revista ouse, edição 004

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NOVEMBRO • DEZEMBRO 2014 1 NOVEMBRO • DEZEMBRO 2014 / ANO 01 / #04 WWW.REVISTAOUSE.COM.BR 00004 4 375678 500562 JOGADORES DE PÔQUER Baralho, mesa e fichas são instrumentos de trabalho desses profissionais, que abriram mão de carreiras de sucesso para viver das cartas NO TOPO DO MUNDO Empresários de Blumenau escalam o monte Aconcágua e alcançam o topo do Kilimanjaro, na África. O próximo passo é o Monte Elbrus na Rússia SURFE NA MEDIDA CERTA SEJA PARA OS AVENTUREIROS OU PARA OS QUE PREFEREM ÁGUAS MAIS TRANQUILAS, UMA PRANCHA ADEQUADA FAZ TODA A DIFERENÇA DEPOIS DE COMEMORAR OS 25 ANOS DE SUCESSO EM TURNÊ ESPECIAL COM O GRUPO SÓ PRA CONTRARIAR, O CANTOR RETOMA A CARREIRA SOLO NO PRÓXIMO ANO. OS DIAS DE FOLGA ALEXANDRE PASSA COM A FAMÍLIA, NO SEU APARTAMENTO EM ITAPEMA ALEXANDRE PIRES

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NOVEMBRO • DEZEMBRO 2014 / ANO 01 / #04WWW.REVISTAOUSE.COM.BR

0 0 0 0 44 375678 500562

jogadoresde pôquerBaralho, mesa e fichas são instrumentos de trabalho desses profissionais, que abriram mão de carreiras de sucesso para viver das cartas

no topo do mundoEmpresários de Blumenau escalam o monte Aconcágua e alcançam o topo do Kilimanjaro, na África. O próximo passo é o Monte Elbrus na Rússia

Surfe namedida certa

Seja para oS aventureiroS

ou para oS que preferem águaS maiS tranquilaS,

uma prancha adequada faz toda

a diferença

DEPOIS DE COMEMORAR OS 25 ANOS DE SUCESSO EM TURNÊ ESPECIAL COM O GRUPO SÓ PRA CONTRARIAR,

O CANTOR RETOMA A CARREIRA SOLO NO PRÓXIMO ANO. OS DIAS DE FOLGA ALEXANDRE PASSA COM A

FAMÍLIA, NO SEU APARTAMENTO EM ITAPEMA

AlexAndre pires

Em 70 lojas no mundo • saccaro.comSaccaro Balneário Camboriú • Av. do Estado, 1340

Bairro Ariribá • 47 3241.6563

D E S I G N H A B I TAT

C_AN_420x275_Camboriu_Arraia_.indd 1 11/7/14 9:25 AM

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D E S I G N H A B I TAT

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R E V I S TA O U S E4

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DireçãoArmandio do Nascimento

[email protected] • 47 9104 7233

Jornalista responsávelJoana Gall (MTB/SC 4864)

[email protected]

RedaçãoFrancine Mirele da Silva

Joana GallGenielli Rodrigues

contato@ revistaouse.com.br

ComercialMário Junior

[email protected] 9205 0007

Projeto gráfico e diagramaçãoBespoke Content

[email protected]

Foto de capaDaniel Cavalari

Colaborou nesta ediçãoEntrelinhas Assessoria em Comunicação

Administrativo e financeiroCarolina Tolentino

[email protected] • 47 9172 5364

[email protected]

47 3055 2777

CirculaçãoRegião Norte e Florianópolis.

Principais cidades: Piçarras, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Brusque, Jaraguá do Sul,

Joinville, Blumenau.

Periodicidade Bimestral

A Revista Ouse é uma publicação editada por Editora Top Ltda.

Rua 1400, nº 135, sala 104.Condomínio Empresarial Barcelona Plaza

Centro - Balneário Camboriú (quadra do mar)Cep: 88.330-530

+55 47 3055 2777 | 3055 2696www.revistaouse.com.br

ImpressãoGráfica Impressul

Tiragem: 10000 exemplares.

Artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

uCesso DentRo Do BRAsIl e também fora dele, o cantor Alexandre Pires passa por um dos momentos mais importantes de sua carreira. Em uma turnê especial com o grupo Só Pra Contra-riar, os músicos relembram sucessos destes 25 anos de trajetória. Para descansar e aproveitar os momentos de lazer com a família, ele não poderia ter escolhido um lugar melhor: o litoral de Santa Catarina. Quando não está viajando, o artista aproveita os dias em seu apartamento em Itapema, e explica que escolheu a região pelas belezas naturais e segurança. Muito apegado à sua fé, ele demonstra a devoção que tem e a gratidão por tudo que conquistou na vida. Ale-xandre Pires está chegando aos 40 anos em sua melhor forma e tem novos planos para sua car-reira solo em 2015. Nesta edição da Ouse ele fala sobre família, profissão e fãs em uma entrevista especial sobre sua vida. Também nesta edição uma reportagem sobre a música eletrônica, uma das paixões dos brasi-leiros. O estilo é dividido em vários segmentos que atraem milhares de pessoas para a pista. O DJ, que antes era um coadjuvante da noite, passa a ser o personagem principal: ganha um local diferenciado, mostra estilo nas apresentações e conquista espaço no coração dos fãs. Santa Catarina tem uma dos cenários mais importantes da música eletrônica do Brasil, com clubes em Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis com reconhecimento internacional.

Boa leitura!

Joana Gall

santa catarina:só virtudes

s

R E V I S TA O U S E8

carta do editor

AnDRé CAetAno

Presença fundamental em todos os eventos importantes da região. O assessor de imprensa e colunista André Caetano é super conhecido na sociedade, fre-quentador de bons restaurantes, locais charmosos e de bom gos-to, tem a responsabilidade com a comunicação acima de tudo. De Santo Ângelo, ele veio para conquistar Balneário Camboriú.

mIChele CAmACho

Jornalista, a blogueira é antenada nas tendências de moda e mantém o blog Monalisa de Batom - um diário virtual com dicas de moda, saúde, beleza e viagens. Nesta edição responde pela coluna Giro de Moda.

entRelInhAs

Especializadas em assessoria de imprensa e jornalismo corporativo, a

Entrelinhas é composta pelas profissionais de comunicação Debora Volpi e Kelly Erdmann - pioneiras em Jaraguá do Sul

e região.

mAx PIRes

Carioca, adotou Jaraguá do Sul como novo lar. Há mais de 10

anos como diretor comercial do blog Por Acaso, é ligado em boas

músicas e tem a corrida como hobby. Nesta edição assina a

coluna Por Acaso.

PeDRo heRInG Bell

Admirador de boa gastronomia e arte, o blumenauense é tataraneto de Hermann Hering, e tem moda em seu DNA. É diretor da Image Care Assessoria de Comunicação e atende clientes VIPs em todo o estado. Nesta edição assina a coluna Destaque Social, de Blumenau.

RICARDo DAnIel tReIs

Publicitário de 35 anos, se interessa por cinema, tecnologia e comportamento. Pós-graduado em Comunicação Integrada de Marketing é sócio do blog Por Acaso, um dos maiores veículos de comunicação online do Sul do Brasil. Nesta edição assina a coluna Por Acaso.

CARolIne BeBeR

Conectada e inquieta. Riosulense de 21 anos, gosta de pessoas positivas ao seu redor. Morou por seis meses na Espanha e criou o gosto por descobrir novas culturas, pessoas e artes. Atualmente mora em Balneário Camboriú e trabalha com assessoria de imprensa.

tAmARA BelIzÁRIo

Fez Jornalismo para entender melhor a realidade e Letras para

viajar nas histórias e palavras. Resolveu se aventurar em terras do Tio Sam aos 25 anos, escreve

sobra a vida, o Universo e tudo mais para o blog avidaqueulevo.

blogspot.com

R E V I S TA O U S E10

colaboradoreS

N O V E M B R O • D E Z E M B R O 2 0 1 4 11

aLEXanDrE PirEsComemorando os 25 anos de sucesso, ele escolheu Itapema como novo lar. Saiba sobre a carreira, vida e opiniões do artista

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20

estIlo De VIDAO Poker vira assunto sério e se transforma na carreira profissional de brasileiros

InICIAtIVAsCarismáticas e dóceis, as baleias francas visitam Santa Catarina. Em Imbituba um

projeto especial cuida destes animais

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46

InteRnACIonAlConheça Chicago, uma das

maiores cidades dos Estados Unidos, cheia de cultura e história

GAstRonomIAFim de ano especial no Infinity Blue. Ceias e atrações para o

Natal e Ano Novo

emPReenDoRIsmoSurf e bons negócios: uma

combinação perfeita nas praias catarinenses

R E V I S TA O U S E12

novembro/dezembro #04sumário

94VeloCIDADe

Audi Q3, fábrica inicia a produção nacional em 2015

noVo olhARFerrovias Um passeio pelo

passado no Sul do Brasil

AVentuRAEmpresários de Blumenau se

aventuram e escalam o Kilimanjaro. Conheça esta história incrível

Nós Indicamos 14

Por Acaso 16

Menu Cultural 18

64

76

90

88

30

BelezAInvista na estética para o verão.

Tratamentos inovadores ajudam a colocar o corpo em dia para a temporada

YACAmImAs etnias e a natureza são fonte

de inspiração para a marca

CultuRAPara visitar museus interessantes não é preciso sair do Brasil. Saiba

mais sobre museus interativos

BAnDASucesso meteórico, o rock

romântico da Banda Malta passa por Santa Catarina

tuRIsmoNo verão, a vez é do litoral catarinense.

Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú são fortes destinos nesta temporada

7226

68

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GIRo De moDAMichele Camacho dá dicas de

vestuário e beleza neste verão

músICANa batida eletrônica, os Djs são os personagens principais das

casas noturnas

Coluna Decanter 44

Social 98

Correspondente 103

Artigos 104

N O V E M B R O • D E Z E M B R O 2 0 1 4 13

EscoLha DarEDação

Confira os produtos que caíram no nosso gosto neste mês

gamE ofthronEs

[ V I N H O ]

Quem é fã do seriado vai adorar a novidade. Em 2015 a linha de Vinhos Westeros, uma das bebidas mais importantes da trama, será lançada assim que a 5ª temporada da série iniciar sua exibição. Serão 12 seleções, representando as casas mais populares de Game of Thrones e alguns grupos, como a Night’s Watch e os White Walkers, produzidos de acordo com a personalidade de cada conjunto.

Para o VErão[ m I c k e y ]

Esta máquina de raspadinha vai surpreender. Em formato de Mickey Mouse, é perfeita para os fãs da

Disney. Além de decorativa, é um aparelho bastante útil para quem quer matar refrescar o calor da alta temporada. A peça pode ser encontrada na Mobly.

R E V I S TA O U S E14

nóS indicamoS

icoruja[ m ú s I c a ]

Símbolo da sabedoria, a corujinha promete ser a

sensação da festa e é uma ótima dica de presente de Natal.

Com qualidade sonora e alta potência, por bluetooth permite é possível conectar o dispositivo de áudio sem precisar de cabos e ainda atender ligações no modo

viva-voz através da iCoruja. Ela pode ficar até 10 metros de

distância do dispositivo no qual ela estiver pareada, é muito prática para levar em festas,

churrascos ou deixar pela casa.

ProjEct ara

ViVa as ViLãs

[ T e c N O L O G I a ]

[ m a Q U I a G e m ]

Um smartphone inovador deve ser lançado pela Google no próximo ano. O Project Ara surge com um visual cru, sem nenhuma costumização. Isso porque os clientes poderão comprar peças e personalizar cada aparelho. A

Cruela De Vil, Rainhá Má e Malévola foram devidamente homenageadas. As vilãs mais poderosas da Disney ganharam linhas de paletas com sombras personalizadas. Cada estojo possui oito cores diferentes, e apenas a Cruela tem a opção opaca. A linha deve ser produzida em edição limitada pela Vult.

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empresa terá uma espécie de Moto Maker especialmente para o Ara chamado Ara Configurator, no qual poderão ser escolhidas capinhas com texturas diferentes impressas em 3D que podem ser encaixadas e trocadas.

N O V E M B R O • D E Z E M B R O 2 0 1 4 15

o som Vai roLar Em 2015

[ m ú s I c a ] Com o ano chegando ao fim, já é hora de ficar de olho e começar as economias para os shows que chegam ao Brasil em 2015. Quem dá com pé na porta é o Foo Fighters, com quatro shows já em janeiro. A banda inglesa Kaiser Chiefs irá abrir a pequena turnê brasileira, marcada para passar por Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Na ala dos confirmados, está Joss Stone, James Blunt, a banda Nightwish e para o Rock N’ Rio foram sinalizados nomes como John Legend e Katy Perry. O Lollapalooza 2015 que abriu venda de ingressos sem confirmar um só nome promete não desapontar aqueles que confiaram na organização do festival, já que estão cotadas apresentações de Robert Plant e Jack White.

boasnoVas

Tecnologia, cinema, tendências, moda, comportamento, tudo e mais um pouco. Conheça

também nossa versão online. Saiba tudo o que acontece de mais novo no PorAcaso.com.br

R E V I S TA O U S E16

por acaSo

WELcomE back to tWin PEaks

onDE Estáo WaLLy?

facEbook Lança o rooms

toy story Em mais um

EsPEciaL

oLimPo insPira crônicas

[ m ú s I c a ] [ I N T e r N e T ]

[ I N T e r N e T ]

[ T e L e V I s ã O ]

[ L I T e r aT U r a ]

Cultuada e reverenciada por milhares de fãs, um dos grandes sucessos da televisão americana, que também conquistou seguidores pelo mundo, voltará às telas em 2016 para uma temporada de nove episódios. Os criadores de Twin Peaks, David Lynch e Mark Frost, anunciaram que estarão a frente do roteiro e direção dos novos episódios ao redor do estranho e enigmático universo da série. O programa voltará no canal Showtime. Ainda não foram anunciados detalhes sobre a nova história, resta esperar.

Mais legal do que saber que o famoso jogo dos anos 90 encontrou seguidores no Instagram é ver a ação promovida pelo perfil para ajudar a encontrar outras pessoas perdidas. Além de postar imagens onde os usuários precisam encontrar o personagem magrelo de óculos e camiseta listrada para somar pontos, semanalmente aparecem fotos de crianças desaparecidas como estímulo a conscientização. O perfil promove a página www.desaparecidos.gov.br e pede por informações e denúncias a respeito do paradeiro desses brasileirinhos.

Lá nos primórdios da internet, quem nunca se aventurou com nicknames diferentes por salas de bate-papo? Um pouco dessa experiência de interação poderá ser revivida com o novo aplicativo do Facebook, o Rooms. A ideia é criar relações além das conexões sociais e localização geográfica com fóruns, grupos e salas de conversas divididas por temas. Segundo o Facebook, serão lugares onde o que você diz será mais importante do que quem você é ou conhece. Por enquanto, o app só está disponível em países de língua inglesa e para dispositivos iOS.

Quem curtiu as aventuras de Woody, Buzz e amigos poderá rever os personagens de volta em ação. O curta metragem,

especial de Natal, será exibido nos Estados Unidos pela rede

de televisão ABC em dezembro e ainda não tem data de

lançamento no país – mas a internet sempre é a grande

aliada nesses casos. “Toy Story That Time We Forgot” traz de volta o elenco original da série com atores como Tom Hanks, Tim Allen e Joan Cusack, que deram vida aos personagens.

Essa é a segunda vez que o universo Toy Story vira

especial, ano passado foi uma história de Halloween durante

o feriado americano.

Roberto Lanznaster, escritor e ilustrador jaraguaense, mergulhou no universo das mitologias gregas para resgatar As Crônicas do Olimpo. A série de livros resgata as diferentes origens que cercam essas lendas, e ainda traz elementos narrativos criados pelo autor. O primeiro volume tem Atena como protagonista, a deusa sábia e líder de batalhas. As próximas crônicas lançadas serão sobre Zeus e Deméter. Essa não é a primeira empreitada de Lanznaster pelo universo fantástico. Ele é autor dos livros A Flauta Mágica e Imaginarium – Dicionário de monstros, também é coautor e ilustrador de Pocotinhas.

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rEggaE com natiruts E armanDinho

O ritmo é propício para o ambiente: Balneário Camboriú começa o ano com atrações que têm a cara da praia

ReGGAe tomA ContA de Balneário Camboriú no mês de janeiro. A cidade ferve com a temporada de verão e estilos diferentes são esperados para a estação mais quente do ano. Para abrir 2015 com chave de ouro, Armandinho e Natiruts sobem no palco no Music Park BC, complexo de casas noturnas do município. O show acontece no dia 02 de janeiro e promete atrair o público jovem. Armandinho faz sucesso com canções nas linhas do reggae e pop. Em 2002 lan-çou seu primeiro álbum solo de reggae, intitulado Armandinho. Em 2006 lançou seu CD ao vivo e conquistou sucesso nacional com músicas como Balanço da Rede, Semente e Paulinha. Já Natiruts é uma banda formada em Brasília que defende o reggae de raiz, mas incorporou ao som uma grande influência brasileira. Quando ainda chamava-se Nativus, o grupo vendeu 40 mil discos independentes com o sucesso “Presente de um beija-flor”, até ser contratada pela EMI. A nova edição do disco vendeu 450 mil cópias.

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menu cultural

coraçõEs DE fErroA Segunda Guerra Mundial vira palco para este drama, estrelado por Brad Pitt

[ c I N e m a ]

PARA quem GostA De DRAmAs relacionados à Segunda Guerra Mundial, a dica é aguardar pelo filme Corações de Ferro. A produção traz no elenco nomes como Brad Pitt e Shia LaBeouf e se passa em 1945, nos últimos dias do comba-te. É nessas circunstâncias que o sargento Wardaddy precisa guiar um grupo com cinco soldados, com poucas armas, diante de uma missão quase suicida.

Pequeno segredoA Lição de Vida de Kat Para a Família SchurmannÉ um emocionante relato sobre a vida, e o ato de amor, de Katherine. Heloisa Schurmann, matricarda da família, é a autora do livro e conta, em suas 300

páginas, relatos do cotidiano de sua filha adotiva, que era portadora do vírus HIV. Kat viveu intensamente até os 13 anos, e em toda sua vida e lidou sobre o assunto com muita maturidade e tranquilidade.

Doctor Who12 Doutores, 12 HistóriasPara celebrar os 50 anos da série, completados em 2013, 12 dos maiores nomes da literatura fantástica da atualidade homenageiam o personagem com histórias

inéditas na coletânea Doctor Who: 12 doutores, 12 histórias. Em 51 anos de TV, o Doutor foi interpretado por 12 atores diferentes, cada um deles uma encarnação diferente do personagem, com personalidades e trejeitos diferentes.

o bicho-da-sedaJ.K. Rowling, famosa autora da séria Harry Potter, lança seu segundo romance que chega em breve ao Brasil. É a nova investigação do detetive Cormoran Strike, e de sua fiel escudeira Robin

Ellacott. Quando do desaparecimen-to do romancista Owen Quine, sua esposa procura o detetive particular Cormoran Strike. Inicialmente, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias — como fez antes — e quer que Strike o encontre e o leve para casa.

ted 2O ursinho politicamente incorreto Ted está de volta aos cinemas em Ted 2. A sinopse do filme ainda não foi divulgada oficialmente, mas Seth Ma-cFarlane, diretor do primeiro trabalho, está confirmado como responsável pela sequência. Nomes de peso es-tarão no elenco, como Liam Neeson, Mark Wahlberg, Amanda Seyfried e Morgan Freeman. O lançamento deve acontecer na metade de 2015.

PoltergeistQuem viveu a década de 80 deve se lembrar de quanto sucesso Poltergeist: O Fenômeno fez entre os apaixonados por filmes de terror. Em 2015, assim como muitas outras produções, Poltergeist vai ganhar um remake, mas desta vez sem o en-volvimento de Steven Spielberg no projeto. A direção será de Gil Kenan (de Cidade das Sombras).

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Em Imbituba, um projeto especial estuda e protege as baleias francas. Todos os anos elas visitam a costa

brasileira e atraem milhares de turistas

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om Até 18 metos de comprimento e mais de 60 toneladas, elas são gigantes do mar. Ao mesmo tempo em que impressionam pelo tamanho, também encantam pela docilidade e comportamento. As baleias francas visitam o Brasil entre julho e novembro, quando entram no período de reprodução e atraem milhares de turistas. Extremamente carismáticos, estes elegantes animais despertam a curiosidade e chamam a atenção de qualquer um.

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Para ajudar na preservação da espécie e incentivar estudos e pesquisas com as baleias, existe um instituto chama-do Projeto Baleia Franca, com sede na Praia de Itapirubá, em Imbituba. O Projeto é responsável pela redescober-ta das baleias francas em Santa Catari-na e foi criado em 1982 com a intenção de garantir a recuperação populacio-nal da espécie em águas brasileiras. De acordo com a diretora de Pesquisa, Karina Groch, o objetivo do Projeto é buscar a proteção, a conservação e a

recuperação da população das baleias, especialmente a baleia franca austral (Eubalaena australis), através de pes-quisa científica e monitoramento.Conforme ela explica, o Projeto atua principalmente na costa Centro-Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul, onde são realizados estudos sobre dinâmica populacional, ecologia comportamental, atendi-mento a encalhes, monitoramento de atividades como o turismo de obser-vação de baleias embarcado e ativida-des portuárias. Além disso, também é realizado um trabalho de cons-cientização das comunidades locais e usuários da região. “O monitoramento aéreo das baleias francas é nossa prin-cipal ferramenta de pesquisa no Sul do Brasil. O objetivo dos sobrevoos é a realizar o censo e a identificação indi-vidual das baleias francas, em especial na APA da Baleia Franca, bem como obter informações sobre a ocorrência e distribuição da espécie durante seu período reprodutivo no país”, explica.Karina trabalha há 18 anos no Projeto e conta que antes mesmo de deci-dir cursar ciências biológicas, tinha vontade de trabalhar com animais grandes e com a proteção do meio ambiente. No início da faculdade ela fez um curso de mergulho e decidiu

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que queria pesquisar animais mari-nhos. “Foi a combinação perfeita para chegar nas baleias. Fiz alguns estágios no Nordeste e quando descobri que havia baleias aqui no Sul, não pensei duas vezes em abraçar esta causa. Desde que me formei dediquei a minha carreira às baleias francas, fiz mestrado e doutorado sobre a espécie e assumi a coordenação de pesquisa em 2005”, explica ela. As baleias francas são cetáceos de grande tamanho que podem alcançar mais de 18 metros nas fêmeas e pouco menos nos machos. O corpo das baleias é negro e arredondado, sem aleta dor-sal e a cabeça ocupa quase um quarto do comprimento total do animal. As fêmeas adultas podem pesar mais de 60 toneladas, enquanto que para os machos pesos acima de 45 tonela-das não são incomuns. A camada de gordura que reveste o corpo das baleias francas pode chegar a 40cm de largura em alguns pontos. O “esguicho” das baleias é bastante característico, em forma de “V” e pode atingir de 5 a 8 metros, sendo mais visível em dias frios e com pouco vento. O som que elas fazem é inesquecível e muitas ve-zes pode alcançar vários metros. Uma de suas características mais marcantes é o conjunto de calos, ou verrugas,

que as baleias francas têm na cabeça. São características naturais da pele e já nascem com o animal, como não se alteram com o passar dos anos, são uti-lizadas para identificar as baleias. Apesar de tão grandes, as baleias são animais extremamente populares. Ka-rina acredita que este carisma tenha origem nos hábitos costeiros da baleia, que chamam a atenção das pessoas. “Elas fazem parte do que chamamos de “megafauna carismática”, são dóceis, impressionantes, despertam a curiosidade. Apesar de gigantes, têm comportamento dócil, movimentos elegantes, e as mães são extremamen-te carinhosas com os filhotes”, conta ela. “Isso emociona qualquer um que para pra prestar a atenção! Apesar de trabalhar há 18 anos com a espécie, sempre me emociono com a chegada das primeiras baleias em cada tempo-rada reprodutiva”.

Projeto Baleia FrancaUma das importantes conquistas do Projeto Baleia Franca ao longo dos primeiros anos de atividades acon-teceu em 1995, com a declaração da baleia franca como Monumento Natural do Estado de Santa Catarina. Esta ação consolidou o reconheci-mento da espécie por sua importância

ecológica e como atrativo turístico e cultural. Além disso, as informações obtidas a partir da primeira década de monitoramento permitiram identifi-car a principal área de concentração reprodutiva da espécie no litoral Sul do Brasil. Em 14 de setembro de 2000, a espécie recebeu proteção específica nesta área com a criação da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, uma área de 156 mil hectares e 130km de costa no litoral Centro-Sul de Santa Catarina. O seu objetivo principal é de proteger as mais importantes áreas de criação dos filhotes da espécie em águas brasileiras. De acordo com Karina, em função da ocorrência cada vez mais frequente das baleias francas no litoral Sul do Brasil, ao longo dos anos o Projeto Baleia Franca passou a trabalhar em conjunto com as autoridades am-bientais na formulação de políticas públicas para a proteção da espécie. Como parte deste trabalho, o Proje-to elaborou o Plano de Ação para a Conservação das Baleias Francas em 1999, e mais recentemente do Plano de Ação para a Conservação de Gran-des Cetáceos (2012). No Brasil, estes planos são referências com relação às necessidades de pesquisa e conserva-ção da espécie.

Uma das características deste mamífero é que as mães são extremamente carinhosas com os filhotes

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“Ao longo dos 32 anos de atividades do Projeto Baleia Franca, as conquistas e resultados obtidos para a conservação de uma espécie ameaçada foram muitos. As baleias francas possuem hábito costeiro e apresentam sinais de recuperação populacional com potencial ocupação de antigas áreas de distribuição”, conta Karina. No entanto, o hábito costeiro da espécie a torna extrema-mente vulnerável a comportamentos humanos inadequados ou agressivos. Essa proximidade da costa significa, ainda, que as baleias francas dividem o espaço vital para sua reprodução com uma série de atividades e potenciais variáveis de impacto. Os principais fatores que ainda ameaçam à espécie são as condições nutricionais do animais, poluição química, equipamentos de pesca que prendem as baleias, interações com embarcações (como colisões com navios e distúrbios sonoros) e perda e degradação de habitat. “Assim, torna-se imprescindível dar continuidade aos estudos sistemáticos e de longo prazo na sua principal área de ocorrência, e nas áreas adjacentes, permitindo ampliar o conheci-mento científico sobre a espécie e oferecer subsí-dios às necessárias ações para sua conservação e de seu habitat”, completa Karina.Uma das formas de se fazer este monitoramento da espécie é através de sobrevoos (Programa de Monitoramento Aéreo) realizados pelo Projeto Baleia Franca. Através destas ações é possível construir um banco de dados com informações sobre a dinâmica populacional das baleias em águas brasileiras. O Catálogo Brasileiro de Fotoi-dentificação dessas baleias, mantido pelo PBF, é um dos principais resultados e conta com mais de 700 baleias francas catalogadas. A partir des-tes dados é possível estimar que a taxa de cres-cimento das baleias francas no Brasil é de 12% ao ano. Uma média de 120 baleias francas frequenta o litoral Sul do Brasil a cada ano, e no total a es-timativa é de que pelo menos 500 baleias francas visitem regularmente a costa brasileira.

>>estudos publicados pela professora Miriam Ellis resga-tam um quadro do que foi a caça às baleias ainda durante o Brasil Colônia. Na época, registros de cartas diziam que havia uma enorme abundância dos animais nas baías e enseadas brasileiras. Conforme os relatos, o maior nú-mero de baleias ocorria entre maio a junho. Chamada em inglês de Right Whale, o nome da baleia franca foi dado porque ela era mais “certa”, “certeira”, ou seja, fácil de ser morta. O consumo da carne nunca foi o objetivo das cap-turas de baleias nas Armações da Costa Sul do Brasil, mas sim a camada de gordura particularmente espessa. Ela era utilizada para a produção de óleo destinado à ilumina-ção, lubrificação e fabricação de argamassa utilizada em igrejas e fortalezas - como as que até hoje resistem ao tempo no litoral catarinense. Secundariamente, as “bar-batanas” - o aparelho de cerdas filtradoras de alimento existente na boca das baleias francas - era vendido para a fabricação de espartilhos. A perseguição às baleias era feita em lanchas (“baleeiras”, cujo formato ainda hoje é comum aos barcos de pesca artesanal catarinenses) impulsionadas a remo e à vela. Os animais eram arpoados com um arpão rudimentar de ferro batido com farpas e uma haste de madeira, preso à lancha por um cabo. Após arpoada, era comum que a baleia arrastasse a lancha por várias horas, antes de se aproximar da embarcação. Neste momento os pescado-res a abatiam com lanças de ferro, com cerca de 2 metros de comprimento. As baleias produziam em média 16 pipas de óleo por animal, ou seja, cerca de 6.800 litros. As rendas obtidas na caça à baleia em Santa Catarina no período colonial foram fundamentais para a consolidação das povoações da costa catarinense. Através destes recursos foi possível fazer construções de fortalezas, aquisição de mantimen-tos e outras necessidades da época. Depois de anos de matança, no início do século XIX, os números de baleias francas capturadas despencaram colocando a espécie já à beira da extinção.

CAçA às BAleIAs

A perseguição às baleias francas dizimou a espécie e diminuiu consideravelmente o número de animais no litoral brasileiro

R E V I S TA O U S E24

iniciativaS

Antigos trens na região Sul se transformam em atrações turísticas e são selecionados entre

os melhores passeios do Brasil

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lAs JÁ FIzeRAm PARte da história do Brasil e ajudaram no desenvolvimento de Santa Catarina. Hoje, as locomotivas foram aposentadas de seu trabalho e vivem somente do turismo. O trem que atualmente percorre o trecho ferroviário entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, chegou ao país para operar na famosa estrada de ferro Teresa Cristina, em Tubarão, onde puxava 11 vagões de minérios de ferro das minas de carvão da Companhia Siderúrgica Nacional.

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Anos mais tarde, foi transferido para o Rio Grande do Sul, para fazer a alegria dos turistas. Segundo informações e inventários antigos, existem no Brasil cerca de 400 locomotivas a va-por, sendo a grande maioria exposta em praças públicas e bosques, como monumentos. A Maria Fumaça, como é conhecida, é uma memorável atração na Serra Gaúcha, na Região Uva e Vinho. O passeio começa pela recepção dos turistas na estação de Bento Gonçalves com uma deliciosa degustação de vinhos. Ao soar o sino, todos em-barcam na viagem, que traduz o jeito de ser dos imigrantes italianos.

A funcionária pública Sandra Chiafitela de Simas visitou o lugar neste ano com a família, e voltou cheia de histórias. “É muito divertido, a atração é o próprio trem. Tem música, tetro, dança, muita interatividade com o público. A gente até esquece de olhar para fora”, comenta. São 23 quilômetros de percurso com duração média de 2 horas. Durante o pas-seio, a festa é conduzida por atrações típicas italianas e gaúchas. Os funcionários se vestem a caráter e fazem apresentações durante a viagem. A recepção em Garibaldi acontece ao som de música italiana, enquanto todos degustam espumante moscatel e suco de uva. Novo embarque, com destino ao final do passeio. “Quando chegamos na estação fomos recebidos com uma degustação. Até o meu filho de seis anos adorou”, conta ela.A professora Cristiane Pereira também fez o trajeto com a família, e levou os pais para conhecerem o passeio de trem. De acordo com ela, além de divertido o passeio tem valor histórico. “Foi muito interessante, eles cantam, dançam, e ainda aprendemos mais sobre os imigrantes e a vida que existia no Brasil. É uma volta ao passado”.

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A linha de Bento Gonçalves serviu para o tráfego de trens regulares até meados da década de 1970. Por volta de 1978, um trem turístico foi inaugu-rado na época pela Rede Ferroviária Federal So-ciedade Anônima (RFFSA). Seu percurso iniciava em Carlos Barbosa, passava por Garibaldi, Bento Gonçalves e terminava em Jaboticaba.Em 1993 foi retomada a operação da linha no trecho Bento Gonçalves-Garibaldi-Carlos Barbosa pela empresa Giordani Turismo, com o objetivo de operar o passeio turístico de trem a vapor. Atualmente o trecho entre Bento Gonçal-ves e Jaboticaba permanece abandonado.

no sul do BrasilOutros passeios misturam história e turismo no Sul do Brasil. Um deles é o trajeto de trem entre Piratuba (SC) e Marcelino Ramos (RS), chamado

de Trem das Termas. Os passageiros são recep-cionados na Estação Ferroviária de Piratuba e seguem de Maria Fumaça até a cidade gaúcha. O trajeto leva cerca de uma hora e meia. Já em Marcelino Ramos, os turistas podem fazer um passeio de ônibus opcional para conhece-rem o Balneário, ou o Santuário Nossa Senho-ra da Salete. De volta à Estação, o trem faz o caminho de volta a Santa Catarina. Os passeios acontecem todos os sábados, outros dias da semana funciona somente com grupo de pelo menos 50 pessoas. Já no Paraná está um dos passeios com loco-motivas mais luxuosos do Brasil. A Litorina de Luxo, única no país, é um dos trens opera-dos pela Serra Verde Express, e percorre uma ferrovia centenária e especial. Com 129 anos de idade, a estrada de ferro é considerada umas das cem obras de engenharia mais importantes do Brasil. Túneis, pontes, picos e montanhas ligam

Curitiba ao litoral do estado e é neste cenário que circulam a Litorina de Luxo e o Trem da Serra do Mar, dois dos passeios turísticos mais procura-dos do estado.O ponto de partida da viagem é a Estação Ferro-viária de Curitiba e o destino final é a histórica cidade de Morretes. A beleza do trajeto torna-se exuberante em trechos que passam pelo con-junto montanhoso do Marumbi, Cascata Véu da Noiva e tem como ápice a Ponte São João, inaugurada em 1885, e que até hoje tira o fôlego dos viajantes que passam pelo seu vão livre de 110 metros de altura.Cerca de três horas depois acontece a chegada a Morretes, momento em que o passeio ganha sta-tus gastronômico em um almoço tradicional com o famoso “barreado” prato típico da culinária lo-cal. Após o almoço, os passageiros embarcam em

um city tour pelas cidades de Morretes e Antoni-na. A primeira, fundada no início século XVIII, preserva a arquitetura antiga dos seus casarões e igrejas como a Nossa Senhora do Porto, padroeira da cidade e fundada em 1849. Na segunda parada da viagem, em Antonina. A região foi uma das primeiras áreas exploradas pela Coroa Portugue-sa no Sul do Brasil por ser considerada estratégica na busca por índios e metais preciosos. Atual-mente, Antonina tem forte vocação cultural, re-aliza o carnaval mais famoso do Paraná e mantém viva a tradição das serestas.O retorno a Curitiba acontece ao final da tarde, com uma viagem pela encantadora Estrada da Graciosa, antigo percurso dos tropeiros e cuja construção, em meio à Mata Atlântica, data do século XIX. Orgulho dos paranaenses e um dos símbolos do estado, a Graciosa foi declarada pela UNESCO, em 1993, área de Reserva da Biosfera por conta das abundantes fauna e flora locais.

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>>“maria-Fumaça” é o apelido dado às locomotivas a vapor no Brasil, em virtude da densa nuvem de vapor e fuligem expelida por sua chaminé >>os primeiros trilhos utilizados para transporte conhecidos são do século XVI. Feitos de madeira e montados nas minas de carvão e ferro em alguns países da Europa, eram puxados ou por homens ou por animais. >>em 30 de abril de 1854, foi inaugurada a primeira linha ferroviária do Brasil, ligando o Porto de Mauá (Baía da Guanabara) a Petrópolis, na Vila do Fragoso. >>Com 14,5 km de extensão, puxado pela locomotiva “Baronesa”, o primeiro trem a circular no Brasil fazia a ligação entre a capital e Petrópolis, cidade serrana para onde convergia a nobreza carioca >>A estrada de Ferro D. Pedro II, que originou a Es-trada de Ferro Central do Brasil, foi construída em 1855 >>em 1995 a locomotiva Jung número 4, no Rio Grande do Sul, serviu de cenário para um dos mais belos filmes brasileiros, “O Quatrilho”, que retrata a cultura e os costumes dos imigrantes italianos.>>A composição é formada pela Locomotiva, 1 carro original (onde foram gravadas cenas para o filme o Quatrilho) e 5 carros com bancos estofados.

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Praias catarinenses fazem sucesso com turistas brasileiros e do exterior. Para a família, surfe, ou jovens, saiba quais são as favoritas para a temporada

GuA sAlGADA Do mAR e um corpo bronzeado: no verão, é o que todo mundo quer. Para aproveitar a estação mais quente do ano e descansar debaixo de sombra e água fresca, não há lugar melhor do que o Litoral de Santa Catarina. Em algumas cidades, como Balneário Camboriú, o número de pessoas que visita o município chega a um milhão, durante toda a temporada. Além de braisileiros, turistas vindos de países coirmãos como Argentina, Paraguai e Chile também são esperados. O grande movimento acontece a partir do dia 15 de dezembro, quando os visitantes chegam para aproveitar as festas de final de ano. A temporada se mantem forte até início de janeiro, praticamente se unindo ao Carnaval das cidades litorâneas.

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Para não perder as melhores praias do estado, selecionamos alguns pontos que merecem visita. Na capital, por exemplo, a praia da Joaquina não pode ficar de fora. Com excelente infraestrutura para os turistas, a praia é conhecida pelas condições de prática do surfe suas competições deste es-porte. Muito frequentada por jovens, a Joaquina é palco de grandes shows na temporada de verão. Seu nome se origina de uma velha rendeira chamada Joaquina que segundo conta a lenda, morreu afogada na praia. Oferece serviços de estacionamento, salva-vidas, terminal turístico, lojas de artesanato, restaurantes, bares, chuveiros, banheiros, além de iluminação noturna. Também em Florianópolis o point da juventude e uma das mais belas praias da cidade: a Praia Mole - que ganhou este nome por causa da areia solta e macia. Ela é frequentada principalmente por surfistas e praticantes de parapente, que aproveitam a encosta Sul como rampa de decolagem. Outro ponto de encontro são os vários barzinhos à bei-ra-mar. Ali, com o pé na areia, um suco natural ou uma cerveja bem gelados aliviam o calor do sol. Na hora em que bater a fome é possível optar entre sanduíches naturais, petiscos de frutos do mar ou mesmo uma refeição comple-ta. Para quem chegar na baixa temporada não há problema:

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tem estabelecimento funcionando o ano inteiro. As famílias que forem curtir a praia com crianças devem ter cuidado redobrado. Além das fortes ondas causadas pelo mar aberto, a Mole tem características de tombo, ou seja, a profundidade aumenta abrup-tamente, após uns poucos passos em direção ao mar. Já a Barra da Lagoa é um núcleo pesqueiro e cultural de Floripa. Atrai centenas de turistas pela cordialida-de dos moradores e belezas naturais. A região conta com várias pousadas e restaurantes, o mar possui ondas suaves, que permitem a prática do surfe mas não assustam os banhistas. Isso acontece porque as grandes ondas provocadas pelo mar aberto são fre-adas pela correnteza do Canal. Outra atração é a Ponte Pênsil que passa por cima do Canal da Barra. Do outro lado, uma pequena trilha que passa entre os casebres da comunidade dá acesso à Prainha, uma pequena enseada cercada por enormes rochas e sítios arqueológicos que formam piscinas naturais de águas transparentes. Também na alta temporada a praia dos Ingleses, é o segundo balneário em concentração de turistas estrangeiros, perdendo apenas para Canasvieiras. Com quase cinco quilômetros de extensão a faixa estreita de areia é ba-nhada pelo mar aberto, de águas azuis e com média ondulação. As dunas que separam Ingleses de Santinho é outro atrativo natural imperdível. É comum

a prática do sandboard, esporte criado em Florianópolis que consiste em descer as dunas em uma prancha, fazendo manobras ou não. Para os jovens que curtem praia e ba-lada – tudo ao mesmo tempo – Jurerê é imperdível. Na água, os veleiros e lanchas dão um toque sofisticado ao visual. Na beirada da praia os beaches clubs fazem sucesso, programam festas durante o dia ou à noite, com música boa e gente bonita. O bairro é bastante diversificado. O residencial Jurerê Internacional traz requinte à praia e transformou o lugar em uma região de mansões. Mais para o lado direito estão casas de moradores antigos e restaurantes com culinária típica da Ilha. Com três quilômetros e meio de ex-tensão, a praia do Campeche fica entre a Joaquina e o Morro das Pedras, sem no entanto haver marcos geográficos nestas divisas. A faixa de areia branca e fina é larga, às vezes com formação de dunas. As ondas são fortes e as direitas com ondulação Sul são muito esperadas pelos surfistas. A princípio, as praias da Joaquina, do Campeche e do Morro das Pedras tinham um só nome: praia do Mandu. Foi em 1860 que a orla em frente à Ilha do Cam-peche passou a ser conhecida pelo mesmo nome da ilha. Existem duas versões para o nome Campeche, uma originada de uma árvore, o Pau-Cam-peche de madeira corante empregada em tinturaria. A outra versão aponta o nome como uma união das expressões francesas “camp” (campo) e “pêche” (peixe), devido ao campo de pouso que havia entre 1926 a 1939 e que era utilizado pelo escritor e aviador francês Saint-Exupery, quando fazia escala na rota do correio francês. Destacam-se como reserva ecológi-ca a Lagoinha da Chica e a Lagoinha Pequena barradas no lado Leste por uma faixa de dunas fixas de vegetação rasteira que se estende ao longo da praia, sendo bem servida em termos de bares e restaurantes.

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Em Itajaí, certamente a praia mais badalada é a Brava. Conhecida nacional e internacionalmente, a praia oferece uma completa infraestrutura de hotéis e pousadas temáticas, restaurantes e casas noturnas. Recebe na alta temporada milhares de pessoas vindas de todas as partes do país e da América Latina. A Praia Brava além de contar com estacionamentos, serviços de praia e muita agitação, é cercada por exuberante Mata Atlântica e águas perfeitas para um refrescante banho de mar. Lá também fica o Canto do Morcego, localizado no ponta Norte, considerado um local paradisíaco. A praia de Cabeçudas tem aspecto de vilarejo e já foi conhecida como o calçadão mais charmoso de Santa Catarina, propício para exercícios ao ar livre. Foi nesta praia que ocorreram as primeiras práticas de banhos de mar no estado, quando ainda era considerada uma terapia medicinal. Seu nome originou-se da presença de tartarugas-cabeçudas (Caretta Caretta) em Itajaí. As rochas que adentram o mar formam um trapiche natural e são atrativos para pescadores e curiosos em visualizar a praia de outro ângulo. Habitada desde o século passado, esta praia de águas calmas e orla aconchegante é um dos locais mais procurados pelas famílias. Já a praia de Atalaia é excelente para a prática do surf, com quiosque à beira-mar, chuveiros, estacionamento e uma bela visão do encontro do rio Itajai-açú com o Oceano Atlântico. Outra grande atração é a iluminação especial para a pratica do surf noturno, tornando ainda mais atraente o local para visitação. O Saco da Fazenda também merece destaque, é uma região com grande presença dos ecossistemas de mangue e marisma ,contando ainda com a presença de aves aquáticas. O local é diariamente visitado pela população como local de caminhada, navegação e atividades educativas com a ANI - Associação Náutica de Itajaí.

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Balneário CamboriúUma das queridinhas dos turistas, Balneário Camboriú. Sua praia Central com quase 7 km de comprimento tem águas tranqüilas, mas em certas regiões também é possível a prática do surf. Ali, no Centro da cidade, é realmente onde tudo acontece. De caminhadas ao amanhecer, apresenta-ções ao ar livre e práticas esportivas nas extensões da areia. Com uma completa infraestrutura, a praia tem os principais hotéis, pousadas, bares, restaurantes,casas noturnas, além de um variado centro comercial. Na orla da praia também estão os residenciais mais luxuosos da cidade. O calça-dão da avenida Atlântica é mais um atrativo. Totalmente iluminado, com moderna urbanização, acompanha toda a extensão da orla. À noite é hora do agito, com inúmeras opções de bares, restaurantes, danceterias e boates, que fazem da noite uma das mais badaladas do Sul do Brasil. Já a praia de Laranjeiras é a preferida dos turistas que têm crianças. Bem menor, ela tem apenas 750 m de extensão de águas tranquilas, próprias para esportes náuticos. A região também conta com um excelente serviço de bares e res-taurantes, além de um trapiche para atracação de embar-cações. A praia de Laranjeiras é um sítio arqueológico onde foram encontrados fósseis de 3.000 anos e sambaquis, que podem ser observados no Parque da Santur. O acesso à praia é realizado pela via Interpraias ou pelo Bonde Aéreo Parque Unipraias Camboriú, que proporciona um cenário que mis-tura Mata Atlântica com o azul das águas do Oceano.Mais adiante fica a praia de Taquarinhas, praticamente deserta e com uma beleza invejável. De cima do costão é possível avistar toda a faixa de areia. O mar não é indicado para quem não sabe nadar, muito fundo é do tipo tombo, bastante agradável para os pescadores de arremesso. Ao seu lado fica sua “irmã”, Taquaras. Com pouco mais de um qui-lômetro de extensão, tem areia grossa e mar forte, também bastante profundo. Ótimo local para a pesca de arremes-so, possui um pequeno núcleo de pescadores, moradores nativos da região. Quem procura paz e tranquilidade não pode deixar de conhecer esta praia. A infraestrutura não é tão boa quanto a de outras, porém, a natureza compensa. A restinga é preservada e a visão dos morros que a cercam, repletos de Mata Atlântica, é encontadora. Para quem é mais liberal e desapegado de roupas, a praia ideal é a do Pinho, primeira praia oficial de naturistas do Brasil. Nos seus 500 m de extensão encontramos uma praia de areia grossa e mar límpido, sendo a primeira praia de naturismo oficial no país, onde a prática é totalmente orga-nizada. Possui camping, restaurantes e bares. Sua vegeta-ção é de costões, que são rigidamente fiscalizados. Muitos turistas podem achar engraçado, mas a praia é conduzida por um rígido controle e existem regras a se respeitar na praia do Pinho.

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chicagoRepleta de histórias, a cidade sobreviveu a um incêndio

desolador e foi cenário das lutas de Al Capone

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mA DAs mAIoRes CIDADes dos Estados Unidos, recheada de história e pontos turísticos, Chicago já foi tema de filmes e musicais. Localizada às margens do gigantesco lago Michigan, a cidade possui uma agradável atmosfera urbana. A Willis Tower (antiga Sears Tower) domina o perfil da cidade, tendo sido por 25 anos o maior edifício do mundo. Localizada no estado de Illinois, sua região é conhecida como “Grandes Lagos”. Apesar do clima extremo durante o inverno, Chicago possui uma moderna infraestrutura que permite visitas em qualquer época do ano, ofere-cendo atividades para toda a família.

Chicago impressiona pelo tamanho, tem uma vida cultu-ral intensa e um destacado polo econômico e comercial. O John Hancock Center tem 94 andares de altura, e é o se-gundo maior prédio da cidade e um dos maiores do país. O observatório de sua cobertura é o ponto recomendado para quem quer ver a cidade de cima. Seus elevadores são os mais rápidos do mundo e em 39 segundos épossível chegar no topo, de onde se avista quatro estados: Illinois, Indiana, Michigan e Wisconsin. O prédio também oferece diversas atrações interessantes, como fazer um tour virtual pela ci-dade e participar de experiências interativas para conhecer os principais pontos de Chicago.O Centro da cidade é conhecido como The Loop. Uma mo-derna área no coração do município que compreende as zo-nas comerciais e financeiras mais importantes de Chicago. The Loop é delimitada pelas vias elevadas do trem. Dentro desse circuito se encontra a arquitetura mais bela de toda a cidade. Localizado a três ruas do Lago Michigan, The Loop é um lugar especial digno de ser explorado por sua extensa variedade de luxuosos restaurantes, bares, galerias de arte, exclusivas lojas, famosas esculturas como uma enorme, feita por Picasso, e a área de teatros onde está o famoso Chicago Theatre.Sempre associada ao vento e ao frio, Chicago não costu-ma ser lembrada por suas praias e muitas pessoas sequer sabem que elas existem. Na verdade, a cidade tem mais de vinte praias e durante os dias de verão elas são o refúgio dos encalorados habitantes da cidade. A mais famosa delas é provavelmente Oak Street Beach, praia artificial, constru-ída em 1890 junto às águas do Lago Michigan, integrando o projeto do parque Lincoln.

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Lincoln Park é somente um dos diversos parques da ci-dade, mas deve ser o mais famoso, e talvez o mais bonito de todos. Nomeado em homenagem ao ilustre presidente americano, ele é muito frequentado principalmente no verão, graças às praias. Também na parte interna existem diversas opções de lazer, jardins e lagos, aluguel de bicicle-tas, trilhas e até um zoológico. Nele também fica situado o Chicago History Museum, ao Sul do parque. Em destaque no museu foi recriado uma cena do grande incêndio que quase destruiu a cidade, em 1871.Outro ponto que se destaca na região central é a Old Water Tower, construção de 1869, que lembra um castelo. Sua função atualmente é principalmente histórica, represen-tando a resistência da cidade sobre os elementos, já que a torre foi uma das poucas construções que conseguiu esca-par do incêndio.

A era de Al CaponeUm dos gângsteres mais famosos de todos os tempos, senão o mais famoso, foi Alphonse Gabriel Capone, mais conhecido como Al Capone. O gângster foi um dos líderes da desordem e ilegalidade nos anos 20, quando a venda de álcool foi proibida.

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Na época, vender o produtor era um dos negócios mais prósperos do momento. Devido à cobiça por todos os lados e a falta de respeito diante das “áreas de venda de álcool” estabelecidas para cada gangue, explodiram uma série de massacres e batalhas entre os seus integrantes. O mais famoso desses massacres foi o Massacre do Dia de São Valentim, onde membros da gangue de Al Capone balearam a membros da gangue de George Moran, dando assim o “poder” de Chicago e suas zonas vizinhas ao legendário Al Capone.No final da década de vinte, o gângster já estava na lista dos mais procurados pelo FBI. Foi capturado nos anos trinta e enviado a uma prisão na cidade de Atlanta, Georgia, por sonegar impostos. Posteriormente foi transferido para a famosa prisão de Alcatraz. Morreu em 1947, na cidade de Miami, Flórida, de parada cardiorrespiratória devido à pneumonia.

históriaEm 1837, o Meio-Oeste dos Estados Unidos viu nascer uma cidade líder na indústria pecuária, madeireira e do trigo. Com o crescimento das vias do trem e da construção do canal Illinois-Michigan em 1848, conectou a área dos lagos com o Rio Mississipi. Devido a esse acontecimento, milha-res de pessoas chegavam em busca de um lugar para viver e trabalhar.Em 1871 ocorreu uma das maiores desgraças para Chicago e o país: o grande incêndio de Chicago, que é conhecido atualmente pelos seis quilômetros quadrados do Centro completamente destruídos e com milhares de pessoas mor-tas. O incêndio aparentemente foi iniciado por uma vaca que acidentalmente derrubou uma lanterna, numa granja localizada ao Sudoeste do Centro, a aproximadamente três quilômetros.Nas décadas posteriores ao grande incêndio de Chicago, chegaram milhares de imigrantes na cidade para trabalhar nas fábricas e nos frigoríficos. Depois de vinte anos, essa metrópole se reergueu como nunca. Hoje em dia, Chicago é a terceira cidade mais povoada dos Estados Unidos. Um lugar dinâmico e cosmopolita onde convivem milhões de pessoas de diferentes etnias e idio-mas. Além do idioma oficial, o inglês, são faladas mais de cem línguas. Chicago é um lugar visitado anualmente por quarenta e cinco milhões de pessoas por ser um centro in-ternacional de negócios, sede mundial de eventos culturais, esportivos e congressos profissionais; conta com centenas de restaurantes e bares, dezenas de shoppings e muitas atrações naturais, assim como construídas pelo homem. É uma das poucas cidades do planeta que contam com dois grandes aeroportos, o que facilita seu fácil acesso desde qualquer parte do mundo.

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a cara do verãoA antiga garagem de barcos se transformou no restaurante a beira mar: Tatuira Petisqueira

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A PReoCuPAção Com A elaboração dos pratos e com a escolha dos ingredientes tornou-se uma marca da casa. A experiência fica completa com o ambiente acolhedor da antiga garagem de barcos, a boa música ambiente e o pé na areia.

A bela vista para o mar é apenas um dos atrativos da Tatuira Petisqueira, localizada na Baía de Canto Grande, em Bombinhas. O restaurante foi monta-do em uma antiga casa de veraneio da década de 60. A garagem de barcos foi transformada no salão principal, o que garante um ambiente diferenciado. Os clientes podem optar pelas mesas do salão ou pelas que ficam na areia para saborear as delícias preparadas pelos chefs. Inaugurada em 2005, a preocupação com a elaboração dos pratos e com a escolha dos ingredien-tes tornou-se uma marca da casa. “Cozinhamos para nossos clientes como se cozinhássemos para nós e isso faz toda a diferença”, conta o proprietário, Luiz Otávio Lustosa, o Loy. O cardápio oferece muitas opções de peixes e frutos do mar, sempre fresquinhos, adquiridos na região. As especiarias são muito utilizadas no cardápio, totalmente original, o que garante sabores únicos. Autodidata, Luiz Otávio é responsável por muitas das receitas, inclusive do

prato mais pedido da casa: a Lula do Loy. A lula é salteada no azeite extra virgem com cebola, alho e especiarias – os grãos de mostarda garantem uma ótima finalização. Na cozinha com influências mediter-rânea, portuguesa e espanhola, Loy tem a companhia da chef Kriscia Monike Maass. Formada em gastro-nomia, Kriscia estudou na renoma-da Le Cordon Bleu Paris e fez estágio no Le Divellec, restaurante estrelado no Guia Michelin.A música ambiente selecionada com cuidado garante uma experiência maravilhosa acompanhada do pôr do sol visto da Tatuira, que é um espe-táculo à parte. A casa já foi indicada pelo Guia 4 Rodas como o melhor lo-cal para fotografá-lo em Bombinhas.

Tatuira Petisqueira Avenida João da Cruz, 1.700Baía de Canto Grande, Bombinhas Telefone: (47) 3393-4004www.tatuirapetisqueira.com.brDe quinta-feira a sábado, das 11h30 às 22hDomingo, das 11h30 até o pôr do solDe dezembro a fevereiro:Todos os dias das 11h30 às 23h

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nataL E Ano novoInfinity Blue Resort & SPA tem ceias

para celebrar o final do ano, os jantares são abertos para o público

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Ideais para as famílias que desejam comodidade e requinte, o jantar nas duas datas ainda irá contar com uma programação com shows que mes-clam apresentações de música, teatro e dança. Em ambas as noites, buffet com entradas, pratos principais e sobremesas:

Ceia de natal – 24/12menu: Entre as 28 opções destaque para o tradicional Peru preparado com fios de ovos e frutas. Também podem ser degustados Camarões flamba-dos com curry, coco fresco e avelã torrada, jarré de cordeiro ao molho vinho do porto, nhoque de semolina ao pomodoro com queijo cammem-

FInAl De Ano, FéRIAs, dias de sol e turistas animados que chegam para aproveitar o Litoral. Em Balneário Camboriú, programações não faltam para aproveitar a temporada de verão. lnfinity Blue Resort & SPA tem uma agenda especial para estes eventos. Entre as opções do menu preparadas especialmente para as celebrações, destaque para os tradicionais pratos natalinos e receitas que prometem sorte e dinheiro no Ano Novo.

bert e amêndoas tostadas, garoupa em crosta de ervas ao bisque de lagosta, medalhão de filé ao molho de queijo brie com compota de cebola roxa, entre outros pratos. A apresentação fica por conta do Grupo Boulervard, que mesclam teatro, cinema, música e dança, e a chegada do Papai Noel.

Ceia de Réveillon – 31/12menu: São 33 opções de entradas e pratos principais. Poderão ser degus-tados parppardeli com polvo grelhado e páprica, camarão Rosa ao molho de mostarda L’anciene, filé de pintado em manteiga de coentro e fettuccine de pupunha, caneloni bicolor de ricota com nozes ao pomodoro com manje-ricão roxo, pernil suíno aromatizado com essência de fumaça acompanhado de compota de frutas, confit de pato ao molho de castanhas portuguesas, len-tilha da fortuna, entre outros pratos. Atrações: Fogos de artifício, apresen-tação do grupo circense Tholl e show com a Banda Brazillian Sound Club.

O Infinity Blue Resort & SPA fica localiza-do a dez minutos do centro de Balneário Camboriú, e é reconhecido por unir charme e sofisticação em meio à natureza e à beira mar. Com 122 apartamentos construídos em um complexo com 800 mil m², o empreen-dimento oferece a hóspedes e visitantes uma série de opções em entretenimento, gastronomia, lazer e bem-estar. Único resort da cidade, o local possui quatro diferentes espaços gastronômicos que trazem um mix de influências nacionais e internacionais para atender os mais diversos paladares.

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lnfinity Blue Resort & SPA Avenida Rui Barbosa, 1.000, Praia dos Amores

Balneário Camboriú – Santa Catarina Contato: (47) 3261.0300www.infinityblue.com.br

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FAmoso PoR seR umA especialidade portugue-sa, o vinho do Porto tem sido produzido há mais de 300 anos na região do Douro e é elaborado de uma forma muito particular, que serviu e ainda é modelo para países que produzem vinhos fortifi-cados ou generosos.Quando os britânicos cortaram relações com os franceses durante o século XVII, Portugal emergiu como uma nova fonte de abastecimento vínico para a Inglaterra. Após algumas incur-sões em terras lusas, os ingleses encontraram no Douro um vinho tinto encorpado, intenso e que fazia o gosto que eles estavam acostumados. Mas para que o vinho resistisse à longa viagem até a Inglaterra, uma intervenção humana foi essen-cial: adicionar aguardente ao vinho! Acrescentar esta “cachaça de uva” ao vinho interrompe a fermentação, mata as leveduras ativas, eleva o teor alcoólico da bebida (geralmente fixada entre 19-22° GL) e conserva os açúcares naturais que ainda não tinham sido transformados em álcool. Os vinhos do Porto dividem-se numa vasta gama de estilos, cores e açúcares (pode ser muito doce, doce, meio-seco e extra seco). Podem ser elaborados por mais de 80 uvas autorizadas, mas as estrelas principais são mesmo a Touri-ga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Sousão. Estes vinhos podem ser classificados em duas categorias consoante o tipo de envelhecimento:estilo Ruby - São vinhos em que procura-se conservar a cor tinta, mais ou menos intensa, e manter o aroma frutado e vigor dos vinhos jo-vens. Neste tipo de vinhos, por ordem crescente

de qualidade, inserem-se as categorias Ruby (mais simples), Reserva, Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage. estilo tawny - Obtido por corte de vinhos de grau de maturação variável, conduzida através do envelhecimento em cascos ou tonéis. São vinhos em que a cor é mais aloirada, atijolada ou acastanhada. Os aromas lembram os frutos secos e a madeira; quanto mais velho é o vinho mais estas características se acentuam. As categorias existentes são: Tawny, Tawny Reserva, Tawny com Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos) e Colheita. Ainda são produzidos Portos brancos e rosados, em porcentagens muito pequenas. Fazem um estilo menos alcoólico, mais fresco, podendo ser aprecia-do mais resfriado ou na composição de coquetéis.Aproveitando a chegada do Natal, deixo para o leitor uma sugestão de Porto L.B.V. da vinícola Warre’s, que aliás é especialista nesse estilo. Um Late Bottled Vintage, que é sempre fruto de uma safra excepcional, amadurece por até 4 anos em cascos de carvalho e depois permanece mais 5 anos em garrafa antes de ser comercializado. Traduzido literalmente, significa “safrado e engarrafado tardiamente”, motivo pelo qual só chega até você após seu nono ano de produção. É um tipo de Porto que recebe rolha de cortiça na-tural, é bastante encorpado, guarda as caracte-rísticas de um Vintage, com bastante concentra-ção de fruta, de aromas florais e de especiarias, mas arredonda-se mais cedo. E seguirá envelhe-cendo bem na adega por até 15-20 anos.Saúde e um ótimo Natal!

Vinhodo portoOs vinhos do Porto dividem-se numa vasta gama de estilos, cores e açúcares

>> Os vinhos do Porto dividem-se numa vasta gama

de estilos, corese açúcares

PARA hARmonIzAR

>> Igor Maia, Sommelier da

Decanter

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Porto clássico, na sua melhor definição.

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Seja para os aventureiros ou para os que preferem águas mais tranquilas, uma prancha adequada para o tipo físico e habilidades do atleta faz toda a diferença. Em um mercado que não para de crescer, surfistas da região fazem do hobby um

meio de ganhar dinheiro com a fabricação de pranchas personalizadas

Por FrAncine mirele dA silvA

surfE namedidA certA

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esmo que A PRAIA não esteja boa para as manobras do surfe, logo você deve avistar alguma prancha colorindo o azul do oceano. Com a chegada dominante do Stand Up Paddle, ou apenas SUP – aquelas pranchas de cerca de três metros para remar em pé – está cada vez mais difícil passar por uma praia e não ver nenhuma prancha seja na água ou na areia.

Na mesma onda em que as pranchas apare-cem, também cresce o interesse dos shapers, os caras que dão forma e cor às pranchas de surfe. Embora não existam dados sobre as fábricas de surfe do Litoral catarinense e muita gente ainda trabalhe na informalidade, se você mora no Lito-ral, provavelmente conhece ou já ouviu falar de alguém que decidiu empreender nesse mercado, que só no Brasil, movimenta anualmente cerca de R$ 8 bilhões e cresce 10% ao ano, de acordo com o Ibrasurf (Instituto Brasileiro do Surfe).

Vida no surfe “A minha vida é o surfe. Eu vivo, respiro, trabalho e me divirto com o surfe”, diz o sha-per Pita Tavares, de Balneário Camboriú. Ele acabou de chegar do Peru, para onde viajou com os amigos para surfar. Quando perguntado para quais outros países o surfe já o levou, ele contorna no globo toda a América do Sul. “Já fui para todos esses lugares, agora é só subir”, brinca, na simplicidade. Quando tinha apenas oito anos, Pita veio do in-terior do Paraná para Balneário Camboriú. Com a família, morava de favor e vendia comida na praia. Era só avistar um surfista descansando que tratava logo de convencê-lo a emprestar a pran-cha para entrar no mar. Conseguiu uma prancha própria e viu que levava jeito para o esporte e co-meçou a participar de vários campeonatos pelo Brasil, vencer, e fazer dinheiro.

“Eu participei de todos os campeonatos de surfe do Brasil, mas com o passar do tempo eu per-cebi que já não estava conquistando muita coisa competindo, mas não queria sair desse meio. Quando tinha 15 anos comecei a trabalhar em uma fábrica de pranchas”, conta. Com o tempo e aprendizado, em 2008, com 28 anos, abriu a Exit Surf Bord. “O que mais tinha valor na fábrica onde eu trabalhava era a minha mão de obra, então vi que era possível ter a minha empresa”, afirma, lembrando-se do tempo em que os shapes vinham inteiros e demoravam muito tempo para ficar pronto. O desenho era feito no próprio bloco e depois: serrote, lima, lixa e muito trabalho! Hoje o projeto da prancha é feito em um softwa-re 3D, no formato mais adequado para o peso, altura, experiências e manobras que o cliente deseja fazer. “É por isso que eu tenho que saber surfar, para indicar o melhor produto para cada cliente. Uma prancha errada pode fazer o cara não conseguir ficar em pé”, explica. Depois, o projeto é levado para uma fábrica e passa por uma máquina 3D que deixa o shape 80% pronto, faltando finalizar e personalizar. Embora Pita tenha muito contato com a galera da pranchinha (prancha de surfe tradicional), e esse produto represente sua maior produção, os pranchões do SUP, maiores e cerca de três vezes mais caros que as pranchinhas, também colorem o seu portfólio, com pinturas e desenhos ao gosto do cliente.

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Prancha pra remar Democrático. O Stand Up Paddle, ou apenas SUP, é simples: uma prancha, um remo e o conta-to com a natureza. Basta se equilibrar sobre a prancha e remar e você já está praticando um es-porte. Independente da idade, peso, ou coragem, qualquer um pode dar uma voltinha nos pran-chões, seja no mar, em lagoas e até corredeiras. Quem também remou para o lado do SUP foi Maurício Cunha, de Penha. Diferente de muitos shapers há 13 anos começou a trabalhar em uma fábrica de pranchas sem nem sequer saber sur-far. Seis anos depois, abriu sua própria fábrica, a Skim Extra Ocean Boards, e há dois anos, uma loja que além de pranchas vende artigos e equi-pamentos marítimos. Embora tenha começado com conserto e fabri-cação de pranchinhas, atualmente são os pran-chões que dominam sua produção. “Há mais ou menos três anos com a chegada do SUP, nossas vendas começaram a crescer muito e hoje 70% da nossa produção são de pranchões”, afirma. “Este é o esporte que mais cresce no mundo e abrange um público muito grande, pois qualquer pessoa pode praticar”, explica Maurício.

O Stand Up Paddle começou no Havaí, nos anos 40, quando os instrutores de surfe remavam em pé sobre enormes pranchas de madeira para acompanhar seus alunos. Com o passar dos anos, virou esporte, se espalhou pelo mundo e nas competições conta com diferentes modalidades:

>>suP Wave – Clássico. É como o surfe tradicional, mas pegando onda com o remo. >>suP Race – Velocidade. O objetivo é finalizar o percurso em menos tempo. >>Free style - Avalia as diversas manobras realizadas sobre a prancha. >>suP Rafting – Praticado em corredeiras apenas com a mobilidade do corpo e remo.

O maior inimigo das pranchas, independente do tipo, é o sol, por isso é preciso evitar longas exposições. As pranchas de Stand Up Paddle, por exemplo, têm o núcleo de EPS (ispor), e podem criar bolhas se forem largadas no sol. E é claro, sempre lave o produto com água doce antes de guardar.

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CuIDe Bem DA suA PRAnChA

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Com uma equipe de cinco funcionários, ele produz uma média de dez pranchas de SUP por semana, para outras marcas ou para o consumi-dor final, custando a partir R$ 2,900 - com remo e quilha. As pranchas têm um ano de garantia e podem ser enviadas para qualquer lugar do Brasil. Embora tenha os produtos à pronta entrega, hoje é possível que o cliente personalize sua prancha do jeito que quiser, com fotografias, imagens, pinturas automotivas, ou internas (por dentro da resina), como as feitas com cangas coloridas com desenhos do Romero Britto. No mar ou fora dele, as pranchas se tornaram uma paixão na vida de Maurício. Assim que aprendeu a fabricar pranchas, começou a surfar, produziu sua primeira prancha e nunca mais pa-rou. Hoje também participa de campeonatos de SUP e acredita que o esporte veio para ficar “As expectativas são as melhores possíveis, as vendas crescem ainda mais com o verão e já estou pro-curando um lugar maior para me instalar”, diz.

questão de estilo Diferente das pranchinhas, feitas de poliuretano e resina de poliester ou dos pranchões de SUP, que tem o interior de EPS (isso mesmo, isopor) e epoxi, a Hawaiki Woodboards, de Itajaí, usa outras duas matérias-primas: resina e madeira. No layout, pranchas retrô no estilo dos anos 70, mais largas, em um processo de produção total-mente artesanal onde uma prancha de SUP leva quase 15 dias para ficar pronta e custa R$3.500. Há poucos meses no mercado, a história da Hawaiki começou quando o surfista Jonathan Cadore decidiu fazer sua própria prancha, em casa. Pesquisou sobre a produção em madeira na internet, e logo depois aprendeu a parte técni-ca no curso de Construção Naval. O protótipo começou a mais de um ano, pois era feito apenas nas horas vagas, entre a faculdade e o trabalho em empresas de iates e navios. Aos poucos, tomando forma, o visual do pran-chão de madeira começou a chamar a atenção das pessoas, e com dois sócios Jonathan decidiu abrir a Hawaiki. “A prancha de madeira não tem a mesma performance de uma prancha comum, ela é mais lenta. A maior diferença é o estilo de quem vai usar, o visual retrô faz com que a ad-miração das pessoas seja maior”, explica ele, que também faz produtos paralelos e cheios de estilo, como as pranchinhas de equilíbrio - usadas tam-bém em academias e clínicas de fisioterapia.

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PROFISSIONAISDO

PÔQUERBaralho, mesa e fichas são instrumentos de

trabalho desses profissionais, que abriram mão de carreiras de sucesso para viver das cartas

Por Genielli rodriGues

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Com mais de quatro milhões de praticantes no Brasil e 250 mil em Santa Catarina, o crescimen-to desse esporte é evidente. Mas não é preciso ir muito longe para achar exemplos de jogadores que vivem do baralho. Morador de Gaspar (SC), em 2011, Rodrigo Garrido Portaleoni largou a gerência de um banco para se dedicar ao pôquer. Ele conta que tudo começou com um hobby em 2005. “Fui me aprofundando, percebi que se tratava de um jogo de habilidade e que requeria muito estudo, passei a me dedicar para me aper-feiçoar cada vez mais e com isso jogar melhor, assim logo os resultados vieram”, descreve.A consequência de ganhar dinheiro em uma mesa de carteado não poderia ser outra. Em 2011, quando Rodrigo já obtinha resultados consistentes, o então gerente largou tudo para focar na carreira de jogador de pôquer. E o ato que parecia arriscado com o tempo mostrou que era a melhor cartada. No mesmo ano, Rodrigo chegou à mesa final do WSOP (World Series of Poker), considerado o Mundial do Pôquer, em Las Vegas.O morador de Balneário Camboriú (SC), Thiago Decano é outro catarinense que apostou todas as fichas nessa carreira. Thiago também tinha uma carreira bancária de sucesso. A paixão pelo esporte começou na internet. Um amigo indicou um site de jogos e desde 2006 nunca mais parou de jogar. Em 2009, outra cartada certeira: o catarinense conquistou o bracelete do princi-pal site de pôquer, o PokerStars. Ele ainda tem duas mesas finais na WSOP, em Las Vegas, e foi vice-campeão pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo em 2012.“O pôquer é uma paixão e é muito difícil na vida você conseguir trabalhar realmente naquilo que ama fazer. É o que quero fazer para sempre”, confessa Thiago, que desde 2012 também é coa-ch, uma espécie de treinador de pôquer.

Outro pioneiro no pôquer catarinense é Felipe Nunes. Natural de Corupá (SC), Felipe começou no esporte como a maioria: jogando com um amigo e um primo. “Vi uma matéria em uma revista com o Christian Kruel e acabei ficando curioso. Pedi ao meu primo que era enxadris-ta para pesquisar e descobrir como se jogava. Minha primeira partida acabou acontecendo na casa da minha vó com ele e mais um amigo, usando feijões”, relembra. Em 2009, Felipe largou o emprego em uma loja de materiais de construção e se profissionalizou no pôquer. Para o jogador, o esporte não mudou apenas a sua carreira, mas sim seu estilo de vida. “O pôquer como um esporte mental sempre me intrigou muito. Antes dele, não entendia o aprofundamento que se pode ter em cada área de nossas vidas e o pôquer, de certa forma, abriu minha cabeça para isso”, admite. O saldo de tudo é um bracelete no BSOP (Cam-peonato Brasileiro de Pôquer), em São Paulo, um título de SCOOP (Spring Championship of Onli-ne Poker), considerado uma espécie de campeo-nato mundial de verão do pôquer online; e uma mesa final do Sunday Million, principal torneio semanal do pôquer online.

mulher no pôquerApesar de ser menos difundido entre as mulhe-res, elas também se apaixonam pelo pôquer. É o caso da joinvilense Lauriê Tournier. Mas Lauriê tinha uma carta na manga: desde os 11 anos jogava xadrez, que assim como o pôquer também é faz parte da Federação Internacional dos Es-portes da Mente. As habilidades com o raciocínio lógico a ajudaram a ganhar destaque no mundo das cartas. Para poder se dedicar mais ao esporte, Lauriê trancou o curso de Ciências Econômicas e tem aula de xadrez uma vez na semana. “Sou abenço-

ComeçA quAse semPRe Com umA brincadeira com os amigos. Depois o interesse vai aumentando e participar de um torneio torna-se inevitável. Uma jogada de sorte aqui, outra ali, sempre faz parte desse começo. A confiança vai aumentando e pronto: o prêmio. Em geral, conquistar a primeira bolada é a cartada que precisava para abrir mão do trabalho convencional e fazer do pôquer um meio de vida.

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Em sentido horário, a partir da foto de cima: Rodrigo Garrido Portaleoni, de Gaspar (SC), Bruno “Foster” Politano, de Fortaleza (CE), Thiago Decano, de Balneário Camboriú (SC)

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ada por poder trabalhar com o que eu amo e me sinto desafiada. Ter o pôquer como profissão é um desafio. Você que organiza quando vai folgar, quando vai jogar e quando vai estudar. É algo muito bom, mas ao mesmo tempo pode ser tornar algo negativo, se houver acomodação”, admite. Entre todas as premiações que Lauriê já ganhou a mais marcante foi em 2012, quando ficou em 12ª no Ladies Event da WSOP em Las Vegas. “Era um evento ao vivo e fiquei muito feliz na época em chegar tão longe mesmo sem ter tanta experi-ência nesse tipo de torneio, já que o meu foco é o pôquer online”, expõe.

Celebridades do esporteUm dos primeiros a apostar as fichas na carreira de jogador de pôquer profissional foi o paulista-no André Akkari. Considerado uma celebridade do esporte, André era sócio de uma empresa de tecnologia. Em 2005, recebeu uma proposta para desenvolver um projeto para um website de pô-quer e foi então que teve o primeiro contato com um ambiente de jogo. De lá para cá foram muitos títulos conquis-tados. Entre os mais importantes o bracelete NLH, no WSOP e o bicampeonato do Bellagio Cup, ambos em Las Vegas. Apesar de se sentir plenamente realizado no universo das cartas, André tem sede de conseguir muito mais. “As mesas finais e títulos tanto online quanto ao vivo continuam aparecendo e eu continuo as perseguindo com ainda mais vontade do que no começo”, avisa. Outra vontade do jogador é fomentar o esporte. “Quero levar o pôquer a um patamar cada vez mais reconhecido no Brasil e na América Latina”, determina. Quem também vem levando o nome do Brasil para o mundo é o santista radicado em Fortaleza (CE), Bruno “Foster” Politano. Ele conta que começou a dar as primeiras cartadas com 21 anos e que, naquela época, as apostas eram com feijão mesmo, como a maioria das brincadeiras. Depois disso, Bruno nunca mais deixou de jogar e afirma que esse primeiro contato foi “paixão a primeira vista e algo surreal”. Assim como a maioria dos jogadores de pôquer profissional, Bruno estudou muito, comprou livros e pesquisou como poderia evoluir no

esporte. Rapidamente descobriu o pôquer online e com esse recurso começou a se desenvolver no jogo. Inscreveu-se em torneios maiores, como Campeonato Cearense, Copa Nordeste, Campe-onato Paulista e Brasileiro e assim foi conquis-tando títulos gradativamente. Esse ano Bruno fez história para o Brasil: conquistou o oitavo lugar na mesa final no evento principal do WSOP, em Las Vegas, chamada de “November Nine”. Celebridades como Neymar, Ganso, Pato, Rogé-rio Cenni, Dentinho e Kaká entre outros atletas brasileiros fãs do pôquer gravaram uma mensa-gem de incentivo a Bruno Foster. Para chegar até a decisão Bruno bateu mais de sete mil jogadores de todo o mundo.

Boom do pôquer no BrasilO bom momento do esporte do país é alavancado ainda mais com o feito de Bruno Foster, o oitavo lugar colocou o Brasil em evidência no cenário mundial, já que foi a primeira vez que um brasi-leiro alcançou tal posição.Nestes últimos anos, o esporte também conquis-tou adeptos ilustres, como o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que virou embaixador da modalida-de; o jogador do Barcelona e da Seleção Neymar, que encontrou no pôquer o refúgio para curar sua lesão; e Ronaldinho Gaúcho. Rafael Nadal, Michel Phelps, Gerard Piquè e Gianluigi Buffon, também são praticantes assíduos.Reconhecido oficialmente em 2010 pela Federa-ção Internacional dos Esportes da Mente (IMSA) como esporte mental, o pôquer se firmou como um jogo de habilidade, assim como o xadrez, o bridge e a dama, alguns dos esportes mentais que parte da IMSA. Em 2012, o Ministério dos Esportes reconheceu o pôquer como modalidade esportiva. Santa Catarina possui o grupo de pôquer mais antigo do país: a Liga Blumenauense de Poker, que começou suas atividades em 2004, segun-do a Federação Catarinense de Texas Hold’em (FCTH), que por sua vez, teve início em 2009. O diretor e ex-presidente da FCTH, Tito Feltrin, destaca que a Federação trabalha para fomentar o esporte no estado e pretende conseguir o reco-nhecimento da Fundação Catarinense de Espor-te (Fesporte) e a inclusão do pôquer nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc).

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Em sentido horário, a partir da foto de cima: Felipe Nunes, de Corupá (SC), André Akkari, de São Paulo

(SP) e Lauriê Tournier, de Joinville (SC)

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ALEXANDREPIRES

O cantor comemora os 25 anos de carreira em turnê especial com o grupo Só Pra Contrariar. Em 2015, ele volta os

projetos para a sua trajetória solo. Os dias de folga ele passa com a família, no seu aparmaneto em Itapema

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A carreira solo de Alexandre foi lança-da há 12 anos, depois de um caminho de sucesso percorrido junto com o grupo Só Pra Contrariar (SPC). Como um projeto especial, o artista e o anti-go grupo reassumiram o trabalho em conjunto durante dois anos, prazo que encerra em janeiro de 2015. Em turnê pelo Brasil, eles emocionam as fãs com antigos sucessos e fazem uma releitura de suas canções. “O reencontro está sendo maravilho-so, foi muito esperado por mim e por todos nós. É a realização de um sonho estarmos todos juntos nos palcos novamente” conta Alexandre. “Esse reencontro também foi muito pedido pelos fãs, que acompanharam o trabalho do SPC e alguns que também acompanhavam os meus shows solo. É muito gratificante estar em contato com esse público. Muitos hoje vão aos shows com os filhos, que também já curtem o SPC”, completa ele.De acordo com Alexandre, a ideia de reunir os músicos novamente surgiu em 2012, durante a gravação de seu último DVD solo, o Eletrosamba. Ele ligou para cada um dos amigos con-vidando para fazer uma participação especial neste projeto. “Quando nos encontramos e nos vimos juntos no palco, percebemos que era a hora de uma turnê. Como o SPC fez 25 anos de carreira em 2014, tivemos certeza de que era a hora dessa comemoração, com o nosso público, na estrada”, completa.Entre 2001 e 2012, Alexandre gravou 9 CDs e 3 DVDs nacionais, além de 4 álbuns voltados para o público latino. Seu último trabalho solo, lançado também em DVD, já dava uma prévia do que estava por vir. No momento mais emocionante do show, Ale-xandre dividiu o palco com o Só Pra Contrariar, em sua formação original, levando às lágrimas os fãs que presen-ciavam tão esperado encontro.A reunião dos músicos foi a realização de um sonho antigo do cantor, uma forma de comemorar a importante

cCom umA tRAJetóRIA De suCesso, milhões de fãs e uma consolidada carreira nacional e internacional, Alexandre Pires reina em cima dos palcos. O artista conheceu o mundo, mas há algum tempo escolheu o litoral catarinense como novo lar. Sua família mora em Itapema em um condomínio de luxo, onde ele também costuma circular enquanto aproveita as folgas.Para o cantor, a beleza da região e a tranquilidade da cidade foram pontos que chamaram a atenção para a mudança de sua família. “Eu tento passar todo tempo que posso com eles, mas viajo muito e não consigo ficar muito em casa”, comenta. Sobre o futuro, ele faz um suspense. Se planeja passar mais dias no litoral catarinense e, quem sabe, aproveitar a aposentadoria na região, só o tempo vai dizer. “É possível. Quem sabe?”, brinca o artista.

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sdata para o SPC. Desde maio de 2013, Alexandre Pires, Fernando Pires, Serginho Sales, Luisinho Vital, Hamilton Faria, Alexandre Popó e Juliano Pires estão juntos novamente. Para delírio dos fãs, esta turnê também vai ter um registro em DVD com canções consagradas pelo público e músicas inéditas que irão compor o álbum.

só Pra ContrariarFilhos do casal João Pires e Maria Abadia, Ale-xandre e Fernando Pires trazem nas veias o gene da musicalidade. Basta dizer que por duas déca-das, seu João e dona Maria Abadia fizeram parte de uma banda que sacodia os salões de baile não só em Uberlândia, onde Alexandre e Fernando nasceram, mas também por todas as redondezas de Minas Gerais. Com pai baterista e mãe voca-lista, o destino se encarregaria de levá-los pelos caminhos da música. Aos 13 anos, Alexandre aprendeu sozinho a tocar o primeiro instrumento, o cavaquinho, esquecido em sua casa por um amigo da família. Nota vai, nota vem, logo executou seu primeiro samba: Só Pra Contrariar, gravado na época pelo grupo Fundo de Quintal. Lá está a inspiração para o batismo do grupo que seria responsável pelo “boom” do pagode na década de 90, lidera-do por Alexandre Pires, que então dividia a cena com o irmão Fernando, o primo, Juliano, e os amigos, Serginho, Luisinho, Hamilton, Alexan-dre Popó e Luiz Fernando.O grupo, que começou fazendo bailes em sua cidade natal, rapidamente passou a lotar as casas noturnas onde se apresentavam em Uberlân-dia e nas cidades vizinhas. Não demorou para que as apresentações dos músicos rendessem a gravação do primeiro disco, em 1993: Que Se Chama Amor, A Barata, Domingo e Outdoor tornaram-se febre nas rádios de Norte a Sul. Em 1994, lançaram seu segundo trabalho, que veio para confirmar o Só Pra Contrariar como o maior grupo de samba romântico da década de 90. Hits como Primeiro Amor, Você Vai Voltar Pra Mim e Essa Tal Liberdade renderam ao grupo a venda de mais de um milhão de cópias daquele álbum.O Samba Não Tem Fronteiras, terceiro disco do grupo, repetiu o feito dos álbuns anteriores, somando ao histórico dos mineiros, mais uma coleção de hits. A lista de grandes sucessos do Só Pra Contrariar ficava então, mais extensa. E foi a partir desta pouco modesta lista, que em 1996 surgiu a ideia do primeiro registro ao vivo.

Gravado no antigo Palace, em São Paulo, o álbum lançado em CD e VHS, foi o primeiro a ser pro-duzido por Alexandre Pires.Mas foi com o disco lançado em 1997, também produzido por Alexandre Pires em parceria com Romeu Giosa, que o êxito do grupo quebrou todos os recordes. A fama de canções como Depois do Prazer e Mineirinho renderam aos meninos de Uberlândia o World Music Awards, prêmio dado aos maiores vendedores de música do mundo. Foram mais de 3,5 milhões de cópias vendidas, que escreveram o nome do Só Pra Contrariar como o maior recordista de vendas da indústria fonográfica brasileira. E não parou por aí: tamanha conquista levou o SPC a gravar um álbum em espanhol, que emplacou nada menos do que 700 mil cópias em países hispânicos. No mesmo ano, 1998, chegou às lojas brasileiras o segundo VHS do grupo, com imagens de shows em Buenos Aires, Montevideo e São Paulo.Na sequência, o trabalho produzido em 1999 vendeu, já no seu lançamento, 1 milhão de cópias. O álbum que apresentou ao público Sai da Minha Aba e Interfone ganhou uma versão em espanhol, que veio acompanhada do convite de Gloria Estefan e de seu esposo, o renomado produtor Emilio Estefan, para que Alexandre gravasse um single com a música Santo Santo. O dueto com a cantora foi devidamente contem-plado com uma indicação ao Grammy Latino, ainda em 1999.Em concordância com a feliz trajetória da banda, Bom Astral foi o nome dado ao sétimo CD do grupo, que teve a participação especial de Jorge Bem Jor na faixa Balada da noite. Um apanha-do dos grandes sucessos do grupo somado a regravações de outros intérpretes compuseram o repertório do primeiro DVD do SPC. O trabalho contou ainda com as vozes de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fábio Jr. e Leonardo. O álbum, gravado em abril 2001, seria o último registro do time com Alexandre Pires nos vocais.Mesmo em turnê com o SPC, em 2001, Ale-xandre levou às lojas seu primeiro álbum solo em espanhol. Já sem condições de acompanhar todos os compromissos do grupo, o cantor dei-xou o SPC em 2002, depois de uma apresentação para mais de 14 mil pessoas em Nova Iorque. No histórico do Só Pra Contrariar, Alexandre deixou seu nome em 8 álbuns em português e 2 em espanhol, alcançando nada menos que a ilustre marca de 10 milhões de cópias vendidas.

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quais os seus planos para 2015?Em 2015 eu retomo o meu trabalho solo. Logo teremos novidades.Depois de tantos anos de carreira, teve algum mo-mento que se tornou inesquecível para você? Com certeza. Alguns momentos foram muito marcantes. Um deles foi quando fomos (SPC) a Mônaco receber o World Music Awards, pela venda de mais de 3 milhões de cópias do nosso quinto CD. Foi uma emoção muito grande.nesse caminho você conquistou muitas coisas através da música, sucesso, admiração e uma car-reira profissional consolidada. tem algo mais que espera conquistar?Sou realizado profissionalmente, mas ainda tenho bastante coisa para realizar.Dentro do ambiente musical existe algum artista que você se espelhe bastante e admire o trabalho?Com certeza. Meus maiores ídolos são Alcione e Emílio Santiago.Você sempre menciona Deus e parece ser uma pessoa bastante religiosa. Você tem até tatuagens em homenagem a nossa senhora e Jesus Cristo. Como é esta sua relação com a fé?Eu sou muito grato a Deus por tudo que sou e que tenho. Pela minha família, pelo meu trabalho, pela minha saúde. Todo ano vou caminhando de Uberlândia até o santuário de Nossa Senhora de Abadia, em Água Suja, para agradecer.Como seus filhos (que ainda são pequenos),lidam com isso? eles gostam de ter um pai artista e famoso?Eles gostam de ir aos shows, de assistir, mas sentem também a minha ausência e essa vida corrida que levo.As fãs gostam muito de te ver em cima do palco. Como é o assédio delas? Você lida bem com isso?Eu encaro isso com muita tranquilidade. O assédio acaba sendo uma consequência do nosso trabalho também.

Eu sou muito grato a Deus por tudo que sou e que tenho. Pela minha família, pelo meu

trabalho, pela minha saúde. Todo ano vou

caminhando de Uberlândia até o santuário de Nossa Senhora

de abadia,em Água Suja,

para agradecer

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beleza

Além dos hábitos saudáveis, a ciência ajuda quando o assunto é beleza. Para a alta temporada, novos tratamentos chegam nas clínicas de estética

foca no verão

Para quem abusou do sol, não se pro-tegeu com o protetor solar e ficou com manchas, a hidratação injetável é uma das novidades. O tratamento é utili-zado na clínica Coinceitualle, em Bal-neário Camboriú, e é visto como uma das soluções utilizadas para diminuir as rugas causadas pela exposição excessiva ao sol, perda de colágeno ou até mesmo pelo uso do cigarro. O procedimento envolve o preen-chimento da área afetada com ácido hialurônico, usado para diminuir o envelhecimento da pele através de melhora da elasticidade e hidrata-ção. É um tratamento que atua nas camadas superficiais da pele (derme), e assim ajuda a manter o equilíbrio hídrico, a estimular a produção de co-lágeno, revitalizar e atenuar as linhas de expressão.O procedimento, realizado com anestesia local, não precisa de cortes e por isso não deixa cicatrizes. Para o tratamento, o ácido hialurônico é injetado a uma profundidade de apro-ximadamente 4 milímetros com uma agulha muito fina. São necessárias três sessões, uma por mês. A partir da segunda sessão já é observada uma mudança significativa, com melhora do brilho e aspecto da pele.

emoRou, mAs ele Voltou: o verão, dias de calor, a brisa do mar, sol e praia. Além da alimentação balanceada e muito líquido, as mulheres investem em exercícios físicos para manter a saúde e a boa forma do corpo. Por sorte, quando o assunto é beleza, a ciência dá uma mãozinha. Para desfilar como uma sereia na alta temporada, chegaram alguns lançamentos na área estética que ajudam a eliminar ou disfarçar pequenas imperfeições.

d

“O método é rápido e seguro. Os benefícios se prolongam por vários meses e a manutenção é feita de uma a duas vezes ao ano. As aplicações são feitas em diversas áreas do corpo que precisem melhorar a hidratação da pele. É um excelente tratamento para áreas como o dorso das mãos, o decote (ou colo) e no rosto, e também nas pálpebras inferiores, região das olheiras, e ao redor dos lábios, explica Adriana Dal Bello, médica especialista em medicina estética. Ainda de acordo com a médica, a substância também é usada para di-minuir olheiras, preencher as rugas na

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região do sulco nasolabial (o bigode chinês), au-mentar o volume dos lábios, acentuar o contorno facial e preencher cicatrizes deprimidas como aquelas causadas pela acne.Presente em 50% da pele, o ácido hialurônico é produzido naturalmente pelo organismo com o objetivo de preencher espaços que existem entre as células e ainda dar volume, sustenta-ção, hidratação e elasticidade para a pele. Com o decorrer do tempo essa produção diminui depois dos 30 anos de idade. “Aos 50 anos, so-mente 50% das células se renovam. Melhorando a renovação celular, conseguimos retardar o envelhecimento, explica.

Aposte no trilipoEste equipamento atua em três frentes de uma só vez: combate à gordura localizada, flacidez da pele, além remodelar as curvas do corpo. Através de tecnologias de radiofrequência tripolar e ativação muscular dinâmica, o equipamento faz a retração da pele, liberando gordura e estimulan-do o fibroblasto; remove a gordura liberada atra-vés de drenagem linfática, o que ajuda a definir o contorno corporal. Segundo Sheila Bellotti, este-ticista na clínica Onodera Estética, de Curitiba, o tratamento é indicado para às áreas do abdômen, coxas, glúteos, cintura, braços e panturrilhas.“O tempo e a quantidade de sessões varia de pes-soa para pessoa, mas gira em torno de 10 sessões, de 30 minutos cada, por região do corpo. Esse pacote já demonstra resultados notáveis e satis-fatórios”, explica a esteticista. Ela lembra que o procedimento é indolor e não invasivo podendo, inclusive, ser realizado durante o verão, pois a luz solar não interfere no tratamento.Uma das primeiras clientes da clínica a experi-mentar o procedimento foi a Marcela Queiroz, a “Mama”, como ficou conhecida quando par-ticipou da 4ª edição do Big Brother Brasil. Ela co-meçou o tratamento nas últimas semanas e está adorando. Além do Trilipo, Marcela também está fazendo o Maximus corporal na área do abdômen e das coxas.

A técnica vem popularmente sendo chamada de “nova lipoaspiração”, com a diferença de que não é invasiva, portanto, não faz nenhum tipo de corte. O tratamento promove um resfria-mento das células de gordura e induz a quebra do tecido adiposo, sem causar danos à pele ou músculos. Portanto, é um tratamento estético baseado na homeostase, um processo onde o organismo exposto ao frio excessivo, promove a queima de lipídeos para restituir a temperatura corporal.Alguns clínicos confirmam que a redução na expessura da camada de gordura superficial pode diminuir em até 25% após uma sessão. Com o tra-tamento, é possível resolver problemas de gordura subcutânea, localizada e dar mais contorno ao corpo. A criolipólise não possui agulhas, incisões e nem tempo de recuperação.

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beleza

CRIolIPólIse

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aventura

notoPo

DomunDo

Empresários de Blumenau escalam o monte Aconcágua e alcançam o topo

do Kilimanjaro, na África. O próximo passo é o Monte Elbrus na Rússia

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meses De PRePARAção, treinamento físico, treinos de corrida e fortalecimento nutricional para conquistar uma aventura: o topo do Kilimanjaro, o maior monte da África. O publicitário Juliano P. Sant’Ana, 37 anos, junto com o diretor comercial Emerson Bernardes, 40 anos, deixaram Blumenau com um sonho na cabeça e muita determinação nos pés. Depois de 11 dias da Expedição KilimanPark e muitas barreiras vencidas, a dupla finalmente alcançou os 5.895 metros de altitude da montanha.

A ideia, na realidade, surgiu depois de outro projeto executado. Em janeiro de 2013 eles esca-laram o Aconcágua, maior montanha das améri-cas com 6.962m de altitude. A dupla pegou uma doença conhecida como “mal da montanha”, causada pelo ar rarefeito, que reduzia o sucesso de se alcançar o cume em apensas 20% de chan-ces. Desta vez eles não conseguiram chegar ao topo. “Nossa maior experiência antes da África foi o Aconcágua, a maior montanha das améri-cas. Enfrentamos entre 12 a 15 dias de montanha em níveis extremos de condições físicas e clima. Dos cinco integrantes de nossa equipe, somente um chegou no topo. Como projeto foi um suces-so, e como experiência, inesquecível”. Depois desta aventura, a semente havia sido brotada. Pouco mais de um ano após o desafio, o sentimento voltou a falar mais alto e ambos planejaram um projeto ambicioso e ao mesmo tempo, inspirador: O Sete Cumes. Os execu-tivos pretendem escalar a maior montanha de cada continente, e a Kilimanjaro foi a segunda escolhida. “Antes da primeira montanha estáva-mos praticamente em situação de sedentarismo e sobrepeso. Ou seja, nos transformamos em pessoas mais saudáveis, ativas e dispostas. Esta é a mensagem que nos orgulha compartilhar. Seja na montanha, na corrida ou na atividade de sua preferência, saia do sofá e do celular, e vá para a ação”, comentam eles. Já no Kilimanjaro, a dupla contou com o apoio de uma equipe contratada para operacionalizar a logística de alimentação, guias e acampamento. A cada dia, e a cada acampamento, eles encon-travam outras equipes do mundo inteiro fazendo o mesmo percurso. “A equipe de staff é nativa da região. São moradores do entorno na montanha e trabalham com isso. São pessoas muito fortes e experientes, o que contribuiu muito com o sucesso da expedição. Toda logística de alimen-tação e acampamento eram organizadas por eles. Quando chegávamos nos acampamentos, já estava sempre tudo pronto”, explicam. Mesmo sendo uma expedição tecnicamente difícil – o que surpreendeu a equipe – o processo de aclimatação e adaptação na montanha foi um sucesso. Com isso, a cada dia os executivos esta-vam mais fortes e apresendando boa evolução na montanha. “O que nos surpreendeu foi a inclina-ção em alguns trechos. Praticamente diariamente tínhamos caminhos bem pesados e com grande variação de altitude, nos levando ao extremo fí-

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O projeto Expedição KilimanPark conta com o patrocínio do Shopping Park Europeu e apoio da BioGym Fitness Club, da Oficina das palavras e da Caza Núcleo de Ideias.

APoIo

aventura

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sico, exigindo muito controle sobre a hidratação, respiração e adaptação. No dia de cume, o último e durante a madrugada, a altitude pegou um pouco mais forte e de certa forma sentimos que algo estava acontecendo. Mas o amadurecimento em administrar o problema, já com experiência em montanha e nossa evolução nos dias anterio-res foram fundamentais para avaliarmos bem o momento e seguimos adiante. Não deu outra, foi topo”, comemoram os empresários. O objetivo da aventura era de conquistar o topo, e foi alcançado. Foram oito dias de montanha que ficarão guardados para o resto da vida, mas a conquista certamente vai muito além. Juliano e Emerson contam que além da superação, um dos maiores aprendizados foi o lado humano. “Lida-mos com pessoas simples, pobres, sem perspec-tiva de futuro algum, mas fortes, às vezes alegres e determinadas. Aprendemos a respeitar ainda mais o próximo e se possível, a ajudar, contribuir, estender a mão”, comentam. “Outro aprendiza-do incrível foi do ponto de vista sustentável. Na montanha podemos ver o que nós lemos e assis-timos na cidade sobre aquecimento global, meio ambiente. Aqui nós percebemos mais chuvas, mais enchentes. Lá percebemos a neve acabando, por exemplo. No Kilimanjaro já se espera o fim da neve em até 20 anos. Isto é logo ali, amanhã se comparado ao tempo em que o planeta existe. Ou seja, estamos acabando com ele e infelizmente, arcando com as consequências”.

A vida nas expediçõesA vontade de viver uma aventura trouxe a conquista do topo do Kilimanjaro. Mas além do destino, Emerson e Juliano viveram momen-tos únicos durante todo o trajeto. Como eles contam, a experiência na África foi um ensina-mento constante, incrível e impactante. “É tudo único e encantador, mas também assustador do ponto de vista social. Infelizmente percebemos de perto as dificuldades de higiene e de infraes-trutura deste povo. Sem ignorar os problemas do Brasil obviamente, lá é praticamente impos-sível não ter algum tipo de doença. São imagens fortíssimas e quando víamos crianças, em alguns momentos chegávamos a nos emocionar”, con-tam. “A corrupção é outro ponto em evidên-cia, tal qual como o Brasil. Porém em algumas cidades de uma maneira tão explícita que chega a gerar algum tipo de angústia e indignação com o comportamento do ser humano ambicioso

ao extremo. São rodovias perfeitas ao lado de condições precárias de sobrevivências. É contra-dição o tempo inteiro, favorecendo turismo em alguns momentos, mas ignorando a condição de vida de seu povo”. Antes desta aventura e além do Aconcágua, a dupla já passou por outras experiências com as alturas. Eles já subiram o Pico Paraná (com 1.877m de altitude), Pico Marumbí (1.500m de altitude e berço do montanhismo no Brasil), atravessaram os cânions e serras como o Campos de Santa Bárbara em Urubici, alcançando o topo do Morro da Igreja. Chegaram ao topo de Santa Catarina no Morro do Boa Vista, com 1.827m de altitude. Além de todas estas experiências, Julia-no também esteve no Monte Roraima, partindo da Venezuela e alcançando o Brasil novamente no topo da montanha, com 2.881m de altitude. Para o futuro, eles garantem que precisam se manter “firmes, fortes e ativos. Nos increvemos em desafios extremos de corridas de montanha, trilhas e longas distâncias. A ideia é de que a cada um ano e maio, no máximo dois, parti-remos para uma alta montanha”. A próxima já tem data e local: julho de 2016, Monte Elbrus na Rússia. Esta é a maior montanha da Europa com 5.642m de altitude, um pouco mais baixa que o Kilimanjaro, mas com neve eterna. Ou seja, eles irão enfrentar temperaturas abaixo dos -20, -30 graus. “E assim vai, até chegar o dia do Everest. Mas deixamos a vida nos levar, chegaremos lá!”.

no kiLimanjaro já sE EsPEra o fim Da nEVE Em até 20 anos. isto é Logo aLi, amanhã sE comParaDo ao tEmPo Em quE o PLanEta EXistE. ou sEja, Estamos acabanDo com ELE E infELizmEntE, arcanDo com as consEquências

ah,o verão!Eu não sei para vocês, mas para mim é a época mais deliciosa do ano. Amo as festinhas ao longo do dia na praia, as pool parties, as produções e é claro, os produtinhos para o corpo e para o cabelo para a estação mais quente e gostosa do ano. Para entrar na minha estação favorita com o pé direito o Giro de Moda (e desta vez de beleza também) traz minhas apostas e dicas especiais para o calor... ah, o calor!Por michele cAmAcho

saíDa DE Praia:rEnDa ou crochê

é AquelA CoIsA né Gente, para nós mulheres não importa se estamos de férias, na praia, o negócio é que sempre (de

um jeitinho ou de outro) queremos nos sentir bonitas. Seja com um coque/rabo de cavalo bonito e diferente, um acessório novo, uma mistura de vários acessórios ou uma

saída de praia incrível. E falando neste último item, dentre as várias saídas que veremos por aí, a que vai bombar nesta

temporada entre a mulherada são as saídas de praia em renda ou croche - que em alguns momentos fazem às vezes

de vestido - e além de lindas são super estilosas!

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giro de moda

ÓcuLos rEDonDos, ELEs continuam com tuDoVIRA e mexe ReCeBo vários pedidos de quais os óculos que estarão em alta na temporada, e a resposta é sempre a mesma: os redondos. Apesar de estarem em alta já há algumas estações, a cada nova eles vem remodelados: neste verão, além de espelhados eles também vem mega coloridos. O meu predileto é espelhado transparente. Pra investir sem medo girls!

aLPargatasPara os mEninos

BoYs, queRem um sAPAto confortável e bacana pra usar durante a temporada de calor? Então apostem

nas alpargatas. Sim, as famosas dos argentinos. Fashionistas e confortáveis, as alpargatas ficam

ótimas para homens e também e podem ser usadas com shorts, calça mais skinny dobrada e calça color

mais leve. Usem e abusem, viu meninos?

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ProDutos Para o cAbelo no verão

Não tem jeito não, né meninas? Chega o verão e a gente sabe que os cuidados

com as nossas madeixas precisam e devem ser redobrados. Afinal, muita

exposição ao sol, água do mar e da piscina podem danificar bastante

nossos cabelos. Então, para ajudar vocês a manterem os cuidados em dia no verão - e não precisar se esconder dentro de casa - trouxe dicas de dois

produtinhos ótimos para se usar e cuidar do hair. São produtos que uso

e recomendo meninas!Por michele cAmAcho

shampoo Color extend sun (Redken)

Desenvolvido ex-clusivamente para

o verão. Contém o fator mais alto

de proteção (raios Ultra Violeta UV), não deixa o cabelo

perder seu brilho e muito menos sua

cor. Ótimo para quem tem cabelo

loiro e não quer aquele aspecto de

amarelado.

máscara Absolut Repair da l`oreal Além de ser ideal para esta estação, também foi desenvolvido especialmente e dá aquela super hidratada nos fios, tirando o aspecto seco. Perfeito para usar dentro do chuveiro mesmo, depois do shampoo.

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Elementos da natureza aliados a um estilo único e inconfundível: esta é a Yacamim. Saias longas, vestidos, franjas, babados e macacões não podem faltar na coleção.

Peças que trazem a cara do verão: o estampado étnico, animal print e listras coloridas chegam acompanhados dos tons fortes, como o laranja, verde, azul, amarelo

e vermelho. Yacamim é mais do que moda e tendência, é um estilo de vida

EstiLoDE

ViDa

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múSica

Segmentada em diversos estilos, a música eletrônica conquistou espaço e o ritmo de milhões de fãs

nAbAtidA

Foto: David Collaço

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DIzem que As músICAs são a trilha sonora da vida. Se é mesmo verdade, nada melhor do que ser embalado por uma animada música eletrôni-ca. De dia, ou de noite, os fãs deste estilo musical se reúnem em festas do segmento para curtir a batida do som e a energia do lugar. O rei – ou a rainha – da festa, são os Djs. Estilo-sos e carismáticos, é deles o dever de seduzir e encantar o público.

Atualmente o cenário da música eletrônica é bastante amplo. Estilos como House, Progres-sive, Techno, Deep House, Indie, EDM e Hip Hop tomam conta das casas noturnas. “O mais popular é aquele que tem vocal. Música sem vocal tem grandes chances de não fazer sucesso. A música eletrônica invadiu o mundo pop e hoje existem estrelas desse cenário como Rihan-na, Beyonce, Usher e tantos outros cantando para produtores de música eletrônica. Sucesso garantido”. Quem explica é o sócio do complexo de entretenimento Music Park BC e fundador da DJCom – agência de gerenciamento artístico para Djs, Sandro Horta. Ainda de acordo com ele, “as pessoas não precisam saber diferenciar os estilos. Até porque quando você rotula, pode cair no erro de ter preconceito. E o que às vezes não tem nome, pode te levar à experimenta-ção”, comenta ele. Além da boa música, o DJ também tem que co-mandar a festa. Hoje este profissional é o centro das atenções e um artista deve ter conhecimento musical, bagagem e carisma. O diretor de eventos e artístico do Grupo Novo Brasil, Filipi Galloti Peixoto, explica que o público tem que querer sair de casa para assistir o DJ. Por sua vez, o DJ deve retribuir, proporcionando uma noite inesquecível. “Cada DJ tem seu estilo, suas características. Um bom DJ é aquele que tem bom gosto, sabe agra-dar e interagir com o público. Já tive a oportuni-dade de frequentar, participar e produzir gran-des eventos ao longa da minha carreira, acredito que cada um tenha sua importância. Com certeza a oportunidade de conhecer os DJs, conversar e escutar suas histórias é um grande aprendizado, as vezes muitas ideias e parcerias surgem dessas simples conversas”, completa.

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múSica

Já para Sandro, o DJ se diferencia por sua capacidade de ser recorda-do: quando alguém se lembra do DJ que viu, é porque ele fez um ótimo trabalho. “Diferente de anos atrás, onde o DJ ficava escondido, hoje em dia as pessoas dançam olhando pra ele. Como se fosse um show de banda que estamos acostumados a ver de frente. Então, não é só a técnica que influencia, mas a apresentação dele como um todo. Mas é inegável que o fator primordial são as músicas que ele produz”.Em seu trabalho como gerenciador e assessor artístico na DJCom, San-dro explica que a empresa assessora aproximadamente 10 artistas nacio-nais. Um dos cuidados da agência é ter certeza de que os profissionais tocam em lugares importantes, com uma boa logística de viagem e uma assessoria pra ajudá-los na carreira. “No campo internacional, atuamos na busca de artistas de expressão”, encerra.

Profissão DJAlém de modelo e ator, Jesus Luz também vem desenvolvendo seu talento como DJ. Em certos momentos é possível até conciliar as carreiras: quando faz um desfile, por exemplo, ele também trabalha como DJ na festa da mesma marca. Com a carreira em expansão, ele se apresenta com a turnê Feel Love Now 2014 por todo o Brasil e exterior.“Não tenho rotina, tento adaptar meus hábitos e minhas funções no

dia a dia corrido, e nas noites viradas como DJ. Sempre que posso corro para a natureza, malho e mantenho a dieta. Difícil, com tantas viagens e chocolates na sua frente nos quartos de hotel”, brinca ele.Em 2009, atuou ao lado de Madonna, no clipe da música “Celebration”, da pop star, onde participou como DJ. A partir daí, ele iniciou sua nova carrei-ra. Estreou como DJ na festa de Marc Jacobs, em Nova Iorque, e também se apresentou para a grife Dolce & Ga-banna, em Milão, na Itália. Em agosto de 2009, tocou na Pacha, de Búzios, e no Royal Club, em São Paulo, trazendo a sua música eletrônica para o Brasil. Depois de passar uma temporada em Nova Iorque, regressou para a turnê de lançamento do seu hit “We came from light”, mostrando o seu talento como DJ e produtor musical. Essa música fez parte do repertório do seu primeiro disco, “Jesus Luz from Light”, lançado em 2011. Na estreia dessa turnê no Brasil, no Festival Ceará Music, ele to-cou para um público de 75 mil pessoas. Em 2010, iniciou a sua turnê mun-dial tocando nos principais e mais importantes Clubes e eventos do

A temporada de verão promete no litoral catarinense. Algumas casas já confirmaram presenças importantes no cenário eletrônico. Confira:

>>Balneário Camboriú:Music Park BC30.12 - DJ Deadmau5

Green Valley30.12 - Bob Sinclair

Green Valley03.01 - Hardwell

>>Florianópolis:Parador 1228.12 - Amine Edge & Dance

Parador 1231.12 - Reveillon Spettacolo 2015

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mundo, como o The Boom Room, a Penthouse, do Rivington Hotel, Dusk Nightclub, em Atlantic City, na Kiss & Fly, em Nova York, e em Los Angeles, nas premiações dos canais VH1 e MTV, a “NewNowNext Awards”. Nesse mesmo ano, foi um dos profissionais mais requisitados do verão europeu. No final de 2012, recebeu o prêmio DJ Personalida-de do ano, no evento da revista DJ Sounds Awards. Jesus tem visitado o estado em algu-mas oportunidades, como aconte-ceu na Oktoberfest, em Blumenau, quando se apresentou no camarote da Brahma. Além disso, ele também já tocou na Green Valley, eleito como o maior clube de música eletrônica do Brasil. “Ainda estou conhecendo o estado. Nunca perco a oportunida-de de fazer passeios e aproveitar as praias. A apresentação foi maravi-lhosa, mesmo que no início da minha carreira. Amo Santa Catarina, a famí-lia do meu pai é toda da região. Tocar é algo transcendental. Me sinto como um canal para a música, um canal de felicidade para o meu público que amo tanto”.

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banda

Vencedora do reality SyperStar, a banda Malta passa por Santa Catarina em sua primeira turnê. Integrantes falam sobre o sucesso meteórico

rock E romancE

ouCo mAIs De um Ano e sucesso absoluto no Brasil, a banda Malta venceu o reality show SuperStar, da rede Globo, e conquistou os palcos do país. Se existe um segredo para o sucesso, eles parecem saber qual é. O programa foi o início de uma carreira meteórica que conquistou o público desde a primeira apresentação no programa, quando iniciou as inter-pretações do rock n’ roll romântico, que chamou a atenção também dos jurados Fábio Junior, Ivete Sangalo e do roqueiro Dinho Ouro Preto. Com talento, carisma e força de vontade, os músicos iniciaram sua primeira turnê começando pelo Sul, e passaram por Timbó no último mês.

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Os músicos paulistanos passaram pe-las 35 bandas participantes e mais de 100 apresentações e não só venceram o SuperStar, como também receberam um prêmio de R$ 500 mil, um carro para cada integrante e um contrato com a gravadora Som Livre. Tanto sucesso, já rendeu ao cd Supernova, que está a pouco mais de um mês nas lojas, disco de ouro com mais de 40 mil cópias vendidas.Formada por Bruno Boncini (vocal), Adriano Daga (bateria), Diego Lopes (baixo) e Thor Moraes (guitarra), a Malta se define representante do ‘Bruto romântico’, pois suas músicas falam de relacionamento e amor, uma novidade que agradou o público que, desde o início das apresentações, se identificou com as canções autoriais da banda. “A turnê foi e está sendo incrível. Não existe sentimento melhor do que ter seu trabalho reconhecido por todo esse publico maravilhoso. Na verdade nunca pensamos que a vitória poderia chegar, e sim em mostrar nos-sas canções. Sem nenhuma média era realmente o que queríamos e acabou dando certo”, comentam os músicos. Durante o processo da competi-ção, eles explicam que não estavam com receio dos outros participan-

tes. Embora soubessem que haviam bandas muito boas, o foco do grupo era unicamente na performance em equipe. Quanto às mudanças trazidas pela fama, eles explicam que um dos pontos que estão aprendendo a lidar é com a distância da família e amigos. “Eles entendem e torcem muito por nós. Artisticamente falando o que mudou é que agora nós conseguimos atingir o grande público brasileiro com mais facilidade. As músicas já estão chegando na boca das pesso-as sem que precisemos fazer muito esforço”, completam. O disco tem músicas inéditas e novas versões de faixas já conhecidas no programa. A produção ficou por conta de Brendan Duffey, em parceria com o baterista Adriano. “A gravação foi muito corrida e intensa, mas o resultado valeu à pena, afinal já somos disco de platina duplo em menos de dois meses”.

a turnê foi E Está sEnDo incríVEL. não EXistE sEntimEnto mELhor Do quE tEr sEu trabaLho rEconhEciDo Por toDo EssE PubLico maraViLhoso

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cultura

Com a tecnologia, museus ganham mais interatividade e encontam os visitantes com as magias da ciência

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RIADos PARA FAlAR sobre o homem, arte ou cultura, os museus guardam uma parcela histórica fundamental para a humanida-de. Importantes descobertas, conquistas e objetos do mundo são armazenados nestes espaços, e observados ou admirados por milhões de pessoas. Os espaços servem para reflexão, aprendizado e apreciação da cultura de um povo. No Brasil não é diferente. O país tem museus inspiradores e muito atrativos pela forma interativa na qual funcionam.

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O Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado no centenário prédio da Estação da Luz, em 2006. A instituição já bateu a marca de 3,5 milhões visitantes. Primeiro espaço museológico no mundo exclusivamente dedicado a um idioma, sua missão é de preservar, valorizar e divulgar a língua portuguesa, compreendendo que ela é um bem cultural dinâmico e em constante mutação. Utilizado por mais de 245 milhões de pessoas, sétimo idioma mais falado do mundo e presente nos cinco continentes, o português é, atualmen-te, mais usado do que os idiomas italiano, fran-cês, japonês e alemão e o seu número de falantes cresce constantemente ao redor do mundo, mesmo em países onde não é a língua oficial.O grande sucesso do Museu está diretamen-te ligado ao seu conteúdo e, também, à forma expositiva adotada, que utiliza recursos inova-dores de tecnologia e interatividade, induzindo o visitante a ser um agente extremamente ativo. Também em São Paulo está o Catavento Cultural e Educacional, museu de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo,

que tem se destacado como uma das atrações preferidas de crianças e adolescentes, sem deixar de agradar também aos adultos.O espaço interativo de artes, ciência e conheci-mento, instalado em um dos edifícios históri-cos mais importantes da cidade − o Palácio das Indústrias −, apresenta, em cerca de nove mil metros quadrados, mais de 250 instalações que encantam o visitante. São atrações do mundo que o homem encontrou pronto e daquele que o construiu. Nada ficou de fora: do átomo ao maior planeta do Sistema Solar; do menor inseto aos maiores animais da Terra; das leis da física às transformações químicas; do ecossistema à questão da preservação ambiental. Tudo apre-sentado de forma lúdica para fazer da visita uma prazerosa viagem ao mundo do conhecimento e da cultura. O museu é composto por quatro grandes seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, com insta-lações que podem materializar desde ideias sim-ples, como reproduzir o chão da lua com a pisada do astronauta Neil Armstrong, ou apertar uma das estrelas que compõem a bandeira do Brasil e saber qual Estado ela representa; girar uma mani-vela e fazer uma pequena cidade se iluminar, com o funcionamento de uma hidrelétrica em minia-tura; experimentar confusões do cérebro na “casa maluca” ou ainda compreender como funciona a eletricidade estática que faz os cabelos ficarem em pé, como outras bem mais complexas.As instalações, em sua maioria, são interativas e podem ser manipuladas com e sem ajuda de guias. Em outras, educadores e monitores organizam jogos de perguntas e respostas, demonstram experimentos de química, ajudam a manipular engenhocas que comprovam as leis da física, explicam as ilusões de ótica, enfim, complemen-

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tam a experiência do aprendizado. No espaço dedicado à nanotecnologia, por exemplo, são eles que promovem uma verdadeira gincana. A Sala do Corpo Humano, localizada na seção Vida, utiliza vídeos, ma-quetes e animações para mostrar o funcionamento de quatro sistemas – respiratório, cardiovascular, digestó-rio e nervoso. É possível, por exemplo, conferir um experimento que utiliza bexigas para reproduzir o movimento dos pulmões; uma reprodução oito vezes maior que um coração natural, mostrando suas cavidades, válvulas, veias e artérias, e caminhar por dentro de uma maquete gigante de um intes-tino grosso mostrando sua estrutura, função, principais doenças que podem afetá-lo e métodos de prevenção.

no Rio Grande do sulÉ no Sul do Brasil que fica outro dos museus mais visitados do país. Imagi-ne um espaço onde a informação tran-sita livremente e, aliada à possibilidade de entretenimento; consegue criar conexões com o conhecimento e o potencial científico que cada indivíduo tem. Neste lugar quase tudo é possível. Que tal experimentar os abalos causa-dos por um terremoto? Quem sabe sen-tir-se como um astronauta no espaço? Ouvir sons de outros planetas? Observar estrelas em plena luz do dia? Ou mesmo assistir a vídeos científicos em 3D?O Museu de Ciências e Tecnologia – MCT PUCRS é o ambiente ideal para quem deseja viver as relações do ho-mem com o mundo, promovendo uma proximidade com o conhecimento que só um espaço interativo é capaz de pro-porcionar. Com um acervo permanente composto por experimentos interativos, o MCT- PUCRS transforma o processo de conhecimento em uma linguagem diferente e divertida, compreendida por todos. Suas exposições são um trabalho de profissionais das mais variadas áreas que trabalham juntos desde a definição da temática da exposição até sua aber-tura para o público.Dentre as exposições, vale uma visita ao Climotor Elétrico onde o visi-tante pode “pilotar” um ciclomotor elétrico e conhecer mais sobre meios de transporte movidos à energia limpa e renovável. No espaço de Mamíferos Aquáticos é possível ver um esque-leto completo de baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni), com cerca de quinze metros de comprimento e 95% de ossos originais. Além disso, dentro da área de experimentos é possível entender como funciona um vulcão em erupção. Como as ondas e as marés produzem energia? A formação de um furacão e uma casa terremoto. Os fe-nômenos naturais e as transformações geográficas bem diante dos olhos.

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cultura

q3 brasiLEiroEm 2015, a Audi inicia a fabricação deste modelo em território nacional. Além dele, o A3 Sedan também será produzido no Paraná

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Além Do A3 seDAn, a fábrica da Audi no Paraná vai fabricar também, a partir de 2015, o modelo Q3. O três-volumes será lançado primeiro, no segundo semestre do próximo ano. O SUV compacto chega em 2016. Na Europa, o Q3 custa o valor de de 32.150 euros (R$ 96 mil), dotado de motor 2.0 TFSI de 170 cv, tração integral quatro e câmbio manual de seis marchas.

Atualmente, a Audi em-placa no Brasil cerca de 7 mil carros por ano. O objetivo, com a fabrica-ção local, é chegar a 30 mil/ano (considerando capacidade de montar 26 mil/ano no PR). Até um motor bicombus-tível, de 1,4 litro, está sendo estudado pela montadora para o Q3.Na descrição deste veículo, o ápice é a eficiência. Como criadora de numerosas inovações, a Audi deixou sua marca na engenharia automotiva e o slogan “Vorsprung durch Technik” resume a tecnologia de ponta que está em seu coração.No Q3, o aumento da tensão do alternador converte a energia cinética em energia elétrica útil quando o veículo está em descidas ou em processo de frenagem. A energia é utilizada para ajudar o alternador em uma aceleração poste-rior, economizando até 3% de combustível.Com o opcional Audi Drive Select (Pacote Ad-vanced), pode-se mudar componentes individu-ais, as características do Audi. Basta apertar um botão. Há quatro modos disponíveis: conforto, dinâmica, auto e eficiência. Este último, por exemplo, melhora o consumo do carro por meio de otimização de energia.

>>Clindros / 4

>>Cilindradas / 1984 cm³

>>Potência / 170/211 cv

>>torque / 280 / 300 Nm

>>Câmbio / S- Tronic 7 velocidade

>>tração / Quatro

>>Aceleração 0 - 100 km/h / 8.2 / 6.9 segundos

>>Velocidade máxima / 212 / 230 Km/h

>>Consumo na cidade / 9.5 / 10.2 km/l

>>Consumo na estrada / 6.1 / 6.4 km/l

>>Consumo combinado / 7.3 / 7.7 km/l

>>Peso / 1510 / 1565 Kg

>>Capacidade do tanque / 64 Litros

>>Capacidade do porta-malas / 460 Litros

>>motorização / 2.0 L TFSI

FIChA téCnICA

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o WARunG, que ComPletou 12 anos em 2014 com duas grandes festas em no-vembro, continua sendo o meu lugar preferido na concorrida da cena eletrônica do Litoral Norte de SC, atraindo um público informado ávido para ouvir e dançar ao som dos melhores DJS e produtores do mundo. Line-up impecável, estrutura cada vez mais redonda e muita gataria garantem noites épicas no Sul do mundo. Aqui alguns momentos da cena no Templo da Música Eletrônica. Salve o Templo.

não Posso DeIxAR de sugerir para homens de fino trato os perfumes Bentley que acabam de chegar ao Brasil em três ver-

sões: EDT, Intense e Azure. Minha fragrância preferida é esta última, cítrica com notas aromáticas revigorantes e especiarias

vibrantes inspirado pelo frios e brilhantes cromados prate-ados dos automóveis da marca inglesa. Além de marcante a fragrância tem alta fixação graças aos toques da Madeira de

Cashmere e Fava Tonka. Aqui em SC já é hit entre os bem-nas-cidos. A linha Bentley é uma exclusividade das lojas TOP Inter-

nacional. O site é www.topinternacional.com.br.

Warung cELEbra 12 anos Em PLEna forma

aroma DE chiquEria: bEntLEy for mEn

por pedro herinG bell ([email protected])

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1. André Marques de volta ao Warung 2. Gustavo Conti e João Mansur, sócios fundadores do Warung 3. A modelo Niege Menegat

Bentley For Men Azure, hit entre a chiqueria catarinense

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umA noVA FAse se InICIA para o Ponta dos Ganchos Resort. Por mais de uma década, o exclusivo hotel localizado na paradisíaca Costa Esmeralda tem sido uma referência em hotelaria de luxo no Brasil e no mundo e, ago-ra, atinge um novo patamar ao integrar a prestigiada cadeia ‘The Leading Hotels of the World’. Primeiro empreendimento fora do eixo Rio-São Paulo a fazer parte do seleto grupo, que conta com apenas quatro redes brasilei-ras, o Ponta dos Ganchos Resort se une a destinos de excelência como o Ritz de Londres e o Le Bristol em Paris. Merecido. Congrats!

Uma parceria entre a Sulvimes e o top interior designer Marco Aurélio Cuneo é o hype do momento em Santa Catarina quando o assunto é

decoração. A coleção chama-se “West Indies” e a inspiração remete ao mobiliário da época da colonização inglesa na Índia e francesa no

Caribe. “O estilo desta linha é sofisticado, com visual tropical e muito versátil, adaptando-se tanto ao ambiente leve e fresco de uma casa de

praia ou campo, como à um espaço mais formal, elegante e urbano”, resume o designer. A coleção engloba quatorze itens e os materiais

utilizados são a madeira e fibras naturais de alta qualidade como jun-co, apuí e palha italiana, sempre trabalhados de uma maneira muito

refinada. A coleção é vendida exclusivamente nas lojas da Sulvimes em Gaspar e Balneário Camboriú.

Up-grade no ponta Dos ganchos

coLEção WEst inDiEs Domina o DEsign catarinEnsE

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PDG agora faz parte do The Leading Hotels of the World

1. Ambiente criado com móveis da coleção West Indies 2. Cadeira Nevis criada por Marco Aurélio Cuneo em parceria com a Sulvimes

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o eVento Contou com uma decoração especial e, quem participou, entrou no clima. Uma das mais famosas festas de Halloween do Brasil chegou em grande estilo no Music Park BC em Balneário Camboriú, o evento foi marcado pelas sofisticadas produções dos convidados, além da te-mática do ambiente que mereceu muitos elogios.

GV lIFe é A noVA empresa do Grupo GV voltada para eventos esportivos e sociais. Um coquetel para convidados serviu para apresentar a marca e tam-bém para que os parceiros já pudessem desde cedo fazer parte da história da GV Life.

A DesIGneR De InteRIoRes Ana Campos reuniu amigos e parceiros para brindar o sucesso do seu ambiente, na mostra Casa & Cia, em Florianópo-

lis. Foi prestigiada pela gerente da Via Artística Stefania Nowascky e Fabi Jorge, a designer de

jóias que tem suas criações expostas no espaço.

yELLoWEEn VEuVE cLicquot no music Park bc

gV LifE

casa & cia

por André cAetAno

Karen Shauffert e Patrícia Philipps

Cinthia Miranda

Stefania Nowascky, Ana Campos e Fabi Jorge

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A ClínICA AnDY eRn demonstra a sua preocupação com a saúde da mulher e idealizou um evento total-

mente dedicado a destacar a importância à prevenção do Câncer de Mama. A Pink Party foi um momento de descontração entre personalidades influentes da

sociedade ligados à luta contra o Câncer de Mama.

A FestA De DoIs Anos da Kiareza Ilumina-ção movimentou o endereço mais luxuoso da Av do Estado, em Balneário Camboriú, o evento apresentou a nova Vitrine Conceito da marca e um Talk Show com o lighting desig-ner, Ugo Nitzsche.

Pink Party

kiarEza iLuminação

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1. Bruna Dezordi e Ricardo Pedersen 2. Luana Rizzini, Waldir Cury Jr e Pollyanna Cury

1. Andy e Thalyta Ern 2. Camila Poletti 3. Denise Martins

PResente em mAIs De 124 PAíses e territórios, a AIESEC é a maior organização não governamental do

mundo. Através de intercâmbios sociais e profissionais ela possibilita que os jovens descubram e desenvolvam

seus potenciais de liderança para causar um impacto positivo na sociedade. Se você também acredita que,

mais do que ideias, o mundo precisa de ações, essa é a hora de fazer algo por ele. Entre no site www.aiesec.org.

br e descubra as oportunidades que esperam por você.

quE tiPo DE EXPEriênciaVocê quEr ViVEr?

Por cAroline beber • [email protected]

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A lInDA melInDA AnDRessA é a mais nova Miss Mundo Camboriú 2015. Ano que vem, no mês de março, a modelo irá participar da etapa estadual para concorrer ao título máximo da beleza catarinense. Parabéns! Coordenação por Fernando Tofanelli.

hÁ 12 Anos no mercado, a GATABAKANA vem

conquistando um público sensual, extrovertido

e vibrante. A novidade desta vez é a parceria com

o Wood’s BC. A marca é patrocinadora oficial da

casa sertaneja, e as lindas hostess vestem as cole-

ções que encantam cada vez mais a mulherada!

Na foto, a linda Eduarda Caroline Alves.

A CAsA seRtAneJA mais badalada do Brasil lança,

junto com a MOB Produções e a CWB Brasil, o Wood’s On

Board. A data da 1ª edição do cruzeiro está marcada para o dia 06/03/2015. A

bordo o melhor do sertanejo e muita diversão. Três

shows nacionais já estão confirmados, entre eles

Michel Teló, Bruno e Marrone e Fernando e Sorocaba. O palco desse cruzeiro será o luxuoso Splendour of the Seas, da Royal Caribbean.

Informações no site: woodsonboard.com.br

bELEza DE camboriú

#ParcEria

WooD’s on boarD

Foto: Thiago Machado

A soCIeDADe AmeRICAnA, em geral, é muito diferente da brasileira. Apesar da maioria dos brasileiros ter essa ideia grandiosa sobre os Esta-dos Unidos, a verdade é que poucos conseguem se adaptar totalmente à realidade americana. Sim, é verdade que muitos brasileiros vivem aqui, mas poucos vivem como legítimos americanos. A maioria vive como em uma colônia brasileira dentro dos EUA. Mas quais são os pontos mais “curiosos” dos americanos. Fica aqui a minha impressão: 1. Esse negócio de tomar banho todo dia e toda hora é mesmo coisa de brasileiro. Aqui, as crianças tomam banho dia sim, dia não ou só quan-do estão extremamente sujos. Se for bebê, só uma ou duas vezes por sema-na. Tem muito pediatra que recomen-da não dar banhos nos bebês todos os dias. As babás brasileiras ficam apavo-radas com essas ordens e a maioria dá banho escondido nos pequenos.2. A refeição principal aqui é o jantar. Mas não entenda isso como um

banquete. Normalmente, o jantar é composto de uma carne, vegetais e, quando muito, arroz. Isso quando os adultos são adeptos à cozinha. Quan-do não, o jantar é uma mistura de pra-tos congelados e delivery. 3. Festa de criança não tem comida. Aliás, até tem. Pizza e bolo. E só. A maioria das festas aqui não são regadas a comidas como no Brasil. Eu percebi que nós temos uma cultura de banquetes e eles não ligam tanto para isso. A única comemoração que há muita comida é o Thanksgiving, ou Ação de Graças. 4. Vinte e cinco anos e ainda vivendo na casa dos pais? Isso é quase impos-sível de ser visto por aqui. Quando eu disse para a minha host Family que eu ainda vivia com meus pais, eles ficaram chocados. Aqui o normal é que o jovem saia de casa para cursar a Universidade e nunca mais volte. Um homem é visto com péssimos olhos se tem mais de vinte e ainda mora com os pais. Casou e fez um puxadinho na casa dos sogros?! Nem pensar!

5. Americanos costumam ser mais frios em relação a demonstração pública de afeto. É difícil ver casais de mão dadas ou se beijando em um restaurante. Casais também não costumam sentar um ao lado do outro em restaurante. Sabe os famosos três beijinhos pra casar? Aqui não existe. Ao encontrar com alguém, cumpri-mente com um aperto de mão ou, se já for muito conhecido, é possível dar um abraço. Já passei vergonha ao che-gar abraçando e beijando um grupo de americanas e europeias. 6. E agora um ponto positivo: americano é um povo extremamente correto. Achou algo na rua e não é seu? Pendure em uma árvore ou coloque em um muro pra que o proprietário possa encontrar. O caixa deu troco errado? Devolva na hora. Não fure fila. Não pergunte nada a ninguém sem antes pedir “excuse me”. Não trate o garçom mal, aliás, a norma diz que você deve dar boas gorjetas já que geralmente é muito bem atendido.

Diferenças entre as culturas: de educação a demonstrações de afeto em públicoPor tAmArA belizário

amEricanose brAsileiros

correSpondente

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Ter ou não ter? Eis a questão!

A tão sonhADA independência financeira passa pela cabeça de inú-meras pessoas. Muitas delas já estão planejando o futuro, outras não. O fato é que quando falamos em ter uma aposentadoria tranquila, logo nos vem à mente uma previdência comple-mentar (privada), garantindo uma renda extra no futuro sem depender somente da previdência social (INSS), algo cada vez mais incerto. O impor-tante é ter em mente uma visão de longo prazo, por que o tempo, somado ao capital investido todo mês mais os juros compostos fazem o milagre da multiplicação dos recursos. Mas devido à falta de conhecimento, muitos investidores acabam cometen-do um erro comum ao pensar que os planos de previdência privada são todos iguais. Por isso, antes de começar, saiba que existem vários planos de previdên-cia com objetivos diferentes disponíveis no mercado. Basicamente há outros quatro pontos chaves que devem ser analisados antes de decidir aplicar em um plano de previdência privada:

previdênciA privAdA

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) - É recomendado para pessoas que declaram IR no modelo comple-to, pois o valor pago ao plano pode ser abatido no Imposto de Renda de Pessoa Física (até o limite de 12% da renda bruta anual). Mas, ao resgatar o dinheiro, o investidor recolherá IR sobre todo o valor acumulado.Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) - Sua diferença para o PGBL é que ele não pode ser abatido no Imposto de Renda de Pessoa Física. Porém, quando o dinheiro é resga-tado, o IR incidirá apenas sobre os rendimentos do plano.É muito importante ficar atento também às taxas cobradas pelas seguradoras e bancos. Para ser mais específico, existem três possíveis taxas a serem cobradas: taxa de administração, de carregamento e de saída. Para entender a taxa de administração é preciso saber que o fundo de previdência funciona como uma espécie de condomínio, onde existe um gestor que fará a

manutenção deste plano e é res-ponsável pelas aplicações e pela rentabilidade apresentada. A taxa de carregamento (cobrado por muitas instituições) incide sobre o valor aportado. O recomendado é encontrar planos que não cobram taxas de carregamento. O regime de tributação é outro fator relevante na hora de escolher sua previdência. É possível escolher entre a tabela progressiva e a tabela regressiva. Fato é que a previdência privada é uma excelente opção para diver-sificar os investimentos e se valer dos benefícios oferecidos por ela. E se você não estiver satisfeito com o seu plano atual, você pode optar por portabilizar os recursos para outra instituição financeira que faça um trabalho mais alinhado com o seu perfil sem nenhum custo ou incidên-cia de imposto de renda. Não deixe de comparar antes de investir, o futuro depende das decisões tomadas hoje, procure sempre a melhor solução para as suas necessidades.

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Fuja do curricular e vá aprender alguma modalidade esportiva, a tocar um instrumento, a pintar. Não sei o que vai ser. Sugiro que seja algo que te ajude a melhorar antes de qualquer coisa, como pessoa

este texto é PRA VoCê que já se formou no ensino profissional ou superior, que já está colocado no mercado de trabalho e acredita que seus tempos de aprendiz, acabaram. Afinal, já cumpriu o ciclo da educação básica, do ensino superior e quem sabe, até fez pós-graduação. Também é pra você que ainda se encontra em algum destes níveis de ensino. É um texto pra você, profissional ou estudante que acredita que só aprende nas escolas e universidades e que o objetivo maior da formação nestes espaços é o preparo profissional para disputa do mercado de trabalho. Que-ro te convidar a rever suas concep-ções. Ao fazer isso não nego esta face da escola que cumpre um papel social relevante, mas, afirmo que formação é mais que isso e que ela não acontece só nos espaços institucionalizados.Perceba que, quanto mais você avança em direção ao topo dos níveis de ensino mais especializado você fica. Mais você domina uma única área. Até aí, tudo bem. Não é ruim ter domí-

AprendA coisAs novAs e torne-se melhor

nio de um campo. É particularmente bom do ponto de vista de inserção no mercado. Bom também se considerar-mos o volume de informações que são produzidas hoje. São tantas informa-ções que é utópico tentar dominar um pouco de tudo. Por isso, focamos. O foco só passa a ter uma face perversa se nos contentamos em só saber de uma área e pararmos de aprender coisas novas. Esta visão de formação limita e diminui a capacidade de perceber o mundo ao redor e, pas-me, diminui a capacidade de desenvol-ver o seu próprio trabalho em conjunto com outras pessoas fazendo com que o que era pra ajudar, atrapalhe.Quero apresentar uma nova con-cepção de formação, que não preza o instrumental. Preza o desenvolvimen-to. Não parte da obrigatoriedade nem do pré-requisito. Parte da satisfação. Chamo-te à refletir pra identificar outras áreas de interesse. Meu objetivo é que volte a sentir-se desafiado pelo fascinante mundo do desconhecido. Não qualquer desconhecido. Algo

contagiante, motivador. Contrariando as leis básicas do ‘profissional antena-do’, por hora não mais se aperfeiçoe na sua área. Escolha algo completa-mente novo.Pode ser algo que você sempre quis fazer e não teve oportunidade. Algo que sempre pareceu legal, mas que estava muito distante do seu desenho de carreira. Fuja do curricular e vá aprender alguma modalidade esporti-va, a tocar um instrumento, a pintar. Não sei o que vai ser. Sugiro que seja algo que te ajude a melhorar antes de qualquer coisa, como pessoa. Desenvolva-se e permita-se não só conceber, mas, formar-se em outra perspectiva. Não pense só no traba-lho. Não pense só no seu emprego. Apresento-te uma visão de formação que defende não só o desenvolvimento instrumental, mas o desenvolvimento humano. Ainda assim, se o merca-do de trabalho ainda te preocupar, aquiete-se: garanto que será tão positivo que você vai ganhar em todos os sentidos.

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Comunidade de Remanescentes de Quilombo do Morro do Boi

noVemBRo é o mês que refletimos o tema “Consciência Negra” e para tanto é importante lembrar que o Brasil é a segunda maior nação negra do mundo, que a prática do racismo é inaceitável e que o enfrentamento e a superação dele são desafios de todos. Divulgar e valorizar as manifesta-ções da cultura, memória e tradições afro-brasileiras significa reconhecer a histórica contribuição deste segmento da população para a cultura e a forma-ção do povo brasileiro.Quando nos referimos aos quilombolas do Morro do Boi falamos de uma comu-nidade tradicional e centenária localiza-da em Balneário Camboriú. Somos uma cidade nova, fundada em 1964, e os Quilombolas de Balneário Camboriú são parte desta história recente. Contudo, a história do Morro do Boi tem registro bem mais antigo à data de fundação da cidade, a primeira referencia ao local é de 1835, que menciona o “Caminho do Morro do Boi”. O local pertencia à época ao “povoado de Camboriú”, que foi elevado à categoria de Vila em 1884.

trAdiçãoAfro-brAsileirA

Na memória coletiva dos moradores do local, os pioneiros eram escravos que vinham de Tijucas e Porto Belo, e se dirigiam para Camboriú. Lá havia lugares onde cativos se reuniam para dançar o “rufo” e a “marca”, danças típicas da cultura negra e, no Mor-ro do Boi, paravam para descansar ou pernoitar. Quanto ao nome da comunidade, contam que o Morro do Boi foi caminho nas viagens de tro-peiros e comerciantes, e recebeu esta denominação porque em uma destas viagens teria caído um boi na antiga cachoeira, que era alta e com grande volume de água, e o animal não foi encontrado. Os moradores lembram que no Morro havia muita plantação. Plantavam café, arroz, banana, milho e mandioca. Também eram comuns os engenhos de farinha, de açúcar e tam-bém os alambiques onde produziam a cachaça. Este ritmo de vida rural per-durou até a década de 70 com a aber-tura da BR 101. Infelizmente, o traçado desta rodovia cortou o território do Morro do Boi e muitos dos moradores

migraram para a cidade a procura de trabalho. Com a duplicação, anos mais tarde, novamente a comunidade foi prejudicada e não indenizada. A comunidade do Morro do Boi formada em área rural, mantem os hábitos e costumes preservados. O fogão à lenha sinaliza a presença de moradores, as galinhas criadas soltas no terreiro no fundo das casas, as crianças que brincam no meio da rua até o anoitecer, as casas dos que pertencem à comunidade sem muros e cercas, os costumes de benzimento e de ainda velarem seus mortos em casa, com ritos próprios. Preocupados com a manutenção e preservação de suas terras e sua cultura, a Associação Quilombola do Morro do Boi, se organizou bus-ca seu reconhecimento e titulação como Comunidade Remanescente de Quilombo junto ao Governo Federal, produz e divulga as Abayomis, arte-sanato étnico na Vila do Artesanato e comercializa seus produtos orgânicos em feira aos sábados.

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Dealer of the year 2013Audi Award Brasil

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