segunda menor taxa de mortalidade e a quar-ta menor taxa de analfabetismo hoje o maior PIB do Pas.

    O EXEMPLO DE SO PAULO Com a mais numerosa popula-

    o do Brasil, 41.252.160 habitantes (Censo do IBGE 2010) que descen-dem a maior parte de portugue-ses, somam-se ainda os italia-nos, amerndios, africanos, rabes, alemes, espanhis e japoneses. E assim, com essa miscigenao de vrias etnias, o Brasil cresce, pros-pera. E cada regio comea a firmar a sua prpria histria.

    O Piau est localizado no Noroeste da regio Nordeste do Brasil e tem como limites o Oceano Atlntico (N), Cear e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins (SO) e Maranho (O e NO). Ocupa uma rea de 251.529 km (pouco maior que o Reino Unido) e tem 3.032.421 habitan-tes e a capital Teresina.

    As cidades mais populo-sas so Teresina (802.537 hab), Parnaba (146.059 hab), Picos (73.021 hab), Piripiri (62.107 hab), Floriano (57.968 hab), Cam-po Maior (46.068 hab), Barras (44.913 hab), Unio (43.135 hab), Altos (39.735 hab) e So Miguel do Tapuio (37.850 hab).

    O relevo moderado e a topografia regular, com mais de 53% abaixo de 300 metros. Rios principais: Parnaba (1.485 km), Gurgueia (740 km), Poti (450 km), Canind (350 km), Long (300 km) e outros.

    O topnimo Piau veio da lngua tupi, na qual significa rio das piabas.

    Pelo hino oficial, percebe--se que seus moradores no se intimidam nem tampouco se iso-lam, seguem sempre em frente, cujo lema Impadidum Ferient Ruinae (As dificuldades no me amedrontam).

    O Piau foi povoado por muitas tribos indgenas antes da chegada dos portugueses ao Brasil. Dentre elas, destacam-se os Tremembs, que viviam pr-ximo ao litoral e ao Rio Parnaba.

    A explorao do Piau acon-teceu devido presena de bandeirantes, como Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, que se tornaram pro-prietrios de amplas terras.

    Posteriormente, o Piau se tornaria uma Capitania em 1758, com a capital em Oeiras. Embora a sociedade no mudasse muito com a elevao Capitania, o ter-ritrio ainda era cheio de fazen-das de gado e havia poucas vilas.

    Com a Independncia e o Imprio do Brasil, o Estado do Piau passou a ser governado por oligarquias rurais, que continua-riam a governar at o incio da Repblica em 1889.

    O Piau, na segunda metade do sculo XX, passou a crescer economicamente, principalmen-te Teresina (atual capital), que recebeu muitos investimentos estrangeiros e nacionais (vindos principalmente do Sudeste e do Sul do Brasil).

    INFORMAES DO ESTADO DO PIAU >>

    >> DADOS POLTICOS

    - 1 governador; - 1 vice-governador; - 3 senadores;

    - 10 deputados federais; - 30 deputados estaduais. - 224 prefeitos

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  • RAFAEL OLIVEIRA

    A

    CARNAVAL 2012 - SP

    MOCIDADE FAZ FESTA NA QUADRA APS SER DECLARADA CAMPE DO CARNAVAL DE SPS NO INCIO DA MADRUGADA DE QUARTA-FEIRA (22), A MOCIDADE ALEGRE CONSEGUIU FESTEJAR O TTULO DE CAMPE DO CARNAVAL DE SO PAULO. A FESTA COMEOU POUCO DEPOIS DA MEIA-NOITE, NA SEDE DA ESCOLA, NA ZONA NORTE DA CAPITAL

    Liga Independente das Escolas de Samba declarou a Mocida-de campe pouco antes das 23h de tera-feira (21). O ann-

    cio foi feito aps brigas e confuso entre presidentes de escola de samba que estavam no Anhembi desde o fim da tarde, quando um integrante da Imprio da Casa Verde interrompeu a leitura das notas. A segunda colocada foi a Rosas de Ouro, seguida de Vai-Vai, Mancha Verde e Vila Maria.

    A presidente da Mocidade, Solange Bichara Rezende, abriu a quadra para comemorar ao levar o trofu para a sede da escola. Ela ainda demonstrava incmodo com a confuso que havia paralisado a apurao do carnaval de So Paulo.

    esperando o resultado das nossas notas, mas infelizmente essas no-tas desapareceram e se cumpriu o regulamento, finalizou.

    Mesmo sem a quadra estar lotada pelos componentes e torce-dores da agremiao, a escola come-morou bastante com a participao de parte da bateria. Muitas pessoas cantavam e danavam aos gritos de campeo!.

    De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba, Paulo Srgio Ferreira, a deciso de manter os pontos apurados at o incio da confuso e anunciar a Mocidade campe foi tomada por oito votos a seis na reunio de quase cinco horas entre os presidentes das escolas. Ini-cialmente, o presidente da Liga havia dito que a deciso tinha ocorrido por

    A Mocidade fez a sua parte. A gente ficou o tempo todo no nosso espao, esperando o resultado. No estou satisfeita com essa situao porque eu gostaria muito que tives-sem sido lidas as ltimas notas. A Mo-cidade Alegre no ganhou nada nas costas de ningum, nunca prejudicou ningum. Eu nunca consegui algo tirando o que dos outros, afirmou.

    Segundo Solange, a escola no tem culpa pela confuso e o desfecho do carnaval de So Paulo. O problema no com a Mocidade Alegre. O problema no com o pes-soal da escola. As pessoas tambm tm o direito de reivindicar o que acham correto para elas. A nica coi-sa que eu tenho para dizer a vocs que no fomos ns que causamos essa situao. Por ns, estaramos

    40 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

  • MOCIDADE FAZ FESTA NA QUADRA APS SER DECLARADA CAMPE DO CARNAVAL DE SP

    sete votos a cinco. Ferreira disse que ficou valendo o artigo 29 do regula-mento da Liga, que prev uma mdia das notas quando alguma delas falta.

    PROTESTOO resultado gerou protesto en-

    tre os torcedores da Rosas de Ouro. A Tropa de Choque que j tinha sido acionada tarde para conter o que-bra-quebra no Anhembi teve de ser posicionada para conter os nimos.

    Ao conhecer o resultado, a presidente da Mocidade, Solange Bichara, disse que no se sentia con-fortvel. Eu estou chateada. No fui eu que roubei a nota, no fui eu que sumi com os resultados, disse na sada da reunio. Ela chegou a discutir com um integrante de outra escola de samba e afirmou ter rece-bido agresses verbais.

    Integrantes de escolas se mos-traram revoltados. O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, o Neguito, afirma que o justo seria procurar os dois jurados na quarta-feira para saber quais as duas notas finais que foram atribudas Mocidade.

    A, sim, se eles deram dois dez para a Mocidade, a escola campe. No homologar um resultado que nin-

    gum sabe quais so as duas notas. uma vergonha levar o carnaval dessa maneira. Toda essa situao deixa a gente muito chateado, afirmou.

    Foram rebaixadas para o Grupo de Acesso, a Prola Negra e a Camisa Verde e Branco. No lugar delas vo desfilar no Grupo Especial, em 2013, Nen de Vila Matilde e Acadmicos do Tatuap, vencedores do Acesso.

    CONFUSOA confuso durante a apurao

    comeou quando um representante da escola Imprio de Casa Verde, Tiago Ciro Tadeu Faria, de 29 anos, invadiu o local onde eram lidas as notas, no Sambdromo do Anhem-bi, e rasgou os envelopes durante a divulgao dos pontos do ltimo que-sito. Naquele momento, a Mocidade Alegre liderava, seguida por Rosas de Ouro, Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria. Houve quebra-quebra, carros alegricos foram incendiados e pelo menos cinco pessoas acaba-ram detidas.

    Aps a confuso, os diretores das escolas de samba se reuniram durante toda a tarde para tentar solucionar o impasse. A Mocidade Alegre chegou a encerrar por volta das 21h30 a festa programada em sua quadra, na Zona Norte do Estado de So Paulo.

    DESFILE DA CAMPETerceira escola a entrar no Sam-

    bdromo do Anhembi no segundo dia de desfiles do Grupo Especial paulistano, a Mocidade Alegre os-tentou o clima de unio e orgulho de quem precisou de esforo extra para brilhar no carnaval deste ano. Atingida no dia 9 de janeiro por um incndio no barraco da escola, que fica sob o Viaduto Pompeia, na Zona Oeste de So Paulo, a Mocidade teve que correr para reconstruir alguns carros a tempo.

    Com 3.500 componentes e 25 alas, a Mocidade comemorou o centenrio do escritor Jorge Ama-do homenageando o candombl, a capoeira e as festas populares que integram o universo do livro Tenda dos Milagres, romance publicado em 1969. A passagem da escola pela avenida durou 60 minutos, cinco a menos que o prazo mximo permiti-do para cada agremiao. (G1)

    Foto: Jos Cordeiro / SPTuris

    Rainha da Bateria da Mocidade Alegre, Aline Oliveira comemorou a vitria na avenida

    WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I I 41

  • 42 I EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR

    COMRCIO & EXPORTAO

    MINERAO

    MARCO REGULATRIO DO SE TOR DE MINERAO MARCO REGULATRIO DO SETOR DE MINERAO PODE SER VOTADO AINDA NESTE ANO

    LEONARDO PRADO

    o Paulo - O Ministrio de Minas e Energia j finalizou a proposta de novo marco regulatrio para a mine-

    rao no Brasil, e, aps as atuais discusses com a Casa Civil e com a presidente Dilma Rousseff, deve mandar o texto para apreciao do Congresso Nacional.

    As informaes so do se-cretrio de Geologia, Minerao e Transformao Mineral, Cludio Scliar. Em entrevista Agncia Bra-sil, ele afirmou que a expectativa do Governo de que as mudanas sejam aprovadas ainda neste ano. Mas admitiu que as discusses com deputados e senadores ser longa.

    DETALHES DAS ALTERAESPrimeiramente, o marco pre-

    tende estabelecer um novo patamar de pagamento de rolyalties para os

    S exploradores de recursos minerais. O atual documento traz os mesmo critrios para a CFEM (Compensa-o Financeira pela Explorao de Recursos Minerais) desde 1967.

    Alm disso, o ministrio quer estabelecer a exigncia de licitaes para as operaes com minerao - atualmente, apenas autorizaes so necessrias. Por fim, com o novo cdigo aprovado, apenas pes-soas jurdicas podero participar da extrao mineral, e as licenas tero um vencimento predeterminado.

    Ainda h a questo das opera-es das empresas em terras indge-nas. A Constituio determina que apenas o Congresso pode autorizar esse tipo de minerao. Um projeto de lei tramita desde 1996 e deter-mina que royalties de exploraes assim sejam repassados diretamen-te s comunidades e Funai (Fundo Nacional do ndio).

    42 I EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR

  • EDIO 42 I FEVEREIRO 2012 I WWW.REVISTAOPOVO.COM.BR I 43

    MARCO REGULATRIO DO SE TOR DE MINERAO DEBATE SOBRE MINERAO EM TERRAS INDGENAS

    Os integrantes da comisso ouviro o secretrio de Geologia, Mi-nerao e Transformao Mineral do Ministrio de Minas e Energia, Cludio Scliar. Ele representar o ministro de Minas e Energia, Edison Lobo.

    O presidente da comisso es-pecial, deputado Padre Ton (PT-RO), props a audincia para conhecer a posio do governo sobre a explora-o e o aproveitamento de recursos minerais em terras indgenas e sobre a Conveno 169 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), que trata da proteo a povos indgenas e tribais. A conveno prev con-sulta aos povos interessados cada vez que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas que os afetem diretamente.

    O Projeto de Lei 1610/96, de autoria do Senado, permite a lavra de recursos minerais em terras indgenas por meio de autorizao do Con-gresso Nacional e com pagamento de royalties para os ndios e para a Fundao Nacional do ndio (Funai).

    Desde que comeou a tramitar na Cmara, h mais de 15 anos, o pro-jeto tem sido motivo de polmica por causa de divergncias entre as expec-tativas dos povos indgenas e os inte-resses das empresas de minerao.

    A principal preocupao dos ndios se concentra nos possveis impactos socioambientais que a ativi-dade causaria nas aldeias. As minera-doras, por sua vez, argumentam que a pesquisa e a lavra de minerais nobres, como ouro, diamante e nibio - utili-

    zado em usinas nucleares -, atendem interesses nacionais e so fundamen-tais para o desenvolvimento do Pas.

    Outra comisso especial que analisou o projeto, instalada em 2007, encerrou seus trabalhos no fim da legislatura passada sem votar o relatrio final. Esse relatrio previa a realizao de licitao para a explora-o de minrios em terras indgenas. Hoje, a escolha da empresa explora-dora feita diretamente pelo Poder Executivo. (ACN).

    EDIO 42 I FEV I MARO 2012 I WWW.REVISTAPOVO.COM.BR I 43

    Fotos: Divulgao

  • Opro je to Go i nia Can to deOu ro apre sen ta r seu d ci -mo-pri mei ro elen co, for ma -do pe los can to res Wal ter

    Car va lho, Hen ri que Oli vei ra, Gra ce Ven -tu ri ni e a jo vem Va nes sa Oli vei ra. Osqua tro se apre sen ta ro jun tos pe la pri -mei ra vez, em um show que re a li zar-se-nos di as 29, 30 e 31 de mar o, s 21ho ras, no Te a tro Go i nia Ou ro.

    Wal ter Car va lho ini ciou sua car rei raar ts ti ca quan do ain da era alu no da en toEs co la Tc ni ca Fe de ral de Go i s, ho jeCen tro Fe de ral de Edu ca o Tec no l gi ca(Ce fet), com efe ti va par ti ci pa o nas ati vi -da des cul tu ra is dis po n veis na que la ins ti tu -i o (co ral, fes ti vais e ofi ci nas te a tra is).

    A par tir de 1983, pas sou a se apre -sen tar em ba res da Ca pi tal. Aps umaau sn cia de trs anos (1996 a 1999),re tor nou aos pal cos, des sa vez noChopp 10, es pa o on de se apre sen toupor dez anos inin ter rup tos. Nes se pe r o -do, fun dou ain da a ban da For r Agar -ra di nho, cu jo tra ba lho tem par ce ria como can tor e com po si tor Lu iz Au gus to. Aban da gra vou seu pri mei ro CD em2006, com tra ba lhos au to ra is e de ou -tros co le gas com po si to res go i a nos, coma di re o do m si co Lu s Chaf fin.

    Pa ra le la men te, Wal ter Car va lho con -duz car rei ra so lo co mo can tor de MPB eatu al men te, alm de man ter seu pr priotra ba lho co mo can tor/m si co/com po si -tor, e atu ar co mo ins tru men tis ta, tem a

    me ta de con so li dar o pro je to de um no vogru po de sam ba-ra iz, o Ber o do Sam ba.

    Na es tra da h 26 anos, o can tor ecom po si tor Hen ri que Oli vei ra ve lho co -nhe ci do do p bli co go i a no. Foi can tan dosu ces sos dos mai o res no mes da MPB e dorock na ci o nal que Hen ri que con quis touum p bli co fi el, que con fe riu e aplau diuseus trs pri mei ros tra ba lhos fo no gr fi cos,os CDs Si nal dos Tem pos, Nas Nu -vens e O Pri mei ro dos Me lho res Di as deNos sas Vi das, seu mais re cen te pro je to.

    O vi o lo o seu par cei ro cons tan te.Com ele, Hen ri que j per cor reu boapar te do Pa s e, nos Es ta dos Uni dos daAm ri ca, apre sen tou-se no The Bra zi li anDay, em At lan ta (Ge r gia) e Mi a mi (Fl -ri da), en tre ou tros.

    Es t em fa se fi nal de pren sa gem oCD/DVD Hen ri que ao Vi vo 1998-2010, que tra zem 12 can es, oi to au -to ra is e qua tro in ter pre ta es. A ren dase r be ne fi cen te, re ver ti da ao Gru po Es -p ri ta Deus, Cris to e Ca ri da de. Atu al -men te tam bm de sen vol ve seu si te, quese r lan a do em bre ve.

    Gra ce Ven tu ri ni te ve aces so ain da me -ni na a di ver sos co nes da m si ca bra si lei -ra e do mun do. Aos 14 anos ini ciou suacar rei ra ar ts ti ca e ain da ado les cen te apri -mo rou seus co nhe ci men tos mu si cais es tu -dan do no con ser va t rio de m si ca e seapre sen tan do em ba res de Go i nia, deci da des do in te ri or de Go i s e em Bra s lia.

    Gra vou seu pri mei ro sin gle, NoTe mos Tem po a Per der, em 1999, e lo -go se mu dou pa ra o Rio de Ja nei ro.No Te mos Tem po a Per der tam bm o no me de sua pri mei ra m si ca de su -ces so nas r di os go i a nas.

    Seu pri mei ro l bum, pro du zi do porCho co la te (ba te ris ta do can tor Lu lu San -

    tos) e Le an dro Car va lho, foi lan a do em2004, com m si cas in di tas, sen do queme ta de das 10 fai xas era de au to ria dapr pria Gra ce.

    Em 2005 gra vou seu se gun do CD,Olha res To Seus, pro du zi do por FrontJu ni or. Com uma pro pos ta mais acs ti -ca, o CD traz m si cas de ban das j con -sa gra das, co mo Skank, Bi qu ni Ca va -do, O Rap pa e Pa to Fu e evi den cia avoz mar can te da in tr pre te Gra ce Ven tu -ri ne, sua prin ci pal ca rac te rs ti ca mu si cal.Es se tra ba lho abriu as por tas pa ra que acan to ra di vi dis se o pal co com a ban daBi qu ni Ca va do. Seu ter cei ro CD, tam -bm pro du zi do por Front Ju ni or em2007, Pra Ser Fe liz, con tm 14 fai xas,en tre re gra va es de su ces sos na ci o nais,in ter na cio nais e m si cas au to ra is.

    Em Go i nia, Gra ce Ven tu ri ni jabriu os shows de Al mir Sa ter, Oswal doMon te ne gro e Lu iz Me lo dia.

    Au to di da ta, Va nes sa Oli vei ra temsi do apon ta da co mo uma das can to -ras mais ta len to sas e pro mis so ras dam si ca go i a na.

    Com uma voz li gei ra men te rou ca,Va nes sa Oli vei ra en can ta com seu vi o -lo e um be lo tim bre. Sua pre sen a depal co mar can te faz com que se ja ca davez mais co nhe ci da e re co nhe ci da pe lop bli co. Des de en to, a can to ra tem sede di ca do aos es tu dos mu si cais pa raaper fei o ar ain da mais o dom.

    Aps um pe r o do de mui to tra ba lho,Va nes sa Oli vei ra re a li zou mais uma eta -pa im por tan te des se so nho, a gra va odo pri mei ro CD, A Vi da Mu dou, com13 m si cas in di tas, um tra ba lho lin do ebem fei to, vi san do uma mai or di vul ga -o e am pli a o da sua car rei ra na ci o -nal, gra va do com Le an dro Car va lho.

    Msica

    50 Edio 42 Fevereiro 2012 www.revistaopovo.com.br

    Um quartetode Ouro

    Walter Carvalho, Henrique Oliveira,Grace Venturini e Vanessa Oliveiracantam juntos pela primeira vez,

    no Goinia Canto de Ouro

    Opro je to Go i nia Can to deOu ro apre sen ta r seu d ci -mo-pri mei ro elen co, for ma -do pe los can to res Wal ter

    Car va lho, Hen ri que Oli vei ra, Gra ce Ven -tu ri ni e a jo vem Va nes sa Oli vei ra. Osqua tro se apre sen ta ro jun tos pe la pri -mei ra vez, em um show que re a li zar-se-nos di as 29, 30 e 31 de mar o, s 21ho ras, no Te a tro Go i nia Ou ro.

    Wal ter Car va lho ini ciou sua car rei raar ts ti ca quan do ain da era alu no da en toEs co la Tc ni ca Fe de ral de Go i s, ho jeCen tro Fe de ral de Edu ca o Tec no l gi ca(Ce fet), com efe ti va par ti ci pa o nas ati vi -da des cul tu ra is dis po n veis na que la ins ti tu -i o (co ral, fes ti vais e ofi ci nas te a tra is).

    A par tir de 1983, pas sou a se apre -sen tar em ba res da Ca pi tal. Aps umaau sn cia de trs anos (1996 a 1999),re tor nou aos pal cos, des sa vez noChopp 10, es pa o on de se apre sen toupor dez anos inin ter rup tos. Nes se pe r o -do, fun dou ain da a ban da For r Agar -ra di nho, cu jo tra ba lho tem par ce ria como can tor e com po si tor Lu iz Au gus to. Aban da gra vou seu pri mei ro CD em2006, com tra ba lhos au to ra is e de ou -tros co le gas com po si to res go i a nos, coma di re o do m si co Lu s Chaf fin.

    Pa ra le la men te, Wal ter Car va lho con -duz car rei ra so lo co mo can tor de MPB eatu al men te, alm de man ter seu pr priotra ba lho co mo can tor/m si co/com po si -tor, e atu ar co mo ins tru men tis ta, tem a

    me ta de con so li dar o pro je to de um no vogru po de sam ba-ra iz, o Ber o do Sam ba.

    Na es tra da h 26 anos, o can tor ecom po si tor Hen ri que Oli vei ra ve lho co -nhe ci do do p bli co go i a no. Foi can tan dosu ces sos dos mai o res no mes da MPB e dorock na ci o nal que Hen ri que con quis touum p bli co fi el, que con fe riu e aplau diuseus trs pri mei ros tra ba lhos fo no gr fi cos,os CDs Si nal dos Tem pos, Nas Nu -vens e O Pri mei ro dos Me lho res Di as deNos sas Vi das, seu mais re cen te pro je to.

    O vi o lo o seu par cei ro cons tan te.Com ele, Hen ri que j per cor reu boapar te do Pa s e, nos Es ta dos Uni dos daAm ri ca, apre sen tou-se no The Bra zi li anDay, em At lan ta (Ge r gia) e Mi a mi (Fl -ri da), en tre ou tros.

    Es t em fa se fi nal de pren sa gem oCD/DVD Hen ri que ao Vi vo 1998-2010, que tra zem 12 can es, oi to au -to ra is e qua tro in ter pre ta es. A ren dase r be ne fi cen te, re ver ti da ao Gru po Es -p ri ta Deus, Cris to e Ca ri da de. Atu al -men te tam bm de sen vol ve seu si te, quese r lan a do em bre ve.

    Gra ce Ven tu ri ni te ve aces so ain da me -ni na a di ver sos co nes da m si ca bra si lei -ra e do mun do. Aos 14 anos ini ciou suacar rei ra ar ts ti ca e ain da ado les cen te apri -mo rou seus co nhe ci men tos mu si cais es tu -dan do no con ser va t rio de m si ca e seapre sen tan do em ba res de Go i nia, deci da des do in te ri or de Go i s e em Bra s lia.

    Gra vou seu pri mei ro sin gle, NoTe mos Tem po a Per der, em 1999, e lo -go se mu dou pa ra o Rio de Ja nei ro.No Te mos Tem po a Per der tam bm o no me de sua pri mei ra m si ca de su -ces so nas r di os go i a nas.

    Seu pri mei ro l bum, pro du zi do porCho co la te (ba te ris ta do can tor Lu lu San -

    tos) e Le an dro