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Ano VIII - Nº 99 - Março de 2009 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador www.cancaonova.com ISSN 1806-1494

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Ano VIII - Nº 99 - Março de 2009 - Revista Mensal do Sócio Evangelizadorwww.cancaonova.com

ISSN

180

6-14

94

Cachoeira Paulista- SP - BrasilCaixa Postal 57 CEP 12630-000Tel: 55 (12) 3186 2600 Portal: www.cancaonova.comE-mail: [email protected]

Presidente: Monsenhor Jonas Abib

Diretor Executivo: Wellington Silva Jardim

Jornalista Responsável: Osvaldo Luiz/MTB 23094

Coordenação: Letícia Sauthier

Produção e Assessoria: Aline Maria e

Augusto Luiz

Revisão Ortográfi ca: Publicidade Canção Nova

Direção de Arte: Publicidade Canção Nova

Diagramação: Neli Sestari, André de Paula,

André Porte, Rafael Domiciano e Walder Cris

Fotos: Publicidade Canção Nova

03 PALAVRA DO FUNDADOR Jesus, o Príncipe da Paz

04 IGREJA DO PAI DAS MISERICÓRDIAS Quando tudo começou!

05 PALAVRA EM DESTAQUE Para que a Quaresma?

06 PALAVRA DA IGREJA Campanha da Fraternidade 2009

07 ADMINISTRAÇÃO Obrigado Mulher!

08 CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO Juntos, promovendo o bem!

10 JOVEM Aspectos comportamentais da adolescente

11 FORMAÇÃO A Ira

12 LITURGIA

13 SANTO DO MÊS São Domingos Sávio

14 ATUALIDADE Religião, Ética e Segurança Pública

15 AGENDA

EXPEDIENTE

CARTA AO LEITORSUMÁRIO

VALEI-NOS SÃO JOSÉ!

Editado por

Tiragem 579.380 unidadesImpressão: Esdeva Indústria Gráfica S.A.Distribuição gratuita aos sócios evangelizadores

Ricardo Sá é músico, escritor e membro da Comunidade Canção Nova

Não precisamos ter receio algum

de expressar a devoção a José!

Por quê? Porque nunca, na histó-

ria da humanidade, pisou na terra, depois

de Jesus e Maria, um homem como José.

Da mesma forma que Maria estava nos

planos de nossa redenção, e nesses pla-

nos de Deus existia uma mulher, estava aí

também um homem – José!

É devoção segura porque ninguém, no

mundo inteiro, dedicou concretamente a

vida a Jesus e a Maria como o fez José. É

fantástico saber que no Céu ele faz o mes-

mo, levando à perfeição todos os méritos

que recebeu na terra. Explico melhor: os

Santos Padres nos estimulam a saber que,

assim como na terra José recebeu de Deus

a missão de ser pai de Jesus e “Esposo de

Maria”, no Céu seus méritos cresceram

ainda mais e, podemos dizer, chegaram

à perfeição. Isso quer dizer que, agora no

Céu, quando Jesus escuta José, Ele o es-

cuta como um fi lho, escuta seu pai e quer

obedecer-lhe. E que também, no Céu,

Maria escuta José como uma esposa es-

cuta seu marido e quer obedecer-lhe; pois

os méritos que José recebeu na terra ele

os vive agora em perfeição na eternidade.

Que devoção segura!

Por isso e por muito mais, José é o maior de

todos os Santos de nossa Igreja! Nenhum outro

santo recebeu méritos tão maravilhosos!

A devoção a José é a mais segura de

todas as devoções por que ele mesmo foi

sempre o mais devoto de todos! Ninguém,

em toda a humanidade, conviveu e dedi-

cou intimamente sua vida inteira a Jesus e

Maria como São José. E devoção signifi ca

dedicação, doação de vida, de si mesmo.

José viveu assim na terra; e sabe que essa

experiência é capaz de conferir paz e feli-

cidade completas a quem vive.

Daí, compreendemos que José nos le-

vará, sempre e com segurança, para os bra-

ços de Jesus e Maria, transformando-nos,

com ele, em pessoas dedicadas unicamente

a Nosso Senhor e à Virgem Maria. Ele sabe

que, somente neles, reside o sentido de

nossas vidas. A realização de toda pessoa

está em ser de Jesus, dedicar-se a Ele; ser de

Maria; devotar-se unicamente a Ela.

É imitando José que seremos total-

mente de Jesus e de Maria. É isso que ele

quer nos ensinar. É seu segredo de vida e

realização.

Outro grande segredo de José: a exclu-

sividade! José era somente de Jesus e de

Maria. Compreendeu, desde o início, que

é decididamente impossível servir a dois

senhores. É para nós o primeiro e prin-

cipal exemplo de que é impossível servir

a Deus e ao mundo. E mais: nas mãos de

quem Deus coloca seu único Filho? Nos

braços de quem Deus confi ou o Salvador

do universo? Ficamos desconcertados de

alegria, quando nos deparamos com o

fato de que José, como um sacerdote, teve

em suas mãos o Corpo de Deus humana-

do; o Corpo de Cristo em suas mãos e sob

seus cuidados! José viveu: “Com Cristo,

por Cristo e em Cristo!”

Que homem de confi ança! Eu, que

sou pai, não ponho e nunca pus meu fi lho

nos braços de uma pessoa qualquer. É nos

braços de José que eu, portanto, deposito

minhas afl ições, angústias e necessidades!

Muito mais: tudo o que de precioso pos-

suo coloco nos braços daquele que mere-

ceu de Deus ter em suas mãos o redentor,

Jesus Cristo.

02 Revista Canção Nova - Março de 2009

Ele quer nos dar a paz, porém, mui-

to mais do que isso Ele nos quer “instru-

mentos da sua paz”.

Você conhece bem a oração de São Fran-

cisco. Nós a temos cantado tantas vezes: Se-

nhor, fazei-me instrumento de vossa paz!

É isso que o Senhor quer de mim e de

você e esta é a oração mais necessária e

urgente neste momento.

Todo ódio e tudo aquilo que leva

algo de ódio, precisa ser banido do nosso

meio, das nossas casas, das nossas ruas,

praças e aí sejamos amor. Sempre amor.

Toda e qualquer ofensa fere, mar-

ca e deixa tremendas consequências.

O Senhor quer que troquemos a ofensa

pelo perdão. Perdoar é preciso e urgen-

te. Peça, pois é dif ícil para todos, mas o

nosso Deus, que é perdão, quer lhe dar a

graça de perdoar. Exercite-se no perdão.

As discórdias dividem. O nome já diz:

discórdia são corações divididos. É

preciso curar todas as consequên-

cias da divisão. Que você seja elo

de união.

Dúvidas sempre pairam nas

nossas mentes e corações. É uma

consequência do nosso humano. O

Senhor quer de você um portador

de fé. Como é necessária a fé nesse

mundo descrente!

Errar é humano. Quem de nós

não errou. O erro sempre deixa se-

quelas e algumas incuráveis, por isso

onde houver erro que você leve a ver-

dade. Jesus é a própria verdade. Foi

Ele quem o disse. Levar a verdade é

levar Jesus. Quantos necessitam dele!

Estamos num mundo cada vez

mais sem esperanças e por essa ra-

zão as pessoas caem no desespero.

É urgente ser esperança. Ouse es-

A “Campanha da Fraternidade”

deste ano apresenta o tema “Fra-

ternidade e Segurança Pública e

o lema “A paz é fruto da Justiça”.

Todos os anos Dom Alberto Taveira

nos presenteia com o “Retiro Popular”

que em 2009, tem como título “Cristo,

nossa Paz”. Certamente, você tem feito

esse “Retiro Popular” e tem tirado muito

fruto para sua vida pessoal e familiar. É

uma maneira simples e prática de viver

esse tempo abençoado da Quaresma.

Nossa família Canção Nova, porém,

se une à toda a Igreja do Brasil para viver

a “Campanha da Fraternidade”. Sim, a paz

é fruto da justiça e a segurança pública é

um dos meios para termos a tão desejada

paz, especialmente diante de toda vio-

lência que nos rodeia. Mas você sabe que

a verdadeira paz vem de Jesus e somente

dele. Mais ainda, Cristo é a nossa paz!

PALAVRA DO FUNDADOR

JESUS, O PRÍNCIPE DA PAZ

Monsenhor Jonas Abib é Fundador da Comunidade Canção Nova

Oração da Paz

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.

perar e ser instrumento de esperança.

A palavra de Deus nos diz que “a tris-

teza matou a muitos e não há nela utili-

dade alguma”. Ao contrário “a alegria do

coração é a vida do homem e um ines-

gotável tesouro de santidade”. Até mesmo

“a alegria do homem torna mais longa a

sua vida”. Para essa multidão de pessoas

abatidas pelo fardo da tristeza, leve ale-

gria. Você será o primeiro benefi ciado...

também com uma vida longa, além do

tesouro de santidade.

“Vós sois a luz do mundo”. Muitos

ainda jazem nas trevas da morte. Eles

gritam por socorro. Eles precisam de luz.

É dever nosso levar-lhes a luz.

Assuma e viva o que cantamos:

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:

consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe.

É perdoando que se é perdoado.

E é morrendo que se vive para a

vida eterna.

Durante a Quaresma não se canta “o

glória”, mas nesse tempo a Oração de São

Francisco pode ser o nosso glória.

Encarnar essa oração e vivê-la inten-

samente será o melhor modo de realizar

a meta da Campanha da Fraternidade. A

nossa Páscoa será muito mais feliz.

Jesus é o Príncipe da paz!

Deus abençoe você e todos os seus.

03Revista Canção Nova - Março de 2009

Fundação João Paulo II Caixa Postal 57 CEP: 12630-000Cachoeira Paulista/SP

Envie sua doação em ouro e o seu testemunho de vida para uma de nossas Casas de Missão ou via SEDEX para o endereço:

CONSTRUA ESTE SONHO JUNTO COM A GENTE!

QUANDO TUDO COMEÇOU!

UM LUGAR, UMA PRECE, UM SONHO!

Em abril de 2002, exatamente no dia 16 o Padre Jonas escreveu um documento para comunidade: “Entramos no Tempo da Misericórdia”.

O documento se inicia com a Palavra que está no livro de 2Cr 7 , 15-16, palavra que o Senhor concedeu ao Padre Jonas em Oração no dia da Festa da Divina Misericórdia:

“Meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora, escolhi e santifi quei esta Casa dedicada ao meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo tempo”.

A partir desta palavra, o Padre Jonas consagrou a Canção Nova para que fosse o Lugar da Divina Misericórdia.

04 Revista Canção Nova - Março de 2009

PALAVRA EM DESTAQUE

PARA QUE A QUARESMA?

Cerca de duzentos anos após o nas-

cimento de Jesus, os cristãos come-

çaram a preparar a festa da Páscoa

com três dias de oração, meditação e jejum.

Por vota do ano 350 d.C., a Igreja aumen-

tou o tempo de preparação para quarenta

dias. Assim surgiu a Quaresma.

Quaresma é o período de quarenta

dias que antecede a festa ápice do cris-

tianismo: a ressurreição de Jesus Cristo,

comemorada no Domingo de Páscoa.

Na Quaresma, que começa na quar-

ta-feira de cinzas e termina na quinta-fei-

ra da Semana Santa, os católicos realizam

a preparação para a Páscoa. Esse período

nos é reservado para a refl exão e a con-

versão espiritual. É um tempo de maior

aproximação de Deus. Na Quaresma so-

mos convidados a fazer uma comparação

entre nossa vida e os Evangelhos. Essa

comparação signifi ca um recomeço, um

renascimento espiritual e pessoal. Somos

convidados a intensifi car a prática dos

princípios essenciais de nossa fé com o

objetivo de sermos pessoas melhores e

proporcionar o bem a todos.

Essencialmente, o período é um reti-

ro espiritual voltado à refl exão, onde nos

recolhemos na oração e penitência para

prepararmos o espírito para o Cristo vivo e

ressuscitado, no Domingo de Páscoa. Reto-

mando a nossa espiritualidade renascemos

com Cristo. A cor litúrgica deste tempo é o

roxo, que signifi ca luto e penitência.

Todas as religiões tem períodos vol-

tados à refl exão; eles fazem parte da dis-

ciplina religiosa. Cada doutrina religiosa

tem seu calendário para seguir.

A Igreja Católica propõe por meio

do Evangelho proclamado na quarta-

feira de cinzas, três grandes linhas de

ação: a oração, a penitência e a caridade.

Não somente durante a Quaresma, mas

em todos os dias de sua vida o cristão

deve buscar o Reino de Deus, ou seja,

lutar para que exista justiça, paz e amor

em toda a humanidade. É um tempo de

profundo recolhimento para uma maior

intimidade com Deus. Talvez, você já es-

teja se perguntando qual será a penitên-

cia que o Espírito Santo te inspirará nesta

Quaresma. Ore e Ele falará.

Uma das formas de penitência da

Quaresma é o jejum, ainda que ele seja

válido em qualquer época do ano. A Igre-

ja propõe o jejum como forma de sacrif í-

cio, mas também como uma maneira de

nos educar e de nos fazer perceber que o

único essencial para a nossa vida é Deus.

Desta forma se justifi ca as demais abs-

tinências que fazemos neste belíssimo

tempo litúrgico. Ofi cialmente, o jejum

deve ser feito pelos cristãos na quarta-

feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela

Luzia Santiago é Co-fundadora da Comunidade Canção Nova

lei da Igreja, o jejum é obrigatório nesses

dois dias. Porém, podem ser substituídos

por outros dias na medida da necessida-

de individual de cada fi el.

O jejum, assim como todas as peni-

tências, é visto pela Igreja como uma for-

ma de educação no sentido de se privar

de algo e revertê-lo na prática da carida-

de e do bem. Os sacrif ícios podem ser

escolhidos livremente.

No Brasil, durante a Quaresma, a

nossa Igreja realiza a Campanha da Fra-

ternidade, que tem o objetivo de des-

pertar o espírito comunitário e cristão

no povo de Deus, comprometendo em

particular os cristãos na busca do bem

comum; educar para vida em fraternida-

de, a partir da justiça e do amor, exigên-

cia central do Evangelho, em preparação

para a Páscoa. Também como riqueza

para esse nosso tempo litúrgico, através

da Canção Nova, Dom Alberto Taveira,

nos propõe o “Retiro Popular”, que neste

ano apresenta o tema: Cristo, nossa paz.

Um maravilhoso roteiro para conduzir-

nos dia após dia à Páscoa do Senhor!

Supliquemos ao Divino Espírito San-

to que nos conduza neste tempo, a uma

profunda conversão interior e nos trans-

forme em homens e mulheres novos se-

gundo a vontade de Deus.

05Revista Canção Nova - Março de 2009

PALAVRA DA IGREJA

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

A paz é, com efeito, uma característica da ação divina, que

se manifesta tanto na criação de um universo ordenado e harmonioso

como também na redenção da história humana necessitada de ser recuperada da desordem do pecado.

Mensagem do Papa Bento XVI.

O tempo de quaresma nos lem-

bra sempre os quarenta anos

em que povo hebreu passou

no deserto se preparando para entrar

na terra prometida. Recorda, também,

os quarenta dias em que Jesus Cris-

to passou no deserto jejuando, rezan-

do, preparando-se para a vida pública.

Para nós cristãos, este é um tempo

especial de meditação, jejum, penitên-

cia oração e conversão. Nos últimos 46

anos, a Igreja Católica, através da Cam-

panha da Fraternidade, vem nos ajudan-

do a viver melhor este período quares-

mal. Coloca-nos, a cada ano, um novo

desafi o, para que juntos, fraternalmen-

te, possamos renovar a vida interna da

Igreja transformando as situações de in-

justiça social em que vive o nosso povo.

Neste ano o tema da CF 2009: “Fra-

ternidade e Segurança Pública”, é uma

resposta a um grande anseio da socie-

dade brasileira. O medo e a insegurança

afl igem a população. O povo brasileiro

vive atemorizado pela criminalidade

assustadora que põe a pique a idéia de

segurança pública e fragiliza o próprio

conceito de Estado. O Estado é incapaz

de oferecer tranquilidade à população.

Diante disso, é necessário defender

uma segurança pública feita por todos

e que atenda a todos de modo igualitá-

rio; que seja construída à luz da Pala-

vra de Deus e do Magistério da Igreja.

Tendo como lema “A Paz é fruto da

Justiça”, observa-se que a paz é o fruto; o

tronco e a raiz são a justiça. A prática da

caridade passa pelo empenho na constru-

ção da justiça social: garantia de direitos,

privilégios e deveres iguais para todos.

Passa ainda pela recuperação do caído,

tendo em mente, que perante Deus, so-

mos todos pecadores. Cabe ao homem

aplicar a mesma justiça que Deus pratica

conosco: a Justiça Restaurativa. Somos

benevolentes e misericordiosos para

com os nossos erros e punitivos para

com os erros dos outros, principalmente

quando este “outro” não compartilha do

nosso sangue, da nossa família. Que pos-

samos então julgar com a mesma com-

preensão os erros dos caídos e assumir

com eles o compromisso da recuperação.

A CF convoca toda sociedade para ana-

lisar as verdadeiras causas da violência, es-

pecialmente nas realidades mais próximas,

visando em conjunto, propor condições de

vida mais digna a partir da defesa de uma

segurança pública que possa abranger a to-

dos partindo de ações práticas como:

• Criar ou aprofundar a consciência de

que as famílias devem ser ambientes que

educam pais e fi lhos na cultura da paz, a

partir dos valores do Reino de Deus.

• Dialogar para que, de preferência, a te-

mática da CF entre no planejamento escolar

públido e privado e a segurança pública seja

eixo transversal do processo pedagógico, e

envolva também as famílias dos alunos.

• Realizar campanhas públicas através

de parcerias entre os governos e a socie-

dade civil organizada, e, com o apoio dos

meios de comunicação social e das dioce-

ses e paróquias, abordando os problemas

de insegurança regionais ou nacionais

com propostas de ação para superá-los.

Com esta Campanha da Fraternidade,

esperamos que todas as pessoas se mobi-

lizem em torno do tema Segurança Pú-

blica e se empenhem na construção de

uma sociedade geradora de paz.

Padre Valdir João Silveira é coordenador da Pastoral Carcerária - CNBB/Sul-1

Tema: “Fraternidade e Segurança Pública” Lema: “A paz é fruto da Justiça (Is 32,17)”

06 Revista Canção Nova - Março de 2009

ADMINISTRAÇÃO

OBRIGADO MULHER!

Wellington Silva Jardim é Administrador da Fundação João Paulo II

“ ficar triste ou chorar, pois Deus conta

suas lágrimas.

Na origem de todas as coisas há sem-

pre uma mulher. Recordemos na vida de

Jesus desde sua mãe e todas aquelas que

o seguiam; Ele as respeitava e as reco-

nhecia, além de aceitar os seus serviços...

Quantas Marias!

Peçamos que neste mês, o mundo

inteiro as reconheça como fi lhas amadas

de Deus. Que todas as mulheres queiram

ser divulgadoras de Jesus como Maria

Madalena. Ainda há tempo!

Até aquelas pessoas que se veem

envolvidas em algum escândalo com

outras, ainda é tempo de restituir a sua

dignidade. Esteja como estiver, em Deus

amor tudo pode ser mudado.

Se isto estivesse acontecendo com

você qual seria a sua preocupação? Con-

sigo mesmo, com sua imagem social ou

com Deus? Não é possível viver amor

e amizade cuidando apenas de evitar a

infi delidade, mas descobrir o que fere

o coração de Deus Pai.

Lembre-se que é no tra-

to com os irmãos que

correspondemos ao

amor divino.

Minha queri-

da irmã, você tem

recebido muito de

Deus, não se ne-

gue nunca a amar.

Aproveite este mês

para fazer um in-

ventário de todas

as suas qualidades.

Pense no que você

tem transmitido às

pessoas da sua casa

e às que fazem par-

Feliz o marido que tem uma boa es-

posa, o número de seus dias será

duplicado. A mulher virtuosa é a

alegria do marido que passará em paz os

anos de sua vida.” (Eclo 26,1-2)

Este é o mês em que celebramos o dia

Internacional da mulher, esposa, compa-

nheira, amiga e confi dente. A sabedoria

da mulher não está no raciocinar, mas no

sentir. Especialmente no mundo de hoje,

o relacionamento homem e mulher tem

que ser honesto e transparente, e que em

nada seja deturpado e distorcido pela

maldade e malícia.

Será que em nossos dias é possível

homem e mulher viverem em sadia con-

vivência? Sim, para quem está em Cristo

tudo é possível.

Nós homens precisamos aprender

a lidar com a essência feminina; ne-

cessitamos aprender a nos comportar

diante de cada mulher. Devemos ter

o cuidado para não fazer uma mulher

te da sua convivência. Com certeza você

vai encontrar muitas coisas boas, e mais

ainda, se você pedir ajuda a alguém. Você

teria coragem de recorrer a alguém para

lhe ajudar a fazer isto? Você tem amigos

nessa profundidade?

Muitas vezes você tem dúvidas se faz

isto ou aquilo; se toma esta ou aquela ati-

tude. Não tenha medo! O importante é

seguir a voz de Deus na sua consciência.

Não se preocupe com o que vão dizer

e o que vão pensar. Faça o que constrói

o bem, mas faça sempre, sendo alvo de

crítica ou de incentivo. Faça-se chegar ao

pico da montanha.

Esteja profundamente comprometi-

da com Deus e com os irmãos, sempre

pensando na sua grandiosa missão de

mulher. Deus conta com você e a huma-

nidade também.

Agora falando da nossa missão de

evangelizar, quero pedir a todos que

continuemos a campanha do ouro para

a construção da Igreja do Pai das Miseri-

córdias. O que não lhes é útil ou fora de

moda; relíquias e heranças, façam um re-

tiro da boa morte e doem para esta obra

onde o Senhor abraçará a muitos com

seu divino amor.

Passemos esta vida fazendo o bem a

todos, especialmente aos da nossa família.

Deus abençoe a todos e que nossa

Mãe do Céu nos guarde.

Seu irmão que tanto os ama,

07Revista Canção Nova - Março de 2009

CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

“Com a Canção Nova você evangeliza até os confi ns da terra, através de todo seu sistema de comunicação. Você que é fi el com sua contribuição, está evangelizando junto com toda a Canção Nova.”

ENTENDENDO O SIGNIFICADO DA PALAVRA EVANGELIZADOR

Evangelizador, aquele que evangeliza, ensina ou difunde a doutrina cristã; apóstolo ou pregador do Evangelho; aquele a quem compete a ação de Evangelizar, que vem do grego euaggelizein, do latim eclesiástico evangelizare, que signifi ca pregar “boas novas”.

Ser evangelizador é atrair novos corações para Deus; é uma responsabilidade que todos podem assumir. Para isto Deus nos concedeu os meios de Comunicação, que são o canal através no qual a Boa Nova do Evangelho chega mais rápido a todo mundo.

Compete a você, Sócio Evangelizador, cooperar com a ação do Espírito, consciente de que a obra é conjunta: Deus e o homem. Evangelizar é anunciar aquilo que o próprio Deus realiza no coração do homem.

Ao assumir com a Canção Nova um compromisso, você se torna o canal da Divina Providência. A união das pessoas, o comprometimento com a Obra por meio de atitudes concretas e a responsabilidade com a missão de evangelizar ajudam a formar homens novos para um mundo novo.

08 Revista Canção Nova - Março de 2009

Aguarde as novidades da Ação entre Amigos para o ano de 2009 e não perca a oportunidade de participar.

FA

ÇA

ES

SA

OR

ÃO

CH

EG

AR

A Q

UE

M P

RE

CIS

A - R

EC

OR

TE

AQ

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Ó Maria, Virgem sem mancha, que preparastes em vosso seio virginal uma morada ao Filho de Deus, eu me envergonho de aparecer diante de vós. Mas, porque desejo que o Filho de Deus, o qual quis nascer

de vós, renasça espiritualmente em mim e me conceda a graça de que tanto necessito prosto-me a vossos pés e vos suplico que me alcanceis

esta graça que tanto desejo (pedido), enquanto passo a vos reverenciar

por todas as horas em que trouxestes em vosso ventre o Filho de Deus.

Bendita seja a Santa e Imaculada Conceição

da Virgem Maria Mãe de Deus.(Rezar a Ave-Maria e esta jaculatória

por vinte e quatro vezes)

NOVENA

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

JOVEM

Elaine Ribeiro é psicóloga (clínica e licenciatura) e pós-graduada em Gestão de Pessoas

Adolescência signifi ca “fazer–se

homem/mulher, crescer na ma-

turidade”.

Etapa de vida marcada por desequilí-

brios e instabilidades extremas: de mo-

mentos de euforia, de reclusão, audácia e

timidez, passividade ou urgência, mu-

danças rápidas de interesse por um as-

sunto, seguidas ou ao mesmo tempo de

confl itos afetivos, crises religiosas (não

ter religião ou ser fervoroso em sua cren-

ça), dúvidas, contradições e revoltas in-

telectuais, sociais e fi losófi cas, ou condu-

tas sexuais adequadas ou não à sua idade.

O exagero em intensidade ou a persis-

tência destes fenômenos é que, ao longo

do tempo, confi guram um comporta-

mento normal ou não.

É notório que os traços f ísicos são

mais marcantes e evidentes nas mulhe-

res e até mesmo mais rápidos do que

nos homens.

As diferenças de reação a cada uma

destas situações na adolescência é prati-

camente única para cada jovem, inclusive

entre irmãs na mesma família. Imagine

um corpo de mulher que muitas vezes

não é maduro o sufi ciente do ponto de

vista psicológico: assim acontece com

muitas jovens. Socialmente, exigem-se

posturas de mulher, padrões de beleza, de

sexualidade precoce. Vivendo esta crise

de identidade, a jovem pouco preparada

ou acolhida em suas relações sociais, é fa-

cilmente induzida a comportamentos e

escolhas erradas quando falamos em na-

moro, atitudes agressivas ou rebeldes.

A rebeldia surge pela evolução do pen-

samento: ser crítica, analisar, saber os por-

quês, sair à frente, faz com que a jovem

questione a autoridade presente (pais, pro-

fessores, o grupo ao qual pertence). Um

não como resposta, já não é sufi ciente.

Por outro lado, a timidez ou a baixa

estima de si, faz com que busque solu-

ções extremas: aderir a grupos radicais,

usar drogas, adotar atitudes agressivas,

ter posturas induzidas (pela TV, pelo

grupinho, pelo modismo) que faça com

que esta jovem “seja aceita” socialmente.

A urgência das jovens faz com que

possam viver tudo rápido e intensivamen-

te, sem espaço para a espera ou julgamen-

to. Namorar ou “fi car” pode vir simples-

mente pela carência encontrada na

família. Muitas ações são feitas muito mais

pela imitação do que pela adaptação e pela

avaliação crítica e consequente das ações

que toma: um namoro mal escolhido, uma

relação sexual precoce, uma revolta con-

tra os pais, dentre outras. O afeto familiar

é importante para que adolescentes sejam

mais adaptáveis e menos agressivas, assim

como os grupos dos quais participam na

sociedade. A religiosidade é importante

tanto como grupo, quanto como direção

das condutas de uma jovem.

A evolução da infância para a vida

adulta é importante e deve ser vista com

respeito: reconhecer, acolher e apoiar

seus medos, ajudá-la no discernimento,

fazer com que pense no coletivo e não

apenas de forma egoísta e individual.

Com este apoio a jovem terá mais segu-

rança para tomadas de decisão, obterá

melhores resultados nas suas investidas,

sofrerá menos frustrações e passará pela

transição à vida adulta com muito mais

equilíbrio comportamental.

É o ensinamento que pais, educado-

res e todos aqueles que convivem com

jovens podem dar: o uso da liberdade

vinculado à responsabilidade.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

10 Revista Canção Nova - Março de 2009

FORMAÇÃO

Prof. Felipe Aquino é escritor e apresentador na TV Canção Nova

Revista Canção Nova - Março de 2009

A IRA

Os 7 Pecados Capitais

55

Ilustração inspirada na obra“Os Sete pecados

capitais” de Hieronymus

Bosch

A maior li-

ção que Jesus nos en-

sinou foi a de “amar o inimi-

go” (cf. Mt 5,44). O mundo ensina que é

preciso revidar, “não levar desaforo para

casa”, ir a revanche, etc. Jesus, por outro

lado, ensina a mansidão; isto é, “não pa-

gar o mal com o mal”, mas com o bem. O

segredo cristão para destruir a força do

inimigo, não é a vingança, mas o per-

dão. Jesus ensina que aí está um dos

pontos da perfeição cristã. Ele quer que

sejamos “perfeitos como o Pai celeste é

perfeito” que manda a chuva e o sol para

os bons e para os maus (Mt 5,48). Ele

morreu na cruz dolorosamente, dando

o maior exemplo do que é perdoar. “Pai,

perdoai-lhes, porque não sabem o que

fazem.” (Lc 23,31)

Jesus explica a razão desta exigên-

cia tão dif ícil: “Se amais somente os que

vos amam, que recompensa tereis? Não

fazem assim os próprios publicamos? Se

saudais apenas vossos irmãos, que fazeis

de extraordinário? Não fazem isto tam-

bém os pagãos?” (Mt 5,46-47)

Perdoar aquele que o ofendeu é uma

“prova de fogo” para verifi car se de fato

você é cristão.

É claro que não é fácil perdoar aque-

la pessoa que te magoou, aquele “amigo”

que te traiu, aquele assassino do teu fi lho

ou aquela mulher que seduziu o teu ma-

rido. Se fosse fácil não teríamos mérito

algum. E é

preciso dizer

que por nossas

próprias forças não

conseguiremos perdoar. É

preciso a “força do alto” para vencer a

fraqueza da nossa natureza ferida e que

clama por vingança. Santo Agostinho

ensina-nos que “o que é impossível à na-

tureza, é possível à graça.”

A única exigência que Deus nos im-

põe para perdoar os nossos pecados,

quaisquer que sejam, é que estejamos

dispostos a perdoar a todos os que nos

ofenderam. “Porque se perdoardes aos

homens as suas ofensas, vosso Pai ce-

leste também vos perdoará. Mas, se

não perdoardes aos homens, tampouco

vosso Pai vos perdoará” (Mt 6,14-15). E

no “Pai Nosso”, Jesus acrescenta: “Per-

doai-nos as nossas ofensas, assim como

nós perdoamos aos que nos ofende-

ram.” (Mt 6,12)

O ódio e o desejo de vingança são

armas do demônio para destruir a boa

convivência dos filhos de Deus; por

isso São Paulo ensina: “Não deis oca-

sião ao demônio; não se ponha o sol

sob a vossa ira.” (Ef 4, 26)

11

DO

M

1 Gn 9,8-15 • Sl 24 • 1Pd 3,18-22 • Mc 1,12-15

SEG

2 Lv 19,1-2.11-18 • Sl 18 • Mt 25,31-46

TER 3 Is 55, 10-11; Sl 33 • Mt 6,7-15

QU

A

4 Jn 3,1-10 • Sl 50 • Lc 11, 29-32

QU

I

5 Est 4,1. 3-5. 12-14 • Sl 137 • Mt 7,7-12

SEX

6 Ez 18, 21-28 • Sl 129 • Mt 5, 20-26

SAB

7 Dt 26, 16-19 • Sl 118 • Mt 5, 43-48

DO

M

8 Gn 22, 1-2. 9a.10-13. 15-18 • Sl 115 • Rm 8,31b-34; Mc 9,2-10

SEG

9 Dn 9,4b-10 • Sl 78 • Lc 6, 36-38

TER 10 Is 1, 10.16-20 • Sl 49 • Mt 23,1-12

QU

A

11 Jr 18.18-20 • Sl 30 • Mt 20,17-28

QU

I

12 Jr 17,5-10 • Sl 1 • Lc 16,19-31

SEX

13 Gn 37,3-4.12-13a.17b-28 • Sl 104 • Mt 21,33-43.45-46

SAB

14 Mq 7,14-15.18-20 • Sl 102 • Lc 15,1-3.11-32

DO

M

15 Ex 20,1-17 • Sl 18 • 1Cor 1,22-25 • Jo 2,13-25

SEG

16 2Rs 5,1-15a • Sl 41 • Lc 4,24-30

TER 17 Dn 3,25. 34-43 • Sl 24 • Mt 18,21-35

QU

A

18 Dt 4,1. 5-9 • Sl 147 • Mt 5,17-19

QU

I

19 2Sm 7,4-5a.12-14a.16 • Sl 88 • Mt 1,16. 18-21. 24a

SEX

20 Os 14,2-10 • Sl 80 • Mc 12,28b-34

SAB

21 Os 6,1-6 • Sl 50 • Lc 18,9-14

DO

M

22 2Cr 36,14-16.19-23 • Sl 136 • Ef 2,4-10 • Jo 3,14-21

SEG

23 Is 65,17-21 • Sl 29 • Jo 4,43-54

TER 24 Ez 47,1-9.12 • Sl 45 • Jo 5,1-16

QU

A

25 Is 7,10-14; 8,10c • Sl 39 • Hb 10,4-10 • Lc 1,26-38

QU

I

26 Ex 32,7-14 • Sl 105 • Jo 5,31-47

SEX

27 Sb 2,1a, 12-22 • Sl 33 • Jo 7,1-2.10.25-30

SAB

28 Jr 11.18-20 • Sl 7 • Jo 7,40-53

DO

M

29 Jr 31,31-34 • Sl 50 • Hb 5,7-9 • Jo 12,20-33

SEG

30 Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62 • Sl 22 • Jo 8,1-11

TER 31 Nm 21,4-9 • Sl 101 • Jo 8,21-30

DATAS COMEMORATIVAS:

LITURGIA

MARÇO

02 Dia da Oração05 São Domingos Sávio08 Dia Internacional da Mulher15 Dia do Consumidor

22 Dia Mundial da Água25 Nossa Senhora da Anunciação30 Dia Mundial da Juventude31 Dia da Saúde e Nutrição

Para mais informações ligue: (12) 3186-2600

ou acesse:www.blog.cancaonova/produtos

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SPR. Quinze de novembro, 3131(17) [email protected]

BELO HORIZONTE-MGR. Izabel Bueno, 400 Sala A (31) [email protected]

VITÓRIA DA CONQUISTA-BA Av. Regis Pacheco, 534 (77) [email protected]

CAMPINAS-SP R. Barão Geraldo de Rezende, 220(19) 3844-8500 / 3874-3742

BRASILIA-DF SCRS Quadra 502 BL B Loja 39-B Asa Sul s/n

(61) 3252-7050 [email protected]

FORTALEZA-CE R. General Tertuliano Potiguara, 452

(85) [email protected]

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SPR. Sebastião Humel, 324

(12) 3923-7000 Livraria: (12) [email protected]

SÃO PAULO-SP R. São Bento, 43(11) 3101-8170

[email protected]

LORENA-SP R. José Machado Coelho de Castro, 272

(12) [email protected]

CACHOEIRA PAULISTA-SPAv. João Paulo II, s/n(12) 3186-2079

[email protected]

12 Revista Canção Nova - Março de 2009

SANTO DO MÊS

05 de Março

SÃO DOMINGOS SÁVIO

Domingos Sávio, canonizado aos

15 anos de idade por Pio XII, em

1954, foi em certo sentido uma

obra-prima da pedagogia de S. João Bosco,

fundador dos Oratórios salesianos. Aliás,

foi o próprio Dom Bosco quem escreveu a

primeira biografi a do jovem Santo.

Nascido em 1842, Domingos foi estu-

dar no Oratório aos 12 anos de idade.

Na sua vida não se manifestara nada de

extraordinário, apenas era notório seu dese-

jo de tornar-se santo. Tinha horror a tudo o

que lembrava o pecado. Seu lema era: “antes

morrer do que pecar.” Domingos era sereno,

cordial, afetuoso, devoto, disciplinado e obe-

diente. Isso trouxe-lhe antipatia dos colegas.

Por isso provocavam-no seguidamente. Não

se zangava com os que o tratavam mal.

Mortifi cava tanto seu corpo que

Dom Bosco proibiu-o de fazê-lo e esta

sábia orientação evitou que ele se tor-

nasse um fanático.

Mesmo participando dos trabalhos,

estudos e jogos no Oratório, Domingos

passava horas ‘sumido’. Era encontrado

sempre na igreja em oração. Amava a Eu-

caristia e cultivava terna devoção por Nos-

sa Senhora. Quando procurado justifi cava

suas ausências dizendo-se “distraído”. Para

além de tudo, seus colegas reconheciam

seu zelo espiritual e de que era portador

de particulares dons espirituais.

Domingos tinha pressa em viver in-

tensamente e bem cada minuto do dia.

De saúde frágil, por ser tuberculoso, es-

tava sempre preparado para o encontro

com o Senhor.

Ao pressentir a morte, consolou seus

pais, sorriu e exclamou: “Estou vendo coi-

sas maravilhosas.” Era a visão do paraíso.

Frei Jorge E. Hartmann OFM é Padre da Ordem dos Frades Menores

“Olhando para a história da comunidade, agradeço em nome da Igreja por tudo aquilo que vocês fazem no serviço da sua missão no Brasil e em outros países, pelo entusiasmo de vocês na Obra de Evangelização. A Igreja tem necessidade de vocês e conta com vocês.”

Cardeal Dom Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. (Reconhecimento Pontifício da Comunidade Canção Nova, 03 de novembro 2008)

13Revista Canção Nova - Março de 2009

ATUALIDADE

Campanha da Fraternidade de 2009,

traz o tema “Fraternidade e Segu-

rança Pública” e o lema “A paz é

fruto da justiça” (Is 32,17). Esta Campa-

nha suscita, entre outras, a seguinte ques-

tão: a religião pode contribuir para que as

relações entre as pessoas sejam fundadas

na paz, na solidariedade, minimizando

progressivamente a violência?

Refl etimos com o conceito de religião

que integra três aspectos. Primeiro, reli-gar-se e permanecer no Deus-amor, vivo e

fonte de todo bem (Jo 15,5) para produzir

os frutos da paz. Esta religião pressupõe,

portanto, uma experiência existencial do

eu humano com o tu divino. Esta experi-

ência, para nós, cristãos, exige o esforço

do lado humano alimentado e suscitado

pela graça que vem em Jesus Cristo. Se-

gundo, a religião cristã católica entende o

ser humano de forma integral, o que sig-

nifi ca que somos constituídos de corpo,

psiquismo e espírito na unidade do ser-

pessoa. Terceiro, a religião que inclui e

articula, necessariamente, fé e ética. A

experiência do cristão com o seu Funda-

dor e fundamento, o Verbo encarnado,

conduz e alimenta a ética do amor porque

“Quem tem os meus mandamentos e os

observa é que me ama”, “guardará minha

palavra.” (Jo 14,21.23)

A raiz mais profunda da violência

pessoal, familiar e social, em suas múl-

tiplas expressões, é o enfraquecimen-

to da experiência do amor a Deus e ao

próximo e da consciência de que somos

fi lhos e irmãos, no mesmo Pai, salvos

pelo Filho e santifi cados pelo Espírito.

O Deus-amor nos criou à sua imagem

e semelhança. Esta verdade expressa o

fundamento mais profundo de nossa

identidade e dignidade.

Somente os esforços humanos são in-

sufi cientes (Cf. Rm 3,27, kaúxesis, Bíblia

de Jerusalém, nota) para o enfrentamen-

to efetivo da violência contra a pessoa

que se manifesta, inclusive, nas ideolo-

gias e estruturas sociais, na confusão em

relação aos valores, sob a ditadura do relativismo, no dizer do papa Bento XVI.

Vivemos em uma sociedade consumista

e injusta, em que o prazer predomina

nas motivações do sentir, pensar e do

agir com consequências, inclusive, am-

bientais. As violências de todos os tipos,

como a concentração de renda, a prosti-

tuição infantil, tráfi co e consumo de dro-

gas, corrupção em todos os níveis sociais,

a conspurcação da sexualidade humana,

o ataque à família, a manipulação pela

publicidade, crescem em dimensões pla-

netárias, o que manifesta um verdadei-

ro retrocesso da civilização fundada no

valor da pessoa humana. Só a repressão,

que deveria ser o último recurso, é im-

potente para conter a onda da violência

e a consequente insegurança pública. É

necessária a educação integral da pessoa

que exige, como fonte dos valores, o en-

contro pessoal e progressivo com Deus e

a ação ética e política que deveria decor-

rer desta experiência existencial.

A nossa fundada esperança se encon-

tra na verdadeira experiência religiosa,

que busca, no seu pólo objetivo, o Deus-

amor. A comunhão crescente, libertado-

ra e salvífi ca com Ele é uma necessidade

de sempre da criatura humana, e atual-

mente urgentíssima, para a clareza da

consciência do valor da pessoa humana,

desde a sua concepção à morte natural.

Discursos e iniciativas humanas, que não

se apoiam na força do Alto, como os fa-

tos demonstram, não levam à verdadeira

libertação e à convicção profunda e cres-

cente de si e dos outros como pessoas,

imagens do Deus vivo, rocha segura para

prevenir e proteger contra a insegurança

de todas as tempestades.

Paulo Cesar da Silva é Mestre e Doutor em Filosofi a, graduado em Teologia, Filosofi a e Letras

14 Revista Canção Nova - Março de 2009

AGENDA - MARÇO 2009

EVENTOS EM CACHOEIRA PAULISTA

Informações: (12) 3186-2600 - blog.cancaonova.com/eventos

Aprofundamento“Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração” Rm 13,12Data: 6 a 8 de MarçoPresenças: Pe. José Augusto, Emir Nogueira, Dunga, Salette Ferreira e Eliana Ribeiro

Kairós para Mulheres“Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração” Rm 13,12Data: 8 de MarçoPresenças: Monsenhor Jonas Abib, Luzia Santiago, Emir Nogueira, Eliana Ribeiro e Gil Duarte

II Encontro Latino-Americano“O sangue de Cristo tem poder”Data: 13 a 15 de MarçoPresenças: Neil Vélez, Monsenhor Jonas Abib, Pe. Roger Luis, Flavinho

Kairós para Homens“O justo viverá pela fé” Rm1,17Data: 22 de MarçoPresenças: Eugênio Jorge, Márcio Todeschini

EVENTOS PELO BRASIL

CURITIBA-PREncontro de OraçãoTema: “Ele nos libertou do mundo do mal”Data: 21 e 22 de Março Presença: Frei Josué Telefone para contato: (41) 3091-1370

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SPShow em Comemoração ao Aniversário de 7 anos da Rádio Canção Nova em São José dos CamposData: 21 de MarçoPresenças: Diácono Nelsinho, Salette Ferreira e Ricardo SáTelefone para contato: (12) 3923-7000

Em ABRILAcampamento de Semana SantaTema: “Jesus Cristo o mesmo ontem, hoje e sempre”Data: 9 a 12 de AbrilPresença: Mons. Jonas, Pe. José Augusto, Pe. Cleidimar, Pe. Roger Luis, Pe. Bruno, Márcio Mendes

VEM AÍ...

15Revista Canção Nova - Março de 2009